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Audição e Equilíbrio
Audição e Equilíbrio
Audição e Equilíbrio
AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO
1
A perda auditiva na esclerose sistêmica
Introdução: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença auto-imune que apresenta como
principal característica clínica alterações cutâneas. Ocorre em todas as áreas geográficas,
em diversas raças e a incidência é estimada em 19 casos por um milhão de
habitantes/ano. As mulheres são acometidas três vezes mais que os homens e a idade
média de aparecimento da doença é entre 30 e 50 anos. Estudos internacionais revelam
elevada prevalência de alteração auditiva do tipo sensorioneural em indivíduos com ES.
Entretanto, não há consenso em relação ao grau desta afecção e como a ES pode
prejudicar a função auditiva. Objetivo: Investigar as hipóteses descritas na literatura para
explicar a plausibilidade biológica da alteração auditiva na ES. Métodos: Foi realizada
uma revisão sistemática, sem metanálise, a partir das bases de dados PubMed, Lilacs, Isi
Web of Knowledge, Scielo e Scopus, utilizando a combinação das palavras-chave
“systemic sclerosis and balance or vestibular” e “systemic sclerosis and hearing or
auditory”. Foram selecionados artigos publicados até dezembro de 2011, nos idiomas
inglês, português e espanhol. Os estudos de revisão de literatura, cartas, editoriais e,
aqueles que não satisfaziam ao tema, foram excluídos. Após, foi realizada a leitura dos
artigos selecionados na íntegra e buscou-se nas referências destes, outros estudos que
poderiam contribuir com a investigação. Em seguida, foram descritas as hipóteses
formuladas pelos autores para explicar o comprometimento auditivo decorrente da
doença. Resultados: Foram selecionados quinze artigos e dez foram localizados na
íntegra. Destes, apenas um apresentou possíveis mecanismos para a alteração auditiva
em indivíduos com ES. Desta forma, foi realizada a busca de informações que
embasassem as hipóteses elencadas pelos autores. Indivíduos com ES podem
apresentar perda auditiva do tipo sensorioneural, mista ou condutiva. Estudo revela que o
acometimento da orelha interna é decorrente de alterações vasculares, as quais causam
diminuição do fluxo sanguíneo para a cóclea e consequente hipóxia tecidual, que culmina
com a morte de células ciliadas. Já para o comprometimento de orelha média, hipotetiza-
se que ocorra a expansão do processo inflamatório, característico da doença, ao ouvido
médio e à tuba auditiva. Além disso, como a fisiopatologia da ES envolve alterações
teciduais e articulares em diversos órgãos e sistemas, acredita-se na possibilidade de
envolvimento da orelha média, em decorrência do comprometimento mecânico das
estruturas que compõem o sistema tímpano-ossicular, levando a uma alteração na
condução sonora. Conclusão: A etiologia da perda auditiva em indivíduos com ES não é
totalmente esclarecida. Novos estudos devem ser conduzidos para investigar a
plausibilidade biológica da perda auditiva na ES e assim contribuir para a prevenção,
diagnóstico precoce e reabilitação adequada de indivíduos com ES, visando uma melhor
qualidade de vida.
2
A prevalência do zumbido na perda auditiva unilateral
Introdução: A perda auditiva unilateral pode ser responsável por dificuldades acadêmicas,
alteração de fala e linguagem e dificuldades social-emocionais. É caracterizada pela
diminuição da audição em apenas uma orelha comprometendo, principalmente, as
habilidades de localização espacial da fonte sonora e dificuldade de compreensão da fala
em presença de ruído ambiental. As dificuldades de localização sonora em atividades de
vida diária são afetadas, porque indivíduos com perda auditiva unilateral não tem o
benefício do tempo interaural. Muito se tem pesquisado a respeito desta população para
que haja um conhecimento mais aprofundado de suas características e necessidades. O
zumbido é considerado uma percepção de som sem que haja sua presença no meio
ambiente. Consiste de uma sensação definida como ilusória que pode ser caracterizada
como barulho semelhante ao ruído da chuva, do mar, de água corrente, de sinos, insetos,
apitos, chiado, campainha, pulsação e outros. Esta sensação pode ser contínua ou
intermitente, apresentar diferentes características tonais, ser intensa ou suave, além de
ser percebida nos ouvidos ou na cabeça (10-13). Sua intensidade pode variar, desde um
zumbido audível somente em ambientes silenciosos, até zumbido que causa grande
desconforto ao indivíduo. A correlação positiva da perda auditiva com o zumbido pode ser
justificada se considerarmos que esta é o fator desencadeante do zumbido, sua presença
acaba aumentando o risco de o zumbido provocar interferência na concentração e no
equilíbrio emocional ou que ela funcione como um co-fator desta interferência, isto é, que
a nota de incômodo dada ao zumbido seja “contaminada” pelo incômodo causado pela
perda auditiva associada.Objetivo: Descrever a prevalência do zumbido em pacientes
com perda auditiva unilateral.Metodologia: Para este estudo observacional de corte
transversal, foram analisados todos os prontuários de pacientes diagnosticados com
perda auditiva unilateral, matriculados na Clínica de Fonoaudiologia do Departamento de
Fonoaudiologia da FOB/USP Bauru e da Divisão de Saúde Auditiva do Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC/USP Bauru onde, foram levantados dados
de presença ou ausência da queixa de zumbido. Para elaboração dos resultados foram
utilizados testes estatísticos Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, e realizada análises
descritivas pertinentes ao objetivo proposto no estudo. Resultados: No presente estudo
foram encontrados o zumbido isolado, o zumbido em conjunto com a vertigem e a
exposição à ruídos foram as principais queixas relacionadas com a perda auditiva
unilateral. Sendo, o zumbido isolado queixa principal presente em 76,07% dos indivíduos
da amostra. Conclusão: Concluímos que a principal queixa é a presença de zumbido
isolado em indivíduos com perda auditiva unilateral na amostra estudada.
3
Achados audiológicos de pacientes com Síndrome de Down que realizam terapia
fonoaudiológica
Mônica Carminatt, Mariele Peruzzi Felix, Amanda Zanatta Berticelli, Bárbara de Lavra-
Pinto, Erissandra Gomes, Pricila Sleifer.
4
Achados audiológicos em crianças com labiopalatina não-sindrômica
5
Achados audiológicos em pacientes submetidos ao transplante renal
Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença silenciosa que causa perda
lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Atualmente a IRC é considerada um
problema de saúde pública. No Brasil, a prevalência de pacientes mantidos em programas
crônicos de diálise dobrou nos últimos nove anos e a incidência de novos casos cresce
cerca de 8% ao ano. Estudos observaram que um alto número de sessões de hemodiálise
ou transplantes renais reincidentes podem induzir mudanças eletrolíticas, bioquímicas,
imunológicas, osmóticas e vasculares que podem alterar a orelha interna e provocar
sintomas auditivos como perda auditiva nas frequências agudas e/ou desenvolver a perda
de audição no curso da doença, além de sintomas vestibulares. Objetivo: investigar o
comportamento auditivo em pacientes com IRC submetidos ao transplante renal.
Métodos: este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos
do Hospital Pequeno Príncipe, sob o n° 0715-09. Foram avaliados 30 pacientes, 10
(33,33%) do gênero feminino e 20 (66,67%) do gênero masculino, na faixa etária de 13 a
26 anos, média 16,97 anos, desvio-padrão de 3,60 anos. Os pacientes foram submetidos
à anamnese, avaliação otorrinolaringológica, audiológica convencional e de altas
frequências, medidas de imitância acústica e do processamento auditivo central. Para os
resultados da audiometria de altas frequências foi utilizado um grupo-controle.
Resultados: 1) ausência de queixas auditivas na anamnese; 2) na audiometria
convencional houve predomínio da normalidade; 3) os pacientes apresentaram audição
pior na audiometria de altas frequências em comparação com o grupo-controle; 4) na
imitânciometria o predomínio foi da curva do tipo A bilateral; 5) presença de alteração do
processamento auditivo central em 14 pacientes (46,67%) no teste Staggered Spondaic
Word Test (SSW); 6) diferença significativa entre a variável idade e o resultado da
audiometria tonal limiar, ou seja, a sensibilidade auditiva nos limiares de 250Hz a 8000Hz
diminuiu com o avanço da idade; 7) a relação entre o tipo de doador, cadáver ou vivo, e o
resultado do teste SSW foi significativo. Quando o doador era cadáver os índices de
resultados alterados foram maiores quando comparados ao doador vivo. Conclusão:
conclui-se que houve alterações na avaliação audiológica convencional e de altas
frequências e no processamento auditivo central. Há necessidade de esclarecimento à
equipe de profissionais envolvida, sobre os cuidados, a prevenção e identificação precoce
do acometimento audiológico.
6
Achados eletrofisiológicos no transtorno de aprendizagem
Ana Claudia Figueiredo Frizzo, Simone Fiusa Regaçone, Ana Claudia Bianco Gução, Ana
Carla Leite Romero, Célia Maria Giacheti, Heraldo Lorena Guida
7
Achados vestibulares em integrantes de uma banda militar
Introdução: A exposição à música é assunto de diversos estudos, uma vez que está
relacionada às atividades profissional e social do indivíduo. Muitos músicos encontraram
na banda militar a oportunidade de realização profissional e isso requer dos integrantes
várias horas de estudo individual e coletivo e essa exposição sistemática a níveis
elevados de pressão sonora pode causar prejuízo auditivo permanente o que torna uma
ameaça potencial ao ouvido humano. Sintomas não auditivos podem estar presentes, tais
como: zumbido, irritação, tontura, cefaléia, distúrbio gástrico, perturbação do sono,
redução da capacidade de concentração, entre outros. Objetivo: Avaliar o comportamento
vestibular em músicos de banda militar. Métodos: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
Ética Institucional, protocolo nº. 014/2008. Foi realizado um estudo retrospectivo de corte
transversal onde avaliaram-se 19 músicos na faixa etária entre 21 e 46 anos (média de
33,7 anos e desvio padrão - 7,2 anos) submetidos aos seguintes procedimentos:
anamnese, avaliação otorrinolaringológica e vestibular. Resultados: a) Os sintomas
otoneurológicos mais evidenciados na anamnese foram: zumbido (84,2%), dificuldade
para ouvir (47,3%), tontura (36,8%), cefaléia (26,3%), intolerância a sons intensos (21,0%)
e dor no ouvido (15,7%); b) O exame vestibular esteve alterado em sete músicos (37,0%)
sendo localizado na prova calórica; c) Houve prevalência de alteração no sistema
vestibular periférico e, d) Houve predomínio das disfunções vestibulares periféricas
irritativas. Conclusão: A alteração no exame vestibular ocorreu na prova calórica (37,0%),
houve prevalência de alteração no sistema vestibular periférico com predomínio da
disfunção vestibular do tipo irritativa. A tontura foi o sintoma mais significante na
correlação do exame vestibular com os sintomas otoneurológicos. Este estudo permitiu
verificar a importância do exame labiríntico e ressalta que esse tipo de população deveria
ser melhor estudada, uma vez que a exposição sistemática a níveis elevados de pressão
sonora podem gerar alterações vestibulares importantes.
8
Adesão ao acompanhamento audiológico em programa de saúde auditiva infantil
Adriana Ribeiro de Almeida e Silva, Camila Padilha Barbosa, Ana Karollina da Silveira,
Nathália Raphaela Pessôa Vaz Curado, Silvana Maria Sobral Griz
Introdução: O diagnóstico da perda auditiva no Brasil é tardio. Um dos fatores que pode
explicar este fato, mesmo diante de inúmeros programas de triagem auditiva
implementados, pode ser a evasão das famílias, não concluindo a avaliação auditiva da
criança. O alto índice de evasão ao acompanhamento audiológico infantil é apontado
como o principal problema na efetividade dos programas de triagem auditiva neonatal.
Objetivo: Descrever a adesão ao acompanhamento audiológico em um Serviço de
Triagem Auditiva Neonatal. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico e
transversal, realizado com 188 mães de neonatos e lactentes atendidos em um Programa
de Saúde Auditiva Infantil, nascidos no período de junho a novembro de 2011 e
encaminhados ao acompanhamento audiológico. Este estudo foi iniciado após aprovação
em Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Resultados: Pôde-se
observar que 29,8% (n=56) das mães estudadas aderiram ao acompanhamento
audiológico. Dentre os aspectos socioeconômicos e demográficos estudados, a ‘região de
moradia’ foi o único que apresentou associação estatisticamente significante em relação à
adesão ao acompanhamento audiológico. A presença de indicadores de risco e o
resultado ‘falha’ na triagem auditiva não foram significantes em relação à adesão ao
acompanhamento audiológico. Conclusão: O Serviço de Saúde Auditiva Infantil estudado
apresenta adesão ao acompanhamento audiológico aquém do recomendado. Alguns
aspectos relativos às mães e relativos ao serviço, podem atuar como favoráveis ou
desfavoráveis à adesão das mães de neonatos e lactentes ao acompanhamento
audiológico. Estes aspectos relativos ao serviço podem ser repensados e adaptados à
população atendida para propiciar melhor efetividade do serviço e contribuir para a
identificação da perda auditiva e qualidade de vida da população.
9
Adesão das mães a triagem auditiva neonatal após ação informativa nas unidades
básicas de saúde
Uma perda auditiva na primeira infância restringe a experiência auditiva no início da vida,
alterando o desenvolvimento auditivo e de linguagem e interferindo no desenvolvimento
global da criança. A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) inserida em programas de saúde
auditiva é vista e descrita como o principal instrumento para se chegar ao diagnóstico e
intervenção precoces da deficiência auditiva. No Brasil, em agosto de 2010, foi aprovada
a lei nº 12.303 que torna obrigatória a realização do teste das Emissões Otoacústicas em
todos os hospitais e maternidades do país. No município de Campinas o teste é
obrigatório desde 2000, com a lei municipal de nº 10.759. Entretanto, a população de
gestantes/mães parece não ter informa¬ções suficientes a respeito da TAN. Com isso, o
objetivo do estudo foi avaliar a adesão das mães ao Programa de Triagem Auditiva
Neonatal (TAN), após ação informativa nas Unidades Básicas de Saúde. Participaram do
estudo mães residentes no município de Campinas, que tiveram seus filhos nascidos em
um hospital público, usuárias de oito Centros de Saúde do distrito Norte da cidade. Foram
distribuídos nos Centros de Saúde dois panfletos informativos sobre a Triagem Auditiva
Neonatal, um para as mães e outro para o médico pediatra e médico ginecologista,
durante os meses de Novembro e Dezembro de 2012. Em Fevereiro de 2013 foram
realizadas as entrevistas com as famílias que compareceram ao Programa de Triagem
Auditiva Neonatal. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com o
parecer de n. 1031/2011. No período de Fevereiro a Março de 2013 compareceram 54
mães nos 21 dias em que se realizou a TANU (2,57 mães/dia), já no período de Outubro a
Novembro de 2012 compareceram 62 mães em 24 dias (2,58 mães/dia). Das mães
entrevistadas neste período, 40,8% estão na faixa etária de 21-25 anos, com idade média
de 26,09 anos, 78% já conheciam o teste, sendo que 16 ficaram sabendo através dos
familiares e 16 por meio dos profissionais da maternidade; 78% das mães não tiveram
acesso ao panfleto informativo entregue nas UBS e somente três dos oito Centros de
Saúde visitados apresentaram o panfleto às mães. Concluímos que a maioria das mães
conhecia a TAN, porém esse conhecimento não adivinha de informações fornecidas pelos
profissionais de saúde envolvidos no cuidado das famílias. Verifica-se a necessidade da
TANU se tornar parte da rotina dos profissionais que atuam com gestantes e com mães
de neonatos e lactentes na atenção básica.
10
Adolescentes e o risco da música amplificada
Graziella Simeão Munhoz, Marina Panelli, Lia Uieda, Andrea Cintra Lopes
11
Amplitude das emissões otoacústicas produto de distorção e o uso de
contraceptivos hormonais: estudo preliminar
12
Análise da efetividade da acupuntura em indivíduos com vertigem: revisão narrativa
Julya Macedo; Luciana Lozza de Moraes Marchiori,; Marcelo Yugi Doi, Adriane Rocha-
Shultz
13
Atuação fonoaudiológica junto à pessoa vivendo com hiv/aids: uma revisão da
literatura
Ana Maria da Silva; Wagner Teobaldo Lopes de Andrade, Ana Karênina de Freitas Jordão
do Amaral, Jaims Franklin Ribeiro Soares, Émerson Soares Pontes
14
Atuação fonoaudiológica na área da surdez
Tamara Barros Moreno; Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida, Mariene Terumi Umeoka
Hidaka
15
Auto percepção do status auditivo e triagem auditiva em uma população americana
africanos descendentes
Ana Paula Carvalho Corrêa; Deborah Viviane Ferrari, King Chung, Sherise Garmon,
Kasey Twine
16
Avaliação de leitura em crianças com perda auditiva
Jessica da Silva Andrade; Brunna Luiza Suarez, Ingrid Prata das Dores
Introdução: Sabe-se que as dificuldades de leitura apresentadas por crianças com perda
auditiva influenciam negativamente no seu desempenho escolar e social. A avaliação da
leitura nesta população é fundamental para auxiliar o diagnóstico e garantir a intervenção
fonoaudiológica eficaz. Objetivo: Avaliar o desempenho de leitura de palavras e
compreensão de frases e de texto curto em crianças usuárias de Aparelho de
Amplificação Sonora Individual (AASI). Metodologia: Estudo de casos, com casuística
composta por quatro crianças, com idade entre oito a quinze anos, sendo duas meninas e
dois meninos, com perda auditiva neurossensorial de grau moderado ou profundo,
oralizadas e usuárias de AASI. A pesquisa foi realizada em um Hospital Público de Belo
Horizonte em março de 2013. Realizou-se a aplicação de testes de leitura, elaborado
pelos pesquisadores, compostos por três etapas: (a) identificação de palavras divididas
em três categorias, sendo elas, proximidade semântica, proximidade fonológica e
palavras irregulares. Foram apresentadas 12 pares palavras/imagem em cada categoria
onde a criança deveria fazer as associações; (b) compreensão de frases em sequência
lógica e (c) compreensão de texto curto. Os testes foram aplicados individualmente em
sessão de 40 minutos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e de
forma qualitativa. Resultados: No teste de identificação de palavras apenas uma criança
apresentou muita dificuldade em todas as categorias, sobretudo em relação proximidade
semântica 6/12 erros. Para a categoria proximidade fonológica uma criança apresentou
três erros, e as outras não apresentaram dificuldade nesta tarefa. Na tarefa de
identificação de palavras irregulares apenas duas crianças demonstraram dificuldades. Na
segunda etapa, compreensão de frases em sequência lógica, apenas uma criança não
conseguiu organizar as frases. Na última etapa, composta por interpretação de texto
curto, uma criança não conseguiu realizar a tarefa e as demais, realizaram a tarefa sem
dificuldades. Discussão: Observou-se neste estudo que as dificuldades de leitura de
crianças com perda auditiva estão relacionadas não apenas à identificação de palavras
por proximidade fonológica, mas também por proximidade semântica. Comparando os
resultados dos testes de compreensão de frases em sequência lógica e de textos curtos,
obteve-se um menor desempenho, uma vez que o entendimento global é mais complexo,
como pode ser comprovado por Menezes et. al. 2008. Conclusão: As crianças com perda
auditiva deste estudo apresentaram maiores dificuldades na compreensão de textos,
entretanto os resultados sugerem que o bom desempenho de identificação de palavras
relacionadas à proximidade semântica e fonológica pode auxiliar nesta tarefa.
17
Avaliação do processamento temporal em crianças com dificuldades na escrita
18
Caracterização das habilidades auditivas em crianças com desnutrição
Patricia Andréia Caldas; Célia Maria Giacheti, Simone Aparecida Capellini, Erica
Alessandra Caldas, Adriana Maria Feijão de Carvalho
19
Caracterização das habilidades auditivas em crianças com dificudalde de atenção
20
Caracterização de sujeitos com queixa de tontura e comorbidades auto referidas
associadas à veng normal
21
Características dos efeitos auditivos e extra - auditivos em trabalhadores de uma
indústria de papel
Márcia Maria Simões de Oliveira Castro; Flaviane Barros de Oliveira, Cleide Fernandes
Teixeira
22
Comparação entre queixas auditivas e resultados da triagem auditiva em escolares
Ana Sabrina Sousa; Ana Paula Duarte, Mariana Keiko Kamita, Marielen de Oliveira,
Brenda Cordeiro, Paula Holz, Ana Claudia M. Ribeiro, Bruna Nappi
23
Comunica: reflexão acadêmica sobre a assistência à saúde do usuario surdo
Regiane Ferreira Rezende; Leonor Bezerra Guerra, Sirley Alves da Silva Carvalho, Thales
Cézar Coelho, Mayra Adelina Santana, Luís Augusto Monteiro Coura, Kênia da Silva
Costa, Flávia Araújo de Souza Brazões, Ágatha Ferreira Lopes, Álvaro Luiz Mendes da
Nóbrega, Bruna Aline Moraes do Nascimento
24
Conceitos e notícias sobre a surdez em âmbito nacional
Mariene Terumi Umeoka Hidaka; Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida, Celina Letícia
Magalhães dos Santos, Jessica Fenille Chagas
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Correlação entre audiometria infantil e potencial evocado auditivo por frequência
específica em lactentes com perda auditiva
Mônica Carminatti; Pricila Sleifer, Bruna Fiorenzano Herzog Conrado, Luciane Ferreira
Pauletti, Cristina Fernandes Diehl Krimberg
26
Desempenho de crianças em teste de figuras para discriminação fonêmica
Ana Teresa Brandão de Oliveira e Britto; Graziela Luiza de Oliveira Louzada, Denise
Brandão de Oliveira e Britto
27
Efeitos da radioterapia e/ou quimioterapia no sistema auditivo de crianças
portadoras de câncer
Erica Alessandra Caldas; Elias Victor Figueiredo dos Santos, Patrícia Andréia Caldas,
Luciane Maria Oliveira Brito
28
Elaboração de um material educativo para orientação e efetividade do uso do aasi
em adultos
Graziella Simeão Munhoz; Camila Guarnieri, Carla Aparecida Curiel, Maria Renata José,
Maria Fernanda Capoani Garcia Mondelli
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Emissões otoacústicas produto de distorção (EOAPD) em alunos usuários de
estéreos do distrito Cabula Beiru
Maria da Glória Canto de Sousa; Maria Cecília Castello Silva Pereira, Megnara de
Carvalho Santana
Introdução: A música está presente no cotidiano dos jovens. Isso é evidenciado pelo
constante uso de tecnologias (estéreos pessoais) que permite a escuta da música em
níveis de pressão sonora elevado desejado, por grande período de tempo. O uso contínuo
de estéreos em níveis elevados de pressão sonora pode resultar em lesões as células
ciliadas externas. As Emissões Otoacústicas Evocadas por Produto de Distorção
(EOAPD) têm-se revelado um instrumento relevante na identificação precoce de
alterações cocleares. Objetivo: Verificar os resultados da EOAPD em alunos de uma
Unidade de Ensino do Distrito Cabula Beiru e sua relação com hábitos/tempo de uso
estéreos pessoais. Método: Foi realizado um estudo de caráter transversal, descritivo e
quantitativo. Os dados do presente estudo faz parte de um projeto de pesquisa cujo
parecer do CEP teve sua aprovação por meio do Nº 179.799. Foram avaliados 18
estudantes, sendo 8 do gênero feminino e 8 do gênero masculino, com idade entre 11 e
17 anos; todos cursando o ensino fundamental. Os participantes responderam a um
questionário adaptado e validado, e, posteriormente submetidos ao teste de Emissões
Otoacústicas Evocadas por Produto de Distorção com equipamento Otoread
(Interacoustics). Os exames foram analisados de acordo com o critério de análise
(S/R>>3 dB). Resultados: Com relação ao tempo de uso por dia dos estéreos 33,33%
(6/18) faz uso por1h; 11,11% (2/18) faz uso de 2h; 33,33% (6/18) uso acima de 2h;
16,66% (3/18) uso acima de 8h e 5,5% (1/18) uso abaixo de 1h, 100% dos participantes
utilizam os fones bilateralmente, sendo que 61,11% (11/18) costumam ouvir no volume
máximo; 5,5% (1/18) ouvem na metade do volume; 11,11% (2/18) ouvem no volume
mínimo e 6,25% (1/16) ouve ¾ do volume. Observou-se que, 44,44% (8/18) da população
relataram zumbido após usar o estéreo. Em relação aos resultados das Emissões
Otoacústicas Evocadas por Produto de Distorção (EOAPD) 88,88% (16/18) passaram e
11,11% (2/18) falharam no teste. Conclusão: Os resultados demonstraram que, embora o
índice de alunos que apresentem alterações cocleares sejam ainda baixo, a queixa de
zumbido está relacionada após a exposição de ruído por meio do estéreo pessoal. Logo,
orientações e campanhas de prevenção sobre a perda auditiva induzida por ruído (PAIR)
devem ser realizadas nessa população.
30
Emissões otoacústicas transientes no diagnóstico audiológico na oncologia
Carlos Kazuo Taguchi; Priscila Feliciano Oliveira, Tarsila Santos Amaral, Joice Santos
Andrade, Camila Silva Oliveira
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Estilo de vida e trabalho: aplicação do intrumento whoqol-bref em audiologista
brasileiros
Marlos Suenney de Mendonça Noronha; Clara Mércia Barbosa Silva, Daniele Santana de
Lima Silva, Tiago Oliveira Motta, Josefa Mariele dos Santos Rosário, Marcela Cássia
Silva, Adriano Freitas dos Santos
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Estudo da prevalência de hipoacusia em indivíduos com diabetes mellitus tipo i
Cláudia Giglio de Oliveira Gonçalves; Bianca Simone Zeigelboim, Diego Augusto de Brito
Malucelli, João Henrique Faryniuk
Introdução: Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica decorrente da não produção
adequada de insulina pelo pâncreas ou da incapacidade do organismo em utilizar de
modo eficaz a insulina presente, levando a uma situação de hiperglicemia. É uma das
principais enfermidades crônico-degenerativas. Dentre as inúmeras complicações
crônicas do DM, no sistema auditivo, a doença pode levar à atrofia do gânglio espiral,
degeneração da bainha de mielina do VIII par craniano, diminuição de fibras nervosas na
lâmina espiral ou espessamento das paredes capilares da estria vascular e das pequenas
artérias dentro do canal auditivo. Objetivo: verificar os limiares auditivos em indivíduos
portadores de DM tipo 1. Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em
Pesquisa Institucional protocolo nº 009/2005. Participaram deste estudo 60 indivíduos de
ambos sexos, divididos em: Grupo Estudo (GE) com 30 indivíduos com DM tipo 1 e Grupo
Controle (GC) com 30 indivíduos não-diabéticos. Critérios de exclusão: malformações,
otite média crônica e rolha de cerúmen ou sangue em alguma orelha. Realizado
anamnese, exame físico e otorrinolaringológico, além do exame audiométrico. Os
resultados obtidos no estudo foram expressos por médias, medianas, valores mínimos e
máximos e desvio padrão; por frequências e percentuais. Resultados: em relação aos
limiares de audibilidade nas orelhas direita e esquerda, no GE, houve diferença
estatisticamente significante nas frequências 250, 500, 10.000, 11.200, 12.500, 14.000 e
16.000 Hz em ambas orelhas e médias das orelhas. Em 9.000 Hz apenas na orelha
direita e na média de ambas orelhas. Na comparação dos GE e GC, houve diferença
estatisticamente significativa com uma maior probabilidade de ocorrência de hipoacusia
em alguma frequência independente da orelha testada no GE. Conclusões: houve
diferenças estatisticamente significativas nos achados audiológicos no GE quando
comparado com GC, justificando avaliação audiológica completa em pacientes diabéticos
tipo 1, incluindo audiometria de altas frequências.
33
Estudo da satisfação dos usuários de aparelhos auditivos cros e bicros com
tecnologia wireless
Introdução: A perda auditiva pode trazer dificuldades nas interações sociais devido à
redução da capacidade para localizar e discriminar os sons. Os aparelhos auditivos
CROS (ou BiCROS se a orelha melhor também precisa de ajuda adicional) são a melhor
solução quando a audição de uma orelha é bem pior do que a da outra orelha. A
aplicação de questionários possibilita avaliar e reconhecer as vantagens oferecidas com a
adaptação do aparelho auditivo em relação às suas dificuldades auditivas e desvantagens
psicossociais. Objetivo: Verificar a satisfação dos usuários de aparelhos auditivos CROS
e BICROS com tecnologia wireless e avaliar seus efeitos psicossociais por meio dos
questionários QI-AASI e HHIA-S. Metodologia: Foram pesquisados 8 pacientes, 3 do sexo
feminino e 5 do sexo masculino, com idade de 18 a 77 anos. Todos os participantes foram
submetidos à Avaliação Otorrinolaringológica, Anamnese, Audiometria Tonal Liminar,
Audiometria Vocal, Medidas de Imitância Acústica e questionários QI-AASI e HHIA-S.
Após a aplicação dos questionários foi realizada adaptação CROS ou BICROS, CROS foi
adaptado em pacientes com anacusia unilateral e orelha contralateral com limiares
auditivos normais e BICROS naqueles que apresentaram anacusia unilateral e orelha
contralateral com perda auditiva, podendo ser de grau leve a profundo. Os aparelhos
utilizados foram da marca Phonak, modelos Micro-retroauricular CROS e Audéo S Smart
III para orelha contralateral. O microfone transmissor captou os sons oriundos da orelha
anacúsica e envio-os, em tempo real e sem fio, ao aparelho receptor da orelha com
melhor audição. Os pacientes foram orientados quanto à colocação e adaptação do
aparelho. Os pacientes fizeram uso durante 12 dias, sendo que no 5º dia os mesmos
foram solicitados a realizar uma ligação telefônica para a fonoaudióloga pesquisadora,
utilizando o lado anacúsico. Ao término dos 12 dias, foram aplicados novamente os
questionários HHIA-S e QI-AASI. Resultados: Verificamos que houve diferença
estatisticamente significante (p<<0,000) entre as respostas obtidas nos questionários QI-
AASI e HHIA-S antes e após o uso dos aparelhos auditivos CROS e BICROS com
tecnologia wireless. Não houve diferença estatística na comparação entre satisfação e
idade. Conclusão: Observamos por meio dos questionários QI-AASI e HHIA-S que existe
satisfação e benefícios psicossociais nos usuários de aparelhos auditivos CROS e
BICROS com tecnologia wireless.
34
Estudo de caso de treinamento auditivo formal em idoso: avaliação comportamental
e P300
Ivone Ferreira Neves-Lobo; Patrícia Tiemi Hashimoto, Aline Albuquerque Morais, Eliane
Schochat
Introdução: Indivíduos idosos necessitam de mais tempo para responder aos estímulos
sensoriais. Diversos fatores contribuem para esta condição, como por exemplo, falta de
integridade da mielina e menor sincronia neural. Um dos efeitos importantes na qualidade
de vida do idoso é a dificuldade de compreensão da fala, principalmente em situações
desfavoráveis, como a presença de ruído. Estudos com idosos têm demonstrado que o
Treinamento Auditivo Formal (TAF) promove tanto habilidades auditivas como cognitivas.
Acredita-se que a estimulação intensa promova a plasticidade neural e,
consequentemente melhore os aspectos sensoriais e cognitivos da percepção auditiva.
Objetivo: Verificar a efetividade TAF em idoso com Transtorno do Processamento Auditivo
(TPA) por meio da comparação do desempenho em testes comportamentais e do
potencial evocado auditivo cognitivo P300 no pré e pós treinamento. Métodos: Este
estudo contou com a aprovação do Comitê de Ética (nº 192/10) e o participante assinou o
Termo de Consentimento. O caso descrito trata-se de um idoso com 64 anos de idade,
perda auditiva neurossensorial de grau leve, índice de Reconhecimento de Fala de 88%
em ambas as orelhas e com queixas de dificuldade de compreensão da fala. Foram
aplicados testes comportamentais e o P300 pré e pós TAF. As habilidades auditivas que
deram como alteradas na avaliação inicial do idoso foram estimuladas durante o TAF, o
qual consistiu em 8 sessões, de 50 minutos cada, em cabina acústica. Não foram
utilizados os testes aplicados nas avaliações durante o TAF. Resultados: Após o TAF,
observou-se melhora no desempenho de todas as habilidades auditivas estimuladas. No
teste Fala com Ruído, a resposta de 84% e 88% de acertos para as orelhas direita e
esquerda passaram para 92% e 100%. Para o teste SSW, as respostas de 57,5% e 90%
de acertos, nas condições direita e esquerda competitivas, foram para 97,5% e 95% de
acertos. Em relação aos testes temporais, o GIN era de 5 ms e foi encontrado 4 ms, os
testes de Padrão de Frequência e Duração de 60% e 73% de acertos passaram para 85%
e 90% de acertos no pós TAF. No P300 verificou-se diminuição no valor da latência
(Orelha direita: 305,81 ms pré e 290,36 ms pós; orelha esquerda: 282,56 ms pré e 277,15
pós) e aumento dos valores da amplitude (Orelha direita: 9,55 µv pré e 14,78 µv pós;
orelha esquerda: 10,24 µv pré e 16,2 µv pós). Conclusão: Este estudo de caso sugere
que a estimulação auditiva do TAF em um idoso com TPA pode ter induzido a plasticidade
neural, sendo demonstrada pela melhora em tarefas de percepção auditiva e inclusive no
P300, o qual envolve tarefas cognitivas.
35
Evasão no reteste da triagem auditiva neonatal
Monique Ramos Paschoal; Adriana de Lima Pinto Ribeiro, Juliana Bezerra Trajano,
Rayane Kênia Campêlo da Silva, Maria Raquel Basílio Speri, Fabiana Cristina Mendonça
de Araújo
36
Exposição a ruído e agrotóxicos e ocorrência de perdas auditivas
Tereza Raquel Ribeiro de Sena; Cláudia Santana Santos, Priscila Barreto Oliveira,
Thassya Fernanda Oliveira dos Santos, Solano Sávio Figueiredo Dourado
Introdução: Estudo de corte transversal, cujo objetivo foi verificar a ocorrência de perda
auditiva em trabalhadores expostos a ruído e/ou agrotóxico na em uma empresa rural do
nordeste brasileiro. Foram realizados os procedimentos de anamnese, meatoscopia,
audiometria tonal liminar aérea nas freqüências de 1k a 8k Hz e Teste de Weber, nas
freqüências de 0,5 a 4k Hz. Todos os pesquisados realizaram repouso acústico mínimo
de 14 horas e o ambiente de exame estava em conformidade com a Norma
Regulamentadora do Ministério do Trabalho nº 07. O estudo foi realizado em uma
empresa rural de abastecimento de água e irrigação que também desenvolve atividades
de apoio à piscicultura, implantação de esgotos sanitários, construção de barragens,
açudes, e perfuração de poços para comunidades rurais no nordeste brasileiro.
Participaram do estudo 17 indivíduos de ambos os sexos, sendo 15 sujeitos do sexo
masculino, com faixa etária de 42 a 65 anos, e 02 do sexo feminino com faixa etária de 43
a 62 anos, nas funções de: operador de bomba (n=6); técnico agrícola (n=3), mecânico de
manutenção (n=3); motorista (n=2); engenheiro agrônomo (n=1), auxiliar de serviços
gerais (n=1), e auxiliar administrativo (n=1). Foram incluídos na pesquisa indivíduos com
tempo mínimo de exposição a ruído intenso de oito anos e/ou agrotóxico, independente
da função. Os critérios de exclusão foram idade inferior à maioridade legal e aqueles que
apresentaram alguma alteração de orelha externa e/ou média que impossibilitasse a
realização do exame. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido. Os resultados indicaram a ocorrência de perda auditiva em 70,5% (n=12) dos
trabalhadores avaliados, e em relação à exposição ao risco físico ruído, quando
comparada à exposição combinada deste com agentes químicos, agrotóxicos, o número
de sujeitos com perda auditiva foi similar em ambos os casos. Estes dados apontam para
a ocorrência de efeitos deletérios à saúde auditiva nesta população exposta a ruído e
agrotóxicos.
37
Família no berço das emoções
Cilmara Cristina Alves da Costa Levy; Juliana Habiro Sousa Miguel, Ana Paula Pinto de
Carvalho, Sonia Maria Simoes Iervolino
38
Fatores que dificultam a melhora da tontura na reabilitação vestibular
39
Frequência de alteração vestibular em bombeiros militares de Alagoas
Ana Carla Lima Barbosa; Ilka do Amaral Soares, Elizângela Dias Camboim
Introdução: Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais decorre
de quedas de diferentes planos. A Norma Regulamentadora n.º 35 – NR 35 – Trabalho
em Altura surgiu da necessidade de se promover aspectos de segurança e saúde
ocupacional, propondo a realização de avaliações que compreendam os principais fatores
predisponentes às quedas de planos elevados, como as alterações vestibulares. Os
militares dos Corpos de Bombeiros atuam diariamente em alturas iguais ou acima da
estabelecida por esta norma em operações de salvamento em altura, corte de árvore,
resgate em poço e outras ocorrências, havendo risco de queda. Objetivos: Investigar a
frequência de alterações vestibulares em um grupo de bombeiros militares que atuam em
Alagoas, verificando as principais vestibulopatias apresentadas pelos sujeitos avaliados
associando às suas queixas. Métodos: Pesquisa transversal desenvolvida com grupo de
bombeiros. Todos os indivíduos foram informados sobre os procedimentos a serem
realizados e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Realizou-se
otoscopia, audiometria tonal e imitanciometria, sendo descartados da amostra os sujeitos
com resultados alterados nesses exames. Posteriormente a amostra submeteu-se à
anamnese otoneurológica e ao exame vestibular por meio da manobra de Dix-Hallpike e
da vectoeletronistagmografia. Os dados foram analisados utilizando-se os testes Qui-
Quadrado e Exato de Fisher, com nível de significância de 5% (p=0,050). Resultados: A
amostra foi composta por 30 voluntários, sendo 4 sujeitos (13,3%) do gênero feminino e
26 masculino (86,7%), com idades entre 24 e 35 anos (média de 28,7 anos). Nos testes
vestibulares, encontrou-se 13 resultados normais (43,4%) e 17 bombeiros (56,6%)
apresentaram alterações detectadas na prova calórica. Houve maior ocorrência de
disfunção vestibular periférica (33,3%) seguida de disfunção vestibular periférica
deficitária unilateral (23,3%) e nenhuma vestibulopatia central. Não houve diferença
estatisticamente significante quanto à presença de vestibulopatia (p=0,5839) ou quanto à
classificação dessas alterações (p=0,0560). Queixa de tontura foi relatada por 7
bombeiros, presença de manifestações auditivas por 13 e antecedentes patológicos por
16. Comprovou-se diferença estatisticamente significante para queixa de tontura entre os
gêneros (p=0,0307), sendo o feminino mais propenso a apresentá-la. Não houve
diferença estatisticamente significante quanto à queixa de tontura entre as faixas etárias
avaliadas (p=0,9274), verificando-se, entretanto, uma maior tendência em indivíduos com
idade mais elevada. Não foi encontrada relação estatisticamente significante entre
vestibulopatia e as queixas de tontura (p=0,4268), manifestações auditivas (p=0,1376) ou
antecedentes patológicos (p=1,0000). Conclusões: Não foi encontrada uma relação
estatisticamente relevante entre o grupo estudado e a alteração vestibular. Todavia, entre
os bombeiros que apresentaram alteração, houve maior ocorrência de disfunção
vestibular periférica seguida de disfunção vestibular periférica deficitária unilateral, sem
diferença estatisticamente significante entre elas. Os bombeiros apresentaram queixas de
tontura, manifestações auditivas e antecedentes patológicos, mas sem relação
significante com as vestibulopatias.
40
Gradiente timpanométrico no diagnóstico das alterações de orelha média em pré
escolares
Meirivan dos Santos Rosário Oliveira; Aline Cabral de Oliveira-Barreto, Raphaela Barroso
Guedes-Granzotti, Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro César, Diziane Souza
Nascimento, Gabriela Gois Matos, Marcela Cassia Silva, Gregorina Rocha
41
Habilidades auditivas e de consciência fonológica em escolares
Ana Sabrina Sousa; Brenda Cordeiro, Paula Holz, Ana Claudia M. Ribeiro, Marielen de
Oliveira, Bárbarah W. Henkels, Mariana Keiko Kamita, Ana Paula Duarte, Bruna Nappi
42
Hemorragia periintraventricular em neonatos: avaliação do sistema nervoso
auditivo periférico e central
Ana Micheline Costa Faga; Rosana Giaffredo Angrisani, Marisa Frasson de Azevedo
43
Hidroterapia aplicada para reabilitação vestibular de pacientes com vestibulopatias
periféricas: série de casos
Julya Macedo; Luciana Lozza de Moraes Marchiori, Heloísa Freiria Tsukamoto, Giovana
Garla Sella, Ully Orlandini Pessoa, Hingrid Camara, Viviane de Souza Pinho Costa
44
Intervenção ante a perda auditiva infantil: o cenário na cidade do Recife
45
Lateralidade e tipo da perda auditiva em trabalhadores de João Pessoa/PB: um
estudo epidemiológico
Ana Maria da Silva; Wagner Teobaldo Lopes de Andrade, Jaims Franklin Ribeiro Soares,
Tereza Cristina Melo Pereira, Bruno Igor Sanches Gonzalez Roman
46
Limiar de reconhecimento de sentenças no silêncio e no ruído em jovens e adultos
Introdução: Com o declinar dos anos, ouvintes com ou sem perda auditiva podem
apresentar considerável dificuldade em compreender a fala, em especial, quando esta se
encontra distorcida acusticamente ou em ambiente ruidoso. Testes de reconhecimento de
sentenças no silêncio e no ruído constituem um valioso instrumento na avaliação
audiológica, uma vez que possibilitam a análise das habilidades auditivas em um contexto
que se aproxima das experiências auditivas cotidianas. Com a apresentação destes
materiais em campo livre, pode-se ainda avaliar a compreensão da fala na condição
binaural, que reflete a forma como se estabelece a comunicação diária. Objetivo:
Comparar os limiares de reconhecimento de sentenças no silêncio e no ruído,
caracterizando-os em relação à faixa etária. Métodos: Após aprovação do comitê de ética
da instituição envolvida (processos nº 12608/2012 e 12609/2012), participaram deste
estudo 40 indivíduos, de ambos os gêneros, divididos em 2 grupos; o grupo 1 (G1) foi
composto por 20 sujeitos com idades entre 18 a 30 anos e o grupo 2 (G2) foi formado por
20 indivíduos de 40 a 65 anos. Em todos os sujeitos foi realizada, após avaliação
audiológica básica (Audiometria Tonal Liminar, Logoaudiometria e Imitanciometria), a
pesquisa do Limiar de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio (LRSS) e do Limiar de
Reconhecimento de Sentenças no Ruído (LRSR), por meio do teste Listas de Sentenças
em Português, realizado em campo livre, de forma binaural, com os indivíduos
posicionados a um metro da fonte sonora, na condição 0º azimute, sem deslocamentos no
plano horizontal ou vertical, seguindo as recomendações da autora para calibração do
ruído e das sentenças. Os dados foram analisados de forma descritiva e comparados por
meio do teste t de Student, adotando como significante p<< 0,05. Resultados: Entre os
sujeitos avaliados, 97,5% apresentaram ATL dentro dos padrões de normalidade
bilateralmente e limiar de reconhecimento de fala e índice percentual de reconhecimento
de fala compatíveis com os limiares da via aérea. 100% dos indivíduos obtiveram curva
timpanométrica do tipo A, indicando normalidade do sistema tímpano-ossicular. Foi
observada a presença de reflexo acústico contralateral em todas as frequências
pesquisadas em 67,5% dos indivíduos, sendo que 32,5% apresentaram ausência do
mesmo em, pelo menos, uma das frequências. A média do LRSS e do LRSR e da relação
S/R para o G1 foi de 25,79; 49,03 e -15,97 e para o G2 de 33,46; 54,52 e -10,58,
respectivamente. Observou-se diferença significante na comparação entre o LRSS e o
LRSR para o G1 (p=0,0202) e G2 (p=0,023). Conclusões: Houve diferença significante
entre os resultados obtidos para o LRSS e o LRSR intragrupo, caracterizando que o ruído
prejudicou o reconhecimento das sentenças para os dois grupos avaliados. O grupo G2,
quando comparado ao G1, apresentou pior desempenho em relação aos achados
pesquisados (LRSS, LRSR e relação S/R) em ambas as situações (silêncio e ruído), o
que pode ser explicado pelo fator idade, uma vez que os indivíduos dos dois grupos não
apresentaram queixas e/ou perda auditiva importante.
47
Limiar diferencial de mascaramento (MLD): valores de referência em adultos
Silvana Maria Monte Coelho Frota; Suzana do Couto Mendes, Millene de Fatima Martins
Campbell Correia, Olinda dos Reis Barcellos
48
Limiares auditivos em altas frequências em indivíduos normo-ouvintes com e sem
queixa de zumbido
Mônica Carminatti; Amanda Zanatta Berticelli, Mariele Peruzzi Felix, Pricila Sleifer
Introdução: O zumbido pode ser definido como a percepção de um ruído, uma sensação
sonora que não tem relação com uma fonte externa geradora de som e está associado à
diminuição da sensibilidade auditiva. A audiometria de altas frequências é uma das
avaliações que pode detectar a redução da audição em indivíduos com zumbido. A
audiometria tonal de altas frequências é um relevante exame audiológico complementar
na detecção precoce de perdas auditivas. Objetivo: analisar os limiares de audibilidade
nas frequências 10.000Hz, 12.000Hz, 14.000Hz e 16.000Hz, em adultos normo-ouvintes,
com e sem queixa de zumbido, e verificar a ocorrência de eventuais diferenças entre as
idades, os sexos e as orelhas. Metodologia: Foram avaliados 145 indivíduos, de 18 a 35
anos, sendo 65 com queixa para zumbido e 80 sem queixa. Para as análises estatísticas,
foram utilizados os testes de Mann-Whitney e de Wilcoxon e o coeficiente de correlação
de Spearman, com nível de significância de 5%. Resultados: Os indivíduos com queixa de
zumbido apresentaram limiares significativamente mais elevados em todas as
frequências, tendo as mulheres limiares significativamente menores que os homens em
praticamente todas as frequências. Em ambos os grupos, houve associação positiva
significativa entre a idade com os limiares auditivos – em 10.000Hz em ambas as orelhas
(p=0,047 e p=0,005) para os indivíduos sem queixa de zumbido e em 16.000Hz na orelha
esquerda (p=0,029) para os indivíduos com queixa. Quando comparados os limiares entre
as orelhas e o local do zumbido, foram observadas diferenças significativas apenas em
16.000Hz em ambas as orelhas, sendo mais altos os limiares quando havia queixa de
zumbido. Conclusão: Indivíduos com queixa de zumbido apresentaram limiares
significativamente mais elevados em todas as frequências testadas. Na comparação dos
limiares auditivos entre as orelhas com local do zumbido, observou-se diferença
significativa apenas na frequência de 16.000Hz.
49
Manual informativo para os pais: conhecendo melhor a surdez
50
Medo de cair: preocupação ou realidade numa população de idosos de uma UATI de
Salvador?
51
Monitoramento do treinamento auditivo formal por meio de avaliacao
eletrofisiológica
Isabella Monteiro de Castro Silva; Erika Luisa Firme Lima, Waffa Bitar Ferraz, Monyca da
Silva Ramos Bitar
52
Nível de satisfação de usuários idosos com sua prótese auditiva e com seu meio
ambiente
Introdução: A audição é um dos mais importantes sentidos do ser humano, sendo devido
à audição que os humanos se comunicam, já que a maior parte dela é feita por padrões
sonoros. A principal função da audição é possibilitar a comunicação oral, sendo que a
deficiência auditiva pode prejudicar esta habilidade. O acompanhamento de adultos e
idosos com perda auditiva visa minimizar as dificuldades e o handicap que ocorrem como
conseqüência desta patologia. Objetivo: avaliar o nível de satisfação dos usuários idosos
de aparelho de amplificação sonora individual (AASI). Método: estudo descritivo
exploratório, com 108 indivíduos (m=56%; f=44%), com idade média de 77 anos,
protetizados há 2 semanas no mínimo, com perda auditiva do tipo sensorioneural (90%)
ou mista (10%), através do questionário de auto-avaliação International Outcome
Inventory for Hearing Aids – IOI-HA para determinar o grau do benefício e a satisfação
dada pela amplificação sonora. Resultados: para 52,78% o uso da prótese melhorou a
qualidade de vida, evidenciado pela alta pontuação (média=27,3). A relação do usuário
com o meio ambiente foi significativamente melhor (p<<0,001) do que a relação do
usuário com sua prótese. Conclusão: O IOI-HA é uma ferramenta, simples, fácil de aplicar
e por este estudo pode-se atestar o alto grau de satisfação do uso do AASI pela maioria
da amostra coletada, melhorando a qualidade de vida dos usuários.
53
O acompanhamento audiológico na quimioterapia e radioterapia
Carlos Kazuo Taguchi; Camila Silva Oliveira, Priscila Feliciano de Oliveira, Tarsila Santos
Amaral, Ana Paula Gois
54
O conhecimento e a aplicabilidade clínica da triagem auditiva neonatal na rotina
médica
Léa Travi Lamonato; Camila Viganó, Luciana Pillon Siqueira, Natália Ramos
55
O estado da arte sobre as respostas auditivas de estado estável
Aline Tenorio Lins Carnauba; Pedro de Lemos Menezes, Ilka do Amaral Soares, Kell
Cristina Lira de Andrade, Erika da Rocha Mahon, Otavio Gomes Lins
56
O perfil do fonoaudiólogo nos centros de referência em saúde do trabalhador
57
O projeto comunica e a integração social da comunidade surda
Regiane Ferreira Rezende; Sirley Alves da Silva Carvalho, Leonor Bezerra Guerra,
Patrícia Sutic Vasconcellos, Carla Andrade dos Santos, Ana Carolina Ferreira Roberto,
Ana Carolina Corrêa Riccio, Marina Teixeira Piastrelli, Júlia Guimarães Lopes, Raíssa
Diniz do Carmo
58
Ocorrência de queixas auditivas e não auditivas de pacientes usuários de AASI
59
Ocorrência de tontura e queixas auditivas em escolares do distrito Cabula-Beiru
Maria da Glória Canto de Sousa; Maria Cecília Castello Silva Pereira, Megnara de
Carvalho Santana
60
Oficina de processamento auditivo no curso de sensibilização para profissionais da
educação e saúde
Adriana da Silva Mello; Margareth Attianezi, Paula Soares de Melo, Caroline Rodrigues da
Silva Souza, Giselle Goulart de Oliveira Matos
61
Ototoxicidade na tuberculose multirresistente
Roberta Ferreira Silva Santos; Cláudia Maria Valete-Rosalino, João Soares Moreira, Tiago
Rosa Pereira, Fernanda dos Santos Silva, Ananda Dutra da Costa, Claudia Cristina
Jardim Duarte, Debora Cristina de Oliveira Bezerra
62
Parâmetros timpanométricos utilizando sonda multifrequencial em bebês com e
sem envolvimento de palato
Introdução: Porque as alterações de orelha média com consequente perda auditiva é uma
entidade clínica comum em sujeitos com fissura labiopalatina, um diagnóstico preciso,
utilizando um método eficaz, é fundamental para a escolha de tratamento adequado. A
timpanometria tem sido o procedimento objetivo mais utilizado na prática clínica para
avaliar as condições funcionais da orelha média. Estudos mostram que o uso da
timpanomeria de baixa frequência pode produzir resultados errôneos dando destaque
para o uso da timpanometria com uma sonda de alta frequência. Objetivo: Verificar os
parâmetros timpanométricos com a sonda multifrequencial nos bebês com e sem
envolvimento de palato. Métodos: Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética 119/2011-
SVAPEPE-CEP. Estudo prospectivo de 129 bebêscom (106) e sem (23) envolvimento de
palato, da faixa etária de três a doze meses, com fissura labiopalatina, escolhidos
aleatoriamente. As avaliações timpanométrica e otoscópica foram realizadas no ano de
2011. Todos os bebês incluídos neste estudo não apresentavam qualquer síndrome
genética associada e nem haviam sido submetidos a qualquer cirurgia reparadora da
malformação e/ou otológica. Todos os pais fizeram a leitura da Carta de Informação e
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As otoscopias visaram verificar
a condição para realizar a avaliação timpanométrica. A timpanometria foi realizada com os
três tons, 226Hz/678Hz/1000Hz, para ambas as orelhas. Os parâmetros verificados
forama Pressão de Pico Timpanométrico (PPT); Volume equivalente do meato acústico
externo (Vea); o Pico compensado de admitância acústica estática (Ymt)e o Efeito de
Oclusão(EO).Na comparação das variáveis entre os grupos com e sem envolvimento de
palato foi utilizada teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher. Nos testes estatísticos
foi adotado nível de significância de 5% (p<<0,05). Resultados: O EOesteve presente na
sonda de frequência de 678Hz em 43 orelhas direitas e 51 esquerdas e, na sonda de
1000Hz em uma orelha esquerda. A PPT apresentou valores médios de -4,99 daPa; -
16,76 daPa; -22,3 daPa, respectivamente em 226Hz, 678Hz e 1000Hz para os bebês sem
envolvimento de palato e de -29,33 daPa; - 17,82 daPa; -19,04 daPa, respectivamente em
226Hz, 678Hz e 1000Hz para os bebês com envolvimento de palato.O Ymt apresentou
valores médios de 0,41 ml; 0,53 ml e 0,44 ml, respectivamente em 226Hz, 678Hz e
1000Hz para os bebês sem envolvimento de palato e de 0,35 ml; 0,40 ml e 0,42 ml,
respectivamente em 226Hz, 678Hz e 1000Hz para os bebês com envolvimento de
palato.O Vea apresentou valores médios de 0,35 ml em 226 Hz, 1,17 mmho em 678Hz e
2,00 mmho em 1000Hz para os bebês sem envolvimento de palato e de 0,35 ml em 226
Hz, 1,18 mmho em 678Hz e 2,03 mmho em 1000Hz, para os bebês com envolvimento de
palato. Conclusão: Os parâmetros timpanométricos PPT, Ymt e Vea obtidos com tom de
sonda 226/678/1000Hz de bebês com e sem envolvimento de palato apresentam-se
diferentes entre si, com significância estatística somente para o Vea.
63
Parceria maternidade e universidade: impacto no serviço de TANU
Marlon Gledson Silva dos Santos; Monique Ramos Paschoal, Adriana de Lima Pinto
Ribeiro, Kyze Shannon Morais de Macedo, Mariana Guimaraes Alves e Souza, Fabiana
Cristina Mendonça de Araújo.
Introdução: Em agosto de 2010 foi sancionada a lei federal que determinou a realização
de triagem auditiva neonatal universal (TANU) em todo o território nacional. Desta forma,
serviços de triagem tiveram que ser implementados. A partir do levantamento das
recomendações internacionais e nacionais que versão sobre a realização da triagem
auditiva, constata-se que a estruturação de um programa não é simples, requerendo
experiência e capacitação de profissionais. Normalmente, os serviços implementados são
desenvolvidos por fonoaudiólogos, sem necessariamente ter vinculação acadêmica. No
entanto, a possibilidade de desenvolver um serviço que possa ter perfil para ensino,
pesquisa e extensão, trás uma perspectiva para a estruturação de programas de triagem
bem como para a formação de profissionais com experiência na área. Objetivo: Relatar a
parceria maternidade e universidade e o impacto no serviço de triagem auditiva neonatal
universal. Métodos: Foi analisado o programa de TANU de uma maternidade escola,
pública e realizado o levantamento das atividades acadêmicas desenvolvidas no referido
serviço. Os dados foram coletados a partir do banco de dados da TANU e do sistema
integrado de gestão de atividade acadêmicas (SIGAA) da universidade, no período de
agosto de 2010 à junho de 2013. Resultados: observou-se que entre agosto de 2010 e
dezembro de 2012 o serviço de TANU foi realizado por uma fonoaudióloga e uma bolsista
técnica, semanalmente em cinco períodos. Neste primeiro momento, houve o inicio de
uma parceria a partir de capacitação da fonoaudióloga, por meio de cursos de extensão, o
que caracterizou uma parceria técnico-cientifica entre as instituições. No entanto, os
indicadores de qualidade do serviço de TANU apresentavam-se abaixo do recomendado,
tendo em média 32% dos recém-nascidos triados, no período de agosto de 2010 a
fevereiro de 2013. Devido a necessidade do programa, contratou-se outra fonoaudióloga
em dezembro de 2012. Em seguida, iniciou-se a execução de projeto de pesquisa e
extensão por docentes da universidade em parceria com os fonoaudiólogos do serviço. A
partir da implementação acadêmica houve ganhos quantitativos e qualitativos no
programa. Foi possível haver suporte para a ampliação de horários de atendimentos com
a participação de professores e alunos do curso de graduação na rotina de atendimento,
passando-se atualmente a triar 66% dos RNs. Com o estabelecimento de reuniões
quinzenais, foi possível realizar discussão que subsidiaram modificações no programa,
tais como: reformulação da anamnese, com intuito de gerar novas pesquisas;
disponibilidade de um equipamento reserva; mudança no protocolo, com a introdução do
potencial evocado auditivo de tronco-encefálico-automático (PEATE-a); e o
acompanhamento dos RNs encaminhados para monitoramento e diagnóstico auditivo na
Clínica Escola de Fonoaudiologia. Soma-se a estes ganhos, a abertura de espaço para
alunos desenvolverem extensão e pesquisa, e complementarem sua formação acadêmica
em um serviço que visa a qualidade. Conclusão: Através da parceria da Maternidade e
Universidade foram constatados o aumento dos RNs triados, a melhora da qualidade do
serviço e a contribuição técnico-científica na capacitação de profissionais e graduandos.
64
Percepção auditiva e dislexia: uma revisão sistemática
65
Percepção do ser deficiente em uso do aparelho auditivo
Mirna Rossi Barbosa; Luiza Augusta Rosa Rossi-Barbosa, Cristina Andrade Sampaio,
Maísa Tavares de Souza Leite
66
Perda auditiva sensorioneural por meningite criptococica
Roberta Ferreira Silva Santos; Cláudia Maria Valete-Rosalino, João Soares Moreira, Tiago
Rosa Pereira, Fernanda dos Santos Silva, Ananda Dutra da Costa, Claudia Cristina
Jardim Duarte, Debora Cristina de Oliveira Bezerra
67
Perda auditiva unilateral: percepção de fala e queixa de zumbido em usuários de
AASI
Marina De Marchi dos Santos; Maria Renata José, Maria Fernanda Capoani Garcia
Mondelli
68
Perda auditiva, idade e tempo de exposição ao ruído em trabalhadores de João
Pessoa/PB
Larissa Medeiros Alves; Pâmmela Laís Silva Amazonas de Souza, Matheus Leão de
Melo, Tereza Cristina Melo Pereira, Jaims Franklin Ribeiro Soares, Wagner Teobaldo
Lopes de Andrade
69
Perfil audiológico dos idosos atendidos em uma clinica escola de fonoaudiologia
em Natal/RN
Kaliani Thaliny Xavier de Souza Patricio; Marcelo Luiz Medeiros Soares, Maria Raquel B.
Speri, Fabiana Cristina Mendonça de Araújo
70
Perfil otoneurológico dos pacientes atendidos num hospital universitário
71
Potenciais evocados auditivos em crianças com distúrbio fonológico
Haydée Fiszbein Wertzner; Luciana de Oliveira Pagan Neves, Bárbara Carrico, Fernanda
Cristina Leite Magliaro, Carla Gentile Matas
Introdução: O transtorno fonológico é uma alteração de fala que não possui causa
definida. Crianças com esta alteração podem apresentar alterações na produção e na
percepção da fala, e na organização de regras linguísticas. Estudos utilizando potenciais
evocados auditivos (PEAs) em indivíduos com transtorno fonológico sugerem alteração na
sincronia neural da via auditiva desta população. Desta foram, torna-se importante
investigar as respostas auditivas, especialmente para os estímulos de fala nessa
população. Objetivos: Investigar as respostas do Potencial Evocado Auditivo de Tronco
Encefálico (PEATE) e do Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência (PEALL) com
estímulos de fala e tone burst em crianças com distúrbio fonológico bem como comparar
estes resultados aos encontrados em crianças com desenvolvimento típico. Métodos: A
pesquisa foi aprovada pela CAPpesq da instituição sob protocolo nº 1360/06. Participaram
do Grupo Estudo (GE) 5 crianças entre 5 e 7 anos (2 do gênero feminino e 3 do gênero
masculino), diagnosticadas com distúrbio fonológico, porém sem atendimento terapêutico
prévio. Participaram do Grupo Controle (GC) 16 crianças entre 7 e 12 anos de idade (05
do gênero feminino e 11 do gênero masculino), com desenvolvimento típico, sem queixas
de fala e linguagem. Todas as crianças apresentavam limiares auditivos e PEATE clique
dentro da normalidade bilateralmente, sem antecedentes neurológicos e psiquiátricos. Os
procedimentos realizados foram: anamnese; otoscopia; audiometria tonal;
logoaudiometria; medidas de imitância acústica; PEATE com estímulo clique
bilateralmente; PEATE com estímulo de fala (/da/) na orelha direita; PEALL com estímulo
tone-burst (1000 Hz raro, 2000 Hz frequente) bilateralmente; PEALL com estímulo de fala
(/da/ raro, /ba/ frequente) bilateralmente. Resultados: Para a análise estatística foi
utilizado o teste ANOVA com nível de significância de 5%. Houve diferença na latência do
componente F do PEATE com estímulo de fala entre os grupos (GP: 42,67; GC: 40,35)
sendo que o GP apresentou maior latência. Houve diferenças nas latências das ondas P1
e N2 do PEALL com estímulo de fala entre os grupos, sendo que o GP (P1: 101.07; N2:
259.2) apresentou maior latência que o GC (P1: 85.84; N2: 241.0). Também se encontrou
diferenças estatisticamente significantes para as amplitudes P1-N1 e P2-N2 do PEALL
com estímulo de fala entre os grupos (GP: P1-N1: 2.80; P2-N2: 8.48) (GC: P1-N1: 4.02;
P2-N2: 6.21) Não houve diferença significante nas latências e amplitudes das ondas do
PEALL com estímulo Tone Burst entre os grupos. Conclusões: Os achados do presente
estudo demonstraram que as crianças com distúrbio fonológico apresentam uma redução
da atividade neuronal e uma lentidão no processamento do estímulo de fala ao longo da
via auditiva central. No que tange a avaliação das crianças com distúrbio fonológico, o
estímulo de fala mostrou-se mais sensível em identificar as dificuldades apresentadas por
esta população.
72
Potenciais evocados auditivos em crianças com distúrbio fonológico em terapia
fonológica
Haydée Fiszbein Wertzner; Luciana de Oliveira Pagan Neves, Bárbara Carrico, Fernanda
Cristina Leite Magliaro, Carla Gentile Matas
Introdução: O transtorno fonológico é uma alteração de fala que não possui causa
definida. Crianças com esta alteração podem apresentar alterações na produção e na
percepção da fala, e na organização de regras linguísticas. Estudos utilizando potenciais
evocados auditivos (PEAs) em indivíduos com transtorno fonológico sugerem alteração na
sincronia neural da via auditiva desta população. Desta foram, torna-se importante
investigar as respostas auditivas, especialmente para os estímulos de fala nessa
população. Objetivos: Investigar as respostas do Potencial Evocado Auditivo de Tronco
Encefálico (PEATE) e do Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência (PEALL) com
estímulos de fala e tone burst em crianças com distúrbio fonológico após terapia
fonológica, bem como comparar estes resultados aos encontrados em crianças com
desenvolvimento típico. Métodos: A pesquisa foi aprovada pela CAPpesq da instituição
sob protocolo nº 1360/06. Participaram do Grupo Estudo (GE) 5 crianças entre 6 e 9 anos
(4 do gênero feminino e 1 do gênero masculino), diagnosticadas com distúrbio fonológico,
com pelo menos seis sessões de atendimento terapêutico prévio. Participaram do Grupo
Controle (GC) 16 crianças entre 7 e 12 anos de idade (05 do gênero feminino e 11 do
gênero masculino), com desenvolvimento típico, sem queixas de fala e linguagem. Todas
as crianças apresentavam limiares auditivos e PEATE clique dentro da normalidade
bilateralmente, sem antecedentes neurológicos e psiquiátricos. Os procedimentos
realizados foram: anamnese; otoscopia; audiometria tonal; logoaudiometria; medidas de
imitância acústica; PEATE com estímulo clique bilateralmente; PEATE com estímulo de
fala (/da/) na orelha direita; PEALL com estímulo tone-burst (1000 Hz raro, 2000 Hz
frequente) bilateralmente; PEALL com estímulo de fala (/da/ raro, /ba/ frequente)
bilateralmente. Resultados: Para a análise estatística foi utilizado o teste ANOVA com
nível de significância de 5%. Não houve diferença estatisticamente significante na latência
dos componentes V, A, C, D, E, F, O do PEATE com estímulo de fala entre os grupos.
Houve diferença nas latências das ondas N2 e P300 do PEALL com estímulo de fala entre
os grupos, sendo que o GP (N2: 259,2; P300: 336,8) apresentou maior latência que o GC
(N2: 241; P300: 308,4). Não houve diferença significante nas latências e amplitudes das
ondas do PEALL com estímulo Tone Burst entre os grupos. Conclusões: Os achados do
presente estudo demonstraram que as crianças com distúrbio fonológico em terapia,
apresentam uma lentidão no processamento do estímulo de fala para os componentes
endógenos do PEALL. No que tange a avaliação das crianças com distúrbio fonológico, o
estímulo de fala mostrou-se mais sensível em identificar as dificuldades apresentadas por
esta população.
73
Potencial evocado auditivo de tronco encefálico em lactentes pré-termo: evolução
da audição
74
Potencial miogênico evocado vestibular e suas implicações no domínio das
frequências
Aline Tenório Lins Carnaúba; Otávio Gomes Lins, Ilka Do Amaral Soares, Kelly Cristina
Lira de Andrade, Pedro de Lemos Menezes
75
Prevalência de indicadores clínicos para alterações auditivas em crianças
Elaine Cristina Moreira Ogeda; Luciana Lupoli, Thaysa Vidal Dias De Freitas, Teresa
Maria Monenshon-Santos, Gabriela Bueno De Nobrega
76
Prevalência de indicadores clínicos para alterações auditivas em crianças
Elaine Cristina Moreira Ogeda; Thaysa Vidal Dias de Freitas, Luciana Lupoli, Teresa
Maria Momenshon-Santos, Gabriela Bueno de Nobrega
77
Prevalência de zumbido em pacientes com histórico de exposição ao ruído
ocupacional
Graziella Simeão Munhoz; Nelfa Souza Ferreira, Mariza Ribeiro Feniman, Andrea Cintra
Lopes
78
Promoção de saúde à comunidade surda: a boa relação afetiva na vida social
Regiane Ferreira Rezende; Sirley Alves da Silva Carvalho, Leonor Bezerra Guerra, Luide
Scalione Borges Dias, Gabriella Oliveira Lima, Ariel Jose Villar Gonçalves, Lidia Diniz
Guedes
79
Qualidade de vida: comparando resultados em idosos com e sem presbiacusia
Gleide Viviani Maciel Almeida; Renata Almeida Araújo Silvestre, Carla Meller Mottecy,
Lorena Kozlowski, Angela Ribas
Introdução: O processo do envelhecimento do ser humano traz no seu bojo uma série de
efeitos que comprometem a qualidade de vida das pessoas, seja do indivíduo senil,
quanto da comunidade que o cerca. A Fonoaudiologia vem se debruçando sobre estas
questões, principalmente no que se refere aos aspectos auditivos, pois, a população idosa
comumente se queixa de perda auditiva (presbiacusia). Em geral esta entidade clínica
afeta os dois ouvidos de forma similar e simétrica, tem origem basococlear e compromete
o reconhecimento da fala. É fator de risco para o desencadeamento de uma série de
outros sintomas: depressão, isolamento, auto estima rebaixada, rejeição, dentre outros. A
indicação de próteses auditivas é uma das alternativas utilizadas para melhorar a
percepção auditiva desta população e diminuir as sequelas da perda. Estudos vêm
demonstrando que o uso de próteses auditivas favorece a melhora da qualidade de vida
em usuários destes aparelhos, porém estas pesquisas fazem comparações intragrupo,
avaliando as queixas dos respondentes antes e depois da adaptação dos aparelhos.
Torna-se, portanto, necessário, verificar o impacto da perda auditiva e da protetização em
população idosa, em relação a pessoas com audição normal. Objetivo: avaliar a qualidade
de vida de um grupo de idosos presbiacúsicos após a protetização e comparar os
resultados com um grupo de idosos normouvintes. Método: Trata-se de um estudo clínico
descritivo transversal. Participaram 51 indivíduos divididos em dois grupos: G1, formado
por 36 presbiacúsicos, com idade média de 73 anos, de ambos os gêneros e usuários de
prótese auditiva (mínimo de 6 meses de usu); G2, formado por 15 idosos normouvintes,
com idade média de 69 anos. Foi aplicado o questionário WHOQOL-Bref e os dados
relativos aos quatro domínios abrangidos (físico, psicológico, meio ambiente e relações
sociais) foram analisados e comparados entre os grupos. Resultados: Qualitativamente
todos os sujeitos presbiacúsicos declararam que sua vida melhorou depois da adaptação
da prótese, porém, os escores do WHOQOL-Breaf revelam: em relação ao domínio físico
não houve diferença significativa entre as respostas dos dois grupos, certamente porque o
avanço da idade traz no seu bojo uma série de limitações; nos demais domínios houve
diferença estatisticamente significante entre os grupos, sendo que no grupo de
presbiacúsicos a qualidade de vida foi pior. Tal fato permite inferir que, no grupo de
presbiacúsicos, apesar do uso da prótese, as limitações impostas pela idade continuam
comprometendo a autoestima, as relações interpessoais e o convívio social. Conclusão: O
uso da prótese favorece a melhoria da percepção auditiva, porém a melhora da qualidade
de vida geral dos indivíduos avaliados depende de outros fatores que podem não ter
relação com a perda de audição.
80
Queixas auditivas e extra-auditivas em professores da rede pública de ensino de
João Pessoa - PB
Laise Paiva; Vanessa Mascarenhas, Vânia Souza, Bruno Silva, Anna Alice Almeida,
Leonardo Lopes, Elma Azevedo, Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva
81
Ramo de atividade econômica e prevalência de perda auditiva em trabalhadores
expostos a ruído
Isabel Grasielly Dutra de Azevedo; Pâmmela Laís Silva Amazonas de Souza, Marília
Medeiros e Silva, Tereza Cristina Melo Pereira, Jaims Franklin Ribeiro Soares, Wagner
Teobaldo Lopes de Andrade
82
Reabilitação vestibular em idosos
Introdução: O corpo humano vai sofrendo modificações gradativas com o passar dos
anos, sendo essas, consideradas normais quando se diz respeito ao envelhecimento.
Assim também ocorre com o sistema vestibular, que no decorrer dos anos reduz sua
funcionalidade, ocasionando sintomas de tontura e vertigem. Sintomas esses, que
associados a instabilidades posturais e de equilíbrio, comuns em idosos, interferem
diretamente na qualidade de vida desses sujeitos, ocasionando desconforto e até quedas.
Nesse contexto, a reabilitação vestibular atua na compensação vestibular central,
abrangendo um conjunto de procedimentos terapêuticos, que visam restabelecer o
equilíbrio corporal, e minimizar os sintomas de tontura e vertigem, auxiliando na melhora
das funções globais e da qualidade de vida dos idosos. Objetivo: Verificar os benefícios
da Reabilitação Vestibular em um grupo de idosos. Metodologia: Foram selecionados
através de um questionário 11 idosos com queixas de tontura. Após o questionário, o
grupo selecionado realizou seis encontros com os exercícios de reabilitação vestibular,
em seguida foram reaplicados os questionários. Resultados: Participaram até o final da
pesquisa 6 idosos, e todos apresentaram melhora significativa, sendo que os mesmos
relataram não possuir mais nenhum incomodo referente a tonturas e/ou vertigens. A
reabilitação vestibular é de suma importância e muito eficaz no tratamento dos sintomas e
sinais clínicos relacionados às disfunções vestibulares e, pode ser utilizada em casos de
tontura ou outras manifestações clínicas ocasionadas por distúrbios do equilíbrio corporal.
Conclusão: A partir dos resultados encontrados, nota-se que a melhora dos sintomas nos
idosos mostrou o quão eficaz é a reabilitação vestibular para a saúde e qualidade de vida
desses idosos.
83
Relação entre domínio emocional do dhi e queixas de depressão em pacientes em
reabilitação vestibular
84
Relação entre perda auditiva e sexo de trabalhadores expostos a ruído de João
Pessoa/PB
Isabel Grasielly Dutra de Azevedo; Ellen Késsia Barbosa de Santana, Vanessa Evellin
Fernandes Isidro Gomes, Tereza Cristina Melo Pereira, Jaims Franklin Ribeiro Soares,
Wagner Teobaldo Lopes de Andrade
Introdução: A perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados (PAINPSE) é
uma das doenças ocupacionais de mais alta prevalência entre os trabalhadores e se
caracteriza por ser irreversível e progressiva ao longo dos anos de exposição ao ruído. No
entanto, até o momento, os estudos em Audiologia Ocupacional são divergentes em
relação à influenciada variável na instalação da perda auditiva em trabalhadores expostos
a ruído. Objetivo: Investigar a prevalência de perda auditiva em função do sexo de
trabalhadores expostos a ruído. Método: Foi realizada a análise de prontuários de
audiometria periódica de 1243 trabalhadores de ambos os sexos (931 homens e 292
mulheres), expostos a níveis de pressão sonora superiores a 85dB. Os trabalhadores
foram provenientes de diversos ramos de atividade econômica, predominantemente
industrial. Os exames audiométricos foram realizados nos anos de 2011 e 2012 em um
centro de referência em saúde do trabalhador da cidade de João Pessoa/PB. A média de
idade dos sujeitos foi de 31 anos (DP = 10,0 anos) e todos tinham, à época da avaliação,
registro de trabalho em condições ruidosas por no mínimo dois meses. Os dados
receberam tratamento estatístico por meio do teste qui-quadrado (software SPSS, versão
16.0). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos do Hospital Universitário Lauro Wanderley sob número 289.643. Resultados:
Entre os resultados mais expressivos, observou-se diferença estatisticamente significante
(p <<,001) entre a ocorrência de perda auditiva de qualquer tipo entre os homens (22,4%)
em relação às mulheres (6,8%). Não foi verificada diferença estatisticamente significante
entre a ocorrência de perda auditiva bilateral entre os homens (51,7%) e as mulheres
(60%). Entre as orelhas alteradas, o tipo de perda auditiva mais frequente foi o sensório-
neural, ocorrente em, no mínimo, 69% das orelhas dos homens e 42,9% das orelhas das
mulheres. Já a perda auditiva mista apresentou comportamento inverso: aconteceu em,
no mínimo, 4,1% das orelhas dos homens e em 16,7% das orelhas das mulheres.
Conclusão: Os trabalhadores do sexo masculino expostos a ruído apresentam mais perda
auditiva dos que os do sexo feminino, com maior frequência do tipo sensório-neural nos
dois sexos. No entanto, não foi identificada diferença entre a ocorrência de perda auditiva
unilateral/bilateral em relação aos grupos.
85
Relação entre sintomas auditivos, ramo de atividade econômica e sexo em
trabalhadores expostos a ruído
Julyana Carla Carvalho Sousa; Larissa Medeiros Alves, Jonas Almeida de Freitas, Tereza
Cristina Melo Pereira, Jaims Franklin Ribeiro Soares, Wagner Teobaldo Lopes de
Andrade
86
Relato de elaboração de material educativo na atenção auditiva de pré escolares
Wanderson Fraga; Acácia Feitosa, Brigida Santos, Rodrigo Dornelas, Roxane de alencar
irineu, Aline Cabral de Oliveira-Barreto
87
Resultados do programa de triagem auditiva neonatal da clínica escola de
fonoaudiologia da UNEB-BA
Karen Garcia Alves; Flávia Leal Ferreira Silva, Mara Renata Lago-Rissato
88
Revisão teórica sobre resultados encontrados nas avaliações de linguagem em
crianças usuárias de implante coclear
Vera Lúcia Ferreira Avelino, Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida, Mariene Terumi
Umeoka Hidaka
89
Síndrome de Gomez-Lopez-Hernandez: relato de um caso
Vicente Coelho da Silva; Byanka Cagnacci Buzo, Cristina Moraes do Nascimento, Raiene
Telassin Barbosa Abbas
90
Triagem auditiva neonatal: comparando recomendações brasileiras com países
americanos de maior índice de desenvolvimento humano
Jéssica Marchiori Correia; Hanna Cristina Moreno de Sousa, Iára Bittante de Oliveira,
Mariene Terumi Umeoka Hidaka
91
Triagem auditiva neonatal: conhecimento de mães e orientações recebidas
Leilanne Marinho Rodrigues Viana; Joyce Monte Silva Coelho, Johnnatham Fillipe
Nascimento Silva
92
Triagem auditiva: análise audiológica e indicadores de risco em crianças de 0 a 6
meses
Johnnatham Fillipe Nascimento Silva; Joyce Monte Silva Coelho, Leilanne Marinho
Rodrigues Viana
93
Uso do videogame XBOX 360 na reabilitação vestibular: uma proposta terapêutica?
Maria da Glória Canto de Sousa; Luciana Aguiar Ferrer Santiago, Monique Oliveira
Côrtes, Ângela Samae Azevedo Matos, Amanda Nery Santos, Nathalia Carneiro
94
Utilização de instrumento informatizado na avaliação da audição de lactentes com
anomalias craniofaciais
95
Variabilidade teste-reteste na audiometria tonal com fone de inserção
96
Investigação sobre a participação em sala de aula regular do aluno deficiente
auditivo
Tacianne Kriscia Machado Alves; Regina Tangerino de Souza Jacob, Adriane Lima
Mortari Moret
97
DISFAGIA
Jussier Rodrigues da Silva; Joana Cristina Vasconcelos da Silva, Renata Veiga Andersen
Cavalcanti, Leandro de Araújo Pernambuco
98
A efetividade da oxímetria de pulso na detectabilidade da broncoaspiração
Introdução: A disfagia é um sintoma de uma doença de base que pode acometer qualquer
parte do trato digestivo, desde a boca até o estômago e que pode trazer complicações
clínicas como desnutrição, desidratação e aspiração ao paciente. A aspiração é definida
como a inalação de conteúdo orofaríngeo ou gástrico para a laringe e trato respiratório
inferior. A avaliação clínica da deglutição pode ser assessorada por avaliação
instrumental, com a utilização de métodos não invasivos para verificar a seguridade da
função. A oximetria de pulso tem contribuído para a monitoração de uma ampla variedade
de situações clínicas e quando associada à videofluoroscopia da deglutição permite
relacionar a queda da saturação periférica com episódios de broncoaspiração. Objetivo:
Verificar a eficácia da oximetria de pulso na detectabilidade da broncoaspiração.
Metodologia: Estudo realizado em um Hospital Universitário, com 16 pacientes com
indicação médica para realização da videofluoroscopia da deglutição, e monitoração da
oxímetria de pulso concomitante ao exame. Foram anotados os valores de repouso do
oxímetro de pulso do paciente ao iniciar o exame e a cada aspiração detectada. Quando
observada queda maior de 2% na saturação de oxigênio consistente, era considerado que
a oximetria de pulso foi capaz de detectar broncoaspiração. Resultados: Foram avaliados
10 homens e 6 mulheres com média de idades de 53,5 anos (mínimo: 14 dias, máximo 84
anos). Os resultados demonstraram uma taxa de 18,75% de episódios de dessaturação,
12,5% de episódios de broncoaspiração e 6,25% de episódios de broncoaspiração
concomitante a dessaturação de oxigênio. Dados estatísticos revelaram valores de 33,3%
de sensibilidade e 76,9% de especificidade para a utilização do método. Conclusão: Os
resultados da pesquisa indicam que a oximetria de pulso não foi capaz de detectar
broncoaspirações nessa população de forma expressiva. Porém, a heterogeneidade e o
reduzido número da amostra corroboraram para a queda nos resultados de sensibilidade
do método para este objetivo. De qualquer forma, não se despereza a importância da
utilização da oximetria de pulso para a monitoração do estado clínico geral dos pacientes.
99
A produção do conhecimento sobre disfagia: análise de pesquisas nacionais entre
2003 e 2013
Adriano Freitas dos Santos; Marlos Suenney de Mendonça Noronha, Daniele Santana
Lima Silva, Marcela Cássia Silva, Clara Mércia Barbosa Silva
100
A relevância do uso de protocolos em uti neonatal
Rute Silvia Moreira Santiago, Aline de Moraes Arieta, Monique de Carvalho Ferreira,
Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida, Ana Terra Santos Pompeu
101
Achados videofluoroscópicos em pacientes com queixa de refluxo gastroesofágico:
estudos de casos
102
Acurácia da ausculta cervical na investigação da disfagia orofaríngea na paralisia
cerebral
Danielle Bonfim; Rarissa Rúbia Dallaqua dos Santos, Paula Cristina Cola, Francisco de
Agostinho, Ana Maria Furkim, Adriana Gomes Jorge, Fernanda Matias Peres, Lídia
Raquel de Carvalho, Roberta Gonçalves da Silva
103
Adaptação postural de cabeça para frente: revisão de literatura
Mariana Ribeiro Lopes Neves; Fabiana Pinheiro Marçal, Camila Romano Vellardo,
Charles Henrique Dias Marques, Mariana Pinheiro Brendim, Yonatta Salarini Vieira
104
Alterações clínicas da deglutição na esclerose sistêmica
Luciana Dantas Lopes; Silvia Elaine Zuim de Moraes Badrighi, Isis Paloma Silva Aragão,
José Caetano Macieira, Cleverton Canuto Aragão
105
Análise comparativa dos sons da deglutição em crianças com paralisia cerebral
avaliadas com sonar doppler
Maria Cristina de Alencar Nunes; Cibele Fontoura Cagliari, Adriane Celi, Gisela Carmona
Hirata, Edna Marcia Abdulmasshin, Rosane Sampaio Santos, Liliane de Fátima Friedrich
Gallinea
106
Análise da produção científica por pesquisadores brasileiros em disfagia
Fabiani Rodrigues da Silveira; Fernanda Pizani Dutra, Thamy Fernandes Schmitt, Ana
Maria Furkim
107
As alterações na deglutição dos idosos avaliados
Amanda Cibelly Brito Gois; Patrícia Araújo de Brito, Bárbara Queiroga Mangueira, Hipólito
Virgílio Magalhães Júnior
108
Ativação cerebral e deglutição em indivíduos saudáveis: uma breve revisão
Aline Nogueira Gonçalves; Elisabete Carrara De Angelis, Renata Lígia V. Guedes, Aline
Gomes Lustosa Pinto
109
Atuação fonoaudiológica em cuidados paliativos: uma revisão da literatura
Thaís Belo Moreira; Ana Maria da Silva, Bruno Igor Sanches Gonzalez Roman, Leir Alves
de Souza Neta, Leniane Silva Dantas, Maria Clara Quirino Nunes Vicente, Jaims Franklin
Ribeiro Soares
Introdução: Cuidados Paliativos (CP) é uma abordagem em saúde que tem como objetivo
promover a qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças que ameaçam a
continuidade da vida. Em CP, pretende-se prevenir e aliviar o sofrimento, avaliar e tratar a
dor e oferecer suporte físico, psíquico e espiritual ao paciente e seus familiares. Objetivos:
Revisar a literatura sobre Cuidados Paliativos e Fonoaudiologia, com vistas a
compreender qual a contribuição do fonoaudiólogo nesta área. Métodos: Foi realizada
uma revisão na base de dados BIREME, em língua portuguesa, com os descritores
fonoaudiologia + cuidados paliativos, publicados entre 2002 e 2012. Resultados: A busca
por estudos publicados na área de “Cuidados Paliativos” (CP) retornou 4041 trabalhos,
dos quais apenas 06 relacionados à atuação do fonoaudiólogo. A equipe clássica em CP
é composta por médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social. Os estudos
encontrados mostram que a inserção do profissional fonoaudiólogo na equipe de CP dá-
se principalmente através das intervenções em deglutição e comunicação. Ao
fonoaudiólogo participante da equipe de CP cabe avaliar a qualidade do processo de
deglutição de alimentos, secreções orais, saliva e medicações, desde o seu controle oral
até o nível faríngeo. Diante de sintomas como a disfagia, náuseas e vômitos, odinofagia,
alteração do nível de consciência e desidratação, é do fonoaudiólogo o papel de manter
segura a deglutição por via oral por meio de adequações de postura, e planejamento da
consistência adequada do alimento. O fonoaudiólogo é também é o profissional capaz de
diminuir no paciente a sensação de fracasso, planejando o tamanho das porções que
serão oferecidas para estimular e preservar a deglutição. A importância do fonoaudiólogo
na equipe de CP reside na capacidade de orientar aqueles que interagem com o paciente
de forma a maximizar a comunicação, seja através da readaptação da linguagem oral,
seja no estabelecimento de uma comunicação não-verbal efetiva. Conclusão: A pequena
publicação científica sobre a inserção do fonoaudiólogo em equipes de CP em contraste
com os registros sobre a relevância de sua atuação nesta área faz alusão a um espaço
profissional com grande possibilidade de expansão. As estratégias terapêuticas utilizadas
pelo fonoaudiólogo no setor de CP podem garantir segurança e conforto para o paciente e
sua família, tanto em relação a sua alimentação quanto em relação à comunicação entre
o conjunto paciente-família-equipe. Há que se considerar que a alimentação é a maneira
essencial pela qual o corpo obtém os nutrientes necessários para sua manutenção e que
a comunicação é um instrumento crucial para interação do indivíduo com o meio em que
vive. Assim sendo, observa-se a importância da inserção do fonoaudiólogo na equipe de
cuidados paliativos e a contribuição deste profissional para o bem estar físico e psíquico
do paciente melhorando sua qualidade de vida e de sua família enquanto possível.
110
Atuação fonoaudiológica em paciente com PKAN: relato de caso
Laís Polezer; Alethéa Bitar Silva, Camila Lago Santiago, Brasília Maria Chiari, Maria Inês
Rebelo Gonçalves
111
Atuação fonoaudiológica precoce na atresia de esôfago com esofagostomia: relato
de experiência
112
Ausculta cervical no diagnóstico das disfagias orofaríngeas em crianças com
paralisia cerebral: revisão integrativa literatura
Schirleyde Fabiana da Silva; Cláudia Marina Tavares de Araújo, Brenda Carla Lima
Araújo
113
Avaliação da deglutição em lactentes com cardiopatia congênita e síndromes
genéticas
Deborah Salle Levy; Karine da Rosa Pereira, Deborah Bohm, Tzvi Bacaltchuk, Cora Firpo
114
Avaliação das características anatomofucionais da língua do idoso
Amanda Cibelly Brito Gois; Naiara da Silva Paula, Leandro de Araújo Pernambuco,
Hipólito Virgílio Magalhães Júnior
115
Capacitação em disfagia orofaríngea na unidade de terapia intensiva: estudo piloto
116
Contribuição precoce da fonoaudiologia em um protocolo institucional no AVE
José ribamar do Nascimento Junior; Juliana Medeiros Viana, Roberta Souza Guimarães,
Ana Maria Furkim
117
Correlação entre os sinais de risco para disfagia orofaringea infantil
118
Deglutição e válvula fonatória: um estudo de caso
Lisiane Lieberknecht Siqueira; Émille Dalbem Paim,Gabriela Decol Mendonça, Ana Clara
Varella
119
Descrição de habilidades funcionais de crianças com encefalopatia crônica não
progressiva – um estudo comparativo
Lourdianny Melo Barros; Francelise Pivetta Roque, Ana Paula Cajaseiras de Carvalho
120
Desempenho de adultos jovens no teste de deglutição de 100 ml de água
121
Dificuldade de alimentação em pacientes internados pela clínica médica de onco-
hematologia
122
Dificuldades alimentares em uma doença reumatologica: relato de caso
Luciana Dantas Lopes; Sílvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi, Milena Cabral de Lima,
José Caetano Macieira, Leylane Fonseca Almeida
Introdução: A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença difusa do tecido conjuntivo que
afeta primariamente a pele e os órgãos internos. Acometimento do trato digestivo tem sido
descrito em mais de 90% dos pacientes e o esôfago está frequentemente afetado, sendo
que a musculatura lisa distal deste constitui a porção mais afetada, com evidência, à
manometria, peristalse diminuída ou ausente e diminuição da pressão do esfíncter
esofágico inferior. Objetivo: Relatar a dificuldade alimentar de uma paciente portadora da
Esclerose Sistêmica. Método: Relato de caso de uma paciente do gênero feminino, 45
anos, portadora de ES há 16 anos. Encaminhada do serviço de Reumatologia de um
Hospital Universitário, para acompanhamento fonoaudiológico por apresentar
comprometimento da deglutição caracterizado por engasgos e limitação importante da
abertura oral. Foi utilizado o Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia – PARD
(adaptado) proposto por Padovani et al. (2007), para a prova do teste de deglutição da
água, e o protocolo MBGR, 2009 (adaptado) para o exame miofuncional orofacial. Os
achados clínicos foram correlacionados com o exame de Manometria Esofágica e Raio-x
do Esôfago. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres
Humanos sob nº 0132.0.107.000-10, seguindo a Resolução 196/96 (BRASIL. Resolução
MS/CNS/CNEP nº 196/96). Resultados: Paciente há cinco anos, alimenta-se
exclusivamente de líquido, outras consistências causam-lhe dificuldades respiratórias e
presença de refluxo. Após a avaliação verificou-se microstomia (30 mm), recessão
gengival, utilização de prótese parcial removível superior, ausência de selamento labial e
restrição da musculatura orofacial. O exame da manometria esofágica revelou
hipocontratilidade de corpo esofágico e hipotonia do esfíncter inferior do esôfago.
Enquanto que no raio-x observou-se retardo no esvaziamento esofágico e dilatação
mínima/moderada da luz esofágica. Portanto, a musculatura lisa distal do esôfago
constitui a porção mais afetada, com evidência, à manometria, de peristalse diminuída e
diminuição da pressão do esfíncter esofágico inferior. Durante a avaliação de líquido,
deglutiu gole a gole, apresentou escape oral anterior, tempo de trânsito adequado (devido
deglutir gole a gole), única deglutição, ausência de refluxo nasal, ausculta cervical
alterada, voz rouca, e ausência de tosse ou engasgo no momento da avaliação. Laringe
elevada aparentando rigidez e crepitação. Conclusão: Nos casos de pacientes
esclerodérmicos é de suma importância a avaliação da deglutição, devido à presença de
sinais e sintomas de disfagia.
123
Disfagia neurogênica em adultos: estudo sobre protocolos de avaliação
Jéssica Marchiori; Iara Bittante de Oliveira, Melina Martins Chinen,, Laís Helena Lange
Machado
124
Disfagia orofaríngea neurogênica: análise de protocolos de videofluoroscopia
nacionais e norte-americanos
125
Disfagia orofaríngea no indivíduo cardiopata pós-acidente vascular encefálico
submetido à intubação orotraqueal
Tatiana Magalhães de Almeida; Paula Cristina Cola, Daniel Magnoni, João Italo Dias
França, Roberta Gonçalves da Silva
126
Disfagia: revisão sistemática em periódicos brasileiros
Patrícia Valente Moura Carvalho; Emília Larissa Andrade Gois, Erika Mendes Estevam,
Rachel Ferreira Loiola
A disfagia é toda a dificuldade para deglutir que pode vir a ocorrer devido a causas
neurológicas ou estruturais, apresentando-se como sintoma de alguma doença de base.
O fonoaudiólogo é o profissional especializado para avaliar, diagnosticar e tratar a
disfagia. Para realização desta pesquisa foi feito levantamento bibliográfico de estudos
publicados em periódicos nacionais de Fonoaudiologia. O objetivo da pesquisa foi buscar
publicações que continham no título e/ou nos descritores os termos “deglutição” e/ou
“disfagia”. Foram encontrados 42 publicações sobre o tema. No ano de 2010 foi publicada
a maioria dos artigos (26,19%). Em todas as publicações houve a autoria de
fonoaudiólogos, sendo que em 28 (66,66%) os autores eram exclusivamente
fonoaudiólogos. Foram encontrados seis artigos de revisão (11,90%) e 36 artigos originais
(85,71%). Quanto à etiologia da disfagia, 14 artigos citaram causas estruturais (33,33%) e
23 artigos citaram causas neurológicas (54,76%). A disfagia orofaríngea foi abordada em
30 artigos (71,42%); a disfagia esofágica em três artigos (7,14%). A maior parte das
publicações foi sobre avaliação e/ou diagnóstico (66,66%). Os idosos constituíram a faixa
etária mais pesquisada (40,47%). Apenas 11 estudos utilizaram algum tipo de protocolo.
A disfagia foi associada a alterações ou doenças de base em 66,66% das publicações,
sendo as doenças mais citadas a Paralisia Cerebral e o Acidente Vascular Encefálico.
Pode-se observar nitidamente o crescimento da atuação fonoaudiológica em disfagia nos
últimos anos, principalmente na disfagia orofaríngea de base neurológica. Porém,
percebe-se ainda a carência da interdisciplinaridade e da estruturação dos atendimentos
através de protocolos.
127
Efeito dos exercícios vocais e respiratórios no comportamento da laringe e esôfago
Aline Nogueira Gonçalves; Irene de Pedro Netto, Simone Aparecida Claudino Silva,
Luciana Dall´Agnol Siqueira, Danyellë Sardinha de Oliveira, Douglas Barbosa, Paula
Angelica Lorenzon Silveira, Elisabete Carrara-de Angelis, Juliana Chiancone FranzottiI
128
Efeitos da toxina botulínica na redução de saliva na esclerose lateral amiotrófica
Amanda Almeida Batista; Marília Pinheiro de Brito Pontes, Safira Lince de Medeiros,
Patrick Macedo Bezerra, Layse Caroline Camara Muniz, Flávia Horta Azevedo Gobbi,
Maria de Jesus Gonçalves
Introdução: O acúmulo de saliva na cavidade oral e/ou seu escape ser causado por
alteração de sensibilidade e/ou motricidade oral. Eles podem indicam uma falha
neurogênica na coordenação dos músculos da língua, palato e face que atuam na
primeira fase da deglutição. Tal acúmulo leva a queixas que colaboram para o estigma
social da doença, dificuldade de integração social, e baixa autoestima, acentuando os
quadros de depressão e as dificuldades de reabilitação. Nesta perspectiva, a aplicação da
Toxina Botulínica nas glândulas salivares em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica
(ELA) tem como objetivo bloquear a ação nas fibras autonômicas colinérgicas diminuindo
o acúmulo de saliva e/ou seu escape. Objetivos: Este estudo objetiva discutir o efeito da
aplicação da Toxina Botulínica para redução de saliva e as implicações para o processo
de terapia fonoaudiológica e seus efeitos na interação social e na qualidade de vida do
paciente. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma equipe de
Fonoaudiologia do projeto de extensão Linguagem e comunicação alternativa em
pacientes com desordens neurológicas, em uma clinica escola e no ambulatório de
neurologia de um Hospital Universitário. Foram acompanhadas duas pacientes idosas de
73 e 77 anos, com diagnóstico clínico de ELA bulbar e fizeram a aplicação da Toxina
Botulínica após iniciar a terapia. Foram realizadas avaliações de Motricidade Orofacial e
avaliação clínica da deglutição, com os dados sendo coletados pré e pós-fonoterapia
associada à aplicação de toxina botulínica. O trabalho propõe atividades e orientações
que visam à função de deglutição e, quando necessário, trabalha-se a fala ou a
comunicação alternativa. Resultados: A idade de incidência da doença está de acordo
com a literatura. O comprometimento severo na articulação das palavras e os distúrbios
de deglutição apresentados pelas pacientes caracterizam a ELA de início bulbar. A
salivação em excesso seguida de escape extra-oral ou acúmulo na cavidade oral é um
sinal clínico de dificuldade de deglutição. Nesses indivíduos, é possível observar que o
acúmulo de saliva acelera a dificuldade articulatória e compromete a inteligibilidade da
fala, visto que eles apresentam sempre a preocupação em reter a saliva na cavidade oral.
A presença do ”lenço” na frente da boca é a particularidade que encontramos nesses
sujeitos. Uma das pacientes já apresentava sinais de depressão, como perda da vontade
do convívio social e isolamento, devido ao constrangimento que sentia com a estase e
escape de saliva. Foi possível observar na terapia e no relato das pacientes, que após a
aplicação da Toxina Botulínica ocorreu a diminuição da saliva, melhorando tanto aspectos
de reabilitação fonoaudiológica quanto a autoestima e a relação com seus interlocutores.
Ambas experimentaram significativa melhora dos sintomas e da qualidade de vida,
manifestando o desejo de reaplicação. Conclusão: Os benefícios da aplicação da toxina
botulínica associada à fonoterapia em pacientes disfágicos pode ser uma alternativa para
promover redução do acúmulo de saliva, melhora da função deglutição, melhora a
mobilidade e força das estruturas orofaríngeas e, sobretudo, uma melhora da qualidade
de vida dos pacientes.
129
Eficácia da terapia fonoaudiológica para decanulação em disfágicos
Carolina Marques Castro; Isabella Christina Oliveira Neto, Jaqueline Duarte Guerreiro,
Sheila Almeida Mendes, Luciano Rodrigues Neves, Maria Inês Rebelo Gonçalves
130
Elaboração de protocolo de avaliação da disfagia (PAD) para a população
portuguesa
João Carlos Torgal Batista; Sônia Cristina Cação de Matos, Barbara Macedo Machado,
Maria da Assunção Coelho de Matos, Ana Catarina Borges Bouça
Introdução: O ato de comer é um ato natural que faz parte da interação social e assegura
a nutrição diária e a saúde geral do indivíduo. As perturbações da deglutição e/ou
disfagia, mesmo que sutis, afetam a qualidade de vida de quem as apresenta. Estas
poderão ter como consequência a entrada de alimento na via aérea inferior, com
presença ou ausência de tosse, engasgos, problemas pulmonares e aspiração. Poderão
também provocar défices nutricionais e desidratação, resultando em perda de peso,
pneumonia e óbito. Embora muitos países tenham proposto e validado instrumentos para
a avaliação da disfagia orofaríngea, em Portugal, até à data, não foram encontrados
protocolos de avaliação validados e que permitam efetuar uma avaliação adequada e
completa, sendo utilizadas maioritariamente traduções sem validação ou adaptações de
protocolos já existentes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi elaborar um protocolo de
avaliação de disfagia orofaríngea específico para a população adulta portuguesa.
Métodos: Trata-se da primeira fase de um estudo para elaboração e validação de
instrumento de avaliação da disfagia orofaríngea. O Protocolo de Avaliação da Disfagia
(PAD) foi elaborado considerando os protocolos já existentes, mediante a identificação de
pontos comuns discutidos em grupo, e a introdução de itens considerados relevantes. Os
itens foram complementados com sugestões de Terapeutas da Fala com experiência
prática em disfagia orofaríngea (Grupo Português do Estudo da Disfagia - GPED).
Resultados: O PAD é constituído por duas partes: 1. Anamnese e 2. Avaliação e
classificação do grau de risco e gravidade da disfagia. Na primeira, foram incluidos os
itens que permitem conhecer o historial clinico e alimentar do utente, desde a instalação
da doença até à avaliação terapêutica. A segunda constitui numa avaliação clínica da
deglutição, com recurso a diferentes consistências, visando a observação das funções
estomatognáticas, bem como a análise da dinâmica do processo da deglutição, em cada
uma das fases da deglutição, com excepção da fase esofágica. Permite pesquisar se
existe captação ineficiente, escape oral anterior, preparo ineficiente, tempo de trânsito oral
alterado, atraso do reflexo de deglutição, escape para rinofaringe, elevação laríngea
reduzida, auscultação cervical positiva, sinais clínicos de penetração e/ou aspiração. É,
ainda, indagada a presença de outros sinais como deglutições múltiplas, resíduos na
cavidade oral, sensação de estase, cianose, alteração da frequência respiratória e
cardiaca, e da saturação de oxigénio. No final da avaliação, são ainda sugeridas
adequações posturais ou o recurso à utilização de manobras terapêuticas, que devem no
entanto, ser comprovadas com recurso a meios complementares de diagnóstico, os quais
também estão contemplados no protocolo. Desta forma, pode ser determinado o grau de
comprometimento da Disfagia Orofaríngea e o nível funcional da via oral. Conclusões: O
PAD é baseado na experiência prática de um grupo de Terapeutas da Fala e na revisão
da literatura existente acerca da temática da disfagia. Futuramente pretende-se efetuar a
validação do seu conteúdo através de um painel Delphi, fazer a sua validação
psicométrica para a população portuguesa e criar subescalas adaptadas a outros tipos de
disfagia e/ou específicos de outras populações com perturbação da deglutição.
131
Frequência de queixas de deglutição e voz em indivíduos com doença tireoidiana
132
Gerenciamento da deglutição em crianças portadoras de paralisia cerebral em
escola escpecial
Andréa Siqueira Kokanj Santana; Andréa Castor Nogueira, Elaine Dal´bo Lemos
133
Gerenciamento de um protocolo de risco de broncoaspiração em um hospital geral
de São Paulo.
Juliana Medeiros Viana; Ana Maria Furkim, Roberta Souza Guimarães, José Ribamar do
Nascimento Junior
134
Habilidade de ingestão oral e gravidade motora global de crianças com
encefalopatia crônica não-progressiva
Lourdianny Melo Barros; Francelise Pivetta Roque, Maria Inês Rebelo Gonçalves, Ana
Paula Cajaseiras de Carvalho
135
Identificação dos sintomas indicativos de disfagia e associação com fatores de
risco cardiovascular em idosos
136
Influência da estimulação sensório motor-oral no aleitamento materno de recém-
nascidos pré-termo
137
Influência da consistência do alimento no tempo de resposta faríngea no acidente
vascular encefálico
Rarissa Rúbia Dallaqua dos Santos; Paula Cristina Cola, Adriana Gomes Jorge, Fernanda
Matias Peres, Roberta Gonçalves da Silva
138
Inserção da fonoaudiologia na atenção hospitalar de um hospital-escola de alta
complexidade
Laelia Cristina Caseiro Vicente; Poliane Cristina de Lima Aarão, Patrícia Marques de
Oliveira, Jordana Siuves Dourado, Danielle de Lima e Melo, Nayara Aparecida
Vasconcelos Pereira Carvalho
139
Levantamento de pacientes adultos com queixa de disfagia apresentando avaliação
nasolaringofibroscópica da deglutição funcional
140
Medidas de tempo de trânsito oral em crianças com paralisia cerebral
Carolina Castelli Silvério; Nátali da Silva Lustre, Talita Regina Bezerra Freire
141
Nasoendoscopia de deglutição em doenças neurodegenerativas
Rarissa Rúbia Dallaqua dos Santos; Paula Cristina Cola, Suely Mayumi Motonaga, Joice
dos Santos Costa, Roberta Gonçalves da Silva
142
Pacientes geriátricos e disfagia: quais os reais riscos?
Gabriela De Luccia; Hellen Viviane Morgenstern Silva Santos, Bianca Kviecinski, Adriana
Lima Valente
143
Perfil do paciente com traumatismo cranioencefálico encaminhado para triagem
fonoaudiológica em centro de reabilitação terciário
Luciana de Abreu Soares Borges; Danielle Ramos Domenis, Marisa Tomoe Hebihara
Fukuda, Raphaela Barroso Guedes Granzotti
144
Perfil dos pacientes gastrostomizados após acidente vascular encefálico à
avaliação fonoaudiológica inicial
Amélia Augusta de Lima Friche; Laélia Cristina Caseiro Vicente, Marina Santos Tupi
Barreira Schettino, Nayara Aparecida Vasconcelos Pereira Carvalho
Introdução: Uma das complicações mais frequentes após o Acidente Vascular Encefálico
(AVE) é a disfagia orofaríngea - reconhecida como um dos principais fatores de risco para
ocorrência de pneumonia aspirativa. Estudos apontam a prevalência de disfagia entre 41
e 90%. Pacientes com disfagia grave têm sua dieta oral suspensa e, de acordo com a
avaliação fonoaudiológica, é indicada via alternativa de alimentação. A gastrostomia
geralmente é indicada a pacientes cujo distúrbio da deglutição tem prognóstico de
reabilitação de médio a longo prazo. Objetivos: Descrever o perfil dos pacientes pós-AVE
que durante a internação foram gastrostomizados em Hospital de referência; identificar
variáveis biológicas, contextuais e sinais e sintomas de disfagia mais frequentes à
avaliação fonoaudiológica em pacientes submetidos à gastrostomia. Métodos: Trata-se de
estudo observacional analítico de delineamento retrospectivo realizado por meio de coleta
de dados em prontuários de pacientes internados na Unidade de AVE, submetidos à
gastrostomia durante a internação, maiores de 18 anos, atendidos pelo Serviço de
Fonoaudiologia de junho de 2012 a maio de 2013 com diagnóstico de AVE na fase aguda,
confirmado por tomografia computadorizada ou ressonância magnética de crânio. Foram
excluídos pacientes com exames de imagem inconclusivos e instáveis clinicamente. Na
coleta de dados considerou-se a localização da lesão (escala Oxfordshire Community
Stroke Project) e diagnóstico clínico fonoaudiológico quanto à escala de gravidade da
disfagia, ocorrência de aspiração salivar, presença de distúrbios de linguagem, fala e
paralisia facial. Os resultados foram analisados descritivamente por meio de medidas de
tendência central das variáveis contínuas e distribuição de frequência das variáveis
categóricas. RESULTADOS: Dos 260 indivíduos avaliados no período, treze foram
gastrostomizados e incluídos no presente estudo, sendo quatro do sexo feminino (30,8%)
e nove do sexo masculino (69,2%), média de idade de 68,8 anos; doze apresentaram
AVE isquêmico e um hemorrágico. Dos indivíduos com AVE do tipo isquêmico 50,0%
eram do subtipo circulação posterior, 33,3% circulação anterior total e 16,7% circulação
anterior parcial. Como comorbidades clínicas associadas, verificou-se predominância de
Hipertensão Arterial Sistêmica (100%), seguida de tabagismo ativo (42,9%) e Diabetes
Mellitus (37,7%). Quanto ao padrão respiratório, verificou-se uso de traqueostomia em
seis indivíduos, cateter nasal em três e quatro indivíduos em ar ambiente. Durante a
avaliação fonoaudiológica constatou-se que 100,0% dos indivíduos apresentavam
paralisia facial e alteração da comunicação oral, sendo a alteração mais encontrada a
disartria (100,0%), seguida da afasia (61,5%). Quanto ao padrão de deglutição, todos os
indivíduos foram classificados como disfagia grave, apresentando sinais e sintomas de
aspiração salivar. Desses indivíduos, sete (53,8%) não apresentaram deglutição
automática de saliva, quatro (30,7%) apresentaram deglutição incompleta e dois (15,38%)
apresentaram deglutição de saliva. Conclusões: O uso de traqueostomia pós-AVE e o
subtipo circulação posterior podem estar relacionados à indicação de gastrostomia após o
AVE. Sinais de aspiração substancial e ausência ou falha na deglutição completa foram
as alterações da deglutição mais frequentes. Estudos que abordem os fatores preditivos
de gastrostomia se fazem necessários na identificação dos pacientes que podem
beneficiar-se com gastrostomia precoce e assim diminuir a permanência hospitalar
desses indivíduos.
145
Qualidade de vida relacionada à deglutição em pacientes hospitalizados com
disfagia
Laelia Cristina Caseiro Vicente; Jordana Siuves Dourado, Tatiana Simões Chaves, Camila
Fernandes da Silva
Introdução: A disfagia pode interferir nos convívios familiar e social dos pacientes pelas
características das sintomatologias impostas, podendo causar constrangimento e/ou
frustração. Muitos pacientes internados apresentam limitações na habilidade de
alimentação, sendo inclusive necessário o uso de via alternativa de alimentação.
Conhecer o impacto do transtorno da deglutição na qualidade de vida do paciente
internado com disfagia é importante para promover estratégias terapêuticas que otimizem
o cuidado dessa população. Objetivos: Analisar a qualidade de vida relacionada à
deglutição em pacientes disfágicos hospitalizados e verificar se as variáveis gênero,
idade, escolaridade, via de alimentação, doença de base e percepção de saúde
interferem no julgamento. Métodos: A amostra foi composta por 57 pacientes com
diagnóstico clínico de disfagia orofaríngea, maiores de 18 anos, de ambos os gêneros,
internados em hospitais-escolas de referência, que foram atendidos pelas equipes de
fonoaudiologia dos referidos locais. A coleta dos dados foi realizada por meio da
aplicação do questionário de Qualidade de Vida em Deglutição SWAL-QOL validado para
língua portuguesa brasileira. Os dados coletados foram tabulados em um banco de dados
e análises estatísticas apropriadas foram empregadas utilizando-se o valor de
significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Dos 57 pacientes que participaram do estudo,
apenas 8,8% fazia uso exclusivo de via alternativa para alimentação e 91,2%
apresentavam pelo menos uma consistência por via oral. Quando questionados quanto à
auto-percepção da qualidade da saúde, 12,3 % a consideram ruim, 29,8% satisfatória,
49,1% boa, e 8,8 % muito boa. Os escores duração da alimentação e sono foram os que
mais sofreram impacto na qualidade de vida. O estudo evidenciou que a via de
alimentação impactou negativamente na qualidade de vida em deglutição dos
participantes quanto ao escore geral e nos domínios deglutição como um fardo,
frequência de sintomas, seleção de alimentos, comunicação, medo e saúde mental.
Quanto à doença de base, houve relevância para os escores frequência de sintomas e
fadiga, sendo que os resultados indicaram que o grupo dos pacientes neurológicos
apresentou os piores escores no SWAL-QOL. Quanto à correlação entre os domínios do
SWAL-QOL e o FOIS, os participantes com via alternativa apresentaram os menores
escores em vários domínios do SWAL-QOL. Houve correlação entre a idade e o escore
total, além do domínio frequência de sintomas, uma vez que o aumento da idade levou a
uma redução dos escores citados. Conclusões: A disfagia interfere na qualidade de vida
relacionada à deglutição do paciente hospitalizado, sendo que a via de alimentação
alternativa e as doenças neurológicas foram as variáveis que mais impactaram nos
domínios do SWAL-QOL entre os participantes deste estudo.
146
Queixas de deglutição e voz em idosos com sequelas de acidente vascular
encefálico
Giédre Berretin-Felix; José Roberto Pereira Lauris, Alcione Ghedini Brasolotto, Marcela
Maria Alves da Silva, Claudia Tiemi Mituuti, Paula de Campos Bovolin
147
Tipo de queixa e autopercepção da voz e deglutição em mulheres com doença
tireoidiana
148
Atuação fonoaudiológica em paciente com PKAN: relato de caso
Laís Polezer; Alethéa Bitar Silva, Camila Lago Santiago, Brasília Maria Chiari, Maria Inês
Rebelo Gonçalves
149
Traqueostomia e disfagia: uma revisão sistemática do impacto da traqueostomia na
deglutição.
150
Triagem e conduta fonoaudiológica: estudo de caso sobre ataxia telangiectasia
151
Videofluoroscopia na disfagia orofaríngea mecânica: revisão de literatura
152
ENSINO EM FONOAUDIOLOGIA E POLITICAS PUBLICAS
(PET-SAÚDE E PRÓ-SAUDE)
Vivian de Carvalho Reis Neves; Ana Paula Mendes Rodrigues, Gilson Saippa de Oliveira
153
A produção do conhecimento sobre a velhice para a fonoaudiologia brasileira entre
2008 e 2010
154
Aprendizagem baseada em problemas como metodologia de formação do
fonoaudiólogo: experiência pioneira
Raphaela Barroso Guedes Granzotti; Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro César, Aline
Cabral de Oliveira Barreto, Danielle Ramos Domenis, Fabiana Cristina Carlino, Rodrigo
Dornelas do Carmo, Roxane de Irineu Alencar
155
Atendimento integrado domiciliar: benefícios da atuação interdisciplinar
Ana Carla Lima Barbosa; Gabriela Mendes de Aguiar, Bárbara Patrícia da Silva Lima
156
Atividade pedagógica em motricidade orofacial: uma prática inovadora para fixação
de conteúdos
157
Avaliação da comunidade através do processo de territorialização - contribuição
para formação em fonoaudiologia
Thamyres Grazielle dos Santos Martins; Lourdianny Melo Barros, Anália Maria Correia
Ribeiro da Silva, Thales Roges Vanderlei de Góes
158
Avaliação do conhecimento dos estudantes de fonoaudiologia sobre o auto-exame
da boca
Schirleyde Fabiana da Silva; Roberta Borba Assis, Ana Maria Bezerra de Araujo, Benilda
Silva da Luz
Introdução: Devido o câncer de boca ser um dos tipos mais comuns de neoplasia que
podem acometer os indivíduos na região de cabeça e pescoço, observa-se a importância
do auto-exame da boca, proporcionando uma detecção precoce, e do conhecimento por
parte dos profissionais de saúde. Visto que tal conhecimento deve ser adquirido na
graduação, pois é neste período que os estudantes de fonoaudiologia e demais
acadêmicos da área de saúde estão sendo formados e deverão obter o máximo de
informações possíveis para não apenas tornassem agentes reabilitadores, mas também
de prevenção. Objetivos: Avaliar o conhecimento de estudantes de Fonoaudiologia sobre
a detecção precoce do câncer de boca através do auto-exame. Metódos: Tratou-se de um
estudo transversal e descritivo, que buscou através de um questionário semi-estruturado
composto por perguntas abertas, respondido individualmente por 25 alunos, sendo dois
do sexo masculino e 23 do sexo feminino, que estavam no último ano do curso de
fonoaudiologia, de duas instituições de ensino superior. Resultados: Através dos
questionários observou-se que 100% dos estudantes referiram conhecer os fatores de
riscos para o câncer de boca. O tabagismo foi citado por todos como um grande fator de
risco; seguido de alcoolismo (72%); higiene oral precária (48%); próteses mal adaptadas
(28%); fatores genéticos e radiação solar (20%), HPV (16%); lesões crônicas, desnutrição
e dieta pobre em vitaminas e proteínas (8%) e exposição a agentes químicos (4%).
Quanto ao conhecimento dos sinais e sintomas notou-se que 64% dos alunos citaram a
presença de lesões crônicas; 52% manchas esbranquiçadas como suspeitas de câncer
de boca; 32% presença de dor; 24% vermelhidão e presença de caroços; e 8% dos
graduandos não soberam informar. Em relação aos encaminhamentos, em caso de
suspeitas de câncer de boca, 52% dos graduandos encaminhariam para o cirurgião
dentista; 24% para o Médico; 16% para o Otorrinolaringologista e Cirurgião de cabeça e
pescoço; e 8% para o Bucomaxilofacial e Fonoaudiólogos. 20% dos participantes não
ouviram falar ou leram sobre o auto-exame de boca. 56% dos alunos conheceram o auto-
exame através de palestras e congressos, 20% a partir de aulas da graduação; 12%
através de estágios; 8% por revistas; e 4% por meio de campanhas educativas. Porém,
apenas 36% dos estudantes afirmaram saber realizar o auto-exame da boca. Conclusões:
Nota-se a necessidade de um maior investimento por parte das instituições de ensinos
superiores quanto ao aprimoramento do conhecimento técnico a cerca da importância na
realização do auto-exame de boca, como medida preventiva e de detecção precoce de
um dos cânceres mais comuns na região de cabeça e pescoço causando alterações
morfofuncionais.
159
Educação em saúde na atenção à amamentação: experiência pet-saúde numa
maternidade referência em alto-risco
Jordana de Lima Silva Santos; Vanessa de Oliveira Tenório, Maria da Conceição Carneiro
Pessoa de Santana, Ana Paula Cajaseiras de Carvalho, Simone Schwartz Lessa
160
Enfrentamento das questões emocionais do aluno de fonoaudiologia durante a
prática clínica – uma experiência grupal
161
Expectativas de graduandos em fonoaudiologia frente a um estágio clínico
supervisionado
162
Experiência do ensino em saúde do trabalhador na graduação em fonoaudiologia
Ivone Ferreira Neves-Lobo; Clayton Henrique Rocha, Isadora Longo Altero, Renata
Rodrigues Moreira, Seisse Gabriela Gandolfi Sanches, Alessandra Giannella Samelli
163
Fonoaudiologia e educação em saúde: relato da atuação preventiva numa
comunidade em Alagoas
Ana Carla Lima Barbosa; Jacileide Carvalho de Oliveira Souza, Natália Mayra Nascimento
Palmeira Paz, Bárbara Patrícia da Silva Lima
164
Fonoaudiologia e promoção da saúde: relato de experiência com alunos de
graduação
Denise Gonçalves Roza; Ana Magda Rezende de Oliveira, Juliana Mota Ferreira, Carlos
Antonio Bruno da Silva
Introdução: A formação acadêmica em Fonoaudiologia exige cada vez mais que os alunos
vivenciem a realidade da saúde coletiva e se apropriem desse campo de atuação, visando
à promoção da saúde fonoaudiológica e a prevenção dos agravos. Objetivo: Descrever a
experiência de alunos de graduação em Fonoaudiologia em atividades de promoção da
saúde. Métodos: Estudo descritivo, de natureza qualitativa, desenvolvido pelos alunos da
disciplina de Práticas Integrativas em Saúde Coletiva de uma faculdade privada de
Fortaleza, no período de março a junho de 2013. Foram realizadas ações de promoção da
saúde fonoaudiológica, em escolas, hospitais, asilos, orfanatos e no espaço da faculdade,
através de palestras informativas e atividades de orientação em grupo, abordando temas
da Fonoaudiologia relacionados à voz, audição, linguagem, motricidade orofacial e
deglutição. Os alunos foram divididos em 3 grupos, cada grupo responsável por 3 projetos
de promoção da saúde. As atividades foram registradas por meio de imagens e relatórios.
Ao final, foram realizadas entrevistas não-estruturadas com os alunos sobre suas
experiências. Resultados: As atividades contaram com a participação de 23 alunos,
cursando o último semestre da faculdade. Foram realizadas 26 intervenções em
promoção da saúde fonoaudiológica, das quais 6 (23,1%) envolviam tema relacionado à
audição; 3 (11,5%) mastigação e deglutição; 7 (26,9%) motricidade orofacial; 7 (26,9%)
voz; e 3 (11,5%) linguagem oral e escrita. Os alunos tiveram autonomia para desenvolver
suas atividades, escolhendo os locais, os temas e o material utilizado. Os cuidados com a
audição e a voz e o desenvolvimento da linguagem, foram debatidos em forma de
palestras em escolas; a saúde do idoso, abordando orientações sobre a audição e higiene
bucal, foi trabalhado em oficina com idosos de um abrigo. No hospital, foram abordados
temas relacionados à mastigação e deglutição, através de palestras com candidatos à
cirurgia bariátrica; e temas relacionados a saúde materno-infantil, com orientações às
gestantes e puérperas sobre amamentação, sucção, motricidade orofacial e linguagem.
Foi realizada sala de espera no setor de estágio da faculdade, junto à família de pacientes
em atendimento, abordando o desenvolvimento da linguagem. Na parte externa da
faculdade, foram realizadas panfletagens com temas relacionados ao cuidado com a voz,
audição. Os alunos revelaram se sentirem mais preparados para a vida profissional, às
vésperas da finalização do curso, após as vivências práticas. Conclusão: A experiência
prática da saúde pública e coletiva mostrou-se como importante estratégia de inserção do
estudante na realidade da Fonoaudiologia na saúde pública, gerando maior visão,
maturidade e autonomia dos alunos. As vivências estreitaram a relação entre a teoria e a
prática, e proporcionaram a humanização do cuidado. As atividades desenvolvidas
também ampliaram o acesso da população aos temas relacionados a Fonoaudiologia,
favorecendo o conhecimento e o interesse pela área. Os resultados dessa experiência
evidenciam a importância do trabalho do fonoaudiologia no âmbito de atenção primária e
promoção de saúde.
165
Formação docente graduação em fonoaudiologia
Lia Maria Brasil de Souza Barroso; Fernanda Mônica Oliveira Sampaio, Mércia Maria
Araújo Pinto
166
Idosos institucionalizados e os residentes na comunidade itapagipana: análise
descritiva da situação de saúde
Monique da Silva Fraga Gomes; Ana Verena Rocha Carvalho, Joiceangela Alves
Nascimento, Laiana Silva Reis, Lidiane dos Santos Sotero, Luzia Poliana Anjos da Silva
167
Impacto da reforma curricular no curso de fonoaudiologia: desafios e beneficios
Monique Da Silva Fraga Gomes; Ana Verena Rocha Carvalho, Joiceangela Alves
Nascimento, Laiana Silva Reis, Lidiane dos Santos Sotero, Luzia Poliana Anjos da Silva
168
Liga acadêmica da voz da universidade federal de são paulo: descrição das
atividades de 2012
Bruna Rainho Rocha; Cássia Gomes Amaral, Patricia Barbarini Takaki, Paloma Hiroko
Sato, Helena Marçal, Felipe Moreti, Renata Azevedo
Introdução: Uma liga acadêmica é uma associação civil e científica livre, de duração
indeterminada, sem fins lucrativos, com sede e foro na cidade da instituição de ensino que
a abriga, que visa complementar a formação acadêmica em uma área específica do
conhecimento por meio de atividades que atendam os princípios do tripé universitário de
ensino, pesquisa e extensão. A Liga Acadêmica da Voz da Universidade Federal de São
Paulo (LAV-UNIFESP) é formada por uma diretoria administrativa, responsável pela
organização das atividades e por membros efetivos, sendo todos alunos de graduação em
Fonoaudiologia, supervisionados por professores e profissionais vinculados ao
Departamento de Fonoaudiologia da UNIFESP. A LAV-UNIFESP foi criada em 2004 com
os objetivos de fornecer aos acadêmicos conhecimentos técnico-científicos relacionados à
área de voz, realizando projetos de promoção e prevenção de saúde vocal e qualidade de
vida da população. Objetivos: Descrever as atividades executadas pela LAV-UNIFESP no
ano de 2012. Métodos: A LAV-UNIFESP, composta por vinte e três membros, apresentou
aulas semanais, com duração de duas horas cada, ministradas por palestrantes
convidados pela Diretoria Executiva, sendo o cronograma previamente discutido com o
professor preceptor e coordenador científico da Liga. Os novos membros da LAV
ingressaram após aprovação por meio de avaliação após Curso Introdutório, sendo as
vagas divididas por ano de graduação de acordo com a proporção de inscritos de cada
turma no curso, totalizando 8 novos membros. Durante o ano, a LAV em parceira com a
LAAE (Liga Acadêmica de Audição e Equilíbrio) realizou o I Workshop Integrado – Saúde
do Trabalhador, com 8h de duração. Resultados: O Curso Introdutório, realizado em
março, deu início às atividades teóricas da LAV. Contou com 5 palestrantes e temas
relacionados à anatomia e fisiologia vocal, fononcologia, voz profissional e disfonias.
Durante o ano de 2012 foram realizadas 10 aulas teóricas, cada uma com um palestrante
diferente e distribuídas em temáticas diferentes; 9 reuniões clínicas realizadas no Centro
de Estudos da Voz – CEV com participação de 4 alunos por vez; 1 Workshop e 1 encontro
exclusivo para eleição da nova Diretoria (2013) e reunião com os membros da LAV. O ano
vigente foi um ano atípico por ter presenciado uma greve de professores e alunos da
Rede Federal de Ensino. Por essa razão, 6 aulas foram canceladas, sem tempo e espaço
para reposição até o final do ano letivo. Conclusões: As atividades da LAV-UNIFESP
ofereceram aos seus membros diferentes subsídios teóricos e práticos, além de
momentos para esclarecimento de dúvidas, discussão de casos e ampliação do
conhecimento na área de voz, possibilitando contato com profissionais de outras
entidades e de outras áreas de atuação. Para a diretoria, proporcionou aprendizado com
noções de gestão, organização e trabalho em equipe, além de maior contado com
profissionais da área de voz.
169
Monitoria em libras em cursos de saúde: experiência da fonoaudiologia
Mariana Batista de Souza Santos; Tayza Mirella de Santana, Lucineide Cristina Barbosa,
Acácia de Souza Barros, Erika Taise Gomes Ferreira, Elisabeth Cavalcanti Coelho,
Adriana Di Donato
170
O lúdico como recurso de incentivo à linguagem: um relato de experiência na
comunidade
Tuany Lourenço dos Santos; Thales Roges Vanderlei de Góes, Bárbara Patricia da Silva
Lima
171
Oficina educativa em saúde na atenção a gestantes e puérperas
172
Os benefícios do monitoramento visual e auto avaliação na performance
comunicativa
Jeyseane Ramos Brito; Juliana Nunes Santos, Keiner Oliveira Moraes, Mariana Souza
Amaral, Nayara Duviges Azevedo
173
Percepção da estruturação de atenção básica por acompanhantes de crianças de
Nova Friburgo
Vivian de Carvalho Reis Neves; Gilson Saippa de Oliveira, Alfredo José Monteiro da
Cunha, Bruna Alves Pires Pinheiro, Caroliny de Faria do Couto, Débora Schuenck Corrêa,
Gabriella do Valle da Silva, Gisele Cunha Rosa Faustino, Izabela dos Santos Teixeira,
Joyce dos Santos Emydio
174
Percepção do discente de critérios avaliados no estágio
175
Perfil do fonoaudiólogo no estado do Rio de Janeiro: aspectos sócio-demográficos
e profissionais
Monica Medeiros de Britto Pereira; Bruna Mota Rodrigues, John Van Borsel
176
Perfil do fonoaudiólogo no estado do Rio Grande do Norte – 2011
Agda Ribeiro Harrisson Vieira; Leandro de Araújo pernambuco, Camila Marluce Fagundes
Mendonça, Milena Magalhães Augusto, Keliane Gomes Matias
177
Perfil dos egressos de um curso de fonoaudiologia: preferências quanto a área de
especialidade
Fernanda Pereira França; Giorvan Ânderson dos Santos Alves, Isabelle Cahino Delgado,
Mariana Lopes Martins, Brunna Thaís Luckwu de Lucena, Amanda Câmara Miranda,
Thaís Medonça Maia Wanderley Cruz de Freitas, Talita Maria Monteiro Farias Barbosa,
Julyane Feitoza Côelho, Yolanda Abrantes Paletot
178
Possibilidade de atuação da fonoaudiologia na unidade básica de saúde
179
Prática baseada na evidência: barreiras percecionadas pelos terapeutas da fala
Paula Cristina Grade Correia; Mónica Alexandra Gomes Ferreira, Ana Paula Lopes
Tavares Martins, Olinda Roldão
180
Programa de educação tutorial: contribuindo para a formação de fonoaudiólogos
Tania Afonso Chaves; Bianca Rosas de Oliveira, Priscila Aparecida Pereira da Silva,
Amanda de Andrade Emmerick Santos, Laís Dias Alves, Martha Nunes da Conceição,
Izabela dos Santos Teixeira, Tayane Frez Pacheco, Louise Eller Nery, Camila Silva
Machado, Larissa Alves de Almeida, Isadora Morgado Pinheiro Neves, Lidiane Pinto
Nunes, Simone Barreto Santos
181
Programa de educação tutorial: motivação dos discentes
Tania Afonso Chaves; Bianca Rosas de Oliveira, Priscila Aparecida Pereira da Silva,
Amanda de Andrade Emmerick Santos, Laís Dias Alves, Martha Nunes da Conceição,
Izabela dos Santos Teixeira, Tayane Frez Pacheco, Louise Eller Nery, Camila Silva
Machado, Larissa Alves de Almeida, Isadora Morgado Pinheiro Neves, Lidiane Pinto
Nunes, Simone Barreto Santos
182
Projeto de assessoramento acadêmico: uma experiência promissora na graduação
em fonoaudiologia
Simone dos Santos Barreto; Beatriz Manhães de Lucena, Edylaine Aparecida Cabral
Cocudôro, Jully Ane Mira Lagoas Dias, Gilson Saippa de Oliveira, Tania Afonso Chaves
183
Projeto VERAS Fono: uma experiência de pesquisa mediada pelo ambiente virtual
Ana Clara de Oliveira Varella; Cristiane Barelli, Gizely Ceretta, Émille Dalbem Paim,
Luciana Grolli Ardenghi
184
Promoção e prevenção da saúde auditiva: integração entre saúde e educação
185
Pró-saúde: educação em saúde na sala de espera
Jeyseane Ramos Brito; Juliana Nunes Santos, Aline Vargas Maia, Francine Vieira Reis
186
Quatro décadas de produção do conhecimento científico no programa de estudos
pós-graduados em fonoaudiologia da puc-sp: temáticas e tendências
Ligia Tunes Ribas; Érika Sousa Ditscheiner, Bruna Souza Diógenes, Amanda Monteiro
Magrini, Maria Claudia Cunha, Leslie Piccolotto Ferreira
187
Reorientação da formação de recursos humanos em saúde da universidade de são
paulo (campus capital)
Daniela Regina Molini-Avejonas; Alessandra Gianella Samelli, Fatima Oliver, Ana Carolina
Basso Schmitt, Renata Takaha, Yara Carvalho, Simone Junqueira
188
Resenha crítica: um método de avaliação para a fonoaudiologia
Karine Schwarz; Andressa Colares da Costa, Audrei Thayse Viegel de Ávila, Iara Costa
Machado, Márcio Pezzini França
189
Revisão bibliométrica dos trabalhos apresentados no congresso brasileiro de
fonoaudiologia sobre envelhecimento (2009-2012)
190
Situações-problema: ferramentas de construção da aprendizagem em metodologias
ativas
191
Tendências de mercado de trabalho e pós-graduação dos egressos de
fonoaudiologia
Julyane Feitoza Côelho; Giorvan Ânderson dos Santos Alves, Isabelle Cahino Delgado,
Brunna Thaís Luckwu de Lucena, Fernanda Pereira França, Mariana Lopes Martins,
Amanda Câmara Miranda, Thaís Mendonça Maia Wanderley Cruz de Freitas, Talita Maria
Monteiro Farias Barbosa, Yolanda Abrantes Paletot
192
Título: nível de satisfação dos participantes do meeting fonoaudiológico 2013
Gabriele Ramos de Luccas; Ana Julia dos Passos Rizatto, Ana Paula Carvalho Corrêa,
Bárbara Camilo Rosa, Caroline Antonelli Mendes, Daniele Istile Simeão Machado,
Francielle Martins Ferreira, Isabela Alves de Quadros, Julia dos Reis Tognozzi, Lilian
Fabiano Oliveira, Maria Gabriela Cavalheiro, Rudmila Pereira Carvalho, Giédre Berretin-
Felix
193
Unidade básica de saúde: campo de práticas do agir problematizador da formação
em fonoaudiologia
194
Valorização da percepção de idosos na construção de competências e habilidades
do agir fonoaudiológico
Vivian de Carvalho Reis Neves; Gilson Saippa de Oliveira, Andréia Monteiro de Abreu,
Angelica Hottz Martins, Diego da Conceição Borrher, Elisângela da Silva Oliveira, Jussara
Marques Ribeiro Pereira, Laryssa Thays Schuindt Grativol, Priscila Aparecida Pereira da
Silva, Tamirys Silva de Souza
195
Vivência pet-saúde junto a um processo de mapeamento no mbito hospitalar
Jordana de Lima Silva Santos; Vanessa de Oliveira Tenório, Maria da Conceição Carneiro
Pessoa de Santana, Ana Paula Cajaseiras de Carvalho, Simone Schwartz Lessa
Introdução: A busca de novos paradigmas para a Saúde Coletiva deve ser obtida pelo
desenvolvimento de métodos que articulem os níveis do indivíduo e das coletividades. A
territorialização é considerada um passo muito importante para o trabalho em equipe, e
possui três sentidos diferenciados e conectados: delimitação da área de atuação;
reconhecimento do local, da população e dos seus hábitos; bem como, a prática da
intersetorialidade. A realização desse processo no ambiente hospitalar é possível e se faz
necessário antes do planejamento das ações. O mapeamento, enquanto etapa da
territorialização, permite a identificação de situações que constituem problemas para a
execução do planejamento da gestão e propicia a organização das ações e das práticas
nos serviços, sendo de grande utilidade, inclusive, para o processo de vigilância em
saúde. Objetivo: Descrever a vivência de um grupo do PRÓ/PET-Saúde de uma
universidade pública estadual de Alagoas junto a um processo de mapeamento
desenvolvido num alojamento conjunto de uma maternidade pública referência para o
atendimento de gestantes de alto-risco. Metodologia: Estudo transversal exploratório
descritivo de mapeamento (aspectos organizacionais e estruturais) de um setor/território
(alojamento conjunto da maternidade), a partir da descrição do perfil geral de cada uma
das suas micro-áreas. A coleta foi realizada por participantes do PET-Saúde,
supervisionados pela preceptora do grupo, por meio de observações e entrevistas semi-
dirigidas com profissionais, gestantes e puérperas.. Resultados: O mapeamento realizado
caracterizou o perfil de cinco micro-áreas do alojamento conjunto: enfermaria 1- cinco
leitos, utilizada de isolamento quando necessário; enfermaria 2- oito leitos, onde foram
visualizadas gestantes com intercorrências, puérperas sem e outras com seus recém-
nascidos; enfermaria 3- oito leitos, onde encontraram-se puérperas com seus recém-
nascidos; enfermaria 4- cinco leitos, funcionando como segunda etapa do Método
Canguru; enfermaria 5- quatro leitos, onde encontraram-se mulheres com intercorrências
pré e pós natais. Também foram identificados dois corredores, sendo utilizados quando
não há vagas disponíveis nas enfermarias ou quando há a necessidade de isolamento de
alguma das enfermarias. Quanto aos aspectos organizacionais, constatou-se que, para as
enfermarias 1,2,3 e 5, não há fluxos definidos para ocupação dos leitos, conforme o perfil
de cada gestante ou puérpera. Apenas para a enfermaria 4 existem pré-requisitos para
ocupação relacionados tanto às puérperas quanto aos prematuros. Evidenciou-se
também que as micro-áreas se relacionam entre si por meio de 2 postos de enfermagem,
sendo um destinado às enfermarias 1,2,3 e 5, e um outro à enfermaria 4. Conclusão: O
processo de mapeamento no alojamento conjunto contribuiu para o planejamento das
ações de intervenção e de Educação em Saúde, especialmente de cunho preventivo, do
grupo PET-Saúde. A identificação dos aspectos organizacionais e estruturais favoreceu
uma olhar diferenciado no ato de planejar tais ações. A realização do processo implicou
reunir dados de reconhecimento e investigação acerca de tais aspectos que direcionaram
as intervenções relacionadas à saúde materno-infantil, sendo essas influenciadas por
fatores socioeconômicos, demográficos, culturais, condutas hospitalares e suporte pós-
parto, determinadores da duração do aleitamento materno.
196
FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL
197
A (des)patologização da educação: implicações para a atuação do fonoaudiólogo
escolar
198
A escrita alfabética, sua natureza e representação: contribuições à fonoaudiologia
educacional
199
A gagueira no contexto educacional
Ana Sabrina Braun Sousa; Ana Paula Santana, Laís Oliva Donida, Vitória Pereira
Gonçalvez, Douglas Ezequiel Fernandes
200
A inserção da disciplina de libras na formação inicial do fonoaudiólogo
Claudia Regina Mosca Giroto; Atalita Fernanda Marinho de Azevedo, Gabriela Escane
Gimiliani, Beatriz Aparecida Barboza Nascimento,Gabriela Geovana Pinho
Introdução: O Decreto nº 5626 (BRASIL, 2005) trata, entre outros itens, da inclusão da
disciplina de Libras nos cursos de Fonoaudiologia, Pedagogia e demais licenciaturas.
Com base nos dispositivos dessa legislação e após levantamento no site do MEC, para a
identificação das Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado de São Paulo, que
oferecem o curso de Fonoaudiologia. Objetivo: a presente pesquisa, de natureza
documental, teve por objetivo investigar a inserção da disciplina de Libras na grade
curricular de 21 cursos de Fonoaudiologia de IES públicas e privadas do Estado de São
Paulo, com vistas a observar se atendem ao referido decreto. Método: Foi realizada
consulta aos sites dessas instituições para o acesso às grades curriculares desses
cursos. Essa consulta foi orientada, inicialmente, pelos descritores: Fonoaudiologia; grade
curricular; matriz curricular; disciplinas e projeto pedagógico. Frente aos documentos
obtidos, foram utilizados os descritores: Libras; LIBRAS; e Língua Brasileira de Sinais. A
análise categorial foi corroborada por dados quantitativos. Cabe ressaltar que a consulta
ao site do MEC indicou 20 IES credenciadas, tendo sido considerada duplamente uma
instituição privada, pela oferta de dois cursos em locais diferentes. Critério que não foi
mantido para as IES públicas, tendo em vista que uma IES pública também oferece dois
cursos, mas foi considerada uma única vez, o que totalizou 21 cursos. Resultados: Desse
total, cinco (23,80%) cursos se encontram vinculados a IES públicas e 16 (76,20%) a IES
privadas. A análise categorial permitiu a eleição de duas categorias: “Cursos de IES
Públicas” e “Cursos de IES privadas”, ambas com as seguintes subcategorias: “Grade
curricular disponibilizada”, “Grade curricular não disponibilizada”, “Oferta curricular da
disciplina Libras”, “Oferta optativa da disciplina Libras” e “Ausência da disciplina Libras”. A
análise quantitativa, após consulta online aos sites das instituições, revelou que dos 21
cursos, 19 (90,48%) se encontram em funcionamento, sendo que dois (9,52%) não
constam nos sites das respectivas instituições que figuram na lista do MEC. Do total de
cursos em funcionamento, cinco (26,30%) correspondem a cursos de IES públicas, sendo
14 (73,70%) de IES privadas. Dentre os cursos de IES públicas, 20% não disponibilizam a
grade curricular, enquanto 80% adota esse procedimento. Desses, dois cursos (50%)
oferecem a Libras como disciplina obrigatória, um (25%) como optativa e em um (25%)
essa disciplina não consta na grade disponibilizada. Dos 14 cursos de IES privadas em
funcionamento, três (21,40%) não disponibilizam a grade, enquanto 11 (78,60%) facilitam
o acesso a tal documento. Desses, sete (63,60%) oferecem a Libras como disciplina
obrigatória, dois (18,20%) como optativa, sendo que outros dois (18,20%) não incluíram
tal disciplina na grade disponibilizada em seus respectivos sites. Conclusão: Os
resultados obtidos permitiram concluir a necessidade de: atualização, por parte do MEC,
dos cursos credenciados; de os cursos que não atendem esse dispositivo legal se
organizarem em conformidade com a legislação; de continuidade da referida pesquisa
numa segunda etapa, para conhecimento dos conteúdos abordados na disciplina em
questão, bem como é importante ressaltar o crescente atendimento, por parte dos cursos
de Fonoaudiologia, ao referido decreto.
201
Ambiente familiar e sua relação com os processos de leitura em crianças do ensino
fundamental
Michelle Porto Conceição; Marina Ribeiro, Mariana Souza Amaral, Talita Caroline Alves
da Silva, Juliana Nunes Santos, Vanessa de Oliveira Martins-Reis
202
Análise dos erros na produção de fala de uma criança com deficiência auditiva pré-
lingual
203
Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor em instituições municipais de
educação infantil
Meirivan dos Santos Rosário Oliveira; Olga Elisabete de Oliveira Brito, Raphaela Barroso
Guedes Granzotti, Aline Cabral de Oliveira Barreto, Carla Patrícia Hernandez Alves
Ribeiro César
Introdução: Este estudo faz parte do “Projeto Pequeno Cidadão: a creche promotora de
saúde” que tem como principal objetivo proporcionar ações educativas nas creches do
município de Lagarto/Sergipe visando favorecer o desenvolvimento das habilidades de
comunicação e consequentemente prevenir alterações. Para tanto é importante conhecer
a demanda da população com relação aos aspectos neuropsicomotores do
desenvolvimento. Objetivo: Caracterizar desenvolvimento neuropsicomotor de crianças
que frequentam instituições municipais de educação infantil. Método: A pesquisa foi
aprovada pelo CEP nº 270.079 e os responsáveis assinaram termo de consentimento livre
esclarecido, além responderam a um questionário sobre grau de instrução, idade e renda
familiar. A triagem foi realizada em três instituições municipais de educação infantil
localizadas na zona urbana de Lagarto-SE. Foram triadas 212 crianças com idades entre
dois e cincos anos e onze meses, de ambos os sexos, por meio do Teste de Triagem de
Desenvolvimento de Denver II (Frankenburg et al., 1990).O teste é composto por 125
itens distribuídos em 4 áreas do desenvolvimento: a)Pessoal-Social: aspectos da
sociabilidade da criança dentro e fora do ambiente familiar; b) Motor Fino Adaptativo:
coordenação viso-manual, manipulação de pequenos objetos; c) Linguagem: emissão de
som, capacidade de reconhecer, entender e usar a linguagem e; d) Motor grosseiro:
controle motor corporal, sentar, caminhar, pular e os demais movimentos realizados pela
musculatura ampla. Para analise estatística foi utilizado o Mann-Whitney Test e o Chi-
Square Test. Resultados: A maioria dos familiares responsáveis apresentam ensino
fundamental incompleto (63,77%) e renda familiar de até dois salários mínimos (82,44%).
Das 212 crianças que realizaram o teste 112 (52,8%) eram do gênero masculino com
idade média de 4,6 anos (± 0,97) e 100 (47,2%) do feminino, com idade media de 4,4
anos (± 1,06). A frequência de respostas adequadas à idade cronológica foi significativa
em todas as áreas, sendo de 77,3% na área pessoal social, 83,3% no motor fino
adaptativo, 79,5% na linguagem e 84,5% no motor grosseiro. Comparando o desempenho
obtido entre os gêneros não observamos diferenças na área pessoal social (p=0,69),
motor grosseiro (p=0,71) e linguagem (p=0,09); entretanto, no motor fino adaptativo
encontramos um desempenho melhor no gênero feminino (p<<0,05). Conclusão: Apesar
do número significativo de crianças com desempenho adequado à idade esses dados
forneceram informações importantes para propostas de atividades interdiciplinares que
irão favorecer o desenvolvimento neuropsiomotor e consequentemente desenvolver as
habilidades necessárias para o aprendizado da leitura e escrita. Além disso, a triagem
possibilitou a detecção precoce de alterações no desenvolvimento de algumas crianças
para que as condutas necessárias pudessem ser tomadas a fim de minimizar impactos
futuros no desenvolvimento.
204
Avaliação escolar na aprendizagem de leitura e escrita: uma análise
fonoaudiológica
Maria Aparecida Gonçalves dos Santos; Simone Rocha de Vasconcellos Hage; Aline
Roberta Aceituno da Costa
Introdução: há cerca de cem anos atrás, a escola tinha na figura do professor, o detentor
do saber; o aluno era uma tabula rasa e o professor depositava ali conhecimentos, o
aluno lhe devolvia através da avaliação, que simplesmente verificaria se ele reteve o
conhecimento. Atualmente o ensinar requer muito mais que alfabetização, implicando na
formação de sujeitos alfabetizados e letrados que possam ler, compreender e emitir
opiniões a partir do que leram. A avaliação e seus pressupostos são imprescindíveis para
a qualidade de ensino. Conhecer as concepções de avaliação utilizadas pelos docentes
pode favorecer a instrumentalização utilizada também pelos profissionais de saúde para
possíveis diagnósticos de distúrbios de aprendizagem. Objetivo: verificar qual a
concepção de avaliação utilizada na prática alfabetizadora pelos professores. Método:
participaram da pesquisa dez professores com idade entre 25 a 56 anos alfabetizadores
do 2º ano do Ensino Fundamental de escolas pública e privada de cidade do interior de
São Paulo. A pesquisa descritiva foi exploratória, utilizando-se a técnica de aplicação de
conversa formal com relato das atividades rotineiras e procedimentais utilizadas no fazer
pedagógico, composta por duas partes, uma primeira de identificação e uma segunda
com perguntas relacionadas à avaliação. Na primeira parte foram compilados dados de
identificação do participante: iniciais, idade, nível de escolaridade, tempo no magistério,
carga de trabalho, especializações, séries para as quais já lecionou, atividades de lazer,
atividades relacionadas à leitura e à escrita: para si, para a sala, com a sala. Na segunda
parte, foram realizadas perguntas sobre as atividades práticas e as concepções teóricas
sobre a avaliação, que estão descritas a seguir: Fale sobre sua prática em sala de aula,
sua rotina. Qual a sua conduta metodológica de avaliação da aprendizagem de leitura e
escrita? Você segue alguma abordagem teórica? Qual? O que ela propõe? Essa proposta
utilizada você traz de sua formação acadêmica, é uma proposta de ensino da rede de
educação a qual você está vinculada no momento ou derivam de estudos e decisões
independentes suas? Qual a função da avaliação para você, pra que você avalia? Por
favor, comente a frase: “A avaliação é parte muito importante do final de todo um
processo de ensino.” A pesquisa foi aprovada pelo CEP sob o parecer CAEE no.
0179.0.224.000-11. Resultados: tanto as professoras de escola pública, quanto as
professoras de escola privada realizam as avaliações como instrumento de diagnóstico de
aquisição ou não de aprendizagem. Há professores que realizam as avaliações dentro do
modelo tradicional, mas a utilizam para realizar novas intervenções pedagógicas,
permeando assim, as possíveis falhas de aquisição de aprendizagem significativa, ou
seja, falhas que podem impedir o avanço pedagógico do escolar. Outros a utilizam como
simples diagnóstico de escrita de palavras espontâneas do mesmo campo semântico
realizado pelos alunos. Conclusão: em todos os relatos, a preocupação com a
aprendizagem dos alunos é percebida como anseio fundamental do professor, porém a
metodologia de avaliação desse processo permanece classificando o aluno como apto ou
inapto, sendo mero instrumento de conceitos, sem uma abordagem de avaliação
formativa.
205
Avaliação simplificada do processamento auditivo em estudantes do ensino
fundamental e sua relação com as queixas de dificuldades escolares
Sarah Stephanie Teles Gonçalves; Luciana Mendonça Alves, Adriana Cristina dos Santos
Lima, Vanessa Mariz
206
Compreensão de textos em escolares pré e pós programa fonoaudiológico de
promoção do letramento
Fabrícia Baía Fabris de Carvalho; Andréia Gomes de Oliveira, Luanna Maria Oliveira
Costa, Ainoã Athaíde Macedo
207
Conceito de acessibilidade: estudos sobre as barreiras comunicacionais para
surdos no ensino superior
Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins; Raquel Chaguri Esteves, Lucia Pereira Leite
208
Conhecimento de professores do ensino infantil e fundamental i sobre a triagem
auditiva escolar
Lia Maria Brasil de Souza Barroso; Mirian Albuquer Barroso, Nayara Kelly Pires Lima
209
Consciência fonológica em alunos do 6º ano com dificuldade de leitura e escrita
Isabel Cristiane Kuniyoshi; Flávia Évely Santos Ribeiro, Lidiane Tavares Pereira Batista,
Márcia Suely Souza de Castro Ramalho, Lidiane Cristina Barraviera Rodrigues, Daniele
de Oliveira Brito
Introdução: A maneira como a instituição pedagógica lida com o método de ensino pode
ser facilitador para um bom desenvolvimento linguístico, do contrário outra forma que
desencadeia essa dificuldade é a base da aquisição da linguagem oral e escrita. O
método de ensino é essencial na hora de determinar as estratégias de aprendizagem,
pois há estudos que citam a influência metodológica destas habilidades nos escolares
iniciantes. Acredita-se que as dificuldades de aprendizagem estejam intimamente
relacionadas à história prévia de atraso na aquisição da linguagem. As dificuldades de
linguagem referem-se a alterações no processo de desenvolvimento da expressão e
recepção verbal e/ou escrita. Por isso, a necessidade de identificação precoce dessas
alterações no curso normal do desenvolvimento evita posteriores consequências
educacionais e sociais desfavoráveis. Objetivos: Caracterizar o desempenho da
consciência fonológica de alunos do 6o ano quanto ao gênero e idade e repetição de não
palavras (1a e 2a tentativas), correlacionando as variáveis. Método: Foram avaliados 30
sujeitos que cursam o 6o ano do ensino fundamental, sem queixas audiológicas,
cognitiva, intelectual ou neurológica e cujos pais consentiram a participação no projeto de
pesquisa. Aplicou- se as provas de habilidades metalinguísticas, esta sendo consciência
silábica e fonêmica e repetição de não palavras. Resultados: As provas que apresentaram
mais erros foram concentradas em combinação silábica para consciência silábica e
substituição fonêmica para consciência fonêmica. Foi observado que quanto maior a
idade maior também os resultados de erros em polissílabas na 1a tentativa de repetição
de não palavras. Existe diferença entre os gêneros para substituição de sílabas apenas
em consciência silábica. Conclusão: O desempenho da consciência fonológica encontra-
se rebaixado comparando com a referência do protocolo aplicado, as séries e a idade dos
indivíduos submetidos a análises. Pode-se dizer que há correlação entre idade e gênero
do indivíduo e quanto mais velho piores os resultados, e o baixo desempenho da
consciência fonológica encontraram-se maior em meninos.
210
Desempenho do léxico receptivo e expressivo em escolares adolescentes do
ensino fundamental de belo horizonte
Patrícia Valente Moura Carvalho; Viviane Cristina dos Santos, Débora Sathler Aguiar,
Maria Cecília Costa, Viviane Pereira Medeiros, Débora Fraga Lodi
211
Development and evaluation of interactive educational material on the orientation of
elementary school teachers about learning disorders
Janaína Borba Garbo; Thaís dos Santos Gonçalves, Juliana Bolsonaro Conde, Patrícia
Abreu Pinheiro Crenitte
Introduction: Despite the importance of joint action between teachers and speech
pathologists to promote student learning, the work of the speech pathologist rarely is part
of the school routine. Still, teachers have little knowledge about issues in the development
of written language, such as when to start this process, factors that favor and the origin of
difficulties. Objectives: To inform, through the development of interactive educational
material, school teachers about the main aspects of school difficulties and learning
disorders and to analyze the effectiveness of the material as a guidance tool. Methods:
Participants were 28 elementary school teachers from two cities in the state of São Paulo,
Brazil (10 public schools and 18 private schools). The CD-ROM has been prepared based
on the doubts and anxieties of teachers on the subject. To evaluate the contribution of the
material in the teachers’ knowledge, we required them to complete a questionnaire before
they were given access to the CD-ROM (pretest) and after two weeks of material study
(post-test). Regarding the evaluation of the technical aspects (quality of the pages, links,
images, videos, language, and content), the teachers completed a specific questionnaire
along with the post-test questionnaire. Results: When comparing the pre- and post-test,
statistically significant differences were noted in the definition of school difficulties and
causes of school learning and learning disorders. Regarding the teachers’ concerns about
the subject, the pre-test showed that most teachers would like to have knowledge of
specific activities for working with students who have difficulties in reading and writing. In
the post-test, it was observed that the material contributed to filling this need. As for the
technical aspects, the material was rated “excellent” by the majority of teachers in all
aspects evaluated. Conclusion: The results showed that the CD-ROM helped improve the
knowledge of teachers regarding school difficulties and learning disorders.
212
Efeitos de uma ¨oficina musical¨ na memória auditiva, consciencia fonológica e no
ritmo de pré-escolares
Barbara Gabriela Silva; Lidia Maria Lorençon Rodrigues, Maria Cecilia Marcom, Mariana
Cristina Zanin, Tatiane Martins Jorge, Karulyne Olvia Alves
213
Escola Polo bilíngue para surdos: uma proposta de educação inclusiva
Ana Cristina Guarinello; Marta Rejane Proença Filietaz, Flávia Regina Valente
Introdução: O movimento pela inclusão se refere não apenas às pessoas com deficiência,
mas impulsiona a valorização da diversidade como um fator de qualidade da educação,
trazendo à tona a questão do direito de todos à educação e ao atendimento às
necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência enfatizando o acesso, a
participação e a aprendizagem. A partir dessas reflexões originaram-se as motivações e
ideias iniciais em torno da temática “Escola Polo Bilíngue para Surdos - Município de
Piraquara”. Assim, o processo de implementação da Escola Básica na Modalidade de
Educação Especial, na especificidade da área da Surdez, foi oficializada pelos órgãos
políticos responsáveis do município em questão. Objetivos: analisar o processo de
implementação da formação continuada de professores em uma escola polo bilíngue e os
resultados obtidos a partir dessa implementação, considerando os aportes teóricos e
metodológicos dos contextos históricos e legais que sustentam o processo educacional
dos surdos. Método: A investigação seguiu o caminho da pesquisa documental, na qual,
por meio dos textos legais, das normativas e pareceres que regulam a questão da
inclusão de alunos surdos no ensino regular, buscou-se compreender as tendências para
a educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Para tanto, desenvolveu-se
durante um ano, em encontros quinzenais, uma formação continuada para a comunidade
escolar desse município. Resultados: Apesar do direito à Língua de Sinais expresso no
Decreto 5626/05, a maioria das escolas inclusivas ainda hoje não tem esse direito
cumprido, além disso, os profissionais que atuam na educação dos surdos ainda não
possuem as informações necessárias para trabalhar com a comunidade surda. Apesar
disso, percebeu-se que como o processo de formação continuada para a comunidade
escolar iniciou-se antes mesmo dos alunos surdos virem a estudar nessa escola, esses
profissionais demonstraram bastante interesse em trabalhar com alunos surdos e
interessaram-se principalmente pelo curso de língua de sinais oferecido à comunidade.
Conclusões: Essa pesquisa aponta para a necessidade da comunidade escolar conhecer
a respeito dos sujeitos surdos e suas especificidades, sendo que esse conhecimento
inclui as bases históricas e legais que sustentam o contexto de educação bilíngue.
Conclui-se que quando uma comunidade tem a oportunidade de adquirir esses
conhecimentos antes mesmo de um aluno surdo estudar na escola, essa população terá a
oportunidade de estudar em uma escola de qualidade, na qual se leva em conta uma
sociedade plural e democrática que procura adaptar-se ao trabalho com a diversidade.
214
Escolas especializadas em surdos e o uso da língua portuguesa na modalidade
escrita
215
Escrita do português como segunda língua para pessoas surdas: parceria da
fonoaudiologia e da educação
Adriana Di Donato; Elisabeth Cavalcanti Coelho, Érika Justino dos Santos Sonoda,
Débora Balbino da Silva, Bernardo Luis Torres Klimsa, Gesilda Pereira Leal, Lúcia Inês de
Sá Barreto Queiroz, Mireli Maria da Silva, Juliana Maria de Melo, Jaqueline Martins da
Silva
216
Fonoaudiologia e educação: a constituição de uma parceria responsiva ativa
217
Fonoaudiologia escolar e a formação do profissional generalista: relato de
experiência
Júlia Escalda; Taís Senea B. Araújo, Vanessa Miranda, Késia Santos de Oliveira, Igor
Carlos Silva de Souza, Karine Reis Souza
Introdução: Com o passar dos anos a Fonoaudiologia teve seu espectro de atuação
ampliado, deixando de lado a perspectiva tecnicista e buscando visão ampla da saúde, na
qual a prevenção e promoção em saúde são elementos de destaque. Tais aspectos ficam
evidentes na atuação do fonoaudiólogo em ambiente escolar, cujos objetivos envolvem
aspectos relativos ao desenvolvimento da comunicação oral e escrita, voz e audição.
Nesse ambiente o fonoaudiólogo deve ter uma visão generalista, mas não superficial a
respeito da Fonoaudiologia e da Educação. Nesse ambiente o modelo de “clínica” não se
aplica, e o cliente em questão, é a própria escola e não o aluno ou o professor, e suas
ações devem ser desenvolvidas em parceria com os educadores e demais profissionais
da comunidade escolar. Objetivo: Conhecer a dinâmica de uma instituição educacional da
rede privada e promover a reflexão sobre a atuação do Fonoaudiólogo Escolar. Método:
Foi realizada uma visita técnica a uma instituição de ensino particular de Salvador – BA e
entrevistados membros da comunidade escolar (dois alunos do Ensino Fundamental II,
uma professora de matemática, coordenadora pedagógica e porteiro), e realizada
observação das condições físicas e rotina da escola. Resultados: A comunidade escolar
demonstrou conhecer a Fonoaudiologia Clínica, entretanto, seus membros não souberam
apontar quais seriam suas principais ações. Em relação às políticas de inclusão e
acessibilidade, a escola tem duas alunas com diabetes no Ensino Fundamental II que
precisam de maior atenção devido à sua alimentação e uso de insulina. Os professores
apontaram dificuldades para a inserção de alunos deficientes físicos e visuais. Observou-
se também nas falas dos entrevistados que existe uma dificuldade na interação entre a
escola e a comunidade externa. A inserção dos profissionais de saúde no ambiente
escolar é praticamente inexistente e não há nenhum tipo de orientação, por exemplo,
quanto à saúde vocal dos professores, apesar de haver queixas. Apesar de amplo espaço
físico recursos suficientes, a escola não foi projetada visando à acessibilidade, o que
demonstra aspectos que vão além de questões financeiras para a existência de uma
escola realmente inclusiva. A falta de inserção e diálogo entre escola e profissionais da
saúde denota a dificuldade acerca da interlocução entre saúde e educação, mesmo em
escolas da rede privada de ensino. É importante que o fonoaudiólogo destaque para a
comunidade escolar os limites e as possibilidades de sua atuação no contexto
educacional buscando nas escolas, coordenação, professores, alunos, pais e família
parceiros que visem à construção de ações que atendam as demandas específicas de
cada realidade escolar. Conclusões: A experiência foi enriquecedora, pois expandiu a
visão dos discentes sobre o funcionamento de uma instituição de ensino e de como a
atuação fonoaudiológica é importante para a comunidade escolar. Sugere-se a criação de
um programa interdisciplinar que envolva discentes e docentes, no intuito de promover
práticas de saúde fonoaudiológica, bem como atividades de promoção e prevenção,
levando em consideração os aspectos peculiares de cada escola.
218
Grupo de acolhimento e orientações aos pais: sua importância no prognóstico de
crianças deficientes auditivas
219
Inclusão no ensino superior: relato de pesquisa a partir da visão dos
coordenadores
Introdução: O ingresso das pessoas com necessidades especiais nas universidades ainda
pode ser considerado baixo porque a conclusão dessas pessoas no ensino fundamental
ainda é pequena. Contudo, há uma demanda crescente que o processo de inclusão,
através do vestibular por cotas, vem apresentando. Com o processo de democratização
universalizou-se o acesso, mas a exclusão daqueles que estão fora do padrão
homogenizador ainda ocorre, como os alunos com deficiências, autistas, com dislexia,
TDAH, dentre outros. Questiona-se se os docentes e coordenadores estão preparados
para receber tais alunos, pois a educação, a partir de perspectiva inclusiva, está exigindo
novos posicionamentos dos docentes diante dos processos de ensino e aprendizagem. É
a partir dessa questão que esse trabalho constitui-se como um relato de pesquisa.
Objetivo: Esta pesquisa tem por objetivo identificar o posicionamento dos coordenadores
dos cursos de graduação diante da situação da inserção dos alunos público-alvo da
educação especial na universidade. Método: Foi utilizado um questionário contendo sete
questões, enviado por e-mail para 73 coordenadores de curso de graduação. Como
apenas 14 coordenadores responderam, o resultado trata-se de uma amostra. As
questões referem-se ao levantamento da existência de alunos com necessidades
especiais, transtornos especiais específicos, dificuldades de linguagem e que possam
sofrem algum preconceito linguístico nos cursos. Também foi questionado a coordenação
qual a sua posição em relação à educação inclusiva e se está preparada para receber
estes alunos. Resultados: 50% dos coordenadores dizem possuir alunos de inclusão, 29%
não há registro e 21% não possuem alunos de inclusão. A maioria destes alunos não foi
encaminhada para nenhum atendimento específico, como a fonoaudiologia, por exemplo.
Na análise do resultado foi observado que 93% dos coordenadores não se sentem
preparados para apoiar pedagogicamente estes alunos. Eles apontam como principais
problemas: o despreparo da universidade e dos professores para lidar com esses alunos
e a necessidade de cursos preparatórios e de profissionais com competência na área que
possam acompanhar os alunos com dificuldades. Podemos ainda inferir que há um
desconhecimento e insegurança dos coordenadores sobre o assunto, visto que apenas
19,18% destes responderam. O fonoaudiólogo, por também tratar de questões
relacionadas à leitura e a escrita é um profissional que poderia assessorar a formação dos
docentes universitários. CONCLUSÃO: Como ocorre no ensino básico, a universidade
não está preparada para receber tais alunos. Acrescente-se aqui a necessidade de
realizar mais estudos na área, a fim de aprofundar a análise da realidade da educação
inclusiva no ensino superior e contribuir com mudanças políticas, sociais e educacionais
visando uma educação verdadeiramente inclusiva.
220
Instrumentos de rastreio na investigação de escolares em fase inicial de
alfabetização
Ana Flávia de Oliveira Nalom; Maria Silvia Cárnio,Cristiane Rodrigues Lima, Renata
Correia da Silva, Aparecido José Couto Soares
221
Investigação de associações entre processamento auditivo e vocabulário
expressivo em pré-escolares
Carina Sartini Fonseca; Clara Regina Brandão de Ávila, Raquel de Aguiar Furuie
222
Livros infantis: análise de material adaptado para crianças surdas
Jéssica Marchiori Correia; Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida, Sheila Cristina Bordin
223
O aluno surdo no ensino regular: da sensibilização à inclusão
224
O conhecimento demonstrado por professores do município de caxias do sul/rs
sobre a fonoaudiologia educacional
225
O estudante com paralisia cerebral e sua inclusão no ensino superior
226
O olhar dos professores para inclusão de alunos surdos no ensino regular
Ana Cristina Guarinello; Jessyca Soares Lula Pacholek, Maria Fernanda Bagarollo,
Denise Maria Vaz Romano França, Jáima Pinheiro de Oliveira
227
O surdo no ensino regular: uma proposta em construção
228
Política de educação inclusiva e surdez: análise da implementação no município de
nova friburgo
229
Possibilidades e recursos no processo de inclusão de alunos surdos em mogi
mirim
230
Programa saúde na escola - relato de experiência
Introdução: O Programa Saúde na Escola (PSE) surgiu como uma política intersetorial
entre os Ministérios da Saúde e da Educação, na perspectiva da atenção integral
(prevenção, promoção e atenção) à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino
público básico, no âmbito das escolas e unidades básicas de saúde, realizadas pelas
Equipes de Saúde e educação de forma integrada. O curso de Fonoaudiologia da UFF
visa contribuir para o aprimoramento do PSE em Nova Friburgo, nas referidas áreas de
abrangência do programa, incorporando a expertise de professores e alunos do curso de
graduação em Fonoaudiologia, juntamente com profissionais das redes públicas de saúde
e educação. Objetivos: O Programa Saúde na Escola prevê a realização de diversas
ações articuladas pelas equipes de saúde e de educação com o objetivo de garantir
atenção à saúde e educação integral para os estudantes da rede básica de ensino por
meio de ações de avaliação das condições de saúde; promoção da saúde e prevenção de
doenças e agravos não transmissíveis; educação permanente dos profissionais da área
de educação e das equipes de saúde; e monitoramento e avaliação da saúde dos
beneficiados. Nesse sentido espera-se gerar multiplicadores locais que compreendam as
formas de construção de um ambiente saudável na escola; as etapas do desenvolvimento
infantil e sua importância; a relação entre linguagem, fala, cognição, audição e
aprendizagem; que sejam capazes de identificar fatores de risco que dificultem o
desenvolvimento infantil e que consigam detectar e encaminhar precocemente crianças
que apresentem dificuldades. Métodos: Como cenário de prática, foi escolhida uma
Escola da Rede Municipal de Ensino da cidade de Nova Friburgo, selecionada em comum
acordo com as Secretarias Municipais de Saúde e Educação. As atividades propostas
tiveram como eixo norteador a indissociabilidade do ensino-pesquisa-extensão, a
integração ensino-serviço-comunidade, articulação das ações multidisciplinares, o
planejamento de saúde regional e as quatro áreas prioritárias do PSE. Como atividade
inicial, a proposta é desenvolver ações voltadas à Educação permanente e capacitação
de profissionais da Educação na área de conhecimento da Fonoaudiologia. Resultados: O
trabalho aconteceu de forma bem participativa por conta das professoras, que
determinaram de forma impar a implementação e o caminho do projeto, construindo de
forma coletiva o trabalho a ser desenvolvido, na perspectiva central da gestão
compartilhada e da corresponsabilização. O trabalho envolveu rodas de conversa
abordando os temas escolhidos pela equipe. Conclusões: Espera-se com esta proposta
contribuir para a qualificação e o fortalecimento da atenção integral dos beneficiados do
PSE; para o aprimoramento dos processos de geração de conhecimentos, ensino-
aprendizagem e de prestação de serviços de saúde à população; e para o fortalecimento
das Redes de Atenção à Saúde.
231
Proposta de favorecimento das habilidades de memória auditiva, noção espacial e
consciência fonológica de uma escola de Ribeirão Preto- SP
Thaís Cristina da Freiria Moretti; Marina de Oliveira Canavezi, Tatiane Martins Jorge
232
Relação entre o hábito de leitura e o léxico expressivo de adolecentes do ensino
fundamental
Patrícia Valente Moura Carvalho; Viviane Pereira Medeiros, Débora Fraga Lodi, Débora
Sathler Aguiar, Maria Cecília Costa, Viviane Cristina dos Santos
233
Saúde e educação: uma perspectiva de fonoaudiólogos que atuam na inclusão de
alunos surdos
234
Saúde e trabalho docente: uma experiência inter/transdisciplinar no contexto de
políticas públicas
Maria Lúcia Vaz Masson; Isabele Neri Leal Sampaio, Aldeneide Soares Sena, Camila
Santos Ferreira, Cintia da Silva Santos, Manuela Brito dos Santos, Cristina Aparecida da
Silva, Maria Regina Borges dos Anjos
235
Uso do calendário como reforço visual lúdico para retirada de hábitos orais
deletérios
Yara Helena Rodrigues; Melina Putti, Naalian de Paula Nunes, Natalia Cristina Alvarenga
Maruyama, Tatiane Martins Jorge
236
Verificação do desempenho acadêmico por meio da avaliação formal e da opinião
do professor
Débora Cristina Alves; Denise Gonçalves Cunha Coutinho, Maria Cecília Periotto, Erasmo
Barbante Casella
Introdução: a aquisição de habilidades como leitura, escrita e aritmética tem sido foco de
diversas pesquisas visto que problemas nestas áreas podem afetar o processo de
escolarização e comprometer o desenvolvimento acadêmico do escolar. Estudos apontam
para a necessidade da identificação precoce dos problemas de aprendizagem, com
consequente intervenção, tão logo eles sejam observados. Por ser na sala de aula que os
problemas de aprendizagem se concretizam, o professor toma um lugar de destaque na
identificação de tais dificuldades. Objetivo: Diante do exposto, a presente pesquisa teve
por objetivo mapear e comparar o desempenho de escolares em relação à avaliação
formal e a opinião dos professores. Método: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da
Instituição sob nº523/11. Participaram deste estudo 89 escolares do 3º ano ao 5º ano do
ensino fundamental de uma escola do Serviço Social da Indústria da cidade de São
Paulo, de ambos os sexos, com idade entre oito e onze anos. Todos os participantes
foram avaliados por meio do Teste de Desempenho Escolar, nas habilidades de leitura,
escrita e aritmética, tendo seus desempenhos classificados em superior, médio e inferior.
Antes da aplicação do teste os professores foram contatos e solicitados a anotarem quais
alunos na opinião deles apresentavam problemas para aprender. A partir da informação
dos professores, formou-se um grupo de crianças com dificuldade e outro sem
dificuldades. Resultados: a professora do 3º ano indicou oito escolares como tendo algum
tipo de dificuldade em sala de aula. Destes, 87,5% apresentaram desempenho total no
TDE classificado como Inferior para a escolaridade. Das 20 crianças consideradas como
não tendo dificuldades, 85% apresentaram desempenho Médio ou Superior no teste
aplicado. Já para os estudantes do 4º ano, três foram considerados como tendo
dificuldades, destes, 66,6% foram classificados como com desempenho Inferior na
avaliação formal. Das 26 crianças sem dificuldades, 92,3% tiveram desempenho na média
ou superior. Nove alunos do 5º ano foram considerados como tendo dificuldades, sendo
que destes, 77,7% apresentaram desempenho Inferior no TDE. Dos 23 alunos sem
queixa, 91,4% obtiveram desempenho médio ou superior. A alteração da habilidade da
escrita foi a mais destacada pelos professores. Conclusão: tanto o instrumento utilizado
nesta pesquisa quanto à opinião do professor foram sensíveis para detectar crianças com
queixa de problemas relacionados à aprendizagem acadêmica. Um maior número de
crianças com dificuldades foi apontado no 5º ano, sugerindo que embora os professores
sejam capazes de identificar tais dificuldades, trabalhos individualizados ainda não têm
sido realizados nas fases iniciais da escolarização.
237
Vivência do tutor na formação de alunos de fonoaudiologia através da metodologia
ativa: relato de experiência
Rodrigo Dornelas do Carmo; Fabiana Cristina Carlino, Carla Patrícia Hernandez Alves
Ribeiro César, Aline Cabral de Oliveira Barreto, Raphaela Barroso Guedes Granzotti,
Danielle Ramos Domenis, Roxane de Irineu Alencar
238
LINGUAGEM
Monica Medeiros de Britto Pereira; Marli Borborema Neves, Emylucy Martins Paiva
Paradela, John Van Borsel
239
Desempenho de estudantes surdos na habilidade de memória e de reconto
240
A atenção compartilhada em crianças típicas a partir da correlação com a
linguagem segundo gesell
Priscila Starosky; Danielle Câmara Silveira, Jacy Perissinoto, Sulamita Câmara de Lima
241
A contingência das respostas de indivíduos com transtornos do espectro do
autismo em interação com suas mães
Aline Citino Armonia; Aline Cristina Rocha Fiori de Souza, Laís Carvalho Mazzega,
Mônica Bevilacqua, Fernanda de Alcantara Pinto, Ana Carina Tamanaha, Jacy Perissinoto
242
A demanda fonoaudiológica no contexto escolar
243
A evolução da comunicação no espectro autistico através da utilização do método
PECS
Rawilza Calado da Costa; Gabriela Leite Alves Saraiva, Alessandra Sales da Silva
244
A implementação da comunicação alternativa e a intersubjetividade ampliada na
formação terapêutica.
Crislaine Souza Santos; Rosana Carla do Nascimento Givigi, Solano Sávio Figueiredo
Dourado, Juliana Nascimento de Alcântara
245
A importância da avaliação da fluência durante a aquisição de linguagem – relato de
caso
Bianca Rodrigues Lopes Gonçalves; Camila Mayumi Abe, Priscila Pereira dos Santos,
Simone Aparecida Lopes-Herrera
Introdução: A maioria das crianças passa por momentos de disfluência devido a aquisição
e desenvolvimento da linguagem (período de disfluência normal de fala). Se estes casos
seguirão o curso do desenvolvimento ou se firmarão como gagueira do desenvolvimento
(GD), depende da adequada orientação e/ou intervenção fonoaudiológica. É comum que
crianças com queixa de atraso de linguagem cheguem ao fonoaudiólogo para realização
de triagens, mas infelizmente, em muitos casos, os fatores de risco para desenvolvimento
da gagueira não são levantados. Os fatores de risco para desenvolvimento para GD são:
histórico familiar; atrasos na aquisição e desenvolvimento da linguagem; características
psicológicas predisponentes; famílias com traços linguísticos desfavoráveis. Objetivo:
Descrever os achados clínicos da avaliação de uma criança disfluente em fase de
aquisição de linguagem e com fatores de risco para desenvolvimento de quadro de
gagueira do desenvolvimento. Métodos: Criança com 4 anos de idade, atendida na Clínica
de Fluência da Clínica de Fonoaudiologia da FOB-USP. Os pais já haviam procurado uma
fonoaudióloga anteriormente com queixa de atraso de liguagem; no entanto, segundo
relato dos pais, na época desta primeira avaliação, nenhuma orientação foi fornecida pela
fonoaudióloga, nem realizada uma triagem sobre a fluência da criança, mesmo os pais
tendo relatado os casos já existentes na família. Portanto, durante a atual avaliação,
foram aplicados os seguintes protocolos: Protocolo de Risco para a Gagueira do
Desenvolvimento-PRGD; Protocolo das Características de Temperamento-PCT; Protocolo
das Atitudes Comunicativas dos Pais-PACP; RILEY-Stuttering Severity Instrument for
Children and Adults, e Protocolo de Perfil de Fluência de Fala do Teste ABFW: Teste de
linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. Resultados:
criança apresentou os seguintes resultados na avaliação: alto risco para gagueira, nas
respostas fornecidas pelos pais para o PRGD; temperamento predominante extrovertido
para o PCT; perfil de temperamento predominante de pais predominantes formais ou
permissíveis para PACP; gagueira de grau moderado para o RILEY; e presença das
seguintes disfluências: hesitações, revisões, repetições de sons, prolongamento, pausas
e bloqueios no ABFW, apresentando características que necessitam maior atenção para o
diagnóstico precoce da gagueira. Diante do exposto e da pouca idade do paciente, a
conduta foi realizar a orientação familiar sistemática e início da intervenção
fonoaudiológica com a criança, dada a precoce presença de bloqueios. Pode-se observar
que - em pouco tempo de terapia - a criança melhorou a disfluência, muito pela mudança
do comportamento da família em relação a criança, devido as orientações que lhe foram
dadas concomitante ao trabalho com a criança. Conclusão: Em casos de disfluência de
crianças pequenas é muito importante o trabalho de orientação familiar, muitas vezes este
é mais relevante do que o processo terapêutico com a criança em si, pois, havendo um
ambiente favorável, a sua comunicação se torna mais fácil. Da mesma forma, protocolos
de avaliação da fluência deveriam fazer parte da rotina de avaliação fonoaudiológica em
casos que chegam com queixa de atraso de linguagem, para que orientações adequadas
sobre o período de aparecimento das disfluências no desenvolvimento da linguagem
sejam fornecidas de forma preventiva.
246
A importância da interdisciplinaridade na definição de quadros com queixa de mau
desempenho escolar
Nayara Salomão Barini; Ana Paola Nicolielo, Mariana Germano Gejão, Maria de Lourdes
Merighi Tabaquim, Simone Rocha de Vasconcellos Hage
Introdução: mau desempenho escolar pode ser definido como um rendimento escolar
abaixo do esperado para idade e escolaridade. Para que haja aprendizagem com
“sucesso” são necessárias diferentes habilidades cognitivas associadas a oportunidades
adequadas. Ambientes que proporcionem experiências sensoriais são fundamentais, visto
que a privação pode levar a prejuízos. Ambientes familiares que proporcionem pouca
estimulação e pouca interação sociolinguística podem levar a criança ao não
desenvolvimento de suas habilidades e aptidões. A literatura aponta que condições
desfavoráveis socioeconômico-culturais influenciam negativamente no desempenho
cognitivo e acadêmico, ocasionam maior índice de mau desempenho e insucesso escolar.
Estudos mostram que de 15% a 20% das crianças no início da escolarização apresentam
dificul¬dade em aprender, indicando um desempenho escolar deficitário. A presença de
mau desempenho escolar é deletéria e custosa, tanto em termos financeiros, devido à
necessidade de atenção especial para o aluno, quanto em termos pessoais, em virtude do
sofrimento trazido para o aluno e para a família, levando, na vida adulta, à baixa auto-
estima e dificuldades nas relações interpessoais. É necessário amplo conhecimento para
realizar o diagnóstico diferencial e a identificação de comorbidades. O reconhecimento
precoce e correto das comorbidades é a base do sucesso terapêutico. Objetivo: investigar
os tipos de diagnóstico e conduta de crianças com queixa de mau desempenho escolar.
Metodologia: por meio de estudo retrospectivo, foram analisados 40 prontuários de
Instituição Pública que oferece serviço de diagnóstico em alterações de fala, linguagem e
aprendizagem. O período de análise foi de março/2011 a março/2013. Dados como idade,
avaliações realizadas, diagnóstico e conduta foram contabilizados em planilha para
análise descritiva com dados numéricos e categóricos. Resultado: a faixa etária variou de
8 a 15 anos, mais um adulto com 23 anos. Todos os sujeitos foram submetidos à exame
audiológico, cujo resultado indicou audição normal, avaliação de linguagem oral e escrita,
de processamento psicolinguístico, do nível intelectual, do nível perceptomotor e de
aprendizagem, realizadas por fonoaudiólogos e neuropsicólogos. Em todos os casos
houve entrevista escolar com professor. 20% da amostra também foi submetida à
avaliação atencional em função de queixa específica e 3% à avalição emocional, ambas
realizadas por psicólogos. As avaliações interdisciplinares apontaram: dois quadros de
TDAH, seis de Distúrbio Específico de Linguagem com repercussão sobre as habilidades
acadêmicas, dois de Dislexia, onze de Transtorno de Aprendizagem, dois casos com
alterações psíquicas, dois com defasagens intelectuais leves ou limítrofes, quatro de
Transtorno Fonológico com repercussão sobre a ortografia, uma criança superdotada, dez
crianças sem alterações nas habilidades para a linguagem e aprendizagem. As condutas
envolveram tratamento fonoaudiológico, neuropsicológico, psicológico, apoio pedagógico
e orientação escolar. Conclusão: as causas do mau desempenho escolar são diversas,
podendo ser de natureza intrínseca (individual) ou extrínseca (ambiental). A identificação
destas causas deve envolver avaliações e discussões interdisciplinares, incluindo o
professor.
247
A influência da classe gramatical na produção correta da coda /r/
Luciana da Silva Barberena; Marcia Keske-Soares, Joviane Bagolin Bonini, Ana Rita
Brancalioni
Introdução: Na terapia de crianças com desvio fonológico, além da seleção de som alvo e
de sua posição na palavra, considera-se importante a seleção das palavras alvo, pois a
palavra atribui significado, podendo sua classe gramatical ser uma variável facilitadora no
processo terapêutico. Objetivo: Verificar a influência da classe gramatical na produção
correta da coda /r/. Metodologia: Este estudo faz parte de um projeto de pesquisa
aprovado pelo comitê de ética de uma instituição de nível superior pelo número
23081.011790/2010-81. O corpus da amostra foi composto por 1700 palavras de 133
crianças com idades entre 4:0 e 8:0 anos e diagnóstico de desvio fonológico. As palavras
foram coletadas a partir da primeira Avaliação Fonológica da Criança (AFC), pertencentes
ao Banco de Dados de uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil. As palavras
foram coletadas em um formulário criado no Access e codificadas em símbolos. Após
coleta, os dados foram submetidos à analise estatística multivariada no programa
Varbwin. As variáveis independentes analisadas foram: posição na sílaba e classe
gramatical, enquanto que a variável dependente analisada foi à produção correta. A
significância considerada foi de p<<0,05, foram utilizados os seguintes parâmetros
probabilísticos: 0 a.49 pouco favorecedores; de.50 a.59 neutros; superiores a.60
favorecedores. Resultados: O programa não selecionou nenhuma variável como
significativa, por isso analisou-se os pesos relativos apresentados pelo programa no nível
1 do step up, onde as variáveis recebem pesos do programa estatístico quando
consideradas isoladamente. Em relação à posição na sílaba, a coda medial apresentou
peso de.47 (pouco favorecedor) e a coda final de.59 (neutra), enquanto que na variável
classe gramatical o substantivo apresentou peso de.52 (neutro), adjetivo.45 (pouco
favorecedor) e verbo.21 (pouco favorecedor). Esses achados indicam que a posição de
coda final em palavras pertencentes à classe gramatical substantivo, facilita a aquisição
do fonema /r/ para crianças com desvio fonológico. Ainda, apesar de apresentarem
valores caracterizados como pouco favorecedores, os adjetivos devem ser preferidos aos
verbos na seleção de palavras alvo. Provavelmente, esse dado ocorre em função do
vocabulário da criança, que está em processo de desenvolvimento, no qual é composto
inicialmente por substantivos, sendo seguido por adjetivos e verbos. Conclusão: na
seleção de palavras alvo para o tratamento da coda /r/, em crianças com desvio
fonológico, palavras pertencentes à classe gramatical substantivos em posição de coda
final, como em pintor, cantor, amor, tambor, podem mostrar-se mais favorecedoras no
processo de aquisição fonológica.
248
A influência da família e o papel da brincadeira em um caso de atraso de linguagem
249
A intergeracionalidade como possibilidade de relação de troca com o diferente
Giselle Aparecida de Athayde Massi; Carolina Kustel Frreira, Isis Aline Lourenço de
Souza, Ana Cristina Guarinello
250
A música para o desenvolvimento cognitivo e linguagem expressiva na síndrome de
down
Isabel Cristiane Kuniyoshi; Hayn’s Justah Lemes, Márcia Suely Souza de Castro
Ramalho, Ana Karolina Zampronio Bassi, Tames Cristina Oliveira Lima, Daniele de
Oliveira Brito
Introdução: Grande parte dos trabalhos que abordam a música e a síndrome de Down são
realizados no âmbito da musicoterapia e da educação musical, o que implica numa
formação diferenciada. Neste estudo a pretensão foi tratar sobre a Fonoaudiologia, que é
a ciência da comunicação, utilizando-se da música como estratégia em suas terapias, a
fim de verificar avanços cognitivos e de desenvolvimento de linguagem expressiva nas
crianças com síndrome de Down, sem comparar estes dados a um padrão de
normalidade, e sim os verificando dentro de um único âmbito: as próprias peculiaridades
desta população. Objetivo: Analisar a importância da música como estratégia na terapia
fonoaudiológica para o desenvolvimento cognitivo e linguagem expressiva de crianças
com síndrome de Down. Métodos: Participaram deste estudo 12 crianças com síndrome
de Down, com idade de 3 anos e 2 meses a 4 anos e 8 meses, sem perda auditiva, de
ambos os gêneros, sem outra síndrome associada e que frequentam a Associação
Pestalozzi de Porto Velho/RO. A pesquisa foi realizada em 15 encontros com cada
criança. Uma sessão destinada a anamnese e avaliação fonoaudiológica, 13 sessões
destinadas à terapia fonoaudiológica com a música inserida em suas estratégias, e uma
ultima sessão foi utilizada para a reavaliação. Os dados obtidos na avaliação
fonoaudiológica foram comparados, verificaram-se os resultados obtidos pela avaliação
antes das terapias realizadas e estes foram comparados com as respostas alcançadas na
avaliação fonoaudiológica feita após sessões de terapias concluídas. Além desta analise,
compararam-se os ganhos entre os gêneros e realizou-se correlação do ganho com a
idade dos sujeitos. Resultados: Foi encontrada diferença estatisticamente significante
entre os momentos pré e pós intervenção fonoaudiológica para todas as variáveis. Não
houve significante diferença entre os gêneros. Somente existiu correlação significante da
idade para o aspecto de linguagem expressiva. Conclusão: A música como estratégia na
terapia fonoaudiológica pode ser uma ferramenta eficaz, pois é capaz de estimular o
neurodesenvolvimento de crianças com síndrome de Down fazendo com que a cognição
e linguagem expressiva das mesmas apresentem evolução.
251
A posição refratária em crianças com desvio fonológico analisada por meio dos
contos de fadas
252
A pragmática em crianças com síndrome de down de um grupo de estimulação
precoce
Isabel Cristiane Kuniyoshi; Maria Eliselma Pereira da Silva, Márcia Suely Souza de Castro
Ramalho, Tames Cristina Oliveira Lima, Ana Karolina Zampronio Bassi, Daniele de
Oliveira Brito
253
A relação entre o processamento fonológico e o desempenho na leitura e na
escrita: uma revisão da literatura
Denise Brandão de Oliveira e Britto; Monique Delgado Cunha, Ana Teresa Brandão de
Oliveira e Britto
254
A seleção de acionadores no trabalho de comunicação alternativa em sujeitos com
paralisia cerebral
Rosana Carla do Nascimento Givigi; Raquel Souza Silva, Edênia da Cunha Menezes,
Thaís Alves de Souza, Kivia Santos Nunes
Introdução: Este trabalho é um recorte de um estudo mais amplo que funciona em redes:
sujeito, família e escola, o foco neste texto está na rede sujeito. Objetivo: O objetivo foi
analisar as repercussões do comprometimento neuromotor na seleção de mecanismos e
ferramentas no processo inicial de implementação da Comunicação Alternativa e
Ampliada (CAA) de três sujeitos com paralisia cerebral. Metodo: Como aporte teórico
metodológico utilizou-se o método clínico-qualitativo e o estudo de caso. Os materiais se
constituíram da análise dos relatórios dos atendimentos na implementação da CAA. A
partir da seleção dos acionadores foram analisadas as mudanças dos dispositivos e das
demandas neuromotoras. Para a escolha dos acionadores é salutar a detecção do
movimento de maior controle voluntário para cada sujeito, correlacionando à efetividade
das respostas linguísticas necessárias ao uso desse movimento para o uso da CAA.
Resultados: Foram testados os mecanismos com três sujeitos, sendo o Sujeito 1 com
treze anos de idade, sexo masculino e apresenta diagnóstico de Paralisia Cerebral
Espástica Quadriplégica Severa. Seu processo de implementação da CAA teve início com
análise da possível forma de indicação dos sinais. Inicialmente, foi levado em conta
aspectos relacionados a mobilidade e o quadro postural geral do sujeito. Após as
tentativas, a característica fundamental para a escolha do seu dispositivo foi relacionada
ao seu controle mandibular, ao passo que este proporcionava respostas consistentes
necessárias a implementação da CAA. Sujeito 2 com sete anos de idade, sexo feminino,
diagnóstico de Paralisia Cerebral Atetóide Leve. Essa criança possui ausência dos
movimentos voluntários dos membros inferiores com a atrofia das suas extremidades,
bem como imprecisão dos movimentos voluntários dos seus membros superiores,
apresentando incoordenação na execução destes. Seu acesso ao acionador é difícil,
diante da fragilidade dos seus movimentos. Utilizou-se o ampliado de pressão e ainda
assim apresentou dificuldade em apertar o dispositivo como também, entender que o
apertar do botão configurava-se a partir da escolha e da mudança da prancha e não
somente o fazer sem reflexão do movimento. Por fim, o Sujeito 3 com nove anos de
idade, sexo masculino, com diagnóstico de Paralisia Cerebral Espástica Quadriplégica
Severa. Seu quadro clínico geral é de espasticidade, com significativas vocalizações na
tentativa de se comunicar. Sua fala era ininteligível e através da realização de uma
avaliação da sua condição motora observamos grande número de espasmos e ausência
no controle dos movimentos corporais. O movimento de maior controle voluntário
encontrado para essa criança foi o piscar de olhos. Além desse recurso, a cada sessão
arriscava e brincava com os sons, por várias vezes tentou falar apontando para uma
maior construção linguística. Como Conclusão, foi possível reconhecer outras formas de
se comunicar e de ampliar a linguagem. Percebe-se a importância da escolha dos
acionadores, sendo necessário investir em propostas que investigem as condições
neuromotoras, facilitando o acesso a Comunicação Alternativa e a estruturação
linguística.
255
A utilização da eletromiografia no estudo e tratamento da gagueira
Kleuvencleiton Jose dos Santos Oliveira; Tarcya Sibele Bastos Santos, Mayra Cristina
Jorge Oliveira, Susana de Carvalho
256
Acidente vascular encefálico e reabilitação: análise de produções científicas.
Aline Teixeira Fialho da Costa; Keite Maiara Rosa, Yung Sun Lee Damasceno
257
Ação e intervenção do cuidador na doença de alzheimer: uma revisão da literatura
Cláudia Marina Tavares de Araújo; Cinthya Leite, Terce Liana Mota de Menezes, Érica
Verônica de Vasconcelos Lyra
258
Adaptação transcultural do sistema de classificação da função de comunicação
para indivíduos com paralisia cerebral
Raphaela Barroso Guedes Granzotti; Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro César, Aline
Cabral de Oliveira Barreto, Isabella Carolina Santos Bicalho, Marisa Tomoe Hebiara
Fukuda, Danielle Ramos Domenis
259
Ambiente virtual de aprendizagem em aquisição e desenvolvimento da linguagem
infantil
Luciana Paula Maximino; Wanderléia Quinhoneiro Blasca, Líliam Maria Dib Marson,
Marília Cancian Bertozzo, Aline Martins
Introdução: Observa-se grande preocupação por parte dos pais com o desenvolvimento
das habilidades comunicativas das crianças e muitos procuram o médico pediatra em
busca de esclarecimentos e soluções para as dificuldades de seus filhos. Nesta interação,
observa-se a necessidade da atuação interdisciplinar entre os profissionais da área da
saúde, no que tange ao conhecimento específico do médico pediatra quanto aos
problemas pertinentes à Fonoaudiologia, especialmente quanto ao desenvolvimento da
linguagem e fala da criança. Convergindo com essa temática, a Teleducação é uma
proposta relevante, que rompe as barreiras físicas com a utilização de tecnologias de
informação e comunicação, como os ambientes virtuais de aprendizagens (AVA),
possibilitando troca de informação e orientação. Objetivo: Este estudo teve por objetivo
desenvolver e analisar um ambiente virtual de aprendizagem sobre a aquisição e
desenvolvimento da linguagem infantil para orientação de Médicos Pediatras.
Metodologia: O trabalho recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (092/2011).
Para a produção e análise do AVA a pesquisadora seguiu 4 fases de desenvolvimentos,
respectivamente: Análise e Planejamento, Modelagem, Implementação e Avaliação. A
fase de avaliação englobou dois instrumentos: O primeiro questionário consistiu de uma
adaptação do Health-Related Web Site Evaluation Form Emory composto por 36 questões
que avaliam os recursos tecnológicos. O outro instrumento avaliou o conteúdo específico
de cada página. RESULTADOS: Durante a primeira e segunda fase foi realizada uma
ampla revisão de literatura nas bases de dados SciELO–Brasil, Lilacs, Medline e Pubmed,
bem como em teses e livros da área sobre as etapas de desenvolvimento da linguagem,
de forma cronológica, desde o nascimento até os 7 anos de idade, indicando as principais
características e os marcos do desenvolvimento em cada fase. Na terceira fase, foi
definido como melhor interface para o desenvolvimento do AVA, a elaboração de um blog,
devido à usabilidade e a acessibilidade. O material desenvolvido está disponível no
endereço eletrônico http://fonopediatria.com. Na última fase, a de avaliação, participaram
da amostra 63 fonoaudiólogos que avaliaram a qualidade do conteúdo e os recursos
tecnológicos apresentados no Blog. De acordo com a análise proposta pelo questionário
Emory, as porcentagens demonstraram que o blog foi avaliado como “Excelente”
(pontuação maior ou igual a 90%) quanto aos aspectos de conteúdo, precisão, autoria,
público, navegação, links externos e estrutura. Assim sendo, a porcentagem geral foi de
95,8%, que indica a qualidade do blog como “Excelente” (Este website é uma fonte
excelente de informação da saúde. Os consumidores poderão alcançar e compreender
facilmente a informação contida neste local. Não hesite em recomendar este site aos seus
clientes). O segundo questionário utilizado na avaliação denotou que todas as páginas
apresentaram qualidade “Excelente” (pontuação maior ou igual a 90%). Conclusão: Este
trabalho desenvolveu um ambiente virtual de aprendizagem em formato de blog, contendo
informações sobre a aquisição e o desenvolvimento da linguagem infantil. O processo de
avaliação, que validou o material, realizado pelos fonoaudiólogos foi efetivo para conferir
a qualidade do instrumento utilizado e do material disponibilizado, com o intuito de
oferecer um conteúdo fidedigno.
260
Análise da adequação de figuras para a eliciação da palavra-alvo
Ana Cristina Melo Prates; Marizete Ilha Ceron, Marileda Barichello Gubiani, Simone
Nicolini de Simoni, Márcia Keske-Soares
261
Análise da habilidade de imitação em crianças pré-escolares em diferentes
situações de estímulo
Aline Cristina Rocha Fiori de Souza; Laís Carvalho Mazzega, Aline Armonia Citino,
Fernanda Chequer, Ana Carina Tamanaha, Jacy Perissinoto
262
Análise da porcentagem de consoantes corretas em casos clínicos de transtorno
fonológico.
Flávia Bianca de Souza Lopes; Giovana Cristina Ribeiro Manzatto, Kellen Fernandes
Santos, Janaína Borba Garbo, Tacianne Kriscia Machado Alves, Caroline Antonelli
Mendes, Maria Gabriela Cavalheiro, Mariane Monteiro Quinalha, Camila de Castro
Corrêa, Profª Dra Luciana Paula Maximino
263
Análise das competências de linguagem de crianças com transtorno específico de
linguagem
264
Análise das habilidades comunicativas e compreensão verbal em uma criança com
síndrome de down
Leniane Silva Dantas; Isabelle Cahino Delgado, Emily Carla Silva Santos, Ingrydh
Cordeiro dos Santos, Fouvy Leccia Sarmento Crisóstomo
265
Análise do perfil ortográfico e consciência fonológica em crianças da quarta série
do ensino fundamental
Ana Clara de Oliveira Varella; Luciana Grolli Ardenghi, Nívia Eloísa Tedesco
Introdução:As crianças em seu primeiro contato com a escrita criam hipóteses sobre suas
regras de funcionamento buscando compreender a sua forma de representação. As
regras ortográficas vão progressivamente sendo internalizadas no decorrer da experiência
acadêmica para tornar-se próxima ao padrão da língua da comunidade. O processo de
relacionar os sons das letras com sua grafia é um processo constante durante os
primeiros anos de alfabetização até tornarem-se relativamente independentes durante o
processo de aprendizado da ortografia. Objetivo:O objetivo principal deste estudo foi
realizar a comparação dos erros ortográficos encontrados nos alunos da quarta série do
Ensino Fundamental, através do Ditado Balanceado e compará-lo com as habilidades de
consciência fonológica.metodo: Após a aprovação do Comitê de Ética da Universidade, e
a inclusão de sujeitos de acordo com os critérios estabelecidos, a pesquisa foi realizada
com 27 alunos em uma escola pública de uma cidade no interior do Rio Grande do Sul.
Os estudantes tinham idade entre dez e treze anos, sendo treze do sexo feminino e
quatorze do sexo masculino. Aplicou-se o teste de avaliação sequencial CONFIAS para
avaliação da consciência fonológica e o teste do ditado Balanceado para avaliação
ortográfica. A análise dos dados do CONFIAS foram organizados com a base na
pontuação obtida pelos sujeitos nas tarefas testadas. No ditado balanceado
categorizaram-se as trocas ortográficas apresentadas pelos sujeitos em três categorias:
conversor grafema-fonema, regras contextuais e irregularidades na língua. Resultados:
Os resultados encontrados, na testagem de consciência fonológica, demonstraram que os
sujeitos obtiveram melhores resultados nas tarefas de manipulação silábica em
detrimento a manipulação de fonemas de forma adequada ao conhecimento acadêmico
para a quarta série. Em relação ao desempenho ortográfico aponta-se maior incidência de
trocas relacionadas com a categoria de irregularidade da língua, superando todas as
outras categorias. Conclusao:Portanto, neste estudo não houve correlação entre o
desempenho ortográfico e a consciência fonológica.
266
Aplicabilidade da ultrassonografia na fonoaudiologia
267
Aplicação do inventário de avaliação pediátrica de incapacidade (pedi) em crianças
com alterações de linguagem
268
As consoantes plosivas sonoras do português brasileiro
269
Atribuição de estados mentais no discurso de indivíduos do espectro do autismo
270
Atuação fonoadiológica na síndrome de coffin-lowry: relato de caso
Mariane Querido Gibson; Hyris Célia de Souza Almeida, Daniele Albuquerque Alves de
Moura, Joice Maely Souza da Silva, Luana Priscila da Silva, Nathália Angelina Costa
Gomes, Ana Cláudia Carvalho Vieira
271
Atuação fonoaudiológica atraso de linguagem decorrente de exposição à
bilinguismo: relato de caso
272
Atuação fonoaudiológica com criança com baixa visão e fala ecolálica
Nayara Mota de Aquino; Erika Maria Parlato-Oliveira, Galton Vasconcelos, Renata Maria
Moreira Moraes Furlan, Simone Rosa Barreto, Priscila Guimarães Kimura, Josiane Célia
de Lima, Jeyseane Ramos Brito, Nayara Duviges de Azevedo
273
Autoimagem corporal: considerações biopsicossociais na atuação com idosos
Patrícia Valente Moura Carvalho; Rachel Ferreira Loiola, Luana Marsicano Alves, Thais
Mendes Rocha Alves Vieira
274
Avaliação do desenvolvimento semântico em crianças com atraso secundário de
linguagem
João Henrique Honorato de Carvalho; Marllon dos Santos Moura e Silva, Jose Henriques
da Costa Neto, Andre Felipe Emilio dos Santos, Jocelio Delfino da Silva
275
Avaliação do processo de leitura em crianças com desnutrição
276
Avaliação do vocabulário de crianças surdas inseridas no contexto educacional da
pré-escola
Monica Medeiros de Britto Pereira; John Van Borsel, Regina Celia Azevedo Soares
277
Avaliação, por meio da escala saqol-39, da qualidade de vida de sujeitos afásicos
Giselle Athayde Massi; Roxele Ribeiro Lima, Ana Cristina Guarinello, Carla Heloisa Cabral
Moro, Helbert do Nascimento Lima
278
Bateria montreal-toulouse de avaliação da linguagem: evidências de fidedignidade e
validade
Karina Carlesso Pagliarin; Karin Zazo Ortiz, Maria Alice Pimenta Mattos Parente, Yves
Joanette, Jean-Luc Nespoulous, Rochele Paz Fonseca
279
Capacidade de nomeação de imagens em adultos idosos saudáveis
Paula Cristina Grade Correia; Olinda Roldão, Catarina Ferreira, Filipa Gonçalves, Monica
Carrilho, Ana Paula Martins, Aldora Quintal
280
Caracterização da emissão e recepção da linguagem de crianças de dois anos com
baixa visão
281
Caracterização de crianças incluídas no espectro do autismo segundo o differencial
assessment of autism and other developmental disorders.
282
Caracterização do perfil de memória e linguagem de participantes da asp-pe
Maria Vanessa; Maria Lúcia Gurgel da Costa, Jessika Kalinny Batista Sobral
283
Caracterização dos aspectos linguísticos do discurso de idosos com doença de
alzheimer
284
Comparação do perfil escolar e escore de inteligência não-verbal em crianças do
espectro do autismo
Introdução: O Autismo caracteriza-se por uma tríade de déficits nas áreas de cognição,
linguagem e interação social. Há casos de autismo com diagnóstico de retardo mental
associado, variando de leve a profundo. A linguagem e o desenvolvimento cognitivo
emergem no contexto das relações sociais. A escola torna-se o ambiente mais favorável
para promover interação social necessária para o melhor desenvolvimento destas
crianças. Devido às dificuldades de compreensão, é necessário avaliar as crianças com
Distúrbio do Espectro do Autismo (DEA), por meio de teste não verbal, como o de
Matrizes Progressivas Coloridas de Raven – Escala Especial, que determina o escore de
inteligência não verbal e mostrou-se eficaz na avaliação de crianças com DEA em
estudos anteriores. Objetivo: Verificar a correlação entre a frequência, em horas
semanais, da criança com DEA na escola, com o seu escore de inteligência não verbal.
Método: Esta pesquisa obteve aprovação da comissão de Ética sob o número 410/12, e
os responsáveis pelas crianças assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A
amostra foi de oito sujeitos, com faixa etária de cinco a 15 anos de idade, matriculados
em escola regular, com diagnósticos inseridos no DEA, que frequentam terapia
fonoaudiológica uma vez por semana há, no mínimo, um ano e que já apresentavam em
seu prontuário o Teste de inteligência não verbal, aplicado e analisado por psicóloga. Os
responsáveis responderam a um questionário para levantamento do perfil escolar de
seu(ua) filho(a), e as informações sobre o escore de inteligência não verbal foram
retiradas dos prontuários dos pacientes. Na análise foi correlacionado o tempo, em horas,
em que a criança permanece na escola por semana, com os escores de inteligência não
verbal, utilizando-se o teste não–paramétrico de Spearman, devido ao tamanho da
amostra e à diversidade apresentada pelos participantes, com uso do software SPSS - 17.
Adotou-se o nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Os resultados obtidos
mostraram correlação negativa, entre os percentis do Teste de inteligência não-verbal
(Raven) e o tempo de permanência na escola, revelando coeficiente de correlação
negativo, igual a – 0,608, e o ρ de Spearman igual a 0,110, que não é estatisticamente
significativo, tendo em vista o nível de significância adotado (p ≤ 0,05), provavelmente
pelo tamanho da amostra e a grande variabilidade encontrada entre os sujeitos. Esse
resultado não era esperado, uma vez que é consenso que a escola seja um local que
ofereça oportunidades de aprendizagem constante. Porém, há necessidade de
levantamento de outros dados, como: comportamento, habilidade de socialização,
atividades realizadas na escola, e mediação oferecida. Conclusão: A correlação negativa
observada vai contra a literatura, que propõe, com relação às crianças com autismo, que
a criança passe um tempo estendido na escola para o desenvolvimento de atividades
focadas em instrução individualizada e áreas de necessidade identificadas pelas famílias.
Porém, os aspectos já apontados pela Política Nacional de Educação Especial na
perspectiva da Educação Inclusiva tornam a inserção de alunos com deficiência, um
desafio às escolas, pois pressupõem a utilização de adequações ambientais, curriculares
e metodológicas.
285
Comparação entre o functional communication profile – revised e o perfil funcional
da comunicação de autistas.
286
Competência social em indivíduos com diagnóstico da síndrome del22q11.2
Gabriela Mello Costa; Amanda de Oliveira Santos, Natalia Freitas Rossi, Celia Maria
Giacheti
287
Comunicação alternativa: garantindo a conexão com o ambiente em síndromes
degenerativas
Maria de Jesus Gonçalves; Victor Vasconcelos Barros, Aleida Regina Silva Ribeiro,
Amanda Almeida Batista, Flávia Horta Azevedo Gobbi
Introdução: A comunicação alternativa tem por objetivo auxiliar pessoas com distúrbios de
fala, permitindo a sua comunicação com o ambiente que o circunda. A comunicação
alternativa possibilita ao seu usuário: maior independência na própria comunicação;
exercício de sua autonomia, garantindo sua participação na tomada de decisões a
respeito de si próprio; e melhora a autoestima e o contato com seus diversos
interlocutores. É utilizada com indivíduos com doenças neurológicas com variados
comprometimentos de fala e linguagem. Objetivos: Discutir a importância do uso da
comunicação alternativa no processo de reabilitação de um paciente com a síndrome
degenerativa do córtico-basal. Metodologia: Será apresentado um relato de caso, de um
paciente que chegou à clínica de fonoaudiologia pelo ambulatório de neurologia de um
Hospital Universitário com o diagnóstico de Síndrome degenerativa do córtico-basal. Esta
doença inicia-se com um quadro de afasia progressiva primária, caracterizada por
problemas de linguagem, que evoluem com alterações de comportamento e outras
funções cognitivas. Apresenta déficits motores e apraxias, além de déficits visuoespaciais.
No relato de caso aqui apresentado foi utilizado um sistema de comunicação alternativa
com pranchas temáticas implementadas em computador e em papel. Para elaboração
deste material foram utilizadas as ferramentas do software Boardmaker, com símbolos de
PCS e fotos. RESULTADOS: Paciente J. G, do sexo masculino, 55 anos, acompanhado
desde março de 2013. Chegou à clínica com diagnóstico de Síndrome degenerativa do
córtico-basal e inicialmente não apresentou dificuldades na mastigação ou deglutição.
Sua queixa principal foi relativa à fala. Foi realizada uma avaliação de linguagem bem
como de disfagia e motricidade orofacial. Embora, ainda houvesse presença de fala,
diante do quadro progressivo optou-se por iniciar o trabalho de comunicação alternativa
com participação do paciente nas escolhas do tipo de sistema bem como da seleção
repertório. Houve uma aceitação imediata desta proposta por parte do paciente. O
paciente apresentou piora gradativa na articulação, fraqueza nos membros superiores e
inicios de disfagia com líquidos no decorrer das sessões. Notou-se também durante a
terapia uma dificuldade maior na compreensão de ordens e uma labilidade emocional. As
adaptações do sistema têm acompanhado as mudanças no quadro do paciente de forma
a garantir a comunicação do paciente. Conclusão: Apesar da síndrome degenerativa do
córtico-basal ter caráter progressivo e ter evoluído rapidamente nesse caso, dificultando
principalmente sua articulação e deglutição, o uso da comunicação alternativa vem sendo
utilizava pelo paciente, o que segundo sua esposa facilita muito a comunicação entre
eles.
288
Comunicação funcional de idosos saudáveis em alagoas
Jéssica Cardoso Lima; Francelise Pivetta Roque, Paulo Henrique Ferreira Bertolucci,
Brasilia Maria Chiari
289
Condições de vida e fonoaudiologia: avaliação da qualidade de vida de
especialistas em linguagem
Adriano dos Santos Freitas; Tiago Oliveira Motta, Marlos Suenney de Mendonça Noronha,
Josefa Mariele dos Santos Rosário, Daniele Santana Lima Silva, Marcela Cássia Silva,
Clara Mércia Barbosa Silva
290
Consciência fonológica e compreensão de leitura em escolares do 2° ano do ensino
fundamental
Aparecido José Couto Soares; Renata Correia da Silva, Cristiane Rodrigues Lima, Maria
Silvia Cárnio
291
Consciência fonológica: diferença entre sexo feminino e masculino
Ana Clara de Oliveira Varella; Luciana Grolli Ardenghi, Jessica Ana Rustik
292
Crianças com alterações no desenvolvimento: interações entre parceiros e usos de
objetos na escola inclusiva.
293
Descrição do perfil linguístico fonológico de crianças de quatro a seis anos de
idade
Nayara Duviges de Azevedo; Julie Mary Mourão Alves, Rita de Cássia Duarte Leite
294
Desempenho da memória de trabalho em indivíduos com transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade
295
Desempenho de sujeito com traumatismo cranioencefálico na tarefa de fluência
verbal semântica: estudo de caso
Marcela Lima Silagi; Renata Paula de Almeida Gasparini, Marianne Querido Verreschi,
Leticia Lessa Mansur
296
Desempenho dos usuários de implante coclear na aquisição de linguagem oral na
abordagem bilíngue
297
Desempenho em teste de fluência verbal em adultos saudáveis
298
Desempenho fonológico de um grupo de crianças brasileiras que frequentam
escola bilíngue
299
Desempenho ortográfico em escolares de 1º ao 9º ano
Denise Brandão de Oliveira e Britto; Alessandra Bertoni da Silva Aguiar, Ana Teresa
Brandão de Oliveira e Britto
300
Desenvolvimento da linguagem escrita na epilepsia – relato de caso
Maria Gabriela Cavalheiro, Thaís dos Santos Gonçalves, Jéssica P. Argentim, Patrícia
Abreu Pinheiro Crenitte
301
Desvios fonológicos: modelos de tratamento mais utilizados
302
Diagnóstico precoce de linguagem em paciente com agenesia de corpo caloso:
relato de caso
Camila da Costa Ribeiro; Nathane Sanches Marques Silva, Andressa Vital Rocha,
Dionísia Aparecida Cusin Lamônica
303
Distúrbios do sono e alterações de memória na Síndrome de Williams-Beuren
304
Diversidade lexical na narração de história de indivíduos com transtorno do
espectro alcoólico fetal
305
Efeito de supressão das emissões otoacústicas em gagos
306
Efetividade da memória de trabalho para lista de palavras com semelhança fonética
versus semelhança semântica
Nátali Romano; Cristhiane Maria Mantovani Marsura, Amanda Maura Borin, Júlio César
Gonçalves Trabanco
307
Efetividade do modelo abab-retirada e provas múltiplas modificado nos desvios
fonológicos.
308
Elaboração de um instrumento para uma avaliação lúdica da fala
309
Enquadres interacionais de crianças surdas e sua terapeuta em atividades de jogos
com regras
Priscila Starosky
Introdução:Os estudos sobre jogos e brincadeiras têm-se intensificado nos últimos anos,
considerando o prestígio que este tipo de atividade vem adquirindo nos contextos
educacionais e terapêuticos. Neste estudo, serão abordadas questões linguísticas e
interacionais relacionadas a atividades de jogos infantis no contexto terapêutico-
fonoaudiológico da surdez inserido em uma abordagem bilingue. Os jogos são uma
atividade que possibilita o posicionamento e a ação da criança a permitir que ela se
engaje no enquadre de brincadeira. A noção de enquadre é dinâmica e ocorre no curso
da interação, negociando a relação entre os interlocutores.Consideramos que o jogo
lúdico constitui uma forma da criança desenvolver a habilidade de mudar de enquadre ou
de papel e de interpretar a ação do outro, conforme sinalizado pelas pistas
contextuais.objetivo:Este trabalho tem por objetivo estudar os modos interacionais de
crianças surdas e de sua terapeuta, analisando os enquadres instrucional e competitivo
observados nas situações interativas dos jogos com regras. Metodo:No presente trabalho,
que tem como modelo metodológico a micro-análise etnográfica do tipo participante, de
caráter longitudinal exploratório, analisamos as mudanças de enquadre na interação face
a face de uma criança surda com sua terapeuta (fonoaudióloga) e com outras crianças em
uma situação de jogo. A pesquisa foi desenvolvida em uma clínica escola de
fonoaudiologia que possui um programa educacional bilíngue para crianças surdas, em
que a primeira língua (L1) é a LIBRAS (Língua de Sinais Brasileira) e a segunda língua
(L2) é o Português. Resultados e conclusão:Observamos a maleabilidade com que a
criança e seus interlocutores passam de um enquadre para outro através da interação
com jogos. Observou-se também que este tipo de interação constitui uma forma da
criança desenvolver a habilidade de mudar de enquadre e de emergir diferentes
esquemas de conhecimento, conforme sinalizado pelas pistas contextuais.
310
Epilepsia e achados fonoaudiológicos relacionados às modalidades de linguagem
oral e escrita: revisão de literatura
Ana Paula Berberian; Ana Paula Belido, Christiane Hopker, Ingrid Mazzarotto, Jenane
Topanotti da Cunha, Rosane Santos
311
Erros de leitura e escrita em escolares com e sem transtorno fonológico
312
Esclerose tuberosa e comportamentos do espectro autístico: relato de caso.
313
Estimulação de linguagem infantil em diferentes classes sociais
314
Estratégias utilizadas na intervenção fonoaudiologica na área da fluência infantil
Camilla Guarnieri; Camila Mayumi Abe, Bianca Rodrigues Lopes Gonçalves, Simone
Aparecida Lopes-Herrera
315
Estudo comparativo de interação entre mãe e criança cega
316
Estudo da integração visuomotora e cordenação motora fina em crianças com
transtorno de aprendizagem
Débora Lodi, Maria do Carmo Mangelli Araujo, Juliana Aguiar, Claudia Machado Siqueira,
Luciana Mendonça Alves
317
Estudo dos prolongamentos na fala de gagos e fluentes
Introdução: O prolongamento é uma disfluência que pode ocorrer na fala pessoas com
gagueira e sem gagueira, e, assim pode dificultar o diagnóstico do distúrbio. Análise
quantitativa e qualitativa dos prolongamentos, portanto, são recomendadas na tentativa
de distinguir os prolongamentos utilizados como estratégias linguísticas normais no
processo de comunicação, dos prolongamentos típicos de uma pessoa que gagueja.
Objetivo: Realizar análise quantitativa e qualitativa dos prolongamentos da fala de adultos
com gagueira desenvolvimental persistente e comparar com adultos sem gagueira.
Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (n° 0672/2013), e
todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento. Participaram da pesquisa
12 adultos, na faixa etária de 18 a 46 anos, sendo 8 do gênero masculino e 4 do feminino,
divididos em dois grupos: grupo experimental (GE) composto por 6 adultos com gagueira
desenvolvimental persistente, e o grupo controle (GC) composto por 6 adultos sem
gagueira, pareados ao GE por gênero e idade. Os critérios de inclusão do GE foram:
queixa de gagueira por parte dos próprios participantes; início da gagueira ocorreu na
infância; tempo mínimo de 12 meses de duração das disfluências; mínimo 3% de
disfluências gagas, e; apresentar no mínimo gagueira leve de acordo com o Instrumento
de Severidade da Gagueira – SSI. Foram utilizados dois procedimentos: avaliação da
fluência e aplicação do Instrumento de Severidade da Gagueira. A análise estatística foi
realizada de forma descritiva. Para as variáveis de natureza quantitativa foram calculadas
a média, mediana, valor mínimo, valor máximo e desvio-padrão. Resultados:
Quantitativamente observou-se que os grupos apresentaram semelhança na quantidade
de prolongamentos hesitativos (GE, X= 1,4%, 0-3,5%; GC, X=1,5%, 0-3,5%). Porém, GE
apresentou em média mais prolongamentos (X=1%, 0-2,5%) do que GC (X= 0,3%, 0-1%).
A análise qualitativa mostrou que a presença de tensão muscular associada ao
prolongamento é um dos fatores que diferiram os prolongamentos que ocorreram no GE e
GC. Os dois participantes do GC que apresentaram prolongamentos em sílabas iniciais,
realizaram sem tensão e com a finalidade de enfatizar a palavra. Quanto ao som
prolongado, observou-se que todos falantes, com gagueira ou não, manifestaram os
prolongamentos hesitativos, ou seja, aqueles que ocorrem nas sílabas finais das palavras,
sem tensão muscular e de curta duração. Mas, qualitativamente pessoas com gagueira
manifestaram mais prolongamentos nas sílabas inicias, com tensão muscular ou
concomitante físico, prejudicando a estrutura prosódica da palavra. Conclusão: Os
resultados mostraram que pessoas com gagueira manifestaram maior quantidade de
prolongamentos do que as pessoas sem gagueira. Porém, prolongamentos hesitativos, ou
seja, nas sílabas finais das palavras, sem tensão muscular e de curta duração ocorreram
em quantidade semelhante nos dois grupos. Qualitativamente pessoas com gagueira
manifestaram prolongamentos associados à tensão muscular, de maior duração e com
alteração na prosódia da palavra. Os resultados auxiliarão a realização do diagnóstico da
gagueira, bem como nortearão os procedimentos terapêuticos.
318
Expectativas e satisfação com o tratamento para gagueira
Kleuvencleiton Jose dos Santos Oliveira; Susana de Carvalho, Ayslan Melo de Oliveira
319
Formação de sentenças de escolares de 6 a 10 anos nascidos com baixo peso
320
Função comunicativa oral no adulto com diagnóstico de esclerose múltipla
Ana Karênina de Freitas Jordão do Amaral; Flávia Luiza Costa do Rêgo, Jaims Franklin
Ribeiro Soares, Wagner Teobaldo Lopes de Andrade, Maria do Socorro Pereira da Silva
321
Gênero textual “canção”: uso na intervenção fonoaudiológica em leitura-escrita
junto a pessoas com deficiencia intelectual
322
Habilidade de decodificação de leitura em escolares com transtorno do deficit de
atenção e hiperatividade
Marcela Lira Hermógenes; Luciana Mendonça Alves, Débora Fraga Lodi, Maria do Carmo
Mangelli Ferreira, Cláudia Machado Siqueira, Leticia Correa Celeste
323
Habilidades auditivas receptivas, expressivas e visuais em indivíduos com
hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria: estudo preliminar
Rachel Mantovani Moço; Mariana Germano Gejão, Dionísia Aparecida Cusin Lamônica
324
Habilidades de desenvolvimento na encefalocele parieto-occipital à esquerda:
importância do engajamento familiar.
325
Habilidades lingüísticas para la lectura de niños con tel de primero básico
326
Habilidades metalinguísticas em crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental de
belo horizonte
Rafaela Teodoro da Silva; Rita de Cássia Duarte Leite, Anna Carolina Ferreira Marinho
327
Habilidades pragmáticas e diagnóstico diferencial em crianças pertencentes ao
espectro do autismo.
Fernanda Dreux Miranda Fernandes; Thaís Helena Ferreira Santos, Milene Rossi Pereira
Barbosa, Leticia Segeren, Cibelle Albuquerque de la Higuera Amato
328
Hipersegmentação, aglutinação e trocas entre surdas/sonoras em escolares do
ciclo1 do ensino fundamental
Clara Regina Brandão de Avila; Mirian Aratagy Arnaut, Maria Mercedes Saraiva Hackerott
329
Identificação precoce de transtorno do espectro do autismo: estudo preliminar
330
Influência da otite média em medidas fonológicas em crianças com transtorno
fonológico
331
Influência das narrativas no trabalho com linguagem oral em crianças com
Síndrome de Down
Rosangela Viana Andrade; Suelly Cecilia Olivan Limongi, Caio Henrique de Carvalho
Assunção
332
Influência de diferentes processos fonológicos no desempenho de crianças com
transtorno fonológico
333
Influência do ambiente familiar e escolar no desenvolvimento da linguagem e do
processamneto auditivo
Nathália de Jesus Silva Passaglio; Marina Alves de Souza, Valquíria Conceição Souza,
Ramilla Recla Scopel, Stela Maris Aguiar Lemos
334
Influência do ambiente no desenvolvimento fonológico e lexical de crianças
Marina Alves de Souza; Nathália de Jesus Silva Passaglio, Valquíria Conceição Souza,
Ramilla Recla Scopel, Stela Maris Aguiar Lemos
335
Instrumentos de avaliação e reabilitação nas afasias: revisão de literatura nacional
336
Interpretação de provérbios no envelhecimento
337
Intervenção fonoaudiológica em epilepsia do lobo frontal: relato de caso
Karine Schwarz; Amanda Lisbôa Marques da Silva, Mônica Carminatti, Carolina Louise
Cardoso, Barbara de Lavra Pinto Aleixo
Introdução: a epilepsia do lobo frontal é uma alteração neurológica com ativação da área
do córtex frontal, com repercussões neuropsicológicas importantes, entre elas, déficits na
memória de trabalho e na atenção, que são funções indispensáveis para os processos de
leitura, linguagem, pensamento e desenvolvimento da aprendizagem. Objetivo: descrever
a avaliação e o processo terapêutico fonoaudiológico em um caso de epilepsia do lobo
frontal, a fim de ampliar o conhecimento sobre o tratamento e o prognóstico dessa
afecção. Método: estudo de caso, realizado por meio da análise dos registros de
prontuário e das sessões semanais de terapia fonoaudiológica, com duração de 45
minutos, no período de março a junho de 2013, totalizando 13 atendimentos, no projeto
de extensão: Atendimento Fonaudiológico a Crianças com Deficiências, na clínica de
Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O paciente, L.J.B.P, 11
anos, do sexo masculino, apresenta epilepsia do lobo frontal, déficit de atenção como
comorbidade associada e faz uso de Carmazepina. O protocolo de avaliação utilizado foi
elaborado pelas autoras com base na Avaliação Fonoaudiológica Escolar do Método das
Boquinhas. Além disso, aplicou-se o CONFIAS (consciência fonológica: instrumento de
avaliação sequencial) e uma avaliação psicológica cognitiva (WISC-III). Resultados: foram
observadas alterações de memória de trabalho auditiva e visual; prejuízos relacionados à
memória anterógrada; déficit de consciência fonológica em todos os níveis avaliados e
dificuldades relacionadas à orientação espaço-temporal, reconhecimento de cores, letras
e de seus respectivos sons. Conforme avaliação psicológica cognitiva, L. apresenta QI
verbal: 70 – Limítrofe; QI Execução: 54 – Retardo Mental Moderado; QI Total: 59 –
Retardo Mental Leve; IFD: 51 – Retardo Mental Moderado; Potencial: 6 – Médio Inferior.
Na fonoterapia, objetivou-se o aprimoramento da consciência fonológica e a identificação
dos sons e grafemas vocálicos. Para tanto, utilizou-se atividades com pinturas, imagens,
recortes, músicas, vídeos, jogos e programas de computador. L. também realiza
atividades em casa diariamente, conforme orientação. Observou-se uma evolução lenta
na aquisição de novos conceitos e significados. Porém, por meio da repetição e
diversificação dos estímulos, constatou-se que o paciente adquiriu e armazenou novas
informações, conseguindo fazer associações corretas, o que contribuiu para a construção
de novos aprendizados. Discussão: a terapia fonoaudiológica foi o primeiro passo para a
evolução do aprendizado e melhora da qualidade de vida do paciente. A partir das
situações terapêuticas, observou-se que o paciente apresentou maior confiança em suas
capacidades e, por conseguinte, maior autonomia. Nesse sentido, evidenciou-se que a
persistência, a motivação, a experiência (prática) e o método são pontos fundamentais
para a melhora das habilidades de aprendizagem. Conclusão: a intervenção
fonoaudiológica demonstrou-se, neste primeiro momento, eficaz para este caso de
epilepsia de lobo frontal, auxiliando no aprimoramento da consciência fonológica e de
funções executivas como a memória de trabalho e, consequentemente, no processo de
aprendizagem.
338
Intervenção fonoaudiológica na panencefalite esclerosante subaguda: limites e
possibilidades
339
Intervenção fonoaudiológica no ambulatório de baixa visão infantil – relato de
experiência
Nayara Duviges de Azevedo; Simone Rosa Barreto, Jeyseane Ramos Brito, Josiane Célia
de Lima, Priscila Guimarães Kimura, Nayara Mota de Aquino, Renata Maria Moreira
Moraes Furlan, Galton Vasconcelos, Erika Maria Parlato-Oliveira
340
Intervenção fonoaudiológica no desenvolvimento de linguagem de prematuros
gemelares: apresentação de casos
Sarah Cueva C.S. de Araújo; Gabriela Juliane Bueno, Selma Mie Isotani, Jacy Perissinoto
341
Inventário fonológico de uma criança com síndrome de roberts
342
Investigação de habilidades comunicativas em pacientes com epilepsia
Noemi Takiuchi; Cristiane Stravino Messas, Christina Morotomi Funatsu Coelho, Raiene
Telassin Barbosa Abbas
343
Investigação de narrativas orais em crianças e adolescentes com desenvolvimento
típico de linguagem
344
Jogos com ilustração de personagens infantis como mediadores no trabalho com
os desvios fonológicos
345
Levantamento de protocolos e métodos diagnósticos do transtorno autista
aplicáveis na clínica fonoaudiológica
Thamyres Grazielle dos Santos Martins; Tábatta Martins Gonçalves, Cristiane Monteiro
Pedruzzi
346
Linguagem oral e habilidades metafonológicas em escolares com distúrbio
específico de linguagem
347
Maloclusão e desvio fonético: uma revisão integrativa da literatura
Lucineide Cristina Barbosa; Mirella Bezerra Rodrigues Vilela, Elisabeth Cavalcanti Coelho
348
Mapeamento da comunicação de idosos: compensação de perdas e manutenção da
funcionalidade
Leticia Lessa Mansur; Marcela Lima Silagi, Eliane Schochat, Aline Rufo Peres
349
Memória de curto prazo fonológica e vocabulário em crianças com distúrbio
específico de linguagem
Amália Maria Nucci Freire; Amalia Rodrigues, Ana Luiza de Souza Morrone, Gabriela Lolli
Tanese
350
Nível de escrita e habilidades de processamento auditivo de crianças com e sem
experiência musical
351
O impacto da severidade comunicativa de indivíduos autistas no nível de estresse
de seus pais.
Fernanda Dreux Miranda Fernandes; Thais Helena Ferreira Santos, Leticia Segeren,
Milene Rossi Pereira Barbosa
352
O papel do léxico e das pistas auditivas, visuais e audiovisuais na percepção da
fala
Introdução: A maioria dos estudos sobre percepção de fala considera que os mecanismos
acústico-auditivos são suficientes para que se dê a percepção da sonoridade da fala
(SANTOS, 2006; FICKER, 2003; PEREIRA, 2007; NOGUEIRA, 2009), no entanto, neste
estudo, assumimos que a percepção da fala apresenta uma natureza multimodal, a partir
da qual vários canais sensoriais se encontram integrados, tais como a audição e a visão
(Mc GURK e MAC DONALD, 1976; MASSARO; COHEN, 1983; KLUGE, 2004, 2009),
além disso, consideramos que a percepção pode ser afetada por aspectos relativos ao
léxico (BYBEE, 2001; DAMÁSIO, 2004). Objetivo:Assim considerando, temos por objetivo
analisar o papel do léxico e de pistas auditivas, visuais e audiovisuais na percepção das
oclusivas labiais e velares em crianças monolíngues do português brasileiro.
Metodo:Participaram da pesquisa 10 crianças alfabetizadas, de ambos os sexos, com
faixa etária entre 7 e 9 anos, nascidas e residentes na cidade de Fortaleza. Para seleção
da amostra, as crianças foram submetidas à avaliação auditiva, visual e de fala, para que
qualquer alteração dessas habilidades fosse excluída. A avaliação auditiva foi realizada
por meio de audiometria tonal e vocal e imitânciometria. A acuidade visual foi investigada
pela tabela de Snellen. A avaliação da fala foi realizada com o teste Avaliação Fonológica
da Criança (YAVAS et. al, 2001). Para a realização da coleta de dados utilizamos um
aplicativo para testes de percepção de estímulos – TPS (RAUBER; RATO; KLUGE;
SANTOS, 2012), software que permitiu a elaboração e a aplicação do teste de percepção
de fala. O teste utilizado foi o de identificação em três condições (auditiva, visual e
audiovisual). O teste formulado utilizou palavras e não palavras, além de palavras
distratoras, todas no padrão CVCV. Resultados:A análise foi feita com os dados gerados
pelo TPS em uma planilha que revelou as respostas nas três condições testadas. De
acordo com os dados já analisados, a condição audiovisual parece favorecer a percepção
da fala. Conclusão:As análises iniciais indicam ainda que não há diferenças significativas
nas respostas entre palavras e não palavras.
353
O projeto amplitude e o atendimento multidisciplinar no transtorno do espectro
autista
Tânia Augusto Nascimento; Talita de Freitas Cicuti, Roberta Issa Santana, Paloma
Moreno Martins Ferreira, Natany Compasso Seixas, Mariana Ueda de Souza Benevides,
Kamilly Santos Guedes Pereira, Isabella Faria, Fernanda Chequer de Alcântara Pinto,
Bruna Martins Araújo, Ana Paula Alves de Sousa
354
O uso da retextualização como estratégia nas terapias fonoaudiológicas com
sujeitos surdos
Ana Cristina Guarinello; Débora Pereira Cláudio, Priscila Soares Vidal Festa, Hugo
Amilton Santos de Carvalho, Ana Paula Berberian, Giselle Massi
355
O uso do dispositivo speecheasy na terapia da gagueira desenvolvimental
persistente: relato de caso
Cláudia Fassin Arcuri; Eliane Regina Carrasco, Ana Maria Schiefer, Marisa Frasson de
Azevedo
356
Ocorrência de alterações de linguagem em crianças prematuras de 12-36 meses de
idade cronológica
357
Os afásicos consideram prazerosas atividades de comunicação do cotidiano?
Leticia Lessa Mansur; Marcela Lima Silagi, Sueli Aparecida Zampieri, Priscilla Donaire
Brasil
358
Parâmetro de tempo para implementação do picture exchange communication
system-pecs em crianças autistas
359
Parceria da fonoaudiologia com terapia comportamental no atendimento de
crianças com transtornos do espectro autista
Tânia Augusto Nascimento; Talita de Freitas Cicuti, Paloma Moreno Martins Ferreira,
Luma Fernandes Prexedes, Kathia de Souza Cordeiro, Kamilly Santos Guedes Pereira,
Juliana Maiara Silva Ribeiro, Gabriela Oliveira Castro, Fernanda Chequer de Alcântara
Pinto, Denise Miranda de Oliveira Donadio, Bruna Martins Araújo
Introdução: O quadro clínico do autismo infantil é descrito como uma síndrome, com início
precoce, caracterizada por perturbações das relações afetivas com o meio, inabilidade no
uso da linguagem para a comunicação, presença de boas potencialidades cognitivas;
aspecto físico aparentemente normal e comportamentos ritualísticos. Entre os sinais e
sintomas apresentados, nota-se grande déficit na comunicação e linguagem, sendo estes
importantes parâmetros para o diagnóstico diferencial e adequado. Os distúrbios de
comunicação podem envolver aspectos verbais e não verbais, assim como atingir os
subsistemas da linguagem, entre eles, o morfológico, o sintático e o semântico. Existe
uma grande variedade de fundamentos teóricos, que pautam as abordagens terapêuticas
com autistas, porém, os objetivos finais são os mesmos: melhorar as habilidades
linguístico-cognitivas, sociais e comportamentais.Sabe-se que a terapia comportamental,
que utiliza a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), é um dos métodos mais eficazes
no atendimento desses casos. Nesta abordagem comportamentos indesejados (como
estereotipias e falta de atenção) podem ser retirados ou extintos e comportamentos
desejados (como contato visual e intenção comunicativa) podem ser reforçados e
modelados por meio de estratégias como: ecóico, imitação motora, mandos, tatos,
intraverbais, pareamento de estímulos, entre outras técnicas, assim, é possível utilizar
estes pressupostos na intervenção fonoaudiológica. Objetivo: Caracterizar e descrever o
atendimento fonoaudiológico de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA),
baseada nos preceitos da ABA,envolvendo uma equipe multiprofissional. Método: A partir
da criação de um currículo subdivido em programas e habilidades essenciais para o
desenvolvimento infantil, o atendimento foi estruturado e dividido entre as áreas da
fonoaudiologia, psicologia e pedagogia. O seguimento clínico inicia-se após avaliação de
cada área, sendo as crianças diagnosticadas em serviços específicos e inseridas nas
terapias baseadas no sistema ABA. Os atendimentos são realizados individualmente em
sessões com duração de 50 minutos, duas vezes por semana e as terapias seguem
estruturadas com um profissional e um estagiário auxiliando a criança através de uma
hierarquia de ajudas onde o objetivo final é garantir respostas independentes e
consequentemente o aprendizado do paciente. O sistema estruturado e hierarquizado é
adaptado e adequado a cada criança, envolvendo amplo número de ações e estratégias
que compõe os objetivos diários e semestrais. Resultado: O atendimento em parceria com
as equipes de psicologia e pedagogia, associada aos preceitos da Análise do
Comportamento Aplicada permitem que a cada atendimento sejam observadas e
trabalhadas uma ampla quantidade de habilidades. Em cada sessão são realizadas
marcações referentes aos estímulos treinados e às respostas obtidas. Somente após a
obtenção de respostas independentes estes estímulos são trocados. Desta forma, é
possível acompanhar a evolução de cada criança e estabelecer metas específicas para
cada sessão, o que favorece também as orientações específicas realizadas com os pais.
Conclusão: A análise do comportamento possibilita que o fonoaudiólogo consiga entender
a função de comportamentos inadequados, o que facilita o direcionamento dos mesmos,
favorecendo o bom andamento da sessão e a aquisição de novas habilidades.
360
Percepção da fluência na leitura de crianças com dislexia e com desenvolvimento
típico: análise multilinguística
Muriel Lalain; Luciana Mendonça Alves, Alain Ghio, César Reis, Letícia Correa Celeste
361
Perfil comparativo do nível de letramento de acadêmicos ingressantes e
concluintes do ensino superior
362
Perfil comportamental na doença de huntington: relato de casos de uma mesma
família
363
Perfil dos pacientes com distúrbios da linguagem atendidos nos setores de
fonoaudiologia e psicologia
Ana Cristina de Albuquerque Montenegro; Rafaella Asfora Siqueira Campos Lima, Luziara
Bormann Goes
Introdução: A Fonoaudiologia é uma ciência que possui interface com várias disciplinas.
Na área de linguagem infantil é comum haver interação com a Psicologia do
desenvolvimento e da aprendizagem. A aquisição e desenvolvimento da linguagem oral
requerem dentre outros fatores um bom desenvolvimento no aspecto
Psicológico.Objetivo: Este estudo tem como objetivo demonstrar o perfil dos pacientes
atendidos no ambulatório de uma Instituição da cidade do Recife, que apresentavam
transtornos no desenvolvimento da linguagem oral ou escrita e que foram encaminhados
ao setor de Psicologia da Instituição após avaliação fonoaudiológica. Metodo: Para este
trabalho, foi realizado um levantamento do banco de dados do setor de Fonoaudiologia da
Instituição, do período de 2003 a 2013, sendo selecionadas as crianças com idade de 0 a
12 anos, com queixa de alterações da linguagem oral ou escrita, totalizando 123 crianças.
Para a construção do perfil, foram selecionadas as variáveis: idade, gênero e hipótese
diagnóstica. Foi utilizada a análise estatística descritiva dos dados.Resultados: Os
resultados demonstraram que das 184 crianças atendidas no setor de Fonoaudiologia da
Instituição, 123 (66,85%) crianças apresentavam queixa de alteração na linguagem. Deste
total de 123 crianças, 35 (28,45%) foram encaminhadas ao setor de Psicologia. Quanto às
variáveis analisadas neste subgrupo, foi constatado que houve uma predominância de
crianças do sexo masculino 22 (62,85%). O grupo etário em que mais houve
encaminhamento para o setor de psicologia foi entre 1:0 e 4:11 anos totalizando 57% das
crianças. Quanto à hipótese diagnóstica, o grupo de crianças em que mais ocorreram
encaminhamentos do setor de psicologia foi: desvio fonológico (25,71%) e retardo no
desenvolvimento de linguagem simples (25,71%) ou associado a transtorno global do
desenvolvimento (22,85%). Além disso, houve encaminhamentos de crianças com
hipótese diagnóstica de dificuldade de leitura e escrita (5,71%), distúrbio de leitura e
escrita (14,28%), disfluência fisiológica (2,85%) e gagueira (2,85%). Assim, observa-se
que crianças do sexo masculino, com idade entre 1:0 a 4:11 anos, com hipótese
diagnóstica de desvio fonológico ou retardo no desenvolvimento da linguagem simples ou
associado a transtorno global do desenvolvimento formam o perfil de pacientes com maior
índice de encaminhamentos ao setor de Psicologia. Conclusão:Observa-se que há uma
estreita relação entre o desenvolvimento do aspecto psicológico e o desenvolvimento da
linguagem oral. Espera-se que este trabalho possa contribuir para um maior
alcance/entendimento da interrelação entre a Fonoaudiologia e a Psicologia.
364
Perfil fonoaudiológico e comportamental de um caso com diagnóstico de esclerose
tuberosa
Tâmara Andrade Lindau; Tamires Soares, Dionísia Aparecida Cusin Lamônica, Célia
Maria Giacheti
365
Perfil fonoaudiológico na ataxia de friedreich: relato de caso
Tâmara Andrade Lindau; Tamires Soares, Roberta Gonçalves Silva, Célia Maria Giacheti
366
Performance de pré - escolares brasileiros no dyslexia early screening test:
achados preliminares
Introdução: Crianças com dificuldade de aprendizagem estão cada vez mais presentes
nas instituições escolares. Estudos epidemiológicos indicam que a prevalência dos
transtornos específicos de leitura está entre 5 e 10% da população mundial em idade
escolar. A identificação precoce destes distúrbios possibilita uma intervenção mais eficaz,
além de prevenir consequências emocionais e comportamentais. É imprescindível,
portanto,identificar a dislexia o mais cedo possível de modo que a intervenção possa ser
iniciada visando prevenir as dificuldades de leitura. Instrumentos padronizados são
bastante utilizados como auxiliares nos processos de avaliação e diagnostico. O Dyslexia
Early Screening Test (DEST-2) é um instrumento de triagem capaz de identificar
dificuldades características da dislexia, além de fornecer informações importantes que
podem ser utilizadas para planejar processo terapêutico. O objetivo é identificar as
crianças de risco para possibilitar a intervenção adequada antes que elas iniciem um
processo de insucesso acadêmico e baixa autoestima. Objetivo:Traduzir e adaptar o
DEST-2 para verificar sua aplicabilidade e eficácia em pré-escolares falantes nativos do
português brasileiro.Metodologia:O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
responsável sob o protocolo de pesquisa 014/12. Participarão desta pesquisa 200
crianças, de ambos os gêneros, com idades entre 4 anos e 6 meses e 6 anos e 5 meses,
regularmente matriculadas em escolas municipais da Grande São Paulo. Do total de
participantes 40 constituirão o grupo controle (estudo piloto) e 160 o grupo teste. A
pesquisa possui 3 etapas: na primeira foram realizadas a tradução e retrotradução do kit
completo do DEST-2. A segunda etapa (estudo piloto) visa garantir a qualidade da
tradução e a aplicabilidade das provas em falantes nativos do português brasileiro. Desta
forma, apenas as crianças que possuem desempenho adequado nas provas de fonologia
e vocabulário do ABFW Teste de Linguagem Infantil realizam as provas traduzidas do
DEST-2. Na última etapa serão aplicados ambos os testes (DEST-2, fonologia e
vocabulário do ABFW teste de linguagem infantil) em uma amostra randomizada de 160
crianças. Os sujeitos que falharem no DEST-2 terão os resultados das provas de
Fonologia e Vocabulário analisados para confirmar a existência de déficits e desta forma
verificar a efetividade do teste para crianças brasileiras. Os dados obtidos receberão
tratamento estatístico para responder aos objetivos propostos. Resultados: Até o
momento participaram da pesquisa 20 crianças de ambos os gêneros, sem queixas
relacionadas à aprendizagem e sem indicadores de alterações da visão, audição,
distúrbios neurológicos, cognitivos ou comportamentais. Todos os participantes
apresentaram desempenho dentro do padrão de normalidade para sua faixa etária nas
provas de Fonologia e Vocabulário do ABFW teste de linguagem infantil, bem como nas
provas traduzidas do DETS-2.Conclusões: Os achados preliminares indicam que o DEST-
2 é eficaz na identificação de alterações características da dislexia em crianças falantes
nativas do português brasileiro, sem necessitar de mudanças significativas na sua
tradução.
367
Pesquisa bibliográfica sobre a utilização do nasômetro
Beatriz dos Santos Carvalho; Joviane Bonini, Marileda Barichello Gubiani, Marizete Ilha
Ceron, Helena Bolli Mota, Márcia Keske-Soares, Carolina Lisboa Mezzomo
Introdução: Cada vez mais está se buscando métodos objetivos para a avaliação de
pacientes com desordens de fala. Uma das medidas que se investiga é a nasalidade, que
é derivada da relação entre a produção da energia acústica nas cavidades nasal e oral
dos falantes. Essa avaliação, até então era realizada de modo subjetivo. A partir da
evolução tecnológica incidiu o uso de intrumentos objetivos na avaliação da fala; no caso
da nasalidade, passou-se a utilizar o nasômetro.O nasômetro pode ser empregado para
fins de avaliação, por meio da análise de nasalância padronizada através de leitura de
passagens ao longo do tempo por até 100 segundos. O aparelho é utilizado para a
gravação e visualização dos parâmetros acústicos da fala relacionados à nasalância.
Ainda, pode ser usado durante a terapia, pois pode ser um importante instrumento de
feedback visual para pacientes com transtornos de nasalidade. Objetivo: Realizar
levantamento bibliográfico sobre a utilização do nasômetro. Métodos: Foi realizada uma
pesquisa bibliográfica em maio de 2013, com busca na base de dados PubMed. Foram
utilizados como descritores as expressões: “Nasometer”, “Speech”, “Therapy”, “Speech
Disorder”, “Voice” e “Stomatognathic System” em associações. Foram selecionados
artigos nacionais e internacionais publicados nos últimos 5 anos. Os critérios de inclusão
estabelecidos para a seleção dos textos foram: ser artigo científico e indexado na base de
dados mencionada, ter sido publicado nos últimos 5 anos e estar de acordo com os
descritores acima. Resultados: Foram encontrados 61 trabalhos de acordo com os
descritores citados acima. Cruzando-se os descritores “nasometer” e “speech”, foram
localizados 24 artigos. A partir dos descritores “nasometer” e “therapy”, localizou-se nove
artigos científicos. Utilizando-se os descritores “nasometer” e “speech disorder”, foram
buscados 11 artigos. Foram encontrados 13 artigos com os descritores “nasometer” e
“voice”. Quatro artigos resultaram da busca pelos descritores “nasometer” e
“stomatognathic system”. Vários destes artigos repetem-se, mesmo com a mudança de
combinações com os descritores pesquisados. Dos 61 trabalhos localizados, 21 foram
encontrados em mais de um descritor. Dessa forma, após serem filtrados os artigos
repetidos foram localizados um total de 40 trabalhos com o tema “nasometer” referente
aos últimos cinco anos. Conclusões: Embora a evolução tecnológica esteja contribuindo
muito para a avaliação objetiva da fala, o volume de pesquisas disponíveis utilizando
estas tecnologias, mais especificamente o nasômetro, ainda é pequeno. No entanto,
observa-se uma tendência científica de investimentos nesta área em algumas
universidades brasileiras. Assim, infere-se que o volume de pesquisas científicas
utilizando o nasômetro deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos, trazendo
grandes contribuições para o conhecimento dos parâmetros de nasalidade e sua
aplicação na avaliação, diagnóstico e tratamento nas alterações de fala.
368
Porque buscar tratamento fonoaudiológico: o ponto de vista dos pacientes adultos
369
Possíveis relações entre a pesquisa psicolinguística sobre o del e a prática
fonoaudiológica
370
Precursores de decodificación y comprensión lectora en pre-escolares con tel
Carmen Julia Coloma Tirapegui; Carola Holtheuer, Macarena Silva, Sandra Palma
Introducción: Los niños con Trastorno Específico del Lenguaje (TEL) presentan problemas
de lenguaje que no se pueden atribuir a un déficit específico ya sea sensorial, emocional,
neurológicos, cognitivo o de otro tipo. Además de su problema de lenguaje oral pueden
evidenciar dificultades en su aprendizaje lector; sin embargo, la relación entre su déficit
lingüístico y las posteriores dificultades lectoras aún se discuten. Así, al estudiar el
desempeño de los niños con TEL en lectura se ha determinado que presentan mayores
problemas en la comprensión lectora que en decodificación. También se ha establecido
que la severidad y la persistencia del problema lingüístico impacta en su aprendizaje de la
lectura. En cuanto a los precursores, se ha advertido que la conciencia fonológica es
fundamental para el aprendizaje de la decodificación. En cambio, en la comprensión
lectora otras habilidades lingüísticas como la sintaxis y el vocabulario son importantes en
los niños con TEL. En síntesis, los menores con TEL son un grupo de riesgo para el
aprendizaje lector. Por ello, estudiar los precursores de lectura contribuye al apoyo del
problema lector de los niños con TEL. ObjetivoGeneral: Estudiar precursores de
decodificación y comprensión lectora en pre-escolares con TEL. Método: 1. Participantes
Participaron 26 pre-escolares que asisten a escuelas con proyectos de integración. Todos
presentaban habilidades cognitivas no verbales adecuadas para su edad. Ellos fueron
distribuidos en dos grupos: a) Grupo en estudio: 13 pre-escolares con TEL (7 niñas y 6
niños), cuyo promedio de edad es de 4 años, 2 meses. b) Grupo control: 13 pre-escolares
con desarrollo típico de lenguaje (6 niñas y 7 niños) y su promedio de edad es de 4 años,
5 meses. @Normal = 2. Instrumentos de evaluación Decodificación: @Normal =
Precursores de la decodificación: conciencia fonológica y acceso al léxico. Conciencia
fonológica se evaluó con la Prueba destinada a Evaluar Habilidades Metalingüísticas de
Tipo Fonológico. El acceso al léxico se midió mediante Rapid Automatic Naming (RAN).
Comprensión Lectora: Precursores de la comprensión lectora: léxico receptivo e
inferencias. Para el léxico se aplicó el Test de Vocabulario en Imágenes (TEVI). Las
inferencias se midieron con preguntas sobre un relato elaborado para esta investigación.
Resultados En relación a los precursores de la decodificación, se advirtieron diferencias
en conciencia fonológica. En cuanto a los precursores de la comprensión lectora, los
grupos se comportaron de manera similar aun cuando los promedios de los niños con TEL
fueron menores que los del grupo control (vocabulario receptivo: TEL=33.5, control=38.3;
inferencias: TEL=4.9, control=6.2). Conclusión Se corrobora la dificultad en conciencia
fonológica de los pre-escolares con TEL. No obstante, no se constatan las dificultades con
los precursores de la comprensión lectora.
371
Prematuridade e desenvolvimento da linguagem
Lisiane Lieberknecht Siqueira; Ana Clara de Oliveira Varella, Gabriela Decol Mendonça,
Émille Dalbem Paim
372
Presença de queixa escolar referida por indivíduos com sinais da síndrome
velocardiofacial
Carla Franciele Souza Garcia; Katia Flores Genaro, Giovanna Rinalde Brandão
373
Prevalência das alterações específicas do desenvolvimento da linguagem em
crianças de um centro educacional de belo horizonte
Rita de Cássia Duarte Leite; Débora Helena Lote dos Santos Dutra, Maryane Paula
Santos
374
Principais alterações de linguagem pós-acidente vascular encefálico recente
Marina Padovani; Daniela Tonellotto, Patrícia Gregório, Mayra Venegas, Daniela Ruegg,
Rosana Tiepo Arévalo
375
Produção oral e gestual durante tarefa de nomeação de substantivos na Síndrome
de Down
Introdução: A criança com síndrome de Down (SD) faz uso dos gestos de maneira a,
muitas vezes, predominar sobre a utilização de vocábulos e não como apoio à
comunicação oral, como acontece com as crianças com desenvolvimento típico (DT).
Observa-se que os gestos permanecem por tempo mais prolongado e seu repertório de
gestos representativos é mais reduzido. A literatura, em geral, ao abordar a relação entre
gestos e desenvolvimento de linguagem na criança com SD e ao comparar os dados com
outras populações, toma como referência idades até 36 meses, quando muito 48 meses.
São poucos os estudos que se dedicam a tal análise a partir dessa idade. Objetivo:
investigar a produção lexical/substantivos na SD e o papel dos gestos no processo desse
desenvolvimento. Métodos: participaram 15 crianças com idades entre 4 e 9 anos, no
período pré-operatório, com preferencia pela comunicação oral. Foram submetidas a
prova de nomeação, em que foram selecionados 44 substantivos do ABFW. A aplicação
foi individual, realizada sempre pela pesquisadora, gravada em vídeo e transcrita em
protocolo específico. Os participantes deveriam responder à pergunta “o que é isso?” a
cada figura apresentada. Foram analisadas as emissões orais (acertos e erros
semânticos, visuais e outros tipos), os gestos utilizados (dêiticos, representativos,
convencionais e enfáticos) e as modalidades de combinações entre ambas as formas
(repostas bimodais iguais ou diferentes, corretas ou incorretas em relação aos
substantivos-alvo). Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística apropriada,
com análise descritiva e distribuição de frequências. Resultados: a média de acerto para
cada substantivo foi de 12,68 (±3,881) e o mínimo de acertos para um substantivo foi 3 e
o máximo foi 19. Entre os erros, a maior média está relacionada com os semânticos (3,91
±3,456). Os gestos mais utilizados foram os representativos, com média de 0,75 (±0,991).
Na utilização de gestos simultâneos à emissão oral, os dêiticos apresentaram média de
1,00 (±1,479). Quanto aos representativos, a predominância foi de utilização de gesto
igual ao conteúdo do substantivo, mas com expressão oral incorreta (média 0,89 ±1,298).
Enfatiza-se que os valores foram obtidos a partir das emissões de todos os participantes
em relação aos 44 substantivos-alvo. Conclusão: evidencia-se a baixa frequência de uso
de gestos como substitutos aos substantivos. É importante ressaltar a utilização de gestos
representativos em combinação com emissões orais incorretas ao se considerar o
processo terapêutico com relação ao desenvolvimento lexical dessa população.
376
Produção oral e gestual durante tarefa de nomeação na síndrome de down: ênfase
em verbos
377
Produtividade linguística em narrativas orais e escritas de escolares do ensino
fundamental
Maira Barbosa Lobo; Adriana de Souza Batista Kida, Carolina Alves Ferreira de Carvalho,
Clara Regina Brandão de Ávila
378
Promoção de habilidades em contexto lúdico – mediação do adulto voltada para
crianças com alterações no desenvolvimento
379
Proporção e gravidade do transtorno fonológico em escolares do ensino
fundamental da cidade de maceió-al
Estela de Melo Silva; Renata Kiara Lins Valença, Vanessa Porangaba de Medeiros,
Ranilde Cristiane Cavalcante Costa
380
Proposta do teste de figuras para discriminação fonêmica – tfdf
381
Protocolo de triagem de alterações de fala para crianças com paralisia cerebral
Luiza Teles Barbosa Mendes; Danielle Muhm Vöelin, Marianna Ribeiro Torres, Carolina
Castelli Silvério
382
Qualidade de vida e independência funcional em idosos que residem em instituição
de longa permanência
Danielle de Oliveira Bonfim; Giuliana Reckmann Steiner, Marina Aparecida da Silva, Stella
Donadon Santoro, Célia Maria Giacheti
383
Reconhecimento do próprio nome por bebês de 6 e 7 meses de idade.
Aline Moreira Lucena; Cynthia Ribeiro do Nascimento, Nárli Pereira Machado, Patrícia
Reis Ferreira, Raíssa de Melo Costa, Renato Oliveira Alves, Sirley Alves da Silva
Carvalho, Erika Maria Parlato-Oliveira
384
Reflexões sobre as interações linguísticas entre familiares ouvintes e seus filhos
surdos
Ana Cristina Guarinello; Débora Pereira Cláudio, Priscila Soares Vidal Festa
385
Relação do tempo de terapia fonoaudiológica e de diagnóstico com autoeficácia
dos pais de autistas
386
Relação entre alterações do desenvolvimento neuropsicomotor e do
processamento auditivo central em pré escolares
Meirivan dos Santos Rosário Oliveira; Raphaela Barroso Guedes Granzotti, Carla Patrícia
Hernandez Alves Ribeiro César, Aline Cabral de Oliveira Barreto, Olga Elisabete de
Oliveira Brito
387
Relação entre vocabulário receptivo e expressivo em crianças com transtorno de
linguagem
Lais Carvalho Mazzega; Fernanda Chequer Pinto, Aline Cristina Fiori Rocha Souza, Aline
Citino Armonia, Ana Carina Tamanaha, Jacy Perissinoto
388
Relato de experiência de um grupo de pais para estimulação de linguagem
Gislaine dos Santos Andrade; Luciene Pereira Peixoto dos Santos, Marina Padovani,
Taísa Giannecchini
389
Relatos de idosas saudáveis sobre sua memória nas atividades de vida diária
390
Repercussões da experiência educacional no desenvolvimento do vocabulário
expressivo e receptivo em crianças.
391
Resultados positivos na reabilitação de leitura de um paciente com traumatismo
cranioencefálico.
Marcela Lima Silagi; Joana Lare, Gabriela Silveira, Leticia Lessa Mansur
392
Sensibilidade e especificidade de testes de linguagem para identificação de
comprometimento cognitivo leve em idosos.
393
Ser gago: um estudo sobre a ameaça dos estereótipos
Thiago Gonçalves de Jesus; Susana de Carvalho, Claudia Santana Santos, Lucas Xavier
Rocha de Souza
394
Severidade da gagueira e qualidade de vida a partir dos componentes da CIF
395
Sinais sugestivos de stress infantil em crianças com transtornos de aprendizagem
396
Síndrome de Joubert: alterações fonoaudiológicas identificadas a partir de triagem
em ambiente hospitalar
397
Sobre o trabalho com gêneros textuais nos distúrbios de leitura e escrita.
398
Sono-vigília e qualidade de vida em indivíduos com paralisia cerebral
399
Tecnologia assistiva: desenvolvimento de aplicativo para ipad sobre comunicação
suplementar e/ou alternativa.
400
Telessaúde e fonoaudiologia: novas portas para o saber
Taísa Giannecchini Souza Neiva; Luciana Paula Maximino, Luciana Amorim Ladeira,
Caroline Luz, Cristina Silva
401
Terapia com pares mínimos em casos de apraxia de fala e disartria associadas
Gabriela Silveira; Leticia Lessa Mansur, Janaína de Souza Simões, Marcela Lima Silagi
402
Terapia com verbos e melhora do discurso oral na afasia de broca: relato de caso
Marcela Lima Silagi; Thaís Lima Ferreira, Caio Henrique de Carvalho Assunção, Leticia
Lessa Mansur
403
Terapia em grupo de afásicos: relato de experiência
Lenisa Brandão; Raquel Andressa dos Santos Barraza, Nicolli Bassani de Freitas, Tatiane
Machado Lima, Sérgio Duarte Júnior, Magda Aline Bauer
404
Terapia fonoaudiológica em criança com baixa visão e suspeita de autismo.
Josiane Célia de Lima; Erika Maria Parlato-Oliveira, Galton Vasconcelos, Renata Maria
Moreira Moraes Furlan, Nayara Mota de Aquino, Nayara Duviges de Azevedo, Priscila
Guimarães Kimura, Jeyseane Ramos Brito, Simone Rosa Barreto
405
The genetic causes of specific language impairment (sli) in an isolated chilean
population
Specific Language Impairment (SLI) is diagnosed in children who experience profound and
persistent language deficits despite otherwise normal development and no obvious
explanatory factors. This disorder affects 5-8% of preschool children and has a complex
genetic aetiology. SLI is highly heritable and twin studies indicate a strong genetic basis.
Nonetheless, the underlying genetic mechanisms are expected to be multifactorial and, to
date, only three risk variants have been identified. One way to increase the power to
detect contributory genetic factors is to study isolated populations derived from relatively
recent shared ancestors (founder populations). In 2008, Villanueva described a founder
population with a particularly high incidence of SLI (10 times that expected). They inhabit
the Robinson Crusoe Island, which lies 677km to the west of Chile and was colonised in
the late 19th century by 8 European and Amerindian families. 77% of the current island
population have a colonising surname. More than 80% of language impaired individuals
can be traced to a pair of founder brothers. This population thus has a short (5-
generations) and well-documented history and represents a unique resource which could
make valuable contributions to the elucidation of genetic mechanisms underpinning SLI.
We applied exome sequencing technologies to five language-impaired individuals from this
population and identified nine non-synonymous coding changes or splice site mutations
that were present in at least three of the five affected individuals sequenced. Sequencing
of the entire cohort identified a single synonymous coding change that was significantly
more frequent in cases than controls (genotype frequencies of 46% and 12% respectively,
p=4.48 × 10-5). We suggest that this rare coding variant may contribute to the elevated
frequency of SLI in this population.
406
Uso de drogas na gestação e a relação com a fonoaudiologia – estudo de caso
O uso de drogas durante a gestação traz prejuízos importantes tanto fisiológicos quanto
psicossociais para a criança. Pesquisas demonstram que cigarros, álcool e maconha são
as três drogas mais consumidas entre as gestantes. A exposição ao álcool tem sido
associada com déficits nos seguintes domínios: desenvolvimento intelectual em geral,
memória, habilidades visuais / espaciais, atenção, impulsividade e de resolução de
problemas. A maconha provavelmente é a droga ilícita de maior uso durante a gestação;
seu princípio ativo é o delta-9-tetra- hydrocannabinol (THC), substância lipossolúvel que
atravessa com facilidade a barreira placentária, porém há poucas evidências dos efeitos
da maconha e seus metabólitos sobre o feto e sobre as crianças nascidas de mães
usuárias. O objetivo deste estudo de caso foi descrever a importância da investigação do
histórico clínico e familiar de uma criança de 6 anos de idade, com queixa de disfluência,
com mãe usuária de drogas, atendida na Clínica de Fluência da Clínica de
Fonoaudiologia da FOB-USP. Na anamnese, a mãe relatou ser fumante e ingerir bebidas
alcoólicas desde a adolescência, ao engravidar do paciente, nos primeiros meses de
gestação, começou a se desentender com o cônjuge, aumentou a quantidade de tabaco e
álcool e começou a fazer uso de maconha, continuando o uso até o dado momento. Aos 7
meses de gestação, alegando desconforto gestacional, a mesma utilizou chás abortivos,
além de dar socos na própria barriga enquanto ficava deitada para acelerar o nascimento
da criança (sic), que nasceu a termo por meio de parto normal. Após o nascimento, o
bebê foi rejeitado pela mãe, alimentado com o leite materno da mesma até os 10 dias de
vida e cuidado por parentes que residia em conjunto na moradia e a ajudava com os
demais filhos. Todavia, assumiu os cuidados aos poucos, sendo que é a mãe quem o
acompanha na intervenção atualmente. A criança começou andar aos 12 meses, falar aos
3 anos, apresentando fala ininteligível, possui comportamento agitado e nervoso. No
ambiente escolar, não possui contato com as demais crianças, por questão de timidez. Na
avaliação fonoaudiológica, foram aplicados Stuttering Severity Instrument (S.S.I), Teste de
Linguagem Infantil (ABFW): prova de Fonologia, Vocabulário e Fluência e Protocolo de
Habilidades Comunicativas verbais. A criança apresentou gagueira de grau leve,
simplificações fonológicas e vocabulário aquém do esperado para a idade, dificuldade em
manter turnos comunicativos e narrativa com linguagem simplificada, fazendo o uso de
gestos. Na ausência materna em terapias, percebe-se que o paciente apresenta um
padrão comportamental mais afetuoso, desinibido e com menor quantidade de
disfluências gagas. Mesmo salientando aos responsáveis a importância de um
comportamento diferencial perante a presença do paciente e orientados quanto táticas
plausíveis para aumentar o vocabulário e fluência de fala, não houveram mudanças. A
mãe alegou fazer tratamento medicamentoso acompanhado por médicos para
recuperação do uso das drogas. Logo, torna-se evidente que tanto o consumo do álcool,
quanto a exposição concomitante ao tabaco e maconha, afetam especificamente a
memória e em consequência a aprendizagem, sendo assim extremamente necessário o
acompanhamento multiprofissional dessas crianças.
407
Uso de palavras de classe fechada e trabalho com narrativa na síndrome de down
Rosangela Viana Andrade; Paula Lima Cortiñas, Gabriela Gonçalves Tupinelli, Suelly
Cecilia Olivan Limongi
408
Variações semânticas nos enunciados de crianças em processo de
desenvolvimento da linguagem oral: estudo preliminar
409
Velocidade de fala e frequência de rupturas em adultos mineiros.
Introdução: A fluência da fala é variável de indivíduo para indivíduo e pode ser analisada
quanto aos parâmetros de velocidade de fala, tipologia e frequência das rupturas. Essa
análise permite verificar a habilidade e maturidade linguística dos indivíduos. Objetivo:
Caracterizar a velocidade de fala e frequência de rupturas em adultos falantes da variante
mineira do Português Brasileiro, bem como verificar o efeito da idade. Metodologia: Trata-
se de estudo observacional do tipo transversal com seleção de amostra por conveniência.
Participaram 123 adultos fluentes, falantes da variante mineira do português brasileiro,
com faixa etária de 18 a 59 anos de idade, sendo 47 do gênero masculino e 76 do gênero
feminino. Os participantes foram agrupados de acordo com a faixa etária: 18 a 29 anos;
30 a 39 anos; 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. Os critérios de inclusão foram: ausência de
queixa pessoal e/ou familiar de gagueira e outros distúrbios da comunicação; ausência de
alteração neurológica e/ou doença psiquiátrica; e que tenham realizado atendimento
fonoaudiológico e/ou psiquiátrico anterior. Todos os participantes nasceram e residiram
em Minas Gerais pelos últimos 10 anos. Os procedimentos de coleta e análise das
amostras de fala foram os propostos pelo Protocolo de Avaliação da Fluência da Fala,
sendo selecionadas para o estudo as medidas de velocidade de fala em palavras e
sílabas por minuto e de frequência de rupturas (porcentagem de descontinuidade de fala
e porcentagem de disfluências gagas). Para verificar o efeito da idade em cada uma das
variáveis utilizou-se a análise de variância. O nível de significância adotado foi de 5%.
Resultados: Não foi observado efeito da idade para nenhuma das variáveis estudadas. A
média geral de velocidade de fala em palavras por minuto foi de 117,32 (F = 0,765;
p=0,820) e de 206,44 sílabas por minuto (F= 0,799; p= 0,777). A média da porcentagem
de descontinuidade de fala foi de 6,07% (F = 1,054; p= 0,411) e da porcentagem de
disfluências gagas 1,69% (F = 1,009; p= 0,473). Conclusão: Os resultados encontrados
sobre o efeito da idade sobre as tipologias das disfluências corroboram com outros
estudos, que indicam que o padrão das rupturas de fala não sofre grande variabilidade ao
longo dos anos. Não foi observado efeito da idade sobre a velocidade de fala, indicando a
fase de estabilização da maturação do sistema neuromotor encontrada em outros estudos
realizados com adultos.
410
Velocidade de leitura em escolares no 1° ao 9°ano
Denise Brandão de Oliveira e Britto; Elaine Monteiro Bueno, Ana Teresa Brandão de
Oliveira e Britto
411
Verificação da presença de fala ecolálica em indivíduos do espectro do autismo
412
Vocabulário e compreensão de leitura em crianças com transtornos de
aprendizagem
Débora Cristina Alves; Aparecido José Couto Soares, Hellen Cristiane Toledo, Maria
Silvia Cárnio
413
Vocabulário e memória verbal de curto-prazo em crianças com distúrbio específico
de linguagem
414
Vocabulário receptivo de crianças prematuras em idade pré-escolar
Camila da Costa Ribeiro; Caroline Kauffmann Becaro, Dionísia Aparecida Cusin Lamônica
415
Vocabulário receptivo e expressivo em indivíduos com a síndrome do X-frágil
Introdução: A Síndrome do X-Frágil, também conhecida como síndrome de Martin & Bell, é a causa
mais frequente de deficiência intelectual hereditária. Esta mutação pode ser encontrada em 1/2000
homens e 1/4000 mulheres. Como características gerais encontram-se déficit intelectual variado,
comportamentos do espectro autístico, alterações de linguagem, convulsões, estrabismo,
hipotonia, flacidez articular, perímetro cefálico aumentado, pés planos, face estreita, fronte alta,
lábios finos, macrodontia, macroorquidia, nariz longo e grande, palato arqueado e estreito,
prognatismo, anomalias de pavilhão aurricular e malformações cardíacas principalmente prolapso
de válvula mitral. Há expectativa de distúrbios graves da comunicação.Objetivos: Verificar
habilidades comunicativas de indivíduos que apresentam a síndrome do X-Frágil, considerando
vocabulário receptivo e expressivo. Metodologia: Cumpriram-se os princípios éticos (CAAE
03406812.2.0000.54.17). Participaram do estudo 10 adolescentes. Cinco apresentavam
diagnóstico clínico e molecular da síndrome do X-Frágil (GE) e cinco indivíduos com
desenvolvimento típico (GC) pareados quanto a sexo, idade cronológica e nível socioeconômico.
Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido os seguintes procedimentos de
avaliação foram aplicados: Anamnese com os responsáveis legais, Observação do
Comportamento Comunicativo (OCC) e Teste de Vocabulário por Imagem Peabody (TVIP). Foi
realizada análise estatística descritiva aplicação do Teste t para amostras independentes. Dos
participantes do GE 60% realizam processo de reabilitação e 100% frequentam escola com apoio
psicoeducacional. Todos do GE apresentavam Quociente intelectual abaixo de índices normativos.
Resultados: Na comparação entre os grupos obteve-se diferença estatística significante na OCC
(p= 0,04*) e TVIP (p= 0,00*). Constatou-se que o GE apresentou vocabulário receptivo aquém do
esperado e as habilidades comunicativas estavam com prejuízo significativo. Durante o processo
de avaliação observou-se que 60% da amostra apresenta comportamentos de balanceio e
flapping. Na OCC foi observado que o GE apresentou consistentemente dificuldades para
participação de atividades dialógicas, respeito de turno, narrativa, compreensão de ordens
complexas, estruturação de frases, e tempo de atenção reduzido. Foram observadas produção de
frases simples, dificuldade de nomeação; manutenção de tópico conversacional; não realização de
sequências lógico-temporais. O vocabulário receptivo avaliado pelo teste TVIP mostrou-se restrito,
o qual obteve-se diferença estatística significante. Discussão e Conclusão: As dificuldades
comunicativas/linguísticas encontradas nos indivíduos com X-Fragil, reforçam achados da literatura
que evidenciam alterações significativas quanto a fala perseverativa, desorganização sintática e
baixa inteligibilidade de fala em alguns momentos. Estudos evidenciam que as alterações
referentes ao vocabulário receptivo e expressivo são decorrentes da estrutura de fala imatura,
deste modo o ambiente tende a influenciar no refinamento das habilidades, que se aprimoram a
cada dia por intermédio das trocas que eles estabelecem com meio. Uma restrição deste estudo
refere-se ao pareamento pela idade cronológica. Os indivíduos do GE apresentaram diferenças
significantes nas variáveis verificadas. Uma sugestão para próximo estudo é a comparação dos
grupos considerando o pareamento não pela idade cronológica, mas pela idade mental. A pesquisa
evidenciou que indivíduos com X-Frágil apresentam alterações importantes nas habilidades
comunicativas, que devem ser monitoradas, uma vez que estas trazem reflexos importantes nas
habilidades comunicativas, nos processos de aprendizagem e na qualidade de vida destes
indivíduos.
416
Vocabulário receptivo e expressivo: concordância da análise dos resultados
Marina Alves de Souza; Nathália de Jesus Silva Passaglio, Bárbara Amélia Costa
Pedrosa, Jordana Siuves Dourado, Stela Maris Aguiar Lemos
417
“Capacitando a espera”: relato de experiência da atuação junto a crianças em
espera por fonoterapia
Aline Tafarelo Vargas; Daniela Pottes de Souza Resende, Mariangela Barros Vergal,
Mirna Tordin Polli
418
“Adivinhas”: estratégia metalinguistica nas intervenções em linguagem com
crianças com deficits cognitivo-linguisticos
419
MOTRICIDADE OROFACIAL
Sandro Júnior Henrique Lima; Lucas Carvalho Aragão Albuquerque, Aline de Lima Lins,
Hilton Justino da Silva
420
Reabilitação fonoaudiológica em paciente jovem com paralisia facial central após
AVE
Natália Adalgiza de Souza Melo; Schirleyde Fabiana da Silva, Júlia da Silva Marinho Luiza
Maggioni, Luiza Maggioni, Catharina Ximenes de Moura
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) ou, como conhecido popularmente por
derrame cerebral ou trombose define-se pela perda rápida das funções neurológicas, que
acontece em função do processo de isquemia ou hemorragia, respectivamente
entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos que irrigam o cérebro. A paralisia facial
é uma das principais alterações fonoaudiológicas encontradas em pacientes com
sequelas de AVE, na qual a pessoa perde a possibilidade da comunicação não verbal, ou
seja, das informações fornecidas ao interlocutor que apenas as palavras expressas
oralmente não são capazes de transmitir. O fonoaudiólogo por ser um profissional que lida
diretamente com a comunicação, sente-se motivado a colaborar com o atendimento de
pacientes com paralisia facial, tanto na verificação do dano ocasionado a essa
musculatura e as funções a ela ligadas, bem como a possiblidade de atuação, no intuito
de diminuir as alterações encontradas. Objetivo: Descrever os principais achados na
avaliação de uma paciente com paralisia facial central e afasia após AVEI, relatando as
evoluções obtidas através da terapia fonoaudiológica. Métodos: Trata-se de um estudo de
caso, de uma adolescente de 16 anos de idade, do sexo feminino, com o diagnóstico
médico de endocardite de válvulas mitral, AVEI (em território médio) e diagnóstico
fonoaudiológico de paralisia facial central e afasia global, internada em um hospital
público de referência na cidade do Recife (PE). Inicialmente foi realizada a avaliação
clínica fonoaudiológica no leito, bem como a avaliação funcional da musculatura facial,
das estruturas do sistema estomatognático e da linguagem. Sendo verificado:
Hemiparesia em dimidio direito, alteração das funções estomatognáticas e
comprometimento da escrita, linguagem expressiva e receptiva. A terapia para paralisia
facial consistiu na realização de alongamento da musculatura facial extra e intra-oral com
estimulação da sensibilidade facial, exercícios isométricos, isotônicos e isocinéticos que
visaram aumento da mobilidade, do tônus e da força das estruturas estomatognáticas,
realização de diferentes expressões faciais e exercícios de nomeação, escrita e aspectos
compreensivos para reabilitação da afasia. Resultados: Após a realização da terapia e de
orientações fonoaudiológicas, em 14 sessões, observou-se uma maior simetria facial,
aumento das linhas de expressão no lado afetado, aumento da mobilidade e tonicidade de
lábios, língua e bochechas. Quanto à alimentação por via oral, a paciente progrediu de
uma dieta na consistência pastosa para dieta livre, de forma segura e eficaz, além da
melhora da linguagem oral e compreensiva, com iniciativas verbais simples e respostas
aos comandos verbais. Conclusão: Diante do exposto, a terapia fonoaudiológica mostrou-
se eficaz e indispensável para pacientes com paralisia facial e alterações de linguagem
secundária a lesões cerebrais como nos casos de AVEI. Desse modo, faz-se necessário
que a paciente continue em reabilitação após a alta hospitalar, visando à recuperação das
alterações fonoaudiológicas, com melhora da qualidade de vida.
421
A atuação fonoaudiológica em sujeito com doença de batten: estudo de caso
422
A cirurgia ortognática minimiza a sintomatologia da DTM?
Mariane Querido Gibson; Luana Priscila da Silva, José Elivelton da Silva, Nathália
Angelina Costa Gomes, Daniele Albuquerque Alves de Moura, Joice Maely Souza da
Silva, Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento
423
A influência do hábito deletério tardio na produção da fala na criança.
Hábito é um costume incorporado pelo indivíduo que pode ou não causar um dano e/ou
ter um propósito funcional. Dentre os hábitos orais deletérios a utilização prolongada da
chupeta e mamadeira pode causar uma série de danos no desenvolvimento das crianças.
Comprometimentos emocionais, sociais e no desenvolvimento do sistema
estomatognático podem ocorrer. Alterações dentárias, como mordida aberta anterior e
esquelética, como hipodesenvolvimento da mandíbula são frequentemente relatados
devido a tração que a chupeta e mamadeira exercem na cavidade bucal. Com a
deformidade da cavidade bucal, a musculatura também passa a exercer uma série de
movimentos compensatórios. Flacidez na musculatura da língua e hiperatividade nos
músculos periorais, músculos orbicular da boca, músculo bucinador e músculo risório
podem ocorrer. Com isso a inteligibilidade da fala pode ser comprometida e ocasionar
problemas tanto sociais como de aprendizagem nas crianças. A fase de alfabetização
pode ser comprometida, uma vez que a criança se utiliza da fala como um dos recursos
para favorecer a aprendizagem, além de danos na interação entre os colegas devido a
ininteligibilidade e constrangimento da criança ao falar. A partir disto, essa iniciação
cientifica teve como objetivo descobrir se o uso prolongado dos chamados hábitos
deletérios, poderia causar alterações na produção de fala das crianças uma vez que
observamos na clinica fonoaudiológica que grande parte das crianças com alterações da
fala possuíam em seu histórico a presença desses hábitos, por mais que três anos e
meio, tempo que estes já são considerados hábitos tardios. Para investigar a influência
destes hábitos na fala, este estudo foi feito com metodologia quantitativa utilizando o
protocolo de avaliação fonológica da criança, no qual são apresentadas cinco figuras para
que os sujeitos nomeiem 125 palavras que tem sua produção transcrita foneticamente e
analisada. Os sujeitos foram separados em dois grupos, com 16 sujeitos cada, sendo o
primeiro um grupo experimental, e o segundo um grupo controle com sujeitos que não
tiveram a presença de hábitos deletérios durante a infância. Foram coletados 12 sujeitos
do grupo com presença de hábitos deletérios, neste primeiro grupo, encontramos como
resultado, alterações na produção da fala, como omissões, trocas e distorções
principalmente em fonemas fricativos (80%), vibrantes (90%).Foram coletados apenas 2
sujeitos do grupo controle devido a dificuldade em se achar dentro do ambulatório
crianças que não houvessem apresentado estes hábitos, todavia na analise de fala destes
dois sujeitos não encontramos alterações na produção de fala como as presentes no
primeiro grupo. Por fim, percebe-se que há uma relação entre hábitos deletérios e
alterações de fala, todavia não foi possível comprovar a ausência destas na fala de
sujeitos sem hábitos deletérios uma vez que não consegui-se um número suficiente de
sujeitos para fazer comparações e obter significância dos resultados,sendo assim, a fim
de maiores resultados a pesquisa esta sendo estendida.
424
A intervenção fonoaudiológica na cirurgia ortognática
425
A intervenção fonoaudiológica na síndrome da apneia obstrutiva do sono: estado
da arte
426
A possibilidade da intervenção fonoaudiológica em bebês que só mamam dormindo
- relato de caso
427
A repercussão da sucção digital na função mastigatória
Hábito é um ato incorporado que pode ou não causar um dano e /ou apresentar um
propósito funcional. A sucção digital, apesar de muitas vezes gerar sensação de alívio
devido a comprometimentos emocionais como: solidão, insegurança e medo, é, também,
considerada um hábito deletério, pois pode influenciar no arranjo dental (mordida aberta)
e esquelético (atresia palatal). Dependendo da intensidade da mudança na estrutura
dento-esquelética, muitas vezes a musculatura também necessita se readaptar a nova
condição. Com isso, comprometimentos na função muscular também podem ser gerados.
Com a atresia palatal e a mordida aberta, os sujeitos podem deslocar o bolo alimentar
para a região anterior da cavidade bucal e comprometer a função mastigatória. Este
estudo tem como objetivo comparar a função mastigatória por meio da eletromiografia de
superfície, nos músculos masseter e temporal, de sujeitos que possuem hábito de sucção
digital e sujeitos que não realizam sucção digital. Foram investigados 16 sujeitos,
subdivididos em dois grupos distintos, 8 sujeitos que realizam sucção digital e 8 sujeitos
que não realizam sucção digital, com faixa etária entre 5 e 12 anos, dos sexos masculino
e feminino. Para a análise da média da atividade elétrica obtida, foi utilizado o Root
Means Square (RMS) e para a análise estatística, o sistema computacional Statistical
Analysis System (SAS). Para a Análise de Variância foram utilizados os Testes de Tukey
para comparação das médias e t de Student para 2 amostras independentes. Para todas
as Análises de Variância o nível crítico foi de 5% (p<<0,05). Os resultados parciais obtidos
comprovam que não houve diferença significativa entre os músculos tanto no grupo
controle (0,62%) quanto no grupo experimental (0,19%). Já com relação aos grupos
controle e experimental foram encontradas diferenças significativas no músculo masseter
(-0,55%) e músculo temporal (-0,12%). A partir dos resultados obtidos podemos concluir
que houve diferença significativa no comportamento dos músculos masseter e temporal
entre os sujeitos que apresentam hábitos deletérios com os que não apresentam hábitos
deletérios.
428
Achados fonoaudiológicos na esclerose sistêmica
Luciana Dantas Lopes; Sílvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi, Milena Cabral de Lima,
Leylane Fonseca Almeida, José Caetano Macieira
429
Achados fonoaudiológicos na síndrome de backwith- widemann:relato de caso
Adriana de Medeiros Melo; Cristiane Monteiro Pedruzzi, Erika Henriques de Araújo Alves
da Silva, Juliete Melo dos Santos, Kariane Luna da Silva Fernandes, Mariana Almeida
Brasileiro
430
Ação do garrote em eletromiografia de masseter e temporal na paralisia facial
periférica.
Maria Salete Franco Rios; Adriana Teresa Silva, Andréia Maria Silva,
Irani Rodrigues Maldonade, Iriani Rodrigues Maldonade
Introdução: O uso do garrote como recurso de reabilitação vem sendo aplicado há muito
tempo. Existem poucos relatos científicos sobre a eficácia de sua ação com relação aos
músculos masseter e temporal. Objetivo: Analisar e relatar os efeitos do uso do garrote no
sinal eletromiográfico do músculo masseter e temporal em paciente acometido por
paralisia facial de origem periférica. Métodos: Trata-se de um estudo de caso,
experimental, prospectivo e transversal, submetido ao comitê de ética em pesquisa. A
amostra contitui-se de um indivíduo com diagnóstico clínico de paralisia facial periférica e
diagnóstico funcional de hemiparesia facial hipotrófica a esquerda. Utilizou-se para
avaliação a eletromiografia de superfície dos músculos (MM) masseter e temporal (MT)
bilaterais e simultâneos na contração isométrica voluntária máxima (CIVM) e em repouso
(R). Realizaram-se três análises do sinal eletromiográfico e determinou-se a média
dessas análises. Foram utilizadas duas séries consecutivas de movimentos utilizando o
garrote (tubo de latex nº 204, da marca Lemgruber) como instrumento de intervenção por
um período de 60 dias, 3 vezes ao dia. Na primeira, o paciente mordeu um garrote de 15
cm de comprimento, colocado na região dos molares, iniciando com 20 movimentos de
abertura e fechamento da mandíbula do lado esquerdo, 20 do lado direito e terminando
com 20 do lado esquerdo. Na sequência imediata, mastigou um garrote de 1 cm de
comprimento, com lábios fechados, lateralizando de 5 em 5 movimentos, com início e
término do lado esquerdo. Para o processamento do sinal eletromiográfico, utilizou-se a
raiz quadadra da média (RMS) da amplitude do sinal eletromiográfico antes a após a
intervenção. Resultados: Após a intervenção nota-se que houve um aumento do padrão
de ativação da contração muscular em R e CIVM bilaterais dos MM e MT. A RMS em R
antes e após a intervenção (MTD:5,18 – MTD:7,20; MTE:3,36 – MTE:7,35; MMD:3,28 –
MMD:3,18; MME:3,16 – MME:3,51) respectivamente e da CIVM (MTD:128,32 –
MTD:133,02; MTE:131,61 – MTE:182,73; MMD:66,27 – MMD:74,81; MME:101,30 –
MME:147,25) respectivamente. Conclusão: O uso do garrote gerou efeitos positivos no
padrão de ativação da contração muscular dos MM e MT em paciente acometido por
paralisia facial periférica.
431
Ações fonoaudiológicas com crianças em tratamento ortodôntico - relato de
experiência em motricidade orofacial
Jussier Rodrigues da Silva; Larissa Beatriz Ferreira de Lima, Anne da Costa Alves,
Renata Veiga Andersen Cavalcanti
432
Alterações da fala nas crianças em tratamento ortodôntico na clínica infantil do
curso de odontologia
433
Alterações de mastigação em portadores de esclerose múltipla
Ana Maria da Silva; Jaims Franklin Ribeiro Soares, Ana Karênina de Freitas Jordão do
Amaral, Laíza Regis de Souza, Emily Carla Silva Santos
434
Alterações fonoaudiológicas na presença de anquiloglossia- relato de caso.
Eloisa Pinheiro Ferrari; Thamy Fernandes Schmitt, Maria Isabel d’Ávila Freitas, Cristiane
Gonçalves Montibeller
Introdução: O frênulo de língua é uma prega de membrana mucosa que vai da metade da
face inferior da língua até o assoalho da boca. Quando alterado pode levar a modificações
na mobilidade da língua e nas funções executadas por esta estrutura. É consenso que
estas alterações podem influenciar na alimentação (amamentação, mastigação e
deglutição) e na produção da fala. A anquiloglossia é uma anomalia congênita, que ocorre
quando há a fusão completa ou parcial da língua ao assoalho da boca. Nesses casos,
ainda podem ser encontradas alterações como dificuldade de lamber os lábios, sorvete e
beijar, implicando em constrangimentos sociais. O fonoaudiólogo atua avaliando as
condições do frênulo da língua por meio do exame intraoral, verificando a mobilidade da
língua e avaliando as funções orofaciais de mastigação, deglutição e fala. Quando
necessário sugere avaliação de outro profissional, intervenção cirúrgica ou fonoterapia
para correção das alterações encontradas. Objetivo: Relatar os achados da avaliação
fonoaudiológica de um caso clínico de anquiloglossia. Métodos: Paciente do gênero
feminino, 6 anos e 9 meses, foi encaminhada pela Odontopediatra para avaliação
fonoaudiológica do frênulo de língua. Para avaliação do caso utilizou-se o Protocolo de
Avaliação do Frênulo da Língua e as provas de mastigação e deglutição do Protocolo
MBGR. Resultados: O exame intraoral evidenciou a língua fixada no assoalho de boca,
caracterizando a anquiloglossia. Foram observadas grandes alterações na mobilidade de
língua, a paciente somente realizou o movimento de sugar a língua no palato, os demais,
protrair e retrair, tocar o lábio e superior e inferior, tocar as comissuras labial direita e
esquerda, e a vibração do ápice não conseguiu executar. A abertura de boca e o
movimento mandibular apresentaram-se adequados, porém a medição da abertura
máxima de boca com o ápice da língua tocando na papila incisiva não foi possível
realizar, pois a paciente não consegue elevar o ápice da língua. Na fala, a paciente
apresentou desvio de ponto articulatório nos fonemas apicais, realizando compensação
de movimento de língua, por meio do toque da parte média contra o palato. Esta
compensação não comprometeu significativamente a fala, tendo em vista que esta
modificação evidencia-se acusticamente apenas durante a produção de encontros
consonantais com /r/ associados aos fonemas /t/ e /d/, onde percebe-se a distorção. Na
mastigação a paciente apresentou padrão mastigatório unilateral preferencial à esquerda,
conseguindo alternar o bolo alimentar para ambos os lados. Na deglutição apresentou
contração leve de mentual e presença de resíduo em pouca quantidade, sobre a língua,
após a deglutição. Tendo em vista as alterações encontradas na avaliação foi sugerida a
realização da frenectomia e nova avaliação fonoaudiologica pós-cirurgia. Conclusão: A
alteração do frênulo de língua observada acarretou alterações leves na fala e na
deglutição, demonstrando que a paciente realiza compensações satisfatórias. Porém a
limitação significativa na mobilidade de língua justifica a conduta para a realização da
frenectomia.
435
Alterações mastigatórias na respiração oral secundária à rinite alérgica
436
Alterações na deglutição em adolescentes com características de depressão e
transtornos alimentares
Mariane Querido Gibson; Natália Regina Duarte Santos, Pollyanna Castello Branco
Gomes, João Marcílio Coelho Netto Lins Aroucha, Valência Avelino Marinho De Oliveira
437
Análise da concordância das escalas de comprometimento da paralisia facial
Laelia Cristina Caseiro Vicente; Kércia Melo de Oliveira Fonseca, Aline Mansueto Mourão,
Andréa Rodrigues Motta
438
Análise da força máxima de mordida, segundo a preferência mastigatória
439
Análisis de la ubicación del reflejo de vómito en pacientes con parálisis cerebral
infantil
440
As figuras adesivas como mediadores mnemônicos e motivacionais na terapia da
motricidade orofacial
Auto Stella Maris Cortez Bacha; Maria Rita Figueiredo Toledo Volpe
441
Aspectos miofuncionais orofaciais pré e pós reanatomização de dente conóide:
relato de caso
442
Associação dos sintomas de disfunção temporomandibular em acadêmicos de
fonoaudiologia
443
Associação entre a consistência dos alimentos consumidos por pré-escolares e as
oclusopatias
Cláudia Marina Tavares de Araújo; Caênia Cristina Costa Silva, Silvia Regina Jamelli
444
Associação entre distúrbio de voz e sintomas de disfunção temporomandibular em
professores
445
Atuação fonoaudiológica em paciente após ave acompanhado pelo serviço de
assistência domiciliar (sad/ recife)
Schirleyde Fabiana da Silva; Natália Adalgiza de Souza Melo, Érika Juliane G. de Brito
446
Atuação fonoaudiológica na paralisia facial e os benefícios da intervenção precoce:
um estudo de caso
Introdução: A paralisia facial decorre de uma lesão no nervo facial, responsável por
inervar dezessete pares de músculos responsáveis pela expressão facial. Uma lesão
pode desencadear vários graus de comprometimento, desde interrupção parcial das fibras
nervosas à interrupção completa, gerando uma paresia ou paralisia uni ou bilateral.
Dentre as etiologias, encontra-se a otomastoidite, inflamação dos processos pneumáticos
do osso temporal, complicação da otite média aguda. A paralisia corre, por que o trajeto
do nervo é próximo a orelha média e a mastóide permite que inflamações destas
estruturas cheguem ao nervo ocasionando complicações. A otomastoidite é infrequênte
sendo 2-4 casos a cada 100 mil otites. Objetivo: Reequilíbrio da musculatura orofacial e
promoção da simetria facial. Metodologia: Trata-se de um relato de caso. Paciente com 11
anos de idade do sexo masculino queixava-se de hipoacusia, ausência de movimentos
faciais em hemiface direita, dificuldades em fechar o olho direito, dificuldades
mastigatórias e escape extraoral para líquidos. No laudo da tomografia computadorizada
constou: Otomastoidite à direita. Na avaliação constatou-se: assimetria de sorriso,
hipotonia dos órgãos fonoarticulatórios na hemiface direita e do músculo frontal direito;
hipertonia da musculatura da bochecha, lábios e língua do lado contralateral; mastigação
unilateral (esquerdo), fechamento incompleto do olho direito e escape de líquidos. Na
avaliação audiológica apresentou limiares auditivos normais na orelha esquerda e
rebaixamento auditivo nas freqüências graves na orelha direita. Curvas timpanométricas
do tipo A e reflexos acústicos ausentes, exceto o ipsilateral da orelha esquerda. Diante
destes dados conduzimos a fonoterapia com exercícios miofuncionais. Primeiramente
com exercícios isotônicos e após isométricos. As orientações foram para realização
diariamente em frente ao espelho, 3 vezes ao dia durante 15 minutos/período. Foram
realizadas nove sessões de fonoterapia, com duração de 40 minutos cada. Após duas
semanas, a segunda avaliação audiológica mostrou a inexistência de gap aéreo/ósseo à
direita. As curvas timpanométricas se mantiveram normais com presença de alguns
reflexos acústicos contralaterais bilateralmente, assim como ipsilaterais da orelha direita.
Estes resultados evidenciaram provável lesão em localização distal. Resultados: Após a
intervenção foi possível verificar adequação do tônus muscular tanto direito como
esquerdo, simetria de sorriso e reestabelecimento das funções estomatognáticas, bem
como presença do reflexo estapediano ipsilateral e contralateral da orelha direita.
Conclusões: A intervenção realizada precocemente foi muito importante para a
recuperação do paciente. Vale ressaltar que a colaboração do paciente teve um papel
fundamental para o sucesso de tratamento. Ao contrário do que se encontra na literatura,
o trabalho inicial com exercícios miofuncionais isotônicos promoveu controle e adequação
preparatória da musculatura para possível trabalho isométrico. Além disso, o tempo de
realização dos exercícios não é padronizado, sendo que cada terapeuta orienta segundo
o caso e a experiência. Neste caso, o tempo de 15 minutos por período foi suficiente,
sendo um dos principais fatores determinantes para o sucesso obtido. Através do estudo,
foi possível estabelecer que o tempo e as orientações em casa foram eficientes e
contribuíram para o sucesso terapêutico. Obtivemos com o tratamento proposto
resultados satisfatórios, pois houveram adequações na musculatura orofacial e retorno da
simetria facial.
447
Atuação fonoaudiólogica no trauma de face: urgência e emergência
448
Autopercepção das capacidades das funções de mastigação e deglutição nos
indivíduos idosos.
Amanda Almeida Batista; Hipolito Virgilio Magalhaes Junior, Safira Lince de Medeiros,
Marília Pinheiro de Brito
449
Avaliação da reprodutibilidade do forlab: estudo piloto
Andréa Rodrigues Motta; Thalyta Magalhães Rodrigues, Tatiana Vargas de Castro Perilo,
Estevam Barbosa Las Casas
Introdução: a Fonoaudiologia é uma ciência nova e que demanda estudos com o intuito
de poder contar com dados quantitativos em suas avaliações, não dependendo apenas da
experiência clínica do profissional. O Grupo de Engenharia Biomecânica da Universidade
Federal de Minas Gerais desenvolveu um instrumento para mensurar a força do músculo
orbicular da boca, o FORLAB. Entretanto, é importante considerar que o uso de
instrumentos não confiáveis pode comprometer a avaliação. Os estudos que descrevem
os instrumentos desenvolvidos para avaliação da força labial pouco abordam sobre as
características dos aparelhos e nenhum deles apresenta pesquisas de reprodutibilidade
do instrumento. Com base no exposto, surgiu a necessidade de se verificar a
reprodutibilidade do FORLAB com o intuído de se evidenciar a confiabilidade de seus
resultados. Apenas dessa forma poderá ser definida sua utilização como instrumento de
avaliação e terapia na clínica fonoaudiológica. Objetivo: avaliar a reprodutibilidade do
aparelho de medição de força labial, FORLAB, em indivíduos saudáveis. Métodos: estudo
longitudinal descritivo, com amostra por conveniência, no qual foram avaliados 25
Indivíduos, 19 mulheres e 6 homens, com idade média de 22 anos. Inicialmente foi
realizada a confecção de um molde para adaptação do instrumento no vestíbulo oral. O
participante pressionou o aparelho com os lábios contra os dentes durante 7 segundos. O
procedimento foi repetido por três vezes com intervalos de um minuto entre as medições.
O participante retornou para realizar a medição em outros dois dias distintos, com
intervalos de aproximadamente uma semana entre eles. Foram analisados os dados de
força média e de força máxima. Cada canal do instrumento foi analisado separadamente.
Posteriormente foi realizado o cálculo do Coeficiente de Variação de Pearson. Resultado:
na análise dos valores de força média verificou-se que o coeficiente de variação foi
classificado como baixo, exceto na análise isolada do canal 3 (lábio inferior direito), que
foi classificado como médio. Os valores de força máxima também foram classificados
como baixos, sendo que apenas o canal 4 (lábio inferior esquerdo) isoladamente
apresentou valores classificados como médio. Na análise entre os dias de coleta, a
grande maioria das comparações recebeu a classificação de coeficiente de variação
baixo; as classificações muito alto ocorreram apenas no canal 3 tanto para força média
quanto para força máxima. Conclusão: foi possível verificar boa reprodutibilidade do
FORLAB, indicando que o instrumento é útil na clínica fonoaudiológica.
450
Avaliação e síntese das evidências relacionadas à utilização do garrote envolvendo
masseter e mastigação.
Maria Salete Franco Rios; Adriana Teresa Silva, Andréia Maria Silva,
Irani Rodrigues Maldonade, Iriani Rodrigues Maldonade
451
Avaliação e terapia fonoaudiológica direcionadas às articulações compensatórias
na fissura palatina: revisão de literatura
452
Bruxismo em crianças com transtorno e déficit de atenção e hiperatividade: revisão
de literatura
Danila Rodrigues Costa; Profa. Dra. Giédre Berretin-Felix, Profa. Dra. Patrícia Abreu
Pinheiro Crenitte, Camila de Castro Corrêa
453
Caracterização da fala na síndrome de treacher collins- relato de caso
Eloisa Pinheiro Ferrari; Cristiane Gonçalves Montibeller, Helena Ferro Blasi, Maria Isabel
d’Ávila Freitas
454
Caracterização da mastigação em crianças desnutridas de sete meses a um ano de
idade
Denise Klein Antunes; Mara Fádua Jerônimo Pinho, Maria Stela Moura
455
Caracterização da pressão da língua em idosos
Amanda Almeida Batista; Hipólito Virgílio Magalhães Júnior, Juliana Carvalho Tavares
456
Caracterização da sucção em crianças desnutridas de zero a seis meses de idade
457
Caracterização da tipologia facial e oclusão em adolescentes
Maria Beatriz Medeiros de Araújo; Bianca Freire de Freitas, Anne da Costa Alves,
Leandro de Araújo Pernambuco, Renata Veiga Andersen Cavalcanti
458
Caracterização das funções orais de pacientes em tratamento ortodôntico
459
Características da deglutição habitual de sólido e líquido em crianças com má
oclusão
Jussier Rodrigues da Silva; Wellyda Cinthya Felix Gomes da Silva, Marluce Nascimento
de Almeida, Larissa Beatriz Ferreira de Lima, Bianca Freire de Freitas, Anne da Costa
Alves, Renata Veiga Andersen Cavalcanti
460
Características faciais em crianças com rinite alérgica
Ana Carolina de Lima Gusmão Gomes; Décio Medeiros Peixoto, Priscila Rossany de Lira
Guimarães Portella, Amanda Rosselle Cândido da Silva, Elaine Cristina Bezerra dos
Santos, Roberta Borba Assis, Ana Carolina Cardoso de Melo, Daniele Andrade da Cunha,
Raissa Gomes Fonseca Moura, Hilton Justino da Silva
Introdução: A rinite alérgica pode levar, pela presença da obstrução nasal crônica, a
alterações no modo respiratório. Sendo assim, a criança pode apresentar uma
substituição do padrão de suplência nasal pelo oral. A literatura desataca que a
respiração oral poderá gerar diversas características físicas, tais como: alterações
morfofuncionais do sistema estomatognático, alterações craniofaciais e, desequilíbrios
miofuncionais e no eixo corporal. Objetivos: Levantar as características faciais de crianças
com rinite alérgica. Métodos: Estudo observacional, descritivo e transversal, iniciado em
janeiro/2013, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com número protocolar:
116.654. Os critérios de inclusão, para o grupo de estudo: crianças com diagnóstico
médico, em prontuário, de rinite alérgica; entre 07 e 12 anos incompletos; atendidas no
ambulatório de Alergia e Imunologia de um hospital universitário. Para o grupo controle:
crianças sem rinite alérgica; entre 07 e 12 anos incompletos; acompanhadas no
ambulatório de Pediatria do mesmo hospital. Os critérios de exclusão para ambos os
grupos: crianças com comprometimentos neurológicos, psíquicos e cognitivos ou
deficiências visuais, auditivas e motoras limitantes a realização da pesquisa;
anormalidades craniofaciais; cirurgia nasal prévia; pólipos nasais, tumores nasais e
hipertrofia de cornetos, amígdalas ou adenoides em grau III ou IV bilateral; e com
intervenção fonoaudiológica prévia ou em andamento relacionada, aos aspectos
estudados. Para a coleta de dados foram realizados os seguintes procedimentos: 1)
Aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 2) Revisão de prontuário; 3)
Registro fotográfico da face (perfil e frontal); 4) Avaliação clínica independente por três
avaliadores fonoaudiólogos com experiência na área sobre a presença de olheiras, a
simetria das narinas, o aspecto do lábio superior e inferior, a funcionalidade do músculo
mentoniano e a postura da mandíbula. Dados organizados em planilha Excel® e
analisados com o Bioestat 5.0. Utilizada a frequência absoluta e relativa e o teste Exato
de Fisher com nível de significância de 5% (p<<0,05). Resultados: 60 crianças avaliadas.
30 com rinite alérgica e 30 rinologicamente normais. Corroborando com a literatura
pesquisada foram encontrados resultados estatisticamente significativos no que diz
respeito à presença de olheiras (p=0,005); ao aspecto do lábio superior (p=0,001) e
inferior (p=0,000); e a funcionalidade do músculo mentoniano (p=0,019). Conclusões:
Observou-se, nesse estudo, que a criança com rinite alérgica apresentou aspectos muito
específicos da respiração oral, com relação às características faciais, tendo em vista que
foram encontrados resultados estatisticamente significativos na maioria dos pontos
avaliados. Percebe-se, portanto, a importância desse tipo de estudo para estabelecer
parâmetros visíveis que facilitem o diagnóstico clínico fonoaudiológico.
461
Características respiratorias predominantes en pacientes fisurados post-operados
mayores de 5 años
Mónica Mandujano Quintanal; Kharen Lévano Camones, Mariela Curi Sanchez, David
Parra Reyes
Introducción: La fisura labio palatina es una patología congénita caracterizada por la falta
de unión de los procesos maxilares y frontales de la cara, afectando funcional y
estéticamente la nariz, labio superior, paladar duro y paladar blando. La respiración es
una de las funciones esenciales del organismo. Cambios estructurales hacen que los
pulmones dejen de respirar profundamente, lo que reduce el movimiento diafragmático y
conllevan a una respiración torácica y clavicular que compensan los músculos periorales y
suprahioideos, alterando el funcionamiento del sistema estomatognático. Objetivo:
Determinar las características respiratorias, entre ellas el tipo y modo de la respiración, en
pacientes fisurados. Métodos: Es un estudio observacional y transversal, en cuya
población de estudio se incluyó a niños mayores de 5 años post-operados de fisura labio
palatina. Para obtener los resultados se diseñó el “Protocolo para evaluar la respiración
en pacientes fisurados post-operados”. Consta de 3 ítems, datos personales generales,
anamnesis y examen clínico en el que se considera el tipo y modo de respiración, y otras
características respiratorias. Resultados: Del total de pacientes evaluados, un 55%
presentó un tipo de respiración costal-superior y el 45% presentó un tipo respiratoria
abdominal. Un 50% presentó un modo de respiración nasal y el otro 50% un modo
respiratorio mixto, mientras que ninguno de los evaluados presentó un modo respiratorio
oral. En relación a las características del soplo, un 50% presentó una potencia fuerte y
débil, la direccionalidad era central en un 95%, y el 100% de los evaluados presentó un
control sostenido de soplo. 40% presentó un tiempo espiratorio de 4 a 6 seg. En relación a
las dificultades fonatorias durante la emisión vocálica, se observó que un 90% presentó
una hipofunción del esfínter velofaríngeo, el 75% presentó una hiperfunción de
suprahioideos, y un 55% presentó una movilidad inadecuada de labios. Y por último, la
permeabilidad respiratoria según la espiración (PE) es de 2.1 – 3.0 cm. con un 40% de PE
por la narina derecha y un 30% de PE por la narina izquierda. Mientras que la
permeabilidad respiratoria según la emisión oral “pa” (PO), un 60% presentó una PO por
la narina derecha de 0.0 – 1.0 cm. y un 45% presentó una PO por la narina izquierda de
1.1 – 2.0 cm. Conclusión: La mayoría de los pacientes con fisuras labiopalatinas presentó
una respiración del tipo costal superior, mientras que el modo prevalente fue el nasal y
mixto. Entre las características respiratorias de soplo, la potencia fue indeterminada, la
direccionalidad era central y el control fue sostenido. El tiempo espiratorio promedio es de
4 a 6 seg.. La permeabilidad respiratoria según la espiración es de 2.1 – 3.0 cm. para
ambas narinas, mientras que la permeabilidad respiratoria según la emisión oral “pa”, es
de 0.0 – 1.0 cm. por la narina derecha y de 1.1 – 2.0 cm. por la narina izquierda.
462
Comparação da fala de escolares com má oclusão de angle classe i e classe ii,
divisão 1.
Gisela Rose Lima Borges; Tarcisio César Santos Socorro, Carla Patricia Alves Ribeiro
César, Aline Cabral Barreto, Walter Noronha, Raphaela Granzotti
Diversos são os fatores que podem interferir na fala, dentre os quais se destacam as
alterações estruturais oclusais, sendo consideradas estas alterações como distúrbios
fonéticos, que não interferem na inteligibilidade de fala, mas auxiliam na manutenção da
alteração oclusal. Objetivo: Comparar a produção de fala de escolares com má oclusão
de Angle Classe I e Classe II, divisão 1. Método: 81 escolares entre nove e dez anos
(média: 9,25 anos), sendo 43 (53,1%) do gênero feminino e 38 (46,9%) do masculino
foram avaliados quanto a oclusão dentária, por meio observação visual e fotografias
filmagens das amostras. Resultados: A má oclusão Classe I esteve presente em 77,77%,
sendo mais prevalente em meninos e a Classe II-1 ocorreu em 22,23%, com maior
ocorrência em meninas. Os desvios de linha média foram as alterações mais encontradas
em ambas chaves de oclusão (55,55% na Classe I e 38,39% na Classe II-1). A face
média foi o tipo facial mais prevalente (65,43%), sendo que a face curta foi mais evidente
nas más oclusões Classe I e as longas, nas Classes II-1.O distúrbio fonético esteve
presente na maioria dos escolares (98,76%) na Classe I, foram em 37 escolares (58,73%)
e quando foi analisada a frequência por fonema, encontrou-se: /l/ (30 - 47,62%), /d/ (27 -
42,85%), /t/ (25 - 39,68%), /z/ (18 - 28,57%), /n/ (16 - 25,39%) e /s/ (15 - 23,81%); Na
Classe II, divisão 1 a assistematicidade das distorções na produção da fala prevaleceu
(61,11%), apesar de 100% deste grupo apresentar distúrbio fonético, apenas 55,55%
foram significativos, sendo que os fonemas mais impactados foram o /t/ e o /l/, em todas
as posições da palavra e, ao se analisar qualitativamente a distorção, a projeção anterior
e a anterolateral de língua foram as mais evidentes. Oo ceceio apareceu em 77,78%,
sendo o lateral (92,85%) mais evidente. O grau leve foi o predominante neste estudo.
Conclusão: O distúrbio fonético foi encontrado nos dois grupos do estudo, não diferindo
no percentual de ocorrência, na frequência de aparecimento (assistemática), no grau
(leve) e com projeções alternadas (múltiplas) de língua, em diferentes pontos
articulatórios para um mesmo fonema ou para um conjunto de fonemas, sendo que as
distorções no fonema /l/ foram as mais evidentes em ambos os grupos e o /t/ no grupo
Classe II- 1 e as projeções de língua foram maiores no grupo com Classe II-1. O ceceio
foi mais evidente nos escolares Classe II- 1 do que na Classe I. Conclui-se que a
avaliação, o diagnóstico e o planejamento terapêutico dos distúrbios fonéticos devam ser
realizados de forma conjunta entre a Fonoaudiologia e a Ortodontia.
463
Comparação entre condições dentárias e a satisfação da capacidade mastigatória
em idosos.
Amanda Almeida Batista; Hipolito Virgilio Magalhaes Junior, Marília Pinheiro de Brito,
Safira Lince de Medeiros
464
Comportamento eletromiográfico dos músculos masseteres e supra-hióideos
durante a deglutição de adultos saudáveis
465
Comprometimento da deglutição de alimentos pastoso e líquido em portadores de
esclerose múltipla
Ana Maria da Silva; Jaims Franklin Ribeiro Soares,Ana Karênina de Freitas Jordão do
Amaral, Maria Clara Quirino Nunes Vicente
466
Construção de questionário estimativo do nível de conhecimento sobre síndrome
da apnéia obstrutiva do sono
467
Contribuição da fonoaudiologia na atuação interdisciplinar da paralisia facial:
revisão integrativa
468
Correlação entre força de mordida, pressão de língua e desempenho na deglutição
em adultos jovens
Jussier Rodrigues da Silva; Jéssica Nazita Silva e Lima, Wellyda Cinthya Felix Gomes da
Silva, Marluce Nascimento de Almeida, Anne da Costa Alves, Renata Veiga Andersen
Cavalcanti, Leandro de Araújo Pernambuco
469
Correlação entre medidas quantitativas do sistema estomatognático em
adolescentes
Jussier Rodrigues da Silva; Amanda Cibelly Brito Gois, Patrícia Araújo de Brito, Leandro
de Araújo Pernambuco, Renata Veiga Andersen Cavalcanti
470
Descrição de estratégia para remoção de hábitos orais e investigação de seu grau
de eficiência
Cirleide Maria Campos da Silva; Antonio Carlos dos Santos Souza, Rosana de Fátima
Possobon, Ligia Francisca Prestes Della Riva
471
Descripción de funciones orofaciales en lactantes prematuros y de término de 6 y 9
meses
Maria Angelica Fernandez; Fernanda Ubeda, Gabriela Munizaga, Maria Antonia Aldunate
472
Desenvolvimento da fala e alimentação infantil: possíveis implicações
473
Diadococinesia oral e presença de ceceio na fala em crianças com fissura
labiopalatina
Introdução: A fala é uma das funções alteradas nos casos com fissura labiopalatina,
podendo afetar a comunicação devido ao comprometimento da função velofaríngea e da
condição dento-oclusal. Uma vez que a alteração estrutural da cavidade oral está
presente nesses casos e permanece por longo período na vida dessas pessoas
favorecendo adaptações funcionais, a habilidade motora para a fala também poderá estar
afetada. Assim, analisar essa habilidade pelo teste da diadococinesia (DDC), esclareceria
questões quanto à influência das alterações estruturais no desempenho motor oral.
Objetivo: Verificar se a presença de ceceio durante a fala de crianças com fissura
labiopalatina interfere nas tarefas da DDC. Material e Método: Após aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa (nº 164.238) foram analisadas as avaliações de 30 crianças de
ambos os sexos, entre 9 e 12 anos de idade, com fissura completa unilateral do lábio e
palato já reparadas. Dois fonoaudiólogos analisaram amostras de fala envolvendo a
repetição de frases com os fones [s] e [z], com 10 ocorrências cada um em diferentes
posições na palavra, para identificar a presença ou não de ceceio, que foi considerado
presente quando identificado em pelo menos 5 das 10 ocorrências. A análise da DDC foi
feita a partir do registro da repetição das sílabas “ta”, “ca” e da sequência “pataca”, obtida
do programa Motor Speech Profile Advanced (MSP), Modelo 5141, versão 2.5.2
(KayPENTAXTM), que fornece o número de emissões por segundo e o tempo entre
essas. A sequência “pataca” foi analisada quantitativamente por meio do software Sound
Forge 8.0, sendo o número de emissões contado manualmente com apoio de pista visual
e auditiva. Foi aplicado o teste Kappa para verificar a concordância entre os avaliadores e
o teste t para comparar os valores da DDC entre os indivíduos com e sem ceceio,
considerando o nível de significância de 5%. Resultados: Verificou-se boa concordância
entre os avaliadores para os fones [s] e [z], Kappa=0,87 e 0,93, respectivamente. A
presença de ceceio foi identificada em 60% dos casos, sendo 50% nos fones [s] e [z] e
10% somente no fone [s]. As médias do número de emissões por segundo,
respectivamente para as sílabas “ta”, “ca” e sequência “pataca” foram: 4,61±0,47,
3,89±0,60 e 1,72±0,13 para o grupo com ceceio, e 4,70±0,49, 3,83±0,53 e 1,59±0,16 para
o grupo sem ceceio. Em relação ao tempo médio entre as emissões, as médias para as
sílabas “ta” e “ca” foram: 219,12±22,86 e 263,36±39,57 no grupo com ceceio e
215,05±24,55 e 265,64±36,51 no grupo sem ceceio. A comparação entre os grupos com e
sem ceceio não evidenciou diferença para os parâmetros analisados. Conclusão: A
presença do ceceio na fala não influenciou no número de emissões por segundo e no
tempo médio entre as emissões das sílabas “ta” e “ca”, bem como o número de emissões
da sequência “pataca”.
474
Disartria pós síndrome neuroléptica maligna – relato de caso
Gabriela De Luccia; Fernanda Alves Pereira, Ingrid Arruda Sodré, Kamila Cruz Coutinho,
Roberta Priscila Botini
475
Disfunção temporomandibular em adolescentes com sintomas de transtorno
alimentar
476
Efeito do retalho faríngeo e da esfincteroplastia sobre a função velofaríngea.
Ana Paula Fukushiro; Renata Paciello Yamashita, Carla Aparecida Curiel, Inge Elly
Kiemle Trindade
477
Efeitos do envelhecimento na deglutição: uma revisão de literatura
Isabel Grasielly Dutra de Azevedo; Ana Karênina de Freitas Jordão do Amaral, Ellen
Késsia Barbosa de Santana, Julyana Carla Carvalho Sousa, Larissa Medeiros Alves,
Pammela Laís Silva Amazonas de Souza
478
Eficácia da terapia fonoaudiológica em crianças respiradoras orais
Introdução: A respiração é uma função inata e vital do ser humano sendo associada às
funções de mastigação, deglutição e fala, além de proporcionar a estimulação adequada
do crescimento facial. Quando a respiração nasal é substituída pela oral, podem haver
várias alterações craniofaciais e, como consequência, adaptação das demais funções
orais. O Protocolo MBGR visa unificar os achados subjetivos e, em conjunto com os
exames objetivos podem formar o diagnóstico fonoaudiológico da respiração oral, dentre
as demais patologias do complexo orofacial. A utilização da eletromiografia de superfície
(EMGs) é um exemplo das avaliações objetivas. Procura complementar o diagnóstico e a
terapêutica dos distúrbios motores orais e das funções estomatognáticas. Objetivos:
Comparou-se por meio da aplicação do MBGR e da análise da EMGs os achados de
crianças respiradoras nasais e orais e observou-se a eficácia da terapia fonoaudiológica
nos respiradores orais. Metodologia: Foram avaliadas 60 crianças divididas em dois
grupos, sendo um grupo de 30 crianças respiradoras nasais e outro de 30 crianças
respiradoras orais. Foi aplicado o Protocolo MBGR e a avaliação eletromiográfica de
superfície nos músculos supra hioideos, orbicular da boca e masseteres nos dois grupos
na primeira sessão. Foi realizada terapia fonoaudiológica semanal durante 12 sessões e
aplicado Protocolo MBGR e de EMGs nas sessões 01 e 12 nas crianças respiradoras
orais. Resultados: Foi observada diferença clínica e eletromiográfica estatisticamente
significante entre o grupo de respiradores orais pré e pós terapia e quando comparados
os dois grupos. Os achados mostraram que após 12 sessões há diferença pré e pós
terapia nos respiradores orais, contudo os respiradores orais pós-terapia não se
equiparam nos resultados aos respiradores nasais. Discussão: Verificou-se que a
etiologia da respiração oral, os apectos morfológicos e ambientais e a aderência ao
tratamento influenciaram positiva ou negativamente nos resultados obtidos. Conclusão: A
terapia fonoaudiológica de 12 sessões se mostra eficaz nos respiradores orais, entretanto
não são suficientes para automatizarem a respiração nasal.
479
Eletromiografia em queimadura de face: relato de caso
Geraldine Rose de Andrade Borges; Valéria Alves dos Santos, Ana Cláudia C. Vieira,
Marcos Guilherme Praxedes Barreto, Lucas Carvalho Aragão Albuquerque, Hilton Justino
da Silva
Introdução: Queimadura de face é uma lesão grave; pode destruir parcial ou totalmente a
pele, seus anexos e camadas mais profundas, provocando infecções e retrações
cicatriciais. Uma cicatriz hipertrófica ao nível muscular interrompe, no seguimento em que
se encontra, a contração do músculo, dificultando o movimento dessa estrutura, quando
localizada no nível cutâneo também altera o movimento. A Eletromiografia (EMG) tem
sido recentemente utilizado na fonoaudiologia, como auxiliar no diagnóstico e tratamento
dos distúrbios motores orais. Este exame, visa mensurar a atividade muscular, é um
método simples e objetivo que pode ser indicado para avaliar as funções faciais
comprometidas com a queimadura. Objetivo: Verificar os valores eletromiográficos em
indivíduo de 11 anos de idade, com retração cicatricial pós-queimadura em hemiface
direita e comparar com a hemiface esquerda não comprometida, visando analisar a
influência da cicatriz na atividade dos músculos orofaciais. Métodos: As funções faciais
foram avaliadas através da EMG. Os eletrodos foram afixados sobre a pele que recobre
os músculos elevadores do lábio superior e infraorbitários, bilateralmente, dispostos
longitudinalmente às fibras musculares. A atividade elétrica foi captada na região
zigomática durante a abertura de boca, protrusão labial e sorriso. Na região infraorbitária,
os potenciais eletromiográficos, foram capturados durante a abertura de boca.
Resultados: Os resultados da EMG mostraram uma hiperatividade na musculatura
orbitária do lado lesado, durante a abertura de boca, porém, a musculatura elevadora da
boca mostrou-se hipoativa durante os movimentos de protrusão labial e sorriso no lado
queimado. Conclusão: De acordo com os achados podemos concluir que, a retração
tecidual pode comprometer a atividade elétrica muscular, pois, durante os movimentos
onde a musculatura da região zigomática deveria estar mais ativa, o sorriso e o bico, esta
apresentou uma hipoatividade e quando a musculatura orbicular do olho deveria estar
hipoativa, esta mostrou-se hiperativa. Através do estudo desse caso comprovamos o que
cita a literatura “ a cicatriz provoca uma disfunção fisiológica nas estruturas musculares
orofaciais e isso determina as alterações nas funções do sistema estomatognático.”
480
Estimulação elétrica transcutânea em músculos mastigatórios em respiradores
orais: revisão de literatura
Roberta Borba Assis; Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento, Sandro Júnior de Lima,
Raissa Gomes Fonseca de Moura, Ana Carolina de Melo Cardoso, Luciana Angelo
Bezerra, Renata Andrade da Cunha, Daniele Andrade da Cunha, Hilton Justino da Silva
481
Estudo descritivo do perfil de recém nascidos atendidos pela equipe de
fonoaudiologia no método canguru
Manuela Leitão de Vasconcelos; Aline Morais Ferreira, Christini Braga Nóbrega Zenaide,
Larissa Kelly Braga Lira de Sá Barreto, Lilian Correia Rodrigues de Araújo
482
Evolución de la deglución en un grupo de niños chilenos de 9 a 11 años
483
Experiência do ouvinte na análise da inteligibilidade de fala após palatoplastia
primária.
484
Fissura labiopalatina: o que tem sido pesquisado na fonoaudiologia brasileira -
revisão de literatura
Camila Queiroz de Moraes Silveira Di Ninno; Ana Teresa Brandão de Oliveira e Britto,
Carola Castro Tolentino
485
Fonética en pacientes con aparatos ortodóncicos fijos linguales individualizados
(incognito ®)
Los pacientes adultos que consultan por tratamientos de ortodoncia, han aumentado la
demanda por aparatos ortodóncicos fijos estéticos, como los aparatos fijos linguales. La
literatura señala que los aparatos linguales individualizados, producirían una menor
alteración funcional que aquellos estandarizados. Por lo que, diversos estudios, han
investigado los efectos que aparatos ortodóncicos intraorales, fijos o removibles, tienen
sobre el habla. El objetivo del presente estudio, fue determinar si existe una alteración en
el punto de articulación de fones, al instalar un aparato lingual fijo individualizado, en
pacientes que hablen español chileno y la adaptación a éstos, dentro del primer mes de
uso de los aparatos. La muestra consistió en 13 pacientes, entre 20 y 42 años de edad
(10 mujeres y 3 hombres). Fueron seleccionados por conveniencia según criterios de
inclusión y exclusión. Los criterios de inclusión establecidos fueron: sujetos sanos con
indicación de tratamiento de ortodoncia fija lingual individualizada, que hablen español
chileno como lengua materna. Se excluyeron sujetos que no cumplían con los criterios de
inclusión y que tuviesen alteración actual o historia pasada de desórdenes del habla o de
la audición. Las mediciones fueron realizadas por un examinador fonoaudiólogo
utilizando: Test de articulación a repetición (TAR) de Edith Schwalm y respaldadas
mediante video digital. Se realizó a todos los pacientes una evaluación previa a la
instalación de los aparatos ortodóncicos fijos linguales individualizados, para obtener la
línea base de cada paciente. Además se realizaron 6 exámenes por paciente, en los
siguientes tiempos: 1.- Inmediatamente después de la instalación del aparato ortodóncico
fijo lingual individualizado inferior. 2.- Transcurridas dos semanas de uso del aparato
ortodóncico fijo lingual individualizado inferior. 3.- Inmediatamente después de la
instalación del aparato ortodóncico fijo lingual individualizado superior, estando el aparato
inferior previamente instalado. 4.- Transcurridas 24 horas de la evaluación N 3. 5.-
Transcurridos 7 días desde la evaluación N3. 6.- Transcurrido un mes desde la evaluación
N3. Los datos obtenidos fueron tabulados en Excel. El análisis estadístico se realizó
utilizando el Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Se realizó
estadística descriptiva, calculando porcentajes y categorizando la muestra según edad,
sexo y clase esqueletal. Se utilizó el Test de Fisher para determinar si los resultados
obtenidos presentaban diferencias estadísticamente significativas. Se observó que existen
modificaciones en el punto de articulación de fones consonánticos, en pacientes que
utilizan aparatos ortodóncicos fijos linguales individualizados, independiente que el
aparato inferior, sea instalado primero que el aparato superior. Los fones /n/, /s/, /r/, /rr/
fueron estadísticamente significativos. Los fones /r/, /rr/, no muestran una recuperación de
la modificación una vez cumplido el mes de uso. Los fones medios son los únicos
afectados significativamente en todos los momentos de examen. Existe una tendencia a la
resolución favorable de la modificación, desde el examen realizado inmediatamente
posterior a la instalación del aparato superior, hasta un mes de uso del mismo.
486
Força de mordida e disfunção temporomandibular em adultos jovens
487
Força de mordida e o uso de aparelho ortodôntico em adolescentes
Kaliani Thaliny Xavier de Souza Patricio; Jussier Rodrigues da Silva, Renata Veiga
Andersen Cavalcanti, Leandro de Araújo Pernambuco
488
Frequência de hábitos orais deletérios em crianças de um a cinco anos na creche
Mônyka Ferreira Borges; Jéssica Nazita Silva e Lima, Karinna Veríssimo Meira Taveira,
Renata Veiga Andersen Cavalcanti
489
Funções orofaciais e qualidade de vida em saúde oral em indivíduos com
deformidade dentofacial
490
Hábitos orais, mordida aberta anterior e fala: relato de casos
Daniele de Oliveira Brito; Iranilde Lima Medeiros, Lidiane Cristina Barraviera Rodrigues,
Ana Karolina Zampronio Bassi, Tames Cristina Oliveira Lima
491
Identificação de um caso de síndrome velocardiofacial por meio de triagem
fonoaudiológica em ambiente hospitalar
492
Importância do trabalho fonoaudiológico na equipe multidisciplinar no ambulatório
de radioterapia
Gabriela Decol Mendonça; Lisiane Lieberknecht Siqueira, Emille Dalbem Paim, Ana Clara
de Oliveira Varella
O Brasil é um dos países com maior índice de pessoas acometidas pelo câncer. Sendo
que o tratamento pode envolver procedimentos cirúrgicos, radioterapia sendo este único
ou em conjunto com quimioterapia. O tratamento radioterápico tem mostrado resultados
importantes no controle desta doença. Estudos apontam um aumento da sobrevida após
o tratamento, o que justifica a intervenção da equipe multidisciplinar afim de uma
reabilitação precoce. Para este estudo foram selecionadas e analisadas 46 triagens
fonoaudiológicas de pacientes acometidos por câncer de faringe, língua, laringe, cerebral
e esôfago, do ambulatório multidisciplinar de radioterapia, sendo este iniciado neste ano
de 2013. Conforme análise pode-se identificar que 100% pacientes apresentaram
alterações fonoaudiológicas, sejam elas, disfagia, alteração vocal, auditiva e/ou
articulatória, como as informações foram baseadas em entrevistas, segundo um mesmo
protocolo de screening, não foram incluídos dados das avaliações realizadas após as
entrevistas. Dos pacientes com câncer de faringe e laringe, 100% apresentaram disfagia,
enquanto 66,6% dos pacientes com câncer de língua, cerebral e esôfago apresentaram
distúrbio de deglutição. Quanto a alteração vocal, os valores variaram de 33,3% a 100%,
sendo este pós câncer de laringe. Quanto as queixas de alteração auditiva, os valores
variaram de 0% a 66,6% dos pacientes, sendo a maioria acometidos por câncer de
laringe. Quanto as alterações articulatórias, 44,4% a 83,3%, sendo a maioria acometidos
por CA de laringe. Assim conclui-se que, todos os pacientes triados, referiram ou
apresentaram alterações fonoaudiológicas, sejam elas do sistema sensório motor oral
envolvendo queixas de deglutição, fala ou voz, até mesmo alterações auditivas referidas
após radioterapia, demonstrando assim a importância do profissional de fonoaudiologia na
equipe multidisciplinar no ambulatório de radioterapia.
493
Intervenção fonoaudiológica em obesos grau iii com persistência de vômito após
cirurgia bariátrica
Ana Teresa Brandão de Oliveira e Britto; Débora Cardoso Rossi, Camila Alves Vieira,
Florence Nunes Brandão, Joana Batista de Ávila Pires, Galzuinda Maria Figueiredo Reis
Introdução: A Organização Mundial de Saúde estima que há 1,1 bilhão de pessoas com
sobrepeso no mundo e que esse número subirá para 1,5 bilhão em 2015. O sobrepeso, a
obesidade e a obesidade grau III estão cada vez mais frequentes na população e podem
ser considerados como um dos mais graves problemas de saúde pública no mundo.
Inúmeros pacientes obesos, que se submeteram à cirurgia bariátrica, relatam persistência
de vômitos na re-introdução de alimentação sólida. A obesidade, principalmente a de grau
III, no que tange ao período após a cirurgia bariátrica, causa modificações anatômicas e
funcionais gastrointestinais o que sugere a necessidade de adequação da mastigação e
ingestão dos alimentos. Objetivo: avaliar a motricidade miofuncional orofacial antes e
após intervenção fonoaudiológica de sujeitos obesos grau III que apresentavam
persistência de vômito após cirurgia bariátrica e liberação de dieta sólida. Método: a
amostra foi composta por 11 pacientes voluntários de um Centro de Especialidades de um
hospital do Sistema Único de Saúde, que haviam se submetido a cirurgia bariátrica.
Foram avaliados os aspectos miofuncionais orofaciais e testada a mastigação e
deglutição com alimentos de consistência sólida (pão de queijo fresco), pastosa
engrossada (yogurte), líquida (água) antes e após a intervenção fonoaudiológica da
mastigação e da deglutição. Os sujeitos do estudo foram reavaliados com 15 e 30 dias
após a orientação fonoaudiológica com foco na mastigação e deglutição, a fim de
acompanhar a possível mudança de comportamento em relação à essas funções
estomatognáticas. Foi realizada análise descritiva dos dados por meio do programa SPSS
versão 20.0. Resultados: o tempo de pós operatório dos sujeitos do estudo variou de 1 a
24 meses. Em relação aos aspectos alimentares de preferência, 81,8% dos sujeitos
relatou preferência por alimentos pastosos, 18,2% por líquidos e 9,1% por alimentos
sólidos. Todos os sujeitos relataram dificuldade com alimentos de consistência sólida. Em
relação ao teste com alimentos, 90,9% apresentaram mastigação alterada e 100%
apresentaram deglutição alterada. A mastigação de 72,7% dos sujeitos era unilateral
direita; 63,6% realizavam mastigação com lábios ocluídos e com movimentos rotatórios
de mandíbula; em 54,4% o ritmo mastigatório era lento. 27,3% apresentaram mastigação
unilateral esquerda e ausência de oclusão labial; estes também apresentaram mastigação
com participação exagerada da musculatura peri-oral, movimento vertical de mandíbula,
acompanhado de ritmo rápido. A deglutição de 72,7% ocorreu com protrusão anterior de
língua, 63,6% com participação exagerada da musculatura perioral, 36,4% acompanhada
de projeção da cabeça e em 18,2% a deglutição foi ruidosa. Após um mês de intervenção
fonoaudiológica houve mudança de 100% dos sujeitos em relação à mastigação e à
deglutição. Do total de sujeitos, 72,7% relataram desaparecimento dos vômitos e 27,3%
diminuição de sua frequência. Nos sujeitos em que o vômito não cessou, foram
observadas falhas dentárias em pré molares e molares, fator que impedia a adequação
mastigatória. Conclusão: O estudo evidenciou a importância da intervenção
fonoaudiológica na mastigação e deglutição de sujeitos com sintoma de vômitos
persistentes, após cirurgia bariátrica.
494
Intervenção fonoaudiológica na síndrome de angelman
495
Julgamento perceptivo-auditivo das oclusivas velares associadas à fissura
labiopalatina por alunos de graduação em fonoaudiologia
Mayalle Rocha Bonfim Jurado; Tayrine Souza Marques Borges, Viviane Cristina de Castro
Marino, Aveliny Mantovan Lima-Gregio, Jeniffer de Cássia Rillo Dutka-Souza
496
Levantamento bibliográfico das características da disartria de neurônio motor
superior unilateral no acidente vascular cerebral
Sandy Maira Almeida de Andrade; Mariana Pinheiro Brendim, Lauanda Barbosa dos
Santos, Carolina Ribeiro Neves, Priscila Moreira da Silveira, Yonatta Salarini Vieira
Carvalho, Charles Henrique Dias Marques
497
Levantamento bibliográfico das características e manifestações da disartria atáxica.
Mariana Ribeiro Lopes Neves; Karine Cristine Pereira Cortez, Glesan Vieira Gouvea,
Yonatta Salarini Vieira Carvalho, Mariana Pinheiro Brendim, Charles Henrique Dias
Marques
498
Levantamento bibliográfico das características e manifestações da disartria flácida.
Carolina Ribeiro Neves; Priscila Moreira da Silveira, Lauanda Barbosa dos Santos, Sandy
Maira Almeida de Andrade, Yonatta Salarini Vieira Carvalho, Mariana Pinheiro Brendim,
Charles Henrique Dias Marques
Introdução: As disartrias são desordens adquiridas da fala que tem como etiologia
afecções do sistema nervoso e caracterizam-se por comprometimento das bases motoras
(respiração, fonação, articulação, ressonância e prosódia). Embora exista grande
variedade de sistemas para classificação das disartrias, a mais difundida é a proposta por
Darley, Aronson e Brown (1969), no qual definem disartria como nome coletivo para grupo
de alterações resultantes de distúrbios no controle muscular do mecanismo da fala devido
a um dano no sistema nervoso central ou periférico. De acordo com esses autores, a
disartria pode ser: Flácida, por lesão localizada em neurônios motores inferiores ou nos
músculos do mecanismo da fala; Espástica, por lesão em território de neurônio motor
superior; Atáxica, por lesões cerebelares ou em suas conexões; Hipocinética, por lesões
em território extrapiramidal; Hipercinética, por lesões específicas em núcleos da base e
Mista. Segundo Murdoch (1998) as características que diferenciam a flácida de outros
tipos de disartria são decorrentes da especificidade dos nervos atingidos. Sendo assim,
ainda seria possível a descrição de subtipos dentro da disartria flácida. Esses subtipos
teriam características próprias, determinadas pelo nervo acometido. Considerando a
variação presente na literatura em relação às manifestações e características da Disartria
Flácida, este estudo objetiva pontuar essa problemática de forma a identificar as
diferentes características determinadas não somente pelo território, mas também pela
natureza da lesão. Objetivo: Levantamento bibliográfico sobre disartria flácida para
identificação das características e as variações da sua descrição na literatura.
Metodologia: As bases de dados pesquisadas foram: Biblioteca Virtual em Saúde,
PubMed e Scopus. Foi utilizado o descritor: “flaccid dysarthria” retirado do MeSH
(PubMed), e “disartria”, retirado do DeCS (BVS). Foram selecionados para o
levantamento bibliográfico artigos publicados disponíveis em texto completo e livros que
tratassem as características da “disartria” e “disartria flácida” nos idiomas português,
inglês e espanhol. Além disso, foram pesquisadas as referencias dos trabalhos
selecionados, de forma que novos artigos pudessem ser incluídos. Resultados: Foram
revisados 37 textos. Desses, 29 (78%) foram incluídos na amostra por apresentarem
semelhança com a finalidade da pesquisa - identificação das características e variações
descritas na literatura sobre Disartria Flácida - e 8 (22%) foram excluídos por não
corresponderem aos critérios. Com base neste levantamento, as características da
Disartria Flácida mais relatadas foram: hipernasalidade (59%,N=17); soprosidade (41%,
N=12), imprecisão de consoantes (34%, N=10), frases curtas (28%, N=8) monoloudness
(21%, N=6) e rouquidão (21%,N=6). Conclusão: No levantamento bibliográfico, apesar de
encontradas características comuns, há grande variação entre as manifestações da
disartria flácida apresentadas pelos autores. Essas divergências manifestam-se
principalmente dentro dos diferentes graus de imprecisão articulatória, hipernasalidade e
qualidade vocal, e dependem do território da lesão, do grau relativo à fraqueza resultante
do dano e também das características do idioma. De acordo com os resultados
preliminares deste trabalho, sugere-se a necessidade de continuidade de novas
pesquisas relacionada a essa temática.
499
Levantamento de protocolos de trauma de face em motricidade orofacial
Luana Priscila da Silva; Daniele Albuquerque Alves de Moura, José Elivelton da Silva,
Joice Maely Souza da Silva, Nathália Angelina Costa Gomes, Mariane Querido Gibson,
Daniele Andrade da Cunha
500
Manifestações fonoaudiológicas em pacientes idosos com e sem prótese dentária
Introdução: Com o passar do tempo, os indivíduos vão sofrendo com a perda dos dentes
causada pelo envelhecimento ou pela má conservação dentária. Muitos são indicados
para o uso da prótese dentária, porém alguns indivíduos acabam sofrendo com a má
adaptação da prótese. A perda dentária prejudica o equilíbrio do sistema estomatognático,
ocasionando alterações no esqueleto facial, perda de osso alveolar e da resposta
neuromuscular. Há uma redução da eficiência funcional e uma debilidade nos
mecanismos de defesa, podendo ocorrer perda das reservas funcionais. O
envelhecimento causa mudanças específicas nas estruturas da boca, levando a
dificuldade na produção de saliva, problemas de gengiva e nos dentes, sendo estas
alterações importantes para execução das funções orais. Objetivo: Caracterizar as
manifestações fonoaudiológicas em pacientes idosos com prótese dentária há mais de
seis meses e em idosos que não usam prótese dentária. Método: Foram avaliados 50
indivíduos, sendo 25 indivíduos usuários de prótese dentária e 25 indivíduos sem prótese
dentária, com idade entre 60 a 85 anos. Os critérios de exclusão foram: pacientes com
alterações neurológicas, sintomatologia dolorosa da articulação temporomandibular ou
disfunção temporomandibular. Foi realizada uma sessão que teve a duração de 70
minutos, para a aplicação do protocolo MBGR. O projeto foi aceito pelo Comitê de Ética
do Hospital Universitário da USP sob o número 1160/11. Resultados: Após a análise
estatística com o teste Binomial Test, encontramos alguns valores estatisticamente
significantes, sendo o valor de significância estabelecido de 0,05% ou 95%. As
manifestações do sistema estomatognático mais comuns que acometeram os indivíduos
com prótese de forma significativa foram: diminuição do tônus do lábio superior em 100%,
diminuição do tônus do lábio inferior em 91%, diminuição do tônus do mento em 55% e
100% da amostra com tônus de língua diminuído, mastigação ineficiente em 64%, com
velocidade diminuída. Já os indivíduos sem prótese dentária apresentaram as mesmas
manifestações, porém em graus menores, como diminuição do tônus do lábio superior e
inferior (80% da amostra), 60% com tônus do mento diminuído e 100% com tônus da
língua diminuído. Foram encontrados nos dois grupos alterações nas estruturas extra e
intraorais, com consequências negativas para a realização das funções de mastigação e
deglutição. Conclusão: Idosos apresentaram manifestações oromiofuncionais importantes
que os distanciam dos padrões de normalidade dos adultos e, em idosos usuários de
prótese dentária, essas alterações são agravadas pelo seu uso. É preciso conhecer as
características desta população para traçar planos terapêuticos mais específicos que
potencializem suas estruturas orais e melhorem a efetividade de suas funções orais. A
clínica fonoaudiológica precisa preparar-se teoricamente para receber a população idosa
nos próximos anos.
501
Mordida aberta anterior: tratamento ortodôntico e fonoaudiológico integrado
Bruna Tozzetti Alves; Fernando Henrique Trigueiro, José Luiz Brito de Carvalho
Introdução: A mordida aberta anterior, uma das más oclusões de maior comprometimento
estético e funcional, é definida como a presença de um trespasse vertical negativo entre
as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores enquanto os dentes
posteriores encontram-se intercuspidados. Isso provoca alterações dentárias e
esqueléticas que dificultam a apreensão e corte dos alimentos, além de prejudicar a
produção de determinados fonemas. Esta má oclusão pode apresentar fatores etiológicos
hereditários e/ou ambientais e também pode estar presente durante todos os estágios do
desenvolvimento da oclusão. O tratamento desta má oclusão deve ser multiprofissional
envolvendo a integração entre ortodontista, fonoaudiólogo, otorrinolaringologista e
psicólogo, variando desde a remoção dos fatores ambientais até procedimentos mais
complexos, como a cirurgia. Objetivo: Verificar, com base num levantamento dos artigos
publicados recentemente, a integração entre a Ortodontia e a Fonoaudiologia para o
tratamento da mordida aberta anterior. Métodos: Foi realizado um levantamento dos
artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, entre os anos de 1997 a
2013 utilizando três diferentes bases de dados: BBO – Odontologia (Brasil), Lilacs e
Medline. Como critério de inclusão, os artigos deveriam relatar tratamento da mordida
aberta anterior ortodôntico e fonoaudiológico integrado. Resultados: Foram obtidos 80
artigos, mas somente 11 destes obedeceram ao critério de inclusão. Na literatura verificou
– se que a inter-relação existente entre a Ortodontia e Fonoaudiologia é essencial para o
tratamento e estabilidade desta má oclusão, devolvendo ao paciente a forma e a função
normais por meio do tratamento ortodôntico e fonoaudiológico respectivamente. Porém,
os artigos em sua grande maioria foram levantamentos epidemiológicos sobre a mordida
aberta anterior e não sobre o seu tratamento, seja ele isolado ou multiprofissional
integrado. Conclusão: Poucos estudos encontrados realizaram o tratamento ortodôntico e
fonoaudiológico integrado, porém aqueles que realizaram obtiveram resultados positivos,
concluindo que a integração profissional é fundamental, havendo a necessidade de
estudos adicionais para contribuir e ampliar as informações referentes ao tratamento e
estabilidade da mordida aberta anterior.
502
Mudanças na atividade elétrica dos músculos masséteres com a eletroestimulação
neuromuscular em crianças riníticas
Roberta Borba Assis; Elaine Cristina Bezerra dos Santos, Sandro de Lima Júnior, Daniele
Andrade da Cunha, Tetsuo Tashiro, Décio Medeiros Peixoto, Hilton Justino Da Silva
503
O que ocorre com o ângulo columelar após cirurgia de correção da fissura labial?
Mariana Batista de Souza Santos; Mario Jorge Frassy Feijo, Stella Ramos Brandão, Rui
Manoel Rodrigues Pereira, Hilton Justino da Silva
504
O uso da bandagem elástica kinesio associada à terapia fonoaudiológica na
sialorréia: relato de caso
Patrícia Valente Moura Carvalho; Virginia Cátia Costa Franco, Fabiola Cristina de Sales
Leite, Viviane Cristina dos Santos
Introdução: A sialorréia é definida como uma inabilidade para controlar secreções orais,
causada por múltiplos fatores, que determina consequências físicas e psicossociais.
Existem diversas abordagens de tratamento, dentre elas: drogas anticolinérgicas,
radioterapia, aplicação de toxina botulínica em glândulas salivares, ligadura dos ductos
parótideos, ressecção das glândulas submandibulares e terapia fonoaudiológica.
Atualmente estudos têm descrito o método Kinesio Taping como novo recurso
terapêutico. Objetivo: Verificar a eficiência da bandagem elástica Kinesio associada à
terapia fonoaudiológica no controle da sialorréia. Método: Participante do sexo masculino,
65 anos, asilado, com diagnóstico de sialorréia. Foi submetido ao tratamento com
aplicação da toxina botulínica em março de 2013. Realizou-se avaliação fonoaudiológica
das estruturas/funções do sistema estomatognático e aplicação do questionário e da
escala de frequência e gravidade da sialorréia. A intervenção ocorreu de abril a maio de
2013, abrangendo 04 sessões terapêuticas e 02 aplicações semanais da bandagem em
orbiculares, ventre anterior do digástrico e milo-hióideo. A fonoterapia abarcou:
crioterapia, exercícios isométricos e isotônicos para os órgãos fonoarticulatórios (OFA’s) e
conscientização para o aumento da frenquência da deglutição da saliva. Reavaliação ao
término da intervenção. Resultados: Foram contabilizadas 24 sessões e 13 aplicações da
bandagem elástica. Observou-se: melhora do vedamento labial, sensibilidade, mobilidade
e força de OFA’s; modificação na escala, passando de profuso/constante para
moderado/ocasional. Dos 14 entrevistados: 100% classificaram a sialorréia como
frequente. Quanto às causas, 50% atribuíram ao nojo e 43% à fraqueza para deglutir; 7%
não souberam correlacionar. Acerca do botox apenas 50% observaram redução da saliva,
sendo esta parcial e temporária. Após intervenção 100% consideraram a terapia eficaz,
destacando como melhoras: vedamento labial (57%), percepção e deglutição da saliva
(28%) e redução do escape salivar (86%) e tempo de alimentação (14%). 100%
associaram a evolução à fonoterapia e taping. Os participantes aludiram melhora da fala e
autoestima, o que refletiu positivamente na qualidade de vida do idoso. Conclusão:
Constatou-se uma redução significativa da sialorréia, além de melhora da deglutição e
fala. A fonoterapia associada ao método Kinesio Taping se mostrou eficaz no controle da
sialorréia, sugerindo sua implementação.
505
Padrão mastigatório e rinite alérgica: revisão integrativa
Ana Carolina Cardoso de Melo; Luciana Ângelo Bezerra, Hilton Justino da Silva, Klyvia
Juliana Rocha de Moraes, Renata Andrade da Cunha, Daniele Andrade da Cunha,
Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento, Décio Medeiros
506
Padrão mastigatório e suas relações na simetria do movimento mandibular em
crianças com respiração oral
Aline de Lima Lins; Hilton Justino da Silva, Lucas Carvalho Aragão Albuquerque, Sandro
Junior Henrique Lima
Introdução: A respiração oral ocorre quando um indivíduo apresenta uma obstrução nasal
orgânica ou funcional. A respiração modifica o funcionamento e as estruturas que
compõem o Sistema Estomatognático dependendo do grau de severidade da obstrução
nasal1. Poucas discussões foram estabelecidas acerca de como se desenvolve a função
mastigatória nestes indivíduos. É de consenso que a mastigação é afetada por aspectos
como estado de conservação dos dentes, tipo de oclusão, dificuldades no olfato, paladar.
Sendo muitas destas alterações são causadas pela respiração oral3,4. A eletrognatografia
é um recurso importante na verificação da mastigação, pois ele é capaz de mapear os
movimentos mandibulares milimetricamente e determinar o lado de preferência
mastigatório. Objetivo: Caracterizar o lado de preferência mastigatório e sua associação
com a simetria do movimento mandibular durante a abertura de boca em crianças com
respiração oral. Metodologia: Participaram da pesquisa 22 crianças diagnosticadas com
rinite alérgica, com idades entre 7 e 12 anos, em atendimento no Ambulatório de Alergia e
imunologia do Hospital das Clínicas de Pernambuco. Para a realização da coleta de
dados foi realizado o exame de eletrognatografia, onde foi fixado um magneto na mucosa
oral abaixo dos incisivos inferiores. Durante o exame foi solicitado aos voluntários que
mastigassem um pão (25 gramas), para a verificação do tipo de mastigação. Após a
deglutição foi solicitado que o mesmo abrisse a boca o máximo que pudesse para a
verificação da simetria durante o movimento mandibular. Resultados: A avaliação da
simetria no movimento de abertura de boca levou em consideração a apresentação do
plano frontal para sua determinação. Verificamos que 77,28% apresentaram um desvio no
movimento da abertura de boca caracterizando-se como assimétrico. E apenas 22,72%
da amostra apresentou um movimento mandibular simétrico. Para avaliação da
mastigação, foram considerados o número de ciclos afim de classificá-la em tipos. Foram
considerados os valores estabelecidos pela literatura de que 66% dos ciclos mastigatórios
para um lado seria considerado predominantemente unilateral5. Foi possível verificar que
a maioria dos indivíduos apresentou uma mastigação bilateral alternada com 77,28% da
amostra. Os indivíduos que apresentaram uma mastigação preferencialmente à direita
completam a amostra com 22,72%. Corroborando com estudos encontrados na
literatura6, que inferem que a presença de alteração nas estruturas orofaciais parece não
interferir no tipo mastigatório Aplicando a analise descritiva dos dados apresentados não
foi encontrada relação, estatisticamente significativa, em entre o lado de Preferência
mastigatória e o desvio mandibular. Conclusão: Podemos verificar que a respiração
interfere sobre as estruturas que compõem o sistema estomatognático, mas que estas
alterações podem não influenciar no padrão mastigatório. E que a assimetria do
movimento mandibular durante a abertura de boca não apresentou relação significante
com a escolha de um lado de preferência mastigatório
507
Parámetros de la forma en que los cuidadores alimentan a los niños con pci
Junnelly Solis Vidal; David Parra Reyes, Jerson Chaves Salinas, Paola Cayllahua
Fernández, Gonzalo Cayllahua Fernández
508
Perfil das pacientes atendidas na central de aleitamento materno do hospital
universitário da ufsc
Tatiana Nunes Rodrigues; Denise Neves Pereira, Ingrid Born, Leticia David de Amorim
Introdução: O aleitamento materno (AM) se constitui numa das mais importantes ações de
saúde, sendo responsável por diminuir as taxas de mortalidade infantil e melhorar a saúde
materna1-2.Entretanto, o desmame precoce ainda é uma realidade no nosso meio3. Para
que se melhore esse panorama, a mãe necessita de apoio não somente da sua família,
mas também do profissional de saúde, principalmente nos primeiros dias após o parto. A
falta de conhecimento e habilidades por parte dos profissionais de saúde para apoiar o
aleitamento materno tem sido apontada como a principal causa de falha no início e na
manutenção dessa prática (4-6). Diversas são as complicações da má pega ou mau
posicionamento da mãe e do bebê, custando muitas vezes o abandono da prática de
aleitamento. A Central de Aleitamento Materno(CIAM) do HU foi criada há 17 anos e é a
responsável por acompanhar todas as lactantes do alojamento conjunto e UTI Neonatal
do HU, resolvendo todos os problemas relacionados à amamentação. Esta é composta
por uma equipe interdisciplinar com nutricionista, enfermeira e fonoaudiólogas. Desde a
sua criação, não houve levantamento epidemiológico das pacientes atendidas. Sendo
assim, o propósito desse estudo é analisar o perfil das pacientes atendidas no CIAM
explorando os problemas mais comumente encontrados em seus atendimentos.
Objetivos: Analisar o perfil das pacientes atendidas no CIAM explorando os problemas
mais comumente encontrados em seus atendimentos. Metodo: Foi aplicado um
questionário com pacientes que aceitaram participar da pesquisa. Com esse questionário
pudemos correlacionar a quantidade de mães que tiveram orientações para as práticas de
incentivo ao aleitamento materno com a quantidade de puérperas que saíram da
maternidade mantendo aleitamento materno exclusivo. Resultados: Foi entrevistado um
total de 87 puérperas, sendo que 76 (85,53%) conseguiram ter alta hospitalar com
aleitamento materno exclusivo e apenas 11 (14,47%) mães tiveram alta com aleitamento
materno misto. Discussão: A Central de Incentivo ao Aleitamento Materno (CIAM) do
HU/UFSC tem como uma de suas práticas a promoção do aleitamento materno segundo
os preceitos da Organização Mundial de Saúde/Unicef/Ministério da Saúde. Pesquisas
têm demonstrado que nutrizes que possuem acesso a serviços que apoiam o processo de
amamentação, a exemplo da CIAM, possuem taxas mais elevadas de aleitamento
materno do que as menos assistidas. Nesse contexto, é necessário salientar a
importância do profissional fonoaudiólogo quanto ao papel educativo no processo de
cuidado. Conclusão: Com orientação e incentivo observamos nutrizes fortalecidas para
garantir o sucesso do Aleitamento Materno Exclusivo.
509
Pressão de língua em adolescentes
Amanda Cibelly Brito Gois; Jussier Rodrigues da Silva, Patrícia Araújo de Brito, Renata
Veiga Andersen Cavalcanti, Leandro de Araújo Pernambuco
510
Prevalência de hábitos deletérios orais em crianças de uma creche na cidade de
goioerê-PR
Julya Macedo; Daline Backes Eyng, Fernando Wolff Mendonça, Lauriane Victorino de
Moura
Introdução: Nas creches podemos encontrar muitas crianças com hábitos deletérios orais,
principalmente mamadeira e chupeta, onde os mesmo podem trazer consequências e/ou
alteração para o desenvolvimento do sistema estamatognatico. A mamadeira e a chupeta
dependendo do tempo, frequencia e intensidade de uso, podem causar alterações na
mastigação, deglutição, respiração e fonoarticulação. Objetivo: Realizar um levantamento
dos hábitos deletérios orais de mamadeira e chupeta dos alunos de uma creche no
município de Goioerê – Pr. Métodos: A pesquisa foi realizada em uma creche autorizada
pela secretaria de educação do município de Goioerê – Pr. O estudo foi realizado
mediante a aplicação de um questionário com todas as crianças de ambos os sexos da
creche para identificar a presença ou não de hábitos deletérios. Foi realizada ainda uma
palestra para pais e professores, com entrega de orientações por escrito, sobre as
alterações causadas pelos hábitos deletérios e a importância de se evitar ou remover
esses hábitos para o desenvolvimento motor oral da criança. Resultados: Foram
coletados os dados de 104 crianças pré-escolares, onde os mesmos foram divididos em
três grupos: berçário com 36 crianças, maternal com 53 e pré-escolar com 15 crianças. A
pesquisa demonstrou que 34 crianças não tem nenhum tipo de hábito deletério oral,
sendo que 70 têm algum tipo de hábito deletério oral, principalmente no grupo do
berçário, indicando o uso de mamadeira e chupeta. Verificou-se ainda uma grande
prevalência de mamadeira e chupeta nas crianças dessa creche, comparadas com os
outros hábitos. Do total de crianças participantes da pesquisa, identificou-se 37 que
utilizam a chupeta, enquanto 41 fazem o uso da mamadeira. CONCLUSÃO: A pesquisa
demonstrou uma alta prevalência do uso de mamadeira e chupeta na creche pesquisada.
Acredita-se que a conscientização dos responsáveis, pais e funcionários da creche é
ainda essencial para a prevenção das alterações do sistema estomatognático e oclusão
dentária alterada.
511
Prevalência dos hábitos de sucção não nutritiva e fatores associados
Cláudia Marina Tavares de Araújo; Maíra Pê Soares de Góes, Silvia Regina Jamelli
512
Protocolo de avaliação da recusa alimentar: proposta para pacientes com paralisia
cerebral
Daniela Pimenta Bittar; Ellen Cristina Siqueira Soares Ishigaki, Giuliana Tessicini, Marcela
de Oliveira Conde
513
Protocolos de avaliação clínica em motricidade orofacial: uma revisão da literatura.
514
Protocolos de avaliação em motricidade orofacial
José Elivelton da Silva; Daniele Albuquerque Alves de Moura, Joice Maely Souza da
Silva, Luana Priscila da Silva, Mariane Querido Gibson, Nathália Angelina Costa Gomes,
Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento
515
Qual o tempo mastigatório para diferentes texturas alimentares?
Introdução: O termo textura alimentar se refere à capacidade sensorial dos alimentos que
é detectada pelos sentidos do tato (na mão e na cavidade oral), visão e audição, e que se
manifesta quando o alimento sofre deformação. Sabe-se que a textura e o tamanho dos
alimentos a serem consumidos influencia consideravelmente o tempo de mastigação,
visto que as características físicas dos alimentos são considerados fator diferencial entre
estes, já que o processo mastigatório ajusta-se e adapta-se às diferentes texturas
alimentares. Objetivo: Discutir e promover uma reflexão acerca dos diferentes tempos
mastigatórios encontrados para alimentos de diferentes texturas. Métodos: Este trabalho
foi elaborado a partir de uma revisão de livros e artigos nacionais e internacionais, do
período de setembro de 2012 a Janeiro de 2013, realizada através do uso das bases de
dados Lilacs e Scielo, não havendo restrição quanto ao ano da publicação. Os descritores
foram selecionados de acordo com os DeCS: “Fonoaudiologia”, “ Sistema
Estomatognático”, “Avaliação” e “Mastigação”. Foram selecionados 15 artigos, 1
monografia, 2 capítulos de livros e 1 dissertação, de interesse para o estudo, ou seja,
aqueles que faziam referência à duração da mastigação e às diferentes texturas
alimentares utilizadas na prática clínica fonoaudiológica. A maior parte desses artigos
encontrados está publicada em português e suas coletas foram realizadas por
fonoaudiólogos. Resultados: Por ter natureza complexa, a função mastigatória tem sido
muito estudada nos últimos anos. No entanto, percebe-se que ainda existe uma falta de
padronização no seu processo de avaliação no que se refere ao tempo de duração da
mastigação para alimentos de diferentes texturas. Isto gera a necessidade de se construir
um instrumento padronizado na clínica para que se possa desenvolver um trabalho de
forma mais adequada que forneça um diagnóstico preciso e correto da alteração. Alguns
autores mencionam em seus estudos que a mastigação de determinados sujeitos ocorre
de forma rápida ou lenta. Nos protocolos de avaliação da função mastigatória como, por
exemplo, o de Junqueira publicado em 1998, é possível encontrar em um dos itens, a
alternativa lenta ou rápida, se referindo à duração da mastigação, para que o
fonoaudiólogo examinador marque no momento da avaliação. Entretanto, essa forma de
avaliar o tempo e de classificá-lo quanto rápido ou lento ainda é feita de forma subjetiva,
baseado na experiência clínica do profissional, uma vez que não existe consenso de
tempo normal para alimentos de diferentes texturas. Conclusões: Várias são as tentativas
de padronização, inclusive assemelhando-se a alguns métodos utilizados; mas ainda não
possuímos valores de referência para avaliar o tempo de duração da mastigação de forma
efetiva, considerando padrões de normalidade, permanecendo assim muitas indagações
quanto ao que é mastigação lenta ou rápida, ou ainda quanto tempo deve durar a
mastigação fisiológica para diversas texturas alimentares.
516
Qualidade de vida do sono no idoso
517
Reabilitação das funções estomatógnáticas na laringectomia subtotal supra-
cricóide – chep: estudo de caso
Roberta Borba Assis; Ana Maria Bezerra de Araújo, Luciana Corrêa de Araújo Arcoverde,
Leonardo de Siqueira Barbosa Arcoverde, Benilda Silva da Luz, Schirleyde Fabiana da
Silva
518
Reflexos orais, prematuridade e características da sucção não-nutritiva em recém-
nascidos
Vanessa Fava Souza; Karinna Veríssimo Meira Taveira, Renata Veiga Andersen
Cavalcanti
519
Relacion entre las alteraciones oclusales y habitos deletereos en personas con
síndrome de down
Junnelly Solis Vidal; Natalia Flores Castro, Giovanni Ramos Rojas, David Parra Reyes
520
Relação entre refluxo gastroesofágico e dificuldades alimentares em recém
nascidos e lactentes - revisão bibliográfica
521
Relaçôes entre tempo de hospitalização e diagnóstico cid-10 de recém nascidos
prematuros
522
Retalho faríngeo e veloplastia intravelar: efeito sobre a respiração e a fala.
Renata Paciello Yamashita; Rafaeli Higa Scarmagnani, Daniela Aparecida Barbosa, Ana
Paula Fukushiro, Inge Elly Kiemle Trindade.
523
Severidade da disfunção temporomandibular e fatores associados em graduandos
de fonoaudiologia
Wellyda Cinthya Felix Gomes da Silva; Anne da Costa Alves, Marluce Nascimento de
Almeida, Jéssica Nazita Lima e Silva, Renata Veiga Andersen Cavalcanti, Jussier
Rodrigues da Silva
524
Série de casos: postura de cabeça e pescoço em criança com respiração oral
secundária a rinite alérgica
Ana Carolina Cardoso de Melo; Luciana Ângelo Bezerra, Hilton Justino da Silva, klyvia
Juliana Rocha de Moraes, Renata Andrade da Cunha, Daniele Andrade da Cunha,
Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento, Décio Medeiros
Introdução: A respiração oral possui diversas causas, tais como: desvio de septo nasal,
postura incorreta, pólipos nasais, abcessos, tumores e rinite alérgica, sendo esta última
uma das mais comumente encontradas. Este tipo de respiração, quando prolongada,
pode gerar desequilíbrios miofuncionais, mudanças nas funções estomatognáticas e no
eixo corporal. A oclusão da boca é parte integrante do sistema estomatognático. Assim,
um transtorno na oclusão, que geralmente ocorre na respiração oral, poderá repercutir
sobre o corpo como um todo. Objetivo: Verificar alterações na postura de cabeça e
pescoço e deslocamento ântero-posterior do eixo corporal em crianças com respiração
oral secundária à rinite alérgica. Método: Estudo realizado no ambulatório de pediatria e
de alergia/imunologia do Hospital das Clínicas da UFPE, Brasil. A amostra foi composta
por 11 crianças com respiração oral secundária à rinite alérgica, na faixa etária de 6 a 11
anos. As crianças foram submetidas à avaliação postural através da biofotogrametria.
Durante a avaliação postural, a criança permaneceu em postura ortostática sob um tapete
sem marcações. A câmera digital foi afixada em um tripé sendo posicionada na altura da
cicatriz umbilical da criança, permanecendo a 2,5m de distância da criança. As imagens
foram captadas nas vistas anterior, posterior, lateral direita e esquerda. Posteriormente
foram analisadas através do software SAPO. RESULTADOS: Das 11 crianças, 3
(27.27%) eram do gênero feminino; a média de idade foi de 7.81 ± 1,83 anos de idade.
Oito crianças (73%) apresentaram cabeça inclinada à esquerda, 9/11(82%) com a cabeça
anteriorizada e 9/11 (82%) com o corpo deslocado posteriormente, visando uma
compensação corporal para manter a postura bípede. CONCLUSÃO: A respiração oral
leva a alterações miofuncionais gerando desajustes posturais globais, podendo alterar a
função mastigatória. Sugerem-se mais estudos sobre este tema, estimulando a
intervenção precoce na correção postural.
525
Síndrome da apnéia obstrutiva do sono e disfagia orofaríngea: caso clínico
526
Síndrome de Crouzon: relato de caso do pré e pós-terapia em motricidade orofacial
527
Tempo de intervenção fonoaudiológica para transição da alimentação de recém-
nascidos do método canguru
Andréa Monteiro Correia Medeiros; Conceição Lima Alvelos, Thalyta Prata Leite de Sá
528
Terapêuticas da dtm em idosos: uma revisão sistemática
Nathália Angelina Costa Gomes; Danielle Albuquerque Alves de Moura, Hyrys Célia de
Souza Almeida, José Elivelton da Silva, Joice Maely Souza da Silva, Luana Priscila da
Silva, Mariane Querido Gibson, Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento
529
Terapia fonoaudiológica em estética facial: estudo de caso
Adriana Mria Romão; Diulia Gomes Klossowski, Maria Fernanda Bagarollo, Gilsane
Raquel Czlusniak
Introdução: A área da estética vem se desenvolvendo cada vez mais, pois nos dias atuais
a demanda de pessoas à procura do rejuvenescimento, ou até mesmo para prevenção é
grande. A atuação fonoaudiológica em Motricidade Orofacial com finalidade estética visa
avaliar, prevenir e equilibrar a musculatura da mímica facial e/ou cervical, além das
funções orais, buscando a simetria e a harmonia das estruturas envolvidas, do movimento
e da expressão, resultando no favorecimento estético. Objetivo: Verificar as modificações
ocorridas na face antes, durante e após intervenção fonoaudiológica em estética facial.
Métodos: Essa pesquisa trata-se de um estudo de caso. O caso estudado foi de uma
voluntária, do sexo feminino de 41 anos de idade. Foi utilizado um protocolo de
Anamnese e Avaliação do Método Magda Zorzela e um Protocolo de Motricidade
Orofacial tradicionalmente usado na área da Motricidade Orofacial. Para coleta de dados
a voluntária foi submetida à 12 sessões de trabalho fonoaudiológico, incluindo anamnese,
avaliação e reavaliação. Nesse período a voluntária passou por técnicas propostas pelo
Método MZ e pela utilização de bandagem não elástica do tipo Transpore®. Os dados
foram registrados através de fotografias ao final de cada uma das 12 sessões, incluindo
avaliação e reavaliação. Resultados: Foi possível observar que os principais resultados
obtidos foram: adequação da maneira de mastigação e deglutição e suavização dos
vincos presentes sobre o músculo frontal. Na pele que recobre a musculatura do olho,
boca não se pode constatar redução das rugas, com esse tempo de tratamento. Assim, o
principal resultado encontrado refere-se à redução significativa das rugas que recobrem o
músculo frontal. Conclusão: Esse estudo mostrou a necessidade de mais estudos,
especialmente, experimentais, que comprovem a eficácia ou não de cremes antirrugas, do
uso da bandagem não elástica durante o tratamento de fonoaudiologia e estética facial e
a busca por evidências científicas que demonstrem a eficiência e a eficácia das técnicas
propostas e utilizadas. Além disso, essa pesquisa abre possibilidades para se pensar em
novos estudos que se ocupem da investigação da continuidade da terapia fonoaudiológica
no domicilio e expansão do tratamento fonoaudiológico.
530
Tonicidade e mobilidade orofacial de pacientes com esclerose múltipla: análise em
função do sexo
531
Tonicidade e mobilidade orofacial em função do tempo desde o diagnóstico da
esclerose múltipla
532
Tonicidade e mobilidade orofacial em sujeitos com diagnóstico de esclerose
múltipla em função da idade
Ana Karênina de Freitas Jordão do Amaral; Jaims Franklin Ribeiro Soares, Émerson
Soares Pontes, Aline Cunha de Sousa
533
Uma comunidade de paralisia facial no facebook: relatos que circulam nas redes
sociais
Introdução: As redes sociais online aproximam usuários conectados via internet. Tal
mecanismo de sociabilidade tipicamente contemporâneo é caracterizado pela existência
de um grupo social ou comunidade que interage com regularidade e pode, assim,
construir/intensificar novos laços sociais. O Facebook é um site e serviço de rede social,
no qual os usuários criam um perfil pessoal e podem participar de grupos com interesses
comuns. Sabe-se que nos indivíduos com paralisia facial, dentre os principais
comprometimentos está a limitação da função mímica e expressiva da face. Assim,
considerando-se que nesse contexto as interações se estabelecem sem a necessidade do
contato “face a face”, as comunidades de Paralisia Facial no Facebook parecem ser um
dispositivo propício para constituição de laços sociais, favorecendo a exposição de relatos
pessoais. Objetivo: Investigar os relatos de sujeitos inseridos na comunidade de paralisia
facial em uma página do Facebook. Método: Foi selecionada a comunidade intitulada
“Paralisia Facial” no Facebook que havia maior quantidade de participantes. Realizou-se a
análise dos comentários publicados, após consulta aos termos e às políticas de
privacidade para uso e controle de informações do Facebook. A coleta dos dados foi
realizada a partir dos comentários publicados pelos próprios usuários, no período de 01 a
31 de maio de 2013. O material coletado foi interpretado a partir da análise categorial. A
identidade dos usuários foi preservada. Resultados: A página de Paralisia Facial foi criada
em 02/11/2011 e no dia 31/05/2013 registrava um total de 2028 usuários, a grande
maioria domiciliada na cidade de São Paulo e na faixa etária de 25 a 34 anos. No período
investigado foram postados: 54 depoimentos pessoais, 403 comentários sobre os
mesmos (com média de 7,7 comentários por depoimento). A totalidade de depoimentos
foi postada por indivíduos com paralisia facial periférica. As temáticas mais abordadas
foram: histórico clínico do próprio caso (76%), solicitações de informações sobre
medicamentos e/ou tratamentos (42%), por parte de indivíduos que, muitas vezes, estão
em acompanhamento com profissionais da saúde, mas tem dúvidas quanto aos
procedimentos, criticam e questionam a competência desses profissionais quanto ao
tratamento (11,5%). Outros, relatam a própria evolução e efeitos positivos das
intervenções realizadas para o tratamento da paralisia facial (33%), e tendem a relacionar
a melhora dos sintomas com fatores como “capacidade de superação pessoal e/ou
fortalecimento da fé” (17%). Entretanto, 30% dos depoimentos evidenciaram que a
doença gerou problemas emocionais (desânimo, tristeza e raiva) e limitações sociais para
retomar suas atividades cotidianas. Os depoimentos evidenciaram o compartilhamento de
experiências pessoais, sugerindo (via quantidade significativa de comentários) benefícios
em termos subjetivos e de disponibilidade de informações para os usuários. Porém,
muitas das discussões levantadas estavam relacionadas a solicitações de tratamento
medicamentoso e/ou dicas para recuperação dos movimentos mímicos da face, o que se
evidencia preocupante, principalmente ao se pensar que tais intervenções realizadas por
conta própria podem agravar o quadro clínico. Conclusão: Foi interessante investigar os
relatos que circulam entre os sujeitos com paralisia facial pois estes evidenciaram
temáticas importantes e preocupantes que precisam ter espaço para discussão na
fonoaudiologia.
534
SAÚDE COLETIVA
Melina Putti; Yara Helena Rodrigues, Naalian de Paula Nunes, Natalia Alvarenga
Maruyama, Rita Cristina Sadako Kuroishi, Tatiane Martins Jorge
535
A atuação da fonoaudiologia junto aos familiares dos pacientes do centro de
atenção psicossocial
Introdução: A família é a base fundamental na formação da criança, pois é por meio dela
que passamos a adquirir nossos valores, caráter e formamos nossa personalidade, seja,
por imitação, observação ou condutas dos nossos familiares. Logo, quando existe algum
desajuste no ambiente familiar, seja ele de cunho econômico, emocional e/ou social,
torna-se mais difícil para esta família lidar com a formação do seu filho, principalmente
quando se trata de doença. Sabemos que o convívio com a doença, seja ela física ou
mental, é muito desgastante para a família, o que é agravado quando essa doença tende
a ser de duração prolongada, tendo recidivas de manifestações agudas ou vista como
incapacitante e estigmatizante, como é o caso da doença mental. Objetivos: Pensando
nisso, e tomando como base algumas diretrizes, o Centro de Atenção Psicossocial para
Infância e Adolescência de Iguatu-CE criou um grupo de atenção às famílias das crianças
assistidas na instituição, com o objetivo de dar suporte à saúde psicológica desses
familiares e resgatar a autoestima e a motivação. Metodologia: O grupo é coordenado
pelo Fonoaudiólogo e a Enfermeira, numa perspectiva interdisciplinar, passando
conhecimentos teóricos e práticos relacionados aos transtornos de seus filhos, além de
prestar orientação familiar individualizada quando necessário. É realizado apenas um
encontro mensal devido às dificuldades financeiras e de acesso, além da falta de tempo
dos pais. Após realizar oito encontros, é conferido um certificado aos participantes,
momento de felicidade, orgulho e conquista para os envolvidos, sendo entregue de forma
solene e coletiva que se constitui num evento cultural realizado na instituição. Resultados:
Portanto, com esse grupo surgiu o projeto “Mãe de verdade”, devido às mães serem a
representação mais expressiva do grupo, as quais recebem conhecimento e orientação
de como lidar e entender melhor seus filhos e a lidar com suas dificuldades. Os
participantes demonstraram satisfação, prazer e dedicação, sentimentos observados
mediante a assiduidade, pontualidade e participações durante os encontros. Com isso,
conseguimos obter em oito meses, maior compromisso, empenho, responsabilidade e
motivação dos pais para com o tratamento dos seus filhos, resgatando a autoestima, o
que proporcionou um resultado mais rápido e eficaz no tratamento das crianças.
Conclusão: Logo, a família deixou de ser culpabilizada pela doença do seu filho de forma
leiga e passou a atuar como coadjuvante em seu tratamento e reabilitação, de maneira
consciente, a partir da escuta, orientação e informação.
536
A contribuição da fonoaudiologia no processo de envelhecimento saudável
537
A fonoaudiologia na saúde coletiva: uma experiência acadêmica
Luiza Augusta Rosa Rossi-Barbosa; Erasmo Daniel Ferreira, Kelly Simeia Rodrigues
Cardoso Costa, Caroline Pereira de Avelar
538
A gestão da triagem auditiva neonatal na SES/RS
Cristiane Schuller; Márcia Falcão Fabrício, Bruna Mauer Lopes, Claudia Veras
539
A importância da identificação de queixas relacionadas à comunicação no
acolhimento de usuários em Capsi
540
A influencia das avós no aleitamento materno:visão da puérpera
Danielle Maria da Silva; Priscila Pedrosa Briano, Andrêsa Florêncio Gomes, Juliana
Arruda Araújo, Giovanna Carvalho Austregesilo, Isis Félix Moura
541
A surdez e seus desdobramentos: a percepção dos atores sociais envolvidos
Introdução: Este trabalho se insere nas discussões sobre saúde auditiva e tem como
ponto de partida o reconhecimento da problemática da deficiência auditiva na população
brasileira e as diretrizes da atual Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva. Diante da
perspectiva da integralidade da saúde, tem como objeto de estudo a surdez enquanto
problemática social e seus desdobramentos a partir dos discursos dos atores envolvidos.
Objetivo: Investigar os desdobramentos da surdez, a partir do ponto de vista dos atores
sociais envolvidos, num centro de atendimento especializado em cidade da região
metropolitana de Curitiba – PR. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativa e
quantitativa do tipo estudo de caso, aprovado pelo CEP. Foram sujeitos desta pesquisa,
dez pais e/ou cuidadores (família) dos estudantes com deficiência auditiva ou surdez que
iniciaram o acompanhamento no centro de atendimento especializado, a partir de 2004,
(data em que a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva foi instituída
nacionalmente) assim como 9 professores que já vivenciaram ou que estão vivenciando a
experiência de ter um aluno surdo em sala de aula da rede regular de ensino e dois
gestores, um representando a Secretaria de Educação e o outro a Secretaria de Saúde.
Os participantes apresentam a problemática da surdez como ponto em comum em suas
vivências. Cada sujeito com sua perspectiva diante de suas dificuldades desde o
diagnóstico, condutas, escolarização e relacionamento social. A coleta de dados se deu
mediante grupos focais formados por pais e professores e por entrevista aberta individual
aos gestores e análise documental. A análise do material extraído dos grupos focais e
entrevistas se deu a partir da análise do conteúdo na modalidade temática. A discussão
dos dados foi organizada pela análise das falas dos sujeitos. Resultados: Foi possível
extrair quatro grandes categorias temáticas com seus respectivos núcleos de sentido para
discussão que se complementaram e que ajudaram a construir uma compreensão ao
objeto de análise proposto. As categorias temáticas foram: O diagnóstico precoce e a
saúde auditiva como um direito e o acolhimento adequado e orientações iniciais como
uma necessidade; Dificuldades na Relação Intersetorial e Inter-redes; Dificuldades na
comunicação com o surdo; Formação dos professores e suporte do sistema. Conclusão:
Concluímos que os desdobramentos de uma surdez diagnosticada tardiamente
permearam os âmbitos relacionados à saúde e educação das crianças com surdez. O
diagnóstico precoce e acolhimento adequado não ocorreu na maioria das crianças.
Verificou-se a falta de uma relação intersetorial (saúde e educação) satisfatória. A
comunicação com o surdo se mostrou deficitária em decorrência da falta de uma língua.
Os professores não apresentaram formação e condições estruturais adequadas para o
exercício da docência com as crianças surdas. Como considerações finais apontamos as
seguintes necessidades: a efetivação e operacionalização da relação em rede, como
também ampliação dos serviços de assistência; a criação de um NASF municipal com
equipe interdisciplinar em que o profissional fonoaudiólogo esteja presente e fortaleça o
que preza a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva.
542
Abordagem terapêutica fonoaudiológica no serviço de assistência domiciliar (SAD/
Recife): relato de experiência
Introdução: O SAD visa promover assistência aos pacientes que necessitam de atenção à
saúde prestada no domicílio, juntamente com as equipes multiprofissionais auxiliando as
equipes de atenção primaria. Além disso, tenta evitar as hospitalizações desnecessárias e
as desinstitucionalização de pacientes que se encontram internados, seguindo os
princípios do sistema único de saúde (SUS). O fonoaudiólogo dentro dessa equipe atua
no processo de promoção, prevenção e de reabilitação da saúde e dos distúrbios da
comunicação. Objetivo: Relatar a abordagem terapêutica fonoaudiológica na equipe
multidisciplinar do serviço de assistência domiciliar. Métodos: Trata-se de um relato de
experiência através da observação da atuação fonoaudiológica no serviço de assistência
domiciliar (SAD) em pacientes que necessitavam de reabilitação e eram atendidos pela
fonoaudióloga do serviço. O relato foi realizado por duas residentes com formação em
fonoaudiologia que não tinham vivenciado o atendimento fonoaudiológico no SAD, as
observações ocorreram em três meses, duas vezes na semana durante as visitas
domiciliares, consistiam em observar as principais patologias encontradas nos pacientes e
a abordagem terapêutica. Resultados: Verificou-se que grande parte dos pacientes
acompanhados pelo SAD eram idosos com doenças crônicas degenerativas agudas,
patologias que necessitavam de cuidados paliativos exclusivos e pacientes com
incapacidade funcional permanente. Os atendimentos possibilitaram aos usuários do
serviço uma avaliação inicial a fim de obter o diagnóstico fonoaudiológico e criar um plano
terapêutico, levando em consideração o estado geral e a patologia de base de cada
indivíduo. Vale salientar que alguns pacientes eram atendidos mensalmente, devido à
existência de apenas um profissional nesse serviço e pela grande demanda de pacientes,
o que dificultava no monitoramento e no melhor prognóstico. A atuação fonoaudiológica
no SAD não atuou apenas na reabilitação, como também em orientações,
gerenciamentos, ações de promoção à saúde relacionada aos distúrbios
fonoaudiológicos, proporcionando uma melhor qualidade de vida e bem-estar desses
indivíduos. Conclusão: Ao término da experiência, observou-se que a atuação do
fonoaudiólogo dentro da equipe de Serviço de Assistência Domiciliar é imprescindível,
pois corrobora diretamente na qualidade de vida dos pacientes assistidos por esse
programa, além de inseri-los nos princípios do sistema único de saúde, como o acesso,
acolhimento e humanização. É importante destacar que há necessidade do aumento do
número de atendimento fonoaudiológico, a fim de obter-se um prognóstico mais rápido e
positivo para os pacientes.
543
Acompanhamento auditivo de bebês de alto-risco nascidos em hospitais públicos
em Curitiba
Cláudia Giglio de Oliveira Gonçalves; Angela Ribas, Ingrid Helena Elizabeth Kolb
Mazzarotto, Manoel Ferraz da Rocha, Diego A. Malucelli
544
Ações extensionistas de atenção e vigilância à perda auditiva induzida por ruído
relacionada ao trabalho
Ana Carla Lima Barbosa; Maria da Conceição Carneiro Pessoa de Santana, Mariana
Almeida Brasileiro, Nayyara Glícia Calheiros Flores, Mariana Calheiros Flores, Juliete
Melo dos Santos, Vanessa Fernandes de Almeida Porto
Introdução: Estudos indicam que sons gerados no cotidiano podem ser nocivos e produzir
mudanças físicas e psicológicas negativas nos seres humanos. O ruído é um dos
principais agentes causadores de estresse, insônia, depressão e perda auditiva. Em 1992,
foi considerada a terceira maior causa de poluição ambiental, atrás da poluição da água e
do ar. Além disso, pode ser visto como o risco de agravo à saúde que atinge o maior
número de trabalhadores. Estudos indicaram que cerca de 110 milhões de pessoas (16%
da população dos países ligados à Cooperação de Desenvolvimento Econômico) estão
expostas a níveis de ruído que provocam doenças no ser humano. A exposição ao ruído
de forma prolongada e intensa pode provocar o trauma acústico, lesando, temporária ou
definitivamente, diversas estruturas do ouvido. Objetivos: Este trabalho tem o objetivo de
relatar experiências de ações promovidas pelo projeto de extensão: ATENÇÃO E
VIGILANCIA À PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO RELACIONADA AO
TRABALHO EM ALAGOAS. METODOLOGIA: Foram realizadas investigações do
processo de notificação da Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR - Relacionada ao
Trabalho nas unidades sentinelas do estado de Alagoas. Em seguida foram realizadas
ações educativas, palestras e oficinas durante a Campanha de Concientização sobre o
Ruído. Logo após foi apresentado o trabalho “Conscietização sobre o ruído: ação
multiprofissional de educação em saúde na comunidade”, na modalidade oral, no III
Congresso Norte-Nordeste de Residência Multiprofissional em Saúde, na UFPE, de 24 a
28 de julho de 2012. Resultados: Com isso, foi possível conhecimento do perfil dos
profissionais das unidades sentinelas participantes dos processos de diagnóstico e
notificação da PAIR Relacionada ao Trabalho; elaboração uma cartinha informativa de
vigilância e atenção à perda auditiva induzida por ruído relacionada ao trabalho;
apresentação das ações extensionistas em congressos. promover ações educativas de
prevenção e promoção da saúde auditiva; destacar os efeitos do ruído na saúde, na
qualidade de vida e no meio ambiente, através de ações de orientação, informação e
conscientização sobre o ruído e a poluição sonora; conscientizar a população sobre a
responsabilidade de cada indivíduo na redução do ruído gerado pelas atividades diárias.
CONCLUSÃO: Evidenciou-se que, no estado de Alagoas, os levantamentos oficiais não
mostram claramente a realidade da saúde dos trabalhadores e que a subnotificação das
doenças e agravos dificultam essencialmente o planejamento de ações de prevenção, no
âmbito da Saúde do Trabalhador. Contudo, fica clara a importância de ações
extensionistas para prevenção e promoção da saúde auditiva em vários níveis de atenção
a saúde.
545
Ações para promoção da linguagem de crianças que frequentam creches
546
Agentes comunitários de saúde e fonoaudiologia: relato de experiência na região
metropolitana de salvador
547
Agravos fonoaudiológicos e condições de vida e saúde na região metropolitana de
Salvador – BA
548
Aleitamento materno: vivência extensionista numa campanha estadual
549
Análise do conhecimento sobre fonoaudiologia em uma unidade de estratégia de
saúde da família
550
As díades mãe-criança nos atrasos de fala em unidade básica de saúde.
551
As oficinas de leitura e escrita com grupo de familiares na clínica fonoaudiológica
Lara Jorge Guedes de Camargo; Patricia de Barros Camilo, Reginalice Cera da Silva
552
Atenção à saúde das crianças com deficiência auditiva: uma análise das trajetórias
assistenciais
Maria Luiza Lopes Timoteo de Lima; Erica Medeiros, Laura Cordeiro Chaves Feitosa,
Mirella Rodrigues Bezerra Vilela, Ana Karina Pessoa da Silva Cabral, Vera Lucia Dutra
Facundes
553
Atendimento fonoaudiológico ao autismo em uma unidade básica de saúde
554
Atuação interdisciplinar no acidente vascular encefálico: relato de caso
Marina Taborda Englert; Mariangela Lopes Bitar, Joyce Gonçalves dos Santos, Midiã Lins
Silva Coutinho, Amarílis Falconi, Veronica Deyrmendjian, Marcela Pachelli Nardo
555
Autoimagem corporal: uma revisão sistemática nas diferentes áreas da saúde
Patrícia Valente Moura Carvalho; Rachel Ferreira Loiola, Luana Marsicano Alves, Thais
Mendes Rocha Alves Vieira
Introdução: Autoimagem corporal pode ser definida como a noção que se tem do próprio
corpo, ilustração mental acerca do tamanho, da imagem, da forma do corpo e, também,
dos sentimentos relacionados a essas características. Está em constante
desenvolvimento e pode sofrer modificações quando influenciada pela relação que o
sujeito tem consigo e com o ambiente que o cerca. Intimamente ligada à autoimagem
corporal está a autoestima e a beleza. Além disso, a imagem corpórea interfere também
nas interações sociais; a aparência, o vestuário e, até mesmo os objetos, comunicam a
respeito de uma pessoa. Além de estar intimamente vinculada aos aspectos sociais, a
autoimagem corporal pode ainda causar danos severos à saúde, como por exemplo, os
distúrbios alimentares. Objetivo: realizar um levantamento de como autoimagem corporal
é abordada nas diferentes publicações da área da saúde. Métodos: Foram selecionados
os principais periódicos das áreas da saúde: Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia,
Nutrição, Terapia Ocupacional, Psiquiatria e Psicologia, no período de 2007 a 2012. A
seleção das revistas baseou-se na maior classificação (A1, A2, B1 e B2) pelo Qualis-
Capes. Foram excluídas da análise: revistas internacionais e revistas com classificação
inferior à B2. Após a delimitação dos periódicos foram feitas leituras a fim de checar se
haviam termos relacionados à autoimagem corporal nos artigos. A pesquisa foi feita pela
internet, através do website Scielo e por meio de consultas de exemplares online, foi
consultada apenas essa fonte, uma vez que este endereço disponibiliza todos periódicos
completos utilizados na pesquisa. A técnica de apuração e análise de dados seguiu-se
por meio da elaboração de um quadro contendo: nome da revista, ano de publicação,
termos associados à autoimagem corporal, definições dos mesmos e aplicações destes
no artigo, tipo de pesquisa e correlação do tema pesquisado à comunicação. Resultados:
Encontrou-se um total de 22 artigos que citam o tema pesquisado. As revistas de
Enfermagem, Psicologia e Psiquiatria mencionaram cinco termos (23,9%) em cada,
associados à autoimagem corporal; seguida da revista de Nutrição com quatro termos
(19,1%); e, por último, a revista de Fonoaudiologia citando dois termos (9,5%). As
aplicações não fazem referência ao número de artigos, isto é, não estão necessariamente
vinculadas a apenas um trabalho. É grande o número de artigos que citam o termo
autoimagem/imagem corporal correlacionando-os aos distúrbios alimentares. Quatro
artigos relacionam os termos autoimagem, imagem corporal e percepção à comunicação.
Conclusão: De forma geral, pode-se dizer que há diferentes discussões a respeito do
termo autoimagem corporal, conforme cada área de atuação. Destaca-se que a
quantidade de trabalhos abordando o tema é reduzida.
556
Avaliação da implementação da rede de atenção à saúde auditiva: um estudo de
caso
Andrezza Gonzalez Escarce; Carolina Campos Esteves, Camila Ferreira Resende, Ana
Cristina Mares Guia, Raimundo de Oliveira Neto, Fernanda Jorge Maciel, Gabriela Cintra
Januário, Kleber Rangel Silva, Lilian Nobre Moura, Sirley Alves da Silva Carvalho, Stela
Maris Aguiar Lemos
557
Avaliação fonoaudiológica: demanda de um hospital de ensino
Jeyseane Ramos Brito; Thaís da Silva Espíndola, Stephanie Mariane Gonçalves da Silva,
Naiany Nascimento da Silva, Kellen Cristine de Souza Borges, Camila Fernandes da
Silva, Amanda Paulo Soares, Amanda Nocce Aragão, Stela Maris Aguiar Lemos
558
Avaliação fonoaudiológica: queixas e hipóteses diagnósticas dos pacientes
atendidos em um hospital de ensino
Ana Carolina Martins de Oliveira; Kellen Cristina S. Borges,Maíra Faria Nogueira, Stela
Maris Aguiar Lemos
559
Campanha dos 4ssss: uma ação para a prevenção e promoção da saúde no âmbito
escolar
Josiane Célia de Lima, Elisângela de Fátima Pereira Pedra, Keiner Oliveira Moraes,
Priscila Freire Santos, Taniele Novais dos Santos, Juliana Nunes Santos, Vanessa de
Oliveira Martins-Reis, Maria Aparecida Nunes, Adriana Leite
560
Campanha Nacional da Voz 2013 na atenção básica do Recife: relato de experiência
Danielle Maria da Silva Oliveira; Christiane Maria Oliveira Cabral, Andrêsa Florêncio
Gomes
561
Caracterização do uso de estereos pessoais na cidade de Brasilia-DF - uma ação do
INAD-2013
Isabella Monteiro de Castro Silva; Rummenigge Pinheiro Pires, Isabella Casella, Felipe de
Oliveira Rodrigues
562
Caracterização clínica e sociodemográfica da população encaminhada para a
clínica escola de fonoaudiologia da UFRN
563
Caracterização do perfil audiológico de funcionários de uma universidade pública
com queixas audiológicas
Ivone Ferreira Neves-Lobo; Clayton Henrique Rocha, Isadora Altero Longo, Renata
Rodrigues Moreira, Alessandra Giannella Samelli
564
Características comunicativas de pacientes com deficiência auditiva severo-
profunda não elegíveis para implante coclear
Bárbara Niegia Garcia de Goulart; Luciana Cigana, Daniela Fernandes Marques, Luiz
Lavinsky, Maria Elza Kazumi Yamaguti Dorfman, Caroline Silveira da Silva, Raquel
Andressa dos Santos Barraza, Suzana Campos de Ávila Piccoli
565
Características ocupacionais dos casos de PAIR notificados no SINAN (2006 – 2011)
Aline Cristina Almeida Gusmão Souza; Vilma Sousa Santana, Silvia Ferrite Guimarães,
Tatiane Costa Meira, Franciana Cristina Cavalcante Nunes dos Santos
Introdução: A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) destaca-se como um dos
principais agravos em Saúde do Trabalhador, embora seja possível prevenir seu
desencadeamento e sua progressão. Manifesta-se pela diminuição gradual da acuidade
auditiva, em caráter irreversível, decorrente de exposição ocupacional contínua a
elevados níveis de pressão sonora. A PAIR integra a lista das doenças de notificação
compulsória em todo o território nacional, por meio do Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN). Destaca-se a importância do conhecimento sobre as
características ocupacionais dos casos de PAIR notificados no País para auxiliar o
planejamento de saúde, a partir da identificação de grupos prioritários para intervenção.
Objetivo: Descrever as características ocupacionais dos casos de trabalhadores com
PAIR notificados no SINAN. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo, de
casuística, conduzido com dados oriundos das fichas de notificação da PAIR, registrados
nas bases de dados do SINAN. Foram analisados os casos notificados no período de
2006 a 2011. As bases de dados foram concedidas pelo Ministério da Saúde ao Centro
Colaborador da Vigilância dos Agravos à Saúde Relacionados ao Trabalho, do Instituto de
Saúde Coletiva/UFBA. O projeto deste estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em
Pesquisa (n.036/12). Resultados: Nesse período foram notificados 1.403 casos de PAIR,
com crescimento anual contínuo. O ramo de atividade que concentrou a maior parcela
dos casos (45,8%) foi o da indústria de transformação. Dentre os grandes grupos de
ocupação relacionados pela CBO, Classificação Brasileira de Ocupações, o Grupo 7,
“Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais”, foi o mais comum (55,5%).
Esse grupo compreende aqueles trabalhadores que atuam na produção extrativa, na
construção civil ou na produção industrial de processos discretos que mobilizam
habilidades psicomotoras e mentais voltadas primordialmente à forma dos produtos.
Sobre as características relativas à exposição ao ruído, a análise evidenciou que a maior
parcela dos trabalhadores com PAIR esteve exposta predominantemente a ruído contínuo
(51,8%), que aproximadamente metade dos trabalhadores (49,3%) estava exposta,
concomitantemente, a outros fatores de risco para a perda auditiva, como solventes,
gases, metais, medicamentos ototóxicos. A proteção individual foi a conduta mais comum
(46,9%) adotada no ambiente de trabalho para a prevenção da PAIR, seguida da adoção
da proteção coletiva (22,7%). Conclusão: Os resultados permitiram conhecer o perfil
ocupacional dos casos de PAIR notificados no País. Ações que favoreçam a consolidação
da notificação da PAIR no SINAN são fundamentais para que seja possível conhecer mais
profundamente o perfil epidemiológico da PAIR no Brasil e avaliar o impacto de
intervenções.
566
Chupeta e fonoaudiologia: abordagens e estratégias
Lara Jorge Guedes de Camargo; Denise de Souza Oliveira, Reginalice Cera da Silva
Introdução: Os hábitos orais tem sido alvo de investigação por diversos profissionais que
estudam o uso de chupeta vinculado ao Sistema Estomatognático (S.E.) uma vez que
eles podem interferir nas estruturas e funções do mesmo. A Fonoaudiologia enquanto
uma das áreas da saúde trabalha com reabilitação, prevenção e Promoção da Saúde. De
acordo com a Carta de Ottawa, promover saúde é capacitar a comunidade para atuar na
melhoria da sua qualidade de vida e saúde e ter maior participação no controle desse
processo. São definidos 05 campos de ação: elaboração e implementação de políticas
públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, capacitação da comunidade,
desenvolvimento de habilidades individuais/coletivas e reorientação de serviços de saúde.
Seguindo esses pressupostos, ao problematizar o uso e retirada de chupeta,
fonoaudióloga(o)s devem levar em conta os aspectos afetivos e culturais deste hábito,
sua história e o significado que o uso da chupeta tem para cada mãe. Desse modo o
profissional pode intervir por meio de ações educativas junto às mães, em grupo e em
equipe multiprofissional. Objetivos: Compreender as abordagens e estratégias utilizadas
por fonoaudióloga(o)s nas questões relacionadas ao uso da chupeta. Métodos: Trata-se
de uma pesquisa exploratória, de abordagem quantitativa, realizada por meio de revisão
bibliográfica. Fonte de dados: resumos publicados nos Anais do Congresso Brasileiro de
Fonoaudiologia, disponíveis online (www.sbfa.org.br/portal/), no período de 2008 a 2012.
Descritores: chupeta, hábitos orais e Fonoaudiologia. Os resumos foram quantificados,
descritos e analisados com base nos referencias teóricos que norteiam esse estudo e
distribuídos em relação às abordagens classificadas segundo os pressupostos da
Promoção da Saúde. Resultados: Foram analisados 22 resumos sendo 19 na Sessão de
Pôster e 02 na sessão de Temas livres. O número de resumos distribuiu-se igualmente ao
longo dos anos: 04 (18,1%) por ano - exceto em 2010 que teve um aumento pouco
significativo de 04 para 06 (27,2%) publicações. A maior parte deles, 15 (68,1%) foi
publicada no departamento de Motricidade Orofacial, seguido de Saúde Coletiva com 03
(13,6%) publicações, Epidemiologia com 02 (9,9%) publicações e Atenção à Saúde
acompanhada de Políticas Publicas Saúde e Educação com apenas um trabalho
publicado. Em relação às abordagens fonoaudiológicas, foram encontrados 17 (77,2%)
estudos voltados para detecção das alterações do S.E. e 05 (22,7%) norteados pela
Promoção da Saúde, que utilizaram as estratégias de problematizar uso da chupeta com
os pais, promover conscientização infantil sobre consequências do uso da chupeta e
desenvolver atividades lúdicas. Conclusões: Nota-se que a maioria dos estudos enfatiza a
detecção das alterações provocadas no S.E., confirmando resultados já existentes entre
fonoaudiólogas/os. Poucos buscam os determinantes do problema, o que pode ser
explicado pelo desconhecimento das propostas da Promoção da Saúde que buscam
conhecer o sujeito de forma integral, entender os aspectos afetivos e culturais dos sujeitos
e proporcionar uma melhor qualidade de vida. Este estudo mostrou a necessidade de
aumentar as pesquisas fonoaudiológicas voltadas para o conhecimento das causas da
introdução da chupeta de modo a intervir nos determinantes para obter sucesso na
retirada deste artefato e prevenir alterações no S.E.
567
Condições de trabalho e sintomas vocais autorreferidos por professores
universitários e avaliação fonoaudiológica
568
Conhecimento de pediatras do vale do itajaí sobre gagueira e disfluência do
desenvolvimento
Neusa Amorim Fleury Machado, Elisa Gugelmin Distéfano; Andrea Cristina Rizzotto
Grüdtner, Vanessa Rafaeli, Angela Portella, Izabel Cristina Greuel
569
Conhecimento de senso comum sobre gagueira da população que frequenta o sasa
da univali
570
Conhecimento dos alunos do curso de fonoaudiologia da univali sobre gagueira e
disfluência do desenvolvimento
Neusa Amorim Fleury Machado; Andrea Cristina Rizzotto Grüdtner, Lauren Freitas Paixão
Coelho, Tahuana Romero da Silva, Franciane Proenço Mattos
571
Conhecimento dos docentes da área da saúde da UNIVALI sobre gagueira
Neusa Amorim Fleury Machado, Elisa Gugelmin Distéfano; Andrea Cristina Rizzotto
Grüdtner, Franciane Proenço Mattos, Denise Terçariol, Alessandra Aparecida Tessari,
Naiara dos Santos Espósito
572
Conhecimento vocal e a importância da voz como recurso pedagógico na
perspectiva de professores universitários
573
Consciência dos brasileiros sobre afasia: estudo preliminar
Daniela Regina Molini-Avejonas; Carla Cardoso, Gabriela De Luccia, Maria Isabel d´Ávila
Freitas, Thais Machado, Thais Alexandre Silva, Lenisa Brandão, Maria de Jesus
Gonçalves, Maria Lúcia Gurgel da Costa, Letícia Lessa Mansur
574
Contribuições e desafios da fonoaudiologia na atenção primária: relato de
experiência
Denise Gonçalves Roza; Ana Magda Rezende de Oliveira, Juliana Mota Ferreira, Carlos
Antonio Bruno da Silva
575
Correlação entre funções estomatognáticas antiaborais e estresse em adolescentes
grávidas
576
Criação de material de educação em saúde para cuidadores de indivíduos com
Síndrome de Down
Bruna Tozzetti Alves; Rafael Ferreira, Amanda Tragueta Ferreira, Dagma Venturini
Marques Abramides, Dionísia Aparecida Cusin Lamônica, Nilce Emy Tomita
577
Dados fonoaudiológicos atuais na atenção aos idosos de Prudentópolis-PR
Eliane Cristina Pereira; Monica Barby Muñoz, Celia Kozak, Adriana das Graças Vieira
Garrido
578
Detecção e notificação da pair por profissionais de saúde nas unidades sentinelas
de Alagoas
579
Educação e promoção à saúde com adolescentes: relato de experiência de um
evento multiprofissional
580
Educação em saúde com gestantes: o olhar da fonoaudiologia na unidade de saúde
da família
Thales Rohes Vanderlei de Góes; Tuany Lourenço dos Santos, Bárbara Patrícia da Silva
Lima
581
Eficácia de um programa de intervenção de terapia da fala em idosos
institucionalizados
Paula Cristina Grade Correia; Hena Margarida Silva, Ana Paula Lopes Tavares Martins,
Olinda Roldão
582
Espaço de convivência de afásicos e qualidade de vida
583
Estimulação cognitiva em idosos: relato de experiência de residentes
multiprofissionais em saúde da família
Robélia Cristinny Gomes Rodrigues; Janiely Tinôco Rapozo, Danielle Cerino Silva, Magda
Tavares de Albuquerque
584
Estratégia para a eliminação de hábito oral deletério em um grupo de escolares
Introdução: Hábitos orais tornam-se deletérios quando permanecem após os quatro anos
de idade e podem trazer prejuízos importantes quanto ao desenvolvimento crânio facial,
comprometendo estruturas duras e moles da face além das funções estomatognáticas.
Tomando esta premissa, há necessidade de sensibilização de crianças quanto aos
hábitos orais deletérios e a necessidade de sua eliminação. O ambiente educacional é
potencialmente favorável para realização de atividades de orientação e informação para
grupo de crianças de tal forma que, pela sensibilização das crianças com as informações
oferecidas, seja possível o abandono de tais hábitos. Objetivo: Conscientizar crianças em
ambiente educacional a importância da eliminação de hábitos orais deletérios.
Metodologia: Elaborou-se um texto infantil que foi dramatizado em teatro de fantoches e
seu conteúdo tratava a respeito do uso de chupeta e seus prejuízos. O tema escolhido se
deu por o hábito oral deletério mais prevalente neste grupo de crianças serem o uso de
chupetas. O teatro foi encerrado com uma música, acompanhada por um violão, com o
objetivo de fixar o tema apresentado no teatro. A atividade foi realizada em uma creche
com 103 crianças nas faixas etárias de 3 meses a 4 anos e 11 meses de idade. Foram
divididas em quatro grupos de acordo com as suas faixas etárias para a realização das
atividades. Para o grupo de crianças menores (3 a 12 meses de idade) foi realizada
apenas a atividade musical e orientações para as auxiliares e professoras sobre o uso da
chupeta, faixa etária para retirada, entre outros. Resultados: Ao final da atividade, em
conversa com as crianças, pudemos constatar que elas compreenderam a importância do
abandono de uso de chupeta. No entanto, os resultados desta atividade serão levantados
no segundo semestre do ano letivo de 2013. Conclusão: Intervenções fonoaudiológicas,
com ações coletivas e lúdicas em ambientes educacionais, podem trazer importantes
contribuições para a promoção da saúde infantil.
585
Estudo epidemiológico e espacial da fala infantil
Ana Teresa Brandão de Oliveira e Britto; Denise brandão de Oliveira e Britto, Lucas
Areda, Roseli Modesto Silva
586
Exposição a agrotóxicos: aspectos auditivos e de qualidade de vida
Introdução: O trabalho rural é considerado mais perigoso que outras atividades e estima-
se que muitos agricultores sofram sérios problemas de saúde. As repercussões à saúde
dos trabalhadores rurais e à comunidade circunvizinha exposta aos agrotóxicos
representam um problema de saúde pública, e, a dificuldade de acesso aos serviços de
saúde, somada à subnotificação dos casos suspeitos de intoxicações por agrotóxicos,
impossibilitam a elaboração de um perfil de saúde do trabalhador rural brasileiro. A
sintomatologia apresentada nos casos de intoxicação a este agente de risco pode ser
confundida com outros agravos, e, os trabalhadores não associam sintomas como
astenia, náuseas, vômitos, cefaléia e dificuldade respiratória à exposição ao veneno.
Nesse contexto, foi realizado um estudo observacional transversal em trabalhadores
rurais em povoado rural no nordeste brasileiro; com o objetivo de determinar a relação
entre a exposição a agrotóxico, a ocorrência de perda auditiva e o impacto do uso de
agrotóxicos sobre a qualidade de vida desta população. Objetivos:Este estudo teve como
objetivos determinar a relação entre a exposição a agrotóxico, a ocorrência de perda
auditiva e o impacto do uso de agrotóxicos sobre a qualidade de vida desta população.
Métodos: Foi estudada uma amostra de 351 trabalhadores adultos na faixa etária de 18 a
59 anos, de ambos os sexos, com atividade laboral atual ou pregressa associada ao setor
agrícola, na área rural, com ou sem uso de agrotóxicos. A avaliação audiológica tomou
como parâmetros os limiares tonais aéreos nas frequências de 1K, 2K, 3K, 4K, 6K e 8K
Hz, por intermédio de audiômetro calibrado; sala de exame em consonância com a norma
ISO 8.253-1, mensurada por medidor de nível sonoro tipo II. O instrumento usado para
avaliar a qualidade de vida foi a versão brasileira do SF-36, analisados pelos oito
domínios que o compõe. Os exames audiológicos foram classificados como normo-
ouvintes – Grau 0, conforme critério de Merluzzi, e, os demais, em hipoacúsicos com
exposição a agrotóxico (perdas auditiva seletiva em freqüências altas) – Grau 1;
hipoacúsicos com exposição simultânea a agrotóxico e a outro agente de risco auditivo –
Grau 2; e hipoacúsicos sem exposição a agrotóxico – Grau 3. Os dados obtidos foram
tabulados e submetidos a análise estatística (Testes: X2, U de Mann Whitney, V de
Cramer e d de Cohen). O nível de significância adotado foi de 95%. Todos os aspectos
éticos foram atendidos e não houve conflito de interesses. Resultados: A maioria dos
indivíduos (97,6%) com exposição a agrotóxico apresentou classificação audiométrica de
grau I (hipoacusia com exposição a agrotóxico). Os agricultores que se expuseram a
agrotóxicos apresentaram piores escores totais de qualidade de vida quando comparados
aos indivíduos não expostos. O uso de agrotóxico foi significativamente associado com a
presença de perda auditiva e com os índices de qualidade de vida (p<<0,001).
Conclusões: Este estudo pode comprovar que o uso de agrotóxico interferiram na
classificação da perda auditiva encontrada e que os trabalhadores rurais usuários de
agrotóxicos apresentaram piores escores de qualidade de vida quando comparados com
aqueles que não os utilizavam.
587
Exposição ao ruído entre trabalhadores informais de salvador
588
Fatores associados à subnotificação da perda auditiva induzida por ruído
relacionada ao trabalho
Ana Carla Lima Barbosa; Maria da Conceição Carneiro Pessoa de Santana, Mariana
Almeida Brasileiro, Nayyara Glícia Calheiros Flores, Elizangela Dias Camboim
589
Fluxograma do núcleo de fonoaudiologia de uma unidade básica de saúde
Andrea Wander Bonamigo; Jade Zaccarias Bello, Leticia Kurtz, Isadora de Oliveira Lemos
590
Grupos terapêuticos fonoaudiológicos na atenção básica: relato de experiência.
Andréia Bihuna
591
Indicadores clínicos para identificação clínica síndrome velocardiofacial pelos
profissionais da atenção primária de saúde
Sarah Alvarenga Bernardi; Ana Laís Bignotto da Rocha, Jeniffer de Cássia Rillo Dutka
592
Indicadores socioeconômicos e a frequência de fatores de risco para perda auditiva
em recém-nascidos
593
Inserção de fonoaudiólogos nos centros de atenção psicossocial do estado de são
paulo
594
Inserção fonoaudiológica nos centros de atenção psicossocial
Andrea Wander Bonamigo; Letícia Kurtz, Jade Zaccarias Bello, Isadora de Oliveira Lemos
595
Interculturalidade e saúde: contribuição da fonoaudiologia para assistência aos
povos indígenas.
596
Interfaces políticas: fonoaudiologia e o sistema de saúde penitenciário
597
Internações hospitalares de pessoas com doença de parkinson registradas de 2008
a 2012 na região nordeste
Elthon Gomes Fernandes da Silva; Sintia Ribeiro de Souza, Maria Clara Rodrigues de
Freitas, Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento, Rose Mary de Abreu Martins, Maria
Lúcia Gurgel da Costa, Léslie Piccolotto Ferreira
598
Intervenção interdisciplinar no cuidado paliativo – relato de experiência
Iracema Santos Andrade; Fabiana Correia, Adriana Ciochetti, Paulo Sergio Campos
Salles, Julia Giorgi, Michelle Mantovanelli, Ana Carolina Brighi, Caroline Kiss
599
Leis de proteção à saúde auditiva do idoso: comparação entre brasil e chile
Paulo Lemes Moraes; Iára Bittante de Oliveira, Najara Regina de Souza Moraes
600
Levantamento de informações em saúde da voz entre trabalhadores do setor
industrial
601
Levantamento dos distúrbios de comunicação em idosos
602
Nomeação e identificação visual das seis emoções básicas em crianças dos três
aos cinco anos
Paula Cristina Grade Correia; Ana Vanessa Henriques Costa, Olinda Maria Marques
Roldão, Ana Paula Lopes Tavares Martins
603
O itinerário de pais de crianças com fissura labiopalatina na busca por assistência
em SC
Marileda Cattelan Tome; Cinthia Garcia Wieth, Ariana Silva, Aline Cividine
A criança acometida com a fissura pode sofrer diversas restrições, entre estas, limitações
funcionais na respiração, deglutição, voz, fala e audição e, portanto, geralmente requer
um longo processo de reabilitação, podendo levar em média de 18 a 20 anos. Mesmo
com a criação da rede de referência no tratamento de deformidades craniofaciais
(RRTDCF) há 20 anos e com os avanços significativos na reabilitação das crianças com
FLP nas últimas décadas, os usuários declaram as dificuldades de acesso aos serviços
de saúde para essa população. Na perspectiva da integralidade da atenção, é de suma
importância conhecer a rede a qual este indivíduo foi submetido em todas as fases de seu
tratamento para melhor compreensão do acesso aos serviços necessários e
consequentemente oferta de assistência integral. Objetivo: conhecer o itinerário percorrido
por famílias do portador de fissura labiopalatina na busca por assistência no estado de
Santa Catarina. Metodologia: A pesquisa foi realizada no Núcleo de Pesquisa e
Realibilitação de Lesões Labiopalatais, na cidade Joinville, Santa Catarina. Trata-se de
um estudo com abordagem qualitativa, realizado por meio de entrevista com 30 pais de
crianças com fissura labiopalatina de 25 diferentes municípios do estado de SC.
Resultados: de forma geral os resultados apontam que os serviços não estão organizados
de forma a atender a totalidade das necessidades destes indivíduos em todos os
momentos do processo de assistência. Embora haja um sistema único pelo qual se dá o
percurso das famílias, há falhas nesse processo, principalmente no acolhimento do
usuário e encaminhamento para o serviço especializado. Quando do retorno para o
território do qual o sujeito faz parte, não parece haver acompanhamento efetivo na
resolução de suas necessidades. A população caracteriza-se por usuários pouco
participativos que ainda entendem a assistência como um favor que lhe é prestado e não
como direito garantido. Com tal conduta observa-se pouca possibilidade de exercer
influência no processo decisório daqueles que os representam politicamente, sem
qualquer forma de exercício de controle social, implicando no não benefício dentro das
políticas públicas que tangenciam a área das FLP.
604
Oferta de serviços em reabilitação para pessoas com deficiência nas regiões
brasileiras
Introdução: A oferta de serviços de saúde auditiva no Brasil tem sido apontada como
insuficiente para atender a demanda crescente de deficientes auditivos, desde as
atividades preventivas até o processo de adaptação à prótese auditiva. Objetivo:
Descrever oferta de serviços em saúde auditiva e a provável demanda de pessoas nas
regiões brasileiras. Método: O estudo foi realizado nas 5 regiões brasileiras, a partir de
informações que constam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde no ano
de 2012 e no IBGE referente ao censo 2010. No que se refere às informações do IBGE,
foram retirados os valores absolutos das populações das regiões brasileiras e capitais,
quanto às informações do CNES foram coletados dados dos Serviços de Saúde
Especializados em deficiência auditiva. Sendo um estudo do tipo ecológico, transversal e
observacional. Para análise dos dados foi realizada uma análise estatística descritiva.
Resultados: As deficiências nas regiões brasileiras, de forma geral, apresentaram a maior
ocorrência, 36,2%, na região Centro-oeste, e a menor na região Norte 22,1%. Dentre as
deficiências, a deficiência auditiva apresenta maior prevalência na região Centro-oeste
(1,5%) e na região Sul (0,6%) a menor. A menor oferta de serviços ocorreu na região
Nordeste (0,07%), seguidos da região Norte (0,08%), enquanto que a região Sul (0,1%)
apresenta maior número, seguido das regiões Sudeste e Centro-oeste (0,08%).
CONCLUSÃO: É possível visualizar a discrepância na distribuição dos serviços de saúde
auditiva nas regiões brasileiras, os serviços estão concentrados nas regiões que
apresentam maior poder econômico. Por um lado, a distribuição guarda coerência com os
maiores percentuais de deficiência auditiva nas regiões Sul e Centro-oeste. Porém os
achados demostram que a oferta de serviços ainda não se apresenta em quantidade
satisfatória para suprir as necessidades das pessoas com deficiência auditiva como todo
no Brasil, inclusive as regiões com melhores resultados.
605
Oficinas fonoaudiológicas: propostas de promoção e prevenção dos agravos
fonoaudióligos
606
Olhar, agir é preciso, para o (a) trabalhador (a) poder sempre ouvir
Introdução: Esta experiência intra setorial mostra uma ação bem sucedida do profissional
fonoaudiólogo da APS (Atenção Primária á Saúde) em parceria com o CEREST/PP
(Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional Presidente Prudente) para a
implementação e avanço da saúde do trabalhador no SUS na Atenção Básica, ampliando
o olhar de profissionais que atuam em políticas públicas e/ou na saúde pública, porém,
até então não voltadas à ação em Saúde do Trabalhador. Trouxe contribuição para
identificar, realizar avaliação clínica fonoaudiológica, diagnosticar e estabelecer o nexo
causal com o trabalho e notificar trabalhadores portadores de Perda Auditiva Induzida por
Ruído (PAIR) na área de abrangência do CEREST/PP. Objetivos: despertar e ampliar o
olhar para ações e intervenções em Saúde do Trabalhador na Rede de Atenção Básica-
SUS; diagnosticar casos de PAIR em trabalhadores e estabelecer nexo causal com
trabalho, contribuir para notificação no SINAN NET; executar o papel matriciador do
CEREST de forma articulada, integrada com ações inter e intrasetorial; melhorar as ações
de prevenção em saúde do trabalhador na Atenção Básica. Métodos: Foram realizadas
reuniões mensais com as profissionais fonoaudiólogos (as) dos municípios de
abrangência do CEREST/PP em ações de saúde do trabalhador; realizada campanha de
prevenção de PAIR; notificação dos casos confirmados no SINAN NET com demanda
maior e espontânea de trabalhadores para diagnóstico em PAIR; envolvimento do
Ambulatório Médico de Especialidades Regional do Estado/SP (AME) no fluxo de
referência e contra-referência. Resultados: Ações intra-setoriais em Saúde do
Trabalhador dos profissionais fonoaudiólogos com os demais profissionais da rede de
Atenção Básica em parceria com o CEREST/PP; construção coletiva de ações e
intervenções fonoaudiológicas na área de saúde do Trabalhador a partir de encontros
sistemáticos entre os profissionais fonoaudiólogos da Atenção Básica dos municípios e o
CEREST/PP; realização de avaliações audiológicas completas pelo CEREST/PP em
trabalhadores expostos á ruídos, identificados e referenciados pelas fonoaudiólogas da
Atenção Básica; estabelecimento do nexo causal de PAIR pelos profissionais
fonoaudiólogos da Atenção Básica em trabalhadores, viabilizado pela ferramenta
capacitadora adquirida nos encontros sistemáticos no CEREST/PP; aumento da demanda
espontânea de trabalhadores diagnosticados em outros serviços de saúde (extra-SUS)
como portadores de perdas auditivas; aumento de avaliações audiológicas pelo
CEREST/PP; aumento o diagnóstico de P.A.I.R com nexo causal relacionado a atividade
laboral do trabalhador, que estão sendo notificados em seus municípios de acordo com a
rotina e fluxo de cada um deles. Conclusões: Com a experiência apresentada fica
evidenciado que a ação inter-setorial é uma estratégia eficiente para a prevenção e
efetivação da saúde do trabalhador na Atenção Básica/SUS, bem como, a ação intra
setorial é ferramenta importante para a ampliação das ações de saúde do trabalhador
para além das fronteiras do serviço público; que o papel matriciador do CEREST é “sine
qua non” para a disseminação da cultura de saúde do trabalhador de forma holística,
saindo do conceito limitado de saúde ocupacional para saúde do trabalhador; que é
possível e necessário o protagonismo tanto de profissionais quanto da população alvo nas
ações de saúde do trabalhador.
607
Percepção de cuidadores sobre queixas fonoaudiologica no envelhecimento da
pessoa com deficiência intelectual: dados preliminares
608
Perfil das orientações recebidas por gestantes e nutrizes de um hospital
universitário
Priscila Campos Martins; Nayara Mota de Aquino, Julie Mary Mourão Alves, Stephanie
Mayra de Moraes, Amélia Augusta de Lima Friche, Andrea Rodrigues Motta
609
Perfil de equipes da rede de atenção à saúde auditiva de duas microrregiões de
minas gerais
Andrezza Gonzalez Escarce; Sirley Alves da Silva Carvalho, Stela Maris de Aguiar Lemos
610
Perfil dos hábitos orais e alimentares em crianças que procuram atendimento
fonoaudiológico em Maceio-AL
Adriana de Medeiros Melo; Natália Mayra Nascimento Palmeira Paz, Euclides Maurício
Trindade Filho
611
Perfil fonoaudiológico de pacientes com lesão encefálica adquirida atendidos em
instituição de reabilitação
Andréa Siqueira Kokanj Santana; Marcela de Oliveira Conde, Giuliana Tessicini, Ellen
Cristina Siqueira Soares Ishigaki
612
Período de aleitamento materno de bebês nascidos em hospital do setor público de
São Paulo
613
Prevalência de anquiloglossia em recém – nascidos
Ana Clara de Oliveira Varella; Émille Dalbem Paim, Eva Cristina Biulchi,
Gabriela Decol Mendonça, Lisiane Lieberknecht Siqueira
614
Procedimento operacional padrão (pop) para ação da fonoaudiologia em uma
unidade hospitalar
615
Programa de intervenção fonoaudiológica em atenção básica: alimentação saudável
e presbifagia
616
Promoção da saúde no ambiente escolar para adolescentes: oficina educativa
sobre saúde auditiva
Christina Cesar Praça Brasil; Mirian Barroso de Albuquerque, Ana Angélica Silveira Mota,
Juliana da Fonseca Bezerra, Raimunda Magalhães da Silva, Nayara Kelly Pires Lima
617
Promoção e prevenção da saúde no sertão pernambucano: um relato de
experiência em fonoaudiologia
Ana Carolina de Lima Gusmão Gomes; Elaine Cristina Bezerra dos Santos, Amanda
Roselle Candido da Silva, Jônia Alves Lucena, Maria De Fátima Silva de Sousa
618
Proposta de instrumento de avaliação de profissionais da rede de saúde auditiva de
Minas Gerais
Andrezza Gonzalez Escarce; Sirley Alves da Silva Carvalho, Stela Maris de Aguiar Lemos
619
Proposta de protocolo de observação de situação alimentar em instituição de
educação infantil
620
Qualidade de vida e voz na perspectiva de mulheres empreendedoras
621
Referred speech-language and hearing complaints in the western region of São
Paulo, Brazil
The aim of this study was to characterize the epidemiological profile of the population
attending primary health care units in the western region of the city of São Paulo, Brazil,
highlighting referred speech-language and hearing complaints from activities developed in
the Education Program for Health Work (PET-Saúde). Method: This is a cross sectional
observational study conducted in health care units of the primary health care. Household
surveys were conducted from students and health community workers and information
about 2.602 individuals, including data related to education, family income, health issues,
access to public services, access to health services among others, were collected. The
speech-language and hearing complaints were identified from specific questions. Results:
Our results show that populations that participated in the survey are heterogeneous in
terms of demographic and economic characteristics. The prevalence of referred speech-
language and hearing complaints in this population was 10%, and only half of the users of
the public health system in the studied region who had complaints were monitored or
received specific treatment. Conclusions: The results demonstrate the importance of using
population surveys to identify speech-language and hearing complaints at the level of
primary health care. Moreover, they highlight the need for reorganization of speech-
language pathology and audiology service in the western region of São Paulo, as well as
the need for improvement of the Family Health Strategy in areas that do not have a
complete coverage, in order to expand and improve the territorial diagnostic and the
speech-language pathology and audiology actions related to the prevention, identification,
and rehabilitation of human communication disorders.
622
Representações sociais do idoso
Paula Cristina Grade Correia; Ana Catarina Afonso Monteiro, Ana Paula Lopes Tavares
Martins, Olinda Roldão
Introdução: De acordo com a teoria curso de vida (Life Span), o envelhecimento faz parte
do trajeto de vida de cada indivíduo e é composto por ganhos e perdas. Existe um
desenvolvimento constante e progressivo, influenciado socialmente por ideais, valores,
crenças e pela história pessoal de cada pessoa, sendo consensual que o processo de
envelhecimento humano varia de pessoa para pessoa. Dos estudos desenvolvidos sobre
a temática, emerge no final dos anos 60 o termo ideatismo, que se refere às atitudes e
práticas negativas generalizadas em relação à idade dos indivíduos. Comporta valores
culturais e práticas institucionais do ser humano que se apresentam como atitudes
negativas coletivas. O estudo das representações sociais acerca dos idosos é um
contributo indispensável para uma melhor compreensão dos processos cognitivos e
afetivos dos adolescentes, adultos e idosos, que circundam esta temática, promovendo a
compreensão, consciencialização e mudança de atitudes face a esta problemática na
sociedade atual. Objetivos: Identificar as representações sociais do idoso em função de
diferentes momentos no processo de desenvolvimento humano (adolescência, idade
adulta, senescência). Métodos: Do ponto de vista metodológico, recorreu-se à Teoria das
Representações Sociais proposta por Moscovici, aliada à Teoria do Núcleo Central
elaborada por Abric, integradas na Psicologia Social. Participaram no estudo 150
indivíduos (50 adolescentes, 50 adultos e 50 idosos) de ambos os sexos (Me=44 anos;
Range idade=10-85 anos), tendo sido inquiridos através de três instrumentos:
Questionário sociodemográfico, Guião de entrevista estruturado (baseado na técnica de
evocação livre de Abric, proporcionou a colheita de informações acerca das
representações sociais face ao termo indutor “Ser Idoso”) e Mini-Mental State
Examination (só para indivíduos com mais de 65 anos). Resultados: Obteve-se um total
de 550 evocações com 417 termos diferentes. Após a análise de conteúdo dos termos
evocados definiu-se um sistema representacional, reunido em 12 subcategorias (Ciclo
vital, Aspeto pessoal, Doenças, Perdas físicas e funcionais, Caraterísticas de
personalidade, Comportamentos e atitudes, Componentes emocionais, Cognição,
Isolamento social, Família, Exclusão social e Proteção social). Os resultados
demonstraram também que, para a maioria dos participantes, a representação central de
ser idoso corresponde ao conjunto de evocações relacionadas com as diferentes fases da
vida, identificadas na subcategoria Ciclo vital. Os inquiridos referem o “Ser Idoso” como
um processo de desenvolvimento que faz parte da evolução humana e baseiam-se na
idade cronológica para o determinar. A partir das respostas dadas ressaltam-se alguns
estereótipos positivos (Envelhecer, Longevidade, Maturidade) e outros negativos (Morte,
Velho, Idade). Conclusão: Com este estudo foi possível identificar as categorias
representacionais de “ser idoso” para as três etapas do desenvolvimento humano
estudadas e, igualmente, identificar os estereótipos positivos e negativos a ele
associados.
623
Saúde auditiva na Bahia: o que tem sido pesquisado sobre a audição dos baianos?
Suelaine Alves da Silva; Luciene da Cruz Fernandes, Luzia Poliana Anjos da Silva,
Joiceangela Alves Nascimento, Lidiane dos Santos Sotero
624
Saúde vocal na adolescência: a “lema” em ação
Christina Cesar Praça Brasil; Mírian Barroso de Albuquerque, Ana Angelica Silveira Mota,
Juliana da Fonseca Bezerra, Raimunda Magalhães da Silva, Nayara Kelly Pires Lima
625
Sistema de informatização em um núcleo de fonoaudiologia de uma unidade básica
de saúde
Andrea Wander Bonamigo; Letícia Kurtz, Jade Zaccarias Bello, Isadora de Oliveira Lemos
626
Situação do aleitamento materno em programa de saúde da família
Isabel Cristiane Kuniyoshi; Suélen Naiára Batista da Silva, Lidiane Cristina Barraviera
Rodrigues, Ana Karolina Zampronio Bassi, Lorena Cristina Brito do Nascimento, Daniele
de Oliveira Brito
Introdução: Com o objetivo de priorizar a saúde básica foi criado o Programa de Saúde da
Família que é tido como um programa incremental do Sistema Único de Saúde que
prioriza as ações de proteção e promoção à saúde dos indivíduos e da família, tanto de
adultos quanto de crianças, sadios ou doentes, de forma integral e contínua. Sendo que a
atenção à criança é uma prioridade para o Programa de Saúde da Família e uma das
ações relacionadas à saúde da criança, o incentivo ao aleitamento materno é uma
importante estratégia para a redução da morbi-mortalidade infantil. Objetivo: Investigar a
situação do aleitamento materno no Programa de Saúde da Família, verificando a
prevalência da prática do aleitamento materno exclusivo e predominante identificando a
origem das orientações recebidas pelas gestantes e puérperas, destacando os fatores
motivadores do aleitamento materno e pesquisar as causas do desmame. Métodos:
Participaram do estudo 6 gestantes e 33 genitoras, totalizando 39 mulheres com média de
idade de 23,41 anos. Os critérios de inclusão adotados foram: mulheres gestantes e
genitoras de bebês de até 24 meses, participantes do Programa de Saúde da Família
(PSF). Foi aplicado questionário com 26 perguntas de múltipla escolha que abordava os
seguintes aspectos: aleitamento materno, gestação e histórico da mãe. Resultados: A
maioria das mães realizou aleitamento materno exclusivo (97,4%). As orientações foram
recebidas na maternidade, seguida por enfermeiros durante as consultas (54,3%), de
amigos (2,9%) e de familiares (2,9%). Quanto aos motivos do desmame, 24,2% referiram
que o filho rejeitou o peito, 18,2% referiram ter pouco leite e 3,0% que o leite secou.
Conclusão: A maioria das mães que frequentam o Programa de Saúde da Família
referência em Porto Velho amamentaram exclusivamente no seio materno, sendo que
estas receberam orientações na maternidade e os motivos do desmame foi por rejeição
do bebê e por terem pouco leite. As práticas do aleitamento materno pelas mães que são
atendidas pelo Programa de Saúde da Família, ainda não está conforme é estabelecido
pelo Ministério da Saúde. E percebido a falta de orientações teóricas e práticas mais
aprofundadas e objetivas.
627
Surdos usuários de língua de sinais em psicoterapia e o direito à comunicação:
revisão integrativa
628
Trabalho em residências terapêuticas: relato de experiência
Ana Paula Carvalho Correa; Maria Gabriela Cavalheiro, Natasha De Luccia, Gessyka
Gomes Marcandal, Ariadnes Nobrega Oliveira, Maria Aparecida Miranda de Paula
Machado
629
Tratamento do câncer de laringe: revisão crítica da literatura publicada nos últimos
dez anos
Juliana Richinitti Vilanova; Monique Silveira Pacheco, Carlos Podalirio Borges de Almeida,
Bárbara Niegia Garcia de Goulart
630
Triagem auditiva neonatal universal: como viabilizá-la
Lisiane Lieberknecht Siqueira; Ana Clara de Oliveira Varella, Gabriela Decol Mendonça,
Émille Dalbem Paim
O Joint Committee on Infant Hearing (JCIH) recomenda que todo o recém-nascido deve
ter sua audição avaliada, tendo em vista a grande incidência de alterações em bebês que
não estão inseridos em um grupo indicador de risco. Para que se possa fazer o
diagnóstico precoce, os bebês considerados de risco para deficiência auditiva ou não,
devem realizar a TAN nas primeiras 48 horas de vida ou antes da alta hospitalar. A
Triagem auditiva neonatal universal (TANU) dentre outras recomendações refere que 95%
dos bebês devem ser triados ao nascimento ou até no máximo 3 meses de idade, e que,
o índice de falsopositivo não deve ultrapassar 3%. O objetivo deste trabalho consiste em
realizar um levantamento dos dados da TAN em um referido hospital a fim de realizar uma
reflexão sobre as recomendações da TANU quanto a porcentagem de falsopositivos
recomendada. Foi realizado um levantamento dos dados da TAN do serviço de
fonoaudiologia de um referido hospital, do ano de 2012. Neste ano foram triados 2243 RN
na maternidade, sendo que destes 2054 passaram e 189 falharam no primeiro teste
totalizando 8,42% de falha, acima do recomendado pela TANU; porém destes que
falharam, 122 realizaram o teste com 24horas de vida pois nasceram de parto e, neste
hospital parto tem alta com 24 horas de vida. Portanto se for realizada uma porcentagem
com apenas os bebês onde a triagem foi realizada com 48 horas de vida a porcentagem
de falha diminui para 2,98%, dentro do valor determinado pela TANU. De acordo com
estes achados, é que deve-se refletir sobre as condições que o fonoaudiólogo enfrenta
nos hospitais para realizar a TAN com todas as recomendações que a TANU exige.
Sugere-se continuar discutindo sobre as recomendações da TANU diante da realidade
que muitos fonoaudiólogos enfrentam, para que possam existir medidas que favoreçam
que a TANU seja realizada da forma em foi idealizada.
631
Vigilância à saúde da criança do município de Mogi Mirim
O direito à saúde, garantido desde a Constituição Federal de 1998, é base para a atenção
à saúde da criança, visando a promoção da saúde, prevenção, diagnóstico precoce e
recuperação dos agravos. O acompanhamento programado do crescimento e
desenvolvimento infantil contribui para a promoção de uma boa qualidade de vida. A
integralidade da atenção é um grande desafio, sendo a Vigilância à Saúde, uma das
ações propostas, pois aborda os determinantes do processo saúde-doença, os riscos, e
os danos à saúde. Considerando o conceito ampliado de saúde e a abrangência do SUS,
é evidente a importância da participação da Fonoaudiologia e de outros profissionais, nos
diferentes níveis de atenção à saúde, no planejamento das ações de Vigilância à Saúde
da Criança. Esse trabalho tem como objetivos: (1) descrever o processo de trabalho para
vigilância à saúde da criança; (2) mostrar alguns indicadores de produção. O município de
Mogi Mirim, com 86.244 habitantes, iniciou a inserção da Fonoaudiologia e da Psicologia
na Atenção Básica em 1998, com ações voltadas às gestantes, em três Unidades Básicas
de Saúde (UBS). Desde 2000, esse projeto ocorre nas onze UBS do município. O
processo de trabalho da vigilância à saúde da criança envolve equipe multiprofissional
que inclui Nutrição, Serviço Social, Odontologia, Psicologia, Enfermagem, ACS e
Pediatria, desenvolvendo as seguintes ações: 1. Orientação à gestante, 2. Agendamento,
após o nascimento, da Triagem Auditiva Neonatal, da BCG e do Teste do Pezinho, 3.
Agendamento no Programa de Observação do Desenvolvimento para monitoramento,
detecção precoce de alterações na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e das
funções auditiva e visual, orientar e observar o aleitamento materno e orientar sobre
condições para o desenvolvimento de fala e linguagem, 4. Acompanhamento com o
pediatra e dentista, 5. Quando necessário encaminhamento à nutricionista, serviço social
e agente comunitário de saúde, 6. Acompanhamento da criança nas instituições
educacionais do território, realizada pela Fonoaudiologia, 7. Encaminhamento à Atenção
Especializada. A equipe de Fonoaudiologia participa do controle social: Comitê de
Aleitamento Materno, Comitê de Prevenção ao Óbito Materno, Infantil e Fetal, Conselho
Municipal de Educação, Fórum Permanente de Educação, voltado à saúde da criança. A
análise dos indicadores de 2010 até 2012 aponta os seguintes dados: Taxa de Gestantes
atendidas: 2009 – 13,50%, 2010 – 30,50%, 2011 – 45% e 2012 – 37%; Nº de RN
inseridos no Programa de Observação do Desenvolvimento: 2009 – 431, 2010 – 465,
2011 – 546 e 2012 – 583; Nº de triagens realizadas de crianças em idade escolar (4 a 10
anos): 2009 – 299, 2010 – 293, 2011 – 305 e 2012 – 309; Taxa de RN que realizaram a
Triagem Auditiva Neonatal – 2009 – 13,5% (início em novembro/2009), 2010 – 89%, 2011
– 97,5%, 2012 – 96,50. Considerações: A vigilância à saúde das crianças, com ênfase na
atenção básica, tem evidenciado a mudança do perfil da demanda do serviço de
Fonoaudiologia e dos distúrbios da comunicação. O atendimento precoce reduziu o
número de crianças em idade escolar para avaliação e reabilitação.
632
Vivência de uma graduanda de fonoaudiologia na gestão de políticas públicas –
relato de experiência
Bruna Mauer Lopes; Cristiane Schuller, Márcia Falcão Fabrício, Claudia Veras
633
Vivências interdisciplinares de acadêmicos da universidade federal de sergipe: um
relato de experiência
634
Vítimas de violência e alterações na comunicação – revisão bibliográfica
Andrea Wander Bonamigo; Bruna Campos De Cesaro, Helena Terezinha Hubert Silva,
Léia Golçalves Gurgel, Fabiana de Oliveira
635
VOZ
636
Efeito imediato da terapia manual laríngea na qualidade vocal de indivíduos
disfônicos
Ana Paula Reimann; Ana Vitória Rondon, Larissa Thaís Donalonso Siqueira, Alcione
Ghedini Brasolotto, Kelly Cristina Alves Silvério
637
Impacto vocal na qualidade de vida de laringectomizados totais usuários de prótese
traqueoesofágica
Ana Carolina Soares Raquel; Lílian Neto Aguiar-Ricz, Adriana Defina Iqueda, Telma Kioko
Takeshita-Monaretti, Hilton Marcos Alvez Ricz
638
A estimulação auditiva como estratégia de exploração da percepção da
expressividade oral em atores
Introdução: o ator deve ter domínio dos seus instrumentos expressivos, dentre eles: a
comunicação oral. A comunicação oral é constituída por quatro recursos: voz, fala,
linguagem e audição. É por meio da audição que somos capazes de perceber e monitorar
a comunicação oral e toda sua expressividade. Portanto, acreditamos que estimulando as
habilidades auditivas contribuímos ativamente para a exploração da percepção da
expressão oral que por sua vez, potencializará a capacidade do ator/ atriz construir um
desenho expressivo muito mais consciente de suas escolhas. Objetivo: descrever uma
prática pedagógica, aplicada no módulo de expressão vocal do curso técnico em arte
dramática, cujo objetivo é explorar a expressividade oral por meio de exercícios que
estimulem habilidades auditivas. Método: aplicação de um exercício auditivo influenciado
por premissas da educação musical. O exercício consiste em construir uma paisagem
sonora para ser apreciada, identificada e reconhecida pelos alunos do curso técnico em
arte dramática. O grupo de alunos é dividido em subgrupos e cada qual deve construir
uma proposta de paisagem sonora que retrate algum contexto ambiental. A apresentação
deverá levar em consideração a localização, a distância, o volume, a duração e a
ordenação dos estímulos sonoros. Além disso, o grupo proponente definirá qual é a
melhor posição dos ouvintes no espaço para a recepção dos estímulos. Durante a
apreciação da paisagem sonora todos os ouvintes deverão permanecer de olhos
fechados, enquanto identificam e reconhecem o contexto traduzido em sonoridades,
assim como, seus aspectos constituintes. Resultado: os alunos, tanto na posição de
criadores sonoplastas, como na posição de receptores ouvintes, valorizaram a
experiência pela oportunidade de reconhecer a complexidade envolvida no ato de ouvir e
de escutar, assim como, as suas relações com a produção de sonoridades. Os criadores
sonoplastas puderam perceber o quão é importante se ocupar dos efeitos gerados pelo
som que se produz. Os receptores ouvintes, por sua vez, puderam ativar muitas das
habilidades auditivas, dentre elas: interação binaural; figura fundo; separação e interação
binaural; resolução temporal; padronização temporal; memória auditiva entre outras
funções corticais, tais como, atenção; linguagem e cognição. Conclusão: tudo indica que a
qualidade da expressão oral depende da escuta. É por meio da audição que ampliamos o
nosso repertório sonoro. Falamos porque ouvimos! Dizemos porque escutamos! Então,
por meio da estimulação das habilidades auditivas esperamos explorar a capacidades da
percepção auditiva e da percepção da fala com o objetivo de melhorar o monitoramento
da expressividade oral; o reconhecimento dos elementos constituintes dos recursos orais,
dentre eles, voz, fala e linguagem e a capacidade de flexibilizar os mesmos recursos
orais.
639
A percepção de professores sobre problemas vocais na infância – relato de
experiência
Acácia Feitosa; Wanderson Fraga, Brigida Souza, Daniela Sena, Rodrigo Dornelas,
Roxane de Alencar Irineu
640
A voz do professor e o ambiente de trabalho: diferenças entre o ensino médio e
superior
Luana Priscila da Silva; Jonia Alves Lucena, Adriana de Oliveira Camargo Gomes, Zulina
Souza de Lira, Ana Nery Barbosa de Araújo
641
Adequação da qualidade vocal em cantores populares: revisão sistemática de
literatura
Thales Roges Vanderlei de Góes; Tuany Lourenço dos Santos, Lavoisier Leite Neto,
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Introdução: A voz cantada necessita de perceptíveis ajustes laríngeos para sua execução.
Após um trabalho de adaptação vocal e auto-percepção da dinâmica da voz, o
profissional pode adequar estruturas, configurar harmônicos e potencializar a qualidade
vocal, evitando-se assim o uso inadequado das características vocais, que podem gerar
as disodias (alterações vocais, que ocorrem durante o canto). Objetivo: Apresentar uma
revisão literária sobre as diferenças na configuração do trato vocal em cantores populares
a fim de se evitar às disodias. Métodos: Revisão sistemática de literatura, através de
pesquisa eletrônica utilizando as bases de dados da LILACS, SCIELO e Google
Acadêmico, do período de 2001 a 2012. Foram consultados listas de referências de todos
os artigos e os seguintes descritores: Formante do Cantor, Recursos Vocais, Voz
Cantada, Qualidade Vocal, Canto Popular e Disodia. Entre os 43 artigos consultados, 15
mostraram-se pertinentes ao tema. Resultados: A qualidade vocal é o padrão básico da
voz de uma pessoa que distingue e o Identifica, emerge da combinação de ajustes
laríngeos e supralaríngeos sendo determinada por características físicas, tais como o
espectro sonoro, série harmônica e aspectos temporais como: ataque e decaimento.
Através de focos de ressonância, o cantor pode direcionar a vibração dentro do seu corpo
e utilizar conscientemente estruturas específicas como ressonadores, possibilitando a
modulação da qualidade vocal. A literatura aconselha que a respiração deve ser do tipo
costodiafragmático-abdominal. A técnica vocal específica para o canto popular,
manifestado nos mais diversos estilos, privilegia a manutenção da laringe em posição
mais baixa e estabilizada, sendo que as mudanças de tom ocorrem basicamente pelo
alongamento e encurtamento das pregas vocais. No canto popular é preferível que a
parede posterior da faringe, apresente-se de forma uniforme e o véu palatino em posição
mais alta para uma melhor amplificação dos harmônicos. A movimentação da língua no
canto é lenta e variada, a fim de favorecer mudanças menos bruscas e proporcionar uma
melhor ressonância. A seleção de ajustes musculares inadequados resultando em
disodia, podem ser resultado de falta de conhecimento vocal ou modelo vocal deficiente.
A voz cantada com suporte respiratório possui aproveitamento de toda área pulmonar e
evita a tensão muscular na região cervical. A literatura indica que com uma boa técnica
vocal é desvinculado a relação entre intensidade e freqüência fundamental. A deficiência
técnica de cantores não treinados, a grande busca por projeção e brilho na voz, e suporte
respiratório deficiente, pode acarretar: tremor vocal, voz abafada, voz nasalizada, ataque
vocal soproso e ataque vocal brusco. Podendo ocasionar uma alteração organofuncional.
No canto popular torna-se necessário um maior espaço de ressonância para a
manutenção de uma qualidade vocal adequada. Conclusão: Devido à alta demanda de
exigências em torno da voz do profissional cantor, coloca-se este como um grupo
privilegiado para o desenvolvimento das disodias, por isso, tais profissionais necessitam
conhecer o seu trato vocal e realizar ajustes eficientes e saudáveis para atender as
necessidades de sua profissão sem prejudicar o seu funcionamento vocal.
642
Adesão à terapia em voz com idosos em clínica-escola de fonoaudiologia
Daniele Albuquerque Alves de Moura; Jonia Alves Lucena, Adriana de Oliveira Camargo
Gomes, Ana Nery Barbosa de Araújo, Zulina Souza de Lira
643
Alterações acústicas relacionadas ao processo de senilidade da voz.
Adriana Bueno Benito Pessin; Elaine Lara Mendes Tavares, Andrea Cristina Joia
Gramuglia, Eny Boia Neves Pereira, Marisa Portes Fioravanti, Regina Helena Garcia
Martins
644
Alterações vocais em professores do ensino fundamental e fatores associados.
645
Análise da produção científica fonoaudiológica brasileira acerca da auto imagem
Patrícia Valente Moura Carvalho; Lidiane Cristina Machado Santos, Glauciene das Graças
Costa Pereira, Rachel Ferreira Loiola
646
Análise da postura corporal adotada por cantores líricos e populares
647
Análise da produção científica fonoaudiológica brasileira sobre alterações vocais
relacionadas ao trabalho
648
Análise da voz de adolescentes na região centro sul do paraná – estudo piloto
Sabrina Correia dos Santos; Eliane Cristina Pereira, Ana Paula Dassiê-Leite
Introdução: A muda vocal pode ser definida como um conjunto de mudanças no padrão
da voz, que ocorreria entre a infância e a puberdade. De acordo com a literatura, a muda
vocal nos homens ocorre ao redor dos 13 aos 15 anos, enquanto nas mulheres é ao redor
dos 12 aos 14 anos. Nos climas quentes pode ser antecipada em até dois anos e nos
climas frios pode-se atrasar mais de um ano. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi
avaliar o Índice de desvantagem vocal e a frequência fundamental da voz de
adolescentes de 12 anos completos. Método: Estudo observacional, analítico, transversal
e prospectivo. Participaram 29 adolescentes, 17 do gênero masculino (GM) e 12 do
gênero feminino (GF), alunos do Ensino Fundamental e Médio de um colégio estadual,
com idade de 12 anos completos, residentes nos últimos dez anos na região centro sul do
Paraná-PR onde o clima é subtropical. Foram excluídos os adolescentes com história
pregressa de doenças neurológicas, psiquiátricas, gástricas e/ou hormonais, com
obstrução em via aérea superior no dia do exame (gripes, resfriados ou crises
alérgicas/respiratórias), fumantes, etilistas, e/ou com diagnóstico prévio de alteração/lesão
em pregas vocais. Meninas em período pré-menstrual ou menstrual também foram
excluídas. Os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os
adolescentes responderam ao IDV-10 e emitiram a vogal /Ɛ/ prolongada, cuja F0 foi
obtida por meio do programa Voxmetria (CTS). Os resultados foram submetidos a
tratamento estatístico, por meio do teste t de student. Resultados: O GM apresentou
média do IDV-10 de 5,35, já o GF de 5,30. A média da F0 para o gênero masculino foi de
217,45 Hz e do GF de 230,07 Hz. Não houve diferença estatísticas entre a comparação
dos resultados do IDV-10 e da F0 entre os grupos. Conclusão: Aos 12 anos, meninos e
meninas apresentaram F0 muito próximas e dentro da faixa esperada na infância. Assim,
é possível que o processo de muda vocal ainda não tenha sido iniciado ou esteja em uma
etapa bastante inicial. Quanto à desvantagem vocal, aos 12 anos, meninos e meninas
também apresentam escores de IDV-10 semelhantes e compatíveis com os apresentados
por indivíduos sem queixas vocais.
649
Análise das ações educativas nos grupos de vivência de voz
Vanessa Rodrigues Zambão; Viviane Benysek dos Santos, Regina Zanella Penteado,
Reginalice Cera da Silva
650
Análise das medidas aerodinâmicas antes e depois da prova de fala contínua em
idosas saudáveis
Yara Helena Rodrigues; Lílian Neto Aguiar Ricz, Gleidy Vannesa Espitia Rojas
651
Análise do uso de paliativos para disodia e disfonia em cantores da noite
Thales Roges Vanderlei de Góes; Lavoisier Leite Neto, Geová Oliveira de Amorim
652
Análise dos parâmetros vocais pitch e loudness em jogadores de futsal pré e pós
jogo
Os jogadores de futsal cometem vários abusos vocais durante uma única partida, dentre
elas pode-se destacar os ambientes ruidosos que favorecem uma demanda vocal alta, a
falta de hidratação e a atividade física realizada concomitantemente a vocalização,
causando sobrecarga nos músculos laríngeos responsáveis pela fonação. O objetivo
deste estudo é analisar as vozes dos jogadores de futsal, antes e após os jogos, a fim de
detectar possíveis alterações de pitch e loudness. Participaram da pesquisa 11 atletas
(seis alas; dois goleiros; um pivô e dois becks), todos do sexo masculino com idade média
de 23,75 anos. Os mesmos foram avaliados por meio de um questionário para
caracterização da amostra e gravação vocal antes e após os jogos. Os resultados
mostraram que com o aumento da idade dos atletas houve também um aumento do
tempo de profissão; ao correlacionar a quantidade de alterações vocais encontradas após
os jogos e o tempo de profissão, oito (72,72%) sujeitos apresentaram alterações, sendo
que, cinco tinham mais de sete anos de profissão. Quanto a qualidade vocal, a rouquidão
foi à alteração mais encontrada na análise perceptivo-auditiva das vozes após os jogos.
Quanto à loudness somente dois jogadores (18,18%) apresentaram alterações após os
jogos, não evidenciando nenhuma alteração significativa neste parâmetro. Já o pitch foi o
aspecto vocal mais alterado, sendo que 10 (90,90%) dos jogadores avaliados
apresentaram vozes mais agudas após os jogos. Portanto, conclui-se que os jogadores
de futsal apresentam alterações no parâmetro pitch após os jogos e não foi evidenciada
nenhuma alteração significativa relacionada à loudness. Salienta-se que as condições de
trabalho e de uso da voz desses profissionais configuram fatores de risco à saúde vocal e
demandam ações fonoaudiológicas para a promoção de saúde.
653
Análise multidimensional da voz de pacientes com Edema de Reinke
Roberto Campos Meireles; Aleida Emanuela Moniz Tavares, Angela Albuquerque Garcia,
Lidia Becker, Roberta Bac, Juliane Rocha, Dayana Oliveira
Edema de Reinke(ER) é uma patologia benigna que afeta a mucosa das pregas vocais,
tendo como causas o tabagismo e o comportamento vocal alterado.Objetivo:Realizar uma
avaliação vocal multidimensional dos pacientes com ER atendidos entre julho e dezembro
de 2012 no ambulatório de Laringe e Voz de um hospital universitário.
Metodologia:Estudo observacional, analítico, transversal e prospectivo.A avaliação vocal
multidimensional incluiu as avaliações otorrinolaringológica, acústica e o impacto da
disfonia na qualidade de vida do indivíduo.O grau do ER foi verificado pelo
otorrinolaringologista pela viodeolaringoscopia. Analisou-se a qualidade vocal
acusticamente da vogal /é/ prolongada no programa VoxMetria. As medidas extraídas
foram freqüência fundamental(Fo.), intensidade, jitter e shimmer.Verificou-se o tempo
máximo de fonação(TMF).Aplicou-se o Questionário de Qualidade de Vida em
Voz(QVV).Elaborou-se questionário com dados sobre sexo, idade, atividade profissional e
uso de tabaco.Resultados e discussão:Participaram 11 indivíduos, sendo 82% (N=9) do
gênero feminino.A idade média dos pacientes foi de 58.09 anos, variando entre 39 a 75
anos.Raramente se diagnostica um ED antes dos 45 anos.Nosso trabalho encontrou um
paciente com 39 anos.O tempo de uso do tabaco variou entre 19 a 51 anos, com média
de 33 anos. Quanto a quantidade de cigarros/dia: 54.54%(N=6) usavam 20 cigarros/dia;
36.36%(N=4) fumavam 40 cigarros/dia e um indivíduo fumava 60 cigarros/dia. Na época
da pesquisa, 63.63%(N=7) ainda fumavam.As profissões apresentaram-se bem
diversificadas; podemos afirmar que um indivíduo utilizava a voz intensamente. Nesse
estudo 100%(n=11) dos indivíduos apresentavam ED bilateral. Observou-se que o ED
simétrico grau I foi mais prevalente(63,6% N=7) que o edema
assimétrico(37,4%N=4).Este dado é corroborado pela literatura.Todos os pacientes
apresentaram TMF bem inferiores aos descritos na literatura. A média de TMF para o
sexo masculino ficou em 6,10"; no sexo feminino foi de 6,17" variando entre 8,74" e 3,43".
Indivíduos com o maior grau de edema são os detentores dos tempos de fonação mais
encurtado. Nesse grupo, a intensidade média da vogal / é / foi 79,19dB (N=11); a Fo.
média feminina(N=9) foi 171,41Hz. Este valor encontra-se dentro dos limites normais, fato
que pode estar associado ao grau I do ER ter sido prevalente alterando de modo leve a
Fo. Verificou-se que 33,3% (N=3) apresentam Fo. abaixo dos dados normativos para
mulheres. Para o sexo masculino(N=2) a média da Fo. foi 109,64 Hz. Este fato pode
justificar a maior procura de tratamento por mulheres, pois os impactos do agravamento
da voz são mais perceptíveis neste sexo. Os valores de jitter para mulheres foi
1,88%(N=9), para homens 1,6%(N=2); os valores de shimmer foram 8,03% e 9,70%
respectivamente para mulheres e homens. Esses valores encontram-se bem alterados. O
QVV demonstrou prejuízo na qualidade de vida sendo o escore total foi de 51,5; o escore
físico 55,8 e o socioemocional 37,8. Conclusão:A análise multidimensional da voz mostrou
que a qualidade vocal, a qualidade de vida e TMF apresentam-se prejudicados no grupo
pesquisado. O grau I simétrico de ER foi prevalente.
654
Análise perceptiva e acústica da fala na acromegalia: resultados preliminares
Roberta Werlang Isolan Cury; José Viana Lima Júnior, Nilza Scalissi,
Zuleica Camargo, Sandra Madureira
655
Análise perceptivo-auditiva do pitch e loudness de indivíduos com encefalopatia
crônica não progressiva
656
Análise perceptivo-auditiva dos parâmetros vocais pitch e loudness em cantores
sertanejos pré-show e pós-show
A presente pesquisa teve como objetivo investigar as alterações dos parâmetros vocais
pitch e loudness na voz dos cantores sertanejos antes e após os shows, com a finalidade
de contribuir para melhor atuação fonoaudiológica com esse público. Participaram do
estudo cinco duplas de cantores sertanejos (10 cantores), do sexo masculino, com idade
variando entre 21 e 37 anos, sem queixa vocal. Para realização da pesquisa foi aplicado
um protocolo para caracterização da amostra e gravação vocal antes e após os shows.
Após a coleta de dados, fonoaudiólogas especialistas em voz e um estatístico analisaram
os resultados. Observou-se que o cansaço vocal foi o principal sintoma relatado pelos
cantores (60%); que 70% não procuram por uma assistência especializada com
profissional e que 80% dos cantores após os shows apresentaram alterações dos
parâmetros vocais pitch e loudness. Correlacionando todos os resultados, observou-se
que quando a idade e o tempo de profissão dos cantores aumentam, há um aumento
também na tensão vocal, visto que a tensão pode estar associada ao abuso vocal e a
perda de capacidade vocal. E também foi analisado que cantores que fazem segunda voz
têm mais tendência de ter cansaço vocal. Sabendo de tudo isso, conclui-se que os
cantores sertanejos apresentam alterações nos parâmetros pitch e loudness após os
shows. E salienta-se a importância da atuação fonoaudiológica no contexto musical, por
meio de práticas preventivas, a fim de evitar que os distúrbios relacionados a voz se
instalem.
657
Aplicación de la técnica de masaje laríngeo en disfonías funcionales
658
Aquecimento vocal: revisão de literatura
659
Aspectos laríngeos e vocais na avaliação da competência glótica
Objetivo: Este artigo teve como objetivo avaliar a competência glótica por meio de análise
visual, acústica e auditiva; bem como verificar a relação entre os métodos e suas
especificidades e sensibilidades. Método: Participaram da pesquisa 35 sujeitos que
tinham indicação para exame nasofibrolaringoscópico com ou sem queixa de voz. A
avaliação laringológica foi realizada por um médico otorrinolaringologista e o mesmo
emitiu um laudo específico sobre a configuração da glote. Para a análise perceptiva
auditiva foi utilizada a gravação de vogal sustentada, fala encadeada e fala espontânea,
realizada por três fonoaudiólogos experientes na área de voz com teste de confiabilidade
intra-avaliador com repetição de 50% da amostra. Para a análise acústica foi utilizado um
cronômetro e o sujeito foi instruído a emitir as consoantes /s/ e depois a consoante /z/ de
forma prolongada ([s:] e [z:]) e no maior tempo de emissão em uma única inspiração. Na
primeira análise, foi verificado se os resultados do teste visual são iguais (do ponto de
vista da estatística, portanto com uma margem de erro) em relação ao teste acústico
(Relação S/Z) e na segunda análise, foi verificado se os resultados do teste visual são
iguais (do ponto de vista da estatística, portanto com uma margem de erro) em relação à
qualidade vocal atribuída pelas fonoaudiólogas, com teste de confiabilidade intra-avaliador
com repetição de 50% da amostra. Os resultados foram classificados em: análise visual:
coaptação incompleta ou coaptação completa (0 ou 1); análise perceptivo auditiva:
presença de soprosidade ou ausência de soprosidade (0 ou 1) e análise acústica:
soprosidade ou normalidade (S/Z >> 1,2) (0 ou 1). Resultados: Como principais
resultados, observou-se que, dos 35 sujeitos participantes da pesquisa até o momento,
apenas 37,14% apresentaram resultados compatíveis com o teste padrão-ouro, ou seja,
os resultados da análise acústica não são compatíveis com os resultados da análise
visual, e 62,8% apresentaram resultados não compatíveis com o teste padrão-ouro.
660
Aspectos respiratórios e vocais na qualidade de vida em voz de homens e mulheres
idosos
Larissa Thaís Donalonso Siqueira; Kelly Cristina Alves Silvério, Ana Paula Fukushiro,
Alcione Ghedini Brasolotto
661
Assessoria fonoaudiológica na comunicação interna de uma instituição não
governamental: ações e resultados
662
Atuação fonoaudiológica junto a apresentadores de programas de televisão
Mila Cruz do Valle; Clara Rocha da Silva, Laura Melamed Barbosa, Luana Curti, Maria
Cristina de Menezes Borrego
663
Auto-percepção,qualidade de vida e atuação em saúde vocal junto a professores de
uma escola pública
Ana Paula d´Oliveira Gheti Kao; Aline Oliveira Baruzzi, Ana Carolina Ramos de Oliveira
Borges, Daniela Scalon Oliveira, Emelie Villela da Costa, Talita Mazzariello Roveri
664
Autopercepção da severidade do quadro disfônico de pacientes em reabilitação
vocal
Sarah Rosita Teixeira Silva Sales; Iara Maia Guerreiro, Charleston Teixeira Palmeira
665
Autopercepção e sintomas vocais em atores de teatro
666
Avaliação acústica nas alterações vocais: recursos utilizados em estudos
científicos brasileiros
Elaine Pavan Gargantini; Iára Bittante de Oliveira, Eliane dos Santos Fernandez
Introdução: a análise acústica destaca-se por ser uma avaliação não invasiva da voz,
oferecendo parâmetros objetivos para avaliação vocal, diferenciando-se da análise
perceptivo auditiva por fornecer valores numéricos acústicos que são relevantes no ponto
de vista clínico. Por meio da análise acústica é possível prover características
quali¬tativas e quantitativas da voz, as quais podem ter relevância clínica, no estudo das
vozes pa¬tológicas. Porém, apesar de suas vantagens, este não fornece diagnóstico em
sua função, mas serve como complemento da avaliação vocal, juntamente com os
achados dos exames fisiológicos realizados pelo médico e da análise perceptivo-auditiva
da voz. Objetivo: levantar e analisar estudos científicos brasileiros que em seus
procedimentos utilizaram programas de análise acústica para avaliação da voz e suas
alterações. Método: foi realizada revisão de literatura de artigos científicos nacionais com
intuito de se verificar quais os procedimentos utilizados para análise acústica. As
pesquisas basearam-se nas revistas de Fonoaudiologia brasileiras; revistas de áreas
correlatas, utilizando-se as bases de dados BVS, LILACS e SCIELO. Os descritores em
ciências da Saúde (DeCS) mais utilizados foram: acústica da fala, voz e disfonia. Os
artigos foram selecionados de acordo com o período referente aos últimos cinco anos,
portanto 2008 à 2013. A partir dos descritores, e localizados os artigos, foram lidos todos
os seus resumos e, quando necessário, o artigo foi lido na sua íntegra. Selecionados os
artigos, a metodologia de cada um foi analisada com vistas a: programa de análise
acústica utilizado; parâmetros analisados, e se o estudo era destinado a avaliar vozes
alteradas. Após tal seleção, foram obtidos 63 artigos, que utilizaram análise acústica em
suas pesquisas, dos quais 38 voltados para análises em vozes disfônicas, interesse deste
estudo. Resultados: os artigos que referiram uso de programas de análise acústica em
suas metodologias estão distribuídos quanto ao tipo de programa da seguinte forma:
Multidimensional Voice Program (MDVP) em dez artigos (26,3%), Voxmetria em sete
(18,4%), PRAAT oito (21%), Multidimensional Voice Program Advanced (MDVPA) cinco
(13,1%); GRAM em quatro (10,5%), Dr. Speech um (2,6%) e artigos com uso de dois ou
mais programas, três (7,8%). Dos 38 artigos de vozes disfônicas, 16 são estudos sobre a
eficácia da terapia vocal (42,1%). Desses, 100% utilizaram os programas de análise
acústica como medida objetiva para seus resultados. Já 28 desses artigos (73,7%)
utilizaram o padrão ouro da Fonoaudiologia, combinando análise perceptivo-auditiva
(escala GRBASI) com análise acústica da voz. Sobre os parâmetros da análise acústica
63,1% dos artigos consideraram a medida de jitter, 60,5% consideraram a medida de
shimmer e 55,2% utilizam a Proporção Harmônico Ruído em seus resultados. Conclusão:
As pesquisas clínicas com o uso da análise acústica associadas a avaliação vocal
mostraram-se relevantes, pois fornecem dados suficientes para intervenção e
acompanhamento dos tratamentos fonoaudiológicos. A finalidade do uso de programas
computadorizados na clínica vocal mostrou-se eficaz na maioria dos artigos selecionados.
667
Avaliação da competência comunicativa e o desempenho profissional em
operadores de telesserviços
668
Avaliação de sinais e sintomas vocais de técnicos e preparadores físicos de futebol
669
Avaliação do impacto da aprendizagem de técnicas de expressão e higiene vocal
em alunos de teatro
Introdução: o ator é um profissional que usa voz e corpo para a arte da representação.
Critérios de escolhas instrumentais cênicas são fundamentais para a construção do
personagem que pode usar recursos vocais insalubres comprometendo a saúde vocal.
Neste contexto o fonoaudiólogo pode contribuir na construção do personagem e na voz
do ator. Objetivo: investigar a utilização de técnicas de expressão e higiene vocal, em
acadêmicos de teatro em diversos níveis da graduação. Metodologia: estudo longitudinal
com 27 sujeitos, 10 homens e 17 mulheres, com idade entre 18 e 44 anos, média 26,4
anos, estudantes da mesma faculdade teatro, divididos em 3 grupos: G1 com 10 sujeitos
do primeiro semestre; G2 com 7 sujeitos, cursando matérias específicas de teatro; e G3
composto 10 sujeitos com experiência de palco. Para avaliação comparativa os dados
foram coletados antes e depois da matéria Técnicas de Expressão e Higiene Vocal
(TEHV). Utilizamos duas perguntas dissertativas: o que é higiene vocal e o que é
expressão vocal. Na segunda parte perguntamos também, quais conceitos aprendidos
estavam sendo utilizados. As respostas foram analisadas considerando um critério
conceitual certo/errado e um lingüístico de coerência de resposta. Para a análise
estatística, utilizamos o Teste de Razão e Verossimilhança e o Teste Exato de Fisher com
nível de significância de 5% (0,05). CEP nº. 122/09. Resultados: embora a higiene vocal
seja um conteúdo conhecido pelos sujeitos apenas 33,3% afirmaram que mudariam seus
maus hábitos. A expressividade vocal apresentou piora para o G1 (p=0,67), melhora para
o G2 (p=0,48) e não se alterou para o G3 (p=0,38). A qualidade linguística das respostas
melhorou no G1, não melhorou no G2 e melhorou G3, com significância nos três grupos
(p=0,01). A análise da citação dos hábitos saudáveis nos dois momentos revelou-se
significante para o preparo da voz antes de esforço (p=0,01) e repouso vocal após esforço
(p=0,04) para todos os grupos estudados. Os três grupos concordaram que o abuso vocal
deveria ser o hábito a ser erradicado (p=0,05%). Discussão: a maior parte dos sujeitos
não se mostrou disposta a mudar hábitos vocais abusivos relacionados às circunstâncias
de abuso vocal em cena, priorizando a construção do personagem. Por outro lado,
concordaram em tentar minimizar seus efeitos em cena com preparo vocal antes da
atuação, repouso depois e redução do abuso no dia-a-dia. No conteúdo da expressão
vocal as diferenças nas respostas vêm ao encontro do próprio nível acadêmico de cada
grupo. A redução dos acertos no grupo 1 pode estar relacionada à falta de conteúdo
acadêmico para a assimilação adequada, o aumento de acertos no grupo 2
provavelmente se deve a fase de intenso aprendizado na qual se encontram, a
manutenção da porcentagem alta de acertos no grupo 3 poderia indicar compreensão
prévia, relacionada a própria bagagem acadêmica. A melhora da qualidade lingüística das
respostas está relacionada ao nível acadêmico. Conclusão: as técnicas de higiene vocal
não foram assimiladas igualmente entre os grupos. A expressividade vocal é melhor
compreendida e assimilada por acadêmicos com experiência de palco.
670
Avaliação e intervenção fonoaudiológica na doença de parkinson: relato de caso
Patrícia Valente Moura Carvalho; Viviane Pereira Medeiros,Maria Cecília Costa, Débora
Sathler Aguiar, Viviane Cristina dos Santos
671
Avaliação laringológica de crianças com hipotireoidismo congênito
Ana Paula Dassie-Leite; Luiz de Lacerda Filho, Elmar Allen Fugmann, Mara Behlau
672
Avaliação perceptivo-auditiva da prosódia na expressão das atitudes de dúvida,
incerteza e incredulidade
Luciana Lemos de Azevedo; Denise Brandão de Oliveira e Britto, Nathália Cristina Alves
Ribeiro, Bruna Ferreira Valenzuela de Oliveira, César Reis
673
Avaliação perceptivo-auditiva da voz e queixa vocal de mulheres com doença de
tireoide
674
Benefícios do exercício de trato vocal semi-ocluído com foco na fonação em tubos
rígidos
Ana Terra Santos Pompeu, Aline de Moraes Arieta, Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida
675
Campanha da voz no Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia: análise do último
quinquênio
676
Campaña para concientizar a la comunidad sobre la importancia de la salud vocal
677
Canto coral: publicações dos últimos cinco anos no congresso de fonoaudiologia
678
Cantores de baile: um estudo descritivo dos sintomas vocais, autopercepção e
avaliação perceptivo-auditiva.
679
Cantores de bandas de baile – condições de trabalho e uso profissional da voz
680
Caracterização de vozes de crianças com descritores não lineares e análise
acústica
681
Características de voz e fala de deficiente auditivo pré e pós-ativação de implante
coclear
Alessandra Bastos de Sousa; Lídia Becker, Angela Albuquerque Garcia, Izabela Lourenço
dos Santos
Introdução: Este estudo analisa amostras de voz de paciente do sexo feminino, de nove
anos de idade, portadora de surdez severa, submetida à cirurgia de Implante Coclear no
âmbito o Programa de Saúde Auditiva do Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho/UFRJ. Os fragmentos de voz foram colhidos com intervalo de trinta dias pós-
ativação do implante incluindo dados qualitativos e quantitativos. Objetivos: Verificar as
modificações dos parâmetros vocais e suprasegmentais da fala pré e pós ativação do
implante. Métodos: Os fragmentos de voz e fala foram colhidos em sala acusticamente
isolada, com notebook Samsung Intel Insid Core I5, microfone Pure Audio USB-SA. A
avaliação incluiu: a) apuração de condições clínicas e socioculturais através de
questionário específico aplicado com a responsável; b) análise acústica da voz incluiu as
vogais /a/ e /e/; a fala encadeada incluiu frases exclamativa, afirmativa, negativa,
elaboradas para este estudo e a contagem, visando obter dados supra-segmentares; c)
teste protocolado de percepção de fala, a fim de detectar os processos espontâneos de
familiarização da informante surda com a língua oral. Resultados: Nos valores acústicos,
a qualidade da voz nas vogais não apresenta mudanças significativas entre as amostras
pré e pós ativação. A forte intensidade e o ataque brusco, que caracterizam a emissão
vocal da informante, se mantêm após a ativação do implante, bem como a proporção
harmônico/ruído (GNE). Quanto à Fo média, 16,67% permaneceram sem modificações;
49,99% apresentaram aumento e 33,33% tiveram seus valores reduzidos. Quanto à
variabilidade de frequência, expressa em semitons, percebe-se discreta mudança entre as
amostras, ao que se pode inferir certa tendência à estabilização espontânea da emissão
vocal. Entre os valores de intensidade 16,67% permaneceram sem modificações; 49,99%
apresentaram aumento e 33,33% tiveram seus valores reduzidos – o que configura um
quadro de instabilidade vocal com sinais de discreta adequação da percepção de fala
Vale ressaltar, entretanto, que a espectrografia permite observar claramente os
harmônicos melhor definidos e de maior projeção na mostra pós-ativação, o que significa
melhor controle de uma emissão vocal, melhor adequação da coordenação pneumofono
articulatória e percepção da prosódia. Conclusão: Conclui-se que existe uma relação
direta entre os parâmetros vocais e as habilidades de percepção de fala em pacientes
submetidos a cirurgia do Implante Coclear. O olhar interdisciplinar permite melhor
apreciação dos fatos linguísticos, melhor elaboração na engenharia do diagnóstico e
adaptação mais específica das estratégias terapêuticas como complemento do
desenvolvimento global do sujeito.
682
Características e preferências comunicativas de repórteres de tv em situação de
link e passagem.
Renata Beatriz Massariol Ferraz de Arruda; Mara Behlau, Vanessa Pedrosa Vieira
683
Características organofuncionais da musculatura laríngea em indivíduos que
gaguejam
Lidia Becker; Ana Maria dos Santos Vicente, Leila Najib, Angela Albuquerque Garcia,
Roberto Campos Meirelles, Roberta Bak
Introdução: A gagueira traz em seu bojo três perspectivas que explicitam as relações
entre voz e linguagem na clínica fonoaudiológica: produção orgânica de som, elemento
suprasegmental ou prosódico e interação verbal. Pode-se afirmar que a gagueira é o
palco onde interagem tais relações. Nas duas primeiras, a voz é suporte para a expressão
oral. Objetivo: Este estudo visa observar o comportamento da musculatura intrínseca da
laringe nas distintas fases do processo fonatório, quais sejam: respiração e fonação,
através de sequencias de fala encadeada (espontânea e leitura), de forma a poder afirmar
o que se supõe empiricamente: a existência de uma correlação extrínseca corporal e
intrínseca da laringe durante a fala. Métodos: Participaram 8 sujeitos gagos adultos, que
se submeteram ao exame de nasovideolaringoscopia, estabelecido como instrumento de
avaliação da função laríngea em movimento fonatório. As imagens obtidas através de
nasovideolaringoscopia obedecem a um programa especificamente elaborado para este
fim, de forma a observar as tensões laríngeas em diferentes momentos que definem o
processo fonatório: respiração e fonação de vogais sustentadas e fala encadeada.
Resultados: entre os achados mais importantes, verificou-se a presença de contrição
laringofaríngea anteroposterior e hipertrofia de bandas ventriculares em 100% dos
informantes; contato da face laringea da epiglote com parede posterior da faringe (75%);
constrição látero-lateral (50%); estase salivar (50%); presença de assimetria de
aritenóides (37,5%) e de pregas vocais (25%), interferindo na postura de fonação. Em
menores proporções, mas não menos importantes, encontrou-se tensão de língua
(12,5%); tremor laríngeo (12,5%); fonação em posição de deglutição (12,5%); sinais de
refluxo (12,5%); microdiafragma laríngeo (12,5%). (12,5%). Conclusão: É fato perceptível
a presença de extrema tensão laríngea em todos os informantes, como estratégia
compensatória à fonação. Não se encontrou nenhuma lesão de massa nas pregas vogais.
Apesar da tensão extrínseca e intrínseca interferir na postura e dinâmica do movimento
funcional das pregas vocais, os resultados não caracterizam os informantes como
indivíduos disfônicos.
684
Características vocais e laríngeas em idosos com presbifonia
Liliane Elise Souza Neves; Bruno Moraes, Ana Nery Barbosa de Araújo,
Adriana de Oliveira Camargo Gomes, Zulina Souza de Lira, Arlene Cavalcanti,
Jonia Alves Lucena
685
Cautela e especificidade: teste de oximetria como contribuição para dosagem de
exercícios em fonoterapia.
686
Competência comunicativa em docentes do ensino médio
687
Condutas de pediatras do distrito federal em relação à disfonia infantil
Lygia Rondon de Mattos; Jane Katia Mendes Cravo Quintanilha, Jucielli Amaral Silva
688
Contribuições da terapia vocal em grupo para presbifonia
Liliane Elise Souza Neves; Jonia Alves Lucena, Ana Nery Barbosa de Araújo, Adriana de
Oliveira Camargo Gomes, Zulina Souza de Lira
689
Correlação entre a queixa vocal e os sintomas vocais em professores do ensino
fundamental e médio
Laise Paiva; Anna Alice Almeida, Leonardo Lopes, Bruno Silva, Vanessa Mascarenhas,
Vânia Souza, Elma Azevedo, Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva
Introdução: entre os profissionais da voz o professor tem sido alvo da maioria das
pesquisas fonoaudiológicas na área de voz, que apresentam maior risco de
desenvolvimento de distúrbios de voz de base funcional devido a exposição a fatores de
risco de natureza ambiental e organizacional. Nessa perspectiva, há várias pesquisas
sobre identificação de perfis e fatores de risco em professores de diversos locais, porém
na cidade de João Pessoa ainda é incipiente esse tipo de estudo. Tendo em vista o
grande número de afastamentos e readaptações de professores por distúrbio de voz em
João Pessoa, apontado pela Secretaria de Educação do município, se faz necessárias
pesquisas que tenham como meta detectar os aspectos vocais que possam estar
relacionados com a queixa vocal do professor, uma vez que a voz é o principal
instrumento de trabalho dessa categoria. Objetivo: correlacionar os sintomas e sensações
na garganta e na voz à queixa vocal autorreferida por professores de escolas públicas da
cidade de João Pessoa – PB. Método: trata-se de um estudo transversal e observacional,
no qual participarão 100 professores do ensino fundamental e médio. Aplicou-se o
questionário de autopercepção Condição de Produção Vocal –Professor, no qual foi
considerada as questões relacionadas a identificação e aspectos vocais. Os dados foram
analisados estatisticamente, análise descritiva e o teste qui-quadrado. Tal pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética (n° 091/13). Resultados: A amostra do estudo apresentou
predominância do sexo feminino 68% com idade média de 42 anos. O tempo de trabalho
dos entrevistados variou de 1 a 42 anos. 38% afirmavam permanecer de 10 a 20 horas
por semana com os alunos na escola. Dos 100 professores que participaram da pesquisa,
81% referiram queixa vocal, ou seja, apontaram ter uma alteração vocal, sendo que
destes 90% relataram não ter procurado acompanhamento fonoaudiológico. A maioria dos
professores relatou como possíveis causas da alteração vocal o uso intensivo da voz
(63%). 45% consideram sua voz melhor pela manhã e vai piorando. Com relação aos
sintomas vocais mais relatados pelos professores destaca-se: rouquidão (56%), falha na
voz (44%), voz grossa (40%), voz fraca (35%). Entre às sensações na garganta e na voz:
pigarro (54%), cansaço ao falar (50%), tosse seca (46%), esforço para falar (41%). A
correlação entre a queixa vocal e os sintomas vocais foi estatisticamente significativa para
a rouquidão, falha na voz e voz fraca. Quanto a correlação entre as sensações na
garganta e na voz e a queixa vocal foi estatisticamente significativa: o pigarro e o cansaço
ao falar. É importante salientar que a maioria dos professores apresentaram relato de dois
ou mais sintomas e sensações. Conclusão: os dados encontrados indicam que, frente a
necessidade de aprimorar a triagem fonoaudiológica, os sintomas e sensações que
apresentaram associação estatisticamente significativa são relevantes para o
levantamento do distúrbio vocal e merecem maior atenção nas ações fonoaudiológicas de
assessoria em voz junto a professores.
690
Correlação entre as respostas do QVV de pacientes disfônicos em diferentes faixas
etárias
691
Correlação entre hidratoterapia, ingesta alcoolica e tabagismo em jornalistas
692
Correlação entre prática de tabagismo e presença de sintomas vocais em atores de
teatro
Edney Gustavo Fernandes Tenório; Geová Oliveira de Amorim, António Manuel da Costa
Vieira, Adriano Rockland Siquera Campos, Fernanda Raissa de Albuquerque Bastos,
Phillipe Xavier Moreira de Barros
Introdução: A Literatura aponta uma série de hábitos e abusos vocais que podem gerar
alterações laríngeas e vocais. Quanto aos hábitos vocais inadequados encontramos o
tabagismo, frequentemente abordados nos estudos científicos referentes à voz de atores
e demais categorias de profissional da voz falada e cantada. Além disso, o tabagismo
pode causar ressecamento e irritação da mucosa das vias aéreas superiores, propiciando
o surgimento de sintomas vocais. Objetivo: Investigar a pratica do tabagismo e a presença
de sintomas vocais em atores de teatro. Método: Estudo transversal observacional
descritivo. Participaram do estudo 51 atores de teatro, sendo 29 do sexo masculino e 22
do sexo feminino. Inicialmente foi aplicado um questionário de identificação da prática do
tabagismo e dos 21 sintomas vocais mais apresentados pela população em geral. Em
seguida os dados foram armazenados, tabulados e analisados estatisticamente pelo
software SPSS 16.0. Resultados: A média de idade dos participantes da pesquisa foi de
26,7 anos. Dentre os sujeitos da pesquisa, 82,4% (n=42) eram não fumantes e 17.6%
(n=9) fumantes. A relação entre tabagismo e presença de sintomas vocais mostrou que
entre os atores fumantes 88,9% (n=8) relataram mais de 02 sintomas vocais. Em relação
aos atores não fumantes, 80,1% (n=37) reportou ao menos um sintoma de voz.
Conclusão: Atores de teatro fumantes e não fumantes apresentam sintomas vocais e
associados, sendo a incidência maior entre os atores tabagistas.
693
Descrição dos 357 atendimentos realizados na semana da voz em umuarama
Julya Macedo; Daline Backes Eyng, Bruna Aparecida Malfato Silva,Soyane Lopes,
Maressa Teodoro Mortean, Camilla Reggiani Nunes, Thayse Mendes de Araújo, Mayara
Sabion Rufato, Gabriela de Sales Milaré
694
Desvantagem vocal no canto e desconforto no trato vocal em evangélicos cantores
e não cantores
695
Dia mundial da voz: experiência em uma escola pública de são paulo
Ana Paula d´Oliveira Gheti Kao; Aline Oliveira Baruzzi, Ana Carolina Ramos de Oliveira
Borges, Daniela Scalon Oliveira, Emelie Villela da Costa, Talita Mazzariello Roveri
696
Disfonia psicogênica e suas diversas apresentações
Adriana Bueno Benito Pessin; Elaine Lara Mendes Tavares, Paula Ferreira Ranalli,
Andrea Cristina Joia Gramuglia, Regina Helena Garcia Martins
697
Disfonias orgânicas por neoplasias: análise de diagramas de desvio fonatório
Elaine Pavan Gargantini; Iára Bittante de Oliveira, Eliane dos Santos Fernandez
698
Distúrbio de voz e violência no ambiente escolar em professoras da rede estadual
de lagoas
699
Distúrbio de voz relacionado ao trabalho e aspectos sociodemográficos e vocais
em professoras da rede estadual de ensino de alagoas
700
Efeito imediato da tens e da tml na dor musculoesquelética de indivíduos com
vozes equilibradas
Bruna Tozzetti Alves; Ana Vitória Rondon, Letícia Oliveira, Perla Nascimento Martins
Muniz, Larissa Thaís Donalonso Siqueira, Alcione Ghedini Brasolotto, Kelly Cristina Alves
Silvério
701
Efeito imediato da técnica de trato vocal semiocluído: fonação com canudo inserido
na água
Leandro Alves Viana; Débora Afonso, Pâmela Aparecida Moreira, Suely Mayumi
Motonaga, Eliana Gradim Fabron
Introdução: A compreensão do efeito dos exercícios vocais na qualidade vocal tem sido o
objeto de diversos estudos envolvendo as diferentes técnicas vocais, de forma isolada,
associada ou em programas específicos. Objetivo: Verificar a variação de parâmetros de
análise acústica pré e pós a realização de uma variação das técnicas de trato vocal
semiocluído utilizando o exercício de fonação no canudo inserido na água. Metodologia:
Participaram 32 mulheres, com idade entre 18 e 39 anos (média de 22 anos), sem
queixas vocais. Os critérios de exclusão dos sujeitos foram: ser fumante, consumir álcool
diariamente, estar em período pré-menstrual ou no período menstrual e possuir
treinamento vocal prévio. O registro das vozes foi realizado em sala com tratamento
acústico com a utilização do gravador digital MARANTZ modelo PMD660, microfone
SENNHEISER modelo e855. O microfone foi posicionado a quatro cm da boca dos
sujeitos, que permaneceram sentados de frente para o avaliador. As participantes foram
orientadas a emitir a vogai /a/ sustentada, em frequência e intensidade habitual, após
inspiração profunda, antes e após a realização da técnica vocal proposta. A técnica vocal
consistiu na realização do exercício de fonação no canudo com a utilização de um canudo
de plástico duro de 14 cm e 2 mm de diâmetro. Um lado o canudo foi inserido na boca dos
participantes, seguro pelos dentes para facilitar a emissão prolongada da vogal “u”,
contudo com os lábios acoplados ao canudo. O outro lado do canudo foi inserido dentro
de um copo de vidro com 150 ml de água, de forma que o fluxo expiratório sonorizado
produzisse borbulhas na água. A técnica foi explicada para cada participante que realizou
a mesma durante 3 minutos. Todas as participantes ingeriram aproximadamente 180 ml
de água antes da realização da técnica. Para a análise acústica da voz, foi utilizado o
software Praat. Foram extraídos 5 segundos da emissão da vogal /a/, sendo excluído o
início e o final da emissão, para que respectivamente o ataque vocal e a instabilidade não
interferissem na análise dos dados. Foram analisados os parâmetros de Pitch médio (Hz),
Jitter local (%), Shimmer local (%) e a Harmonic-to-noise ratio (HNR). Resultados: Foram
analisadas as médias das medidas dos parâmetros de análise acústica. Anterior a
realização da técnica os resultados foram: Fo, 203,455; Jitter, 0,354; Shimmer, 2,471 e
HNR 19,905 e após a realização da técnica os resultados foram: Fo, 207,360; Jitter,
0,328; Shimmer, 2,315 e HNR, 20,482. Foi aplicado o Test t para comparar os resultados
encontrados. Observou-se diferença estatística nas medidas de F0. Na análise do
relacionamento entre os resultados das medidas após os exercícios, foi encontrada
correlação negativa entre HNR e Jitter (r = -0,4725; p = 0,0063) e Shimmer (r = -0,3495; p
= 0,0499). Conclusão: A técnica de sonorização no canudo inserido na água provocou
mudança significativa nas medidas de F0. Entretanto a variação nas medidas de Jitter e
Shimmer apresentou correlação com as de HNR, apontando para a diminuição dos
valores de ruído conforme os valores da relação harmônico–ruído aumentaram.
702
Efetividade do programa vocal cognitivo aplicado a indivíduos com sinais de
presbilaringe – resultados preliminares
Gláucia Verena Sampaio de Souza; Nair Katia Nemr, Marcia Simões-Zenari, Adriana
Hachiya, Domingos Tsuji
703
Electroestimulação para relaxamento laríngeo: aparelhos diferentes, resultados
idênticos
704
Escala de sintomas vocais aplicada em cantores de coro misto
Adriana de Oliveira Camargo Gomes; Zulina Souza de Lira, Ana Nery Barbosa de Araújo,
Jonia Alves Lucena, Evelyn Gomes dos Reis
705
Estudo comparativo entre a qualidade vocal de dois estilos musicais: revisão
sistematica de literatura
Tuany Lourenço dos Santos; Thales Roges Vanderlei de Góes, Lavoisier Leite Neto,
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Introdução: A configuração do trato vocal varia de acordo com os mais diversos estilos de
canto popular. Portanto há necessidade do desenvolvimento de técnicas para a
adequação da qualidade vocal específicas para cada gênero musical, porém há pouca
literatura sobre a fisiologia do trato vocal em cada estilo. Em virtude de tal cenário, temos
como objetivo: analisar sistematicamente os parâmetros de qualidade vocal entre
cantores de roque e samba, por serem estilos distintos, a fim de contribuir com os estudos
de voz cantada. Métodos: Busca de artigos científicos indexados nas bases de dados
LILACS e Scielo. Foram utilizados os seguintes descritores: cantor popular, recursos
vocais, voz cantada, formante do cantor, timbre vocal, qualidade vocal, estilo musical e
gênero musical. Outra estratégia utilizada foi à busca em listas de referências dos artigos
identificados e selecionados. Os artigos foram categorizados em três categorias: Estudos
que abordavam e conceituavam a qualidade vocal (1) e estudos que tratavam
especificamente do roque (2) ou samba (3), já que não foi encontrado estudo
correlacional entre os dois estilos.Tais estudos foram avaliados independentemente por
dois autores. Resultados: Entre os 34 artigos consultados, 16 mostraram ser pertinentes
ao tema, sendo 6 referentes à (1), 4 ao (2), 6 ao (3). Roque: Laringe predominantemente
rebaixada; A faringe, embora importante no parâmetro de qualidade vocal, possui
informações escassas. Em relação ao pitch, brilho e qualidade vocal, há variações
dependendo da época. Na década de 70 e 80, o pitch é agudo e nas demais décadas
tende a ser médio. As vozes apresentam maior projeção, com brilho vocal. A qualidade
vocal é tensa em 80 e neutra nas outras décadas. Foi observado que no roque há uma
taxa elevada do vibrato, ou seja, uma maior oscilação, com uso intenso do trato vocal e
de todas as estruturas bucais, ocorre posição lingual posteriorizada. Estes cantores
necessitam de tensões e constrições laríngeas, com qualidade vocal que pode ser
intensamente desviada, áspera ou rouca, por vezes tensa e comprimida. Samba: Laringe:
próxima ao repouso, ressonância: Não há um aproveitamento total da ressonância de
cabeça, com registro de peito, possivelmente devido ao menor número de harmônicos.
Apresenta ataque predominantemente isocrônico, pitch grave ou médio para grave, sem
brilho. O samba de raiz deu origem a outros subgêneros musicais, destes os que
apresentam maiores variações são o pagode e o samba-enredo, em análise comparativa
foi observado que no samba-enredo há uma qualidade vocal discretamente rugosa e
articulação imprecisa. Não apresenta constrição hipofaríngea, o que aumenta a
amplificação dos harmônicos, já no pagode ocorre menor sobrecarga, porém com maior
constrição hipofaríngea. Conclusões: Existe uma divergência em relação aos derivantes
dos estilos propostos, mas de forma geral o Roque se diferencia do Samba em sua
qualidade vocal, por possuir maior tensão no trato vocal, em decorrência da alta taxa do
vibrato, ressonância localizada, abaixamento e constrição laríngea, tais ajustes podem
explicar o fato deste grupo apresentar maior quadro disfônico, enquanto o samba possui
qualidade vocal próxima a fala, porém com imprecisão articular.
706
Estudo investigativo da hidratoterapia, ingesta alcoolica e tabagismo em locutores
radialistas
Introdução: Locutores radialistas são profissionais que tem a voz como seu principal
instrumento de trabalho. Logo, o bem estar vocal é essencial para esses profissionais,
uma vez que esse é um dos aspectos relacionados a uma comunicação eficiente. Sabe-
se que os efeitos da hidratoterapia são muitos, como redução da viscosidade do muco na
laringe e auxílio do movimento muco-ondulatório, onde uma mucosa mais hidratada
propicia maior flexibilidade para vibração das pregas vocais. Baixos níveis de hidratação,
tabagismo e ingesta alcoólica são considerados hábitos inadequados e propiciadores de
impactos negativos sobre a qualidade vocal. Objetivo: Investigar a prática da
hidratoterapia, ingesta alcoólica e tabagismo em locutores radialistas. Métodos: Estudo
transversal observacional descritivo. Amostra composta por 33 locutores radialistas, 23
homens e 10 mulheres, com média de idade de 32 anos. Os sujeitos participantes foram
solicitados a preencherem um questionário auto-aplicável, que continha questões acerca
de dados relativos à hidratação, tabagismo e etilismo. Em seguida os dados foram
tabulados e analisados estatisticamente pelo software SPSS 16.0. Resultados: Dos
indivíduos pesquisados, 93,9% (n=31) ingerem água durante o dia. Destes, a maior parte
(13; 41,9%) referiu ingerir de 3 a 4 copos de água diários. A prevalência de tabagismo foi
de 10% (n=3), os quais relataram fumar até uma carteira de cigarro por dia. A prevalência
da ingesta alcoólica foi de 51,5% (n=17). Dentre os indivíduos que ingerem bebida
alcóolica, 41,2% (n=7) relataram o consumo somente nos finais de semana, 41,2% (n=7)
uma vez por semana e 17,6% (n=4) uma vez por mês. Em relação aos tipos de bebidas,
constatou-se que 35,4% (n=6) ingere somente bebida fermentada, 17,6% (n=3) apenas
bebida destilada e 47% (n=8) ingere ambos os tipos de bebida alcóolica. Conclusão: Os
locutores radialistas participantes do estudo possuem baixa hidratação e a prática de
hábitos inadequados relativos ao tabagismo e etilismo que a longo prazo podem
comprometer seu desempenho e longevidade vocal. O conhecimento acerca desses
aspectos propicia a criação de propostas de treinamento vocal que contemple os
principais hábitos e abusos vocais vivenciados por essa categoria de profissionais da voz.
707
Estudos sobre a doença de parkinson publicados nos periódicos nacionais de
fonoaudiologia
Patrícia Valente Moura Carvalho; Carolina Xavier Alves, Tatiane Aparecida Bosco Capelo,
Rachel Ferreira Loiola
708
Fonoaudiologia e ioga
Introdução: A Fonoaudiologia juntamente com a Ioga demonstra ser uma ótima opção
para a aquisição de excelência e sucesso nas terapias fonoaudiológicas, como na
respiração e concentração. Objetivo: Correlacionar a Ioga com a Fonoaudiologia nos seus
aspectos positivos e eficazes, diante os tratamentos Fonoaudiológicos, como as terapias
Fonoaudiológicas, nos aspectos da respiração e da concentração. Método: Estudo de
revisão de literatura, realizado no mês de maio de 2013, por meio da pesquisa em fontes
primárias indexadas e em bases de dados SciELO, sem restrição de data e da análise de
estudo em sites, de relato de profissionais da área, e capítulos de livros. Resultados:
Diante dos textos estudados, em relação aos aspectos físicos, a Ioga tem influência
positiva nas terapias fonoaudiológicas, sendo observada benefícios nas terapias que têm
essas duas áreas associadas, e na concentração, pois os exercícios solicitados pela
fonoaudióloga são realizados com maior precisão e percepção das sensações do corpo e
da respiração. Conclusão: A Ioga associada à Fonoaudiologia mostrou-se ser um
diferencial diante da qualidade e eficácia nas terapias fonoaudiológicas, melhorando a
qualidade de vida dos pacientes. A análise da literatura nos indica a necessidade de
desenvolver produções científicas que abordem essa temática, pois há poucas
publicações sobre a área de terapia alternativa correlacionada a Fonoaudiologia.
709
Funções da voz e necessidades vocais de preparadores físicos de futebol
710
Grau de quantidade de fala e intensidade vocal em atores de teatro portugueses
711
Grau de quantidade de fala e intensidade vocal em locutores radialistas
712
Hábitos e queixas vocais de cantores líricos e populares
Anália Maria Correia Ribeiro da Silva; Larissa Nascimento de Lima, Julio Cesar Cavalcanti
de Oliveira, Gabriela Silveira Sóstenes
713
Hidratoterapia, ingesta alcoolica e tabagismo em atores de teatro
Introdução: Atores são profissionais da voz que possuem grau de demanda e requinte
vocal elevados, necessitando de uma voz com boa qualidade e plasticidade. Para o bem
estar vocal de profissionais da voz, uma série de hábitos e cuidados necessitam serem
adotados afim de minimizar e/ou eliminar o risco de problemas vocais e laríngeos
Objetivo: investigar a prática da hidratoterapia, ingesta alcoólica e tabagismo em atores
de teatro. Método: Estudo observacional transversal. Amostra composta por 28 atores de
teatro, sendo 16 homens e 12 mulheres. Foi aplicado um questionário com questões
objetivas relativas à hidratoterapia, ingesta alcoólica e tabagismo. Os dados foram
tabulados e analisados estatisticamente pelo software SPSS 16.0. Resultados: A média
de idade dos participantes foi de 24 anos. Do total de sujeitos da pesquisa, 96,43% (n=27)
referem ingerir água durante o dia e 3, 57% (n=1) não possui essa prática. Dos indivíduos
que relataram ingerir água durante o dia, a maior parte (11; 40,74%) relata tomar de 03 a
04 copos de água diários. No que diz respeito ao tabagismo, apenas 03 atores (10, 71%)
referem serem tabagistas e fumarem de uma a duas carteiras de cigarro por dia. Quanto a
Ingesta alcoólica 60,71% (n=17) relatam a prática do etilismo, dentre estes, 64,70%
(n=11) relataram consumir uma vez por mês, 23,5% (n=4) aos finais de semana e 11,7%
(n=2) uma vez por semana. Ao serem questionados acerca do tipo de bebida consumida,
47% (n=8) consome somente bebida fermentada, 5,88% (n=1) apenas bebida destilada e
47% (n=8) ingere ambos os tipos de bebidas alcoólica. Conclusão: Atores de teatro
apresentam consciência vocal preventiva em relação à hidratoterapia e ao tabagismo,
porém o mesmo não ocorre em relação a ingesta alcoólica.
714
Impacto da dermatopolimiosite na qualidade vocal: estudo de caso
Autores: Angela Albuquerque Garcia; Lidia Becker, Bruna Fiuza do Espirito Santo Silva,
Nayana Arruti Santos, Fernanda Cristina de Oliveira Rocha
715
Impacto de exercícios orais e respiratórios na produção fonatória em um indivíduo
com doença de Parkinson
716
Impacto do uso profissional da voz na qualidade de vida de pastores - estudo piloto
Patrícia Valente Moura Carvalho; Viviane Pereira de Medeiros, Maria Cecília Costa,
Viviane Cristina dos Santos, Silvia Marcia Campanha Andrade, Débora Sathler de Aguiar
Introdução: Os pastores são classificados como profissionais da voz pela alta demanda
vocal que pode gerar alterações e patologias vocais, causando impacto na qualidade de
vida (QV) do indivíduo. Pesquisas com este público apontam alta ocorrência de alterações
vocais, sobretudo por abuso vocal e falta de conhecimentos sobre a voz. Objetivos:
Verificar a qualidade de vida de pastores evangélicos, com e sem auto-relato de queixa
vocal, relacionada ao uso profissional da voz. Métodos: O trabalho foi realizado após a
aprovação do CEP com o parecer 188/11. Participaram da pesquisa, pastores
evangélicos da cidade de Belo Horizonte e região metropolitana, respondendo a um
questionário para identificação da amostra que abordava a situação funcional, hábitos e
queixas vocais e o auto-relato de alteração vocal e o questionário de qualidade de vida e
voz (QVV). Os indivíduos foram divididos em grupo com queixa vocal (G1) e sem queixa
vocal (G2). Os grupos foram comparados entre si e os escores de qualidade de vida e voz
de ambos foram submetidos à análise estatística. Resultados: A amostra foi composta de
24 pastores evangélicos dos quais 79,2% eram do sexo masculino e 20,8 do sexo
feminino. O relato de alteração vocal ocorreu em 45,8% da amostra, os sintomas vocais
relatados foram encontrados em maior número neste grupo bem como os escores do
QVV menores do que os do grupo sem queixa vocal, embora sem significância estatística.
Nos dois grupos o domínio que sofre maior impacto é o de funcionalidade física, que
alcançou significância estatística na amostra total e no grupo sem queixa vocal.
Conclusão: Os indivíduos da amostra demonstraram boa percepção do impacto da voz na
qualidade de vida, que alcançou escores altos em ambos os grupos, porém relativamente
rebaixados no grupo com queixa vocal. Diante dos resultados, pôde-se inferir que a
participação em um grupo social/religioso influenciou positivamente na percepção da
qualidade de vida dos indivíduos. Sugeri-se aumento da amostra a fim de verificar maior
significância estatística dos dados.
717
Intervenção fonoaudiológica em profissionais do meio televisivo: ações e
resultados
718
Índice de desvantagem vocal no canto clássico em cantores de coro misto
Adriana de Oliveira Camargo Gomes; Jonia Alves Lucena, Ana Nery Barbosa de Araújo,
Zulina Souza de Lira, Evelyn Gomes dos Reis
Introdução: O canto erudito exige ajustes vocais precisos e uma qualidade vocal rica em
harmônicos, porém, quando tais ajustes vocais não são bem executados podem favorecer
o surgimento de alterações funcionais ou orgânicas que causem uma desvantagem,
incapacidade ou defeito vocal, afetando o desempenho profissional ou amador de
cantores desse estilo. Portanto, o protocolo de auto-avaliação denominado Índice de
Desvantagem Vocal para Canto Clássico (IDCC) visa verificar o impacto de um problema
de voz da vida do cantor erudito. Objetivo: Verificar o IDCC em um grupo de cantores de
um coro misto. Métodos: Este estudo obteve a aprovação do comitê de ética em
pesquisas com seres humanos da instituição onde foi realizado, sob número CAAE
02751412.0.0000.5208. O protocolo foi aplicado em 25 cantores de dois coros mistos.
Resultados: Os dados foram analisados como média e desvio padrão do escore total e
subescalas de incapacidade, desvantagem e defeito. Os valores médios, em
porcentagem, e seus desvios-padrão, dos escores total e dos subescores incapacidade,
desvantagem e defeito foram, respectivamente, 21,92 (±15,95); 19,76 (±14,76); 12,52
(±13,86); 27,96 (±24,12). O subescore que obteve maior pontuação foi o de defeito que
está associado ao domínio orgânico, à auto-percepção das características da emissão da
voz. Nos coros pesquisados apenas alguns coralistas profissionais relataram fazer
aquecimento e desaquecimento vocal. As queixas vocais podem estar relacionadas a
problemas funcionais, orgânicos ou falta de preparação vocal. Conclusão: Pôde-se
observar que, de modo geral, os coralistas amadores e profissionais têm grande
percepção e preocupação com suas vozes. Os resultados demonstraram que o IDCC
apresentou-se baixo, porém a associação ao domínio orgânico reforça a importância
fonoaudiológica nas orientações em relação à saúde vocal desta população específica.
719
Índice de fonação suave e índice de turbulência vocal a partir da análise
perceptivoauditiva
Alline de Sousa Galdino; Débora Natália Oliveira, Juliana Fernandes Godoy, Kelly Cristina
Silvério, Alcione Ghedini Brasolotto
720
Índice de queixa vocal e a repercussão na qualidade de vida em voz de professores
721
Livros infantis: material motivador para crianças disfônicas em processo
terapêutico
722
Medidas preventivas vocales y caracteristicas perceptuales de la voz de alumnos de
comedias musicales
Objetivos: Describir y relacionar las medidas preventivas vocales a través de los hábitos,
hábitos vocales y clasificación vocal; y las características perceptuales de la voz
(intensidad, altura tonal, timbre y resonancia) en los alumnos de comedias musicales de la
ciudad de Rosario, Argentina. Detectar posibles alteraciones en la voz de esta población.
Indagar acerca de la existencia o no de la clasificación vocal de los alumnos. Métodos:
Para evaluar las características perceptuales de la voz se grabaron las voces de los
entrevistados; también se analizó la coincidencia o no entre la clasificación vocal de los
alumnos y la f0 de la voz hablada de los mismos. Con el fin de recolectar los datos sobre
las medidas preventivas vocales se confeccionó una entrevista (se indagó sobre ingesta
de alcohol, comidas picantes, café, gaseosa, cigarrillo, hidratación. También se indagó
sobre hábitos vocales como hablar fuerte, toser, carraspeo, calentamiento y enfriamiento
vocal, hablar mucho y en ambientes ruidosos). Población: Se evaluaron 43 alumnos del
“Estudio de Comedias Musicales del Teatro el Círculo”; cuyas edades oscilaban entre 16 y
40 años de edad, de los cuales 31 eran de sexo femenino, y 12 de sexo masculino.
Metodología: Estudio de tipo observacional, exploratorio y transversal. Resultados:
medidas preventivas vocales: - inadecuada: 100% características perceptuales de la voz -
adecuada: 16,3% - inadecuada: 83,7% Conclusiones: La comedia musical es un género
típico de la cultura anglosajona que combina actuación, canto y baile. Estos tres requisitos
deberían llevar al alumno de comedias musicales a cuidar y entrenar su voz para lograr
una puesta en escena exitosa. Según lo investigado las medidas de prevención vocal en
todos los alumnos se encuentran inadecuadas y las características perceptuales de la voz
en un 83,7% son inadecuadas: La altura tonal e intensidad es adecuada en 42 de los 43
alumnos. El timbre en 23 de los alumnos está adecuado; mientras que en 20 es
inadecuado. La resonancia se encuentra inadecuada en 34 de los alumnos y adecuada en
9 alumnos. 21 de los alumnos dijeron conocer su clasificación vocal; de estos casos,15
coinciden con la F0 de la voz hablada, y 6 no coinciden.
723
Métodos para identificação de falantes
724
O estilo soul music: caracterização vocal de cantoras norte-americanas e britânicas
das últimas décadas
Introdução: a reflexão inicial deste artigo parte do contexto histórico da origem do Black
Music, através do pressuposto de vários autores que relatam em seus artigos a influência
africana, européia e religiosa no surgimento de vários gêneros musicais através da
hibridação cultural. Dessas miscigenações surgiu o soul com características técnicas que
o tornam um estilo único como a estrutura harmônica baseada na escala pentablues
dentre outras. Objetivo: caracterizar a voz de cantoras Black Music norte americanas e
britânicas do gênero Soul por meio de avaliação perceptivo-auditiva da voz. Método:
realizado um levantamento criterioso de cantoras do estilo Soul Music que fizeram
sucesso nas décadas (60-79),(80-99) e (2000 –até o momento). Através de um sorteio
foram selecionadas duas cantoras referentes a cada um dos períodos citados
escolhendo-se suas músicas de maior sucesso. Quatro juízes sendo duas fonoaudiólogas
especialistas em voz com experiência em canto e que conheciam o estilo Soul e dois
professores de canto com experiência no estilo referido. Os juízes receberam os arquivos
de áudio digitais das canções, juntamente com um protocolo para cada cantora a ser
analisada, sem sua identificação ou referência a década de sucesso. Resultados: as
análises perceptivo-auditivas das cantoras das décadas de 60/70 foram coincidentes
entre fonoaudiólogas e professores de canto nos seguintes aspectos: pitch classificado de
médio para agudo, volume considerado entre adequado e forte, ressonância
laringofaríngea com foco nasal, vibrato considerado presente e tessitura ampla. Quanto
ao conceito de agradabilidade, para um total de 40 pontos possíveis as cantoras
receberam média de 30 pontos (cantora número um) e quase a nota máxima com 39
pontos a número dois, que segundo os juízes foi a que preservou a raiz do Soul. Os
demais aspectos avaliados divergiram entre os avaliadores. Para as cantoras das
décadas 80/90 os aspectos coincidentes foram: articulação precisa, voz considerada com
brilho e projeção. Quanto ao conceito de agradabilidade, a primeira cantora recebeu
média de 34 pontos e a segunda 37, sendo esta a que foi considerada como tendo
preservadas características do soul. Os demais aspectos divergiram entre os avaliadores.
As análises das cantoras das décadas de 2000 até os dias atuais foram coincidentes nos
seguintes aspectos: pitch classificado de médio para agudo, articulação precisa,
ressonância equilibrada, vibrato considerado presente. Quanto ao conceito de
agradabilidade, para um total de 40 pontos possíveis a cantora um recebeu 27 e a dois
ficou com 39, sendo que ambas consideradas como preservando as raízes do soul. Os
demais aspectos divergiram entre os avaliadores. Conclusão: as cantoras de maior
convergência de julgamentos foram das décadas 60 a 70 e de 2000 a 2013. As de
maiores notas de agradabilidade foram uma da década 60/70 e outra dos anos 2000,
sendo que uma das cantoras da década 80-90 teve nota muito próxima a essas. O estudo
sugere que a impressão de agradabilidade das vozes e a preservação do estilo soul
music não sofreram influência do tempo, na escuta crítica destes especialistas.
725
O significado da queixa vocal inicial na esclerose lateral amiotrófica
Flávia Horta Azevedo Gobbi ; Maria de Jesus Gonçalves, Amanda Almeida Batista,
Marília Pinheiro de Brito Pontes, Deysianne Meire da Silva Lima, Évelyn da Costa Dias,
Safira Lince de Medeiros
726
O trabalho do fonoaudiólogo na área de voz e sua relação com a educação
continuada e renda mensal
Camila Queiroz de Moraes Silveira Di Ninno; Denise Brandão de Oliveira e Britto, Juliana
Nunes Santos, Mariana Thuany Gonçalves, Brízia Lacerda Santos
727
Oficina para suavização de sotaque no arquifonema {r} – estudo piloto
Introdução: Em nosso país o /r/ pós vocálico interno e externo tem diferentes produções
fonéticas regionais e por este motivo é representado como arquifonema, cujo símbolo é
{R}. Dentre estas variações, algumas são mais prestigiadas e outras menos. E uma das
variações desprestigiadas é o tepe retroflexo, cunhado como característica do falar
caipira. Uma possibilidade para a suavização do sotaque caipira pode ser a substituição
do fonema tepe retroflexo pelo fricativo velar ou pelo tepe alveolar, mais prestigiados em
nosso país. Para isso exercícios têm sido utilizados na prática clínica individualizada ou
em grupo. As oficinas, uma forma de trabalho em grupo, são frequentemente realizadas
com profissionais da comunicação, incluindo repórteres, jornalistas e locutores. Objetivos:
O objetivo deste estudo foi sistematizar e avaliar um método de intervenção
fonoaudiológica para suavização do sotaque caipira no {R} por meio de uma oficina
realizada em dez módulos. Métodos: Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisas sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética número
04751912.0.0000.5417 e parecer nº 85605 em 29/08/2012. Para este estudo, foi
desenvolvida uma Oficina para Suavização de Sotaque no {R} composta por dez módulos
divididos em atividades teóricas (módulos 1 e 2) e atividades práticas (módulos de 3 a
10). Participaram da oficina piloto três homens e uma mulher formados em Comunicação-
Rádio e TV ou Comunicação-Jornalismo, falantes do português brasileiro e apresentando
a ocorrência do {R} com sotaque caipira na fala espontânea. Para avaliar se este método
de intervenção para suavização do sotaque no {R} foi eficaz os participantes foram
gravados antes a após a realização da oficina. As amostras de fala foram obtidas pela
leitura de um texto padrão com alta ocorrência do {R} e pela gravação de um minuto de
fala espontânea. Foi aplicado o teste t de Student entre as condições pré e pós oficina da
média de ocorrência do {R} suavizado dos quatro participantes tanto para as amostras de
fala espontânea como para leitura de texto. Resultados: Ao aplicarmos o teste t de
Student entre as condições pré e pós oficina da média de ocorrência do {R} suavizado
dos quatro participantes obtivemos para a fala espontânea p=0,0203 e para a leitura de
texto p=0,0689. Como um dos participantes já apresentava suavização de sotaque
durante a leitura de texto na condição pré-oficina realizamos nova análise estatística
contendo dados apenas dos outros três participantes e obtivemos p=0,0198. Conclusões:
Os resultados obtidos com a Oficina Piloto para Suavização de Sotaque nos permitem
afirmar que a metodologia empregada para a suavização de sotaque neste ambiente foi
eficaz de forma significativa. Sua execução em uma amostra maior poderá confirmar que
este é um método de intervenção fonoaudiológica que pode ser adotado de forma segura.
728
Parâmetros que caracterizam a projeção vocal na concepção de professores de
canto erudito
729
Parâmetros vocais pré e pós aquecimento vocal em atores de teatro
Fernanda Raissa de Albuquerque Bastos; Edna Pereira Gomes de Morais, Geová Oliveira
de Amorim
Introdução: Os atores de teatro estão sempre sobre intensa demanda vocal em atividades
que exigem esforço, uma vez que lidam com condições físicas e ambientais
desfavoráveis. Situações em que é exigido do ator que interprete personagens de faixas
etárias diferenciadas exigem desse profissional um conhecimento e domínio da função
vocal para que não venha gerar prejuízos laríngeos e vocais, comprometendo seu
trabalho teatral Assim, o aquecimento vocal corresponde à realização de uma série de
exercícios respiratórios e vocais, com a finalidade de aquecer a musculatura das pregas
vocais antes de uma atividade mais intensa, evitando sobrecarga, o uso inadequado ou
um quadro de fadiga vocal. Objetivo: investigar os parâmetros vocais pré e pós
aquecimento vocal em atores de teatro, Métodos: Estudo transversal observacional
descritivo. Participaram do presente estudo 30 atores de teatro, sendo 15 do sexo
masculino e 15 do sexo feminino com faixa etária entre 16 e 32 anos de idade.
Inicialmente os sujeitos responderam um protocolo sobre perfil vocal e, em seguida, foram
realizadas a avaliação perceptivo-auditiva da qualidade vocal, análise acústica e
autoavaliação da voz antes e após a execução do aquecimento vocal. A avaliação
perceptivo-auditiva foi realizada por três fonoaudiólogos especialistas em voz, que
deveriam analisar quatro vozes de cada sujeito (emissão sustentada e fala encadeada),
sem identificação do momento do registro. Os parâmetros acústicos avaliados foram
frequência fundamental, intensidade, jitter e shimmer na vogal sustentada. Na
autoavaliação vocal, todos os sujeitos responderam à pergunta: “Como você avalia a sua
voz após a realização do programa de aquecimento vocal?”. Os dados foram analisados
por meio da estatística descritiva e inferencial, conforme as variáveis a serem estudadas.
Para a análise estatística foi utilizado o programa SPSS versão 17.0. Resultados: Os
sintomas vocais e queixas associadas referidos pelos estudantes foram: garganta seca
(66,7%), falhas na voz (50%), rouquidão (46,7%), dificuldade em alcançar notas agudas
(43,3%) e dificuldade de falar em forte intensidade (43,4%). A avaliação perceptivo-
auditiva mostrou melhora na qualidade vocal após o aquecimento vocal e, na avaliação
acústica, houve aumento nos parâmetros de frequência fundamental e intensidade da
voz. A autoavaliação vocal indicou melhora na emissão da voz após o aquecimento vocal.
Conclusão: O programa de aquecimento vocal produziu efeitos imediatos positivos nas
avaliações perceptivo-auditiva, acústica e na autoavaliação vocal dos atores de teatro.
Com isso, esse resultados ajudarão no desenvolvimento de programas de
condicionamento vocal específicos às necessidades dessa categoria de profissionais.
730
Partitura corporal estimulando o trabalho vocal expressivo do ator com o texto
dramatúrgico.
Clara Rocha da Silva; Laura Melamed Barbosa, Mila Cruz do Valle, Luana Curti, Maria
Cristina de Menezes Borrego
Introdução: De nada adianta o ator ter um consistente conhecimento técnico vocal se não
for capaz de expressar suas intenções. Considerando que a qualidade da expressão oral
do ator depende da sua capacidade de traduzir qualquer expressão oral em ação física, é
de grande importância que o fonoaudiólogo docente trabalhe a expressividade oral dos
atores promovendo atividades de aprendizagem que mobilizem a criatividade e a relação
corpo, voz e intenções. Objetivo: descrever uma estratégia de partitura corporal utilizada
em aula de expressão vocal de alunos de curso técnico de arte dramática para trabalhar
expressão vocal. Método: cada aluno é orientado previamente pelo docente
fonoaudiólogo a decorar um texto narrativo, de preferência dramatúrgico, que tenha em
média 5 a 7 linhas. Num primeiro momento, espalhados no espaço, os alunos repetem o
seu texto para fixá-lo e experimentar diferentes maneiras de dizê-lo. Nesse momento já é
possível orientá-los a dizer o texto com variações de articulação, ressonância,
intensidade, ênfases, frequência e velocidade de fala. Em seguida, cada aluno deve criar
uma partitura corporal para o seu texto, criada a partir de imagens que o texto gera no
aluno ou ações físicas relacionadas ao texto. Então os alunos realizam essa partitura de
movimento na sala de aula, sem dizer o texto, apenas comunicando este texto com
movimentos corporais. Finalmente, em um terceiro momento, o aluno fala o seu texto
juntamente com a partitura corporal que ele criou. Resultados: foi possível observar uma
ampliação da expressão vocal e corporal do ator. Ao criar a partitura corporal para o seu
texto, o aluno-ator explora seu imaginário, organiza o seu pensamento e ideia sobre o
texto decorado, apropriando-se do que está sendo dito e consequentemente dando mais
intenção ao texto. O movimento corporal aumenta a sua expressividade e estimula a
experimentação de diferentes vozes, relacionadas com o corpo e os movimentos
realizados. Ao vocalizar junto com os movimentos corporais, o aluno coloca em prática a
relação corpo, voz e pensamento e ainda tem a possibilidade de utilizar recursos vocais já
trabalhados anteriormente em exercícios de caráter mais técnico, como articulação,
modulação, intensidade, respiração e ressonância, entre outros, de maneira mais variada
a intuitiva, possibilitando aumento da sua expressividade. Após o exercício, os alunos
referiram maior percepção da influência do corpo na voz e da voz no corpo, aumento da
expressividade na voz e descobertas de novas possibilidades de uso da voz em favor do
texto trabalhado. Conclusão: estratégias que trabalham a relação corpo e voz favorecem
o trabalho vocal expressivo do ator e até mesmo o uso de recursos vocais. É importante
que o fonoaudiólogo docente especialista em voz busque nas suas estratégias em sala de
aula trabalhar a expressão vocal como um prolongamento da expressão corporal do ator
e vice-versa, dialogando com a realidade do universo teatral e possibilitando que o aluno-
ator exercite o treinamento vocal técnico de maneira associada ao treinamento vocal
expressivo.
731
Percepções de cantores de banda de baile sobre saúde vocal e trabalho
732
Perfil de extensão vocal de coralistas sopranos de canto erudito
Adriana de Oliveira Camargo Gomes; Evelyn Gomes dos Reis, Ana Nery Barbosa de
Araújo, Jonia Alves Lucena, Zulina Souza de Lira
Introdução: A extensão vocal é o número de notas da mais grave a mais aguda que o
individuo consegue produzir, não importando a qualidade vocal. A extensão vocal é
composta por duas medidas: a extensão fonatória máxima e extensão dinâmica. A
extensão fonatória máxima é a faixa de variação de frequência que um indivíduo
consegue produzir do mais grave ao mais agudo; já a extensão dinâmica é a faixa de
variação de intensidade que o individuo consegue emitir do mais fraco ao mais forte. Os
naipes são diferentes grupos com semelhanças acústicas cuja seleção é feita pelo
regente para se delimitar a personalidade acústica do coro. Cada coralista deve cantar
dentro de sua classificação, numa tessitura confortável. Portanto, é relevante o estudo
sobre perfil de extensão vocal de coralistas de distintos naipes, em termos quantitativos.
Objetivo: Identificar o perfil de extensão vocal de coralistas sopranos de canto erudito.
Métodos: Este estudo obteve a aprovação do comitê de ética em pesquisas com seres
humanos, sob número CAAE 02751412.0.0000.5208. Participaram 08 coralistas de canto
erudito, do naipe soprano, classificadas pelo regente. Foram gravadas as emissões da
vogal /E/ em glissando ascendente e descendente, nas intensidades o mais fraca possível
e o mais forte possível, no programa Vocalgrama da CTS-informática. Os dados foram
analisados como média e desvio padrão das frequências medidas em Hertz (Hz) e em
semitons (st) e das intensidades, medidas em decibels (dB), nas emissões mais fortes
(curvas dos sons fortes) e mais fracas (curva dos sons fracos). Resultados: Os valores
médios (±DP) das frequências fundamentais mínima e máxima, extensão da frequência
fundamental, em Hz e em semitons (st), das sopranos, nas curvas dos fracos, foram,
respectivamente, 163,60 (±25,44); 1.018,56 (±468,66); 854,96 (±452,06); 30,02 (±7,12) e,
na curva dos fortes, 196,41 (±41,92); 931,43 (±476,43); 735,02 (±449,16); 24,97 (±7,49).
Em relação aos valores médios (±DP) das intensidades mínimas e máximas, os
resultados foram, respectivamente, 47,98 (±3,96) e 78,13 (±10,81) na curva dos fracos e
69,67 (±6,86) e 101,51 (±12,57), na curva das emissões fortes. Conclusão: Os resultados
demonstraram o perfil de extensão vocal de sopranos eruditos, em valores de frequência
e intensidade e poderão ser úteis para outros estudos comparativos, em grupos corais.
733
Perfil vocal de professores assistidos por um programa de assessoria em voz
Laise Paiva; Vanessa Mascarenhas, Vânia Souza, Bruno Silva, Anna Alice Almeida,
Leonardo Lopes, Elma Azevedo, Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva
Introdução: A voz adquire cada vez mais um papel importante no mercado de trabalho,
principalmente para os profissionais que dependem dela como instrumento de trabalho,
entre esses profissionais podemos citar os professores. Estudos mostram que, dentre os
profissionais da voz, os professores apresentam maior risco de desenvolvimento de
distúrbios de voz de natureza funcional devido à exposição a aspectos ambientais e
organizacionais desfavoráveis do trabalho. Dessa forma o ambiente escolar carece de
condições adequadas ao desenvolvimento eficaz das atividades pedagógicas. Neste
sentido, faz-se necessário a assessoria de um fonoaudiólogo para promoção de ações
para o bem estar vocal de tais profissionais. Objetivo: descrever o perfil vocal dos
professores assistidos por um programa de assessoria em saúde vocal desenvolvido nas
escolas da rede pública de João Pessoa-PB. Método: trata-se de um estudo transversal e
observacional, no qual contamos com a participação de 100 professores do ensino
fundamental e médio. Aplicou-se um questionário de autopercepção Condição de
Produção Vocal do Professor, composto por 79 questões, que aborda tais aspectos: de
identificação, organizacionais, ambientais, de saúde geral e vocal. Os dados foram
tabulados no programa Microsoft Excel 2010, e submetidos à análise descritiva. O estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (n° 091/13). Resultados: a população do
estudo era predominantemente do sexo feminino (68%), com idade variando entre 24 e 61
anos. Em relação à situação funcional, a média do tempo de trabalho dos entrevistados
era de 21 anos, 38% afirmavam permanecer de 10 a 20 horas por semana com os alunos
na escola, 66% referiram apresentar o ritmo de trabalho estressante.Com relação ao
ambiente físico da escola, 82% considerava o local ruidoso, 65% acústica insatisfatória e
73% poeira no local de trabalho, 45% temperatura desagradável, já em relação aos
aspectos gerais de saúde, 59% problemas de coluna, 44% relataram ter problemas
emocionais e 42% problemas circulatórios. Quanto aos hábitos, 8% fumava, 21%
consumia bebidas alcoólicas, bebiam em média de 01l/dia de água, faziam em média de
02refeições/dia, e dormia em média de 6h/dia. Com relação aos aspectos vocais, 81%
relataram ter ou já tiveram alteração vocal, sendo que 90% relataram não ter procurado
acompanhamento fonoaudiológico. A maioria dos professores relataram como possíveis
causas da alteração vocal o uso intensivo da voz (63%). 45% consideram sua voz melhor
pela manhã e vai piorando. Os sintomas vocais referidos com maior frequência foram:
rouquidão (56%), perda da voz (44%) e voz grossa (40%). Conclusão: os dados
encontrados reforçam o aspecto multifatorial do distúrbio de voz e multidimensional da
voz do professor. A autopercepção dos professores estudados com relação ao seu
contexto de trabalho mostra-se bastante desfavorável a sua saúde geral e vocal. Desta
forma, percebe-se a necessidade premente de programas de assessoria em voz dentro
das escolas para tais profissionais propensos a desenvolver alterações vocais.
734
Postura corporal, saúde e queixas vocais de cantores líricos
Introdução: Cantores líricos são geralmente bastante disciplinados no trabalho, visto que
possuem uma exigência em relação à técnica, qualidade vocal, musicalidade, afinação,
pronúncia, interpretação; preocupam-se com a saúde vocal e com técnicas de
aprimoramento. Objetivo: Descrever aspectos posturais, hábitos e queixas vocais de
cantores líricos. Metodologia: Participaram dez cantores líricos, de ambos os sexos, com
idades entre 18 e 51 anos, com no mínimo, cinco anos de atuação profissional e sem
histórico de intervenção fonoaudiológica. A avaliação da postura corporal se deu através
de gravação audiovisual de uma apresentação ao vivo, por meio de protocolo de
avaliação elaborado pelos pesquisadores, e a coleta dos dados referentes aos hábitos
vocais foi realizada por meio de um questionário elaborado pelos pesquisadores. A coleta
de dados foi realizada no ambiente de trabalho de cada cantor, tomando-se como
parâmetro para avaliação da postura corporal a apresentação cantada de uma música
inteira. Resultados: Quanto aos aspectos posturais avaliados, não houve achados com
relação à elevação excessiva de cabeça em notas mais agudas do canto, de movimentos
bruscos de cabeça e/ou lateralização excessiva da cabeça para um dos lados, de tronco
desalinhado e tensão na região cervical durante a performance vocal. Oito cantores
relataram ter feito aula de canto e participado assiduamente das aulas, afirmando praticar
diariamente os exercícios propostos. Todos os cantores declararam fazer aquecimento
vocal, dentre os quais, apenas três realizam desaquecimento. Dos dez cantores, nove
ingerem água durante o canto. Não houve relato de uso de álcool, cigarro e/ou maconha
antes, durante ou depois de cantar. Com relação à voz falada, cinco cantores relataram
queixas vocais, as mais prevalentes foram: rouquidão, perda temporária da voz, fadiga
vocal, dor de garganta, falhas na voz e presença de pigarro. Quanto à voz cantada, seis
cantores relataram queixas, as mais citadas foram: rouquidão, pigarro ao cantar, fadiga
vocal, falhas na voz cantada e esforço ao cantar. Neste estudo, três cantores relataram já
ter deixado de cantar por problemas vocais e quatro relataram dificuldade na emissão de
notas mais agudas. Três cantores possuem dificuldade na emissão de notas mais graves
e outros três apresentam dificuldade na passagem de uma nota para outra. Conclusão:
Os cantores líricos avaliados neste estudo usaram boa postura corporal durante o canto e
apresentaram hábitos saudáveis para manutenção da voz. O relato de queixas vocais em
mais de 50% desta população pode ser explicado pelo fato de nunca terem realizado
acompanhamento fonoaudiológico e, por isso, possivelmente, utilizarem ajustes vocais
inadequados de voz falada e/ou cantada.
735
Preferências dos ouvintes em relação ao sotaque regional em contexto formal e
informal de comunicação
Leonardo Wanderley Lopes; Ivonaldo Leidson Barbosa Lima, Eveline Gonçalves Silva,
Larissa Nadjara Alves Almeida, Anna Alice Figueiredo de Almeida
736
Preparação vocal na cidade do Recife: a contribuição de maria josé campos lima
Elthon Gomes Fernandes da Silva; Rose Mary de Abreu Martins, Léslie Piccolotto Ferreira
Introdução: Desde meados do século XIX, artistas e grupos relacionados à arte produzida
na cidade do Recife se preocuparam com a formação artística e sistematização dessa
atividade. A ideia da fundação de um curso de teatro, iniciada em 1853, foi concretizada
na segunda metade do século XX, em 1957. É, portanto, na Escola de Belas Artes de
Pernambuco da Universidade do Recife, nos cursos de Interpretação e Dramaturgia que
se ofereceu de modo pioneiro nessa capital, uma disciplina dirigida à preparação da voz
para teatro, sob coordenação de Maria José Campos Lima (Marijose), primeira
preparadora e professora de voz da cena teatral recifense. Objetivo: Analisar a
contribuição de Maria José Campos Lima e as repercussões de seu trabalho pioneiro com
Voz Profissional em Pernambuco. Método: Levantamento de informações sobre formação
artística e atuação profissional, por meio de entrevista na qual 11 profissionais de teatro e
música (atores, diretores, dramaturgos, pianista) relataram suas experiências enquanto
atores e alunos de Marijose no primeiro Curso Superior de Arte Dramática de
Pernambuco. O material foi transcrito, categorizado em temas que explicitassem o
método de preparação vocal proposto por Marijose. Resultados: Adotava, em 1958,
procedimentos didáticos pouco usuais para a época, a exemplo de aulas práticas
utilizando roupas para trabalho de corpo (malhas, sapatilhas), relacionava encenação com
exercício de voz, e em suas aulas existia o espaço para o experimento a partir da
exploração das possibilidades do manejo do corpo, voz e movimento. Em seu método de
trabalho também eram abordados os temas: fisiologia da produção vocal, auto-percepção
sobre a produção vocal, articulação, respiração, projeção vocal, prosódia (para
neutralização de sotaque no palco) e vocalizações que expressam emoções (ex: riso,
choro, grito) sempre com base no texto teatral. Considerava o contexto humano, a
importância da escuta, tentando harmonizar uma prática sem dispensar a fundamentação
teórica que adquiriu por meio das suas buscas durante sua formação. Conclusão: A
principal contribuição de Marijose foi realizar uma preparação vocal numa perspectiva de
que não pode haver a dicotomia entre corpo e voz.
737
Prevalência de disfonia em escolares do município de Maceió
738
Professores de Sergipe: a correlação entre o índice de capacidade para o trabalho e
alterações vocais
739
Prontidão de mudança pela escala urica-voz e fatores associados: resultados
preliminares
Luiza Augusta Rosa Rossi-Barbosa; Antônio Prates Caldeira, Ana Cristina Côrtes Gama,
Erasmo Daniel Ferreira, Kamilla Ferreira de Sousa, Renata Martins Morais
740
Protocolos de avaliação da qualidade de vida em voz do professor: revisão de
literatura
Deborah Rodrigues Pinheiro; Edinéia de Lourdes Vieira Teles, Iara Bittante de Oliveira
741
Qualidade de vida e voz no envelhecimento: uma revisão sistemática
742
Qualidade de vida em voz em atores de teatro portugueses
Introdução: O ator de teatro é o profissional da voz que necessita de uma voz flexível,
com boa projeção, boa articulação e qualidade vocal adequada a cada personagem, sem
marcas de alteração, com foco de ressonância alto e com plasticidade suficiente para se
adequar aos personagens. Com isso, alterações em algum desses aspectos afetam
diretamente na prática laboral e qualidade de vida desses profissionais. A qualidade de
vida inclui fatores relacionados à saúde, como os físicos, funcionais, emocionais e bem-
estar mental e os aspectos não relacionados, como o trabalho, família, amigos e outros
aspectos da vida. Na fonoaudiologia, destaca-se a comunicação e a voz como um
domínio extra na avaliação da qualidade de vida, pelo seu papel crucial no exercício
laboral. Atualmente a opinião do individuo acerca da sua voz tem assumido papel central
na área de terapia vocal. Objetivo: Investigar o impacto da voz na qualidade de vida de
atores portugueses correlacionando-o com a variável sexo. Métodos: Estudo transversal
observacional descritivo. Participaram do presente estudo 20 atores de teatro (11 do sexo
masculino e 09 do sexo feminino) da Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa,
todos com idades entre 20 e 51 anos. Foi aplicado o protocolo de Qualidade de Vida em
Voz-QVV, onde a análise englobou o cálculo do escore total do QVV (questões de 1 a
10). Em seguida os dados foram tabulados e analisados estatisticamente pelo software
SPSS 16.0. Resultados: A média de idade encontrada foi de 30,8 anos para indivíduos do
sexo masculino e 21,5 anos para indivíduos do sexo feminino. Em relação à Qualidade de
Vida em Voz, a média geral do escore total foi de 87,75, sendo 92,95 para os indivíduos
do sexo masculino e 81,38 para os participantes do sexo feminino. As maiores
pontuações foram observadas no domínio sócio-emocional, no qual a média dos escores
foi de 92,62 no sexo masculino e 81,81 no sexo feminino. No domínio físico, foi observado
uma média dos escores de 89,77 no sexo masculino e 81,02 no sexo feminino.
Conclusão: Os atores de teatro portugueses apresentaram um escore levemente
rebaixado do QVV em ambos os sexos. O impacto da voz na qualidade de vida dos atores
portugueses é maior nos atores do sexo masculino, tanto no domínio físico quanto no
sócio-emocional.
743
Qualidade de vida em voz em radialistas
Edney Gustavo Fernandes Tenório; Geová Oliveira de Amorim, Phillipe Xavier Moreira de
Barros, Fernanda Raissa de Albuquerque Bastos
Introdução: O locutor radialista é o profissional que tem a voz como única ferramenta de
trabalho na mediação entre emissora e ouvintes. Sabe-se que um problema de voz afeta
os indivíduos de modo diverso e particular. Atualmente para avaliar o impacto da voz na
qualidade de vida da população são utilizados protocolos de autoavaliação que
procuraram oferecer informações e medidas valiosas da impressão do próprio indivíduo
sobre seu problema vocal, completando as informações obtidas pelos métodos
tradicionais de avaliação clínica da voz. Objetivo: Investigar o impacto da voz na
qualidade de vida de radialistas com queixas vocais,correlacionando-o com a variável
sexo. Métodos: Estudo transversal observacional descritivo. Participaram do presente
estudo 49 radialistas (38 do sexo masculino e 11 do sexo feminino), todos com idades
entre 17 e 51 anos de idade e com mais de 04 (quatro) sintomas vocais. Inicialmente foi
aplicado um questionário para identificação de sintomas vocais e em seguida aplicado o
protocolo de Qualidade de Vida em Voz (QVV). A análise englobou o cálculo do escore
total do QVV (questões de 1 a 10). Em seguida os dados foram tabulados e analisados
estatisticamente pelo software SPSS 16.0. Resultados: Em relação à idade, 36,73%
(n=18) apresentaram faixa etária entre 30 e 39 anos com média de 34 anos para
indivíduos do sexo masculino e 31 anos para indivíduos do sexo feminino. No tocante à
Qualidade de Vida em Voz, a média do escore total em indivíduos do sexo masculino foi
de 85,13 e 86,81 para os sujeitos do sexo feminino. As maiores pontuações foram
observadas no domínio físico, com média dos escores igual a 87,5 no sexo masculino e
83,3 no sexo feminino, onde se destacaram relatos como dificuldades em falar forte ou
ser ouvido em lugares barulhentos, necessidade de respirar muitas vezes enquanto fala e
dúvidas sobre como a voz sairá ao iniciar a fala em ambos os sexos. Em relação ao
domínio sócio-emocional, a média dos escores foi de 93,8 no sexo masculino e 100 no
sexo feminino, neste domínio destacaram-se sentimentos de ansiedade ou frustração em
função de questões vocais. Conclusão: Os resultados obtidos demonstraram um impacto
moderado da qualidade de vida e voz nos sujeitos do sexo masculino e feminino, pois
escores totais abaixo de 98,0 em indivíduos normais e de 65,9 em indivíduos disfônicos já
evidenciam um impacto da voz na qualidade de vida dos indivíduos dessa categoria
profissional.
744
Qualidade vocal na síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA): algumas
descrições perceptivas e acústicas
745
Quantidade de fala e intensidade vocal em atores de teatro
746
Quantidade de fala e intensidade vocal em jornalistas
Introdução: Jornalistas são profissionais que tem a voz como ferramenta de comunicação
e expressividade. Na comunicação jornalística a voz precisa ser agradável, sem desvios
da qualidade, clareza articulatória e com boa plasticidade vocal. A quantidade de fala e a
intensidade de voz, associado ao grau de requinte exigido desses profissionais, constitui
elemento de investigação nesse contexto profissional. Objetivo: Investigar a autoavaliação
do grau de quantidade de fala e intensidade vocal nas atividades laborais e extralaborais
de Jornalistas. Método: Estudo observacional transversal descritivo. A amostra foi
composta por 32 jornalistas, sendo 18 do sexo masculino e 14 do sexo feminino com
idades entre 17 e 45 anos. Aplicou-se o protocolo de grau de quantidade de fala e
intensidade vocal, no qual os indivíduos foram orientados quanto ao preenchimento do
protocolo na situação de voz habitual e voz no trabalho. Em seguida os dados foram
tabulados e analisados estatisticamente pelo software SPSS 16.0. Resultados: A média
de idade dos participantes da pesquisa foi de 23 anos. No que diz respeito à questão
inicial de autoavaliação vocal, a maioria dos indivíduos do sexo masculino referiu achar a
voz Boa (6; 37,5%) e Razoável (8; 50%) e os indivíduos do sexo feminino referiram achar
suas vozes Boa (4; 28,6%) e Razoável (8; 57,1%). No tocante à quantidade de fala e
intensidade vocal em ambiente extralaboral, os sujeitos do sexo masculino apresentaram
uma média de quantidade de fala de 4,22 e de intensidade vocal de 4,5. Em atividades
laborais esse mesmo grupo apresentou média de quantidade de fala de 3,66 e
intensidade vocal de 4,05. Nos sujeitos do sexo feminino a média de quantidade de fala
em ambiente extralaboral foi de 5,65 e o de intensidade vocal de 6,33. Para as atividades
laborais, o grupo de indivíduos femininos apresentou média de quantidade de fala de 5,7
e de intensidade vocal de 5,43. Conclusão: Jornalistas relatam considerar suas vozes
razoáveis e apresentam médias de quantidade de fala e intensidade vocal nas atividades
laborais e extralaborais elevadas,o que pode contribuir para o surgimento de alterações
laríngeas e vocais.
747
Queixa vocal e fatores biopsicossociais dos professores assistidos por um
programa de assessoria em voz
Laise Paiva; Vânia Souza, Vanessa Mascarenhas, Bruno Silva, Anna Alice Almeida,
Leonardo Lopes, Elma Azevedo, Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva
748
Queixas e hábitos vocais em crianças de 1ª à 4ª série do ensino fundamental
749
Relação entre autoavaliação vocal e dados da avaliação clínica em indivíduos
disfônicos
Ana Paula Dassie-Leite; Luciana Branco Carnevale, Eliane Cristina Pereira, Caroline
Amália Pereira, Heloiza Lima da Rocha, Luiz de Lacerda Filho
750
Relação entre dados laringológicos e vocais em mulheres com Edema de Reinke
751
Remoção de pólipos em cantores através de fonoterapia. Relato de dois casos
Introdução: Na literatura o que encontramos é que o pólipo de prega vocal das lesões
organofuncionais é uma das mais difíceis de involuir com fonoterapia. A conduta
geralmente adotada é a indicação para a remoção cirúrgica, com encaminhamento do
paciente para um acompanhamento fonoaudiólogo pré e pós cirúrgico. Existem poucos
relatos descritos sobre remoção de pólipo somente com fonoterapia. A fisiologia do
exercício revela que um treinamento de alta intensidade e curta duração oferece
resultados superiores quando comparado aos treinamentos de baixa ou moderada
intensidade e de longa duração, tanto em termos de força muscular, função e resistência.
No trabalho de voz profissional onde a demanda vocal é grande e o profissional não pode
parar as atividades por muito tempo o trabalho intensivo com uma terapia com adesão,
diretiva e específica é o ideal para um bom prognóstico. Objetivo: Descrever o relato de 2
casos de remoção de pólipo em cantores com fonoterapia através de método específico.
Metodologia: Relatos de casos de 2 cantores populares: um do sexo masculino, 38 anos,
e outro do sexo feminino, 33 anos, ambos alérgicos, com queixas de rouquidão, sem
histórico de tabagismo, etilismo e fonoterapia. A avaliação otorrinolaringológica revelou
pólipo de prega vocal, nos dois casos lesões recente. A avaliação fonoaudiológica
mostrou nos 2 casos vozes instáveis, rugosas, com quebras nos agudos e ressonância
equilibrada. O planejamento terapêutico incluiu: Avaliação e acompanhamento in locu,
aquecimento e desaquecimento vocal, dieta vocal, atendimento no consultório e utilização
das técnicas vocais de sons de apoio, técnicas de mudanças de postura com emissão de
sons agudos, B prolongado, trato vocal semi-ocluído, execução de escalas, modulação de
altura e intensidade. Os atendimentos foram feitos 2 ou 3 vezes por semana. Fazendo
uma combinação diária de exercícios de relaxamento, resistência e ressonância vocal.
Resultados: Os pacientes sentiram uma excelente melhora na performance vocal. Na
reavaliação otorrinolaringológica e fonoaudiológica, respectivamente observou-se que as
lesões de ambos os casos foram removidas, em 10 atendimentos no caso do cantor e em
15 atendimentos no caso da cantora. As vozes ficaram estáveis, com brilho, ressonância
equilibrada, houve aumento do TMF, extensão e resistência vocal. Discussão: Pólipo de
prega vocal é uma lesão laríngea benigna relativamente comum que causa rouquidão
persistente. Sua aparência pode ser avermelhada, esbranquiçada ou translúcida e a
imagem é de uma lesão elevada, localizada na borda livre da prega vocal, geralmente na
junção do terço anterior com o médio. Acredita-se que o abuso vocal esteja na base de
seu desenvolvimento, provocando rupturas nos vasos das camadas superficiais da lâmina
própria, produzindo um hematoma. Embora a cirurgia seja o tratamento preferido, alguns
médicos observaram que certa proporção dos pólipos desaparece com fonoterapia
dependendo do tamanho, extensão e se é recente ou não! Conclusão: Ainda não existem
muitos relatos se o pólipo pode ou não sair somente com fonoterapia mas alguns casos
estão tendo bons resultados na clínica principalmente se o trabalho for específico e
direcionado
752
Revisão bibliométrica das publicações em periódicos nacionais sobre voz do idoso
Jussier Rodrigues da Silva; Jéssica Nazita Silva e Lima, Leandro de Araújo Pernambuco
753
Saúde vocal de preparadores físicos de futebol – queixas e cuidados
754
Saúde vocal de técnicos de futebol - queixas e cuidados
Introdução: Os técnicos de futebol fazem uso da voz no trabalho e não contam com
orientação sobre saúde vocal e/ou preparo para o uso profissional da voz. Além disto, há
poucos estudos fonoaudiológicos com esta categoria, que demanda atenção e que se
encontra em evidência no momento atual, com o advento da Copa do Mundo, no Brasil.
Objetivo: Analisar aspectos relativos à saúde vocal de técnicos de futebol. Metodologia:
São sujeitos 13 técnicos de futebol dos times classificados para a primeira fase do
Campeonato Paulista de Futebol de 2012/série A. Foi realizada entrevista aberta com os
técnicos sobre os seguintes aspectos: a) queixas, dificuldades ou problemas com o uso
da voz/comunicação no seu trabalho; b) cuidados com a voz; c) relações entre condições
de saúde, trabalho e qualidade de vida. A entrevista foi feita no local de treinamento dos
times e gravada por meio de um gravador digital SONY-ICD-PX312. As gravações foram
transcritas e os discursos analisados (análise de conteúdo), com identificação de
categorias temáticas. Aprovação CEP 99/11 de 13/12/2011. Resultados: Os técnicos de
futebol apresentam as seguintes queixas, dificuldades ou problemas com o uso da
voz/comunicação no seu trabalho: alergias, garganta seca, cansaço vocal, rouquidão e
perda da voz no final do dia e de jogos. Quanto aos cuidados com a voz, poucos realizam
hidratação; têm hábitos inadequados, como o consumo do café, a prática de auto-
medicação e o uso de soluções caseiras (principalmente pastilhas, chás e substâncias
como gengibre, própolis, mel, sal e vinagre). Apresentam quadros de resfriados e poucos
se preocupam em poupar a voz. A maioria reconhece não ter cuidado algum, nem
atenção com a saúde vocal; e que falta orientação e preparo para o uso profissional da
voz. No que diz respeito às relações entre condições de saúde, trabalho e qualidade de
vida os técnicos se vêm frente a uma condição paradoxal: por atuarem na área do
esporte, são levados a se preocupar em cuidar do corpo, da mente e da saúde,
especialmente na busca de uma alimentação equilibrada e na prática de atividade física –
inclusive com o intuito de serem exemplos para os jogadores. Por outro lado, o trabalho
envolve o enfrentamento constante de conflitos, problemas e pressões que são
desgastantes e estressantes e exigem muito equilíbrio emocional. Conclusão: Os técnicos
de futebol apresentam queixas vocais e necessitam de ações fonoaudiológicas para
promoção da saúde e bem-estar vocal e preparo para o uso da voz profissional.
755
Saúde vocal em professores
Saúde vocal pressupõe a intenção do profissional em utilizar sua voz de maneira correta
com cuidados. Geralmente o profissional inicia sua carreira sem nenhuma orientação
vocal e este despreparo pode trazer ao docentes alterações, limitando seu desempenho
profissional. As principais necessidades e problemas são percebidos em situações da
vida diária, relacionadas ao desenvolvimento da profissão e trabalho docente. A
caracterização dos estudos em saúde vocal de professores e seus resultados é o nosso
objetivo, a partir do levantamento da literatura nacional dos últimos doze anos. Este
estudo bibliográfico foi realizado a partir do levantamento de artigos periódicos da
Biblioteca Regional de Medicina, BIREME, na base de dados LILACS. Foram
selecionados inicialmente 37 artigos em língua portuguesa. Os critérios de seleção foram:
textos completos de 2000 a 2012, a partir da combinação dos seguintes unitermos:
“Saúde vocal” e “professores”. Foram excluídos aqueles que não tinham aderência ao
tema (artigos sobre deficiência visual e auditiva, análise de literatura, leis, atividades de
ditado em ambiente ruidoso, gerenciamento de grupos, rouquidão em alunos uso de voz
professor de educação física), restando assim, 28 artigos. Os dados foram organizados
em gráficos quando ao tipo de escola que lecionam, sexo dos professores, tipos de
estudo, de intervenção, bem como seus resultados. Observamos que a maioria dos
estudos abordam professores de escolas públicas, a maioria dos sujeitos estudados era
do sexo feminino, 56%, versus 40% do sexo masculino. Os estudos caracterizavam-se
como tranversal (23%) e qualitativa (16%), com utilização dos instrumentos: aplicação de
questionário(54%) e coletas de dados (17%), obtidos por avaliação e entrevista., A maior
parte (82%) concentrou-se no levantamento de dados enquanto apenas 18% realizou
algum tipo de intervenção. No entanto, os estudos de intervenção apontam resultados
positivos (67%).A partir do levantamento de literatura nacional dos últimos doze anos em
voz do professor, pudemos concluir que os estudo concentram-se em dados de escolas
públicas e professoras; com metodologia transversal ou qualitativa, com levantamento de
dados e uso de questionários e avaliação.Há poucos estudos de intervenção, mas estes
foram efetivos.
756
Sensibilidade do IDV e IDV10, pré e pós terapia em profissionais da voz com
disfonia
757
Sintomas vocais de professores de cuiabá relacionados ao tempo de docência e
carga horária semanal
Gabriela De Luccia; Barbara Boerner Ciralli, Gabryelli Moraes Silva, Gabriela De Luccia,
Adriana Lima Valente
758
Sintomas vocais e absenteísmo em teleoperadores sindicalizados
Maria Lúcia Vaz Masson; Flávia Silva Santa Mônica, Tânia Maria de Araújo
759
Sintomas vocais e laríngeos e alterações vocais em cantores populares
Muitas pessoas dedicam-se à música, seja de forma profissional ou somente por hobby.
Em qualquer das duas opções é necessário que o cantor tenha cuidados especiais em
relação à saúde vocal, pois o abuso ou mau uso da voz pode, a longo prazo, limitar a
performance vocal do indivíduo.Tendo em vista que a voz é um instrumento fundamental
na rotina dos cantores, é imprescindível que a qualidade vocal destes seja monitorada e
que os hábitos vocais sejam adequados. Assim, esta pesquisa teve como finalidade
caracterizar os hábitos e sintomas de cantores populares e alterações vocais na voz
cantada. Participaram da pesquisa 30 cantores de música popular, com idade entre 20 e
50 anos, de ambos os sexos, com mais de um ano de prática de voz cantada, que foram
abordados em seus locais de trabalho (casas noturnas, bares e escolas de canto da
cidade de São Paulo). Após a assinatura do TCLE, foi aplicado um breve questionário
para identificar hábitos vocais nocivos e cuidados vocais (Questionário de Sinais e
Sintomas - QSSV), além da descrição de técnicas vocais utilizadas no aquecimento da
voz cantada. Em seguida, foi feita uma avaliação in loco da qualidade vocal durante a
apresentação musical, pela pesquisadora principal do trabalho, por meio da escala
GRBASI, bem como a classificação da qualidade vocal após o canto como igual, pior ou
melhor, quando comparada ao começo da performance. Os resultados mostraram que a
maioria dos cantores apresentou carga horária de canto entre 1 e 5 horas por semana
(33,3%), não fumavam (70%) e ingeriam bebida alcoólica de 1 a 5 vezes por semana
(56,66%). A carga horária de trabalho no canto foi baixa, houve consciência sobre os
malefícios do cigarro, no entanto, mais da metade ingeria bebida alcoólica semanalmente.
Os sintomas mais frequentes referidos pelos cantores foram: pigarro e falar muito alto
(30%), seguido por rouquidão (23,33 %).Quanto aos hábitos, verificou-se que 83,33% dos
participantes costumavam ingerir bebidas geladas com frequência, 60% ingeriam bebidas
alcoólicas pelo menos uma vez por semana, 46,66% costumavam incluir alimentos
achocolatados e derivados do leite em seus hábitos alimentares; alimentos gordurosos
eram consumidos com frequência por 36,66% dos entrevistados e apenas 13,33% faziam
uso de spray ou pastilha. Um pouco mais de um terço dos entrevistados (36,7%)
utilizavam técnica de vibração para aquecimento vocal.Na avaliação in loco, a maioria dos
sujeitos não apresentou desvio vocal. No entanto, observamos desvio leve em tensão (S)
com 36,66% e instabilidade (I) com 26,66%. A qualidade vocal pós canto não apresentou
alteração (57%), porém 42% apresentaram piora da voz, sugerindo que a prática do canto
nesses casos pode estar representando um abuso vocal, quer seja pelas condições
inflamatórias relacionadas a possível refluxo gastroesofágico, quer seja pela qualidade
vocal desviada (tensa e instável) utilizada por longo tempo. A partir do estudo sobre os
hábitos e sintomas de cantores populares e alterações vocais na voz cantada podemos
concluir que cantores populares têm baixa carga de trabalho semanal; queixam-se de
pigarro, uso de forte intensidade e rouquidão; ingerem alimentos gelados e alcoólicos,
além de derivados do leite e achocolatados; apresentam voz adaptada, com tensão e
instabilidade na minoria dos casos e utilizam técnicas vocais para cuidar da voz, que não
se mostraram suficientes para sanar as queixas e alterações encontradas, mostrando a
necessidade de um acompanhamento profissional especializado.
760
Telessaúde em fonoaudiologia: o atendimento fonoaudiológico virtual no Brasil
761
Tempo máximo de fonação em falantes sem problemas de voz
Estela de Melo Silva; Silvia Maria Rebelo Pinho, Lucy Mary Muritiba da Silva, Gabriela
Silveira Sóstenes
762
Tens e terapia manual laríngea na intensidade de dor musculoesquelética de
mulheres disfônicas
Introdução: A disfonia por tensão muscular (DTM) é definida como uma alteração
hiperfuncional da fonação; pode ou não estar associada a lesões benignas na laringe,
como nódulos e espessamento mucoso, mais comum em mulheres. Para o tratamento
são recomendadas técnicas de relaxamento cervical e laríngeo. A Estimulação Nervosa
Elétrica Transcutânea (TENS) e a Terapia Manual Laríngea (TML) podem ser aplicadas
no tratamento deste tipo de disfonia, uma vez que promovem o relaxamento muscular e o
controle ou alívio da dor. Objetivo: comparar o efeito da aplicação de TENS de baixa
frequência com a TML na intensidade de dor musculoesquelética de mulheres com
disfonia por tensão muscular. Metodologia: Participaram 20 mulheres, com idades entre
18 a 45 anos (média de 29,5 anos), com presença de nódulos/espessamentos vocais e
fenda glótica a fonação, divididas em dois grupos: GI (10 mulheres que receberam 12
sessões de aplicação de TENS) e GII (10 mulheres que receberam 12 sessões de TML).
Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (CEP099/2011). Para
investigação da intensidade da dor musculoesquelética, utilizou-se um protocolo com
desenho das partes do corpo correspondentes aos itens a serem assinalados. As partes
investigadas foram: região temporal, masseteres, submandibular, laringe, parte anterior e
posterior do pescoço, ombros, parte superior e inferior das costas, cotovelos,
punhos/mãos/dedos, quadril/coxas, joelhos, tornozelos/pés. Para mensuração da
intensidade da dor utilizou-se a escala analógica visual de 100 mm, em que a voluntária
marcou com traço vertical no ponto que caracterizasse a dor, sendo o limite à esquerda
referente a nenhuma dor e à direita, pior dor. Esta marcação foi mensurada com régua,
em milímetros, para posterior análise estatística. Essa mensuração foi realizada antes e
após a aplicação de TENS e antes e após a aplicação da TML. As voluntárias do GI foram
submetidas a 12 sessões de aplicação de TENS de baixa frequência por 20 minutos cada,
com eletrodos posicionados na região do músculo trapézio (fibras superiores) e na região
submandibular, bilateralmente. Os parâmetros utilizados foram: pulso quadrático bifásico
simétrico, fase de 200 s, frequência de 10 Hz e intensidade no limiar motor. As voluntárias
do GII foram submetidas a 12 sessões de TML por 20 minutos cada, que aconteceu em
repouso, na posição sentada, com massagens nas regiões dos músculos
esternocleidomastóideo e submandibulares, bilateralmente, além de deslizamento e
deslocamento da laringe. Para comparação dos dois grupos foi utilizado o teste de
Wilcoxon (p<<0,05). Resultados: Observou-se redução da dor após aplicação de TENS
na região posterior do pescoço (p=0,017), ombros (p=0,027) e parte superior das costas
(p=0,043). Já após aplicação de TML observou-se redução de dor apenas na região
posterior do pescoço (p=0,019). Conclusão: A TENS de baixa frequência obteve um efeito
mais amplo na redução da intensidade de dor musculoesquelética na região cervical de
mulheres com disfonia por tensão muscular do que a TML.
763
Terapia vocal e sons nasais: efeitos sobre disfonias hiperfuncionais
Introdução: A técnica dos sons nasais é considerada facilitadora por propiciar o equilíbrio
fonatório, visto que, além de minimizar o impacto sofrido pelas pregas vocais durante a
fonação, melhora a ressonância vocal. Ela é indicada para o tratamento das disfonias,
principalmente as hiperfuncionais, caracterizadas por excesso de tensão, como é o caso
dos quadros de disfonia abordados nesta pesquisa. Objetivo: verificar os efeitos de um
programa fonoterapêutico que incluiu a utilização da orientação vocal, adequação da
função respiratória e da técnica de sons nasais em três indivíduos do sexo feminino com
diagnóstico otorrinolaringológico de edema na região aritenoide, nódulo na prega vocal
direita, fenda médio-posterior e pontos hemorrágicos em ambas as pregas vocais; nódulo
na prega vocal esquerda e fenda no terço médio; laringe sem alterações;
respectivamente. Método: estudo de caso, por meio da avaliação otorrinolaringológica
completa, com a realização de videolaringoscopia e fonoaudiológica (audiometria,
anamnese, exame orofacial, avaliação vocal e corporal) individual, pré e pós-tratamento.
Na terapia, os pacientes receberam orientações sobre anatomofisiologia do aparato
fonador, cuidados com a voz, incluindo a hidratoterapia, aspectos sobre respiração e
postura, além da técnica de sons nasais. As orientações e exercícios trabalhados nas
sessões fonoaudiológicas (com tempo aproximado de 30 minutos), foram realizados
também no domicílio por mais quatro dias da semana, uma vez ao dia, durante quatro
meses, num total de dezesseis sessões. Os dados vocais pré e pós-programa terapêutico
foram submetidos à análise acústica, por meio do programa Multi Dimensional Voice
Program da Kay Pentax e perceptivoauditiva realizada por três juízes (fonoaudiólogas
especialistas em voz). Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da Universidade Federal de Santa Maria/RS sob o protocolo de número 100/05.
Resultados: evidenciou-se que o som nasal, aliado à terapia de base, propiciou:
desaparecimento de edema e de pontos hemorrágicos; diminuição de fendas vocais
médio-posteriores e nódulos; melhora da vibração da onda mucosa das pregas vocais;
adequação postural e do tipo respiratório; melhora da coordenação
pneumofonoarticulatória; melhora do foco ressonantal, do tipo de voz e da loudness; pitch
e frequência fundamental discretamente mais agudos; diminuição do ruído e da
instabilidade vocais. Discussão: verificou-se melhora, pós-terapia, em todas as medidas e
avaliações realizadas: avaliação ORL, tipo respiratório, postura corporal, TMF, relação
s/z, pitch, loudness, análise acústica, constatando-se, o benefício da fonoterapia de base
aliada aos sons nasais. Conclusão: a fonoterapia de base (orientação e adequação da
respiração e da postura), com ênfase na técnica de sons nasais, promoveu um efeito
positivo sobre as pregas vocais e sobre a qualidade vocal como um todo.
764
Uso de medicamentos em transtornos alimentares e seus efeitos na qualidade vocal
Mariane Querido Gibson; Pollyanna Castello Branco Gomes, Natália Regina Duarte
Santos, João Marcílio Coelho Netto Lins Aroucha, Valência Avelino Marinho De Oliveira
765
Voz e estresse no trabalho de cantores de bandas de baile
Vanessa Rodrigues Zambão; Regina Zanella Penteado, Maria Luisa Meneghetti Calçada.
766
Voz no telejornalismo – estudo piloto
Eliane Cristina Pereira; Fabiley de Wite Diogo, Ana Paula Dassie-Leite, Mario Umberto
Menon
Introdução:A voz é essencial para algumas atividades profissionais, que podem ter seu
uso diferenciado, apresentando maior demanda vocal. O telejornalista é um profissional
que utiliza a voz profissionalmente e pertence a uma população que deve ter cuidados
com a voz. O objetivo deste estudo é analisar a qualidade de vida em voz (QVV) e a
exposição a situações de fonotrauma e situações adversas à saúde de telejornalistas.
Material e Método: Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal e
prospectivo. Foram avaliados 34 sujeitos, divididos em 2 grupos, o grupo de estudo (GE)
composto de 17 telejornalistas, e grupo controle (GC) composto por 17 sujeitos não
telejornalistas que exercem atividades profissionais nas mesmas empresas de
telejornalismo. Os sujeitos assinaram o termo de consentimento livre esclarecido. Os
critérios de inclusão do GE foi ter concluído ensino superior em Comunicação Social, ser
maior de 18 anos, com ou sem alterações e queixas vocais. O critério de exclusão para
GE foi ser formado em Comunicação Social, mas não atuar como repórter ou
apresentador. Para GC foram aceitos sujeitos acima de 18 anos, com ou sem diploma de
nível superior, com ou sem alterações ou queixas vocais, que trabalham nas mesmas
empresas do GC, porém exercendo atividades diversas que não de telejornalista. Para o
GC o critério de exclusão foi o exercício de atividades profissionais em outros locais, com
intensa demanda vocal. A coleta de dados consistiu de entrevista e aplicação de
protocolos de Qualidade de Vida em Voz (Gasparini & Behlau, 2009) e lista de situações
de fonotrauma e condições adversas à saúde vocal (VILLELA & BEHLAU, 1988), em
ambos os grupos. Os resultados foram submetidos à analise estatística por meio do teste
t de Student. Resultados: Os escores do QVV em ambos os grupos encontraram-se
abaixo dos encontrados em indivíduos classificados como vozes saudáveis (BEHLAU et.
Al, 2009). Os telejornalistas obtiveram médias menores nos três domínios, sendo que
houve diferença no domínio sócio-emocional (p=*0,023). Quanto às situações de
fonotrauma e condições adversas à saúde vocal, o GE apresentou piores resultados,
porém ambos os grupos foram classificados como “campeões de abusos vocais”.
Conclusões: Os telejornalistas estudados apresentaram impacto negativo na qualidade de
vida em voz, principalmente no que refere a situações sócio-emocionais, além disso
também foi identificada a falta de cuidados vocais que podem interferir diretamente na
profissão.
767
Voz profissional: análise da produção científica fonoaudiológica
Jéssica Marchiori Correia; Gisele Maria de Lima, Joyce Cristina Ferreira Maia, Elizabeth
Oliveira Crepaldi de Almeida, Yung Sun Lee Damasceno
Introdução: muitos sujeitos utilizam a voz como principal instrumento para obter uma
comunicação eficaz no trabalho, garantindo o exercício profissional eficiente e o alcance
de metas estabelecidas pela profissão. Objetivo: analisar as produções científicas em voz
profissional, no período de 2008 a 2012, apresentados nos congressos de fonoaudiologia
na sessão de pôsteres. Métodos: para a realização deste estudo, foi iniciada uma busca
dos anais dos Congressos de Fonoaudiologia no período de 2008 à 2012 no site da
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, de modo a obter o título e resumo de todos os
anais relacionados à de voz profissional disponíveis no portal eletrônico. Posteriormente
foi realizada uma leitura dos títulos e resumos, separando estes trabalhos em grupos
referentes às diferentes áreas de atuação do profissional em voz (professor, locutor, ator,
cantor, dublagem, entre outros). Na busca de quantificar e qualificar os anais, foi realizada
uma leitura dos resumos e em seguida cada grupo de anais foi novamente separado,
identificando o tipo de estudo realizado, ou seja, teórico ou empírico. Resultados: Foram
contabilizados 426 anais, sendo utilizados para este estudo apenas 386 por se
enquadrarem aos critérios de inclusão. Ao realizar a análise quantitativa sobre as
categorias profissionais estudadas nos anais, pode-se verificar que 40,41% dos anais se
relacionam ao professor, 19,68% ao cantor, 10,88% ao ator, 6,47% ao operador de
telemarketing, 6,21% ao jornalista, 4,66% ao radialista, 2,07% ao pastor/seminarista,
1,81% ao comerciante, 1,03% ao agente comunitário, 1,03% ao dublador, 0,77% ao
treinador de futebol e instrumentista de sopro, 0,51% ao empresário e 0,25% as
categorias de controlador de trafego aéreo, repentista, recepcionista, político, advogado,
bancário, servidor público e atendente presencial. Posteriormente analisou-se o tipo de
estudo das três categorias com maior número de trabalhos, ou seja, professor, cantor e
ator. Observou-se que 92,37% dos estudos relacionados à voz dos professores foram
empíricos e 7,62% teóricos; em cantores 85% foram do tipo empírico e 15% foram
pesquisas teóricas e com relação aos trabalhos dos atores 96,29% dos estudos foram
empíricos e 3,70% teóricos. Conclusão: A análise realizada afirma que, apesar da
referência do fonoaudiólogo por realizar estudos sobre a voz do professor, muitas outras
categorias profissionais também estão sendo estudadas. Vale ressaltar também a
prevalência significante de estudos empíricos nas categorias profissionais do professor,
cantor e ator.
768
Vozes infantis e bilinguismo: comparação entre Voice Onset Time (VOT) de crianças
monolíngues e bilíngues
Introdução: sabemos que a partir dos três anos crianças monolíngues, português
brasileiro (PB), apresentam vozeamento examinado pelo voice onset time (VOT),
parâmetro definido pelo intervalo de tempo entre a liberação da obstrução oral,
identificada pelo burst, e o início da vibração das pregas vocais, estria vertical no
espectrograma (banda larga). Pesquisas indicam que ajustes laríngeos distintos
produzem diferentes VOTs e que adultos bilíngues apresentam diferenças nesses
valores. Na clínica fonoaudiológica observamos crianças bilíngues com dificuldades para
vozear, e pensamos em comparar essa produção em monolíngues e bilíngues, de faixas
etárias semelhantes. A proposta desta investigação é comparar vozeamento em crianças
bilíngues e monolíngues pareadas por idade para verificar possíveis diferenças nesse
parâmetro. Objetivo: descrever comparativamente valores dos VOTs em três crianças
bilíngues e três monolíngues do PB. Método: amostra do banco de dados, pesquisa de
doutorado que caracterizou contraste de vozeamento em crianças monolíngues do PB.
Selecionadas seis meninas, três bilingues duas com 7a e 5m, uma com 7 a e 6m e três
monolíngues, 7a e 3m, 7a e 6m, e 7a e 9m respectivamente. Utilizadas gravações das
seis plosivas do PB (papa, baba, tata, dada, caca, gaga) em frases veículo
(Diga..baixinho). Inspeção do sinal acústico na forma da onda, espectrograma de banda
larga, programa PRAAT (5.2). VOT positivo /p,t,k/, do burst até o onset da vogal, negativo
/b,d,g/, do pré vozeamento até o burst. Resultados: três crianças bilíngues apresentaram
para as não vozeadas valores com médias inferiores (/p/=11ms, /t/= 11ms, /k/=28ms) em
relação às médias das monolíngues (/p/=13ms,/t/=20ms,/k/=38ms). Para vozeadas as tres
bilíngues apresentaram valores de com médias superiores (/b/=-92 ms,/d/=-91ms,/g/=-
82ms) em relação às monolíngues (/b/=-88ms,/d/=-87ms e /g/=-72ms). Discussão: a
literatura aponta que crianças monolíngues começam a apresentam maior estabilidade na
produção do vozeamento e VOTs com menor variação por volta dos 7/8 anos e que
quando ajustes laríngeos não são apropriados ocorrem interrupção ou ausência de
vozeamento, além de outras características como aspiração e nasalidade em
monolíngues. As três bilíngues apresentaram diferenciação nesse parâmetro quando
comparadas com monolíngues. Para as três bilíngues os valores de VOT das não
vozeadas foram inferiores do que para as três monolíngues e das vozeadas com valores
superiores. Portanto, associar análise de dados do VOT das plosivas, poderá facilitar a
adequação no vozeamento da fala de bilingues. Conclusão: comparativamente crianças
bilíngues produziram VOTs com valores menores para não vozeadas e maiores para
vozeadas. Assim, verificamos que o parâmetro acústico do VOT pode auxiliar na terapia
da criança bilíngue que apresenta dificuldade nesse traço.
769