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Fiacha 1
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Grupo I
A tomografia sísmica tornou-se uma das ferramentas geofísicas mais utilizadas para estudar o
interior da Terra. O objetivo é obter uma distribuição das perturbações da velocidade das ondas
sísmicas P e S em profundidade. Estas perturbações, por sua vez, dependem dos parâmetros
elásticos e da densidade, sendo condicionados pela mineralogia e pelas condições de pressão e
de temperatura.
Apesar de fornecer dados essenciais para obter imagens do interior da Terra, a tomografia sísmica
continua a apresentar limitações temporais e espaciais, uma vez que a maior parte dos epicentros
ocorre ao longo das fronteiras de placas e as estações sísmicas estão, na sua maioria, concentradas
nos continentes e nas ilhas, o que limita a diversidade de trajetórias sismo-estação disponíveis.
Nas últimas décadas, a tomografia sísmica tem sido aprofundada, sendo possível registar nos
sismógrafos a vibração de fundo, ou o ruído microssísmico, proveniente das ondas dos oceanos e
das tempestades. A medição de pequenas variações nas propriedades mecânicas dos materiais,
ao longo do tempo, permite detetar alterações associadas a processos de deformação em falhas,
monitorizar sistemas de exploração geológica e acompanhar a evolução dos sistemas
magmáticos em vulcões. Adicionalmente, tem sido possível caracterizar com mais detalhe a
estrutura do manto, recorrendo à vibração sísmica de fundo.
A figura 1 demonstra o uso do ruído microssísmico no estudo da estrutura interna da Terra.
Figura 1. Uso da vibração de fundo no estudo da estrutura interna da Terra. Nota: os elementos dos esquemas não se
encontram à escala.
Baseado em Prieto, G.A. (2012). Imaging the Deep Earth.
Science, 338(6110), 1037-1038. DOI: 10.1126/science.1231290
Coluna I Coluna II
8. O grau geotérmico
(A) aumenta com a aproximação a dorsais oceânicas.
(B) diminui quando o gradiente geotérmico de uma zona se reduz.
(C) aumenta quando aumenta o fluxo térmico da região.
(D) diminui com a aproximação a dorsais oceânicas.
10. Explique de que modo o decaimento radioativo dos materiais do interior da Terra influencia a
existência de correntes de convecção no manto.
Grupo II
A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António tem uma área de 2089
hectares (fig. 2). É limitada, a este, pelo rio Guadiana e é constituída por zonas de sapal, esteiros,
salinas artesanais e industriais e terrenos agrícolas. É esta diversidade de habitats que permite a
coexistência de um tão diverso número de espécies de vertebrados (aves, mamíferos, répteis,
anfíbios e peixes).
As salinas artesanais e industriais são, juntamente com as áreas de sapal, os biótopos com maior
representação na área da reserva. Por ser uma área de particular importância para as aves
aquáticas, os referidos biótopos assumem um papel preponderante como locais de alimentação,
de descanso e de nidificação.
Figura 2.
Baseado em Neto, E. & Cacela da Fonseca, L. (2001). Comunidades de aves do Sapal de Castro Marim: Alguns aspetos a
considerar na sua gestão. Atas do 11.º Congresso do Algarve, 647-657. Disponível em bit.ly/30EhCY3 [consult. jun 2020].
1. Da matéria que circula numa teia alimentar no sapal de Castro Marim fazem parte
, compostos ricos em nitrogénio.
(A) orgânica … os glícidos
(B) inorgânica … os glícidos
(C) inorgânica … as proteínas
(D) orgânica … as proteínas
3. Nas células das aves, as moléculas de DNA são polímeros de , que se encontram
maioritariamente no .
(A) bases nitrogenadas … núcleo
(B) bases nitrogenadas … citoplasma
(C) nucleótidos … núcleo
(D) nucleótidos … citoplasma
5. As aves, as plantas e os peixes que partilham o sapal de Castro Marim correspondem a uma
e estabelecem entre si relações .
(A) população … intraespecíficas
(B) população … interespecíficas
(C) comunidade … intraespecíficas
(D) comunidade … interespecíficas
Coluna I Coluna II
(a) Conjunto de seres vivos do sapal que interagem entre si. (1) Ecossistema
(b) Unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos que (2) Comunidade
habitam o sapal.
(3) População
(c) Grupo de algas do sapal, da mesma espécie, que habita
num determinado local. (4) Célula
(5) Organismo
8. Nas cadeias alimentares só uma pequena parcela da energia que faz parte de um nível trófico
é transferida para os organismos do nível trófico seguinte.
Preveja a consequência deste facto no número de níveis tróficos que constituem as cadeias
alimentares.
10. Explique por que razão a introdução de uma espécie invasora pode ser uma ameaça para os
ecossistemas.
Grupo III
A COVID-19 é uma doença resultante de infeções por SARS-CoV-2. Trata-se de um vírus cujo
material genético é RNA rodeado por um invólucro fosfolipídico com vários tipos de proteínas:
proteínas spike S, glicoproteínas M e proteínas membranares E.
Na figura 3 está representada a constituição do vírus SARS-CoV-2 e parte da membrana
plasmática de uma célula que está a ser infetada.
O vírus usa as proteínas spike S para se ligar às células humanas, através de recetores
específicos (ACE2) que as células possuem na membrana plasmática. Este reconhecimento
depende da ativação dos locais de ligação por uma enzima presente nas células do fígado,
pulmões e intestino delgado – a furina. Existe ainda um correcetor nas células humanas,
identificado pelo número 2 da figura 3, que permite reconhecer a glicoproteína M. Ainda não se
sabe se o vírus entra na célula por fusão com a membrana da célula ou se por endocitose
mediada por recetores.
Figura 3. Ligação do SARS-CoV-2 a uma célula humana.
Baseado em Hafeez, A. Ahmad, S., Siddqui, S., & Mishra, S. (2020). A review of COVID-19 (Coronavirus Disease-2019) Diagnosis,
Treatments and Prevention. Eurasian Journal of Medicine and Oncology, 4 (2), 116-125.
1. Mencione o modelo de organização membranar representado na figura 3.
2. Uma análise química aos nucleótidos presentes no ácido nucleico do vírus revelaria a
presença de
(A) ribose e uracilo.
(B) ribose e timina.
(C) desoxirribose e uracilo.
(D) desoxirribose e timina.
4. Se o vírus entrar por endocitose na célula, as vesículas endocíticas terão o recetor ACE2
(A) no lado interno da vesícula.
(B) no lado externo da vesícula.
(C) no lado externo e no lado interno da vesícula.
(D) em nenhum dos lados da vesícula.
Coluna I Coluna II
8. Explique, tendo em conta a estrutura do invólucro do vírus, a eficácia da lavagem das mãos
com sabão/detergente.