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Colite Ulcerativa

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0

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


FACULDADE DE NUTRIÇÃO

GEAME FIALHO DA COSTA


TAYRINE DE OLIVEIRA

COLITE ULCERATIVA EM ATIVIDADE: AVALIAÇÃO


NUTRICIONAL, DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONAL DO
PACIENTE EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL

Goiânia
2017
1
2

GEAME FIALHO DA COSTA


TAYRINE DE OLIVEIRA

COLITE ULCERATIVA EM ATIVIDADE: AVALIAÇÃO


NUTRICIONAL, DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONAL DO
PACIENTE EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à coordenação do curso de
Nutrição da Universidade Federal de
Goiás, como requisito para a obtenção do
título de bacharel em Nutrição.

Orientação: Profª Drª Maria Luiza Ferreira


Stringhini

Goiânia
2017
3

Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do


Programa de Geração Automática do Sistema de Bibliotecas da UFG.

Fialho da Costa, Geame


COLITE ULCERATIVA EM ATIVIDADE: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL,
DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONAL DO PACIENTE EM
ATENDIMENTO [manuscrito] / Geame Fialho da Costa, Tayrine De Oliveira.
- 2017.
53 f.

Orientador: Profa. Dra. Maria Luiza Ferreira Stringhini.


Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Federal de
Goiás, Faculdade de Nutrição (Fanut) , Nutrição, Goiânia, 2017.
Bibliografia. Anexos. Apêndice.
Inclui siglas, abreviaturas, lista de figuras, lista de tabelas.

1. Aperto de mão. 2. Avaliação Nutricional. 3. Doenças Inflamatórias


Intestinais. 4. Qualidade de vida. I. De Oliveira, Tayrine. II.
FerreiramStringhini, Maria Luiza , orient. III. Título.

CDU 612.39
4

GEAME FIALHO DA COSTA


TAYRINE DE OLIVEIRA

COLITE ULCERATIVA EM ATIVIDADE: AVALIAÇÃO


NUTRICIONAL, DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONAL DO
PACIENTE EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________
Profª. Drª. Maria Luiza Ferreira Stringhini (ORIENTADORA)

____________________________________________________

Profª Mª Maria de Fátima Gil (BANCA)

__________________________________________________
Profª Mª Géssica Mercia de Almeida (BANCA)
5

AGRADECIMENTOS

Eu, Geame, agradeço à Deus, pelo amor incondicional, aos meus pais
Gilberto e Onaide e às minhas irmãs Jubiene e Geandra por estarem ao meu lado
nos momentos de alegria e dificuldades. Amo vocês. Tayrine obrigada por todo
companheirismo e amizade.
Eu, Tayrine, agradeço aos meus pais João Antônio e Rosemar e ao meu
irmão Rodolfo por todo apoio que sempre me deram. Obrigada por ser grandes
exemplos em minha vida. Agradeço ao meu noivo Antônio Carlos por todo
companheirismo e carinho que sempre tem comigo. Amigos queridos, Felizardo,
Grasiele e Geame, obrigada por estarem comigo durante a árdua caminhada que é
a graduação. Com vocês, tudo ficou mais fácil.
Nós, Geame e Tayrine, agradecemos a Deus por estar conosco em todos os
momentos, nos dando orientação e força para continuarmos nossa caminhada.
Professoras Maria Sebastiana e Maria Aderuza, obrigada por serem um
exemplo de dedicação profissional e humanidade. Somos gratas por nos
proporcionarem um outro olhar sobre o curso.
Jéssica e Patrícia obrigada pela ótima recepção e ajuda que nos deram, pois
foi a partir do projeto de vocês que conseguimos elaborar nosso TCC.
À nossa orientadora Maria Luiza, por ter aceitado nos orientar, auxiliando em
todas as dúvidas. Obrigada por toda consideração e paciência.
Agradecemos aos pacientes do ambulatório de doenças inflamatórias
intestinais do HC/UFG/EBSERH, pela paciência em nos dar alguns minutos do
tempo deles e assim colaborar com a construção do nosso trabalho.
6

EPÍGRAFE

“Agora, pois ó nosso Deus, graças te


damos, e louvamos o teu glorioso nome. ”
1 Crônicas 29:13
7

RESUMO

Introdução: Doenças Inflamatórias Intestinais são distúrbios inflamatórios crônicos e


recidivantes, representados, principalmente, pela Colite Ulcerativa e pela Doença de
Crohn. Estas doenças acometem o aparelho digestivo e podem levar a
consequências danosas ao estado nutricional e à qualidade de vida do paciente.
Objetivo: Determinar o estado nutricional, a qualidade de vida e a capacidade
funcional de pacientes em fase ativa da Colite Ulcerativa, em atendimento
ambulatorial no Hospital das Clínicas de Goiânia, Goiás. Metodologia: Trata-se de
um estudo piloto, transversal realizado com pacientes (n=9) com colite ulcerativa, em
fase ativa, acompanhados no ambulatório de gastroenterologia do Hospital das
Clínicas de Goiânia. Foram avaliados dados antropométricos (circunferência do
braço e índice de massa corporal), recordatório alimentar de 24 horas, realizada
avaliação da composição corporal, aplicado questionário de qualidade de vida SF 36
e Algofuncional de Lequesne e realizada avaliação funcional pela força do aperto de
mão. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital das Clínicas, sob o
número de registro 1.745.720/2016.. Resultados: Foram avaliados 9 pacientes com
colite ulcerativa ativa, de ambos os sexos, com idade média de 49,78 anos,
procedentes do estado de Goiás. O estado nutricional, segundo Índice de Massa
Corporal, mostrou que 78% dos pacientes apresentava excesso de peso. Entretanto,
segundo avaliação da composição corporal, os pacientes apresentaram baixa massa
muscular e percentual de gordura acima dos limites recomendados. A força do
aperto de mão dominante caracterizou risco de desnutrição em 89% dos pacientes e
da mão não dominante 78% dos pacientes apresentaram risco de desnutrição, o que
foi confirmado pela avaliação da ingestão energética inferior ao recomendado,
verificada por meio do recordatório de 24 horas. Aspectos relacionados à qualidade
de vida dos pacientes sofreram alterações significativas. Conclusão: A avaliação do
estado nutricional dos pacientes atendidos no ambulatório de gastroenterologia do
Hospital das Clínicas de Goiânia demonstrou prevalência de indivíduos com excesso
de peso e gordura corporal, a qualidade de vida de pacientes com Colite Ulcerativa
em fase ativa demonstrou-se alterada e a força do aperto de mão pareceu
superestimar a classificação de risco de desnutrição.

Palavras-chave: Aperto de mão, Avaliação Nutricional, Doenças Inflamatórias


Intestinais, Qualidade de Vida.
8

LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1. Locais de manifestações das Doenças Inflamatórias Intestinais


Doença de Crohn e Colite Ulcerativa .................................................................... 15

Tabela 1. Estado nutricional dos pacientes com Colite Ulcerativa ........................ 31

Tabela 2. Média de ingestão alimentar de pacientes em estudo ........................... 31

Tabela 3. Domínios da qualidade de vida de pacientes em Colite Ulcerativa ....... 32


9

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AMB – Área Muscular do Braço


CB – Circunferência do braço
CMB- Circunferência Muscular do Braço
DC – Doença de Chron
DII – Doença Inflamatória Intestinal
CU – Colite Ulcerativa
DEXA – Absorciometria Radiológica de Feixe Duplo
FAM – Força do Aperto de Mão
FAMD – Força do Aperto de Mão Dominante
FAMND – Força do Aperto de Mão Não Dominante
HC – Hospital das Clínicas
IMC – Índice de Massa Corporal
LABINCE – Laboratório de Investigação em Nutrição Clínica e Esportiva
MD – Mão Direita
ME – Mão Esquerda
MLG – Massa Livre de Gordura
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TGI – Trato Gastrointestinal
UFG – Universidade Federal de Goiás
10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 15


2.1 DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL ................................................. 15
2.2 COLITE ULCERATIVA ............................................................................. 16
2.3 PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇA
INFLAMATÓRIA INTESTINAL ................................................................... 17
2.4 PREVALÊNCIA DA OBESIDADE EM PACIENTES COM DOENÇA
INFLAMATÓRIA INTESTINAL .................................................................. 19
2.5 QUALIDADE DE VIDA ............................................................................... 20
2.6 CAPACIDADE FUNCIONAL DO APERTO DE MÃO ................................. 22

3 OBJETIVOS .............................................................................................. 24
3.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 24
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................... 24

4 METODOLOGIA ....................................................................................... 25
4.1 TIPO E LOCAL DE ESTUDO ..................................................................... 25
4.2 POPULAÇÃO ALVO .................................................................................. 25
4.3 SELEÇÃO DOS PACIENTES .................................................................... 25
4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ...................................................................... 25
4.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ..................................................................... 26
4.6 COLETA DE DADOS ................................................................................. 26
4.7 DADOS ANTROPOMÉTRICOS ................................................................ 26

4.7.1 Peso ........................................................................................................... 27


4.7.2 Estatura ..................................................................................................... 27
4.7.3 Circunferência do Braço .......................................................................... 27
4.8 INGESTÃO ALIMENTAR ........................................................................... 27
11

4.9 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL .......................................... 28


4.10 QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA ............................................. 28
4.11 FORÇA DO APERTO DE MÃO ................................................................. 29
4.12 ANÁLISE ESTATÍSTICA ........................................................................... 29

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 30

6 CONCLUSÃO ........................................................................................... 33

REFERÊNCIAS ......................................................................................... 35

APÊNDICES .............................................................................................. 41

ANEXOS ................................................................................................... 47
12

1 INTRODUÇÃO

Existem vários estudos epidemiológicos que mostram a crescente incidência


de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) no mundo (THUKKANI et al., 2011). Sendo
assim, a doença representa um importante problema de saúde pública em vários
países. Estudos epidemiológicos revelam uma tendência mundial para o aumento da
sua incidência. Atualmente, em países desenvolvidos, a ocorrência fica em torno de
50 a 70 casos/1.000.000 por ano. A doença ocorre com mais frequência em
indivíduos entre 15 a 30 anos de idade de ambos os sexos (TORRES et al., 2001), e
picos de incidência secundários ocorrem na faixa etária acima de 60 anos de idade.
Acometem, igualmente, ambos os sexos e, na raça branca, é mais prevalente
(NEUMAN, 2012). A determinação da incidência e da prevalência das DII no Brasil é
escassa, em função das deficiências no sistema de registro de dados, da falta de
informações precisas de casos novos e antigos da doença (IRVINE et al., 2001).
As DII, incluindo a colite ulcerativa (CU) e a Doença de Crohn (DC),
caracteriza-se por uma inflamação crônica com manifestações intestinais e
sistêmicas, apresentando períodos de atividade e de remissão. O desenvolvimento
clínico da CU costuma ser mais brando que da DC (BARBIERI, 2000). No entanto,
diarreia, dor abdominal, alterações gastrointestinais, sangramento, perda de peso,
desnutrição e fadiga são os principais sintomas destas doenças (BACK et al., 2017).
Estas doenças se diferenciam pela localização da inflamação, manifestações
clínicas e pelas alterações que causam à parede intestinal. A inflamação na CU é
restrita ao intestino grosso (ceco, cólon e reto), atingindo a mucosa e submucosa do
epitélio de forma contínua. Já a DC pode atingir qualquer parte do trato
gastrontestinal (TGI), desde a boca até o ânus. Além disso, a inflamação na DC é
transmural (atingindo todas as camadas do epitélio) e descontínua, sendo que
segmentos do TGI estão saudáveis e outros inflamados (BAUMGART et al., 2007).
A desnutrição é uma das principais complicações dos pacientes com DII e
está fortemente associada com pior prognóstico e ao maior risco de complicações
clínicas e cirúrgicas (BACK et al., 2017). Fatores associados à desnutrição nestes
pacientes são a ingestão inadequada de alimentos, as maiores necessidades de
energia e as perdas gastrointestinais (BACK et al., 2017). Os sintomas
gastrintestinais, característicos da doença, principalmente na fase aguda da doença,
13

podem levar à perda de peso, deficiência calórico-proteica e deficiências de


vitaminas, minerais e elementos traço. Na CU ativa foi descrita a condição de
desnutrição global com deficiências nutricionais específicas, tais como a deficiências
de ferro e de folato, também encontradas na remissão da doença, embora que,
nesta fase de remissão, o perfil nutricional é, geralmente, normal (LOCHS et al.,
2006).
Por outro lado, a prevalência de sobrepeso e obesidade está aumentando
entre esses pacientes. Entretanto, estudos adicionais são necessários para
compreender a associação entre obesidade, Doença de Crohn e colite ulcerativa
sendo que, em estudo recente, a obesidade foi estudada como um fator de risco
potencial para o desenvolvimento da DC (BACK et al., 2017).
O índice de atividade das DII e seu alcance no cólon é a melhor forma de
avaliar quais as medidas terapêuticas necessárias (CARTER et al., 2004). Como
não há cura para as DII, atualmente, o tratamento utilizado tem como objetivos
principais reduzir a inflamação, controlar os sintomas e prevenir a recaída. Outros
tratamentos coadjuvantes ao medicamentoso seriam, a partir de uma avaliação
nutricional, identificar pacientes desnutridos ou não para assim realizar de forma
precoce intervenções nutricionais e orientação alimenter adequada. O
acompanhamento nutricional é considerado de extrema importância para os
pacientes com DII durante a fase de remissão e de atividade inflamatória, em
decorrência da alteração de peso (SANTOS, 2011).
A dieta, em especial as vitaminas, aminoácidos e ácidos graxos de cadeia
curta podem auxiliar na regulação da função imune da mucosa intestinal
(BRESTOFF; ARTIS, 2014). Os pré e probióticos podem ser utilizados na tentativa
de modular a microbiota intestinal e contribuir para o tratamento das DIIs. As fibras
dietéticas sofrem fermentação das bactérias anaeróbicas do cólon formando os
ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), a principal fonte de energia para os
colonócitos, sendo associado com a mudança da composição da microbiota pela
variação do pH (SIMPSON; CAMPBELL, 2015). Assim, esses componentes
dietéticos possuem potencial para promover benefícios na flora intestinal, sendo
utilizados em estudos de intervenção dietética em pacientes com DIIs (RADAVELLI,
2015).
A DII pode alterar permanentemente a qualidade de vida (QV) de vida dos
pacientes, principalmente em períodos de crises. Os sintomas apresentados pelos
14

portadores de DII podem gerar mudanças nos aspectos físicos, emocionais e


sociais, influenciando o convívio com as pessoas. Os aspectos psicossociais, fatores
ambientais e uso de antinflamatórios não esterodais são fatores relevantes no
desencadeamento das crises da doença, embora não existam muitos estudos nessa
área. Souza et al. (2011) verificaram que um número significativo de pacientes
associam o início dos sintomas dos períodos de crises da doença com as alterações
emocionais. Desta forma, a QV de pacientes com DII está diretamente associada a
repercussão da doença sendo portanto, necessário um suporte psicológico, social e
educacional para melhorar a assistência aos pacientes e assim manter e/ou
melhorar a QV dos portadores de DII (SOUZA et al., 2011).
Este estudo ganha relevância devido à escassez de pesquisas realizadas
com o objetivo de identificar o perfil nutricional, a qualidade de vida e a capacidade
funcional dos pacientes com DII em fase ativa. A partir da caracterização desta
população, identifica-se a melhor forma de intervenção nutricional para melhorar a
qualidade de vida dos pacientes.
15

2 REVISÃO DE LITERATURA

A revisão da literatura é significativa para desenvolver uma pesquisa, através


dela compreendemos informações, relacionamos os resultados obtidos associando a
teoria com a prática profissional. Desta maneira buscamos para o trabalho
referenciais teóricos que nos auxiliassem na compreensão e interpretação dos
dados a fim de fundamentar os resultados alcançados.
Destacaremos, portanto, os assuntos relacionados ao trabalho como doença
inflamatória intestinal, colite ulcerativa, prevalência de desnutrição, prevalência da
obesidade, qualidade de vida e capacidade funcional em pacientes com DII.

2.1 DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

As doenças inflamatórias intestinais (DII) abrangem, principalmente, a colite


ulcerativa e a Doença de Crohn. São doenças crônicas, de causas multifatoriais
(MITTERMAIER et al., 2004) e caracterizadas por alternância de períodos de
recidiva e remissão (MISZPUTEN, 2007).
A CU é uma doença cuja resposta inflamatória e alterações morfológicas são
limitadas ao cólon. A inflamação é restrita à mucosa e pode apresentar ulcerações,
edema e hemorragia ao longo de todo o cólon. Na DC, a inflamação pode invadir
qualquer parte do trato gastrintestinal, da orofaringe até a região perianal. A
inflamação é transmural, ou seja, a lesão ultrapassa a parede do cólon
(HENDRICKSON et al., 2002). Os lugares de manifestação da DC e CU são
apresentados na figura 1.
16

Figura 1 - Locais de manifestações das Doenças Inflamatórias Intestinais: Colite Ulcerativa e Doença
de Crohn. Disponível em http://www.saudemedicina.com/colite-sintomas-causas-e-tratamento

Os principais sintomas das DII são diarreia, dor abdominal, sangramento


gastrointestinal, perda de peso, desnutrição e fadiga. Além disso, estas doenças
podem ter implicações psicossociais expressivas, como depressão e letargia, e
acarretar limitações no estilo de vida dos pacientes, afetando a qualidade de vida
dos pacientes (GHOSH et al., 2007).
O diagnóstico das DII estabelecido após uma avaliação completa do quadro
clínico, acompanhado a evidências endoscópicas, laboratoriais, radiográficas e
achados histopatológicos, sendo que nenhuma das evidências por si só é suficiente
para estabelecer o diagnóstico. O quadro clínico vai depender da região
comprometida e do fenótipo predominante da doença (ABBY; CABRAL, 2012).

2.2 COLITE ULCERATIVA

A colite ulcerativa (CU) é uma doença inflamatória, crônica, sistêmica, de


etiologia desconhecida e de natureza essencialmente autoimune. Acomete
predominantemente o cólon e o reto, resultando em diarreia crônica (CRUZ et al.,
2012). Normalmente se apresenta de maneira difusa, contínua, atingindo
superficialmente a mucosa do cólon. Durante os períodos de fase ativa, alguns
pacientes precisam de hospitalização. Em casos graves, a inflamação pode tornar-
se transmural, causando ulcerações profundas e risco de megacólon tóxico (POLA,
et al., 2012). Estudo realizado por Kohn et al. (2012) revelou que 9% dos pacientes
acometidos com CU ativa precisam realizar colectomia durante a hospitalização.
A CU pode ser analisada de acordo com a extensão da doença. A CU distal
17

inclui casos leves e moderados, muitas vezes com sangramento, muco retal, pus
nas fezes e tenesmo. A diarreia ocorre em 80% dos casos, entretanto, pode haver
constipação. Os pacientes podem relatar incontinência e dor anorretal.
Manifestações extra intestinais são menos frequentes (BRAZILIAN STUDY GROUP
OF INFLAMMATORY BOWEL DISEASES, 2010).
Já a CU que acomete o lado esquerdo do hemicólon, os pacientes tendem a
sofrer as formas moderadas ou graves da doença. Febre, astenia e perda de peso
com anorexia são mais comuns. Diarreia com muco, pus, sangue e tenesmo ainda
podem estar presentes. Manifestações extra intestinais podem ocorrer em 20% a
30% dos casos, como por exemplo: artralgias, artrite, sacroiliítes, aftas orais, eritema
nodoso, pioderma gangrenoso e episclerite (BRAZILIAN STUDY GROUP OF
INFLAMMATORY BOWEL DISEASES, 2010). O diagnóstico de colite ulcerativa é
fundamentado no quadro clínico, endoscópico e histológico, exames laboratoriais e
biópsia (BARBIERI, 2000).
O Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas para CU preconizam que o
tratamento aconteça na fase aguda a fim de manter a remissão. Compreende
aminossalicilatos orais e por via retal, corticoides e imunossupressores. Pacientes
graves ou refratários devem ser hospitalizados para administração de corticoides por
via intravenosa. Quando não houver melhora em poucos dias, necessita ser
considerada a colectomia de urgência ou ciclosporina intravenosa (BRASIL, 2002).

2.3 PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES COM DII

As DII são comumente associadas à desnutrição proteico-energética, bem


como à carência de micronutrientes, tanto em pacientes hospitalizados como
ambulatoriais (CAMPOS et al., 2003), motivadas por redução da ingestão alimentar,
má absorção, aumento das perdas gastrointestinais e necessidades nutricionais
aumentadas (PINTO et al., 2001). A desnutrição agrava o prognóstico tanto do
paciente em tratamento clínico, quanto naqueles submetidos à cirurgia, além de
agravar a competência imune (ROLIM, 1996).
Segundo FISHER (1999), as deficiências nutricionais mais frequentes são:
perda de peso, hipoalbuminemia, balanço nitrogenado negativo, anemia e
deficiência de vitaminas (folato, B12, D) e minerais (Fe, Ca, Zn e Mg). De acordo
18

com WAITZBERG e SILVA (1997), a avaliação nutricional possibilita o


reconhecimento precoce da desnutrição e a terapêutica necessária para a sua
correção. Um suporte nutricional apropriado também deve ser estabelecido com o
objetivo de reduzir as indicações cirúrgicas e as complicações operatórias,
mantendo e/ou recuperando as deficiências nutricionais (CAMPOS et al., 2005).
Os pacientes com CU, preocupados que alguns alimentos possam agravar
seus sintomas gastrointestinais, muitas vezes alteraram sua dieta na tentativa de
controlar os seus sintomas ou para prevenir a recidiva da doença. Atitude como essa
pode levar ao aparecimento de uma deficiência nutricional (GOH et al., 2003).
Acredita-se que a ingestão de alimentos é limitada de forma mais pronunciada
durante a atividade clínica e não durante a remissão da doença. Entre os alimentos
mais citados na literatura estão a ingestão limitada de leite e os seus derivados e as
fibras, que são muitas vezes citados como sendo desnecessários, resultando assim
em uma alimentação carente de nutrientes essenciais (GOH et al., 2003).
Considerando-se que as DII são um grave problema de saúde pública por
contribuírem para a morbidade em longo prazo, alterando comportamentos sociais,
psicológicos e profissionais, faz-se necessário uma maior atenção a esses pacientes
(OLIVEIRA et al., 2010). Compreender que a DII pode modificar a rotina diária dos
indivíduos e relacionar com o estado nutricional, as questões sociais, econômicas e
demográficas envolvidas durante o curso da doença, nos ajuda a discutir um
tratamento mais abrangente para os pacientes a fim de proporcionar qualidade de
vida aos mesmos.
Para se realizar um melhor acompanhamento de pacientes com DII é de
suma importância uma avaliação nutricional a fim de auxiliar na identificação de
deficiências e excessos nutricionais. No estudo de avaliação nutricional nesses
grupos de indivíduos identificou a desnutrição como a principal condição nutricional.
A desnutrição pode ser o resultado de maiores perdas ou má absorção de nutrientes
devido à extensão da porção intestinal atingida pela doença, ressecções cirúrgicas,
fístula ou até mesmo outros fatores que determinam a redução funcional, como a
aceleração do trânsito intestinal, ou anatômica da superfície absortiva intestinal
(BACK et al., 2017).
Entretanto, BACK et al. (2017) revelaram em seu estudo baixas taxas de
desnutrição sendo que a maioria dos pacientes foram classificados como eutróficos
quando foram avaliados por circunferência do braço (CB), circunferência muscular
19

do braço (CMB) ou área muscular do meio do braço (AMB). Ainda mostra que,
quando avaliados pela espessura do músculo adutor do polegar, 43,40% dos
pacientes com Doença de Crohn e 57,65% dos pacientes com colite ulcerativa não
apresentavam deplação muscular. Explica-se assim que esses resultados são em
virtude da presença de um número maior de sujeitos em remissão clínica e por ter
sido realizado com pacientes ambulatoriais. Contudo, observa que valores mais
baixos de parâmetros nutricionais, como o Índice de Massa Corporal, CB e CMB em
pacientes com doença na fase ativa, quando comparados com pacientes em
remissão clínica, tanto para pacientes com DC quanto com CU, ocorrem devido ao
aumento da demanda de energia relacionada à inflamação, menor ingestão de
alimentos e aos sintomas da DII (BACK et al., 2017).

2.4 PREVALÊNCIA DA OBESIDADE EM PACIENTES COM DOENÇA


INFLAMATÓRIA INTESTINAL

Como a prevalência da obesidade tem crescido em todo o mundo, vários


autores descrevem como esta epidemia tem influenciado a população de pacientes
com doença inflamatória intestinal. A obesidade em pacientes com DII inicialmente
era vista como ocorrência rara, entretanto, nas últimas duas décadas tornou-se cada
vez mais presente neste público. Um interessante estudo sobre DII no paciente
obeso nos mostra que há especulações de que a própria obesidade pode ser um
fator de risco para o desenvolvimento de doença inflamatória intestinal (BOUTROS
et al., 2011).
Um estudo observacional em Tayside, na Escócia, os autores descobriram
que 18% da população com doença inflamatória intestinal era obesa em
comparação com 23% da população em geral e que havia significativamente mais
pacientes obesos com DC do que CU ( p  = 0,05) (STEED et al., 2009). Observações
semelhantes foram feitas na população pediátrica, através de um grande registro
multicêntrico da doença inflamatória intestinal pediátrica, que registrou 1598 crianças
(4-16 anos) com Doença de Crohn ou colite ulcerativa, confirmada
endoscopicamente, e verificou-se que a prevalência de sobrepeso / obesidade era
de 23,6% (20,0% na doença de Crohn e 30,1% em colite ulcerativa). Os autores
também verificaram que a história de cirurgia prévia estava associada com
20

sobrepeso / obesidade em pacientes com doença de Crohn (LONG et al., 2010).


Em geral, 38% dos pacientes com doença inflamatória intestinal apresentam
sobrepeso (IMC> 25 kg / m 2). BOUTROS et al. (2011) destaca a frequência
crescente de obesidade em pacientes com doença inflamatória intestinal. Entretanto,
afirma que estudos adicionais são necessários para compreender a associação
entre obesidade, Doença de Crohn e colite ulcerativa e para delinear comparações
dentro do espectro de todas as faixas etárias.
BACK et al. (2017) observam em seu estudo altas taxas de sobrepeso e
obesidade entre pacientes com CD e UC de acordo com índice de massa corporal,
dobra tricipital e circunferência do braço. A obesidade, embora considerada uma
condição rara na DII, acredita-se ter se tornado mais prevalente nas últimas décadas
devido ao aumento do número de comorbidades, como diabetes, hipertensão,
doença tromboembólica, infecções, câncer. Também está associada ao aumento do
risco de complicações, como idade avançada no diagnóstico, maior número de
recidivas da doença, incidência de doença perianal, internações mais frequentes e
complicações pós-operatórias, incluindo infecção de feridas e deiscência de
anastomoses cirúrgicas.
A obesidade também é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. Estudos indicam um risco aumentado de desenvolver doença
cardiovascular em pacientes com DII em comparação com pacientes que não tinham
a doença, o que provavelmente está associado a inflamação crônica. Um estudo de
coorte dinamarquês, comparando indivíduos com e sem DII, encontrou um risco
significativamente maior de doença cardíaca isquêmica no primeiro ano após o
diagnóstico de DII. Além disso, observou-se maior risco de acidente vascular
cerebral e doença cardíaca isquêmica entre as mulheres do que entre os homens
com DII (p = 0,03) (BACK et al., 2017).
Em estudo recente a obesidade foi estudada como um fator de risco potencial
para o desenvolvimento da DC. Nessa pesquisa caso controle avaliou pacientes
com DC, CU e controles saudáveis, os autores encontraram uma associação
significativa entre o diagnóstico de DC e obesidade, mesmo após o ajuste de outros
fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de DC, como idade, tabagismo,
história familiar da doença e história de apendicectomia (BACK et al., 2017).
21

2.5 QUALIDADE DE VIDA

A expressão qualidade de vida foi popularizada, na sociedade ocidental,


quando o presidente dos Estados Unidos da América, Lyndon Jonhson, em 1964
disse os objetivos de uma nação não podem ser medidos por meio do balanço dos
bancos. Eles só podem ser medidos por meio da qualidade de vida que
proporcionam às pessoas (GOMBOSKI, 2010; KIMURA, 2014).
Alguns estudos no Brasil e no mundo discutem a definição do termo de
qualidade de vida, que pode ser confundido com estilo de vida, condições de vida e
situações de vida, e os instrumentos mais adequados para sua avaliação. Embora
existam intensas discussões sobre o assunto, a definição de qualidade de vida ainda
não é consensual. Compreende-se que, qualidade de vida diferencia-se do estado
de saúde por meio de três dimensões principais: saúde mental, função física e
função social. Para o estado de saúde, o fator mais importante é a função física. Ao
falar-se de qualidade de vida torna-se importante também a saúde mental e o bem-
estar psicológico e social. Sendo assim, instrumentos diferentes devem ser
utilizados para a avaliação da qualidade de vida e do estado de saúde (PIMENTA,
2008; ROCHA, 2000).
Desta forma, a qualidade de vida está associada à autoestima e ao bem-estar
pessoal, incluindo capacidade funcional, nível socioeconômico, estado emocional,
interação social, atividade intelectual, autocuidado, suporte familiar, estado de
saúde, valores culturais, éticos e religiosidade ao estilo de vida, associando
satisfação com emprego e ou atividades diárias desenvolvidas e o ambiente em que
vive (GOMBOSKI, 2010; KIMURA, 2014). Nestes aspectos, nota-se que para se ter
qualidade de vida é importante que as pessoas se sintam satisfeitas em vários
pontos, destacando aqueles essenciais em sua vida. Manter a integridade do ser
humano é algo muito importante para que o indivíduo se sinta bem consigo e com os
outros. Quando há quebra dessa integridade, como exemplo na doença inflamatória
intestinal, pode acarretar problemas de ordem física, psicológica e social
(MAHJOUBI et al, 2014; KIMURA, 2014).
O questionário de avaliação de qualidade de vida SF-36 é um questionário
multidimensional que possui 36 questões as quais são base de cálculos para uma
avaliação que inclui capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de
saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e, por fim, a saúde mental
22

(DIAZ-BUXO et al., 2000; MCHORNEY et al., 1993). Com ele conseguimos perceber
se houve melhora ou piora na qualidade de vida do indivíduo analisado durante uma
pesquisa ou acompanhamento clínico/nutricional e, assim, relacionarmos com os
resultados obtidos.
Estudos também mostram que o SF-36 é um inquérito de saúde de curto
prazo bem reconhecido e aplicado para medir a qualidade de vida de populações em
geral, bem como de populações com condições específicas (MANOCCHIA et al.,
1998). Dessa maneira os profissionais de saúde que utilizarem este questionário
poderão mostrar se houve ou não associação significativa na medição de qualidade
de vida dos pacientes. Além disso, poderá possibilitar correlações com fatores
econômicos e sociais, que estão diretamente ligados à qualidade de vida e ao
enfrentamento da doença (AYDINOK et al., 2005).
Levar o conhecimento sobre os benefícios dos processos terapêuticos e
profiláticos pode reduzir o nível de estresse emocional e aumentar a qualidade do
tratamento de pacientes com CU (GOLDBECK et al., 2000). Considera-se
importante o apoio psicossocial para os pacientes e suas famílias, a fim de evitar
problemas de saúde mental, problemas comportamentais e complicações da
doença. Para tal, torna-se imprescindível a participação dos assistentes sociais e
psicólogos em centros de tratamento. O acesso à informação, os exames clínicos
regulares e as estratégias de tratamento poderiam contribuir para aumentar a
expectativa e qualidade de vida destes pacientes.

2.6 CAPACIDADE FUNCIONAL DO APERTO DE MÃO

A capacidade que a mão apresenta ao exercer o movimento de pinça ou


garra é denominada preensão, este movimento permite ao homem executar maneira
correta as atividades básicas da vida diária. O efeito do movimento de preensão
depende da harmonia entre a integridade das articulações envolvidos do sinergismo
entre os músculos intrínsecos e extrínsecos da mão e o estímulo sensitivo palmar
(KAPANDJI, 1990; MAGEE, 2010). A preensão da força da mão envolve atividade
de resistência e força, também determinada no momento em que os quatro dedos e
o polegar vão de encontro à palma da mão com o objetivo de imprimir uma força a
um determinado objeto (MAGEE, 2010; SANDE e COURY, 1998).
23

Como uma ferramenta de baixo custo e de manuseio simples, a avaliação da


força de aperto de mão tem sido descrita como um marcador de estado de saúde da
pessoa (BOHANNON, 2012). A avaliação da força de preensão manual engloba
objetivos que variam entre a mensuração e graduação da força muscular em
indivíduos saudáveis e a determinação de fraqueza muscular nas pessoas,
proveniente de processos patológicos, com prejuízo da função musculoesquelética
(CETINUS et al., 2005). Também é capaz de determinar a eficácia de protocolos de
tratamentos (FIGUEIREDO et al., 2007) e é usada como parâmetro do estado geral
de força (RANTANEN, et al., 1998; SASAKI et al., 2007) e do estado nutricional do
indivíduo (BOHANNON, 1998; SCHLÜSSEL; ANJOS; KAC, 2008).
Estudos evidenciaram que essa medida pode ser preditora de algumas
condições de saúde, identificando como exemplo a sarcopenia, o desenvolvimento
de limitações funcionais e incapacidade. Também pode estar diretamente
relacionada à redução da densidade mineral óssea e, portanto, às quedas, sendo
então considerada como importante biomarcador para avaliação da fragilidade
óssea em pacientes que utilizam corticosteroides por tempo prolongado, como no
caso de pacientes com DII (MANINI e CLARK, 2012; RANTANEN et al., 1999;
SYDDALL et al., 2003; TAEKEMA et al., 2010).
Método de avaliação nutricional por meio da força do aperto de mão permite
correlacionar seus resultados com a doença de Crohn (DC) a qual pode levar à
desnutrição proteica e calórica secundária à insuficiência digestiva e às funções
absortivas do intestino delgado e, às vezes, à influência de tabus dietéticos. Quanto
mais cedo houver o diagnóstico de desnutrição proteico calórica nestes pacientes,
maiores são as chances de reversão da inflamação (BIN,2007).
Desta maneira, a dinamometria pode ser usada como um recurso que auxilia
na avaliação física de indivíduos de ambos os sexos e na monitorização do estado
de saúde geral da população. Pesquisa mostra que o valor atribuído à força manual
pode estar associado a múltiplos sistemas fisiológicos, e evidenciaram uma
associação significativa entre a força de preensão manual com doenças crônicas
como acidente vascular cerebral, doença renal crônica, doença pulmonar obstrutiva
crônica e hipertireoidismo (CHEUNG et al., 2013). Estudo que avaliou indivíduos
portadores de Doença de Crohn apontou maior prevalência de desnutrição
diagnosticada pela força de aperto de mão não dominante (FAMND) entre os
homens (75,7%) (BIN, 2007).
24

BIN (2007) afirma que a prevalência de desnutrição é significativa em


pacientes com DC, mesmo em remissão clínica. A força do punho não dominante
identificou, em seu estudo, uma alta prevalência de risco nutricional em pacientes
com DC em remissão. Afirma ainda que são necessários mais estudos para
correlacioná-lo com métodos mais sensíveis, para a avaliação efetiva do estado
nutricional destes pacientes.
25

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o estado nutricional, a qualidade de vida e a capacidade funcional de


pacientes com Colite Ulcerativa em fase ativa, atendidos no ambulatório de
gastroenterologia do Hospital das Clínicas de Goiânia.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Identificar as características socioeconômicas e demográficas dos


pacientes;
● Descrever o perfil nutricional dos pacientes com CU, por meio de
indicadores antropométricos (IMC, circunferência do braço) e discutir os
resultados com os valores de ingestão alimentar obtidos no recordatório
de 24 h;
● Avaliar a composição corporal dos pacientes por meio do exame de
densitometria por dupla emissão de raios-X (DEXA);
● Avaliar a qualidade de vida dos pacientes aplicando-se questionário Short
Form Health Survey (SF-36).
● Avaliar a capacidade funcional através da força de aperto da mão
dominante destes pacientes.
26

4 METODOLOGIA

4.1 TIPO E LOCAL DE ESTUDO

Este trabalho faz parte de um projeto maior de pesquisa apresentado à


Residência Multiprofissional de Nutrição do Hospital das Clínicas de Goiás – HC -
UFG, juntamente à Sessão de Nutrição do Hospital das Clínicas, elaborado pelas
nutricionistas Jessica Fernandes Miclos Aguiar e Patrícia Cristina Barreto Lobo.
Trata-se de estudo piloto, transversal, realizado com pacientes
acompanhados no ambulatório de gastroenterologia do Hospital das Clínicas de
Goiânia (HC/EBSERH/UFG). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do
Hospital das Clínicas, sob o número de registro 1.745.720/2016 (Anexo 1).

4.2 POPULAÇÃO ALVO

Pacientes com CU em atividade, em dose exclusiva de mesalazina, de ambos


os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos.

4.3 SELEÇÃO DOS PACIENTES

Foi realizado um levantamento nos prontuários do ambulatório de


gastroenterologia para seleção dos pacientes com CU atendidos no ano de 2015.
Foram encontrados 50 pacientes, destes, foram elegidos nove que atenderam aos
critérios de inclusão da pesquisa e que aceitaram participar da pesquisa por meio da
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Pacientes clinicamente diagnosticados com colite ulcerativa pelo escores de


Truelove ou de Mayo, em dose exclusiva de mesalazina, com dose máxima de
27

3g/dia e que estiveram com alteração no exame da calprotectina fecal, com


retossigmoidoscopia alterada do ponto de vista endoscópicos e biópsia com
alteração do aspecto habitual, clinicamente estáveis e que realizaram
retossigmoidoscopia com biópsia (no período de um ano – dados em prontuário)
para confirmação do diagnóstico.

4.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Pacientes que referiram alergia à cúrcuma devido o projeto maior ter realizado
pesquisa de suplementação com cúrcuma nos pacientes com CU, bem como
aqueles que apresentavam cardiopatias, hepatopatias, leucopenia, trombocitopenia,
pancreatite, cálculo biliar, doença renal, diabetes descompensada, pneumonia,
sepse ou infecção, gestantes, nutrizes, e os pacientes com dificuldade de deglutição.

4.6 COLETA DE DADOS

Cada participante foi submetido à uma entrevista contendo informações


socioeconômicas (gênero, idade em anos, procedência, renda familiar em salários
mínimos e grau de instrução). Além disso foram coletados dados antropométricos e
composição corporal, aplicação do recordatório de 24 h e do questionário de
qualidade de vida e foram avaliados quanto à força do aperto de mão.

4.7 DADOS ANTROPOMÉTRICOS

Foram aferidas as medidas de peso, altura, circunferência do braço (CB). O


peso, altura e CB foram aferidos conforme protocolo de Callaway et al. (1988). O
indicador de CB foi utilizado conforme Frisancho (1981), com ponto de corte entre os
percentis 5 e 95 como limites inferior e superior de normalidade.
O Índice de Massa Corporal (IMC) foi obtido pela fórmula IMC = peso
(kg)/altura²(m), classificado de acordo com os valores estabelecidos para adultos,
pela WHO (1997) e para idosos segundo Lipschitz (1994) (Anexo 2).
28

4.7.1 Peso
Foi utilizada balança antropométrica digital adulto com capacidade para 200
kg e precisão de 100 g. A balança foi instalada em local plano, sendo ligada a
corrente elétrica. Em seguida, o paciente subiu na balança, com os dois pés
apoiados na plataforma e o peso distribuído em ambos os pés. O peso foi
visualizado no visor de LED (CALLAWAY et al., 1988).

4.7.2 Estatura
Foi utilizada régua W embutida na balança antropométrica digital com
capacidade de 2 metros de altura e precisão de 0,5 cm. Os pacientes foram
posicionados descalços em posição ereta, com a cabeça voltada para frente. Os pés
estavam paralelos aos calcanhares, nádega, ombros e cabeça, os braços estavam
estendidos ao longo do corpo, sem dobrar os joelhos (CALLAWAY et al., 1988).

4.7.3 Circunferência do Braço


Para aferir a Circunferência do Braço (CB) o paciente permaneceu em pé com
o braço direito solto e relaxado. Se o indivíduo estivesse com roupa com manga,
esta foi suspensa ou a roupa retirada. Foi identificado o ponto médio de um dos
braços (entre o processo acromial da escápula e o olécrano). O braço escolhido
estava livre de edema. Foi utilizada fita métrica inelástica de 150 cm para esta
medida, posicionada em cima do ponto marcado, sem comprimir o braço, seguindo a
técnica descrita por Callaway et al. (1988).
Os indicadores circunferência braquial (CB) foi comparada com valores de
referência de FRISANCHO (1981). Os pontos de corte foram os percentis 5 e 95
como limites inferior e superior de normalidade, respectivamente. Valores abaixo do
percentil 10 e acima do percentil 90 refletiram situações de risco (FRISANCHO,
1981).

4.8 INGESTÃO ALIMENTAR

A investigação dietética, ocorreu por meio de recordatório alimentar de 24hs,


utilizando utensílios de medidas caseiras padronizadas e registro fotográfico. Os
dados dietéticos obtidos em medidas caseiras foram analisados utilizando o
programa Avanutri. A necessidade energética foi calculada segundo fórmula
29

proposta por Harris Benedict(1919), considerando fator energético de repouso x 1,39


e foi comparada à média de ingestão de cada grupo. Para análise de adequação de
ingestão de macronutrientes, foram considerados adequados um percentual de 45-
65% do gasto energético total de carboidratos, de 10-35% de proteínas e 20-30% de
lipídios.

4.9 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

Os valores de massa livre de gordura (MLG) e o percentual de gordura


corpórea (%G) foram avaliados na Faculdade de Nutrição da Universidade Federal
de Goiás (UFG), utilizando o método de absorciometria radiológica de feixe duplo
(DEXA) em equipamento modelo DPX NT conforme indicação do ISCD (2007).
Foi calculado a massa muscular, por meio dos dados do DEXA, com pontos
de corte de ≤ 7,26 kg/m² para homens e ≤ 5,5 kg/m² para mulheres, segundo
Baumgartner et al. (1998), e foi avaliado o percentual de gordura corporal conforme
Gallagher et al. (2000). A densidade mineral óssea foi estabelecida pelos pontos de
corte do DXA.

4.10 QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA

Cada participante foi submetido a uma entrevista na qual respondeu aos


questionários qualidade de vida (SF 36) (Anexo 4) e informações referidas pelos
pacientes ao Algofuncional de Lequesne (CICONELLI, et al., 1999; MARX, et al.,
2006).
SF-36 é um questionário multidimensional composto por 36 itens, divididos
em oito domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de
saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Apresenta
um escore final por domínio, que pode variar de 0 (pior estado) a 100 (melhor
estado). O questionário de Lequesne é composto por 11 questões que avaliam dor e
desconforto em relação à articulação de joelho e quadril, ele foi pontuado mediante o
relato do paciente e observação do paciente.
30

4.11 FORÇA DO APERTO DE MÃO

Para a força do aperto de mão foi utilizado um dinamômetro mecânico portátil


Takei variação 1-100 kgf e precisão de 0,5 kgf, sendo os resultados obtidos e
avaliados conforme escala proposta por Bohannon et al. (2006) (Anexo 3), que varia
de acordo com o sexo, idade (em anos) e força do aperto de mão dominante
(FAMD) e não dominante (FAMND).
No estudo em 2008 concluiu que a força do punho está significativamente
associado ao IMC. Os valores de referência dessa medida podem contribuir com a
avaliação do estado nutricional (Schlüssel, et al., 2008).
Para a realização desta avaliação, o indivíduo ficou sentado em uma cadeira
com encosto reto e sem suporte para os braços, ombro aduzido e neutralmente
rodado, cotovelo flexionado a 90º, antebraço em posição neutra e punho entre 0º e
30º de extensão e 0º e 15º de desvio ulnar (INNES, 1999). Foi orientado quanto ao
modo de pressionar o equipamento, sendo a medida repetida três vezes
consecutivas em cada mão.

4.12 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram tabulados em planilha de Excel (Microsoft) especialmente


desenvolvida para esta pesquisa e analisados no software estatístico SPSS®,
versão 19.0. As variáveis categóricas foram expressas em frequências absolutas ou
relativas e as contínuas em média e desvio padrão.
31

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram do estudo nove pacientes predominando o sexo masculino. Em


relação à faixa etária, esta variou de 30-61 anos, com média de idade de 49,78
anos. Com relação à escolaridade, não houve frequência que se destacasse,
oscilando entre paciente não alfabetizado até pacientes com ensino superior
completo. A grande maioria dos pacientes possuía renda entre um a três salários
mínimos (55,6%) e os demais com quatro salários mínimos ou mais. Os
participantes eram procedentes do estado de Goiás, sendo 66,6% da cidade de
Goiânia e 33,4% do interior do Estado. A caracterização da população atendida
neste ambulatório é importante porque, conforme Oliveira (2010), a situação
sociodemográfica dos pacientes portadores de DII no Brasil é escassa de estudos e
de divulgação, o que contribui para o atraso no diagnóstico e aumento da
morbidade.
A classificação de CU em atividade mais frequente foi a proctite crônica
moderada, com 44,4% dos pacientes, seguida de retocolite crônica moderada e
colite crônica acentuada, com 22,2% e 11,2%, respectivamente.
A avaliação do estado nutricional indicou que a maioria dos pacientes estava
acima do peso (88%), segundo IMC e, de acordo com a massa total, 12% estavam
eutróficos e nenhum paciente desnutrido. Ao contrário do que foi observado pela CB,
onde (89%) dos pacientes encontravam-se eutróficos. Na Tabela 1 encontram-se os
valores médios e desvio padrão das avaliações antropométricas realizadas nos
pacientes.
Quando avaliado o índice de massa muscular, utilizando o DEXA, constatou-
se que um paciente, apresentou valor <5,5 kg/m², indicativo de baixa massa
muscular. Com relação ao percentual de gordura, 77,7% dos pacientes
apresentaram este valor acima dos limites recomendados (GALLAGHER, et al.
2000). A densidade mineral óssea estava preservada em (100%) dos pacientes.
Em relação a FAM, quando avaliada a mão dominante (FAMD) (89%)
apresentaram risco de desnutrição. Com relação à FAM da mão não dominante
(FAMND), 78% dos pacientes apresentaram risco de desnutrição. Considerando
como resultado do valor médio da FAM, encontraram a FAMD 29,24±5,86 kgf e
26,61±5,55 kgf na mão não-dominante.
32

Tabela 1. Avaliação antropométrica dos pacientes com Colite Ulcerativa


Pacientes (n=9)
Média±DP
IMC (kg/m2) 27,77±2,49
CB (cm) 32,77±1,63
% de GC 37,45±10,49
MT (g) 73,86±7,49
MM (g) 44,56±8,15
MG (g) 26,62±7,99
IMC: índice de massa corporal; CB: circunferência do braço; % de GC: percentual de gordura
corporal; MT: massa total; MM: massa magra; MG: massa gorda; DP: Desvio Padrão

Conforme análise do percentual de ingestão alimentar, constatou-se a


quantidade de calorias necessárias está inferior ao recomendado, o que a longo
prazo pode causar deficiências nutricionais calórico e proteicas, assim comprovado
pela média de ingestão alimentar do recordatório alimentar de 24 h destes pacientes
(Tabela 2)
Conforme também observado no estudo de Silva et. al. (2011), existiu
deficiência na ingestão alimentar tando na doença de Crohn como na colite
ulcerativa em atividade e em remissão, assim como ocorreu em nosso estudo. Tal
fato pode contribuir negativamente no curso da doença e, desta forma, necessitar de
intervenção nutricional à esses pacientes.
O consumo alimentar sugere-se relacionar com poder aquisitivo dos alimentos
e assim associar com resultados obtidos, principalmente aos alimentos fontes de
proteína. Crenças alimentares bem como fatores psicológicos também podem estar
ligados ao consumo alimentar.

Tabela 2. Média de ingestão alimentar de pacientes em estudo


Necessidade Ingestão
Média CHO(%) 45-65 52,03±8,92
Média PTN (%) 10-35 19,05±2,25
Média LIP (%) 20-35 21,68±6,59
Energia (kcal) 2143,06 1692,787±416,28
*CHO: carboidrato; PTN: proteína; LIP: lipídio

Observamos na tabela 3 baixas pontuações nos critérios de aspectos físicos,


dor e vitalidade encontradas com a aplicação do questionário SF 36 o qual sugere
ser reflexo do impacto da atividade da doença nos pacientes em análise.
33

Associamos também fatores psicológicos, como humor deprimido ligado à


ansiedade e à qualidade de vida relacionada à saúde (SOUZA, 2011).
Desta maneira compreende-se que a qualidade de vida é parâmetro
importante na avaliação do impacto das doenças crônicas, visto que as alterações
fisiológicas podem surtir efeitos diversos nos pacientes e familiares por influenciar a
capacidade funcional e o bem-estar (SOUZA, 2011). É importante o monitoramento
destes pacientes a fim de zelar da qualidade de vida dos indivíduos, principalmente
no período mais grave da doença, quando os sintomas afetam os aspectos físicos,
sociais e emocionais (GUYATT et al., 1993).
Uma melhor qualidade de vida permite aos pacientes maior disposição para
realizar atividades sociais com amigos e familiares, bem como a melhora do estado
de saúde e a redução da dor auxilia positivamente os fatores psicológicos. Pontes et
al. (2004) afirmam que as doenças crônicas, como as inflamatórias intestinais, são
consideradas um dos grandes problemas da população moderna, pois tendem a ser
progressivas, o que gera repercussões importantes na qualidade de vida de seus
portadores acarretando alterações nos âmbitos social, psicológico e profissional
conforme observado no questionário de qualidade de vida aplicado na pesquisa.
Foi analisado domínios da qualidade vida de pacientes com CU segundo a
Tabela 3.
Tabela 3. Domínios da qualidade de vida de pacientes com Colite Ulcerativa
Pacientes (n=9)

Média

Capacidade funcional 77,25

LAF 52,50

Dor 35,05

Estado geral da saúde 67,57

Vitalidade 49,37

Aspectos sociais 60,00

LAE 68,33

Saúde mental 54,80


LAF: Liitação por aspectos físicos; LAE: Limitação por aspectos emocionais
34

6 CONCLUSÃO

Nesse estudo, constatou-se que os pacientes avaliados apresentam maior


prevalência de excesso de peso e de gordura corporal. Assim, é possível verificar a
hipótese de haver associação entre a doença e o excesso de peso, mas para isso
são necessárias mais investigações e uma amostra maior que a do presente estudo,
a qual limitou as análises.
Entretanto, segundo CB, notou-se pacientes com eutrofia em 89% dos
pacientes, demonstrando que os valores de IMC e CB devem ser analisados em
conjunto a fim de diagnosticar com maior precisão o estado nutricional do paciente.
A composição corporal, com baixa massa muscular e elevado percentual de
gordura, demonstra que estes pacientes estão em risco nutricional devido ao
processo inflamatório que se dá tanto pela doença como pelo excesso de peso
como já descrito. Sendo assim, é necessária uma conduta nutricional adequada a
fim de auxiliar no tratamento destes pacientes, em prol de minimizar danos à saúde
e bem-estar dos indivíduos.
A qualidade de vida de pacientes com CU em fase ativa demostrou-se
alterada, destacando dor, vitalidade e limitação por aspectos físicos como os
domínios mais afetados portanto, preservar a qualidade de vida com monitoração e
auxílio aos pacientes com DII é de suma importância para saúde física e mental dos
mesmos. A colaboração de uma equipe multiprofissional a qual auxilia em medidas
de promoção e prevenção de crises da doença contribui para aumento da qualidade
de vida desses pacientes. Novos estudos sobre o assunto precisam ser
desenvolvidos com os portadores de DII a fim de auxiliar os profissionais da saúde
em suas tomadas de decisões.
A FAM parece superestimar a classificação de risco de desnutrição tendo em
vista outras classificações de IMC e CB que caracterizam eutrofia e sobrepeso.
Desta maneira observar o paciente como um todo é essencial para definir o estado
geral do paciente.
São necessários mais estudos a longo prazo os quais permitirão
compreender melhor esses pacientes e buscar sempre melhorar a relação bem-estar
e doença crõnica.
Tendo o obesidade como uma epidemia mundial faz-se necessário, portanto,
35

mais estudos adicionais a fim de auxiliar na compreensão e a discussão do


mecanismo existente entre a obesidade, DC e CU.
Conclui-se que através de vários métodos de avaliação nutricional é possível
mapear o estado nutricional de pacientes com DII e através deles implementar
medidas preventivas com orientações nutricionais cujo objetivo é de prevenir e
corrigir déficits nutricionais desta população.
36

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42

APÊNDICES

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Você está sendo convidado a participar, como voluntário, desta pesquisa


“Título da pesquisa: ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL INFLAMATÓRIO DE
PACIENTES COM COLITE ULCERATIVA EM USO DE CÚRCUMA EM
ATENDIMENTO AMBULATORIAL. Pesquisadoras responsáveis: Jessica Fernandes
Miclos Aguiar e Patrícia Cristina Barreto Lobo, telefones para contato (62) 8248-
1525 e (62) 8286-3419, nutricionistas e alunas do programa de Residência
Multiprofissional em Saúde, com atuação no Hospital das Clínicas - UFG, em nível
de pós-graduação, sob a orientação e co-orientação das Nutricionistas e professoras
Drª Ana Tereza Vaz de Souza Freitas, Drª Maria Luiza Ferreira Stringhini, Dra. Ana
Paula Perillo Ferreira de Carvalho e Ms. Liana Lima Vieira. Em caso de dúvidas
sobre os seus direitos como participante desta pesquisa, você poderá entrar em
contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Goiás (62) 3269-8338 e 3269-8426, de segunda à sexta
feira das 08:00 às 17:00hs, localizado na Primeira Avenida, s/nº, Setor Leste
Universitário Goiânia - GO.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA
JUSTIFICATIVA: Devido ao aumento nos últimos anos de pacientes com
colite ulcerativa, e considerando o efeito anti-inflamatório do açafrão, é importante
entender, por meio de pesquisas, como o açafrão colabora e contribui no tratamento
da colite ulcerativa e se o seu uso é positivo para a melhora do paciente.
OBJETIVOS: avaliar a importância do extrato de açafrão no tratamento dos
pacientes com colite ulcerativa; avaliar a influência do açafrão no estado nutricional
(peso, altura e medidas do braço); avaliar a melhora na resposta inflamatória.
PROCEDIMENTOS: Se o Sr (a) paciente, concordar em participar, será feita
escolha aleatória dos pacientes, para decidir quais pacientes receberão as cápsulas
contendo açafrão e quais receberão as cápsulas contendo gelatina. As cápsulas
serão entregues no Laboratório de Investigação em Nutrição Clínica e Esportiva
(LABINCE), durante atendimento nutricional. Cada cápsula terá 500mg, que deverão
ser tomadas em jejum, três vezes ao dia, uma hora antes das refeições (café da
manhã, almoço e jantar).
Além disso, serão realizadas diferentes avaliações com o paciente durante
consultas ambulatoriais que serão previamente agendadas:
- Entrevista com o paciente: serão feitas perguntas sobre dados pessoais, hábitos de
vida, saúde e alimentação.
- Avaliação da alimentação através de perguntas sobre o que o paciente comeu nas
últimas 24hs, que serão realizadas em três dias: no primeiro dia da consulta e
depois através de ligação telefônica, realizada pela faculdade, podendo ser em
qualquer dia da semana no período das 08:00 às18:00hs.
- Exames de sangue no início e no final da pesquisa. Antes do exame o paciente
deverá estar em jejum de 8horas; durante o exame o paciente poderá sentir uma
leve dor, devido a picada da agulha para retirar o sangue; e após o exame poderá
formar uma pequena mancha arroxeada no braço no local da coleta.
43

- Avaliação do estado nutricional (peso, altura e medidas do braço).


- Avaliação de força (dinamômetro: aparelho para apertar com a mão).
- Avaliação da quantidade de gordura no corpo (com equipamento DEXA, na
Faculdade de Nutrição da UFG), por meio de agendamento. Para essa avaliação o
paciente deverá usar roupas leves e deitar em uma maca que fará a avaliação.
- Exames de fezes (no início e no final da pesquisa). O paciente deverá trazer as
fezes em frasco (que será previamente entregue ao paciente).
Serão avaliados (em busca e prontuário) exames bioquímicos, de
retossigmoidoscopia e biópsia, que são exames de rotina realizados por todos os
pacientes em acompanhamento no ambulatório de doenças inflamatórias intestinais.
RISCOS E PERDAS AOS PACIENTES: Os procedimentos de avaliação
nutricional trazem riscos mínimos para a saúde do paciente como: picada para
retirar sangue, desconforto para pesar e medir, cansaço para responder às
perguntas do questionário, jejum para exames. O açafrão presente nas cápsulas, se
consumido em dosagem adequada (< 3g por dia), conforme o protocolo desta
pesquisa, não oferece riscos à saúde, podendo ocorrer apenas algum desconforto
como náusea. Porém se o paciente se sentir incomodado e/ou constrangido poderá
interromper o consumo a qualquer momento. Pedimos que o paciente não coma
nenhum alimento que contenha açafrão durante a pesquisa para não interferir nos
resultados. Caso o paciente necessite de tratamento medicamentoso complementar
durante a pesquisa, estabelecido pelo médico, este será realizado. O nome do
paciente e outros dados que possam identificá-lo (a) não serão divulgados em
hipótese alguma. Não haverá nenhum custo para paciente.
BENEFÍCIOS: Essa pesquisa permitirá que os pesquisadores conheçam os
benefícios do uso do açafrão no tratamento dos pacientes com colite ulcerativa, e
possam incluí-lo no tratamento. Sua participação é importante para que no futuro
possamos melhorar o tratamento daqueles que assim como você necessitem de
tratamentos específicos para melhoria da saúde.
Como benefício da participação do paciente nesta pesquisa, você terá acesso
ao resultado de sua avaliação nutricional e receberá ao final, uma dieta
individualizada. Havendo comprovação do benefício da suplementação com a
cúrcuma no tratamento dos pacientes com colite ulcerativa, os pesquisadores se
comprometem a fornecer a dose de cúrcuma a todos os participantes do estudo por
dois meses.
PAGAMENTO: Não haverá nenhum tipo de pagamento ou gratificação
financeira pela sua participação na pesquisa.
DIREITO DE INDENIZAÇÃO: Em caso de danos decorrentes de sua
participação na pesquisa você terá direito de ressarcimento, conforme normas do
Conselho Nacional de Saúde (Resolução 466/2012).
PERÍODO DE PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA: Sua participação na pesquisa
terá duração de dois meses.
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E
GARANTIA DE SIGILO: Você será esclarecido (a) sobre a pesquisa em qualquer
aspecto que desejar. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu
consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua
participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer
penalidade ou perda de benefícios.
Os pesquisadores irão tratar a sua identidade com padrões profissionais de
sigilo. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem
a sua permissão. Você não será identificado (a) em nenhuma publicação que possa
44

resultar deste estudo.


UTILIZAÇÃO DOS DADOS PARA ESTUDOS FUTUROS: Os dados coletados
serão utilizados para esta pesquisa e serão armazenados em local seguro. Caso
ocorra a utilização desses dados em estudos futuros, o projeto de pesquisa será
submetido para nova análise de um Comitê de Ética em Pesquisa.
O TCLE deverá ter suas páginas rubricadas por ambos (sujeito e
pesquisador), como previsto pela Carta Circular n° 003/2011 CONEP/CNS.
Em caso de algum problema ou dúvida, favor entrar em contato com as
pesquisadoras Jessica e Patrícia pelos telefones: (62) 82481525 e (62) 82863419.
Em caso de dúvidas sobre os seus direitos, entrar em contato com o Comitê
de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas - UFG, pelo telefone: (62) 3269-8338.

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO DA


PESQUISA
Eu, ____________________________________________, RG nº______________,
Nº prontuário _____________, abaixo assinado, concordo em participar da pesquisa
ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL INFLAMATÓRIO DE PACIENTES COM COLITE
ULCERATIVA EM USO DE CÚRCUMA EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL, sob
a responsabilidade das Nutricionistas Jessica Fernandes Miclos Aguiar e Patrícia
Cristina Barreto. Fui devidamente informado e esclarecido pelas pesquisadoras
sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis
riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso
retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer
penalidade ou interrupção de meu acompanhamento/ assistência/ tratamento.
Local e Data: ________________________________________________________
Nome e Assinatura do sujeito ou responsável:
Nome: ______________________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________________

Assinatura datiloscópica
Nome e assinatura do pesquisador responsável:
Nome: ______________________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________________

Nome e assinatura das testemunhas (não vinculadas à pesquisa):


Nome: ______________________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________________
Nome: ______________________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________________
45

APÊNDICE B – Questionário de avaliação

HC-UFG/EBSERH – NUTRIÇÃO: QUESTIONÁRIO DE AVALIÇÃO


Data: ____/____/____ Prontuário: ____________ Entrevistador: ______________

A - IDENTIFICAÇÃO
Nome: ______________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ( __ ) _____________
Data de nascimento: _____/_____/_____ Idade: ______ Sexo: 1 (F) 2 (M)
B - DADOS SOCIOECONÔMICOS
Procedência: 1 (Goiânia), 2 (Interior), 3 (Outro estado)
Composição familiar: __________________________________________________
Renda familiar: _______________________________________________________
Escolaridade: 1(analfabeto), 2(Ensino fundamental incompleto), 3(Ensino
fundamental completo), 4(Ensino médio incompleto), 5(Ensino médio
completo), 6(Ensino superior incompleto), 7(Ensino superior completo)
C - HISTÓRIA NUTRICIONAL
Apetite: 1(preservado), 2(diminuído), 3(aumentado)
Esta ou já esteve em acompanhamento nutricional: 1(S), 2(N)
Tem dieta ou recomendação alimentar proposta: 1(S), 2(N)
Se sim, você a segue: 1(S), 2(N) – Qual dieta ou recomendação alimentar:
___________________________________________________________________
Durante ou após a suplementação ocorreu algum efeito adverso?
___________________________________________________________________
46

APÊNDICE C – Formulário de Recordatório de 24 horas

HC-UFG/EBSERH – NUTRIÇÃO: RECORDATÓRIO ALIMENTAR DE 24 HS


Horário Alimento Quantidade em
medida caseira

Data: ____/____/____
Uso de temperos prontos: _____ Qual? ____________ Quantidade: _____________
47

APÊNDICE D – Avaliação antropométrica

HC-UFG/EBSERH – NUTRIÇÃO: AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA


Formulário de Avaliação Antropométrica
Data: ___/___/___ Hora de início: ______ Antropometrista: ________________

Medidas 1º 2º Média

Peso mensurado (kg)

Altura mensurada (m)

Índice de massa corporal (IMC)


Kg/m²

Dobra cutânea tricipital (mm)

Circunferência do braço (cm)

Circunferência muscular do braço


(CMB)

Hora final: __________


Houve perda de peso recente? 1 (S) 2 (N)
Quantos kg? ______ Em quanto tempo? ____________________

Observações:
( ) Presença de edema ( ) Fístula ( ) Ostomia ( ) Sudorese intensa
___________________________________________________________________

RESULTADO DEXA:
RESULTADO DINANÔMETRO:
MD MND DATA

1ª vez

2ª vez

3ª vez

Somatória

Média

* MD: mão dominante; MND: mão não dominante


48

ANEXOS

ANEXO 1 – Pareceres do Comitê de Ética

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP


DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: Estado nutricional e perfil inflamatório de pacientes com colite ulcerativa em uso
de cúrcuma em atendimento ambulatorial
Pesquisador: Jéssica Fernandes Miclos Aguiar
Área Temática:
Versão: 3
CAAE: 56646216.0.0000.5078
Instituição Proponente: Hospital das Clínicas Universidade Federal de Goiás - GO
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 1.685.425

Apresentação do Projeto:
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) representa, essencialmente, a doença inflamatória crônica
intestinal idiopática. O termo engloba duas patologias principais a Doença de Crohn (DC) a Colite
Ulcerativa (CU). A CU é definida como uma doença inflamatória que acomete de modo contínuo a
mucosa do reto e do cólon, caracterizada por episódios recorrentes de inflamação. Os tratamentos e
medicamentos utilizados para as DII atualmente tem como objetivos principais reduzir a inflamação. A
cúrcuma é um fitoterápico que tem sido usado nas DII devido seu efeito antiinflamatório, porém ainda
são necessários estudos para confirmar sua efetividade na colite ulcerativa. MATERIAL E
MÉTODOS: Ensaio clínico, com 66 pacientes com CU em acompanhamento ambulatorial, do tipo
controlado randomizado, duplo-cego com duração de dois meses. Os indivíduos serão divididos em
grupo controle e grupo intervenção por meio de randomização simples, sendo um grupo,
suplementando com três cápsulas de 500mg de cúrcuma (> 96% de curcuminóides) e o outro grupo
com placebo (celulose microcristalina). As cápsulas deverão ser consumidas em jejum, uma hora
antes das refeições (desjejum, almoço e jantar). Todos os pacientes estarão em tratamento
medicamentoso com Mesalazina 3mg/dia. A dosagem máxima de cúrcuma que não causa efeitos
colaterais é de 3g/dia. Sendo assim, será utilizado o valor médio de 1.5g/dia para suplementação.
Os pacientes serão selecionados por meio de triagem ambulatorial, conforme alteração no exame de
calprotectina fecal (> 150,1mg/g). Durante consulta Nutricional eles serão informados sobre o projeto,
e os interessados em participar da pesquisa serão contatados via ligação, com agendamento de
reunião inicial
para orientação do protocolo.

Objetivo da Pesquisa:
Avaliar a efetividade do extrato de cúrcuma como parte do tratamento de pacientes com Colite
Ulcerativa
Objetivo Secundário:
Identificar as características clínicas, sociais, econômicas e demográficas dos pacientes em estudo;
Avaliar o estado nutricional e a composição corporal dos pacientes com colite ulcerativa antes e após
o tratamento;
Avaliar a resposta bioquímica e histológica da mucosa intestinal dos pacientes antes e após o
tratamento;
Quantificar os níveis séricos de citocinas IL-6, TNF- (pró inflamatórias) e TGF- dos pacientes antes e
após o tratamento;
Avaliar o impacto do tratamento sobre os perfis de linfócitos Th17 e T regulador nos pacientes;
Determinar possíveis alterações no padrão da microbiota intestinal dos pacientes submetidos ao
tratamento;
Avaliar a adesão à suplementação do fitoterápico.
49

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Riscos:
A pesquisadora relata que os procedimentos de avaliação nutricional trazem riscos mínimos para a
saúde do paciente como: picada para retirar sangue para exames laboratoriais, desconforto para
obtenção das
medidas antropométricas (avaliação nutricional), cansaço para responder às perguntas do
questionário, desconforto no jejum para exames. O açafrão presente nas cápsulas, se consumido em
dosagem adequada (< 3g por dia), e conforme o proposto no protocolo desta pesquisa, não oferece
riscos à saúde, podendo ocorrer apenas algum desconforto como náusea.
Benefícios:
A pesquisadora refere que a pesquisa proposta permitirá que os pesquisadores conheçam os
benefícios do uso do açafrão no tratamento dos pacientes com colite ulcerativa, e possam incluí-lo
nos protocolos de tratamento. Segundo a mesma a participação dos pacientes é importante para que
no futuro possamos melhorar o tratamento daqueles que assim como você necessitem de
tratamentos específicos para melhoria do estado nutricional.
Como benefício da participação do paciente nesta pesquisa, ela terá acesso ao resultado de sua
avaliação nutricional e receberá ao final, uma dieta individualizada. Havendo comprovação do
benefício da suplementação com a cúrcuma no tratamento dos pacientes com colite ulcerativa, os
pesquisadores se comprometem a fornecer a dose de cúrcuma ao grupo placebo.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:


O presente estudo visa investigar uma alternativa terapêutica e espera poder contribuir na melhoria
de vida do paciente.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Todos os termos de apresentação obrigatória foram submetidos.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
As pendências foram atendidas.
Considerações Finais a critério do CEP:
Diante do exposto, a Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Goiás-CEP/HC/UFG, de acordo com as atribuições definidas na Resolução CNS 466/12 e
na Norma Operacional CNS 001/13, manifesta-se pela aprovação do projeto de pesquisa proposto.
Lembramos que o pesquisador responsável deverá encaminhar ao CEP/HC/UFG, através de
Notificação via Plataforma Brasil, os relatórios trimestrais/semestrais do andamento da pesquisa,
encerramento, conclusões e publicações.
O CEP/HC/UFG pode, a qualquer momento, fazer escolha aleatória de estudo em desenvolvimento
para avaliação e verificação do cumprimento das normas da Resolução 466/12 e suas
complementares.
Situação: Protocolo aprovado.

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:


Tipo de documento Arquivo Postagem Autor Situação
Informações PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_ 27/07/2016
Aceito
Básicas do Projeto DO_PROJETO_676357.pdf 11:15:17
TCLE / Termos
Jéssica
Assentimento / TCLE.pdf 27/07/2016
Fernandes Aceito
Justificativa de TCLE.pdf 11:12:59
Miclos Aguiar
Ausência
Jéssica
Projeto Detalhado / 27/07/2016
PROJETO.pdf Fernandes Aceito
Brochura 11:02:02
Miclos Aguiar
Jéssica
20/06/2016
Cronograma CRONOGRAMA.pdf Fernandes Aceito
11:08:02
Miclos Aguiar
02/06/2016 Daniela Alves da
Outros DocCEP.pdf Aceito
10:47:23 Silva
17/03/2016 Jéssica
Folha de Rosto folha.odt Aceito
11:39:15 Fernandes
50

Miclos Aguiar
Jéssica
16/03/2016
Orçamento orcamento.jpg Fernandes Aceito
22:19:06
Miclos Aguiar
Jéssica
16/03/2016
Outros parecer.jpg Fernandes Aceito
22:17:40
Miclos Aguiar
Jéssica
08/03/2016
Outros Questionario.pdf Fernandes Aceito
21:23:31
Miclos Aguiar
Jéssica
08/03/2016
Orçamento orcamento.pdf Fernandes Aceito
21:22:51
Miclos Aguiar
Jéssica
08/03/2016
Outros ANEXOS.pdf Fernandes Aceito
21:18:49
Miclos Aguiar
Jéssica
08/03/2016
Outros samis.jpg Fernandes Aceito
21:16:47
Miclos Aguiar
Jéssica
Declaração de 08/03/2016
DecP.jpg Fernandes Aceito
Pesquisadores 21:10:36
Miclos Aguiar
Jéssica
Declaração do 08/03/2016
DecM.jpg Fernandes Aceito
Patrocinador 21:10:10
Miclos Aguiar
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não

GOIANIA, 18 de Agosto de 2016

_________________________________________
Assinado por:
JOSE MARIO COELHO MORAES
(Coordenador)
51

ANEXO 2 – Diagnóstico do estado nutricional


Quadro 1. Índice de Massa Corporal (IMC) para maiores de 18 anos
Estado Nutricional IMC (kg/m²)

Magreza grau III < 16,0

Magreza grau II 16,0 – 16,99

Magreza grau I 17,0 – 18,49

Normal (Eutrófico) 15,5 – 24,99

Pré-Obesidade 25,0 – 29,99

Obesidade I 30,0 – 34,99

Obesidade II 35,0 – 39,99

Obesidade III > 40

Fonte: WHO, 1997.

Quadro 2. Índice de Massa Corporal para idosos


IMC Diagnóstico Nutricional

≤ 22 Baixo peso

> 22 e < 27 Adequado ou eutrófico

≥ 27 Sobrepeso

Fonte: LIPSCHIZ, 1994.


52

ANEXO 3 – Valores de referências para dinanometria manual

Quando 3. Quadro adaptado para variações nos valores de referências para


dinanometria manual para homens e mulheres de acordo com a idade
Idade Sexo masculino Sexo Feminino

ME MD ME MD

0-24 47,4 53,3 27,9 30,6

25-29 50 53,9 30,8 33,8

30-34 49,2 52,8 31,8 33.8

35-39 51,6 53.3 30,2 33.2

40-44 49,8 54,1 29,3 32,8

45-49 48,7 50,4 30,8 33,9

50-54 45,2 50,6 28,8 30,9

55-59 41 44,1 27,2 29,9

60-64 38,7 41,7 23 25,9

65-69 38,7 41,7 22,9 25,6

70-74 36,2 38,2 22,5 24.5

75+ 29,8 28 16,4 18

Adaptado de Bhannon et al. (2006), população dos EUA, Austrália, Canadá,


Ucrânia e Suécia.
53

ANEXO 4 – Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida – SF 36

Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -SF-36


1- Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua saúde em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso,
quando?
Não, não
Sim, dificulta Sim, dificulta
Atividades dificulta de
muito um pouco
modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem muito
esforço, tais como correr, levantar objetos 1 2 3
pesados, participar em esportes árduos.
b) Atividades moderadas, tais como mover
uma mesa, passar aspirador de pó, jogar 1 2 3
bola, varrer a casa.
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho 1 2
ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. 1 2
necessitou de um esforço extra).
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir
deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho 1 2
ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como 1 2
geralmente faz.

6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
54

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?


Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6

8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as
últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira
como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Uma
A maior Uma boa Alguma
Todo pequena
parte do parte do parte do Nunca
Tempo parte do
tempo tempo tempo
tempo
a) Quanto tempo você tem
se sentindo cheio de vigor, 1 2 3 4 5 6
de vontade, de força?
b) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa 1 2 3 4 5 6
muito nervosa?
c) Quanto tempo você tem
se sentido tão deprimido 1 2 3 4 5 6
que nada pode anima-lo?
d) Quanto tempo você tem
se sentido calmo ou 1 2 3 4 5 6
tranqüilo?
e) Quanto tempo você tem
se sentido com muita 1 2 3 4 5 6
energia?
f) Quanto tempo você tem
se sentido desanimado ou 1 2 3 4 5 6
abatido?
g) Quanto tempo você tem
1 2 3 4 5 6
se sentido esgotado?
h) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa 1 2 3 4 5 6
feliz?
i) Quanto tempo você tem
1 2 3 4 5 6
se sentido cansado?

10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
Todo A maior parte do Alguma parte do Uma pequena Nenhuma parte do
Tempo tempo tempo parte do tempo tempo
1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
A maioria A maioria
Definitivamente Definitiva-
das vezes Não sei das vezes
verdadeiro mente falso
verdadeiro falso
55

a) Eu costumo obedecer
um pouco mais facilmente 1 2 3 4 5
que as outras pessoas
b) Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa 1 2 3 4 5
que eu conheço
c) Eu acho que a minha
1 2 3 4 5
saúde vai piorar
d) Minha saúde é
1 2 3 4 5
excelente
*Questionário elaborado por Ware e Sherbourne, 1992.
56

ANEXO 5 - Questionário Algofuncional de Lequesne

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