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O Processo Histórico de Ocupação Do Território Americano

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O Processo Histórico de Ocupação do Território Americano, a partir da expansão

marítima comercial europeia e a inserção do continente na expansão capitalista


do século XV
Espanhóis e Portugueses no Novo Mundo

No final do século XV, o comércio era intenso na Europa. A sua expansão dependia de novas fontes de
produtos comercializáveis e novos mercados consumidores. Nesse contexto de expansão do capitalismo
comercial que se processou a ocupação do NOVO MUNDO.

Por esses motivos, vários povos europeus se lançaram ao mar, sobretudo portugueses e espanhóis,
dando início a uma sucessão de viagens oceânicas que ficaram conhecidas como as Grandes Navegações.

Na busca de outro caminho para as Índias que não o dominado pelos portugueses (contornando a África),
os espanhóis rumaram para oeste;

Foi assim que chegaram ao Novo Mundo, inicialmente Colombo, e acabaram ocupando extensas áreas,
notadamente no México, na América Central e na porção oeste da América do Sul.

Portugal e Espanha pretendiam o domínio exclusivo sobre as novas terras a serem incorporadas ao
capitalismo comercial da época. Nesse sentido, já em 1494 haviam feito a partilha das terras a serem
ocupadas, por meio do TRATADO DE TORDESILHAS.

A conquista das Américas pelos povos europeus significou a eliminação ou destruição quase total de
várias noções indígenas, principalmente as de menor nível de desenvolvimento econômico e cultural.

A conquista do império asteca e a do império inca ocorreram não apenas com o massacre, mas também
com a dominação da força de trabalho indígena, da apropriação dos excedentes de sua produção agrícola
e das obras de infraestrutura, como estradas e sistemas de irrigação, e da exploração de riqueza mineral.

Ao contrário dos portugueses, que iniciaram a empreitada colonial com a extração do pau-brasil e a
implementação da civilização agrícola da cana-de-açúcar, os espanhóis encontraram uma fonte imediata
e extremamente lucrativa de renda: o ouro e a prata.

A Política Mercantilista
Conjunto de práticas e medidas coloniais que vários países europeus passaram a exercer com o objetivo
de efetivar seu desenvolvimento econômico;

O eixo central da política mercantilista era o MONOPÓLIO COLONIAL: as colônias só poderiam exportar
seus produtos – especialmente matérias-primas e metais preciosos – para sua respectiva metrópole, e só
poderiam comprar dela os produtos de que necessitavam;

Aplicada nas chamadas colônias de exploração, essa política comprometeu seriamente seu
desenvolvimento:

O monopólio dificulta extraordinariamente a acumulação de capital na colônia. No comércio colonial as


metrópoles deveriam vender muito mais do que comprar. Além disso, as vendas às colônias eram
realizadas a preço de mercado, enquanto as matérias-primas vendidas pelas colônias tinham seus preços
subestimados;

As colônias eram impedidas de ter manufaturas; Essa medida, juntamente com o comércio exclusivo com
a metrópole, impediu a diversificação das atividades produtivas, centralizando a economia apenas na
exploração mineral e agrícola;

Principalmente na América espanhola, as atividades produtivas em geral não conseguiam concorrer com
a lucrativa e duradoura atividade mineradora, que concentrava toda a mão de obra e todo o capital;
Apesar disso, os ciclos da cana, do ouro e mesmo da borracha após a Independência restringiram o
desenvolvimento do conjunto do país, pois tinham um caráter concentrador: beneficiavam apenas
algumas regiões;

Os ciclos baseados na exploração ou produção de um só gênero dificultavam o desenvolvimento de


outras atividades produtivas, inclusive as manufatureiras; Isso limitava o comércio interno e deixava as
colônias ainda mais dependentes dos países europeus.

A manutenção atualmente desse modelo econômico de origem colonial em alguns países aumenta a
dependência externa e limita a acumulação de capital e a diversificação das atividades econômicas.

Outros países só conseguiram romper – em parte e muito tardiamente – com essa estrutura de origem
colonial em meados do século XX, com o processo de industrialização;

A política protecionista dos países europeus impedia que produtos similares aos seus ingressassem no
continente; Isso aconteceu com o trigo e outros cereais produzidos no Chile, na Argentina e no Uruguai;

A atividade econômica foi mais diversificada no Brasil que nas colônias hispânicas;

Apesar disso, os ciclos da cana, do ouro e mesmo da borracha após a Independência restringiram o
desenvolvimento do conjunto do país, pois tinham um caráter concentrador: beneficiavam apenas
algumas regiões;

Os ciclos baseados na exploração ou produção de um só gênero dificultavam o desenvolvimento de


outras atividades produtivas, inclusive as manufatureiras; Isso limitava o comércio interno e deixava as
colônias ainda mais dependentes dos países europeus.

A manutenção atualmente desse modelo econômico de origem colonial em alguns países aumenta a
dependência externa e limita a acumulação de capital e a diversificação das atividades econômicas.

Outros países só conseguiram romper – em parte e muito tardiamente – com essa estrutura de origem
colonial em meados do século XX, com o processo de industrialização;

De modo geral, pode-se dizer que o modelo econômico exportador introduzido por portugueses e
espanhóis na maior parte do território continental não permitiu a integração entre as regiões
conquistadas nem a formação de um mercado consumidor interno.

Como dependia basicamente dos interesses capitalistas dos países europeus, a economia dos países
latino-americanos foi marcada por ciclos de prosperidade e de atraso, já que os produtos exportados
ficavam sujeitos à competitividade internacional e às condições do mercado externo;

Pode-se dizer que esses ciclos ainda hoje marcam o desenvolvimento econômico de vários países da
região. Além disso, a desigualdade social, a concentração de renda e da propriedade da terra que
caracterizam em maior ou menor escala esses países encontram suas raízes justamente nos mecanismos
que comandaram o sistema colonial.

A Colonização da América – Exploração e Povoamento


O continente americano foi a primeira área da superfície terrestre colonizada e organizada para atender
às exigências e aos interesses comerciais do capitalismo que emergia nos diversos Estados-Nação
europeus;

A partir dos séculos XV e XVI, esses Estados-Nação começaram a retirar de suas colônias tudo o que
pudessem de valioso, concebendo-as como uma fonte de riquezas;

Orientados por essa concepção, eles extraíram das terras da América uma enorme quantidade de metais
preciosos (ouro e prata) e matérias-primas (madeira e peles), e introduziram o cultivo de vários produtos
de alto valor no mercado europeu, como a cana-de-açúcar, o algodão e o tabaco;
Para isso, os colonizadores utilizaram inicialmente a mão de obra escrava dos nativos – indígenas – e,
posteriormente, a dos negros capturados na África;

PARAMOS NO SLIDE PAG 10

Problemas da urbanização

Aspecto de um cortiço.

A grande aglomeração de pessoas nas cidades, quando essas não disponibilizam infra-estrutura suficiente
para a população, gera uma série de dificuldades de ordem ambiental e social.

Diante desse contexto, pode-se enumerar os problemas gerados pelo processo de urbanização ocorrido
principalmente em países subdesenvolvidos, dentre muitos estão:

* Desemprego: provoca um grande crescimento no número de pessoas que atuam no mercado informal,
além de promover o aumento da violência, pois muitas pessoas, pela falta de oportunidades, optam pelo
crime.

• As favelas apresentam uma concentração de casebres e barracos em situação precária, desprovidos, em


sua maioria, de serviços públicos básicos, geralmente estão situadas em áreas de risco e abrigam grandes
grupos criminosos, como o tráfico de drogas.

• Cortiço: corresponde a moradias que abrigam um grande número de famílias, quase sempre são cômodos
alugados em antigas casas enormes situadas no centro, essas construções se encontram em condições
deterioradas. Essa modalidade de moradia geralmente oferece péssimas condições sanitárias e de
segurança aos seus moradores.

• Loteamentos populares: ocorrem em áreas periféricas, a camada da população que habita esses lugares é
de baixa renda, os lotes possuem preços acessíveis e longos prazos para o pagamento. O maior problema
desse tipo de habitação é que quase sempre os loteamentos são clandestinos. As casas são construídas
pelo próprio morador ou em forma de mutirão.

• Enchentes: os centros urbanos possuem extensas áreas cobertas por concreto e asfalto, dificultando a
infiltração da água da chuva no solo. As chuvas em grandes proporções ocasionam um acúmulo muito
grande de água e as galerias pluviais não conseguem absorver toda enxurrada e essas invadem residências,
prédios públicos, túneis e comprometem o trânsito.

Esses são alguns dos problemas vividos nas cidades brasileiras e que podem ser realidade também em
outros países, pois todas as cidades possuem problemas, porém, os acima citados fazem parte de grandes
aglomerações, e dificilmente serão solucionados. As autoridades não conseguem monitorar todos os
problemas devido o acelerado crescimento ocorrido no passado.

O Subdesenvolvimento na América Latina

Os fatores que levaram os países latinos a serem subdesenvolvidos são as condições históricas.

O espaço rural latino

Os contrastes do espaço agrário latino-americano são provocados principalmente pela disparidade


tecnológica, isso se refere à existência de duas classes rurais, uma parcela que conta com todo aparato
tecnológico e outra que conta com práticas rudimentares de produção, outro ponto em comum entre os
países latinos é a concentração fundiária, no qual uma restrita parcela da população detém grandes áreas
rurais e por fim todas as nações latinas são produtoras de monocultura, que é uma herança da época da
colônia.
As médias e pequenas propriedades são responsáveis por produzir produtos destinados à alimentação do
mercado interno, geralmente essas propriedades têm uma baixa produtividade, enquanto que os
produtores latifundiários possuem uma alta produtividade divido ao grau de tecnologia empregado na
propriedade, sua produção é destinada ao mercado internacional (exportação).

Quanto à concentração das terras, ocorreu no período colonial na formação territorial quando foi realizada
a distribuição de imensas propriedades rurais. Devido à concentração fundiária têm acontecido vários
problemas como a expropriação, a reforma agrária e cobrança de uma política agrícola.

Questão da terra e reforma agrária na América Latina

A reforma agrária bem feita pode promover estabilidade social, melhoria na qualidade de vida, gerando
empregos, fixando o trabalhador no campo, diminuindo a pobreza e a violência.

reforma agrária não tem sido efetivada pela influência política, isso ocorre quando os parlamentares são
representantes da bancada ruralista e com isso dificilmente vão apoiar essa reforma por ferir seus
interesses. A falta de uma política agrária eficiente fez surgir movimentos de luta pela posse da terra, um
exemplo claro disso é o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Saindo do campo indo pra cidade verifica-se que são notórias as semelhanças entre as características de
urbanização dos países que compõe a América Latina. A partir do século XX, teve início o processo de êxodo
rural, ou seja, saída de pessoas do campo para as cidades, isso aumentou muito o número de pessoas nos
núcleos urbanos. O processo de urbanização ocorreu principalmente devido ao desenvolvimento industrial,
modernização do campo, crescimento natural provocando o processo de metropolização.

Porém o processo de urbanização e de metropolização é excludente, a urbanização é desordenada e


provoca a exclusão social nas cidades (áreas de ricos e de pobres), a não geração de empregos suficientes,
o aumento do setor informal, é nítida a omissão do estado.

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