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Desenvolvimento Do Modelo de Custeio Da Operação Logística SONAE
Desenvolvimento Do Modelo de Custeio Da Operação Logística SONAE
Desenvolvimento Do Modelo de Custeio Da Operação Logística SONAE
SONAE
Dissertação de Mestrado
Orientador na FEUP: Prof. Nuno Soares
Orientador na SONAE Eng. José Ferreira
2012-06-29
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
ii
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Resumo
A conjuntura atual estimula cada vez mais o controlo de custos nas empresas, sendo a
indústria de retalho uma área em que uma má decisão na atividade desenvolvida pode levar ao
aumento de custos e à diminuição da qualidade de serviço ao cliente. Assim, a elaboração
deste projeto pretende apresentar uma forma de manter os custos envolvidos na operação
logística de uma empresa de retalho controlados e distribuídos da forma mais correta,
permitindo a tomada de decisões estratégicas. Mais especificamente, a empresa pretende um
modelo que permita associar às várias categorias tratadas no centro de distribuição o valor
mais próximo do custo real envolvido na sua expedição para as lojas.
O desenvolvimento de um modelo de custeio baseado no método ABC permitiu ir ao encontro
dos objetivos do projeto. A criação do modelo foi apoiada por uma revisão bibliográfica tanto
na área logística como de contabilidade de forma a ir ao encontro das necessidades da
empresa. As etapas para alcançar o objetivo incluíram a definição das atividades executadas
no centro de distribuição da empresa, o que implicou a visita aos entrepostos, recolha de uma
elevada quantidade de dados referentes a custos, utilizando os sistemas de informação
presentes na empresa, bem como definição e execução do modelo em si e de todas as
variáveis necessárias.
Nesta dissertação foi possível analisar as atividades mais custosas para um centro de
distribuição, bem como os recursos mais dispendiosos. O output do modelo permitiu ter
acesso ao valor associado à distribuição de cada categoria como um todo e, tendo em conta o
nível de expedição, também foi definido o custo de cada caixa expedida de cada categoria.
iii
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Abstract
The current situation we are living encourages the cost control of companies, and in the retail
industry, a bad decision on the activity performed can lead to increased costs and also to a
decreased quality of customer service. Therefore, the development of this project aims to
present a way of keeping the costs derived from the logistics operation in a retail company,
controlled and distributed in the more correct way, so the strategic decision will have a better
support. More specifically, the company is looking for a model which is able to connect all
the different categories of articles that are distributed through the warehouse to their closest
value, which means, to the real cost derived from their expedition to the shops.
Developing a costing model based in the “Activity Based Costing” model allowed to achieve
the goals of the company with this project. An extensive bibliographic research, both in
logistics and accounting field, was the support for developing a model that meets the
requirements of the company. Some steps were of great importance in order to develop a
model as close as possible to reality, namely: the definition of activities performed in the
distribution center which required some time in the different warehouses; the collection and
processing of an amount of cost data, using information systems of the firm; as well as the
definition and execution of the model and variables related with it.
With this dissertation it was possible to find out the most expensive activities in a distribution
center as well as the more costly resources. The output allowed to realize what were the costs
of each category as a whole within the company and also to define the cost per box of the
category shipped to the stores.
iv
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Agradecimentos
Agradeço ao Eng. José Casimiro por todo o apoio ao longo do projeto, conhecimento
transmitido e motivação. À Manuela Faria pelo tempo e dedicação aplicados.
Ao Professor Nuno Soares pela orientação, acompanhamento e apoio.
Aos colegas que também efetuaram a dissertação na empresa por toda a energia.
A todos os colaboradores da Sonae que sempre se disponibilizaram para transmitir o seu
conhecimento.
v
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Índice de Conteúdos
1 Introdução ........................................................................................................................................... 1
1.1 Apresentação da Empresa - Sonae ..................................................................................................... 1
1.2 O Projeto .............................................................................................................................................. 2
1.3 Método seguido no projeto ................................................................................................................... 3
1.4 Temas Abordados e sua Organização no Presente Relatório ............................................................. 4
7 Referências ....................................................................................................................................... 54
vi
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
8 ANEXO A .......................................................................................................................................... 56
9 ANEXO B .......................................................................................................................................... 60
10 ANEXO C .......................................................................................................................................... 64
11 ANEXO D .......................................................................................................................................... 65
12 ANEXO E .......................................................................................................................................... 69
13 ANEXO F ........................................................................................................................................... 71
vii
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Siglas
ABC - Activity based costing
CONG - Congelados
FSE - Fornecimento e serviço externos
PBL - Picking-by-line
PBS - Picking-by-store
SKU - Stock keeping unit
TC - Temperatura Controlada
viii
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Índice de Figuras
Figura 1 - Metodologia utilizada ................................................................................................ 4
Figura 2 - Visão geral do processo logístico. Retirado de "Logística Conceitos e Tendências"
(Moura 2006) pp.18 figura 1.2. ............................................................................... 5
Figura 3 - Modelo de custeio ABC para a gestão da cadeia de abastecimento. Adaptado de
“Applying activity-based costing in a supply chain environment” (Schulze,
Seuring et al. 2012) pp.720 figura 2. ....................................................................... 9
Figura 4 - Esquema das operações realizadas em PBL ............................................................ 15
Figura 5 - Esquema geral das atividades em PBS .................................................................... 17
Figura 6 - Parâmetros a definir ................................................................................................. 29
Figura 7 - Processo de definição das atividades ....................................................................... 30
Figura 8 - Fluxograma do processo de receção ........................................................................ 31
Figura 9 - Fluxograma do processo de picking - à completa .................................................... 32
Figura 10 - Fluxograma do processo de expedição .................................................................. 33
Figura 11 - Exemplo de cálculo do custo total de cada atividade ............................................ 46
Figura 12 - Tabela com os valores do cost drivers das atividades ........................................... 47
Figura 13 - Exemplo de output do modelo para o entreposto .................................................. 48
Figura 14 - Exemplo de output do modelo para o “Transporte até à loja” ............................... 48
Figura 15 - Evolução do custo por caixa expedida em PC ou picking nos diferentes
entrepostos ............................................................................................................. 49
Figura 16 - Matriz "Recurso-Atividade" para o entreposto Ambiente PBL ............................. 60
Figura 17 - Matriz "Recurso-Atividade" para o entreposto Ambiente PBS ............................. 61
Figura 18 - Matriz "Recurso-Atividade" para o entreposto TCMatriz “Recurso-Atividade”
para o entreposto Congelados ................................................................................ 62
Figura 19 - Matriz "Recurso-Atividade" para o entreposto Congelados .................................. 63
Figura 20 - Matriz "Atividade-cost driver" para os entrepostos de Ambiente PBL e TC ........ 69
Figura 21 - Matriz "Atividade-cost driver" para os entrepostos de Ambiente PBS e CONG .. 70
Figura 22 - Ocupação de localizações de stock por cada categoria em Ambiente PBS (parte I)
............................................................................................................................... 71
Figura 23 - Ocupação de localizações de stock por cada categoria em Ambiente PBS (parte II)
............................................................................................................................... 71
Figura 24 - Ocupação de localizações de stock por cada categoria em CONG........................ 72
ix
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Divisões do negócio ................................................................................................ 13
Tabela 2 - Categorias de artigos definidos em sistema ............................................................ 13
Tabela 3 - Exemplo de contratos de transporte ........................................................................ 19
Tabela 4 - Elementos de custos com pessoal ............................................................................ 21
Tabela 5 - Elementos de custos com equipas ........................................................................... 22
Tabela 6 - Elementos de custos de limpeza .............................................................................. 22
Tabela 7 - Elementos de custos com consumo de materiais .................................................... 23
Tabela 8 - Elementos de custos administrativos ....................................................................... 23
Tabela 9 - Elementos de custos com manutenção de equipamentos ........................................ 24
Tabela 10 - Elementos de custos com outros FSE ................................................................... 25
Tabela 11 - Elementos de custos com imobiliário.................................................................... 25
Tabela 12 - Elementos de custos com despesas com vendas ................................................... 25
Tabela 13 - Elementos de custos com dados e informática ...................................................... 26
Tabela 14 - Elementos de custos com receitas e custos diversos ............................................. 26
Tabela 15 - Custos com transportes contratualizados .............................................................. 28
Tabela 16 - Rácio de colaboradores por atividade nos entrepostos Ambiente PBL e TC ........ 37
Tabela 17 - Rácio de colaboradores por atividade nos entrepostos Ambiente PBS e CONG .. 37
Tabela 18 - Área utilizada por cada atividade nos entrepostos Ambiente PBL e TC .............. 38
Tabela 19 - Área utilizada por cada atividade nos entrepostos Ambiente PBS e CONG ........ 38
Tabela 20 - Peso do custo de manutenção de cada máquina no entreposto PBL ..................... 39
Tabela 21 - Peso do custo de manutenção de cada máquina no entreposto PBS ..................... 39
Tabela 22 - Peso do custo de manutenção de cada máquina no entreposto TC ....................... 40
Tabela 23 - Peso do custo de manutenção de cada máquina no entreposto CONG ................. 40
Tabela 24 - Categorias diferenciadoras .................................................................................... 50
Tabela 25 - Categorias de produtos da divisão Alimentar........................................................ 56
Tabela 26 - Categoria de produtos da divisão Perecíveis ......................................................... 57
Tabela 27 - Categoria de produtos da divisão Bom Bocado .................................................... 58
Tabela 28 - Categoria de produtos da divisão Bazar Ligeiro ................................................... 58
Tabela 29 - Percentagem de custos de cada recurso no custo total de cada entreposto ........... 64
Tabela 30 - Percentagem de cada componente em cada uma das grandes rúbricas de custos . 65
x
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
1 Introdução
A operação logística tem vindo a assumir cada vez mais um papel de grande criador de
vantagem competitiva. Uma empresa a operar na indústria do retalho tem como elemento
principal na criação de valor a qualidade da sua operação logística. Com a conjuntura
económica atual, estas empresas vêm as suas margens de lucro a diminuírem e os
consumidores cada vez mais exigentes com o serviço prestado. Manter os custos envolvidos
nesta operação controlados e distribuídos da forma mais correta, permite à empresa tomar
decisões mais acertadas no que respeita ao negócio e, assim, lidar com estas alterações do
mercado.
O projeto apresentado em seguida foi desenvolvido no âmbito do Projeto de Dissertação no 2º
semestre do 5º ano do curso de Engenharia Industrial e Gestão da FEUP e na empresa Sonae.
O objetivo era o desenvolvimento de um modelo que permitisse custear a operação logística
da empresa, mais propriamente, associar esse custo a cada uma das diferentes categorias de
artigos comercializados.
Neste capítulo é introduzido o projeto de dissertação desenvolvido, sendo primeiramente
apresentada a empresa onde o projeto foi realizado, seguindo-se os principais motivos que
levaram à realização do mesmo. No final a estrutura do presente relatório é apresentada para
que a leitura do mesmo seja facilitada.
Com mais de 50 anos de atividade, a Sonae foi fundada como uma empresa de estratificados
sendo o seu nome originário dessa atividade – Sociedade Nacional de Estratificados. Ao
longo dos seus anos de ação a Sonae sofreu grandes alterações quanto à sua área de negócio.
Através de várias aquisições e projetos de expansão a Sonae é hoje “uma empresa de retalho,
com duas grandes parcerias nas áreas de Telecomunicações, Software & Sistemas de
Informação e Media (Sonaecom) e Centros Comerciais (Sonae Sierra)” (SONAE 2012).
Atualmente a Sonae possui um vasto Portfolio de Negócios estando este dividido em
Negócios Core, Parecerias Core, Negócios Relacionados e Investimentos Ativos. Destacando
os Negócios Core desenvolvidos pela empresa, são dois os negócios em funcionamento:
Sonae MC – responsável pela área do retalho alimentar, é constituída por várias
insígnias. Na área alimentar, com objetivo de alcançar os consumidores finais através
de superfícies desde hipermercados até supermercados de conveniência, encontram-se
as insígnias Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia e Continente Ice.
Para abranger clientes profissionais, a Sonae criou uma nova insígnia, o Continente
Horeca (ou Meu Super), que funciona como um canal grossista para abastecer
negócios como restauração, entre outros. Outras insígnias mais pequenas, mas em
crescimento, fazem parte da Sonae MC: cafetarias Bom Bocado, livrarias Book.it,
artigos de jardim Pet&Plants e as parafarmácias Well’s.
Sonae SR – responsável pela área do retalho especializado, estas insígnias abrangem
áreas desde eletrónica, desporto e moda. Worten, Vobis e Worten Mobile constituem as
insígnias relativas à área da eletrónica, enquanto Sport Zone, Loop, Modalfa e Zippy
são insígnias que integram a área de desporto e moda.
1
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
1.2 O Projeto
Para a realização deste projeto foi seguida uma metodologia de trabalho que está
esquematizada no diagrama da Figura 1. O passo inicial foi o de definir detalhadamente o
problema presente na empresa e que levou à solicitação do projeto em curso. Após essa tarefa,
trabalho de campo para recolha de informação da atividade logística desenvolvida na empresa
foi executado e os dados já existentes na empresa relacionados com o custeio da operação
logística foram analisados (ponto2). Este processo incidiu essencialmente em observação e
diálogos com os colaboradores.
3
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
1.Definição
do
problema
2.Análise e
5.Avaliação
diagnóstico
4.Desenvolv 3.Plano de
imento ação
4
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
2 Estado da arte
Neste capítulo serão explorados dois grandes temas. Inicialmente, de modo a compreender a
área em que o projeto foi desenvolvido, são apresentados alguns conceitos inerentes à
logística e, mais direcionado ao projeto, as atividades que na literatura estão definidas como
pertencentes à operação logística. Posteriormente, é apresentado o método de custeio ABC e
como este pode ser aplicado à operação logística.
A logística é vista tradicionalmente como uma operação dispendiosa, embora seja percetível a
sua necessidade para o negócio, e não tanto como uma fonte de vantagem competitiva (Lin,
Collins et al. 2001). A verdade é que os custos da logística correspondem a uma porção
significativa dos custos do negócio, sendo muitas vezes superiores a 10% do volume de
negócios da empresa (Engblom, Solakivi et al. 2012) dependendo do setor, localização
geográfica, entre outros. Como tal, especial atenção deveria ser dada a esta operação como
forma de adquirir vantagem em relação aos competidores que não aplicam tanto esforço para
otimizar este processo. Várias são as definições de logística encontradas na literatura. A
logística pode ser definida como o “processo de gestão dos fluxos de produtos, de serviços e
da informação associada, entre fornecedores e clientes” (Moura 2006). Chopra and Meindl
(2001) definem a logística como sendo parte da cadeia de abastecimento incluindo as tarefas
de planear, implementar e controlar o efetivo e eficiente fluxo de materiais, bem como
armazenar bens, serviços e informação desde o ponto de origem até ao ponto de consumo. O
principal objetivo desta atividade é de cumprir com os requisitos exigidos pelos consumidores
e entregar o produto nas melhores condições. Tal como referido no artigo de Lin, Collins et al.
(2001), “entregar o produto certo, no local certo, às horas certas, ao menor custo” é a principal
máxima vivida na logística.
Tal como apresentado por Moura (2006), o processo logístico utiliza alguns meios, como
pessoal e tecnologias da informação, que são selecionados de acordo com critérios definidos
pela empresa de forma a estarem alinhados com a sua estratégia, proporcionando aos clientes
produtos e serviços com utilidades (Figura 2). Quanto maiores estas utilidades para o
consumidor, maior a possibilidade de fidelização por parte deste para com a empresa, e é este
mesmo processo que cria valor para a empresa.
Estratégia Inovação
Organização Lugar
Recursos Flexibilidade
Rapidez Clientes
TIC
Qualidade
Atividades Tempo
Custo
A importância dada à logística nem sempre é a devida, contudo esse valor torna-se bastante
evidente quando o produto solicitado não se encontra disponível para o cliente. Um produto
passa a ter valor para o cliente quando este se encontra disponível para consumo nas
condições por este exigidas.
O papel da logística tem vindo a sofrer alterações ao longo do tempo. Um grande conjunto de
atividades, mencionadas em seguida, é hoje visto como parte integrante da operação logística,
ao contrário do sucedido há algum tempo atrás em que apenas as atividades de Transporte,
Armazenagem e Gestão de Stocks eram tidas como pertencentes à logística (Moura 2006).
Apesar das atividades logísticas presentes nas empresas variarem dependendo da área em que
estas operam, bem como da sua estrutura, é possível referir um conjunto de atividades chave
que são essenciais à operação, e atividades entendidas como sendo mais de suporte. Tal como
definido por Ballou (1999), essas atividades são:
Atividades chave
Serviços ao cliente – à medida que o serviço ao cliente vai aumentando de qualidade,
também os custos logísticos sofrem um incremento. Exigir um nível de serviço
demasiado elevado pode levar a custos logísticos excessivos e impossíveis de
sustentar;
Transporte – esta atividade em conjunto com a gestão de inventário são os principais
criadores de custos para a operação logística representando entre metade e dois terços
dos custos totais da operação. O transporte, no caso de empresas de produtos, é
essencial, pois nenhuma empresa pode operar sem garantir o transporte tanto da
matéria-prima bem como dos produtos finais;
Gestão de inventário – o stock, quando se está a falar de empresas de bens, é essencial
na operação logística pois é impossível concretizar a produção do artigo no exato
momento em que o cliente o solicita. A existência de buffers entre a entrega dos
fornecedores e a procura dos clientes permite à empresa uma maior flexibilidade;
Fluxo de informação e processamento de encomendas – normalmente envolve custos
inferiores aos custos de transporte e inventário. Contudo, o tempo envolvido nesta
atividade tem um peso importante no tempo total até à entrega do produto ao cliente
Atividades de suporte
Armazenamento
Movimentação de material
Compras
Embalagem
Cooperação com produção
Manutenção de informação
Estas atividades são mencionadas em separado, pois dependem especialmente das operações
na empresa. Isso pode ser compreendido com o exemplo da área do retalho em que
frequentemente não há necessidade de realizar a tarefa de embalamento uma vez que o
produto já vem preparado do fornecedor. Lambert, Stock et al. (1998) acrescentam ainda uma
6
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
outra atividade no conjunto por ele definido como maiores processos logístico, a logística
inversa, isto é, o tratamento de devoluções por parte dos consumidores.
Com o aumento da competição que se tem vindo a verificar nos últimos tempos, as empresas
vêm-se obrigadas a encontrar uma forma de se diferenciarem dos seus concorrentes. Essa
diferenciação será o modo de alcançarem um maior portfolio de clientes e, como tal,
estabelecerem-se no mercado e alargarem o seu negócio. As vantagens proporcionadas pela
correta implementação da operação logística numa empresa podem ser o segredo para adquirir
vantagem competitiva no mercado. A possibilidade de reduzir custos, rapidamente dar
resposta aos pedidos dos clientes e proporcionar um bom serviço ao cliente são oportunidades
para as empresas de conquistar clientes e a sua fidelidade (Moura 2006).
Algumas empresas ainda consideram a operação logística como um custo e não como um
acrescento de valor para a sua atividade. Em mercados em que a diferença entre ofertas é
muito reduzida, é possível uma empresa distinguir-se dos seus concorrentes acrescentando
valor aos seus produtos e serviços. Um ponto criador de valor da operação logística é a
disponibilidade para o consumidor de ter o produto para consumo no momento e local
desejado.
O custeio por atividades nasceu nos Estados Unidos na década de 80 através de dois
professores, Robert Kaplan e Robin Cooper. Apesar de esta ser a data sugerida para o início
de publicações relacionadas com o tema, já em 1949 Goetz defendia alguns dos princípios
propostos pelo modelo de custeio “activity-based costing” (ABC) (Drury 2000). Este método
de custear os produtos ou serviços, utiliza como objeto de custeio atividades em vez dos
próprios produtos, isto é, o processo de fazer o produto mais do que o produto feito (Staubus
1990). Staubus (1990) afirma que uma organização pode ganhar vantagem competitiva
assumindo como método de custeio o processo de identificar, custear e seguir inputs e outputs
de atividades, em oposição a alocar custos diretos e indiretos a produtos.
A implementação deste método de custeio na organização permite aos gestores tomarem
decisões mais sustentadas e, com isso, contribuir com mais valor para os objetivos da empresa
devido às melhores escolhas realizadas. Outro benefício inerente ao modelo é a criação de um
sentido de consciência de custos por parte dos colaboradores. Por outro lado, a aplicação do
modelo ABC é mais custosa do que o tradicional sistema de custeio e pode originar custos
emocionais, como perda de conforto e afetação do ego de quem lida com o conhecimento
relacionado com custos. Esta situação pode provocar uma certa resistência por parte desses
colaboradores na implementação do modelo (Staubus 1990). Na realidade, a implementação
do modelo ABC coloca ao conhecimento de todos os verdadeiros custos do negócio em
função dos seus clientes, fornecedores ou distribuidores (Lin, Collins et al. 2001).
O método de desenvolvimento do modelo ABC proposto por Drury (2000) engloba 4 passos
fundamentais. O processo de criação do modelo inicia-se com a identificação das atividades
que decorrem na empresa. Este é um processo crucial no correto desenvolvimento do modelo,
uma vez que serão essas atividades que serão custeadas e, estando associadas aos objetos de
custo, irão originar o custo do próprio objeto. De seguida passa-se para a associação de custos
a centros de custos para cada uma das atividades definidas anteriormente. Para cada atividade
7
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
deve ser identificado o respetivo cost driver, que será o causador de custos na atividade, e
finalmente associar os custos das atividades aos produtos que necessitam dessas mesmas
atividades. Para mais facilmente ser entendido o método utilizado no desenvolvimento deste
modelo, é necessário definir alguns conceitos referidos anteriormente.
Cost driver – “fator que causa alteração no custo de uma atividade” é a definição
encontrada no “Business Dictionary” (2012) para este termo. É possível, para cada
atividade ou produto, encontrar vários cost drivers e a sua escolha depende da precisão
requerida pelo modelo. Themido, Arantes et al. (2000) definem como cost driver uma
variável que demonstra a relação existente entre a utilização de recursos, a execução
de uma atividade e o custo final do objeto de custeio;
Centro de custos – “área, máquina ou pessoa a quem custos diretos e indiretos são
alocados” é a definição encontrada no “Business Dictionary” (2012). São grupos de
custos relacionados com um mesmo produto, serviço ou atividade;
Atividade – é um conjunto de ações executadas dentro de uma organização, segundo o
referido no “Business Dictionary” (2012). Themido, Arantes et al. (2000) também
explicam este conceito como sendo um conjunto de tarefas que utilizam recursos e que
tem como resultado final a realização de um serviço ou a transição física de um
produto entre dois estados;
Objeto de custeio – é o bem ou serviço final resultante da execução de um conjunto de
atividades (Themido, Arantes et al. 2000);
Recurso – fatores necessários para a produção de um bem ou serviço (Themido,
Arantes et al. 2000).
8
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Identificação Definição do
das atividades critério de
que seleção de
influenciam os fornecedor/
cost drivers artigo
Identificação Determinação
Definição da quantidade I. Product design in the supply
Mapeamento de atividades
de cost dos cost chain
de processos e
drivers drivers e sua
subprocessos
variação Identificação
de alterações Definição do
dos cost efetivo
drivers das desenho de
atividade e nas custos
quantidades
Figura 3 - Modelo de custeio ABC para a gestão da cadeia de abastecimento. Adaptado de “Applying
activity-based costing in a supply chain environment” (Schulze, Seuring et al. 2012) pp.720 figura 2.
A primeira atividade a realizar será o levantamento dos principais processos existentes na
empresa e identificar as atividades envolvidas nesses mesmos processos. Pirttila and
Hautaniemi (1995) afirmam que documentar o fluxo dos materiais na empresa, seguir o seu
percurso desde a sua entrada até à expedição, permite identificar as atividades e recursos
necessários para colocar o produto disponível. A definição dos cost drivers associados às
atividades que serão identificadas pelo método anterior pode ser realizada recorrendo a
sistemas de informação de custos já existentes na empresa. Após a identificação dos cost
drivers que refletem a execução das atividades, as quantidades correspondentes a cada um
deles podem ser estimadas, bem como as suas possíveis variações. Deste modo as empresas
podem compreender o impacto de cada uma das atividades nos custos o que permite criar um
critério para a seleção de fornecedores/artigos.
As atividades logísticas devem ser criteriosamente estudadas e definidas, bem como a sua
relação com os custos envolvidos. As atividades logísticas referidas anteriormente conduzem
então a um conjunto de custos tal como Lambert, Stock et al. (1998) apresentam:
- custos de manter inventário;
- custos de procurement;
- custos de processamento de compras;
- custos de transporte;
- custos de armazenar.
Estes custos são então afetados pelas atividades praticadas na empresa. Como exemplo, a
atividade de armazenar os produtos, tem implicações nos custos de armazenamento da
empresa. Assim como a atividade de embalar tem repercussões no custo de manter inventário.
À atividade de armazenar está normalmente associado grande parte dos custos logísticos. As
atividades envolvidas de recebimento, put-away, armazenar, picking, acondicionar,
identificar, colocar no stage do cliente e expedição, envolvem vários recursos originando
elevados gastos (Varila, Seppänen et al. 2007).
Chao, Kaihu et al. (2010) também criaram um modelo para contabilizar os custos envolvidos
na operação logística. O processo deve ser iniciado com a identificação das atividades (tal
como referido anteriormente) o que vai permitir reconhecer os recursos envolvidos. De
seguida o objeto de custo deve ser definido, bem como as atividades a ele associadas. Assim,
os passos a seguir no desenvolvimento do modelo são os apresentados.
9
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Sendo,
Ct – custo de transporte, que inclui: Tt – custo de transporte do produto desde o
produtor até ao armazém e Td – custo de transporte do produto até ao consumidor;
Cc – custo de armazenagem, incluindo: Ic – custo da renda; Ia – custo de operações no
armazém; Io – custo de fundos; Il – custo de materiais e armazém; Ig – custo de gestão de
armazém;
Cg – custo de gestão.
2) Designar o conjunto de cost drivers de recursos e os centros de custos
3) Determinar os cost drivers das atividades e alocação a cada centro de custos
4) Cálculo do custo das atividades
Uma outra abordagem a este tema foi realizada por Damme and Zon (1999), que
desenvolveram um modelo de custeio com o objetivo de suportar a tomada de decisão na
gestão logística. Tal como o modelo apresentado previamente, o primeiro passo a executar é a
determinação das atividades a custear. O grau de detalhe a que estas atividades são levadas
depende dos objetivos do modelo e da sua aplicação. A utilização de diagramas de fluxo é
uma ótima ferramenta para o reconhecimento das atividades, pois permite seguir o produto
em todo o seu percurso dentro da empresa. A identificação dos custos envolvidos em toda a
atividade logística pode ser auxiliada por sistemas de custos existentes na empresa e através
de dados facilitados. Seguidamente, é necessário identificar os drivers de recursos e associa-
los às atividades. Estes drivers podem ser diferentes para cada uma das atividades ou podem
ser comuns. O desenvolvimento do modelo engloba também a determinação dos drivers das
atividades seguido da associação de custos aos objetos de custo. Segundo os autores os passos
seguintes estão relacionados com o uso do modelo para a tomada de decisão.
Apesar da seleção dos cost drivers, tanto de recursos como de atividades não ser fácil, este é
um fator crucial para o sucesso na implementação do método ABC numa empresa. Os cost
drivers são a base de alocação de custos e, por isso mesmo, a sua identificação é um
parâmetro chave para se alcançarem benefícios com o modelo. Tal como definido
anteriormente, cost driver é qualquer fator que cause alteração no custo de um processo ou
atividade. A distribuição dos custos pelas atividades ao longo da operação logística é
realizada com base num modelo de causa-efeito. Dois níveis de cost drivers podem se
identificados aquando da realização do modelo, cost drivers de recurso, que irão associar
custos indiretos de recursos a atividades, e cost drivers de atividades, que relacionam as
atividades com os próprios objetos de custeio.
Segundo Bokor (2010) os métodos encontrados na literatura para a identificação dos cost
drivers podem ser divididos em dois grandes grupos. De um lado existem métodos
estatísticos, tal como correlações e regressões, e, por outro, métodos baseados em estudos das
operações. No primeiro método de seleção, os valores de custos das atividades devem ser
10
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
A exibição dos valores de custos de uma forma clara tem implicações ao nível da gestão. As
decisões estratégicas dos gestores são frequentemente determinadas pelos custos e
rentabilidade dos processos (LaLonde and Pohlen 1996) . Fei and Isa (2010) realizaram uma
revisão de fatores influenciadores do sucesso da implementação do custeio ABC e criaram um
esquema demonstrativo dos resultados obtidos. Segundo os autores referidos anteriormente
são quatro os agentes que influenciam o sucesso. Em primeiro lugar encontram-se variáveis
comportamentais e organizacionais onde se encontram incluídas práticas como o suporte de
gestores de topo, ligação com estratégias competitivas, avaliação e compensação da
performance, recursos suficientes, implementação e uso de sistemas de gestão de custos, e
consenso sobre a utilização dos sistemas de gestão de custos. Outro conjunto de variáveis com
impacto no sucesso do modelo ABC está relacionado com as capacidades técnicas da
organização, tal como, softwares, recolha de dados e identificação de atividades. Empresas
em que a estrutura organizacional implementada tem um elevado nível de centralização e
formalização, impulsionam o sucesso do método ABC. Por último, a cultura vivenciada na
organização, isto é, a orientação para resultados, orientação para a equipa, atenção ao detalhe
e inovação, atua positivamente no sucesso do ABC.
Lin, Collins et al. (2001) apresentam algumas técnicas de implementação que permitem
contornar os problemas anteriormente referidos. É fundamental manter a elaboração do
método simples, isto é, atendendo ao objetivo pretendido com o modelo e à atividade a ser
custeada, é preciso definir a informação relevante, bem como entender que o número de
atividades dentro de uma empresa é ilimitada, dependendo da profundidade que se pretende
alcançar. Todas as áreas da organização devem ser consideradas, bem como os custos nelas
envolvidas, “desde o operador até ao CEO”, definindo um período de tempo razoável (entre 6
meses a 1 ano). É importante envolver os gestores no desenvolvimento do modelo,
apresentando resultados e benefícios do método ABC, de modo a obter o seu apoio na futura
implementação.
11
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
3 Apresentação do problema
Antigamente as empresas produziam produtos homogéneos, com reduzidas gamas de
diferenciação, não sendo por isso necessário recorrer a modelos de custeio complexos. Com o
aumento da concorrência e competição nos mercados, a necessidade de diferenciar os
produtos e torná-los mais orientados para os requisitos do cliente tornou-se crucial para a
sustentabilidade de muitas empresas. O caso específico da Sonae assenta exatamente na
imagem descrita anteriormente. A dimensão e abrangência dos produtos comercializados pela
empresa são muito elevadas sendo necessário um forte controlo de custos associados a todas
as atividades envolvidas para a colocação dos produtos disponíveis ao consumidor.
O volume de vendas, o valor dos diferentes produtos, bem como o tipo de atividades
associadas a estes, são fatores que influenciam a tomada de decisões na empresa. Uma das
decisões a ser tomada por parte do departamento logístico passa exatamente pela cobrança às
lojas do valor de custo logístico suportado pela Sonae para garantir o eficiente abastecimento
destas. Cada loja está encarregue de reembolsar à Sonae o valor correspondente ao custo
logístico dos produtos rececionados pela mesma. Como diferentes produtos acarretam
atividades distintas e estão alocados a diferentes entrepostos, o custo envolvido em cada
produto é variável.
O modelo de custeio atualmente implementado na empresa permite analisar separadamente o
custo da atividade no entreposto e o custo derivado do transporte da mercadoria até às lojas. É
calculado o valor por caixa do custo de entreposto – denominado por M1 – e o valor por caixa
do custo de transporte – denominado M2.
(1)
(2)
Como se pode perceber, este modelo não permite a alocação de custos dependendo do
artigo/categoria a que este pertence. Um valor por caixa é atribuído aos produtos dependendo
do fluxo (entreposto) em que estes se encontram, não sendo pormenorizado esse valor
consoante a categoria. Sendo que cada categoria é rececionada no entreposto em volumes
diferentes, com diferentes frequências, os custos associados a cada categoria é variável. No
modelo anterior, o custo de transportar uma caixa, independentemente da origem do artigo, é
idêntico para qualquer um. Contudo diferentes artigos têm uma volumetria diferente e, por
esse motivo, deveriam ter associados custos distintos.
A criação de um modelo de custeio que permita diferenciar estes custos dependendo das
atividades necessárias para a expedição de uma determinada categoria, criará na empresa um
melhor entendimento dos custos envolvidos e uma mais correta solicitação de pagamento às
lojas.
O desenvolvimento do modelo a realizar irá ter como foco os entrepostos do polo da Maia,
que fazem a distribuição dos produtos alimentares para as lojas Continente, Modelo, Bom dia,
Bom Bocado, Meu Super e Continente Ice. Contudo, o modelo será criado com o intuito de
ser facilmente adaptado aos restantes entrepostos existentes, um vez que as atividades aí
decorrentes são semelhantes àquelas que acontecem nos vários entrepostos da Maia.
12
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Nas seguintes secções serão apresentados conceitos importantes para uma melhor perceção do
problema e sua consequente resolução. Primeiramente, será apresentada a divisão dos artigos
dentro da empresa de acordo com a sua unidade de negócio e categoria. Posteriormente serão
analisadas as várias atividades a decorrer nos diferentes entrepostos, de maneira a facilmente
se entender o processo logístico desempenhado na empresa. Para finalizar, todos os custos
envolvidos na operação, e como tal a serem considerados no modelo, serão apresentados e
brevemente explicados.
Como referido anteriormente, uma alargada gama de produtos é comercializada através das
várias insígnias que a Sonae detém. Considerando todas as insígnias pertencentes tanto ao
grupo Sonae MC como Sonae SR existem 15 macro divisões realizadas pela empresa. A
Tabela 1 (dados fornecidos pela Sonae) apresenta essas mesmas divisões.
Tabela 1 - Divisões do negócio
NOME DA DIVISÃO
ALIMENTAR
PERECÍVEIS
BOM BOCADO
SPORT ZONE
BAZAR LIGEIRO
TÊXTIL
BAZAR PESADO
CANAL GROSSISTA
POSTOS ABASTECIMENTO
SERVIÇOS FINANCEIROS
ADMINISTRATIVA
RESTAURAÇÃO
WELLS
T.P.A.
CONS/GG E FARDAMENTO
Como o modelo desenvolvido fará enfase nos entrepostos da Maia, apenas as divisões
ALIMENTAR, PERECÍVEIS, BOM BOCADO e BAZAR LIGEIRO serão incluídas nesta
análise, uma vez que este polo apenas efetua expedição para produtos incluídos nestas
divisões. No ANEXO A é possível encontrar, para cada divisão, as respetivas categorias
(código e nome). É importante apresentar estes dados uma vez que o modelo desenvolvido
estará assente nesta divisão por categorias. Apesar de no ANEXO A estarem enumeradas
todas as categorias das referidas divisões, os produtos expedidos dos entrepostos da Maia não
são representativos da totalidade dessas categorias. Assim sendo, as categorias a serem
incluídas neste modelo de custeio estão enunciadas na Tabela 2.
Tabela 2 - Categorias de artigos definidos em sistema
14
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
artigo é também crucial para esta decisão uma vez que, para produtos de alta rotação, torna-se
mais complicado garantir a entrega de grandes quantidades e com frequência elevada no fluxo
PBL. É também facilmente percetível que um produto com data de validade reduzida não
pode ser mantido em stock durante um longo período de tempo e, como tal, é um bom
candidato para ser processado em fluxo PBL.
Nesta secção serão apresentadas com maior pormenor as atividades executadas no entreposto
de artigos ambiente e em fluxo PBL. O diagrama da Figura 4 esquematiza essas mesmas
atividades, sendo estas posteriormente detalhadas.
•Alocação ao cais
•Análise da fatura e
introdução de
dados •Tesa filmar
•Picking à
Receção
•Impressão de Picking- completa Prepara •Transportar Expediç Carregar
etiquetas by-line •Pcking à ção para o cais ão veículo
de
•Descarga caixa
expedição
•Conferência de
mercadoria
•Criação do batch
Antes de ser realizada a receção propriamente do fornecedor e respetivos artigos, existe uma
programação de entregas que permite um planeamento estruturado das chegadas dos
fornecedores ao longo do dia. Normalmente este agendamento é cumprido pelos fornecedores,
sendo realizados alguns ajustes quando algumas alterações acontecem. Este agendamento é
essencial na medida em que evita a chegada de um número elevado de fornecedores no
mesmo período de tempo, facilitando o processo de receção. As seguintes ações são então
executadas neste fluxo:
Receção – dentro desta atividade é possível diferenciar vários momentos. Todos eles
são responsáveis por colocar os artigos disponíveis para a preparação (picking).
o Receção do fornecedor na portaria – quando o veículo de transporte do
fornecedor chega ao entreposto, este é recebido na portaria, onde é verificada a
data e horas previstas para a chegada do mesmo. Estando de acordo com o
estipulado, o colaborador está encarregue de realizar a abertura da encomenda
em sistema e o fornecedor tem ordem para entrar;
o Alocação do veículo a um cais de descarga – no momento em que é dada a
ordem de encostar um veículo, o conferente deve atribuir um cais e comunicar
essa decisão;
o Análise da fatura e introdução dos dados no sistema (EXE) – o fornecedor
deve entregar a fatura/guia de transporte ao administrativo, que irá fazer a
verificação e introdução de quantidades e artigos presentes na fatura, isto é, a
entrega declarada pelo fornecedor, comparando com os valores solicitados na
ordem de compra. Caso ocorra um erro na entrega, devido, ou à quantidade a
ser entregue pelo fornecedor não corresponder à solicitada, ou ao produto não
ser entregue de todo, a informação correspondente a esta receção é alterada em
sistema pelo administrativo. A cada artigo rececionado está associada uma
15
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
16
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Picking-
Reaprovisionamento by-store
Baixar completa
As tarefas apresentadas para o PBL são idênticas às realizadas neste entreposto até ao
momento de criação de batch. Esta atividade não está presente em PBS uma vez que só são
rececionadas paletes completas, com apenas um artigo, que serão posteriormente arrumadas.
Assim sendo, partindo da tarefa de receção é possível acrescentar as seguintes ações:
Arrumação – após a receção das paletes e de todo o processo de as colocar em sistema,
uma posição de stock dentro do armazém é atribuída a cada uma das paletes. Um
conjunto de operadores de máquinas está encarregue de colocar as paletes
rececionadas no respetivo local utilizando veículos retráteis.
Reaprovisionamento – as localizações de picking têm de ser abastecidas pelos
operadores de máquinas. Estes, igualmente com o auxílio de um retrátil, recebem a
informação da localização de stock onde a palete a reaprovisionar se encontra, bem
como a localização de picking onde devem colocá-la.
Picking – o picking é realizado de modo diferente no entreposto Ambiente PBS, tal
como referido anteriormente. Os picker’s recebem uma tarefa que consiste no
abastecimento de uma palete para uma loja. Iniciam tarefa com uma palete vazia e
dirigem-se aos locais de picking referidos pelo “voice picking” e onde os artigos se
encontram disponíveis. No final da tarefa possuem uma palete completa para uma
determinada loja que podem colocar no cais de expedição correspondente (tal como no
PBL). Os picker’s realizam esta tarefa com o auxílio de máquinas “porta-combis”.
Baixar completa – sendo os produtos alocados a este entreposto caracterizados pela
sua alta rotação, é frequente a existência de pedidos por parte das lojas de quantidades
correspondentes a paletes completas de um determinado artigo. Para tal, os operadores
de retráteis estão também encarregues de retirar o artigo da posição de stock e colocá-
lo no cais de expedição respetivo à loja em questão.
Preparação – à medida que os operadores vão realizando o picking da loja, devem ir
tesa-filmando a palete garantindo a estabilidade desta. No final do picking estas são
colocadas no cais de expedição correspondente à loja preparada. Como tal, a
preparação engloba apenas uma melhor consolidação da estiva e a colocação da palete
no cais de expedição.
Expedição – tal como o que ocorre em PBL as paletes são colocadas em camiões pelos
operadores de cargas de acordo com as lojas que vão abastecer.
17
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
O entreposto de artigos congelados está dividido em duas zonas. Existe uma zona que é
mantida à temperatura de 4º C e é onde a receção das paletes é efetuada, bem como o seu
controlo de qualidade. Numa outra zona, à temperatura de -23º C, é efetuada a armazenagem
dos artigos e a sua preparação para as lojas, sendo posteriormente colocadas as paletes nos
cais respetivos também no mesmo espaço. As atividades praticadas neste entreposto são
semelhantes às que ocorrem no entreposto ambiente PBS. O principal fator diferenciador
prende-se com a utilização de um vasto automatismo neste entreposto. Em primeiro lugar, o
espaço físico ocupado por este entreposto é um mezanino com 4 andares. Este tipo de
armazém permite rentabilizar espaço, o que no caso de um armazém para artigos com
temperaturas negativas é essencial, visto existir um grande gasto de energia para preservar o
espaço a essa temperatura. Na base deste mezanino encontra-se a zona de expedição, onde se
podem encontrar os cais correspondentes a cada loja. Nos restantes andares estão situadas as
localizações de picking dos vários artigos, estando no nível 1 os artigos referentes a padaria e
peixe congelado, no segundo andar artigos de alta rotação e no nível 3 pizzas e sobremesas. A
stockagem é realizada recorrendo a racks móveis com dois corredores de entrada. Mais uma
vez, o objetivo desta tecnologia é otimizar o espaço no entreposto de modo a controlar a
energia consumida. O método de entrada das paletes na zona de armazenagem é realizado
com o auxílio de um mecanismo de tapetes rolantes. As paletes são então colocadas uma de
cada vez num tapete de entrada na zona dos 4º C que as conduz para o interior do entreposto
onde, mais uma vez, existe um conjunto de tapetes que dispõe as paletes de modo a facilitar a
sua stockagem por parte dos operadores de retráteis.
Neste departamento é realizado o planeamento das rotas a efetuar e o controlo de toda a frota
para expedição das encomendas. A frota existente é contratada a empresas de transportes tal
como, Luís Simões, Tracar, entre outras. Os contratos para os veículos podem variar
conforme apresentado na Tabela 3. O valor do contrato depende do número de quilómetros
que o camião irá realizar num período de tempo e que é definido à priori. Assim sendo,
aquando do planeamento, é importante ter em atenção o número de quilómetros já realizados
por cada camião tentando sempre equilibrar estes valores entre os vários veículos.
18
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Este departamento realiza a comunicação entre o entreposto e as lojas, não existindo ligação
direta entre estes. Este procedimento facilita a comunicação, uma vez que diminui o número
de ligações do entreposto para resolver eventuais problemas. As principais atividades
desenvolvidas por este departamento são:
Resolução de quebras – estas são situações em que um artigo chega danificado à loja,
não podendo ser colocado para comercialização. A loja comunica o sucedido ao
serviço de ligação às lojas, enviando fotos que comprovem o sucedido e o registo R.O.
Após análise, é possível dar razão à loja indicando a destruição/doação do artigo ou,
caso necessário envio para o entreposto. Um procedimento de transfer out é criado no
sistema bem como uma nota de devolução. Estas quebras podem ser resultantes do
mau manuseamento por parte do motorista que não realizou a descarga da palete
corretamente, sendo o acontecimento comunicado ao Departamento de Transportes.
Outro motivo para a ocorrência de quebras, poderá ser o mau acondicionamento do
artigo por parte do fornecedor, provocando fragilidade aquando da paletização;
Resolução de falhas – quando a encomenda realizada pela loja não corresponde aos
artigos recebidos é necessário comunicar ao entreposto a situação para que sejam
tomadas as devidas ações. Quando a falha sucede no número de caixas recebidas,
existe um fator monetário (W), associado a cada loja, que cobre essas falhas para
colmatar este erro. Quando a falha é referente a uma palete inteira é necessário um
procedimento diferente. Neste caso é necessário verificar o ocorrido, se a palete ficou
19
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
no entreposto, se foi entregue noutra loja (caso a rota seja mista), de modo a não
cobrar à loja pelos artigos que não foram por ela rececionados;
Devoluções – a permissão para ser realizada uma devolução ao entreposto é dada por
este departamento, bem como o agendamento da recolha da mesma;
Antecipação de entrega – quando as lojas pretendem receber antecipadamente uma
determinada encomenda, seja por motivo de rutura ou outro, podem solicitá-lo à
ligação às lojas que irão decidir, atendendo à disponibilidade do entreposto, a sua
execução ou não;
Anulação de encomenda – o pedido de anulação de uma encomenda é realizado
através da ligação às lojas que aceitam ou não essa solicitação;
Pedido de reforço de artigo – este procedimento é muito comum nos artigos de TC.
Quando as encomendas realizadas pelas lojas relativas a um dia já passaram todas para
o sistema, deixa de ser possível às lojas realizar uma nova encomenda apenas através
de sistema. Assim, a ligação às lojas deve ser informada dessa necessidade e verificar
com o entreposto se esse pedido poderá ser aceite. Isto depende do estado de
preparação da loja, bem como da disponibilidade do artigo em causa.
Existe um conjunto de atividades efetuadas por pessoal pertencente à estrutura de apoio que
dão suporte às atividades realizadas no entreposto. Entre estas incluem-se atividades de
direção tanto ao nível de topo (diretor de logística mais pessoal afeto) como ao nível
operacional (diretor do entreposto e colaboradores diretos), atividades de controlo de compras
internacionais, atividades para o desenvolvimento e melhoria de processos e atividades de
recursos humanos.
20
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Na secção 2.3 foram já nomeados alguns dos custos que estão presentes nas atividades
logísticas. No caso concreto da Sonae é possível identificar uma numerosa quantidade de
fontes de custo que estão associadas às atividades praticadas na empresa. Nas seguintes
secções serão apresentados os principais custos envolvidos em toda a operação logística da
empresa. Estes estarão divididos em grandes grupos, havendo alguns compostos por várias
rúbricas. Por motivos de confidencialidade não serão apresentados os valores reais dos custos
envolvidos. Serão mostradas essencialmente percentagens referentes aos mesmos e, quando a
apresentação desses valores for importante para a compreensão do projeto, estes serão
apresentados de forma transformada, multiplicados por um fator de distorção.
Para a identificação dos custos apresentados de seguida, procedeu-se ao estudo detalhado dos
processos da empresa, tal como foi já demonstrado na secção 3.2, e foram utilizados sistemas
informáticos detentores de alguma dessa informação, bem como relatórios e contas da
atividade. As próximas secções serão divididas da seguinte forma: para começar serão
detalhados os custos referidos às atividades operacionais core efetuadas nos entrepostos;
posteriormente serão apresentados os custos relacionados com estruturas de apoio a essas
atividades. Os custos derivados da atividade de transporte serão apresentados no final. A
opção de apresentar os custos de transportes separadamente dos custos dos entrepostos foi
tomada no sentido de manter alguma coerência com o modelo em vigor atualmente,
facilitando assim a comparação de resultados.
3.3.1.1 Pessoal
21
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Para garantir todas as condições dos colaboradores na execução das suas tarefas, alguns
gastos como vestuário, deslocações, formações, entre outros, estão envolvidos na operação.
Na tabela abaixo é possível encontrar todos os gastos incluídos na rúbrica “Custos com
equipas”.
Tabela 5 - Elementos de custos com equipas
Custos com equipas
combustíveis
manutenção
veículos-outros
avião
outros transp./portagens
hotéis/restaurantes
deslocações-outros
ald
vestuário pessoal
formação/seminários
seleção de pessoal
3.3.1.3 Eletricidade
Como em qualquer empresa, independentemente da área de negócio em que esta atua, para
desempenhar as suas tarefas é essencial o recurso a eletricidade em várias atividades. Para o
uso dos computadores (equipamento indispensável nas empresas) é necessária eletricidade,
para carregar as baterias (de retráteis, voice picking, entre outros), para iluminação, etc.
3.3.1.4 Segurança
3.3.1.5 Limpeza
Limpeza
serviços de limpeza
material de higiene e limpeza
remoção/compactação de lixo
22
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Dentro dos gastos existentes com materiais, destacam-se os gastos com rolos de filme, água e
etiquetas. Relativamente aos rolos de filme, estes são usados na consolidação das paletes
preparadas para as lojas. Quanto ao gasto de água, dependendo do entreposto em questão, esta
é utilizada para consumo dos operadores, para casas de banho ou para a criação de frio. As
etiquetas são consumidas na receção bem como na expedição. A Tabela 7 detalha os
elementos desta rúbrica.
Tabela 7 - Elementos de custos com consumo de materiais
Consumo de materiais
ferramentas desg. Rápido
rolos de caixas
sacos de clientes
decoração
etiquetas
rolos de filme
caixas
material de embalagem
água
ar condicionado
combustíveis (não viaturas)
consumíveis-outros
cons. Materiais-outros
O processo de receção e expedição requer de meios de suporte à sua atividade. De entre estes
recursos destacam-se os gastos com impressos e os seguros realizados para a proteção da
mercadoria que passa pelo entreposto. Todos os gastos relativos a este processo estão
descriminados na tabela que se segue.
Tabela 8 - Elementos de custos administrativos
Custos administrativos
telefone fixo
telefone móvel
correios
material informático
material de escritório
impressos
contencioso e notariado
documentação técnica
seguros
impostos
honorários roc/auditores
correio expresso
custos administrativos-outros
23
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Vários são os equipamentos necessários para a atividade no entreposto, tal como apresentado
na Tabela 9. Desde equipamento de frio essencialmente para os entrepostos de Temperatura
Controlada e Congelados, máquinas como retráteis, portacombis ou transpaletes, ou
equipamento para o voice-picking (head-sets e computadores).
Tabela 9 - Elementos de custos com manutenção de equipamentos
Manutenção de equipamentos
equipamento de frio
equip. de transporte-não veículo
instalações especiais
jardins
sistema de segurança
balanças
equipamento elétrico
ar condicionado
manutenção de equip. informático
manutenção de equip. comunicação
manutenção-outros
Nesta conta cairiam gastos com entregas realizadas pelo entreposto a clientes. No caso
concreto da divisão Alimentar não existe a realização desta tarefa e como tal este é um valor
inexistente nas contas. Esta tarefa é frequente na divisão de Bazar Pesado em que os artigos
são muitas vezes enviados diretamente ao consumidor.
3.3.1.11 Transporte
24
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Existem algumas atividades no entreposto que não são centrais para a função principal da
operação logística, colocar o produto à disposição do consumidor. Os gastos e proveitos
gerados por essas atividades são registados numa conta de outros FSE (Tabela 10). Exemplos
dessas atividades são a venda de paletes “brancas” (entregas de fornecedores efetuadas sem
recorrer ao aluguer de paletes), aluguer de espaço no entreposto, etc.
Tabela 10 - Elementos de custos com outros FSE
Outros FSE
outros fse-outros
trabalhos especializados
aluguer de outros equipamentos
análises laboratoriais
estudos e projetos
3.3.1.13 Imobiliário
Para a execução da operação logística, é necessário existir um suporte físico de edifícios. Tal
como foi já referido, no polo da Maia existem quatro entrepostos, estando a cada um desses
edifícios associados custos de renda, de manutenção, entre outros. A Tabela 11 representa
todos os custos relacionados com imobiliário.
Tabela 11 - Elementos de custos com imobiliário
Imobiliário
rendas de edifícios
recebimento de rendas
outras rendas de edifícios
centros comerciais
manutenção de edifícios
fee imobiliário
imposto municipal s/imóvel
3.3.1.14 Publicidade
Esta é uma rúbrica considerada nas contas da empresa apesar de, para o entreposto, ser um
valor praticamente nulo. A publicidade aqui considerada é referente a cartazes colocados no
entreposto.
Tal como as rúbricas Entregas ao domicílio e Transportes este é um campo que se encontra a
zeros para o entreposto, sendo considerado caso existissem entregas do entreposto
diretamente ao cliente. Contudo esta rúbrica é mais detalhada na Tabela 12.
Tabela 12 - Elementos de custos com despesas com vendas
25
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Toda a atividade está suportada por uma vasta rede informática. O EXE é o principal software
utilizado no entreposto e, tendo várias funcionalidades, toda a atividade logística está nele
assente. As encomendas realizadas pelas lojas caem na base de dados do sistema, quando os
fornecedores entregam a sua encomenda esta é comparada com a base de dados e registada
por um administrativo no sistema, seguindo-se a organização do picking, arrumação e
reaprovisionamento. Para além do custo de manutenção deste sistema, existem vários outros
custos associados a toda a rede informática implementada na empresa, incluído a própria
comunicação de dados. A Tabela 13 aprofunda os elementos pertencentes ao Dados e
informática.
Tabela 13 - Elementos de custos com dados e informática
Dados e informática
comunicação de dados - fixa
fee informático
renda equipamento informático
manutenção software
serviços informáticos
manutenção de centrais telefónicas
comunicação de dados
contratos eq. informático
suporte - contratação serviços
imp. - renda eq. Informático
imp. - manutenção software
imp. - projetos - custos
manutenção centrais telefónicas
imp. - custos de equipa si ru…
imp. - custos de equipa si cha…
Neste ponto são registados receitas e custos extraordinários não contemplados nos pontos
anteriores de “Operadores externos” e “Outros FSE”.
Tabela 14 - Elementos de custos com receitas e custos diversos
26
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
questão. Os custos envolvidos nesta atividade são essencialmente custos com pessoal e
imobiliário.
A operação logística não se limita apenas à preparação das encomendas para as lojas e sua
expedição. Para que as atividades no entreposto sejam realizadas com a maior eficácia e
eficiência é imprescindível uma estrutura de suporte que crie as condições necessárias para
tal. Estas são estruturas que se encontram a um nível mais estratégico e de desenvolvimento
visando a tomada de decisões.
Uma outra equipa, desta vez um pouco mais operacional, está encarregue de coordenar a
atividade dos entrepostos. Decisões para a resolução de problemas mais operacionais, para
orientação diária das operações são efetuadas por esta equipa. Estes custos são relativos ao
diretor do entreposto e pessoal afeto.
Os gastos presentes neste ponto são referentes à importação de alguns artigos. Para tal,
existem custos administrativos de agendamento e planificação destas receções, bem como
gastos devido ao aluguer de contentores, taxas alfandegárias, gastos devido a atrasos no
levantamento de contentores, entre outros.
Uma estrutura de apoio à operação logística passa pela gestão de pessoas de modo a
maximizar o potencial retirado das contratações efetuadas. Também é fundamental alinhar os
27
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
objetivos individuais com os objetivos da organização. Para isso, está atribuída à operação
logística um grupo de colaboradores que executam essas atividades. Esse grupo de pessoal de
recursos humanos origina gastos de salários, bem como alguns encargos de funcionamento.
28
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
4.1 Introdução
Recursos
Cost drivers de
recurso
Atividades
Cost drivers de
atividade
Objetos
de custo
Para a definição das atividades a considerar no modelo a ser realizado, foi necessário
despender um conjunto de dias a analisar e visualizar as tarefas executadas em cada um dos
entrepostos da empresa, identificando o fluxo físico dos artigos. As atividades identificadas
serão apresentadas de seguida. É necessário referir que incluídas nas atividades identificadas
estão outras micro atividades. Considerando a dimensão da empresa, é compreensível o
número ilimitado de pequenas atividades executadas em toda a operação. O número de
atividades consideradas e, consequentemente, o nível de agregação determinado, depende da
profundidade que o modelo pretende representar. A decisão pelas atividades apresentadas
esteve assente em observações de campo, questionários a colaboradores, tanto da operação,
como da administração, no valor criado por cada uma, nos recursos envolvidos, bem como na
possibilidade de se isolar os dados a elas referentes. No final, após a recolha de todos os
dados, estes foram comparados para definir o conjunto de atividades.
30
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
RECEÇÃO
A atividade de receção é um dos casos em que estão incluídas várias micro atividades. O
diagrama apresentado na Figura 8 é representativo das tarefas executadas aquando da receção.
Algumas dessas atividades envolvem poucos ou mesmo nenhuns recursos, enquanto outras
dependem de vários.
2.Administrativo
1.Chegada do regista em sistema a 3.Impressão de
etiquetas de receção 4.Descarga
fornecedor ao cais entrega que está a ser
realizada para cada SKU
5.Conferência de cada
6.Criação do batch (no etiqueta para verificar
caso do PBL) que confere com o
rececionado
Recursos utilizados:
1. Espaço exterior para aparcar o veículo1.
2. Pessoal – administrativo de receção; equipamento informático; eletricidade;
segurança; limpeza; imobiliário.
3. Equipamento informático; material informático; material de escritório.
4. Equipamento de transporte não veículo (transpalete).
5. Pessoal – conferente de receção; equipamento informático, balança.
6. Pessoal – conferente de receção; equipamento informático.
ARRUMAÇÃO
Após a receção dos artigos, quando estamos presentes num fluxo PBS (como é o caso do
Ambiente PBS e dos Congelados), é necessário proceder à arrumação, colocação nos racks,
das paletes rececionadas. Essa atividade é realizada por operadores de máquinas utilizando
retráteis para a colocação da palete na respetiva localização, com o auxílio de equipamento
informático e de comunicação que indicam a localização de stock.
STOCKAGEM
Mais uma vez, na presença de um fluxo PBS, é essencial manter um nível de stock de artigos
adequado à atividade da empresa. Assim, a atividade de manter esse stock, tem associado um
custo relativo a espaço ocupado.
PICKING - À COMPLETA
Em PBL:
Existe a possibilidade de expedir para as lojas paletes completas, tal como foram rececionadas
(com a mesma quantidade). Nesta situação, um operador responsável pelo tratamento das
mesmas, está encarregue de identificar a palete e a loja para onde esta deve ser entregue e
colocá-la no cais respetivo.
Em PBS:
1
Espaço que não está incluído nas contas da operação logística
31
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
A ideia desta atividade em PBS é idêntica à do PBL. Contudo, uma vez que existe stock, os
operadores de máquinas estão encarregues de efetuar o picking destas paletes. Uma tarefa é
atribuída a um operador, que vai até ao local de stock, retira a palete e coloca-a no cais de
expedição da respetiva loja.
Recursos utilizados:
1. Pessoal – operador de máquinas; equipamento informático; equipamento de comunicação
2. Pessoal – operador de máquinas; equipamento informático; equipamento de comunicação
3. Pessoal – operador de máquinas; equipamento de transporte não veículo (transpalete no
caso do PBL; retrátil no caso do PBS).
PICKING – À CAIXA
Em PBL:
Esta atividade envolve a identificação da palete que vai ser distribuída pelas lojas e a sua
consequente divisão através das ordens dadas pelo “voice picking”.
Em PBS:
A atividade de picking é iniciada com o picker a preencher uma palete, para uma loja,
percorrendo os corredores e recolhendo os artigos e quantidades indicados pelo “voice
picking”.
Recursos utilizados:
1. PBL – Pessoal – picker; equipamento informático; equipamento de comunicação.
2. PBS - Pessoal – picker; equipamento informático; equipamento de comunicação;
equipamento de transporte não veículo (porta-combis).
REAPROVISIONAMENTO
Outra das atividades que está associada apenas ao fluxo PBS é o reaprovisionamento das
localizações de picking com o artigo respetivo. Os operadores de máquinas estão encarregues
de se dirigirem à localização de stock onde o artigo está e colocá-lo na respetiva localização
de picking. Para isso seguem as indicações fornecidas pelo equipamento informático e de
comunicação, e movem-se usando retráteis.
PREPARAÇÃO
Quando o picking está finalizado, é necessário consolidar as paletes para as colocar nos
veículos para expedição. Essa consolidação envolve os operadores de picking que são os
responsáveis por essa atividade e o material utilizado. Esse material é rolo de tesa filme que
irá envolver todas as paletes conferindo-lhes maior estabilidade.
32
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
EXPEDIÇÃO
Uma equipa está encarregue de efetuar a conferência da mercadoria a ser expedida. Esta
conferência depende do volume de caixas expedido em cada palete. Existe portanto um
método de decisão que permite saber quantas paletes devem ser conferidas diariamente.
Conferência da Impressão de
Carga do camião
mercadoria a etiquetas para
a expedir
ser expedida palestre mestra
Recursos utilizados:
1. Pessoal – conferentes de expedição (CCME);
2. Consumo de materiais – etiquetas;
3. Pessoal – operadores de carga; Equipamento de transporte não veículo (transpaletes).
33
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
4.3 Recursos
Para recolher a informação do valor dos recursos utilizados foi definido como espaço
temporal o ano de 2011. No ANEXO C encontra-se uma tabela em que é possível observar o
peso de cada um dos recursos utilizados na operação para cada um dos entrepostos.
Analisando a influência de cada uma das rúbricas nos quatro entrepostos é possível constatar
que as que mais se destacam são comuns aos quatro entrepostos e são o pessoal e o
imobiliário. Estando a ser analisada a operação logística, os recursos encontrados como sendo
mais significativos estão congruentes com a atividade da operação, pois a concretização de
toda a atividade está dependente de pessoal e carece de um elevado espaço para atuar. No
caso dos entrepostos de Temperatura Controlada e Congelados, verifica-se um aumento do
valor relativo da eletricidade, explicado pelos mecanismos utilizados para fazer frio.
Os valores que permitiram calcular as percentagens apresentadas no ANEXO C foram
determinados utilizando informação disponibilizada pela empresa. Foi permitido o acesso às
contas de exploração dos entrepostos. Uma só conta é referente aos entrepostos de Ambiente
(PBL e PBS) apesar de estes estarem a ser tratados isoladamente no projeto. Separadamente,
os valores do entreposto de TC e de Congelados podem ser encontrados em outras duas
contas de exploração. No entanto, relativamente às estruturas de suporte, o valor
disponibilizado corresponde à totalidade referente ao polo da Maia. Estando a ser criado um
modelo de custeio para cada entreposto foi necessário associar os valores de cada estrutura de
apoio aos diferentes entrepostos.
34
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
A imputação do valor de Logística Inversa para cada entreposto foi ponderada pelo número de
caixas devolvidas em cada um deles. A divisão dos gastos com “Logística Internacional”,
“Direção e ligação ao negócio”, “Desenvolvimento logístico e processos” e “Recursos
humanos” requereu uma maior dinâmica. Os valores aos quais foi conseguido o acesso
correspondem ao conjunto da Sonae MC e Sonae SR. Assim, previamente foi necessário
associar uma parte da totalidade deste valor à logística alimentar (Sonae MC, que está a ser
tratada no presente relatório). Pela própria empresa está definido que 50% do valor total
destas atividades recai sobre o alimentar, sendo o restante associado à Sonae SR. Dentro dos
50% do alimentar, foi necessário distinguir o polo da Maia do da Azambuja. Assim, o número
total de caixas expedidas a partir de cada polo foi utilizado como agente separador.
Conseguindo um valor para o polo da Maia, foi possível tratar estas atividades. A “Logística
Internacional” foi pesada pelo número de caixas importadas rececionadas em cada entreposto,
enquanto “Direção e ligação ao negócio”, “Desenvolvimento logístico e processos” e
“Recursos humanos”, pertencendo à estrutura, utilizaram como método de imputação o
número total de caixas expedidas em PBS e PBL.
De seguida, foi necessário estudar um método de imputação dos valores referentes ao
Ambiente para os dois entrepostos. Através de dados do sistema é possível ter acesso ao
número de colaboradores a operar em cada entreposto com a seguinte divisão: Supervisor;
Chefias; Picker’s; Operadores de máquinas; Conferentes de receção; Administrativos;
Operadores cargas; Recuperadores de quebras; e Empilhadores. Assim sendo, a divisão do
custo com pessoal entre os dois entrepostos recaiu no número de operadores, com
determinada função, em cada entreposto. O custo com equipas está diretamente relacionado
com o número de colaboradores a operar em cada entreposto, sendo esse o método utilizado.
Uma vez que o controlo realizado nos entrepostos incide essencialmente nas pessoas, o
mesmo método foi utilizado na divisão da Segurança. Relativamente à eletricidade e limpeza,
foi possível obter a informação respeitante ao valor mensal associado aos dois entrepostos.
Os materiais consumidos resultam de diferentes ações sendo no ANEXO D apresentados os
diferentes componentes dos grandes grupos de recursos, bem como o seu respetivo peso em
cada entreposto. Dentro dos materiais consumidos destaca-se o rolo de filme, utilizado na
consolidação das paletes preparadas para as lojas. Uma vez que a quantidade de filme usado
depende do volume da palete, foi exatamente esse o critério utilizado para a divisão nos dois
entrepostos, volume total expedido. A água foi dividida utilizando o mesmo critério do custo
com equipas, uma vez que, nestes entrepostos, esta serve essencialmente para o consumo dos
colaboradores. Sendo as etiquetas usadas na receção e expedição dos artigos, a separação foi
feita atendendo à proporção de linhas de receção mais expedição realizadas. Quanto às caixas
e embalagens, uma vez que são usadas no tratamento de quebra, só realizado no entreposto
PBS, o valor recaiu na totalidade sobre este. Os restantes valores de materiais foram
distribuídos em proporção das caixas expedidas uma vez que não são atribuídos a nenhuma
atividade específica.
Analisando os custos administrativos, destacam-se os seguros e impressos. Os seguros são
efetuados para proteção das mercadorias no interior dos armazéns, sendo por isso divididos
em função do número de caixas rececionadas. Já os impressos são utilizados no processo
administrativo de receção e expedição, bem como o material de escritório e informático, tendo
sido divididos na proporção de linhas de receção mais expedição. Uma vez mais, os restantes
foram divididos de acordo com o número de caixas. Para a divisão de transporte não veículo,
foi recolhida informação relativa ao valor despendido na manutenção de cada tipo de
máquina, bem como ao número de máquinas existentes em cada entreposto. Multiplicando o
35
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
valor de manutenção de cada máquina pela sua quantidade em cada entreposto e dividindo
pelo valor total, obtém-se a percentagem do custo de manutenção nos dois entrepostos. O
equipamento informático inclui as pistolas utilizadas na receção e os computadores utilizados
pelos picker’s, tendo sido divididos em função do número de colaboradores nessas duas
tarefas em cada entreposto. Já o equipamento de comunicação (head-sets) é utilizado apenas
na execução do picking.
Apesar de presente como um recurso, não existem entregas ao domicílio a partir do
entreposto, nem transporte (mencionado anteriormente na secção 3.3.1.11), nem despesas com
vendas. A divisão do imobiliário foi realizada em função do espaço utilizado por cada
operação (PBS ou PBL). O custeio da operação logística também inclui as receitas obtidas
derivadas de algumas atividades. A rúbrica Outros FSE representa essencialmente uma
atividade que envolve a venda das paletes brancas. Apesar da totalidade do valor estar a ser
apresentado na conta referente ao ambiente, este deverá ser imputado aos quatro entrepostos,
em função do número de paletes brancas rececionadas em cada em deles. Os restantes valores
apresentados no ANEXO D são referentes a recursos de estrutura como foi já explicado
anteriormente. Por essa razão, foi utilizado o mesmo método de imputação acima
apresentado: o número de caixas expedidas.
A definição dos objetos de custo foi efetuada logo à partida quando foram apresentados os
objetivos do modelo. O pretendido com este projeto é o custeio à caixa de cada uma das
categorias presentes nos entrepostos. Uma vez que as atividades decorridas nos quatro
entrepostos são distintas, todas as categorias foram custeadas para cada um dos quatro
entrepostos. Os objetos de custo são portanto, as categorias de artigos existentes para cada
entreposto.
36
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
picking à completa, no caso do Ambiente PBL e TC, é realizado por um conferente de receção
que ao mesmo tempo que receciona as paletes que serão expedidas à completa, coloca-as nos
respetivos cais. No caso do Ambiente PBS e Congelados, o picking à completa é realizado por
operadores de máquinas que também realizam as tarefas de stockagem e reaprovisionamento.
Por esta razão é necessário dividir o valor dos colaboradores de máquinas pelas três
atividades. Em relação aos operadores de máquinas, o sistema, para além do número de
colaboradores, regista também o tipo de tarefas executadas (picking à completa; stockagem;
reaprovisionamento) com o respetivo tempo consumido. Procedeu-se à recolha de dados para
um período de 15 dias, em que foram registadas 49164 tarefas para o entreposto Ambiente
PBS e 9577 para os Congelados. Nesses dados estava registado o tempo despendido em cada
uma das tarefas de stockagem, reaprovisionamento e baixar completa. Assim, foi possível
calcular a percentagem de tempo gasto em cada uma das três atividades. A preparação das
paletes para expedição é realizada igualmente pelos picker’s. Através do registo em sistema,
igualmente para um período de 15 dias, foi possível calcular a percentagem de tempo
despendido na atividade de picking e despendido noutras atividades (referentes à preparação).
Quanto à atividade de expedição esta é totalmente executada por operadores de carga,
enquanto na realização da logística inversa estão envolvidos os operadores de devoluções. A
quebra é tratada pelos operadores de quebra e o retorno de vasilhame pelos operadores de
vasilhame. À atividade de suporte estão associados o supervisor e as chefias uma vez que têm
como função garantir o melhor desempenho de toda a operação.
CUSTO COM EQUIPAS
Sendo o custo com equipas dependente do número de colaboradores existentes, o método de
repartição encontrado para dividir este valor pelas atividades foi o número de colaboradores a
operar em cada atividade. Os dados recolhidos anteriormente referentes a pessoal foram uma
mais-valia para a execução desta divisão. Assim sendo, para cada um dos entrepostos, foi
calculado o rácio de colaboradores por atividade.
Tabela 16 - Rácio de colaboradores por atividade Tabela 17 - Rácio de colaboradores por atividade
nos entrepostos Ambiente PBL e TC nos entrepostos Ambiente PBS e CONG
37
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
PBL – picking-by-line
PBS- picking-by-store
TC – Temperatura Controlada
CONG - Congelados
ELETRICIDADE
A repartição do valor de eletricidade pelas várias atividades recaiu na área utilizada para
executar essas atividades. Para cada entreposto utilizou-se a representação em CAD das
respetivas plantas onde foi possível identificar a área utilizada por cada atividade. De referir
que algumas atividades não requerem espaço físico para a sua execução, ou então esse espaço
está associado a outra atividade, como acontece no caso da preparação que é realizada no
local de picking.
Tabela 18 - Área utilizada por cada atividade nos Tabela 19 - Área utilizada por cada atividade nos
entrepostos Ambiente PBL e TC entrepostos Ambiente PBS e CONG
SEGURANÇA
A repartição do valor da segurança foi efetuada do mesmo modo que o custo com equipas.
Isto deve-se ao facto de, como se referiu acima, a segurança ser mantida essencialmente sobre
o pessoal do entreposto controlando os seus movimentos.
38
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
LIMPEZA
Tal como a eletricidade, a limpeza foi distribuída pelas atividades de acordo com a área afeta
a cada uma. Este critério assenta no pressuposto de que a limpeza é realizada a toda a área,
mesmo nos entrepostos de TC e Congelados.
CONSUMO DE MATERIAIS
Incluída nesta rúbrica encontram-se diversos tipos de materiais e, por essa razão, a repartição
realizada foi mais específica e detalhada. Como foi já referido, no ANEXO D encontra-se o
peso de cada componente nas grandes rúbricas. O valor de rolo de filme está associado apenas
à atividade de preparação das paletes recaindo inteiramente nessa atividade. Já a utilização de
etiquetas pertence tanto à receção como à expedição sendo repartida em função do número de
linhas rececionadas e expedidas. As caixas e o material de embalagem são utilizados na
atividade de tratamento de quebras. Como a água é um bem utilizado para consumo dos
colaboradores, a sua divisão foi realizada em função do número de colaboradores em cada
atividade, tal como o custo com equipas, para os entrepostos de Ambiente. O que acontece
nos entrepostos de TC e Congelados é relativamente diferente, uma vez que a água é utilizada
essencialmente para a criação de frio. Assim sendo, este é um recurso de suporte que será
utilizado em todas as atividades. Os restantes recursos apresentados no ANEXO D recaíram
na atividade de suporte, uma vez que não são gerados por nenhuma atividade em concreto.
CUSTOS ADMINISTRATIVOS
Relativamente aos custos administrativos, o material informático, de escritório e os impressos
são utilizados nos processos de receção e expedição. Para imputar esse valor a cada uma das
duas atividades foi utilizado a proporção de linhas rececionadas e expedidas. Os restantes
valores são uma vez mais derivadas de atividades de suporte, sendo por isso alocados a essa
atividade.
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS
O recurso com maior peso nesta rúbrica são as máquinas utilizadas no entreposto
(equipamento de transporte-não veículo). A repartição pelas várias atividades foi exatamente
efetuada de acordo com o tipo e número de máquinas a operar em cada atividade. Os dados
relativos ao valor de manutenção de cada tipo de máquina foram recolhidos, bem como o
número de máquinas em cada entreposto, calculando-se o peso de cada máquina no valor total
da manutenção das máquinas. Da percentagem total relativa a equipamento de transporte não
veículo, foi atribuído a cada atividade um percentual de acordo com as máquinas utilizadas e
o respetivo peso nos encargos com manutenção (ver tabelasTabela 20,Tabela 21,Tabela 22
eTabela 23).
Tabela 20 - Peso do custo de manutenção de cada Tabela 21 - Peso do custo de manutenção de cada
máquina no entreposto PBL máquina no entreposto PBS
39
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Tabela 22 - Peso do custo de manutenção de cada Tabela 23 - Peso do custo de manutenção de cada
máquina no entreposto TC máquina no entreposto CONG
40
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
41
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
de cada categoria multiplicado pelo volume médio (caixa) dessa categoria. A cada
entreposto foi então atribuído o valor correspondente à percentagem do volume expedido
através do mesmo em relação ao volume total expedido pela empresa.
Após a obtenção da matriz que relaciona as atividades com os recursos, segue-se a definição
dos indutores que relacionam as atividades com os objetos de custo. Os objetos de custo, tal
como definido anteriormente, são as categorias de artigos distribuídos pela empresa, mais
propriamente o custeio de cada caixa da respetiva categoria. Para associar os custos das
atividades às categorias respetivas, foi essencial a recolha de um número elevado de dados e o
tratamento dos mesmos. De modo a ir de encontro ao período de tempo a analisar definido
anteriormente, sempre que possível foram recolhidos dados relativos a um ano inteiro, mais
especificamente ao ano de 2011. Quando tal não foi exequível, o tratamento de dados exigiu
alguma extrapolação de informação. No ANEXO E encontra-se a matriz que relaciona as
atividades com os respetivos cost drivers, tanto para o caso do Ambiente PBL e Temperatura
Controlada como para o Ambiente PBS e Congelados.
RECEÇÃO
O processo de receção, que foi já detalhado, depende do número de artigos rececionados, isto
é do número de linhas rececionadas. Isto acontece porque o administrativo ao inserir os dados
no sistema fá-lo em função do artigo a rececionar, sendo impressa uma etiqueta por artigo e a
conferência de mercadoria é realizada ao artigo, assim como o batch, no caso do PBL e
Temperatura Controlada. Assim, foram recolhidos dados relativos ao número de linhas
rececionadas em cada um dos entrepostos, para cada uma das categorias em análise.
ARRUMAÇÃO
A atividade de arrumar as paletes nos respetivos locais de stock, para o caso dos entrepostos
PBS e Congelados, é efetuada em função do número de paletes colocadas em stock. Uma vez
que todas as paletes rececionadas são stockadas, estes dois valores são idênticos. A extração
de dados relativos a um ano inteiro de paletes rececionadas exigia um esforço computacional
não suportado pelo sistema. Foram então obtidos dados relativos ao número de caixas e
suportes rececionadas no primeiro trimestre do ano 2012 para cada categoria, bem como o
número total de caixas rececionadas por categoria no ano de 2011. Foi feita uma extrapolação
através destes dados para o ano de 2011, uma vez que o número de paletes rececionadas está
diretamente relacionado com o número de caixas rececionadas, sendo:
(3)
STOCKAGEM
O valor atribuído a cada categoria relativamente à atividade de a manter em stock, depende do
número de localizações ocupadas por cada categoria. Mensalmente, para um dia específico, é
guardado um registo do número de localizações de stock ocupadas com informação dos
artigos aí reservados. Recolhida essa informação mensal para o ano de 2011, e passando os
dados a refletir o ocorrido à categoria, foram elaborados alguns gráficos de modo a estudar a
evolução do stock ao longo do ano. No ANEXO F é possível encontrar esses gráficos para os
dois entrepostos em questão. Como se verifica pela análise dos gráficos, dentro de cada
categoria, as variações de percentagem de localizações ocupadas por cada categoria não é
42
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
REAPROVISIONAR
Definir um indutor para a atividade de reaprovisionar revelou-se difícil. A recolha de dados
através do sistema não permitiu saber ao certo o número de paletes reaprovisionadas uma vez
que não é registado esse valor com o detalhe da categoria, e os dados que existem são para um
período de tempo insuficiente para realizar uma extrapolação. Assim sendo, desenhou-se um
processo para quantificar o número de reaprovisionamentos efetuados para cada categoria. É
sabido o número de caixas tratadas em picking à caixa para cada categoria. Para estas estarem
disponíveis na zona de picking, foi necessário realizar um reaprovisionamento de uma palete.
Através de um estudo mercadológico foi criado um padrão do número de caixas médio numa
palete para cada categoria e em cada entreposto (visto a tipologia de artigos variar). Assim,
dividindo o número de caixas preparadas em picking pelo número médio de caixas numa
palete, foi calculado o número de reaprovisionamento necessários para esta atividade.
PREPARAÇÃO; EXPEDIÇÃO E TRANSPORTES
Estas três atividades estão relacionadas com o volume expedido de cada categoria. O cálculo
do volume expedido para cada uma das categorias a ser tratadas foi baseado uma vez mais nos
dados logísticos obtidos pelo estudo mercadológico, mais especificamente no volume médio
de uma caixa pertencente a determinada categoria, num dado entreposto. Para o número de
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Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
caixas expedidas de cada categoria no ano de 2011 foi calculado o volume médio ocupado por
estas do seguinte modo:
(6)
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Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Assim sendo, foi utilizado como cost driver para esta atividade o mesmo utilizado para as
atividades de Preparação, Expedição e Transportes.
45
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
∑ (7)
46
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Posteriormente, de modo a ser possível atribuir a correta proporção do valor total da atividade
a cada objeto de custo, calculou-se o custo unitário das atividades. O custo total de cada
atividade foi dividido pela totalidade do valor do cost driver correspondente.
(8)
∑
atividades decorridas em cada entreposto e o respetivo custo para cada categoria de artigos.
Na coluna final encontra-se o valor do custo de distribuição de cada categoria por caixa.
Como a atividade de transporte foi analisada separadamente, outra tabela foi gerada, onde é
apresentado o custo do transporte de uma caixa de cada uma das categorias analisadas e de
acordo com as características do artigo em cada entreposto.
possível retirar algumas conclusões pertinentes que se extraem quer desta análise e quer da
comparação com os valores do modelo anterior.
Começando por analisar o custo total de cada uma das atividades nos diferentes entrepostos,
verifica-se que a atividade desenvolvida no entreposto que representa maiores custos para a
operação logística é a realização de picking à caixa representando entre 32% e 58% dos custos
totais da operação logística e entre 30% e 80% dos custos operacionais. Esta observação é
coerente com o presente na literatura. De facto Petersen and Aase (2004) afirmam que o
“custo de picking constitui entre 50% e 75% dos custos totais operacionais de um armazém
típico”. Também se verifica que este percentual é mais elevado nos entrepostos em que não
existe stock. Isto prende-se com o facto de, para manter stock num entreposto, é necessário
um elevado investimento em imobiliário, representando por isso o custo de stock um valor
substancial.
Uma das questões a serem analisadas com este projeto passava também pela comparação dos
custos envolvidos na expedição em picking à caixa e, por outro lado, em palete completa.
Observando os valores obtidos com o modelo verifica-se que a expedição de artigos à caixa é
bastante mais custosa do que quando expedidos em palete completa. Na Figura 15 está
representada a evolução do custo de uma caixa quando expedida numa palete completa e
quando expedida em picking em função do número de caixas presentes numa palete. Os
valores apresentados não correspondem aos valores reais (devido a motivos de
confidencialidade), tendo sofrido um incremento de igual valor em todos os dados, sendo por
isso representativos da proporção existente entre eles.
12
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
custo por caixa (PC) PBS custo por caixa (picking) PBS custo por caixa (PC) CONG
custo por caixa (picking) CONG custo por caixa (PC) PBL custo por caixa (picking) PBL
Figura 15 - Evolução do custo por caixa expedida em PC ou picking nos diferentes entrepostos
Observando os dados obtidos de custos totais das categorias, verifica-se que a categoria com
maior alocação de custos é “Leite e Bebidas Soja” seguido de “Refrigerantes” no entreposto
de Ambiente PBL, enquanto no entreposto Ambiente PBS são as categorias “Ingredientes
Básicos” e “Prod Papel e Consum.” as que se destacam. Estas são categorias com grande
rotatividade no respetivo entreposto, necessitando de um número elevado de atividades para a
sua expedição. “Iogurtes e Sobrem.” e “Frutas” são as duas categorias com maior alocação
dos custos consumidos no entreposto de Temperatura Controlada. No entreposto de
49
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Congelados, verifica-se uma maior incidência de custos nas categorias “Pão Tradicional” e
“Refeições Congeladas”, ambas com elevada rotatividade no armazém.
Passando agora a analisar o custo por caixa de cada uma das categorias, verifica-se que apesar
de ser a categoria com mais custos associados, quando distribuímos esse valor pelas caixas
expedidas, tanto no entreposto de Ambiente PBL como no de Ambiente PBS, a categoria que
se destaca como tendo o menor custo por caixa é “Leite e Bebidas Soja”. Este facto é
explicado exatamente pela situação referida anteriormente, uma grande quantidade de caixas
desta categoria é expedida em paletes completas, o que significa um baixo custo de picking.
Categoria - Leite e Bebidas Soja - Leite e Bebidas Soja - Frutas - Sobremesas Cong.
com caixa - Bebidas Quentes - Águas - Legumes - Refeições
mais barata Congeladas
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Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
Quando passamos a analisar este custo de transporte até à loja em função da caixa expedida
ocorrem várias modificações. O volume expedido foi calculado recorrendo ao número de
caixas expedidas da categoria e ao volume médio da mesma obtido através dos dados
logísticos existentes. Uma vez que os valores de volume de uma caixa definidos para o
entreposto Ambiente PBL e PBS foram idênticos, visto que os artigos tratados em cada um
têm características semelhantes, e considerando o cálculo do valor de transporte até à loja do
seguinte modo:
(9)
e sendo, (10)
percebe-se que os valores encontrados para estes dois entrepostos teriam que ser idênticos.
Desde modo, as categorias com um valor de transporte por caixa mais elevado são
“Aperitivos” e “Prod Papel e Consum.”. Quanto ao entreposto de Temperatura Controlada
destacam-se as categorias “Ovos” e “Bebidas Frias” e nos Congelados o “Pão Tradicional” e
“Padaria/Pastelaria”.
Comparando os valores obtidos através do novo modelo com os presentes no modelo
implementado algumas categorias sofreram grandes variações. Nos entrepostos Ambiente
PBL e PBS a categoria “Produtos para Cabelo” sofreu uma redução de 73% enquanto a
categoria “Jardim” aumentou o seu custo em 490%. A categoria “Aves”, no entreposto de
Temperatura Controlada, reduziu o seu custo em aproximadamente 70% e “Ovos” aumentou
para o dobro. As principais alterações no entreposto de Congelados foram o “Pão
Tradicional” com um aumento de 230% e “Sobremesas Cong” reduzindo 33%.
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8 ANEXO A
Categorias de produtos
Tabela 25 - Categorias de produtos da divisão Alimentar
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9 ANEXO B
Matriz “Recurso-Atividade” para o entreposto Ambiente PBL
DIRETOS/atividade INDIRETOS/por caixa
Processo de operação no entreposto Direção e
Processo de Tratamento Retorno de Logística Caixas Chep
Custo total Receç Picking - à Picking - à Transportes ligação ao SUPORTE
Preparação Expedição log. Inv de quebra vasilhame internacional transacionadas
do recurso ão completa caixa Negócio
supervisores e chefes de equipa 1
administrativos receção 1
conferentes receção 1
operadores picking 0,79 0,21
operadores stockagem
operadores reaprovisionar
operadores baixar completas 1
op. vasilhame 1
op. devoluções 1
op. quebras 1
op. carga 1
comuns 1
operadores tabaco
operadores de tráfego
equipa administrativa 1
estrutura 1
op. etiquetagem 0,12 0,88
administrativos expedição 1
administrativos devoluções 1
conferentes expedição-CCME 1
Custo com equipas 0,17 0,02 0,52 0,14 0,07 0,00 0,08
Eletricidade 0,05 0,04 0,33 0,08 0,50
Segurança 0,17 0,02 0,52 0,14 0,07 0,00 0,08
Limpeza 0,05 0,04 0,33 0,08 0,50
Consumo de materiais 0,02 0,00 0,03 0,83 0,05 0,00 0,07
Custos administrativos 0,06 0,41 0,53
Manutenção de equipamentos 0,18 0,01 0,50 0,13 0,18
Operadores externos 1
Transporte 1
Outros fse 1
Imobiliário 0,05 0,04 0,33 0,08 0,51
Publicidade 1
Despesas com vendas 1
Dados e informática 1
Receitas e custos diversos 1
Logística inversa 1
Gastos com dir + lig. Neg 1
Gastos estrutura 1
Gastos Log. Internacional 1
Gastos Desenvolvimento logística e processos 1
Gastos Infraestruturas 1
Gastos Recursos humanos 1
CUSTO DA ATIVIDADE
CUSTO UNITARIO DA ATIVIDADE
Figura 16 - Matriz "Recurso-Atividade" para o entreposto Ambiente PBL
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10 ANEXO C
Quando a percentagem possui um valor negativo, significa que, em vez de ter sido criado um
custo, foi criada uma receita.
Tabela 29 - Percentagem de custos de cada recurso no custo total de cada entreposto
PBL PBS TC CONG
Custo com equipas 0,10% 0,12% 0,18% 2,27%
Eletricidade 1,00% 1,47% 9,97% 24,35%
Segurança 2,47% 2,94% 1,51% 0,95%
Limpeza 1,23% 3,42% 2,38% 1,77%
Consumo de materiais 2,40% 2,13% 2,14% 1,58%
Custos administrativos 1,76% 1,09% 0,81% 0,53%
Manutenção de equipamentos 2,67% 2,73% 2,65% 5,40%
Entregas ao domicílio 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Operadores externos -0,66% -0,37% 0,00% 0,00%
Transporte 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Outros fse -2,45% -2,07% -2,42% -1,61%
Imobiliário 31,12% 35,14% 21,14% 20,06%
Publicidade 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Despesas com vendas 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Dados e informática 2,81% 1,58% 0,96% 0,38%
Receitas e custos diversos 0,22% 0,12% -0,05% 0,07%
Custos com pessoal 42,58% 42,52% 50,80% 39,76%
Logística inversa 1,25% 1,60% 0,27% 0,24%
Gastos com dir + lig. Neg 2,30% 1,29% 1,70% 0,66%
Gastos estrutura 6,04% 3,39% 4,42% 1,72%
Gastos Log. Internacional 2,26% 1,27% 1,40% 1,03%
Gastos Desenvolvimento logística e processos 1,60% 0,90% 1,18% 0,46%
Gastos Infraestruturas 0,96% 0,53% 0,70% 0,28%
Gastos Recursos humanos 0,34% 0,20% 0,26% 0,10%
64
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
11 ANEXO D
Tabela 30 - Percentagem de cada componente em cada uma das grandes rúbricas de custos
65
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
66
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
68
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
12 ANEXO E
Matriz “Atividade-cost driver” para os entrepostos de Ambiente PBL e TC
Receção 1
Picking - à
1
completa
Processo de
operação no Picking - à
entreposto 1
caixa
Preparação 1
Expedição 1
Tratamento de quebra 1
Transportes 1
Retorno de vasilhame 1
Logística internacional 1
Caixas Chep
1
transacionadas
Direção e ligação ao
1
Negócio
SUPORTE 1
69
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
por linha por área por palete por palete por volume
por palete por caixa por caixa chep por caixas por caixa caixas rec
de ocupada de completa reaprovisiona expedido caixa rec caixas exp
stockada mov.picking transacionada devolvidas tratada internacionais
compra stock expedida da (m3)
Receção 1
Arrumação 1
Stockagem 1
Processo de Picking -
1
operação completa
no
Picking - à caixa 1
entreposto
Reaprovisionar 1
Preparação 1
Expedição 1
Tratamento de quebra 1
Transportes 1
Retorno de vasilhame 1
Logística internacional 1
SUPORTE 1
70
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
13 ANEXO F
0,120
Jan
0,100
Fev
Mar
0,080
Abr
Mai
0,060 Jun
Jul
Ago
0,040
Set
Out
0,020 Nov
Dez
0,000
101 102 103 104 107 109 110 111 112 113 114 115 117 118 119 301 302 303 304 305 306 307 308
Figura 22 - Ocupação de localizações de stock por cada categoria em Ambiente PBS (parte I)
0,160
0,140 Jan
Fev
0,120
Mar
0,100 Abr
Mai
0,080 Jun
Jul
0,060
Ago
Set
0,040
Out
0,020 Nov
Dez
0,000
609
1602
601
602
603
604
605
606
607
608
610
611
801
1503
1601
1603
1901
1904
3502
Figura 23 - Ocupação de localizações de stock por cada categoria em Ambiente PBS (parte II)
71
Desenvolvimento do modelo de custeio da operação logística
0,4
0,35 Jan
Fev
0,3
Mar
Abr
0,25
Mai
0,2 Jun
Jul
0,15 Ago
Set
0,1
Out
Nov
0,05
Dez
0
805 806 807 808 1109 1203 1601 1602 1801 1903 1904
72