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Manual de M.O

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1

Manual de
Apoio à
Disciplina de
MEDIÇÕES e
ORÇAMENTOS
FACILITADORES: MA.CARLA ISSASSA E ENG. EDSON SIMÕES Ano Lectivo 2020

Manual de MO - Ma. Carla Issassa e Eng.civil Edson Simões Ano lectivo 2020
2

Sumário
1 Introdução às Medições .................................................................................................. 3
1.1 Definição de medição na Construção Civil............................................................. 3
1.2 Finalidades relacionadas com a gestão de Obra .................................................. 4
1.3 Objectivos e importância das Medições ................................................................. 4
1.4 Processo de cálculo...................................................................................................... 5
1.5 Unidades de Medições ................................................................................................. 5
1.6 Revisão de conceitos de geometria plana: Área, Volume, Perímetro ............. 6
2 Regras das Medições....................................................................................................... 9
2.1 Estaleiro ........................................................................................................................... 9
2.2 Trabalhos preparatórios ............................................................................................ 10
2.3 Demolições.................................................................................................................... 10
2.4 Movimento de terras ................................................................................................... 10
2.5 Betão e Betão Armado ............................................................................................... 11
2.6 - Cofragens .................................................................................................................... 11
2.7 - Armaduras................................................................................................................... 11
2.8 Alvenarias ...................................................................................................................... 11
2.9 - Isolamentos e impermeabilizações ...................................................................... 12
2.10 - Revestimentos ......................................................................................................... 12
2.10.1 - Revestimentos de coberturas inclinadas ...................................................... 13
2.11 - Pinturas ..................................................................................................................... 13
2.12 Instalações de canalização ..................................................................................... 14
2.13 Instalações eléctricas............................................................................................... 14
3 Mapas de Medições ........................................................................................................ 15
4.1 Medição de um Projecto modelo tipo “ T1” .......................................................... 16
5 Orçamentação .................................................................................................................. 16
5.1 - Introdução ................................................................................................................... 16
5.2 Definições ...................................................................................................................... 16
5.3 Custos............................................................................................................................. 16
5.3.1 Custos Directos ........................................................................................................ 16
5.3.2 Custos Indirectos ..................................................................................................... 17
5.3.4 Composição de preços Unitários......................................................................... 18
5.4 Autos de Medição e revisão de preços.................................................................. 19
5.5 Orçamentação do Projecto de PT ........................................................................... 20

Manual de MO - Ma. Carla Issassa e Eng.civil Edson Simões Ano lectivo 2020
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1 Introdução às Medições
1.1 Definição de medição na Construção Civil

Introdução :

Hoje em dia, as medições estão em praticamente tudo o que


fazemos. Para comprar uma mesa, medimos seu tamanho para
saber se é condizente com o espaço que queremos colocá-la.
Medir uma coisa significa determinar quantas vezes ela é maior
que uma unidade escolhida. Por exemplo, para medir um volume
de um balde, você observa quantos litros de água, areia ou outro
material que ele pode conter. Assim, você escolhe o balde
correcto para o destino final. Ao olhar no relógio, por exemplo,
você está vendo no mostrador o resultado de uma medição de
tempo. Ao pegar um táxi, comprar um quilograma de carne no
talho ou abastecer o carro no posto de gasolina, você presencia
medições.

A ciência que trata das medições é a Metrologia (A metrologia é


uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência.
E é a ciência das medidas e das medições). A metrologia abrange
todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, em
quaisquer campos da ciência ou da tecnologia ( em Angola existe
o Instituto de metrologia, que coordena e define as accões de
medições afeto ao Ministério da Industria).. Medir, entretanto, é
uma atividade mais corriqueira do que parece, Mas o que é uma
medição?
De forma concreta abortaremos as medições no sector da
construção Civil. Suas finalidades, importâncias, regras, e
orçamentação de uma residência tipo T1, de modo que os
estudantes conheçam, identifiquem e domínem as formas de
medição de alguns elementos em projecto ou em Obra.

“Quando você pode medir aquilo de que fala e expressá-lo em números, você sabe alguma coisa
sobre isto. Mas quando você não pode medi-lo, quando você não pode expressá-lo em números,
o seu conhecimento é limitado e insatisfatório. Se você não pode medir algo, não pode melhorá-
lo.” (Lord Kelvin)

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1.1 Definições:

1. Medições constituem a determinação analítica das quantidades


de trabalhos previstos no projecto ou executados em obra. Estas
quantidades são organizadas em lista ou mapa de quantidades.

2. As medições de um projecto ou de uma obra consistem na


quantificação objectiva, global e específica, dos diferentes
trabalhos e encargos definidos.

Quantidade: Valor “numerário” obtido através da medição e


expressado por uma unidade de medida. Ex: 2 m2 de alvenaria,
15 m3 de betão, 2 Un portas, 4 Un lâmpadas, 4 m de tubo de Ø
200.

Orçamento: basicamente definimo-la como o resultado da


operação de O=QxP, onde O é o orçamento, Q é uma
quantidade e P um preço unitário. (abordaremos mais tarde
este tema).

1.2 Finalidades da Medições relacionadas com a gestão de Obra

As Medições possuem uma ligação directa com alguns elementos em gestão


de obra, como :

 Orçamentação (determinação do valor total da obra);


 Planeamento (determinação da duração das actividades);
 Determinação das quantidades de recursos (mão-de-obra, materiais e
equipamentos);
 Elaboração de autos de medição;
 Controlo económico de obras;
 Controlo de quantidades dos recursos;
 Controlo de Facturas.

1.3 Objectivos e importância das Medições

Por norma as medições têm os seguintes objectivos :

1. Possibilitar a determinação prévia de custos e a orçamentação,


total ou parcial, de uma obra;
2. Permitir a quantificação de materiais, de mão-de-obra, de
equipamentos e outros encargos a utilizar numa obra;

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3. Estabelecer uma base comum para a elaboração de orçamentos


e de prazos de execução, necessários à apresentação de propostas
para concorrer à execução de uma obra adjudicada;
4. Permitir a análise e o controlo de custos durante a execução de
uma obra, possibilitando às empresas uma adequada gestão dos seus
recursos financeiros;
5. Facilitar às empresas uma correcta gestão dos seus recursos
humanos, adaptando-os o melhor possível aos trabalhos existentes, em
função das suas qualificações profissionais e das disponibilidades de
cada momento;
6. Permitir às empresas a elaboração, ou verificação, de
rendimentos de mão-de-obra, materiais e equipamentos, que lhes
permitam uma maior fiabilidade na análise e cálculo de orçamentos;
7. Indicar os diversos custos que constituem o preço total de uma
obra, designadamente os custos directos, indirectos e de estaleiro.

1.4 Processo de cálculo

As medições podem ser efectuadas tendo por base os elementos constituintes


de um projecto ou de uma obra.

A elaboração de um mapa de medições deve ter uma sequência que esteja de


acordo com a ordem dos trabalhos a executar em obra, reunindo em grupos
distintos e ordenados os diferentes trabalhos existentes.

1.5 Unidades de Medições

Para determinar o valor numérico de uma grandeza, é necessário que se


disponha de uma outra grandeza de mesma natureza, definida e adotada por
convenção, para fazer a comparação com a primeira.

Grandeza

Já deu pra perceber que o conceito de grandeza é fundamental para se efetuar


qualquer medição. Grandeza pode ser definida, resumidamente, como sendo o
atributo físico de um corpo que pode ser qualitativamente distinguido e
quantitativamente determinado.

Para saber a altura de uma lata, por exemplo, é preciso adotar um


comprimento definido para ser usado como unidade. O comprimento definido
como unidade de medida pelo Sistema Internacional de Unidades - SI, é o
Metro, seus múltiplos e submúltiplos.

Unidade de medida é uma quantidade específica de determinada grandeza


física e que serve de padrão para eventuais comparações com outras medidas.
( portanto servem para medir)

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As unidades de medida são:

UNIDADE DESIGNAÇÃO SIMBOLO


Genérica Unidade Un/Nr,
Comprimento Metro m
Superfície Metro quadrado m2
Volume Metro cúbico m3
Massa Quilograma Kg
Força kiloNewton KN
Tempo Hora,dia H,d

De notar que ainda podem ser medidas outras unidades como:

“ha” significa hectares;

“t” significa toneladas métricas;

"mês" significa mês;

"vei.mês" significa veiculo/mês;

"km" significa quilómetros;

"hr" significa hora;

"item" significa verba global;

1.6 Revisão de conceitos de geometria plana: Área, Volume, Perímetro

V= A x espessura (e) ou comprimento (L)

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V = A x espessura (e) ou comprimento (L) ou altura(h)

V = A x espessura (e) ou comprimento (L); P = 2a+2b (soma de todos os


lados)

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V = A x comprimento ou espessura (e) P = b+h+hipotenusa

Nota: Há particularidade para um triângulo equilátero:

O perímetro possui a sua forma normal em P= L+L+L ou P=3xl bem como seu
volume.

P = 4xL, V= Ax Comprimento (L) ou espessura (e) ou


altura (h)

V = A x Comprimento (L) ou espessura (e) P= B+b+a+c

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V = A x h ou espessura (e) ou Comprimento (L)

2 Regras das Medições

As medições dos vários elementos de uma obra devem de um modo geral, ser
executadas segundo a seguinte sequencia:

Comprimento;

Largura;

Altura ou profundidade.

N.º de
Designação Superfícies,
partes Dimensões
dos trabalhos Volumes, etc.
iguais
Comp. Larg. Alt.-Esp. Parciais Totais

As medições devem ser organizadas em diferentes capítulos, correspondentes


aos diversos tipos e natureza de trabalhos, descriminando-se em seguida os
mais significativos:

2.1 Estaleiro

Regra geral o Estaleiro é medido à Unidade (Un).


Contudo, poder-se-á dividir esta forma única de medir o Estaleiro,
segundo os órgãos mais importantes que o caracterizam, como:

Instalações provisórias de estaleiro.

Considera-se essencial a medição da área do terreno necessária para a


instalação do estaleiro, do número de pessoas necessárias para a
execução da obra e a verificação do cumprimento dos regulamentos

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existentes relativamente a estas instalações. (medidas por m² ou à


Unidade);

Equipamento do estaleiro- Consistem na medição, em unidades, dos


vários equipamentos existentes no estaleiro.

2.2 Trabalhos preparatórios

Consiste na medição dos trabalhos que é necessário efectuar antes do


início das obras, tais como:

Protecção de construções chegadas à obra (“Un”);

Drenagem de águas, incluindo às do lençol freático (“m2”);

Desmatação de arbustos, vedações e árvores de reduzido porte (“m2”);

Abate ou derrube de árvores (a medição será realizada à Unidade e inclui o


abate ou derrube de árvores com mais de 0,10 m de diâmetro, determinado à
altura de 1,20 m do solo);

2.3 Demolições
A medição será realizada à Unidade (Un) ou por elementos de
construção, no caso de demolições totais e por elementos de construção
no caso de demolições parciais.

Todas as operações necessárias à demolição, total ou parcial, de um


edifício devem ser levadas em conta os recursos a serem usados.

2.4 Movimento de terras

Devem ser acompanhadas da indicação da classe de terreno a que se


referem.

As medições são feitas a partir dos elementos constantes do projecto e


podem dividir-se nos seguintes grupos:

 Terraplanagens

Decapagem ou remoção de terra vegetal (quando a espessura for


igual 0,25m - m2 e quando a espessura for maior 0,25 - m3);

Escavação (esta deve contemplar os trabalhos de escavação,


baldeação, carga, transporte e descarga. Esta é feita em m 3);

Aterro (são medidos em m3);

Regularização e compactação superficial (é feita em m² a partir das


áreas definidas em projecto);

Escoramento e entivações (a medição é feita em Un e m2 )

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2.5 Betão e Betão Armado

 Betão

Regras gerais:

Deve-se ter em conta a classe e qualidade do betão;

Nas sapatas a medição é feita em m3

Nos muros a medição é feita em m³(as alturas são delimitadas


pelas faces superiores das lajes ou das vigas);

Nas lajes maciças a medição é feita em m3 (o comprimento e a


largura são delimitados pelas faces das vigas, pilares e paredes
em que se insere na laje);

Nas escadas a medição é feita em m3 (incluí os patins, patamares,


lanços de degraus e cortinas das guardas);

Nos pilares e montantes a medição é feita em m3 (as alturas são


definidas entre as superiores das lajes ou das vigas);

Nas vigas, lintéis e cintas a medição é feita em m3 (os


comprimentos são definidos pelas faces dos pilares ou pelas
vigas que interceptem as vigas, lintéis ou cintas).

2.6 - Cofragens

Estas são medidas em m2 e na medição tem-se de considerar todas as


operações necessárias à sua execução tal como o fornecimento e
transporte de materiais, fabrico montagem, desmontagem, carga,
transporte, descarga, reparações e limpeza.

2.7 - Armaduras

Estas medições são feitas em quilogramas (kg/ton) e devem referir os


seguintes trabalhos: fornecimento e transporte do aço, dobragens,
armações, ligações, emendas, carga, transporte, descarga e colocação em
obra.

2.8 Alvenarias

Estas medições descrevem a natureza, forma e dimensões dos materiais


constituintes, a composição das argamassas, o tipo de acabamentos dos
parâmetros e condições de execução. Devem ainda estar englobadas nas
medições as operações de fornecimento e transporte dos materiais, assim
como as relativas ao fabrico das argamassas.

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Regras gerais nas medições de alvenarias


Fundações m³
Muros de suporte, de m² para espessuras ≤ 0,35 m
Alvenarias vedação e cortinas
paredes exteriores e m³ para espessuras > 0,35 m
interiores.
Pilares m³
Abóbadas m²
Arcos m³
A unidade para o cálculo e
medições obedecerá às
Escadas mesmas regras dos elementos
de construção equivalentes aos
das escadas

2.9 - Isolamentos e impermeabilizações

Estas medições devem esclarecer correctamente as características e


natureza e o seu modo de aplicação em obra.

Para o isolamento com placas ou bandas a unidade de medida é o m², para


o isolamento com material a granel ou moldado no local a unidade de
medida é o m³.

Nas situações de isolamento, tais como as necessárias para a passagem


de canalizações, chaminés, condutas, etc., a medição é feita em unidades
ou metros lineares, devendo identificar-se as características dos trabalhos
executados.

Para impermeabilizações de coberturas em terraços a unidade de medida é


m², na impermeabilização de juntas de coberturas em terraço ou de
fachadas deve ser em metros (“m”), sendo indicados os materiais aplicados
na sua construção.

2.10 - Revestimentos

Nos revestimentos a unidade de medida é o “m2“. As medições de


revestimentos devem ser divididas pelos seguintes subcapítulos, de acordo
com o material utilizado:

 Massas grossas, designadamente rebocos e betonilhas;


 Massas finas e gesso, designadamente estuques, moldes;
 Calçadas;
 Azulejos e ladrilhos;
 Tacos;
 Aglomerados de cortiça;
 Tectos falsos constituídos por vários componentes, Etc..

As medições devem também ainda ser agrupadas segundo a sua aplicação.


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2.10.1 - Revestimentos de coberturas inclinadas

As medições de revestimentos de coberturas inclinadas devem ser divididas


pelos seguintes sub-capítulos, conforme os materiais de revestimento sejam
telhas, placas de ardósia, chapas metálicas, chapas de fibrocimento, etc.

Os revestimentos de coberturas inclinadas são medidos em m² excepto o


revestimento que servir para a drenagem de águas pluviais tal como as
caleiras, tubos de queda, remates com parâmetros verticais (abas, rufos e
canais) que são medidos em metros lineares (m).

2.11 - Pinturas
As medições das pinturas devem ser realizadas de modo a que se integrem
independentes, de acordo com as seguintes características:

Regras gerais nas medições de alvenarias


Grandes superfícies m²
m Perfis para perímetro
Pinturas pintado inferior 0,30m
Perfis
m² para perímetro pintado
superior a 0,30m
Medições realizadas de
Tubos e condutas acordo com as regras para
os perfis
Pequenas peças isoladas un
Pintura de portas e portões m³
A unidade para o cálculo e
medições obedecerá às
Escadas mesmas regras dos elementos
de construção equivalentes
aos das escadas.

 Condições de execução;
 Trabalhos preparatórios das superfícies a pintar como limpeza,
decapagem, lixagem, remoção de pintura, etc.;
 Natureza e qualidade dos materiais como a pintura a tinta de esmalte, a
tinta de água, caiação, enceramento, envernizamento, metalizado a frio, etc.;
 Número de demãos a aplicar.

As medições devem incluir todos os trabalhos necessários à execução da


pintura tais como o fornecimento e preparação dos materiais e das superfícies
a pintar.

Podem considerar as seguintes unidades de medida:

O m² para a maioria das superfícies a pintar;

O m para os perfis com largura inferior ou igual a 0.30 m e para tubos e


condutas com perímetro exterior inferior ou igual a 0.30 m;

Medição em unidades para peças isoladas.

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2.12 Instalações de canalização

Na maioria das situações, a unidade de medida adoptada para as


canalizações (tubos e acessórios) é o metro (m) e para o equipamento
(torneiras, esquentadores, etc.) a quantificação das peças (medição à
unidade “Un”).

As medições relativas às instalações de canalização dividem-se nos


seguintes subcapítulos:

1. Esgoto doméstico ou de águas residuais e respectiva ventilação;


2. Esgoto de águas pluviais;
3. Distribuição de água;
4. Aparelhos sanitários;
5. Distribuição de gás;
6. Evacuação de lixo.

2.13 Instalações eléctricas

A medição de canalização será realizada a “m”, incluindo os acessórios e


tubos, sendo equipamento medido a unidade “Un”. A unidade de medição
dos roços é o metro “m”, medindo-se a maioria dos elementos
(transformador, quadro geral, caixas, etc.) à unidade “Un”.

As medições relativas a instalações eléctricas dividem-se nos seguintes


subcapítulos:
1. Alimentação geral (cabos de alimentação, portinhola e posto de
transformação e quadro geral de baixa tensão).
2. Colunas montantes e derivações (tubos de protecção, caixas de
coluna, cabos e condutores).
3. Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz (quadro de
distribuição, tubos de protecção, caixas, cabos e condutores,
aparelhagem de manobra, ligação e protecção).
4. Instalações eléctricas especiais (sinalização, telefone de porta,
campainhas e trinco eléctrico, telefones, antena colectiva, pára-raios,
etc.).

As medições devem ser individualizadas de acordo com as seguintes alíneas:

1. Instalações enterradas;
2. Instalações embebidas em roço;
3. Instalações embebidas em betão;
4. Instalações à vista;
5. Instalações aéreas.

As medições devem incluir as operações de fornecimento, execução,


assentamento ou montagem.

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3 Mapas de Medições (Mapa de Quantidades)

Item Designação ou Unidade Quantidades


Descrição Parciais Totais

Exemplo:

Item Designação Unidade Quantidades


Parciais Totais
1 Escavação m³

Abaixo ilustramos um exemplo resumido de uma lista de quantidades de


algumas actividades, como segue:

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4. Medições de um Projecto tipo


4.1 Medição de um Projecto modelo tipo “ T1”

Pelas regras de medição estudadas, faremos agora a medição de uma casa


modelo tipo T1, com as peças escritas e desenhadas contituidas:

 Aulas praticas:

5 Orçamentação
5.1 - Introdução
O orçamento como qualquer notícia dada antecipamente é uma das tarefas mais
árduas do trabalho da Construção Civil e não apenas da construção, mas em qualquer
manifestação da vida, mas agora somente entraremos no terreno que nos interessa a
construção.

Toda a preocupação que se tenha para chegar a um resultado feliz é pouca e por isso
é definida certa regra fundamental para o processo de elaboração de um orçamento,
bem como a recolha de dados dos diferentes tipos de trabalhos que entram numa
construção

5.2 Definições
Orçamento: é o resultado da soma dos produtos das quantidades de trabalhos pelos
respectivos preços. O orçamento é utilizado como meio de fiscalização já que permite
controlar a produção, bem como o gasto do material.

O = QxPreço

5.3 Custos
Os orçamentos de obras geralmente, e particularmente, são subdivididos nos
seguintes grupos e subgrupos.

1. Custos Directos
2. Custos Indirectos
a) Despesas Indirectas
b) Taxas do B.D. I (Bonificação ou Benefícios e Despesas Indirectas)

5.3.1 Custos Directos

Os custos directos são custos oriundos da Mão-de-obra, dos Materiais utilizados e dos
Equipamentos empregados ou englobam todas as despesas que incidem, directa e
exclusivamente na execução de um trabalho.

Cd  CMO  CMAT  C EQ

Onde:

Cd: Custo Directo

CMO: Custo da Mão-de-obra

CMat: Custo dos Materiais utilizados


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CEQ: Custo de Equipamentos empregados

Para o cálculo do Custo da Mão-de-obra é necessário definir o salário-hora


(Acrescido dos vários encargos, como férias, feriados, faltas remuneradas,
inatividade por mau tempo, seguros, etc.).

Para o cálculo do Custo dos Materiais devem conhecer-se os seus preços


simples (preços unitários) ou seja os materiais a serem utilizados de num
determinado serviço, multiplicado pelo preço unitário.

Para quantificação dos Custos dos Equipamentos é preciso saber os custos


relativos à sua posse, ao seu manuseamento, ao transporte, montagem e
desmontagem, desvalorização total e vida útil previsível (horas necessárias
para execução de um serviço multiplicadas pelo custo horário do
equipamento).

5.3.2 Custos Indirectos

As despesas indirectas são, sem se restringir aquelas referentes a


administração da obra, ao canteiro, tapumes, transportes, alimentação de
pessoal, os equipamentos não lançados nas CPU´S a mensalistas (CPU –
Composição de Preço Unitário) , contas de telefone, água, luz, etc
5.3.3 – Taxas do BDI
Benefícios e despesas indirectas (B.D.I) ou Lucros/Imprevistos, é a taxa
correspondente as despesas indirectas e Lucros, para execução de serviços,
incidentes sobre a soma dos Custos de Materiais, Mão-de-obra, Equipamentos, etc.

O B.D.I inclui os seguintes componentes:

a. Despesas Eventuais – Serviços e materiais não orçamentados ou não cobertos


especificamente nos levantamentos de quantitativos ou na composição de
custos unitários, as vezes, por falta de detalhes, as vezes por descuido e as
vezes por ser um serviço que não foi possível prever.

b. Quebra de Materiais – Muitas vezes esquecidas na composição de custos.

c. Outros Riscos:

 Chuvas que atrapalham o andamento dos serviços;

 Perdas de eficiência da Mão-de-obra;

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 Erro de execução na obra;

 Problemas de fundação ou estrutura;

 Compra errada de Materiais;

 Greves, etc.

OBS:

Esta taxa tanto pode ser inserida na composição de cada custo unitário, como
pode ser aplicada directamente no final do orçamento, sobre o custo total, com o
objectivo de se conseguir o preço de execução da obra (ou seja, o preço de execução
da obra é, pois, igual ao custo da obra mais a taxa de B.D.I)

Fórmulas de Aplicação:

PC  MO  M T  EQ  BDI ou PC  Cd  BDI BDI  % Cd


Cd  MO  M T  EQ

Onde:

PC : Preço Composto;

MO: Parcela da Mão-de-obra

MT: Parcela dos Materiais;

EQ: Parcela dos Equipamentos;

BDI: Parcela de Ganhos (Inclui Lucros e Margens para perdas ou imprevistos)

Cd: Custo Directo

5.3.4 Composição de preços Unitários

São os custos unitários dos serviços e representam a maneira mais comum e


eficiente, para se calcular os custos das obras.

Para entendermos melhor, vamos pensar juntos:

Qual o custo de 1,0m2 de alvenaria? Qual o custo para executar 1,0m2 de piso
ceramico?

Para responder todas essas perguntas e, mais ainda, conseguir orçar o custo de uma
obra com assertividade foram criadas as CPUs – Composição de Preço Unitário.

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Vejamos um exemplo do CPU e da sua elaboração:

SERVIÇO: Bloco de Concreto aparente de 19 cm


Unidade: m2

QUANTIDAD PREÇO PREÇO


A - MÃO DE OBRA UN E UNITÁRIO GLOBAL

Pedreiro h

Serventes h

SOMATÓRIO

ENCARGOS SOCIAIS (%)

TOTAL DA Mão-de-obra

QUANTIDAD PREÇO PREÇO


B - MATERIAIS UN E UNITÁRIO GLOBAL

Bloco de concreto
(19x19x39) un

Cimento kg

Areia m3

TOTAL DOS MATERIAIS

QUANTIDAD PREÇO PREÇO


C - EQUIPAMENTOS UN E UNITÁRIO GLOBAL

Betoneira 380 litros h

Ferramentas diversas Vb

TOTAL DOS EQUIPAMENTOS

D - TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS (A+B+C)

5.4 Autos de Medição e revisão de preços

Auto de Medição - é um documento oficial e orçamentado onde se indicam as


quantidades de obra realizadas e seu custo, em determinado período de
execução para fins de pagamento à quem tenha executado (
organização/Empresa).

Documento que se destina a controlar e avaliar regularmente o trabalho que foi


realizado num determinado período de tempo num projecto, Inclui uma relação
quantificada de todas as tarefas realizadas num determinado período de
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tempo. Este documento orçamentado, deve conter para toda importância em


termos de justificação das tarefas executadas, uma memória de calculo (
deduções de como foram feitas ou determinadas as quantidades) assim como
qualquer outro elemento que possa justificar os valores apresentados no auto
de medição.

5.5 Orçamentação do Projecto de PT

O estudante deve elaborar a orçamentação do seu Projecto Tecnológico de fim


de curso (PT) ou um projecto tipo . O professor de MO deverá marcar a data de
entrega do trabalho e consequentemente a sua defesa.

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Bibliografia
Branco, J., 1991. Rendimento de Mão-de-Obra Materiais e Equipamentos. Lisboa:

Faria, J. A., 1999. Custos e Orçamentos -Calculo de preços de Venda. Lisboa: FEUP.

Fonseca, M. S., 1999. Curso sobre regras de mediçoes na construção. Lisboa: LNEC.

Guerra, K. M. e. J., 2008. Gestão e Coordenadas de Obras. Lisboa: 2ª edição.

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ANEXOS

Manual de MO - Ma. Carla Issassa e Eng.civil Edson Simões Ano lectivo 2020

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