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7 PROVAS QUE TREINAMENTO

FUNCIONAL E PILATES SÃO


COMPLETAMENTE COMPATÍVEIS
Escrito por Keyner Luiz

Você quer incrementar suas aulas, deixa-las mais atraentes, eficientes e dinâmicas, mas
tem medo de errar ao misturar métodos? Fique calmo porque existem muitos outros
profissionais na mesma situação que você.

Falarei aqui sobre o caso especial de quem trabalha com Pilates ou Treinamento Fun-
cional. É comum prepararmos uma aula e ficar em dúvida sobre colocar um exercício
funcional ou de Pilates. Será que isso estragaria a aula?

Minha resposta é: não. As duas modalidades são complementares, mesmo que você
nunca tenha trabalhado com elas dessa maneira. E para te provar isso trouxe 7 provas
de que Pilates e Treinamento Funcional são completamente compatíveis!
1- Padrões de movimento funcional

No Treinamento Funcional trabalhamos com alguns conceitos. Um deles são os pa-


drões de movimento, que veremos a seguir:

• Agachar;
• Girar;
• Empurrar;
• Movimentos combinados;
• Resistência de movimento.
Por que trabalhamos exatamente com esses padrões? A resposta é simples, eles são
movimentos que nosso corpo realiza no dia-a-dia. Por isso eles são chamados funcio-
nais. Mas para ficar bem explicadinho a importância de trabalhar com esses movimen-
tos, veremos o que são exatamente esses padrões.

Quando eu te mando fazer uma flexão, por exemplo, o que você acha que seu corpo
entende? Seu cérebro não compreende cada músculo que está em ação no movimen-
to, mas sim só o movimento em si. Então você não consegue mentalizar cada muscula-
tura contraindo ou relaxando. Mas você consegue mentalizar o ato.
É exatamente isso que é o padrão de movimento. Esse padrão é formado por pequenas informa-
ções sobre movimentos individuais que juntos dão em um movimento complexo. Sabe aquele
seu aluno no Studio que nem consegue subir no Reformer direito de tão pouca coordenação que
tem? Seus padrões de movimento estão errados ou pobres.

Isso é diferente do que fazemos na musculação, por exemplo. Nela ao invés de treinar um movi-
mento integrado que forma o padrão, trabalhamos músculo por músculo.

O Treinamento Funcional tem vários objetivos, sendo que um deles é recuperar padrões de mo-
vimento funcionais. Por isso você vai encontrar padrões similares de movimento repetidos muitas
vezes nos exercícios funcionais.

Deixa eu aproveitar para te contar uma notícia boa: nós trabalhos com os mesmos padrões no
Pilates. Apesar de usarmos esses padrões em alguns planos diferentes, as duas modalidades recu-
peram a funcionalidade do praticante.

Por isso posso afirmar sem problemas que o Pilates e Treinamento Funcional são complementa-
res. Usando exercícios funcionais para recuperar os movimentos do seu paciente você comple-
menta a sua aula.

2- Melhora nos resultados

Quem acompanha notícias sobre o meio fitness deve ter percebido como celebridades e atletas
adoram o Treinamento Funcional. Isso tem motivo, o Funcional é ótimo para quem deseja um
trabalho dinâmico, potente e com bons resultados.

Tudo depende de como você incorpora as duas modalidades. O Treinamento Funcional nos ajuda
a trabalhar o corpo com padrões de movimentos funcionais, planos variados de movimento e
exercícios em cadeia cinética fechada.
Por ser um tipo de trabalho diferenciado é possível melhorar o desempenho de nossos alunos
através do Funcional. Isso porque seus movimentos nos ajudam a desenvolver:

• Potência;
• Velocidade;
• Equilíbrio;
• Estabilidade;
• Mobilidade;
• Força.
Tenho certeza que muitos dos seus alunos de Pilates precisam dessas características. Realmente,
o Treinamento Funcional é uma modalidade completa, por isso sempre que possível é ótimo inte-
grá-lo em outras aulas. Ele só tem a adicionar no Pilates e pode sim ajudar muito seus alunos.

3- Diferencial para o Studio

Amo o Pilates e todo mundo pode ver isso. É uma modalidade completa, que ajuda a melhorar
os movimentos e manter o corpo saudável. Seus exercícios são uma obra genial que contempla
todas as necessidades do corpo e nunca devem ser subestimados.

Mas nem todo mundo pensa assim, especialmente nossos alunos. Apesar de muita gente amar
praticar Pilates, eles sempre estão em busca de algo a mais. Hoje em dia não basta ter um Studio
lindo com todos os equipamentos. Precisamos ter um repertório enorme de exercícios e algo para
oferecer a mais.
Convenhamos que nossos clientes têm razão. Tem praticamente um Studio de Pilates em cada
esquina, então por que eles ficariam conosco? O Funcional usado nas aulas pode ser exatamente
esse diferencial. Só de sair um pouco da rotina e trazer um trabalho aparentemente mais dinâmico
as pessoas já gostam.

Além disso, saber usar o Treinamento Funcional te dá um diferencial como instrutor. Você pode
ser um fisioterapeuta e instrutor de Pilates, mas sabe algo diferente. Assim suas aulas serão dife-
rentes, mais abrangentes e com melhores resultados.

Quer uma maneira melhor de mostrar como você é diferenciado?

Claro que esse conhecimento só realmente faz a diferença se for bem utilizado. Por isso é im-
portante conhecer muito bem o Treinamento Funcional antes de aplicá-lo. Sempre recomendo
que os instrutores também testem os exercícios. Isso é válido especialmente se for algo que não
costuma usar com frequência.

4- Prevenção de lesão

Muitos de nós têm foco em reabilitação de lesões nos nossos Studios, o que não quer dizer que a
prevenção está fora do nosso interesse. Isso porque praticamente qualquer um pode sofrer uma
lesão, mas parte do nosso público está especialmente em risco.

Falem com sinceridade: vocês trabalham ou já trabalharam com idosos em alguma hora da sua
vida profissional? Tenho certeza que sim. Eles costumam procurar o Pilates para melhorar seus
movimentos ou se livrar de alguma dor.
Mesmo que o aluno mais velho seja saudável precisamos tomar um cuidado extremo com ele.
Conforme o corpo envelhece ele passa por um processo que o deixa privado de diversos movi-
mentos funcionais. E nesse processo ele também começa a perder boa parte do seu equilíbrio.

O que quer dizer que muitos idosos estão propensos a sofrerem quedas. E uma lesão em um ido-
so não é algo que podemos ignorar, o processo de recuperação pode ser longo e difícil. Por isso
devemos lembrar sempre de fazer um trabalho preventivo para evitar quedas e lesões.

Claro que isso não se aplica só aos idosos. Usei eles como exemplo sobre como o Funcional é útil
quando aplicado no Pilates. Todos seus alunos colhem benefícios de um trabalho de prevenção
de lesões. Eles podem ser atletas ou donas de casa, nenhum deles quer sofrer uma lesão e ficar
semanas ou meses em reabilitação.

E por que o Treinamento Funcional e Pilates são ótimas ferramentas para prevenir lesões? A res-
posta tem a ver com o trabalho global que oferecemos ao corpo. Essa é uma maneira de traba-
lhar o fortalecimento de diversas musculaturas importantes de base, como:

• Core;
• Musculaturas estabilizadoras de coluna;
• Glúteos.
Além disso, o TF também trabalha muito com propriocepção, equilíbrio e estabilidade. Assim ele
torna-se a ferramenta ideal para prevenir uma lesão.
5- Reabilitação com Treinamento Funcional e Pilates

Reabilitação deve ser um dos trabalhos que você mais faz no seu Studio. Infelizmente, é extrema-
mente comum encontrar patologias e lesões no Pilates. Por isso é bom você saber que o Treina-
mento Funcional consegue te ajudar nisso também.

Ele é especialmente eficiente quando aliados Treinamento Funcional e Pilates. Confira tudo que
conseguimos fazer com o Funcional na reabilitação:

• Fortalecer musculaturas afetadas;


• Trabalhar mobilidade e amplitude articular;
• Ensinar padrões de movimento funcionais;
• Recuperar a função da região lesionada ou afetada pela patologia;
• Incentivar o aluno a retornar às atividades diárias.
Tudo isso é possível usando a enorme variedade de movimentos funcionais. O TF possui exercí-
cios que se encaixam em cada fase da reabilitação da lesão ou patologia. Lembra-se dos padrões
de movimento que falei no início no texto? Eles estão presentes aqui também.

Quando trabalhamos com padrões de movimento funcional o aluno está fortalecendo e reabili-
tando musculaturas. Porém os exercícios não param aí. Eles preparam a região para voltar a se
movimentar no dia-a-dia. Ou seja, conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo.

Além disso, o TF também consegue melhorar o condicionamento físico do seu aluno. Dessa ma-
neira ele sairá da aula com movimentos melhores, melhor aptidão física e também menor propen-
são de sofrer novas lesões.
E quem pensa que exercícios de funcional são muito avançados está completamente enganado.
Conseguimos encontrar movimentos que se adequem até às primeiras fases da reabilitação de
nossos alunos.

6- Repertório de exercícios compatíveis

Eu não uso Treinamento Funcional e Pilates na mesma aula porque uso equipamentos.

Tem gente que usa essa desculpa quando eu comento que o TF é uma ótima ferramenta para o
Studio de Pilates. Só que eu posso afirmar com toda certeza que esse não é um motivo válido. O
TF se encaixa muito bem nos equipamentos do Pilates.

Basta conhecer bons exercícios e adaptá-los para os equipamentos. Eles deixarão sua aula muito
mais completa e eficiente. Se quiser você pode inclusive usar os exercícios desse meu artigo. Eles
se encaixam muito bem nas aulas de Pilates.

Alguns equipamentos de Pilates podem até substituir a fita de suspensão, um equipamento de TF


muito popular. Podemos realizar exercícios geralmente feitos na fita usando o Cadillac ou equi-
pamentos da Suspensos, como o Power Cord. O Power Cord inclusive aumenta ainda mais seu
repertório de exercícios que as fitas.

Exercícios sem equipamentos


Mas eu não tenho equipamentos nem acessórios de Funcional, Keyner.

Isso também não é desculpa. Trabalha só com mat Pilates e tem poucos acessórios? O Funcional
pode ser feito só no solo, sem acessório algum. Quer provas? Tenho um artigo com 9 exercícios
funcionais que deixam sua aula perfeita. E você pode facilmente usá-los nas aulas de Pilates tam-
bém.
Além disso, é fácil usar acessórios típicos do Pilates para adaptar exercícios funcionais. Alguns
exemplos são a Fitball e faixas elásticas. Isso quer dizer que você consegue adaptar qualquer
exercício para qualquer aula.

Sei que o problema de muitos instrutores é ter repertório o suficiente para conseguir fazer aulas
atrativas e variadas. Usando o TF você nunca mais terá esse problema. Ele possui um repertório
de exercícios imenso. E isso sem contar todas as variações que também existem.

7- Repertório de exercícios compatíveis

Um dos conceitos com que trabalhamos no Treinamento Funcional é o Core. Ele também é inte-
ressantíssimo para os praticantes de Pilates. Lembra do Power House que falamos tanto no Pila-
tes? Então, esses são conceitos bem parecidos, apesar de não serem a mesma coisa.

O Core é um ponto central do TF. Ele é um conjunto de musculaturas no centro do corpo que tem
como função:

• Estabilização de tronco;
• Transferência de forças pela cadeia cinética;
• Manutenção do equilíbrio.
Sem essas musculaturas fortalecidas e bem ativadas o corpo terá um desempenho menor nas
atividades físicas. Ele também estará mais propenso a sofrer lesões e até a desenvolver dor lom-
bar. Isso porque as musculaturas do Core são as principais responsáveis pela estabilidade dessa
região.
Sabendo que muitos de nossos alunos têm dor lombar, você consegue perceber a importância do
funcional em aula.

O Pilates possui um foco parecido, porém na estrutura que chamamos de Power House. Lembran-
do que eles não são a mesma coisa, como explicarei um pouco mais para a frente.

De qualquer maneira, os dois trabalham focando na ativação de um grupo muscular bastante


parecido. Assim os exercícios de TF tornam-se muito eficientes no Pilates. O mesmo acontece se
fizermos o contrário e usarmos movimentos do Pilates no Funcional.

Vemos assim como Pilates e Funcional realmente são compatíveis. Até seus exercícios possuem
objetivos parecidos. Veja por exemplo os exercícios abdominais que usamos no Funcional. Seus
objetivos são bastante parecidos de outros movimentos do Pilates.

Diferenças entre Core e Power House


Power House é o principal conceito do Pilates, é a partir dele que toda a metodologia se constrói.
Como já sabemos muito bem, ativar o Power House seria o mesmo que ativar várias musculaturas
abdominais, eretores da coluna e do quadril. No Pilates o Power House está envolvido tanto na
respiração quanto nos movimentos.

É com sua ativação que conseguimos nos mover de maneira eficiente e com uma boa postura.
Por isso todos os exercícios de Pilates têm um foco importante na ativação e fortalecimento dessa
musculatura. Podemos citar alguns músculos importantes dessa estrutura como:

• Transverso do abdomên;
• Períneo;
• Multíferos;
• Diafragma.
Já o Core é uma definição própria do Treinamento Funcional. Realmente, no Core estão incluídas
algumas musculaturas que formam o Power House. Porém, ele incorpora principalmente músculos
eretores da coluna e extensores de quadril. Assim não tem como dizer que os dois são a mesma
coisa.
Posso usar Pilates na aula de
Funcional?

É claro que pode. O Pilates é uma modalidade igualmente completa. Quem acha que ele é muito
“leve” para comparar com o TF só pode nunca ter praticado. Eu inclusive recomendo que você
inclua alguns exercícios de Pilates na sua aula.

Eles auxiliam na hora de deixar seu aluno mais flexível e móvel. Podem ser inclusive mais eficien-
tes que muitos movimentos do funcional para esse objetivo. É claro que você precisará provavel-
mente adaptar os acessórios e equipamentos para sua aula.

Eu costumo recomendar que os instrutores que queiram usar o Pilates dentro da aula de funcional
invistam em faixas elásticas. Elas te ajudam a simular a resistência das molas dos equipamentos
de Pilates e possuem uma graduação de resistência.
Conclusão

Como aliar Treinamento Funcional e Pilates em uma aula


Em primeiro lugar, a única maneira de fazer uma boa aula é com bom planejamento e conheci-
mento dos seus alunos. Por isso, quando você quiser incluir o Funcional na sua aula de Pilates,
planeje antes.

Você precisará ter certeza sobre o objetivo do exercício na sua aula. Assim será possível encaixar
o exercício no momento correto. Ele deve vir de maneira natural. Evite chegar para seu aluno e
dizer “Viu, hoje a gente vai fazer um pouco de funcional no final da aula.”

Não existe “momento” certo para incluir o funcional na aula. Devemos pensar nesses movimentos
somente como outros exercícios que incluiremos na aula.

Outro grande problema que muitos profissionais têm é usar os exercícios funcionais como algo
“divertido” e adicional na aula. Eles colocam qualquer exercício só para fazer um agradinho aos
alunos. Isso está completamente errado.

Sempre precisamos usar exercícios que tenham um propósito dentro do todo. Pode parecer que
um exercício é insignificante, mas o aluno ganharia muito mais se gastasse aquele tempo com
movimentos que o ajudassem.

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