Europe">
Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Expansão Ultramarina Portuguesa (ESA)

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 8

A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A

EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

DA RECONQUISTA À DINASTIA DE
BORGONHA (1139-1383)
O Reino de Portugal é reconhecido como o primeiro Estado
Nacional centralizado da modernidade. A presença muçulmana na
Península Ibérica, desde o ano de 711 da era cristã, representava,
entretanto, um grande obstáculo aos projetos de unificação política
dos reinos dessa região. O combate ao infiel gerou um espírito de
Cruzada ao processo de centralização, que estaria presente do mesmo
modo na experiência da Expansão Marítima e Comercial Atlântica. A
ligação entre o nascente poder monárquico em Portugal e a Igreja
Católica seria uma das características mais marcantes daquele precoce
reino, por séculos.
Em 1143, o nobre jovem portucalense Afonso Henriques,
da Casa de Borgonha, declarou-se vassalo lígio do Papa Lúcio II
com o objetivo de ter seu reino reconhecido como independente
de Leão, governado por seu primo, Afonso VII. A assinatura do
Tratado Zamora no ano de 1143 garantiu a Portugal o reconhecimento
de sua independência. As rivalidades entre Portugal e Espanha eram
outras características que embalariam as relações entre estes dois
países vizinhos por toda a Idade Moderna. A manobra diplomática de
Afonso Henriques, entretanto, não recebeu uma acolhida favorável
em Roma, cujo papado desejava uma cristandade unida contra o
Islã. A proposta do nobre português era separatista e autonomista.
Somente em 1179, mediante grandes concessões de vantagens ao
Papa Alexandre III, Afonso Henriques foi reconhecido como rei, e seu
Estado como reino, portanto, independente de Leão. A morte de
Afonso VII e a divisão de seu reino por seus dois filhos, Fernando II,
que herdou Leão e a Galizia, e Sancho III, novo monarca de Castela, AS CRISES DO SÉCULO XIV E A
favoreceu a independência do reino português de Afonso Henriques,
que combateu leoneses e muçulmanos com igual eficácia. Em 1288, REVOLUÇÃO DE AVIS (1383-1385)
durante o reinado de D. Dinis, fundara-se a primeira universidade O processo de sucessão do poder político na época, ainda
portuguesa em Lisboa e o português ficou como a língua oficial do tipicamente medieval, era realizado por meio da herança familiar. A
país. falta de um legatário varão ou relações familiares matrimoniais com
A associação entre o nascimento de Portugal e o Condado dinastias de outros reinos poderiam comprometer a independência
Portucalense de Afonso Henriques, entretanto, deve ficar limitada ao de Portugal. As bodas da princesa portuguesa D. Beatriz com D.
fato de que a dinastia de Borgonha, de origem francesa, foi a elite João I, rei de Castela, a despeito de confiar a regência do reino à
governante do novo reino. Devemos encontrar a origem de Portugal rainha mãe Leonor Telles, estabelecendo a perpétua manutenção da
no século XIII, processo derivado da chamada “guerra de reconquista”, separação dos dois reinos, representavam, na realidade, uma ameaça
quando os cavaleiros do norte de Portugal iniciaram um processo de à autonomia portuguesa.
expansão da fé católica contra o Islã que levaria ao centralismo político. De fato, D. João I rompeu as promessas de independência do Reino
A Cruzada do Ocidente, como também foi chamada a reconquista, de Portugal e o invadiu, tencionando anexá-lo aos seus domínios. A
que Afonso Henriques e outros monarcas ibéricos levaram a cabo, resistência contra a agressão de Castela coube a D. João, filho bastardo
favoreceu o reino, enriquecendo-o e consolidando o poder dos do rei D. Pedro, e intitulado Mestre de Avis. Em 1385, ainda durante a
monarcas, apoiados pelo clero católico e pela nobreza guerreira. Seria luta contra os invasores, o Mestre de Avis fizera-se proclamar rei com
somente em 1249, durante o reinado de Afonso III, contudo, que os o título de D. João I (1385) em Cortes convocadas em Coimbra. Os
portugueses expulsariam, definitivamente, os muçulmanos do país, castelhanos sofreram fragosas derrotas nas batalhas de Aljubarrota,
ocupando o território do Algarve. Trancoso e Valverde. A guerra se estendeu ao campo diplomático, no
O Reino de Portugal não passou incólume à crise do século XIV. Os qual D. João I procurou estreitar relações com a nobreza inglesa. O
problemas econômicos enfrentados por uma nobreza perdulária que primeiro armistício foi assinado em 1387, enquanto a paz definitiva
não tinha mais a reconquista como forma de promover uma lucrativa seria celebrada somente em 1432. A vitória portuguesa afastou a
expansão territorial, a inquietação social originária de um campesinato ameaça de anexação e consolidou a independência do reino, o qual
explorado e o aparecimento da peste negra e seus terríveis efeitos passou a ser governado por uma nova dinastia, que seria responsável
demográficos sugerem um prenúncio do movimento de 1383-1385. pela empresa ultramarina.

PROMILITARES.COM.BR 239
A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

A EXPANSÃO MARÍTIMA A passagem do Cabo Bojador, em 1434, por Gil Eanes, marca o início
da política de contorno do litoral africano que teria seu auge com
PORTUGUESA a descoberta do Cabo das Tormentas por Bartolomeu Dias, 54 anos
Em 1411, consolidado o Estado Nacional português por D. João depois. Em 1445, na baía de Arguim, os portugueses estabeleceram
I, iniciou-se um projeto de expansão militar no Norte da África, o qual o primeiro sistema de feitorias, o qual tinha por objetivo garantir
estaria associado diretamente ao típico espírito de cruzada dos tempos a posse do território contra incursões de possíveis competidores,
da formação política portuguesa. Os portugueses inauguraram a promover o armazenamento de produtos explorados na região e,
aventura ultramarina com a conquista da praça muçulmana de Ceuta, finalmente, servir de base para o abastecimento das caravelas, já
no estreito de Gibraltar, em 1415. A monarquia portuguesa assumia o que as longas viagens favoreciam a proliferação de doenças como o
papel de representante de interesses difusos no processo de expansão escorbuto, que vitimavam os marinheiros pela péssima qualidade da
atlântica, além de atender aos interesses dos elementos agregados alimentação a bordo. O arquipélago de Cabo Verde foi colonizado
ao Estado – a nobreza e o clero católico – e às demandas de uma a partir de 1456, confirmando o caráter pioneiro lusitano. O regime
ascendente classe burguesa mercantil. econômico durante o processo de expansão era de monopólio real,
A expansão marítima e comercial atlântica portuguesa pode contudo, os particulares participavam do projeto mediante a entrega
ser explicada, portanto, pelo papel primordial que o Estado passou de concessões reais.
a exercer como agente da expansão associado aos demais grupos
interessados. A utilização de revolucionárias técnicas de navegação
para a época, como, por exemplo, a caravela, a vela latina, leme de
charneira ou cadaste, o astrolábio e a bússola, explicam, outrossim, a
primazia portuguesa. A iniciativa patrocinadora do Infante D. Henrique,
o Navegador, administrador geral da Ordem de Cristo, a despeito de
ter sido reconhecida pela historiografia, foi interpretada de modo
equívocado a admitir a existência de um centro de estudos náuticos,
a famosa “Escola de Sagres”. Admite-se hoje que o conhecimento
náutico dependia sobremaneira de conhecimentos empíricos e da
transmissão informal. A posição geográfica portuguesa, apesar de
ser invariavelmente apontada como uma condição da expansão,
é questionada por Charles R. Boxer, autor de O Império Colonial
Português, obra de referência sobre o tema. Boxer advoga que “a
costa portuguesa tem muitos poucos portos naturais, sendo Lisboa e
Setúbal os dois únicos portos naturais de dimensões convenientes”.
As condições, portanto, estavam chanceladas pelo binômio
centralização estatal e primazia tecnológica. Os motivos que levaram
os portugueses a se lançarem na aventura ultramarina são diversos,
entretanto, a máxima “por ouro e por Cristo” sintetiza boa parte
do desejo lusitano. Ademais, o comércio colonial de especiarias
orientais e o mítico reino do Preste João alimentavam o imaginário
português pela expansão. Posteriormente, o “infame comércio” de
escravos negros começaria também a alimentar a máquina mercantil
portuguesa.
A associação com a Igreja Católica fica evidente em vários
elementos. Inicialmente, poderíamos mencionar as bulas papais. A
bula Dum diversas, de 1452, autorizava o rei de Portugal a “atacar,
conquistar e submeter sarracenos, pagãos e outros descrentes
inimigos de Cristo, a capturar os seus bens e territórios, a reduzi- O projeto português de descoberta de um caminho alternativo
los à escravatura perpétua e a transferir suas terras e territórios”. para as Índias denominava-se “périplo africano” e consistia em
Posteriormente, outras cartas papais confirmavam e estendiam as contornar o continente negro de modo a chegar até o Oriente
prerrogativas de conquista dos Estados católicos ibéricos. A relação quebrando o monopólio das cidades italianas. A mais importante
entre Estado e Igreja passou a ser denominada de padroado, na qual viagem neste sentido foi a comandada por Bartolomeu Dias, que,
a Coroa portuguesa passaria a ser responsável pela expansão da fé em 1488, descobriu a passagem para o Oriente pelo Cabo das
católica por meio da imposição desta religião em seus domínios, Tormentas, no extremo sul da África, posteriormente rebatizado de
enquanto caberia, do mesmo modo, ao monarca administrar o dízimo, Cabo da Boa Esperança. O vice-almirante Vasco da Gama completaria
além de indicar os membros da alta hierarquia católica para as funções o projeto português dez anos mais tarde, quando quebraria realmente
dos cargos da Igreja nos domínios de Portugal. o monopólio italiano ao chegar em Calicute. O feito de Vasco da
A conquista de Ceuta foi o primeiro passo de um projeto que Gama, iniciado em 1415 com a conquista de Ceuta, deslocaria
promoveria ainda a colonização das ilhas atlânticas de Madeira irremediavelmente o eixo comercial do mundo do mar Mediterrâneo
(1419) e Açores (1439), nas quais os portugueses implantaram com para o oceano Atlântico. Entretanto, os portugueses chegaram ao
sucesso o sistema de capitanias hereditárias e o modelo de latifúndio continente americano, em 1500, e Pedro Alvares de Cabral encontrou
agroexportador açucareiro escravista, além da produção de cereais. o território que um dia seria chamado de Brasil.
Vale destacar que estas ilhas atlânticas eram desabilitadas, o que
facilita a implantação de um modelo colonizador nesses territórios.

240 PROMILITARES.COM.BR
A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

Fonte: clickhistoria.blogspot.com

04. (ESSA 2011) No século XV, o lucrativo comércio das especiarias


EXERCÍCIOS DE - artigos de luxo - era praticamente monopolizado pelas cidades

FIXAÇÃO
europeias de
a) Paris e Flandres.
b) Londres e Hamburgo.
c) Gênova e Veneza.
01. (ESA 2009) Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes d) Constantinopla e Berlim.
navegações no século XV. Assinale a única alternativa em que todas
as informações são fatores que contribuíram para o pioneirismo e) Lisboa e Madri.
português nesse campo.
05. (MUNDO EDUCAÇÃO) O sistema de administração instituído por
a) Escola de Sagres e nobreza autônoma.
Portugal nas regiões que começou a ocupar logo nos anos iniciais de
b) Mercantilismo e intensa utilização da Rota da Seda. sua expansão marítima foi
c) Centralização administrativa e ausência de guerras. a) a capitania.
d) Fortalecimento do feudalismo e posição geográfica favorável. b) a Real Casa de Exploração.
e) Guerra contra a Espanha e a Tomada de Constantinopla. c) a feitoria.
d) a intendência das Minas.
02. (ESSA 2013) No final do século XIV, o único Estado centralizado
e livre de guerras, o que lhe permitiu ser o pioneiro na expansão e) a intendência da África.
ultramarina, era o
06. (BRASIL ESCOLA) A expansão marítima e comercial empreendida
a) espanhol.
pelos portugueses nos séculos XV e XVI está ligada
b) inglês.
a) aos interesses mercantis voltados para as “especiarias” do Oriente,
c) francês. responsáveis, inclusive, pela não exploração do ouro e do marfim
d) holandês. africanos encontrados ainda no século XV.
e) português. b) à tradição marítima lusitana, direcionada ao “mar Oceano”
(Atlântico) em busca de ilhas fabulosas e grandes tesouros.
03. (MUNDO EDUCAÇÃO) A conexão que o reino português estabeleceu c) à existência de planos meticulosos traçados pelos sábios da Escola
com reinos da costa atlântica do continente africano ao longo dos de Sagres, que previam poder alcançar o Oriente ao navegar para
anos de expansão marítima possibilitou, entre outras coisas, o Ocidente.
a) a criação de capitanias hereditárias na costa oeste africana. d) a diversas casualidades que, aliadas aos conhecimentos
b) o desenvolvimento da pecuária nas savanas africanas. geográficos muçulmanos, permitiram avançar sempre para o Sul
e, assim, atingir as Índias.
c) a intensiva prospecção de metais preciosos.
e) ao caráter sistemático que assumiu a empresa mercantil,
d) o desenvolvimento do tráfico negreiro transatlântico.
explorando o litoral africano, mas sempre em busca da
e) a montagem do sistema de engenhos de açúcar em Benin. “passagem” que levaria às Índias.

PROMILITARES.COM.BR 241
A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

07. (BRASIL ESCOLA) Foi fator relevante para o pioneirismo português a) políticos, inerentes à continuidade dos interesses feudais em
na expansão marítima e comercial europeia dos séculos XV e XVI: Portugal; intelectuais, associados ao desenvolvimento da imprensa,
a) a precoce centralização política, somada à existência de um grupo do hermetismo e da Astrologia no mundo ibérico; econômicos,
mercantil interessado na expansão e a presença de técnicos e vinculados aos interesses italianos na Espanha, nos quais a presença
sábios, inclusive estrangeiros. de Colombo é um exemplo; e sociais, vinculados ao poder do clero
na Espanha.
b) a posição geográfica de Portugal – na entrada do Mediterrâneo,
voltado para o Atlântico e próximo do Norte da África –, sem a b) políticos, vinculados ao processo de fragmentação política
qual, todas as demais vantagens seriam nulas. das monarquias absolutas ibéricas; sociais, associados ao
desenvolvimento de novos setores sociais, como a nobreza;
c) o poder da nobreza portuguesa, inibindo a influência retrógrada da coloniais, decorrentes da política da Igreja Católica que via os
Igreja Católica, que combatia os avanços científicos e tecnológicos habitantes do Novo Mundo como o homem primitivo criado por
como intervenções pecaminosas nos domínios de Deus. Deus; e econômicos, presos aos interesses mouros na Espanha.
d) a descentralização político-administrativa do Estado português, c) políticos, vinculados às práticas racistas que envolviam a atuação
possibilitando a contribuição de cada setor público e social na dos comerciantes ibéricos no Oriente; científicos, que viam na
organização estratégica da expansão marítima. expansão a negação das teorias heliocêntricas; econômicos, ligados
e) o interesse do clero português na expansão do cristianismo, que ao processo de aumento do tráfico de negros para a Europa por
fez da Igreja Católica o principal financiador das conquistas, meio de alianças com os Países Baixos; e religiosos, marcados pela
embora exigisse, em contrapartida, a presença constante da cruz. ação ampliada da Inquisição.
d) políticos, associados ao modelo republicano desenvolvido no
08. (MACKENZIE) Observe o fragmento abaixo. Renascimento italiano; religiosos, decorrentes da vitória católica nos
”As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a processos da Reconquista ibérica; econômicos, ligados ao movimento
segunda metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar- geral de desenvolvimento do mercantilismo; e sociais, inerentes à
se, contornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se vitória do campo sobre a cidade no mundo ibérico.
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses e) políticos, vinculados ao fortalecimento da centralização dos Estados
países de fábula presidissem as navegações do período henriquino, ibéricos; econômicos, provenientes do avanço das atividades
animada por objetivos estritamente mercantis. [...] Com a expedição comerciais; religiosos, relacionados à importância do Papado na
de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino Península Ibérica; e intelectuais, decorrentes dos avanços científicos
[...]. Da mesma viagem procede o primeiro ouro em pó, ainda que da Renascença que viram na expansão a realidade de suas teorias
escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se achava sobre Geografia e Astronomia.
até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os
barcos lusitanos, por volta de 1447.”
(Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses.) EXERCÍCIOS DE

Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima.


a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois,
TREINAMENTO
por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos
por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo
01. (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere
Ocidente.
as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral, que
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta aportou no litoral brasileiro em abril de 1500, dando origem ao
para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as “descobrimento do Brasil”.
riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.
I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que houvesse
para os portugueses algo cada vez mais realizável em razão dos participação de investimentos privados na sua montagem e
avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o execução.
que, de fato, impulsionou as viagens do período.
II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja Católica, que
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram desejava expandir o cristianismo para além da Europa; ademais,
motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; o reconhecimento oficial da Igreja conferia legitimidade às
secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao novas conquistas.
comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana.
III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa teve
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos como principais critérios a competência e a experiência
técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao profissional de Cabral, sinalizando o rompimento do Estado
Oriente contornando o continente africano. português com os privilégios aristocráticos na sua burocracia.
IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer rotas
09. (FAAP 1997) Em apenas uma alternativa é falsa a correspondência comerciais de especiarias com o Oriente; a “descoberta do Brasil”,
entre a data e o fato importante. Assinale-a. porém, estava entre os resultados possíveis, devido ao interesse
a) 1380 - Tárik, chefe muçulmano, invadiu a Península Ibérica. português em controlar a navegação no Atlântico Sul.
b) 1385 - Batalha de Aljubarrota com a vitória dos portugueses contra Estão corretas apenas as afirmativas:
os espanhóis. a) I e II.
c) 1415 - Queda de Ceuta e início da expansão portuguesa. b) II e IV.
d) 1498 - Vasco da Gama chegou às Índias. c) I, II e III.
e) 1500 - A expedição de Cabral chegou às costas do Brasil. d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
10. (UFF 2012) Considerando o processo de expansão da Europa
moderna a partir dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que Portugal
e Espanha tiveram um papel predominante. Esse papel, entretanto,
dependeu, em larga medida, de uma rede composta por interesses

242 PROMILITARES.COM.BR
A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

02. (PUCRJ 2018) Observe o excerto. a) ao falar que os indianos descobriram os europeus, o Conde de
A Comissão de Património Mundial da UNESCO declarou, em Vimioso queria dizer que, ao descobrir uma rota para as Índias,
08.07.2017, o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de esperava-se que Portugal economizasse recursos, evitando todos
Angola, como Património Mundial da Humanidade. os transtornos fiscais por passar em terras estrangeiras em busca
de mercadorias. No entanto, na verdade, quem estava lucrando
[...] com aquilo eram os Indianos que “descobriram” uma forma de se
A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava beneficiarem da “descoberta” portuguesa, acumulando o ouro e
perfeitamente organizado quando da chegada dos portugueses, no a prata portuguesa.
século XV, uma das mais avançadas em África à data. b) a Expansão Marítima Europeia se deu num contexto mais amplo
[...] de crescente mercantilização de produtos entre Ásia, Europa e
Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais África e, nesse momento, os Europeus ainda cumpriam o papel
República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e de revendedores de produtos comprados pela Europa. Depois da
Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, expropriação da prata e ouro das Américas, os europeus fecharam-
palácios e residências. [...] se economicamente e conseguiram recursos para dominarem o
(Mbanza Congo declarada Património Mundial da Humanidade - comércio mundial de mercadorias.
09.07.2017. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017. c) revela o subdesenvolvimento do capitalismo europeu, que
dependia de empréstimos de ouro e prata para realizar o comércio
Tendo como referência a notícia acima e os conhecimentos que você com outros territórios.
possui, analise as afirmativas seguintes com relação à história do
antigo Reino do Congo. d) a prata e o ouro americanos já eram de conhecimento dos
Indianos, possuidores de maiores saberes de navegação e
I. O Reino do Congo foi um dos mais conhecidos reinos da região comércio que os portugueses, devido a sua relação com os povos
centro-ocidental da África. Fundado no final do século XIII, muçulmanos, que, nesse período, haviam dominado muitos
chegou a abranger parte dos atuais países de Angola, República territórios, incluindo algumas terras da Península Ibérica.
do Congo, República Democrática do Congo e Gabão.
e) o metalismo, como concepção econômica, fez de Portugal,
II. A partir do século XV ocorreram os primeiros contatos dos Espanha e outros Reinos detentores de colônias pioneiros na
portugueses com as autoridades políticas do Reino do Congo, industrialização.
transformando essa região em uma das maiores exportadoras de
africanos escravizados para as Américas.
III. A capital do Reino do Congo era Mbanza Congo ou São Salvador, TEXTO PARA AS QUESTÕES 05 e 06.
como ficou conhecida após a conversão ao catolicismo do As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de
manicongo (rei do Congo) e a construção da Catedral de São Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando
Salvador do Congo. a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas,
IV. A organização política do Reino do Congo somente ocorreu após os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam
a chegada dos portugueses na região, quando estes influenciaram pessoas que chegavam às praias, levando-as aos navios para serem
a formação de uma “elite burocrática” que ajudava o manicongo vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses
(rei do Congo) a governar. povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados
inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser
Estão corretas SOMENTE as afirmativas: justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos
a) II, III e IV. c) I, II e IV. e) I e III. encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos,
b) I, II e III. d) I e II. mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos
portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se
converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas
03. (CESGRANRIO) Acerca da expansão marítima comercial implementada
na vida além desta.
pelo Reino Português, podemos afirmar que
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a
acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma 05. (UNESP 2018) De acordo com o texto,
feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial a) a motivação da conquista europeia da África foi essencialmente
intra-africana. religiosa, destituída de caráter econômico.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a b) os líderes políticos africanos apoiavam a catequização dos povos
montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o nativos pelos conquistadores europeus.
mercado europeu.
c) os africanos aceitavam a escravização e não resistiam à presença
d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio europeia no continente.
de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a
d) os povos africanos reconheciam a ação europeia no continente
conquista da Índia.
como uma cruzada religiosa e moral.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira,
e) a escravização foi muitas vezes justificada pelos europeus como
após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos
uma forma de redimir e salvar os africanos.
africanos quanto nas praças brasileiras
06. (UNESP 2018) O texto caracteriza
04. (IFBA 2018) “Ao retornar a Lisboa [depois de tratar de negócios
a) o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de
nas “Índias”], Vasco da Gama falou com o Conde de Vimioso que, ao
maior intensidade e o controle do tráfico pelas Companhias de
saber que os indianos exigiam ouro e prata em troca de seus produtos,
Comércio.
disse: ‘Então foram eles que nos descobriram!’”.
b) o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação
(FONTANA, Josep. Introdução ao estudo da História Geral. de um modelo de exploração da natureza e do trabalho.
São Paulo; EDUSC, 2000, p. 157.)
c) as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma
Acerca dessa afirmação feita pelo Conde de Vimioso, podemos exploração sustentável do continente africano.
interpretar sobre o contexto da Expansão Marítima Europeia que

PROMILITARES.COM.BR 243
A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

d) o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas 10. (PUCRJ 2016) A respeito da ocupação holandesa dos territórios
junto aos reinos e às sociedades organizadas da África. portugueses na América e na África, na primeira metade do século
e) o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de XVII, assinale a alternativa INCORRETA.
sua atividade exploradora nas áreas centrais do continente africano. a) A ocupação holandesa está relacionada à conjuntura política
da união das coroas de Espanha e Portugal (União Ibérica) e ao
07. (UEFS 2018) O “coração” econômico da época, Veneza, tem processo de independência dos Países Baixos.
cada vez mais dificuldades em assegurar a competitividade de seus
produtos. Em 1504, os navios venezianos já quase não encontram b) Nesta mesma época, os holandeses também invadiram e ocuparam
pimenta em Alexandria. As especiarias desta proveniência se territórios portugueses na África (Angola), com o objetivo de
revelam muito mais caras do que as que são encaminhadas da Índia controlar o fluxo de escravos negros para os engenhos de açúcar
portuguesa: a pimenta embarcada pelos portugueses em Calicute é da América portuguesa.
quarenta vezes menos onerosa do que a que transita por Alexandria. c) O período de administração de Maurício de Nassau foi marcado
(Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) pela reorganização urbanística do Recife, com a pavimentação de
ruas e a construção de novas pontes.
O historiador descreve um processo de mudança comercial que é
resultado da d) A administração de Nassau no Nordeste da América portuguesa
ficou caracterizada pela perseguição aos católicos e judeus, uma vez
a) vinculação marítima direta do mercado europeu com as regiões que os holandeses professavam a religião protestante (calvinistas).
fornecedoras de produtos orientais.
e) Até a União Ibérica, os comerciantes holandeses eram os principais
b) sofisticação dos hábitos de consumo das sociedades europeias distribuidores do açúcar português na Europa.
com o crescimento das cidades.
c) exploração pela burguesia europeia dos novos produtos
comestíveis encontrados na América. EXERCÍCIOS DE

COMBATE
d) divisão de territórios na Ásia e na África pelos Estados europeus
emergentes banhados pelo oceano Atlântico.
e) falta de integração e de comunicação dos centros econômicos no
interior do continente europeu.
01. (ESSA 2013) Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo
08. (ENEM - LIBRAS 2017) Os cartógrafos portugueses teriam falseado português no fenômeno histórico conhecido como “expansão
as representações do Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo(a)(s)
o meridiano com os acidentes geográficos de forma a ressaltar uma
a) o comércio de ouro e escravos na costa da África.
suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma
grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era b) a precoce centralização política de Portugal e a ausência de guerras.
visível nas primeiras descrições geográficas e mapas produzidos por c) a luta contra os mouros no Marrocos.
Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), nas cartas de Diogo d) a aliança política com o reino da Espanha.
Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos mapas
de Bartolomeu Velho (1561). e) as reformas pombalinas.
(KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas
e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 - adaptado). 02. (CN 2007) A chegada dos portugueses ao Brasil, além de ser o
resultado de um processo administrado pela Coroa Portuguesa no
De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos século XV conjuntamente com a nobreza e a nascente burguesia,
das representações cartográficas mencionadas era também
a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. a) auxiliou, entre outros aspectos, na consolidação e hegemonia
b) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. portuguesa no Atlântico Sul.
c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. b) se transformou, de imediato, em uma alternativa mercantil ao
d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. comércio português no Oriente.
e) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. c) demonstrou que o desvio da esquadra de Cabral seguia a
mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.
09. (UEM 2017) Sobre o expansionismo ibérico, no século XV, é
d) foi o resultado de uma reação de Portugal diante da concorrência
correto afirmar que:
dos mercadores italianos no Atlântico Ocidental.
01) Portugal foi pioneiro na expansão ultramarina, pois tinha um grupo
e) tinha por objetivo reforçar a supremacia portuguesa no Pacífico
mercantil forte e enriquecido que dominava a tecnologia náutica.
Oriental garantindo dessa forma o caminho para a Índia.
02) Calicute, no Marrocos, foi a primeira cidade conquistada pelos
portugueses na África. 03. (ESSA 2012) O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos
04) Na Espanha e em Portugal, as viagens ultramarinas eram com a intervenção papal, representa
organizadas pelos governos e por companhias de comércio a) o marco inicial da colonização portuguesa do Brasil.
com o objetivo de obter metais preciosos e produtos orientais,
particularmente as especiarias. Essa política ficou conhecida como b) o fim da rivalidade entre portugueses e espanhóis na América.
metalismo ou bulionismo. c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses.
08) São características comuns das práticas mercantilistas adotadas d) a demarcação dos direitos de exploração colonial dos ibéricos.
pelos países europeus a intervenção do Estado na economia, a e) o declínio do expansionismo espanhol.
busca da balança comercial favorável, o metalismo e a proteção
alfandegária, visando o fortalecimento do Estado e o aumento da 04. (ESSA 2011) O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre
riqueza nacional. as Coroas de Portugal e Espanha, que pretendeu resolver as disputas
16) A Igreja Católica se pronunciou contra a expansão ultramarina, pois por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que
não julgava correta a catequização dos povos conquistados. a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data
de assinatura do Tratado, e as terras descobertas depois ficariam
com os portugueses.

244 PROMILITARES.COM.BR
A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um d) Portugal, apesar da guerra de emancipação política com a
meridiano estabelecido a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Espanha, manteve a busca por conhecimento para a consecução
c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as das grandes navegações.
terras descobertas pelos portugueses e espanhóis nos quinze anos e) Em Portugal, as explorações foram conduzidas com recursos de
seguintes. empresas comerciais privadas e apoio governamental.
d) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas,
para fazerem frente à ameaça colonialista da Inglaterra, da 08. (ESPCEX 2015) As viagens mercantis e os descobrimentos de
Holanda e da França. rotas marítimas e de terras além-mar ocorridas no que conhecemos
e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as por expansão europeia, mudou o mundo conhecido até então. Foram
religiões dos povos que habitassem as terras descobertas. etapas na conquista dos novos caminhos, rotas e descobrimentos os
seguintes eventos:
05. (UDESC 2017) Apesar das conhecidas interferências provocadas 1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente africano,
pelos mais de 300 anos de contato, muitas vezes violento, com os nomeando-a de Cabo das Tormentas.
povos europeus, até o início do século XIX, o Continente Africano 2. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao
contava com poucos territórios sob domínio externo. A respeito do redor da Terra.
Continente Africano no período que antecede o século XIX, assinale 3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
a alternativa correta.
4. Conquista de Ceuta pelos portugueses.
a) Até o século XVII, as rotas comerciais, existentes nos reinos e
impérios africanos, eram exclusivamente externas. As riquezas 5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para as
como tecidos, plantas medicinais e, especialmente, ouro, só Índias, mas na verdade havia aportado em terras desconhecidas.
circulavam por via marítima. A sequência cronológica correta dos fatos listados é
b) Até o século XVII, a imposição da condição de escravidão aos a) 1, 2, 3, 4 e 5.
homens e às mulheres, na África, ocorria apenas entre os Iorubas.
b) 3, 5, 4, 1 e 2.
c) Os reinos africanos contavam com práticas de auxílio mútuo que
c) 5, 2, 1, 4 e 3.
garantiam crescimento e prosperidade. Eis porque inexistiam, até
o século XIX, exércitos ou efetivos militares. d) 2, 4, 1, 5 e 3.
d) A língua preponderantemente falada no Continente Africano era e) 4, 1, 5, 3 e 2.
o Khoisan, proveniente da região Sul, a partir do século XV foi
substituída pelas línguas francesa e portuguesa. 09. (ESPCEX 2010) Um conjunto de forças e motivos econômicos,
e) No século XV, o Continente Africano apresentava grande políticos e culturais impulsionou a expansão comercial e marítima
diversidade. Politicamente, organizava-se em inúmeros reinos e europeia a partir do século XV, o que resultou, entre outras coisas, no
impérios dentre os quais os de Songai, Monomotapa, Congo, domínio da África, da Ásia e da América.
Daomé e o Ioruba. Grande parte destes povos recebia, direta (Extraído SILVA, 1996)
ou indiretamente, influência da cultura árabe e da religião
mulçumana. O fato que marcou o início da expansão marítima portuguesa foi o (a)
a) contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488.
06. (ESA 2010) No contexto da expansão marítima, que levou os b) conquista de Ceuta em 1415.
europeus a encontrar a América, Portugal destacou-se como pioneiro
das grandes navegações do século XV. Entre os muitos fatores que c) chegada à Calicute, Índia, em 1498.
contribuíram para o pioneirismo português, destacam-se d) ascensão ao trono português de uma nova dinastia, a de Avis,
a) a associação Estado/Igreja e a centralização do poder. em 1385.
b) a política mercantilista e a expulsão dos mouros da península e) descobrimento do Brasil em 1500.
Ibérica.
10. (ESPCEX 2008) Leia atentamente as afirmações abaixo.
c) a centralização administrativa e a posição geográfica.
I. Era um Estado politicamente centralizado e estável.
d) a ausência de guerras e a ascensão da nobreza fundiária.
II. Possuía o melhor e mais equipado exército europeu durante os
e) a industrialização e a centralização do poder.
séculos XV e XVI.
07. (ESPCEX 2017) No início do século XIV, a China era a maior III. Estava em uma posição geográfica favorável, entre o Atlântico e
potência mundial e empenhava-se intensamente na expansão o Mediterrâneo.
marítima e comercial, chegando à Índia, quase um século antes de IV. Contava com o apoio de uma burguesia mercantil favorável ao
Cabral. Os chineses estiveram no sul da África Oriental e no Mar projeto da navegação para o Oriente.
Vermelho, enquanto os portugueses mal iniciavam sua exploração na V. Possuía contatos com comerciantes árabes e indianos realizados
costa norte da África. Entretanto, antes de 1440, a expansão marítima durante as Cruzadas, por nobres portugueses.
chinesa estagnou. Aponte, dentre as opções abaixo, aquela que
apresenta a causa para o sucesso da exploração marítima portuguesa. Assinale a única alternativa em que todas as afirmações justificam o
a) O fato de os portugueses não terem desenvolvido tecnologias pioneirismo português no processo das Grandes Navegações.
relacionadas à navegação ultramarina não afetou suas ações a) I e II.
exploratórias.
b) III e V.
b) Em Portugal, a centralização monárquica só ocorreria no final
c) II, III e IV.
do século XIII, sendo este fato de pouca influência no processo
exploratório dos portugueses além-mar. d) I, III e IV.
c) As finanças portuguesas não estavam estabilizadas e dificultaram e) I, II e V.
os investimentos necessários para os projetos relacionados
às navegações, o que fez com que D. Henrique procurasse
financiamento público com os soberanos espanhóis.

PROMILITARES.COM.BR 245
A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. C 04. C 07. A 10. E
02. E 05. C 08. C
03. D 06. E 09. A
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 04. A 07. A 10. D
02. B 05. E 08. A
03. A 06. B 09. SOMA:13
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. B 04. B 07. E 10. D
02. A 05. E 08. E
03. D 06. C 09. B

ANOTAÇÕES

246 PROMILITARES.COM.BR

Você também pode gostar