Livro Educação e Formação Humana - E-Book
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FORMAÇÃO HUMANA:
dos debates ao sentir e agir como
possibilidade de compreensão
e superação da realidade brasileira
Neuton Alves de Araújo
Cristiane de Sousa Moura Teixeira
Francisco Antonio Machado Araujo
Organização
EDUCAÇÃO E
FORMAÇÃO HUMANA:
dos debates ao sentir e agir como
possibilidade de compreensão
e superação da realidade brasileira
2019
Reitor
Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes
Vice-Reitora
Profª. Drª. Nadir do Nascimento Nogueira
Superintendente de Comunicação
Profª. Drª. Jacqueline Lima Dourado
1ª edição: 2019
Revisão
Francisco Antonio Machado Araujo
Editoração
Francisco Antonio Machado Araujo
Diagramação
Wellington Silva
Capa
Mediação Acadêmica
Editor
Ricardo Alaggio Ribeiro
19 módulos
Viriato Campelo
Ficha Catalográfica elaborada de acordo com os padrões estabelecidos no
Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2)
53 módulos
E21 Educação e formação humana: dos debates ao sentir e agir como possibilidade
de compreensão e superação da realidade brasileira / Neuton Alves de
Araújo, Cristiane de Sousa Moura Teixeira, Francisco Antonio Machado
Araujo, organizadores. – Teresina, PI: EDUFPI, 2019.
E-book.
ISBN: 978-85-509-0523-5
CDD: 370.7
Bibliotecária Responsável:
Nayla Kedma de Carvalho Santos CRB 3ª Região/1188
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 9
PARTE 1 – DEBATES SOBRE PROCESSOS
FORMATIVOS: FORMAÇÃO, ENSINO E 19
APRENDIZAGEM, PRÁTICA PEDAGÓGICA E
CURRÍCULO COMO QUESTÕES CENTRAIS
A APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA EM UM
CENÁRIO DE MUDANÇAS 231
Joelson de Sousa Morais
C
omo se evidencia no pensamento de Libâneo
(2017), conforme explicitado na epígrafe acima,
cabe à escola criar condições a fim de que se torne
“uma das mais importantes instâncias de democratização social
e de promoção da justiça social”, possibilitando, desse modo,
a emancipação humana dos indivíduos que dela participam
(crianças, jovens e adultos).
Assim, conscientes do papel da escola e movidos pela
necessidade de se aprofundar estudos e pesquisas, “em tempos
de crise”, considerando a relação educação e formação humana
no âmbito acadêmico e político nacional/local, nesta coletânea,
pesquisadores de diferentes áreas, dentre outros, estudantes de
graduação, mestrado e doutorado, professores da Educação
Básica e da Educação Superior, apresentam resultados de suas
APRESENTAÇÃO 9
investigações. Partem do pressuposto de que “[...] a escola é
instituição privilegiada no que diz respeito às possibilidades
de humanização do homem”. (RIGON; ASBABR; MORETTI,
2010, p. 33).
Dessa forma, as investigações se constituíram em desafios
para esses pesquisadores. Primeiro, porque aprofundam
debates sobre processos formativos, em que a formação de
professores, o ensino e aprendizagem, a prática pedagógica e
o currículo são as questões centrais. Segundo, porque autores
denunciam que o papel da escola vem sendo mascarado, em
decorrência da perspectiva empresarial e mercadológica, do
controle ideológico da atividade dos profissionais da educação
por intermédio do Movimento da Escola Sem Partido e da
implantação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC.
Só para reforçarmos essa afirmação, em um de seus capítulos,
a pesquisadora Rovai assim pontua: “nos últimos anos, a
educação democrática vem sendo ameaçada em sua liberdade
de ensinar e de aprender, por discursos e práticas advindos de
setores conservadores da sociedade que tendem a desqualificar
o conhecimento secularmente acumulado e produzido nas
escolas e universidades.”.
Feitas as considerações, este livro está organizado em
duas partes. A Parte 1 - Debates sobre processos formativos:
formação, ensino e aprendizagem, prática pedagógica e
currículo como questões centrais -, é constituída de 11 (onze)
capítulos. No primeiro capítulo intitulado “Pedagogas em
formação inicial: pesquisa de campo sobre Educação Infantil e questões
curriculares”, as autoras Carla Valéria Lopes Rodrigues, Maria
Vanessa Vieira da Costa e Raquel Silva de Oliveira apresentam
relatos de pesquisa de campo em que o objetivo foi o de
conhecer a prática pedagógica desenvolvida em determinado
Centro Municipal de Educação Infantil - CMEI com ênfase,
sobretudo, no currículo deste nível de ensino.
10
No segundo capítulo - “A formação docente e as práticas
pedagógicas para o ensino de música na educação infantil” -, de autoria
de Levinsky Alves de Sousa, Lívia Silva Alves e Jânio Jorge
Vieira de Abreu, esses autores discutem o ensino de música na
Educação Infantil compreendendo que a inserção da música
neste nível de ensino se dá em razão da possibilidade desse
desse ensino garantir o desenvolvimento integral da criança,
além de promover uma perspectiva de ensino em que a mesma
aprenda brincando, condição necessária para que possa
desenvolver suas funções psicológicas superiores. Partindo
deste pressuposto, os autores objetivam neste artigo analisar
como a musicalização é trabalhada na Educação Infantil por
professores não licenciados em música. Após recorrer a um
levantamento das pesquisas já realizadas acerca da temática,
concluem que a Educação Infantil ainda consiste em nível de
ensino que se desenvolve em condições precárias em relação
às inovações metodológicas para o uso e o ensino que envolva
a música. Aliada às essas condições precárias, evidenciam
ainda a fragilidade da formação inicial dos professores que
atuam neste nível de ensino, o que os instigam a reforçar a
imprescindibilidade de formação docente que possa atender às
demandas postas.
Maria do Socorro de Resende Borges, autora do artigo
intitulado “O profissional da Educação Infantil: sua formação específica,
perspectivas, avanços e conquistas”, discute a formação de professores
para educação infantil, destacando as conquistas que este nível
de ensino teve após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional - LDB 9394/1996, conquistas estas
expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Básica (DCN) e no Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil (RCNEI). Nesse estudo, o objetivo é discutir
a importância da formação dos professores da Educação
Infantil. Para tanto, a autora destaca a necessidade de que esta
APRESENTAÇÃO 11
formação se dê na perspectiva prática e teórica e, portanto,
considera que este aspecto é um dos fatores que incidem na
melhoria da prática pedagógica.
No artigo “O currículo nas concepções e práticas da comunidade
acadêmica do curso de Pedagogia”, os autores Jânio Jorge Vieira de
Abreu, Carla Valéria Lopes Rodrigues, Maria Vanessa Vieira
da Costa e Raquel Silva de Oliveira fazem uma análise das
concepções e práticas de alunos e coordenadores pedagógicos
de três instituições de ensino superior acerca do currículo,
visando compreender como tais concepções constituem a
cultura escolar e acadêmica. O estudo evidencia que o curso
de Pedagogia conseguiu ampliar as composições curriculares,
mas ainda necessita garantir formação para atuação fora do
espaço escolar.
“O trabalho do supervisor educacional junto ao professor diante
dos desafios de alunos com necessidades especiais em sala de aula”
é o título do artigo de autoria de Marcileide Sobral Xavier e
Elizângela Fernandes Martins. Partindo da preocupação com a
inclusão de alunos com necessidades especiais e considerando
que o supervisor escolar atua no planejamento escolar e, por
conseguinte, tem possiblidades de auxiliar os professores ante as
suas dificuldades é que desenvolveram pesquisa com o objetivo
de discutir as contribuições que o supervisor escolar pode
oferecer junto às dificuldades enfrentadas pelos professores
no trabalho com alunos com necessidades especiais. Através
da pesquisa foi possível apontar algumas oportunidades de
melhorias no processo ensino e aprendizagem inclusivo e, assim,
sugerir propostas de planejamento pedagógico que ofereçam à
equipe educacional uma prévia da realidade do ano letivo.
Marlene Rodrigues de Carvalho e Sâmia Clara Rodrigues
de Oliveira assinam o artigo intitulado “Modelos didáticos como
ferramenta inclusiva no ensino-aprendizagem em biologia”, artigo que
apresenta experiência didática desenvolvida para possibilitar
12
práticas inclusivas destinadas ao ensino de Biologia. Visando
transpor alguns obstáculos presentes no ensino de Biologia,
sobretudo no ensino de microrganismos, é que as autoras
elegeram os modelos didáticos como ferramenta para favorecer
o processo de ensino e aprendizagem dentro de uma dimensão
global, em que o aluno é levado a construir seu próprio
conhecimento. As autoras destacam o valor dessa metodologia
em razão da confecção de modelos didáticos inclusivos pelos
próprios alunos possibilitar sensibilização às causas inclusivas,
levando-os a investigar o material, formular suas próprias
ideias e tirar suas dúvidas através de uma discussão direta
com o professor e colegas de classe, tornando o conhecimento
significativo e prazeroso.
A compreensão de um currículo multicultural está presente
no artigo de autoria de Thayná Guedes Assunção Freitas e
Mary Gracy e Silva lima, intitulado “Currículo escolar e interfaces
com questões das diversidades multicultarais: algumas considerações”.
As autoras entendem que a padronização formativa desejada
e idealizada pelo currículo escolar para certas classes sociais
- as dos alunos das escolas públicas -, atualmente, vem
sendo questionada acerca da sua inviabilidade pela própria
dinamicidade do mundo, dos novos ideários e da concepção de
escola, de homem e de sociedade, reafirmando que o currículo
é um território de disputa, de poder e de ideologias, questões
estas que afirmam a relevância da educação escolar com ênfase
na produção do conhecimento para a convivência harmônica
respeitosa no processo de aprendizagem entre alunos de
diferentes contextos socioculturais por meio do respeito mútuo.
A análise dos museus virtuais como potência educativa
na formação continuada e na prática docente é o objetivo do
artigo de Alexandre Gomes Soares e Sérgio Teixeira da Silva,
intitulado, “Museus como artefato cultural na formação docente
e prática pedagógica”. O museu virtual é um campo novo nas
APRESENTAÇÃO 13
discussões sobre as possibilidades de formação e prática
pedagógica docente, pois há reduzida produção sobre o tema,
em se tratando do potencial dessa ferramenta. A reflexão
evidencia uma necessidade de mais estudos sobre a relação
entre museus virtuais e as práticas pedagógicas no âmbito da
educação.
Antônio Michel de Jesus de Oliveira Miranda é o autor do
artigo intitulado “O ensino de Geografia e a Educação Ambiental:
escola, comunidade e resíduos sólidos”. Aqui o autor discute a
Educação Ambiental desenvolvida pelo professor de geografia
nas escolas da rede pública em comunidades do entorno dos
lixões no município de Parnaíba (PI). O estudo evidencia há
uma tímida postura referente à educação ambiental, seja
por parte do professor de Geografia ou da escola, uma vez
que consideram a inconsistência de pressupostos em seus
planejamentos e discursos.
Efigênia Alves Neres é autora do artigo “Gênero, raça e
classe na EJA: trajetórias de vida de mulheres afrodescendentes de sucesso
educacional”. Neste artigo, a autora, por meio de uma análise
sociológica, assevera que na atualidade ainda permeia no
imaginário social a representação negativa referente à mulher
afrodescendente, bem como os “lugares” “ocupados” pela
mesma na sociedade. Apesar dessas representações sociais,
que as colocam como um dos grupos mais marginalizados da
sociedade, em sua tripla acepção: sexual, social e racial, há
aquelas que estão conseguindo superar os desafios e alcançar
a mobilidade social.
No último artigo desta primeira parte da obra, trazemos
o artigo “Afetos e afecções: vivência de corpos” de autoria de
Rosalina de Souza Rocha Silva, no qual a autora explicita
as ações realizadas por um corpo docente que afetou e foi
afetado criando elos de relações com outros corpos em prol
da educação. A autora ainda destaca que o resultado dessa
14
vivência indica que existe a possibilidade e indícios de prática
ético-afetiva em que os estudantes consigam sistematizar os
conhecimentos com objetividade em colaboração.
A segunda parte, intitulada: “Educação em tempos de crise:
ensaios para sentir e agir”, compõe-se de três artigos. O primeiro
é de autoria de Marta Gouveia de Oliveira Rovai, intitulado “Os
revisionismos e os negacionismos que ameaçam a educação democrática”.
A autora faz uma importante reflexão acerca do momento
histórico do país, momento esse que tem sido marcado pela
intolerância e pela pós-verdade. Neste cenário, revisionismos e
negacionismos vigentes se constituam em violações históricas
que têm o propósito de desqualificar o passado. Para o
empreendimento dessa reflexão, desenvolve suas reflexões em
duas seções: na primeira, trata do revisionismo histórico e, sob
este aspecto, destaca que o atual discurso acerca do marxismo
cultural já se fez presente na década de 1960; na segunda,
contesta o viés ideológico presente no ideário da Escola Sem
Partido.
Na sequência, o artigo “A aprendizagem da docência em um
cenário de mudanças”, de Joelson de Sousa Morais, é discutida a
aprendizagem da docência em um cenário de mudanças. Neste
sentido, o autor ressalta que os impactos sócio-econômicos-
políticos e culturais atravessam a educação, bem como as
transformações políticas provocam implicações no processo
de formação e desenvolvimento profissional de professores(as)
iniciantes.
No último texto, “Ideologia de gênero, Educação e crise social no
Brasil”, de Lorena Maria de França Ferreira e Rannyelle Rocha
Teixeira, as autoras refletem acerca da educação e ideologia
de gênero num momento de crise no Brasil. As reflexões das
autoras giram em torno de questões, tais como: o que é
ideologia de gênero? Qual o papel do campo educacional em
questões que tangenciam o gênero e a sexualidade?
APRESENTAÇÃO 15
Diante dessas considerações e apresentação, destacamos
que os(as) autores(as) são professores(as) e pesquisadores(as)
que atuam em uma realidade sócio-histórica e que se colocaram
no desafio de escrever, mediante seu pertencimento teórico e
suas características pessoais de expressão escrita, acerca da
educação. Para isso, destacam múltiplos objetos e processos
educativos que constituem a realidade da educação brasileira,
objetivando a promoção de práticas educativas e a necessidade
da produção do conhecimento como atividade coletiva,
mediada pela intenção de transformar a realidade. Enfim, fica
então o convite para se fazer a leitura dos textos e apreciação
desta obra.
REFERÊNCIAS
16
PARTE 1 – DEBATES SOBRE
PROCESSOS FORMATIVOS:
FORMAÇÃO, ENSINO E
APRENDIZAGEM, PRÁTICA
PEDAGÓGICA E CURRÍCULO
COMO QUESTÕES CENTRAIS
PEDAGOGAS EM FORMAÇÃO
INICIAL: PESQUISA DE CAMPO SOBRE
EDUCAÇÃO INFANTIL E QUESTÕES
CURRICULARES
A
Educação Infantil é compreendida como a
primeira etapa da educação básica, por ser a
fase em que criança tem contato inicial com a
educação formal. Posto isto, vale afirmar que o currículo da
educação infantil com suas nuances torna-se norteador para o
desenvolvimento de uma educação integral e de qualidade de
ensino com foco nos objetivos de aprendizagem para a idade
infantil.
Desta forma, torna-se imprescindível estudá-lo, pesquisá-
lo e situá-lo como emergente para o cenário escolar, a fim de
perceber sua complexidade e possibilidades formativas do
ser humano em processo de desenvolvimento. O currículo é
flexível, não sendo uma cápsula fechada e sim, um instrumento
Metodologia
Resultados e discussão
Referências
A
Educação Infantil é caracterizada como um dos
pilares essenciais da Educação Básica e é durante
essa etapa de ensino onde são desenvolvidas e
aperfeiçoadas inúmeras habilidades e capacidades motoras e
cognitivas das crianças, através de brincadeiras e interações que
estimulam as aprendizagens e o desenvolvimento. Atualmente
muitas são as pesquisas que apontam para a ação de práticas
docentes que busquem novos artifícios metodológicos de
ensino. Dessa maneira a música aparece como uma aliada à
possibilidade de garantir uma educação mais significativa e
prazerosa para a criança.
Procedimentos metodológicos
Resultados e discussões
Conclusão
Referências
A
Educação Infantil vem paulatinamente se
expandindo, a cada dia, o número de crianças
inseridas nessa etapa de ensino é maior. Não
obstante isso, ainda há um longo caminho a ser percorrido
para sua universalização no Brasil. Nesse contexto, a formação
de professores e educadores de infância é um componente
importante no processo de desenvolvimento.
Diante desse cenário, foi proposto o seguinte problema:
Qual a importância da formação especifica do professor para
a qualidade na Educação Infantil?
Logo, a formação constitui-se em um dos fatores de
promoção das práticas de qualidade. Portanto, a formação
dos profissionais de crianças pequenas revela-se de extrema
importância no desenvolvimento do contexto educacional.
Nesse sentido foi produzido um estudo com o objetivo geral de
Fundamental 1 1 2 1
Médio 6 8 9 8
Médio-Normal Magistério 19 33 33 33
Superior 74 57 56 59
- Superior s/Licenciatura* 17,5 15 15 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Introdução
A
Pedagogia, concebida como um campo de
conhecimento que se ocupa do estudo sistemático
da educação ou como condutora dos processos
educativos, sempre ofereceu muitas possibilidades de atuação
para o pedagogo. Com as Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Curso de Pedagogia (BRASIL, 2006), através da Resolução do
Conselho Nacional de Educação / CP Nº 1, ampliou-se ainda
mais o campo de trabalho para o profissional de pedagogia,
estabelecendo (no artigo 4º inciso IV) que o mesmo pode
“trabalhar em espaços escolares e não escolares na promoção
da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases e setores do
Conclusões reflexivas
Introdução
P
retende-se com este artigo abordar o trabalho do
Supervisor Educacional junto ao professor diante
dos desafios de alunos com necessidades especiais
em sala de aula, apresentar um breve histórico da educação
no Brasil. Uma das temáticas mais discutidas no cenário
acadêmico atualmente é a educação inclusiva e nesse contexto
Conclusão
REFERÊNCIAS
O
ensino de biologia é uma área de inúmeras
possibilidades para o desenvolvimento de
estratégias de ensino-aprendizagem, e nos
permite trabalhar a interdisciplinaridade em muitos conteúdos.
Na Educação Básica, o ensino de microrganismos é parte
integrante dos conteúdos tanto do Ensino Fundamental
quanto do Ensino Médio, (Brasil, 1998), e requer do professor
uma abordagem metodológica que favoreça a construção do
conhecimento descomplicando o ensino e tirando a abstração
dos conteúdos, com estratégias de ensino claras e objetivas
(SILVA; NETO, 2015). No ensino de seres do Reino Protista
há necessidade de atividades que permitam a percepção de
um universo invisível ao olho humano, essa vivência deve ser
suficientemente significativa para promover mudança de
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES
REFERENCIAS
Introdução
O
estudo em torno do currículo escolar tem
ganhado força nos últimos anos, especialmente
no intuito de possibilitar o seu conhecimento
como o conjunto das diferentes práticas exercidas nas
instituições escolares por seus agentes, no decorrer de seu
cotidiano. Desse modo, a ideia de currículo relacionada
apenas às disciplinas que compõem a grade a ser ensinada deve
ser superada por uma abordagem que o compreenda como a
principal forma de construir a cultura escolar de instituição
específica, tornando-a diferente em relação a outras escolas
por estar envolvidos interesses, crenças e valores.
Referências
Introdução
A
epígrafe anuncia a importância da apropriação
e utilização dos meios virtuais por educadores
e escolas. Nesse sentido, o artigo propõe uma
discussão sobre os museus, especificamente os museus virtuais,
os quais são vistos como potência educativa na formação
continuada e na prática docente.
REFERÊNCIAS
A
relação homem, meio ambiente e consumo
desenfreado, traz uma enorme problemática: o
consumismo, que diuturnamente é incentivado
nas mais distintas mídias, tornando a humanidade sedenta pelo
possuir e cega diante do que ele pode causar. E, como uma das
consequências, o manejo de resíduos sólidos, quanto à coleta e
destino nas cidades, requer reflexões que, segundo Costa (2011)
são alicerçadas por políticas ambientais que se fundamentam
na engenharia sanitária e deixam claro que a única forma
adequada de final destes resíduos no solo é o aterro sanitário
como “supostamente sustentável”. No entanto, inúmeras
cidades adotam os seus despejos em lixões, que o mesmo autor
os entendem como depositados a céu aberto, sem medidas de
controle de poluição, trazendo diversos aspectos negativos,
capazes de atingir a saúde pública, bem como o solo, a água, o
ar, dentre outros.
Metodologia
A sustentabilidade
Considerações finais
Esta pesquisa nos fez perceber a responsabilidade da escola
na formação de indivíduos conscientes, em todos os aspectos,
quanto mais, numa consciência ambiental. Refletimos ainda
sobre a missão do professor de geografia perante os problemas
sociais materializados na superfície terrestre e, especificamente,
o seu compromisso em conjunto com a escola por atender
estudantes oriundos da comunidade residente no entorno
aos lixões. Evidenciamos que postura pedagógica deve ser
tomada pela escola e qual a conteúdo-metodológica, a partir
da Educação Ambiental, deve ser assumida pelo professor de
geografia.
Com nossos resultados e discussões, acreditamos
ter por alcançado nossos objetivos e respondida nossa
problemática, onde pudemos verificar que o sujeito pesquisado
superficialmente conhece o significado para o termo
sustentabilidade, e, que, embora reconheça a escola está inserida
num espaço propício para a reflexão das questões ambientais e
esclareça uma predileção pela palavra “conscientizar”, não há
um entendimento do nível da problemática vivida nos lixões,
por não ser refletido em sala de aula e erroneamente intitulá-
lo por “aterro sanitário”, assim como no Projeto Político
Pedagógico da escola, quanto em seus planejamentos, não
Referências
N
a atualidade ainda permeia no imaginário social
a representação negativa referente à mulher
afrodescendente e aos lugares ocupados pela
mesma na sociedade. Esse processo resulta da histórica relação
de dominação/exploração/silenciamento a que a mulher sofreu
e continua sofrendo ao longo do tempo.
Não é difícil observar que homens e mulheres ocupem
com “naturalidade” lugares diferentes, pois há uma urgente
necessidade política, econômica e social de determinar com
precisão que posições as mulheres e os homens irão ocupar nas
diversas esferas de poder da sociedade.
Referências
P
artindo do pressuposto da epígrafe de Spinoza
(2014, p. 98), compreendemos que os afetos são
seres que nos afetam por meio de seus corpos
nos potencializando ou não a agir, estimulando ou refreando
nossas ações. Em conformidade com essa premissa, todos
somos seres de relações que se implicam diariamente com
corpos que podem nos afetar positiva ou negativamente e essas
afecções podem nos fortalecer ou não em nosso sentir, pensar
e agir sobre as ações diárias.
Referências bibliográficas
N
os últimos anos, a educação democrática vem
sendo ameaçada em sua liberdade de ensinar e
de aprender, por discursos e práticas advindos de
setores conservadores da sociedade que tendem a desqualificar
o conhecimento secularmente acumulado e produzido
nas escolas e universidades. O grupo criador do chamado
Movimento Escola sem Partido1 e do Projeto de Lei 867/2015
intencionaram incluir na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
medidas que impeçam a liberdade de expressão e de cátedra
de professores em sala de aula e a diversidade de debates
relacionados a temas sensíveis em nossa história2. Embora
1 http://www.escolasempartido.org/quem-somos. – Acessado em 14 de
março de 2019.
2 O movimento forneceu base teórica para dois Projetos de Lei (PL)
que pretenderam alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
6 Disponível em https://www.brasilparalelo.com.br/regime-militar/ -
acessado em 15 de maio de 2019.
Referências bibliográficas
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito ah
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora as festas do “Grand Monde”
E
m tempos cada vez mais sombrios, dispersos
e deslocados no contexto do cenário político,
econômico, social, cultural e, sobretudo,
educacional brasileiro que ora se apresenta, o trecho da
música Ideologia que eu trouxe acima do grande poeta, cantor
e compositor Cazuza, e que foi escrita em 1988, um ano após
meu nascimento, me faz pensar com grande efervescência o
momento atual em que estou vivendo, e que se mostra como que
tecido em meio a uma turbulência configurando-se como uma
profunda pauperização no sistema educacional brasileiro em
todas as suas dimensões, que afeta a tudo e todos, se tornando,
portanto, uma possibilidade profícua de refletir acerca da
aprendizagem da docência, que tanto venho enfrentando essa
dimensão, tanto do ponto de vista de uma pesquisa-formação
em que estou imerso no curso de Doutorado em Educação
na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), como,
mais essencialmente, pela transição com que passei quando
iniciei minha carreira profissional como professor iniciante
e que também, como venho percebendo vem cada vez mais
impactando a saída de inúmeros outros sujeitos que saem
da academia e adentram as instituições em que se inserem
profissionalmente como professores/as.
Neste texto, estou chamando de professores/as iniciantes
aqueles/as tratados/as por Huberman (2000), como que
exercendo a docência num período que vai de 01 a 03 anos
no magistério. E a ideia com que discuto neste ensaio, é
reportando-me a pedagogos/as que concluem um curso de
licenciatura e logo em seguida se inserem como professores/as
no cotidiano das escolas.
Larrosa (2003) veio exatamente no momento certo em
que eu estava escrevendo este ensaio, elucidando que esse modo
REFERÊNCIAS
Introdução
O
presente artigo se dedica a tratar a ideologia de
gênero ou suas facetas que foram inventadas
nos anos de 2018 e 2019 no campo educacional
brasileiro, em especial nas esferas escolares provocando
indagações sobre as capacidades de educar da instituição
escolar e do professor em sala de aula. Diante disso, algumas
indagações são necessárias O que é ideologia de gênero? O porquê
de tantas problemáticas em torno do que se definiu como ideologia de
gênero? E qual o papel do campo educacional em questões que tangenciam
gênero e sexualidade?
É importante ressaltar que o estudo de gênero passou a
ter uma conotação duvidosa nos últimos anos, aqui abordados,
diante de jogos políticos e de um avanço dos movimentos sociais
no Brasil em nome das minorias sociais, as quais passaram a
ocupar lugares de representatividades ao longo dos anos 2000,
Referências Bibliográficas
Organização:
258
principalmente nos temas: educação matemática, formação de
professores, ensino e aprendizagem, Teoria Histórico-Cultural
(VIGOTSKI) e Teoria da Atividade (LEONTIEV).
Autor(e)s:
260
Efigênia Alves Neres
Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Piauí
(UFPI) e Especialista em Gestão e Supervisão Escolar com
Docência no Ensino Superior (FAEME). Professora Substituta
no Departamento de Fundamentos da Educação (DEFE),
atuando na área de Fundamentos Políticos e Administrativos da
Educação, no Centro de Ciências da Educação da Universidade
Federal do Piauí (CCE/UFPI), Campus Teresina. Mestranda
em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal do Piauí (PPGED/UFPI). Integra o
Núcleo de Estudos e Pesquisas Roda Griô - Gênero, Educação e
Afrodescendência /GEAfro (PPGED/CCE/UFPI).
Email: efigeniaufpi@hotmail.com
262
Pesquisa Narrativa (Auto)Biográfica em Educação. ORCID:
0000-0003-1893-1316. E-mail: joelsonmorais@hotmail.com
264
Faculdade Montenegro. Especialista em Docência do Ensino
Superior pela Faculdade Montenegro. Especialista em Psicologia
da Educação pela Universidade Estadual do Maranhão. Mestre
em Educação pela Universidade Americana-Paraguai. Atua
como professora da UESPI. Professora da Secretaria Estadual
de Educação do Piauí. Atuou como professora formadora do
Parfor; atua como professora convidada de algumas faculdades.
Tem experiência na área da educação. Email:mdsdrb@uol.com.
br.
266
de constituição da identidade profissional docente, Garcia
Edizioni, v.1, p.31-47, 2018. Endereço eletrônico: mgracysl@
hotmail.com
268
testicular, atuando principalmente nos seguintes temas:
morfofisiologia, reprodução animal e biologia de animais
silvestres. Atualmente, como Coordenadora e professora do
Programa de pós-graduação Latu sensu em Ensino de Ciências
do IFMA, orienta diversos trabalhos envolvendo estratégias
pedagógicas voltadas para a biologia celular.