Quatro Pilares e Análise Transacional Educação para o Seculo Xxi 1
Quatro Pilares e Análise Transacional Educação para o Seculo Xxi 1
Quatro Pilares e Análise Transacional Educação para o Seculo Xxi 1
Categoria: Palestra
Eixo temático: Teorias e Metodologia de Ensino
Prof.ª. Ms. Carmem Maria Sant’Anna - PUCPR2
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Resumo:
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Trabalho apresentado no EDUCERE III Congresso Nacional da Área de Educação. Em 24 a 26 de setembro de
2003. Página 72.
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Carmem Maria Sant’Anna é Mestre em Educação, Administradora. Especialista em Gestão de empresas e de
pessoas. Didata titulada pela SBDG. Docente universitária e consultora organizacional.
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também muitos conceitos, dentre eles, contrato e liderança, que são úteis para os
educadores.
A AT, em sua quase totalidade, pode ser representada mediante gráficos
simples, tais como círculos, triângulos, vetores, quadrados, etc., permitindo assim o
aprendizado de conceitos abstratos mediante o canal visual.
A teoria da AT está estruturada em diversos instrumentos, que, aliados aos
sinais de comportamentos observáveis e da intuição do professor, permitem
diagnosticar, com alta probabilidade de acerto, o que está ocorrendo no aqui-e-agora
dentro da sala de aula, o que eleva a habilidade do educador de compreender o
sistema do grupo e propiciar um modelo sinérgico para ajudar o aluno a empoderar
tanto a si mesmo quanto a seus colegas a se permitirem3 aprender.
Sendo assim, uma proposta pedagógica construída em torno desses
fundamentos e princípios poderá contar com boa parcela de êxito. O educador, ao se
apropriar desse referencial teórico, terá à sua diposição um ferramental prático que o
ajudará a promover ainda mais uma educação que liberta pelo saber, e que, somada ao
estímulo para um pensar e agir cooperativamente, pode acelerar muito a construção de
indivíduos que criarão organizações mais eficazes, que assegurem vida digna a seus
integrantes e à comunidade que as cerca.
Vejamos agora descrições sucintas de alguns recursos disponíveis em AT. As
referidas abordagens apresentam uma riqueza de possibilidades de trabalho que
podem ser aplicadas na educação, e são de simples compreensão.
Estados de Ego: conforme definido por Berne,
É uma estrutura tripartida, cujas partes são designadas de Estado de Ego Pai,
Estado de Ego Adulto e Estado de Ego Criança (P, A e C). Conforme entendido pela
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Permissão aqui utilizada dentro do conceito da Análise Transacional:”1. Uma licença para comportamento
autônomo. 2. Uma intervenção que dá ao indivíduo uma licença para desobedecer a uma injunção parental se este
estiver preparado, disposto e capaz, ou o libera da provocação parental. Glossário do Olá (BERNE, 1988, p. 355,356)
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“A necessidade de afeto, de contato físico e psicológico é uma característica da espeécie humana e sua
importanância para o desenvolvimento bio-psicossocial das pessoas já foi enfatizada pelas ciências do
comportamento desde o aparecimento da psicanálise”. KRAUSZ, 1999 . 67
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Quadro apresentado no II Fórum de Análise Transacional. Em São Paulo em 2003. Na forma de Poster.
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Quadro apresentado no V ANPED SUL – Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul em Curitiba 2004. Poster
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Quadro apresentado no III Fórum de Análise Transacional “Lideranaça Integradora”. Junho 2005. Curitiba. Mini curso.
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Quadro apresentado no XX CONBRAT Congresoso Brasileiro de Análise Transacional. BBento Gonçalves RS. 2005. Mini curso.
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Quadro apresentado no XXI CONBRAT Congresso Brasileiro de Análise Transacional. Belo Horizonte-MG 2007. Workshop.
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Quadro apresentado no XXII CONBRAT Congresso Brasileiro de Análise Transacional no Rio de Janeiro-RJ em 2009. Poster.
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Quadro Aapresentado no Fórum de Análise Transacional em Porto Alegre. Outubro de 2010. Palestra.
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aberto aos novos
conceitos, criar, buscar
informações de forma
contínua.
Desenvolvimento Nas dimensões Na dimensão Aprender: Na dimensão fazer: O conjunto de conceitos
e integração das ser/conviver: Favorecem Aprendizagem Facilitam a passagem da da AT alidos aos
diversas a comunicação significativa; idéia para a ação; princípios dos quatro
dimensões do intergrupal e o trabalho Desenvolvimento da Desenvolvem o hábito de pilares favorecem uma
ser humano em equipe; Desenvolvem capacidade, prever futuros possíveis; educação que conecta o
atitudes de respeito ao processamento, Propiciam aprender com educando com as
posicionamento dos ordenação e elaboração a própria experiência; diversas dimensões do
demais; Desenvolvem o da informação; Desenvolvem a ser humano, porque
sentimento de pertencer Desenvolvem as autodisciplina na examina seu
a um grupo; habilidades de execução das tarefas. funcionamento integral
Desenvolvem atitudes de comunicação e a (Praxis 2001, p. 54) mediante o verdadeiro
colaboração, capacidade crítica. contato com seu próprio
convivência, (Praxis 2001, p. 53) mundo interior por meio
solidariedade, justiça e de diálogo sincero e de
democracia. (Práxis momentos de reflexão
2001, p. 54) silenciosa. A ênfase na
autonomia de vida
imprime o senso de
responsabilidade pelas
próprias ações e as
consequencias para si e
para a sociedade onde
compartilha sua vida.
Educação Modelos pré- Centrada no indivíduo em Que o indivíduo aprenda Deve ser precedida de Celebra e faz uso
estabelecidos; Papel de processo de por si próprio a uma reflexão sobre o construtivo de pontos
ajustamento social; Ligada aprendizagem; Criar conquistar a autonomia homem e de sua análise alternativos e em
à transmissão cultural; condições que facilitem a intelectual; Processo de do meio de vida desse evolução da realidade e
Finalidade: Promover aprendizagem; Objetivo: socialização e homem; Dá-se enquanto das formas múltiplas de
mudanças nos indivíduos; Liberar a capacidade de democratização das processo em um contexto conhecer. Não são
Implica na aquisição de auto-aprendizagem para relações; Deve buscar que deve ser somente os aspectos
novos comportamentos o desenvolvimento novas soluções, criar considerado; Importância intelectuais e
e/ou modificação dos já intelectual e emocional; situações que exijam o na passagem das formas vocacionais do
existentes; Preparação Valorização da busca da máximo de exploração mais primitivas de desenvolvimento humano
para atuar numa Sociedade autonomia em oposição à por parte dos indivíduos consciência para a os que necessitam
Industrial e Tecnológica. heteronomia; Firmar a e estimular novas consciência crítica. orientação e cultivo, sim
autodescoberta e a estratégias de também os aspectos
autodeterminação. compreensão da físico, social, moral,
realidade. estético, criativo,
intuitivo... Enfatiza as
implicações de grande
significado para a
ecologia e a evolução
humana e planetária.
Objetivo Comportamentais e com Estimular o Desenvolver o Transformar a teoria em Equipar o individuo com
Pedagógico função do professor sobre conhecimento e o pensamento superior, ação, isto é, aplicação do um conjunto perceptual,
o conteúdo ministrado. desenvolvimento das reflexivo e crítico, com conhecimento em uma conceptual, afetivo e de
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potencialidades uma atitude de prática refletida e ação global que é
individuais – cognitivas, investigação e de planejada. Trata-se de utilizado para definir o
de ser pessoa, de organização do educar para o êxito. self, outras pessoas e o
conviver e, conhecimento, ou seja, Envolve o processo de mundo tanto estrutural
principalmente, de ser aprender a conhecer e a atendimento das quanto dinamicamente.
criativo por meio do pensar. necessidades individuais (J.Schiff, 1975, p.49-50).
autoconhecimento e da e do empreendimento por
capacidade de interação meio do trabalho, como
com o grupo. fator de sobrevivência,
auto-realização e
contribuir para a melhoria
da sociedade.
Professor-aluno Relações verticais. Professor e Aluno: Professor: cria situações Relação professor e Relação professor e
Professor detém o poder responsabilizam-se pelos para provocar aluno é horizontal e não aluno baseada no
decisório quanto à objetivos referentes à desequilíbrios, trazer imposta. Consciência empenho da
metodologia, conteúdo e aprendizagem que tenha desafios, propiciando ingênua deve ser transformação pessoal. O
avaliação. Professor significado para o aluno. condições em que se superada. Cabe ao ensino é essencialmente
transmissor na forma de Professor reconhece a possam estabelecer professor: desmistificar e uma vocação que requer
verdade a ser absorvida. interdependência entre reciprocidade intelectual questionar com o uma mistura de
Disciplina imposta e os processos de e cooperação ao mesmo educando a cultura sensibilidade artística e
obediência exigida. pensamento e a tempo moral e racional. dominante, valorizando a uma prática
Instrutor determina o que construção do Indivíduo em processo de linguagem e a cultura cientificamente
deve ser aprendido, conhecimento. Explora aprendizagem. Papel deste, criando condições sustentada. Professor
planeja, prepara e repassa múltiplas perspectivas. ativo. Professor deve para que cada um deles está também aprendendo
informações, dados, Incentiva a busca de conhecer os conteúdos e analise seu conteúdo e e é transformado pelo
conteúdos e alternativas e propicia um a estrutura de sua produza cultura. relacionamento. Sabe
conhecimentos. Modela ambiente que aproxima, disciplina. que o aprendizado não
respostas apropriadas aos une e distingue. Vê se pode impor. Ajuda o
objetivos instrucionais. educação como um indivíduo a descobrir o
Conseguir um processo amplo, que lida conhecimento que tem
comportamento adequado com o ser humano de dentro de si. Libera o
pelo controle do ensino. forma global. O “eu”, abre os olhos, torna
Professor elo de ligação profissional da educação o educando consciente
com a verdade científica. também passa a ter um da opção. Aceita e
Aluno é um espectador da papel mais relevante: o trabalha as diferenças
verdade absoluta. de educador. individuais. Experiência
interior encarada como
contexto para o
aprendizado. Recebe
informações integrando-
as e usando-as. Aluno
estimulado a divergir, a
pensar de forma crítica e
independente.
Compreende o
significado do mundo.
Fonte: apontamentos realizados durante as aulas da Professora Dr.ª Marilda A. Berhens no curso de mestrado na PUCPR - 1998/2000.
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RAYS (1990); LIBÂNEO (1984); MIZUKAMI (1986); IGNACIO SILVA (1986).
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a capacidade de viver de uma maneira própria, e não do modo como se foi obrigado. (...) A
pessoa consciente está viva porque sabe o que sente, onde está e o momento que vive. (...)
Espontaneidade: Significa a opção, liberdade de escolher e de exprimir sentimentos existentes na
coleção que cada indivíduo tem disponível (sentimentos do Pai, do Adulto e da Criança). Significa
estar liberto da compulsão de ter apenas sentimentos que se aprendeu a ter. (...) Intimidade: é a
sinceridade sem jogos de uma pessoa consciente, a liberdade da Criança perceptiva e incorrupta
em toda a sua ingenuidade vivendo no aqui e agora. (BERNE, 1995, p. 155-157).
a) Cria oportunidade de testar um novo comportamento ou explorar uma nova atitude num ambiente
seguro;
b) Encoraja os alunos a praticarem tanto quanto acharem necessário e de procurarem alcançar o
grau de excelência que é apropriado para cada um deles. Sem a oportunidade de praticar, os
ensinamentos apresentados poderão perder-se quando o participante reage às pressões ou
crises ficando fora da sala de aula. CLARK (1997, p.34,35)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNE, Eric. Os jogos da vida: análise transacional e o relacionamento entre
pessoas. São Paulo : Nobel, 1974.
-------. O que você diz depois de dizer olá? São Paulo : Nobel, 1988
CLARKE, Jean IIIsley. Utilização Sinérgica de cinco conceitos da Análise
Transacional na Educação. CONBRAT, Ano VII, n.º 1, junho 1997. Ano VIII, n.º 1,
junho 1998.
CROSMAN, P. Permission and protection. Transactional Analysis Journal 5(9), p.
152-154.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir – Relatório da UNESCO da
Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. São Paulo :
Cortez, 2000.
FÁVERO, Ormar et. Alii. Políticas educacionais no Brasil: desafios e propostas.
Cadernos de Pesquisa. São Paulo, (83) : 3-86, nov. 1992.
FERGUSON, Marlin. Conspiração Aquariana. Rio de Janeiro : Record, 1972.
RAYS, Oswaldo Alonso. Leituras para repensar a prática educativa. Porto Alegre.
Sagra, 1990.