A Importância Dos Jogos No Ensino de Matemática
A Importância Dos Jogos No Ensino de Matemática
A Importância Dos Jogos No Ensino de Matemática
CARIACICA
2013
ALESSANDRO MARCOS LOPES DE SOUSA
CARIACICA
2013
Resumo:
1. Introdução
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Os jogos
O mesmo autor ainda mostra que o jogo é um importante recurso para educar
e desenvolver a criança, desde que respeitadas as características da atividade
lúdica. Nesse âmbito, o jogo deve ser destacado no ambiente escolar,
considerando sua função lúdica e educativa. Este fato influencia de forma
substancial no desenvolvimento afetivo, físico, social e moral.
O jogo é definido por Huizinga (1980) como uma atividade ou ocupação
voluntária, exercida dentro de determinados limites de tempo e espaço,
segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias,
dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e
de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana.
Educar uma criança é prepará-la para inventar e descobrir (Piaget apud Kamii,
1991). Assim, um educador efetivamente comprometido com seu aluno não
deve achar que educar é apenas dar explicações, ensinar soluções e criar
habilidades. Ele deve ter consciência de que educar é preparar o discente para
enfrentar novas situações ao longo da vida. Por isso, um ensino de qualidade
deve buscar desenvolver a inteligência do educando, que, uma vez
desenvolvida, lhe tornará apto a enfrentar mudanças e aprender coisas novas.
Buscando explicar a necessidade de uma reflexão para o uso de jogos no
processo de ensino aprendizagem da matemática, Moura (2007) vai buscar nas
teorias da aprendizagem de Piaget e Vygotsky a fundamentação teórica para a
sua proposta pedagógica: numa abordagem Interacionista o jogo é instrumento
para desenvolvimento cognitivo.
Sendo assim o jogo deve ser utilizado pelo professor como desafio aos alunos.
A criança ao lidar com o jogo de regras consegue entender melhor o conjunto
de conhecimentos sociais e desenvolve-se cognitivamente porque para elas o
jogo está impregnado de aprendizagem. Quando colocada diante de situações
lúdicas, a criança aprende a lógica da brincadeira e, consequentemente,
aprende também a estrutura matemática presente.
Para finalizar a importância do jogo Silva e Kodama (2007) afirmam que o jogo
como recurso educacional, funciona como um importante instrumento para o
resgate do prazer em aprender Matemática, no entanto é necessário que os
objetivos estejam bem definidos e que o jogo represente uma atividade
desafiadora e motivadora ao aluno. Eles podem ser utilizados para introduzir,
amadurecer conteúdos, preparar o aluno para aprofundar os itens já
trabalhados e inclusive para diagnosticar as suas dificuldades.
Munhoz & Menegazzi acreditam que antes de levar os jogos para a sala de
aula o professor deve estudar previamente cada um deles, o que só é possível
jogando. Pela exploração e análise de suas próprias jogadas e da reflexão
sobre erros e acertos é que o professor terá condições de colocar questões
que irão auxiliar seus alunos e ter noção das dificuldades que irão encontrar.
As mesmas autoras citam que:
Ainda, à medida que os alunos jogam, percebem que o jogo não tem somente
o caráter lúdico e que deve ser levado a sério. Quando se analisa as regras do
jogo, o aluno desenvolve certas habilidades e relaciona aspectos desse jogo
com determinados conceitos matemáticos. Torna-se necessário também que o
jogo tenha regras pré-estabelecidas que não devem ser mudadas durante uma
partida. Se necessário, as regras podem ser alteradas, sendo discutidas entre
uma partida e outra. A negociação entre os alunos também contribui para uma
aprendizagem efetiva (Borin, 1998).
A integração social também é proporcionada por meio dos jogos, facilitada pela
comunicação e prazer para a aprendizagem. Como afirma Almeida (1990),
quando diz que o jogo faz parte da natureza humana, desenvolve o raciocínio,
a motricidade ampla e fina, a imaginação, a capacidade de abstração, a
cooperação, o respeito às regras fazendo o educando um ser criativo e capaz
de modificar, transformar e compreender a realidade do mundo em que está
inserido.
É muito mais fácil e eficiente aprender por meio de jogos,
e isto é válido para todas as idades, desde o material até
a fase adulta. O jogo em si possui componentes do
cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do
aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo (Lopes,
2000).
O objetivo deste trabalho foi alcançado, pois através desta revisão bibliográfica
foi possível demonstrar de forma abrangente a importância dos jogos como
recurso didático no processo de ensino-aprendizagem da matemática. Os jogos
se mostram atividades superiores, um desafio para a criança. Além disso, os
mesmos se caracterizam pela liberdade, tanto no que diz respeito a
participação como quanto na escolha das regras que fazem parte dele. Assim,
o jogo se destaca como uma atividade em que a criança envolve-se livremente,
buscando superar desafios de diferentes ordens e sob regras definidas.
Diante do exposto, conclui-se que o uso dos jogos nas aulas de Matemática é
um avanço para a educação, visto que os mesmos contribuem para o
desenvolvimento da natureza questionadora das crianças de hoje. Assim,
espera-se que esta pesquisa possa auxiliar professores que se questionam
sobre os benefícios da utilização deste recurso didático e que
consequentemente, estes possam transformar a educação, utilizando estas
informações como um impulso inicial para tal processo.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KAMII, Constance. Piaget para a educação pré-escolar. Trad. Maria Alice Bad
Denise. Porto Alegre. Artes Médicas, 1991.
LOPES, M.G. Jogos na Educação: criar, fazer, jogar. 3ª edição. São Paulo:
Cortez, p.847, 2004.
MACEDO, L. Aprender com jogos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, p.16, 2000.