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John Luck

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INTRDUÇÃO

Neste trabalho de investigação do conhecimento, trataremos de questões


próprias sobre a gnosiologia ou teoria do conhecimento nas concepções dos três
filósofos: John Luck, David Hume e René Descartes. Falaremos de diferentes maneiras
para adquirir conhecimento científico e verdadeiro.
Empiristas

Para os empirístas, em geral, não há conhecimento propriamente dito que seja


independente da experiência. Um dos principais representantes da corrente empirista,
John Luke, traduz esta tese dizendo que nada pode existir na mente que não tenha antes
passado pelos sentidos. A mente (Razão) é uma “folha em branco”, uma “câmara vazia”
na qual não há nada ( nenhuma ideia, nenhum conecimento) antes da primeira
experiência. Todo o nosso conhecimento procede da observação empírica e da
aprendizagem. Não existe ideias inatas, e ideias que a razão descubra em sí mesma
idependentemente de qualquer experiência.

“o espírito, a razão humana, é como um papel em branco no qual nada está


escrito antes de a experiência começar a escrever nele”. O empirísmo procura mostrar
que a razão não é propriamente criativa- ela não pode criar conhecimentos apartir de sí
mesma, só pode usar materias extraidos da experiência e por processos que, em última
análse, também adqueriu na experiência.

John Luck

Foi um filósofo inglês idiólogo do liberalismo sendo considerado o principal


filoósofo do impirismo. Exerceu grande influência sobre vários filósofos de sua época,
entre eles George Berkeley e David Hume. Em 1632-1704 seu discíplo francês Etienne
Condilac usou sua teoria impírica para criticar a metafísica no séc. Seguinte. Como
representante do individualismo liberal, defendeu a monarquia constitucional e
representativa, que foi a forma de governo estabelecida na Inglaterra, depois da
revolução de 1688.

Foi um dos maiores impiristas britânicos, Luck afirmava que o conhecimento era
proveniente da experiência, tanto de origem externas, nas sensações quanto nas
internas, através das reflexões. Explicava que antes de perceber-mos qualquer coisa, a
mente é como uma folha de papel em branco mas, depois que começamos a perceber
tudo em volta, surge as ideias sensorias simples. Essas sensações são trabalhadas pelo
pensamento, conhecimento, pela crença e pela dúvida, resultando no que Luck chamou
de “reflexão”. A mente não é um mero receptor passivo, ela classifica e procura todas as
sensações a medida que vai formando nossos conhecimentos e nossa personalidade.
Essas formas de conhecimento diferem de saber como andar de bicicleta ou como tocar
piano, e também diferem de conhecer uma determinada pessoa ou estar familiarizada
com ela.
David Hume

O conhecimento científico é o ramo da filosofia que trata da natureza, etapas e


limites do conhecimento humano, especialmente nas relações que se estabelecem entre
o sugeito e o objecto do conhecimento. Nesste sentido, pode ser também chamada teoria
do conhecimento ou Gnosiologia; em sentido mais restrito, refere-se as condições sob as
quais se pode produzir conhecimento científico e dos modos para alcançá-lo, avaliando
a consistência lógica de teorias, nesse caso identifica-se com a filosofia da ciência.

Existe limetes epistemológicos que se deve ao facto de a diversidade e


complexidade dos seres humanos e do ambiente onde estes se desenvolvem tornarem
virtualmente impossiveis os procedimentos de controle experimental.

Relaciona-se também com a metafísica, a sua promática compreende a questão


da possibilidade do conhecimento nomeadamente, se é possível ao ser humano retratar o
conhecimento total e genuíno dos limites do conhecimento ( haveria realmente uma
distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível) e da origem do
conhecimento por quais faculdades atingimos o conhecimento, haverá conhecimebto
certo e errado em alguma concepção aprioril.

O conhecimento é como um conjunto de crenças verdadeiras e justificadas. Em


geral a epistemologia também descute o conhecimento proporcional ou o “ saber que”;
este tipo de conhecimento difere do “ saber como” e do “conhecimento por
familiaridade”. Como por ex: sabe-se que 2+2=4 e que Napoleão foi derrotado na
batalha de waterloo.

Para Hume todo o conhecimento começa com a experiência. Os dados ou


impressões sensíveis são as unidades básicas do conhecimento. O filósofo escocês
divide o conteúdo do conhecimento em duas espécies de estado de consciência ou
percepções:

Impressões: são os actos originários do nosso conhecimento correspondente aos


dados da experiência presente ou actual ( as sensações são um exemplo impressões tal
como o serão as paixões e as emoções).

Ideias: são as representações ou imagens debilitadas, enfraquecidas, das


impressões no pensamento. São como marcas deixadas pelas impressões uma vez estas
desaparecidas.
Exemplo: tenho a percepção deste automóvel. Recebo impressões como a cor, a
forma, o ruído do motor, etc. Fecho os olhos e na minha mente continua a imagen do
automóvel, ou seja, continuo a percepcionar o mesmo objecto mas a impressão menos
viva. A esta impressão menos viva, cópia enfraquecida da impressão original, dá Hume
o nome de Ideia.

A diferença entre impressões e ideias é simplesmente de grau e não de natureza.


As impressões propriamente ditas são todas as nossas sensações. As ideias são imagens
enfraquecidadas dessas impressões. A diferença entre impressões e ideias é a que existe
entre a percepção da minha casa quando está perante os meus olhos e a percepção da
minha casa quando simplesmente penso nela.

Racionalistas

Para os racionalistas, o conhecimento válido, científico e universalmente é


nesseçário ter a sua origem na razão. A razão é a única fonte de conhecimento válido.
Os racionalistas não excluem de modo absoluto a experiência sensível, mas esta é
apenas ocasião de conhecimento e está sugeita a enganos. As informações que os
sentidos nos proporcionam são confusas e não merecem o nome de conhecimento
verdadeiro.

René Descartes

O filósofo francês René Descartes é considerado por muitos o autor inaugural da


modernidade, uma vez que a filosofia anterior estava preocupada com questões acerca
da natureza do mundo. O sujeito não tinha lugar central na filosofia; o homem usava o
intelecto para conhecer as coisas, e não ele mesmo. Com Descartes houve uma mudança
de foco: ele jogou a luz no sujeito; não busca mais entender o mundo exterior e, sim, se
volta para seu interior, pois acredita que nele que está fundada a condição de conhecer o
mundo. A modernidade pode, assim, ser entendida como uma série de sistemas que
partem do sujeito para conhecer o mundo.

Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que
lhe possibilita fugir da submissão à natureza. A ação dos animais na natureza é
biologicamente determinada, por mais sofisticadas que possam ser, por exemplo, a casa
do joão-de-barro ou a organização de uma colméia, isso leva em conta apenas a
sobrevivência da espécie. O homem atua na natureza não somente em relação às
necessidades de sobrevivência, (ou apenas de forma biologicamente determinada) mas
se dá principalmente pela incorporação de experiências e conhecimentos produzidos e
transmitidos de geração a geração, através da educação e da cultura, isso permite que a
nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu. Ao atuar o homem
imprime sua marca na natureza, torna-a humanizada. E à medida que a domina e
transforma, também amplia ou desenvolve suas próprias necessidades. Um dos
melhores exemplos desta atuação são as cidades.

Desde a Antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador, mesmo iletrado e/ou


desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da
colheita, tipo de solo adequado para diferentes culturas. Todos são exemplos do
conhecimento que é acumulado pelo homem, na sua interação com a natureza.

O conhecimento leva o homem a apropriar-se da realidade e, ao mesmo tempo a


penetrar nela, essa posse confere-nos a grande vantagem de nos tornar mais aptos para a
ação consciente. A ignorância tolhe as possibilidades de avanço para melhor, mantém-
nos prisioneiros das circunstâncias. O conhecimento tem o poder de transformar a
opacidade da realidade em caminho iluminada, de tal forma que nos permite agir com
certeza, segurança e precisão, com menos riscos e menos perigos.

Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é constituída de numerosos


níveis e estruturas, de um mesmo objeto podem obter conhecimento da realidade em
diversos níveis distintos. Entende-se por conhecimento moderno, a discussão em torno
do conhecimento. É a capacidade de questionar, avaliar parâmetros de toda a história e
reconstruir, inovar e intervir. É válido, que além de discutir os paradigmas do
conhecimento, é necessário avaliar o problema específico do questionamento científico,
fonte imorredoura da inovação, tornada hoje obsessi E é neste foco que se nos
apegarmos á instagnação, também iremos para o lixo. Podemos então afirmar a
reconstrução provisória dentro do ponto de vista desconstrutivo, pois tudo que existe
hoje será objeto de questionamento, e quem sabe mudanças. O questionamento é assim
passível de ser questionado, quando cria um ambiente desfavorável ao homem e à
natureza.

No entanto, O questionamento sempre foi à alavanca crucial do conhecimento,


sendo que para mudar alguma coisa é imprescindível desfazê-la em parte ou, com
parâmetros, desfazê-la totalmente. A lógica do questionar leva a uma coerência
temerária de a tudo desfazer para inovar. Como exemplo a informática, onde cada
computador novo é feito para ser jogado fora, literalmente morre de véspera e não sendo
possível imaginar um computador final, eterno.

Para realizar seu propósito, Descartes estrutura fundamentalmente seu


método em quatro regras:

1) nunca aceitar como verdade senão aquilo que vejo clara e distintamente como tal;

2) decompor cada problema em suas partes mínimas;

3) ir do mais compreensível ao mais complexo;

4) revisar completamente o processo para assegurar-se de que não ocorreu nenhuma


omissão.
Todo esse método, contudo, reside na primeira regra: como obter a certeza? O
instrumento utilizado por Descartes para resolver o problema é a “dúvida metódica”. De
acordo com esse princípio, ele questiona todos os seus conhecimentos, inclusive o de
sua própria existência. Ora, em toda dúvida existe algo de que não podemos duvidar: a
própria dúvida, isto é, eu não posso duvidar de que estou duvidando. Mas a dúvida,
prossegue Descartes, é um pensamento, meu pensamento, e eu não posso pensar sem
existir.

A dúvida em Descartes

Ao duvidar da matemática, Descartes estava duvidando do conhecimento


racional. Como ele podia duvidar de algo que lhe parecia tão certo, como a razão?
Descartes não sabia a origem da razão, algo de que só a existência de Deus podia dar
conta. Assim Descartes chegou ao cogito (“Penso, logo existo”), o primeiro princípio
lógico-ontológico e não empírico, de onde tudo vai partir. É a primeira ideia clara e
distinta que não pode ser colocada em dúvida pela razão lógica. Ao negar esse princípio,
eu já estou duvidando, isto é, ao negar o cogito eu o reafirmo. Na terceira Meditação
temos a noção de ideia; apesar de não haver garantia da veracidade dela, não se duvida
de que as pessoas tenham ideias. A primeira verdade é afirmação do “eu penso” como
sujeito.

Descartes não duvida por duvidar: ele duvida porque procura um conhecimento
absolutamente seguro; isto é, um conhecimento que resista à dúvida mais obstinada, um
conhecimento do qual não haja razões para duvidar. Por isso se diz que a dúvida
cartesiana é metódica: é um método para encontrar o conhecimento absolutamente
seguro que Descartes procura

Portanto, há algo de que posso ter uma firme certeza: penso, logo existo, ou je
pense, donc je suis (em latim, cogito, ergo sum). Eu sou, em última análise, uma
substância pensante, espiritual. A partir daí Descartes elabora toda sua filosofia.O cogito
lhe servirá como chave para prosseguir: toda representação que se lhe apresentar com
“clareza” e “distinção” — os dois critérios cartesianos de certeza — tal como se
manifesta o cogito, deverá ser tida como correta e aceitável. É a aplicação positiva da
dúvida metódica. Dessa forma, Descartes começa a “passar em revista” todos os
conhecimentos que pusera de lado no início de sua busca.

Quando os reconsidera, dá-se conta de que as representações são de três classes:


idéias “inatas”, como as de verdade, justiça, substância; idéias “adventícias”, originadas
pelas coisas exteriores; e idéias “factícias” ou “feitas por mim mesmo” , as que são tidas
como criações de nossa fantasia, como os monstros fabulosos etc. Nesse ponto,
Descartes introduziu uma nova cautela na aceitação das idéias. Poderia ocorrer, diz ele,
que os conhecimentos “adventícios”, que eu considero como correspondentes a
impressões de coisas que realmente existem fora de mim, fossem provocados por um
“gênio maligno” que desejasse enganar-me. Contudo, essa hipótese é rechaçada de
imediato, uma vez que, por outro lado, entre as idéias que encontro em mim mesmo,
sem correlação externa sensível e que denominei “inatas”, está a idéia de Deus. Dado
que a idéia de Deus possui certos atributos, como a infinitude, que não podem provir de
parte alguma, é necessário que ele os tenha posto no intelecto. Portanto, Deus existe; e,
dado que a idéia de Deus é a de um ser perfeito, ele é incapaz de enganar-se ou de
enganar-me. Portanto, posso ter plena certeza da validade de meu conhecimento.

VERDADE EM DESCARTES

É necessário que ao menos uma vez na vida você duvide, tanto quanto


possível, de todas as coisas.” René Descartes.

A primeira certeza, Nesse ponto, Descartes compreendeu que havia uma


crença da qual ele não podia duvidar: a crença na própria existência. Quando
Descartes tentou aplicar o teste do génio maligno a sua crença, percebeu que o génio
só podia levá-lo a acreditar que ele existe se ele, Descartes, de fato existir - como ele
poderia duvidar da própria existência, se é preciso existir para ter dúvida?

O axioma "Penso, eu existo" constitui a primeira certeza de Descartes.

Descartes começa sua obra filosófica fazendo um balanço de tudo o que sabia.
Ao final, conclui que tudo quanto aprendera, tudo quanto sabia e tudo quanto conhecera
pela experiência era duvidoso e incerto. Decide, então, não aceitar nenhum desses
conhecimentos, a menos que pudesse provar racionalmente que eram certos e dignos de
confiança.

Descartes afirma: "Penso, logo existo”. A existência do pensamento e do sujeito


pensante será, então, o ponto de partida para as outras verdades ou o alicerce para a
reconstrução do edifício do saber.

Considera evidente que o atributo do espírito é o pensamento, pois o espírito


“pensa sempre”. A conclusão é que existe uma substância pensante — res cogitans — e
uma substância que compõe os corpos físicos — res extensa — e que ambas são
irredutíveis entre si e totalmente separadas. É a isso que se chama o “dualismo”
cartesiano.

Para encontrar a verdade absoluta é preciso estabelecer o que é verdade.


Descartes sugere que devemos duvidar de tudo, encontrando a verdade através da razão.
Conclusão

Segundo os filósofos empirístas (John Luck e David Hume), para adquirir o


conhecimento científico e válido, só é possivel quando existe a interação entre o sujeito
e o objecto, por meio da experiência, isto é, ideias factícias (exterior), por outro lado os
racionalistas (René Descarte) defendem que o conhecimento científico e válido é
adquirido através da razão, isto é, ideias inatas (Deus).
Bibliografia
Rodrigo, R. (s.d.). Introdução da Filosofia, pag 166-167. Luanda.

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