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Anatomofisiologia Do Sistema Vestibular PDF

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AVALIAÇÃO VESTIBULAR

Professora: Patrícia Cotta Mancini

Aluno: Felipe José Machado Pereira

ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA VESTIBULAR

O ouvido interno é dividido em labirinto anterior e posterior. O labirinto


posterior é composto por dois sistemas de cavidades ósseas: os canais
semicirculares e o vestíbulo. Localiza-se no osso temporal e contém em seu
interior o labirinto membranoso.

O sistema trabalha como se ele fosse um sensor de movimento que é


capaz de reconhecer a velocidade angular da cabeça, ou seja, identificar o
movimento que eu estou fazendo com a cabeça de flexão, extensão, rotação e
a velocidade em que esse movimento acontece, aceleração linear, ou seja, se
eu desloco pra frente ou pra trás, para um lado ou pro outro, pra cima ou pra
baixo e orientação cefálica em relação ao eixo gravitacional. O sistema vestibular
é capaz de identificar a posição dos meus olhos em relação à cabeça e da
cabeça em relação ao corpo. Além de ter uma relação muito importante com
reflexo vestibulocular e o reflexo oculocefálico, que são reflexos importantes na
coordenação do movimento dos olhos durante os movimentos da cabeça.

Para entender o processamento das informações que saem do sistema


vestibular, primeiro é importante entender que essas informações - não só
vestibular, mas também visual e proprioceptivo – vão passar por um
processamento central, ou seja, elas vão sair dos órgãos periféricos - o sistema
vestibular, lá dos olhos, dos fusos receptores articulares - e vão ser enviados
para um processamento central. No caso do sistema vestibular, essa informação
vai ser enviada para o complexo nuclear vestibular e também para o cerebelo. E
ele é responsável por esse processamento adaptativo. Do cerebelo não sai
nenhum neurônio motor, então a informação que sai do cerebelo também é
enviada para o complexo nuclear vestibular e, finalmente, tendo uma resposta
motora saindo dos neurônios motores e tendo uma resposta de equilíbrio ou
movimentos oculares adequados durante os movimentos de cabeça.

O sistema vestibular periférico é dividido em labirinto ósseo, labirinto


membranoso e as células ciliadas. O labirinto ósseo é composto por três canais
semicirculares, a cóclea, vestíbulo e tem também a perilinfa. Já o labirinto
membranoso ele é composto pelo utrículo e o sáculo que são os órgãos otolíticos
e ainda a endolinfa. As células ciliadas se encontram no utrículo e sáculo, além
das ampolas dos canais semicirculares.

O labirinto ósseo consiste em três canais semicirculares: o anterior,


também conhecido como superior, o lateral e o posterior. Ao final de cada canal
semicircular há uma dilatação chamada de ampola. Portanto é dividido nos três
canais semicirculares, na cóclea e uma porção central que é o vestíbulo que é
muito importante. Internamente estão presentes o utrículo e o sáculo que são na
verdade os órgãos otolíticos. O labirinto ósseo é preenchido pela perilinfa. A sua
composição é similar ao licor. A diferença entre eles é que ela tem uma
proporção maior de sódio e potássio e, também a perilinfa se comunica com o
licor no espaço subaracnóideo através do aqueduto coclear.

O labirinto membranoso ele é suspenso dentro do labirinto ósseo por um


fluído e tecido conjuntivo de suporte, que permite que ele fique localizado
internamente ao labirinto ósseo. Ele é composto por cinco órgãos sensoriais: a
porção membranosa dos três canais semicirculares e os dois órgãos que são o
sáculo e o utrículo. Então, quando nós pensamos em labirinto membranoso, nós
lembramos dos órgãos otolíticos e da porção membranosa dos três canais
semicirculares. Já o labirinto membranoso ele é preenchido de endolinfa.

Em cada uma das extremidades de cada canal semicircular tem o


diâmetro mais largo que é formada as ampolas. Portanto, os canais
semicirculares são importantes porque eles são capazes de detectar a
velocidade de deslocamento dos movimentos da cabeça. As “alças” estão
dispostas em três planos bilaterais, ou seja, cada um dos canais semicirculares
consegue identificar o movimento que acontece dentro de um plano específico.
Isso é muito importante porque o sistema vestibular acaba sendo sensível a
todos os movimentos da cabeça. E outro aspecto extremamente importante é
que eles são alinhados, um tem conexão com o outro. Então quer dizer que,
esses canais semicirculares eles trabalham de uma forma complementar, ou
seja, quando realiza o movimento de cabeça eu tenho um canal semicircular de
cada lado que está sendo mais estimulado e isso torna essa resposta mais
precisa ao movimento.

O canal semicircular anterior, também chamado de canal semicircular


superior, é responsável por identificar o movimento de flexão e extensão da
cabeça, aqueles movimentos que acontecem no plano sagital. Enquanto que, o
canal semicircular lateral identifica os movimentos de rotação, num plano
horizontal, transversal, um movimento de rotação é ele que é responsável por
identificar. E o canal posterior identifica o movimento de flexão lateral ou
inclinação lateral da cabeça dentro de um plano coronal. Já os órgãos otolíticos,
que são compostos pelo utrículo e pelo sáculo têm como função a identificação
de movimentos de aceleração linear, por exemplo, se um indivíduo está dentro
do carro, e ele percebe que esse carro está se movimento pra frente, os órgãos
otolíticos são responsáveis por identificar esse movimento de aceleração ou
desaceleração, do movimento no sentido ântero posterior e também o
movimento de deslocamento lateral, por exemplo, eu me deslocar lateralmente,
os órgãos otolíticos conseguem identificar esse movimento. Além de um
movimento no sentido superior inferior - quando estamos dentro de um elevador
e identificamos se está subindo ou se está descendo -, além dos movimentos
combinados de inclinação estática – por exemplo inclinação frontal de flexão e
extensão -.

Os canais semicirculares não são os responsáveis diretos por identificar


esse movimento, mas sim as células ciliadas que estão presentes dentro dessas
estruturas. Elas estão localizadas nas ampolas e também nos órgãos otolíticos.
Elas recebem esse nome porque nelas contêm cílios que são chamados de
estereocílios e o maior de todos é chamado de cinocílio. Esse último é importante
porque dependendo do movimento que acontece, se vai empurrar o cinocílio
para um lado ou para o outro é que vai promover uma excitação ou uma inibição
no nervo. Essas células são revestidas por uma membrana gelatinosa e em cima
nós temos a presença dos otólitos. As células ciliadas são sensores biológicos
que converte o deslocamento provocado pelo movimento cefálico em uma
descarga neural, ou seja, quando movimentamos a cabeça a endolinfa vai se
movimentar, deslocar e esse movimento vai empurrar os cílios para um lado e
para o outro e isso vai provocar uma descarga neural, ou seja, uma excitação ou
uma inibição. Quando as fibras são flexionadas na direção do cinocílio ocorre
uma excitação, enquanto que a endolinfa empurra essas fibras no sentido oposto
ocorre uma inibição.

Além disso vale ressaltar que as células ciliadas elas têm a presença de
uma membrana gelatinosa chamada de cúpula. Essa estrutura reveste as
células ciliadas não são sensíveis a gravidade, o que são sensíveis são a mácula
e as células ciliadas, porém ela reveste as células ciliadas aumentando a
capacidade de captação dessa informação pelas próprias células.

A membrana otolítica contém os cristais de carbonato de cálcio, também


chamados de otocônias. Elas são extremamente importantes quando nós
pensamos na fisiopatologia da VPPB que é a Vertigem Posicional Paroxística
Benigna que é uma das principais causas da vertigem e é muito tratada por
exemplo com reabilitação vestibular. Que é quando ocorre o deslocamento
desses cristais de cálcio e isso vai levar a vertigem.

Como essa informação é conduzida? Ela sai do sistema vestibular e vai


parar lá no núcleo vestibular e depois vai ser conduzido, por exemplo, para o
cerebelo através do nervo vestíbulococlear (VIII par craniano). Ele é um nervo
sensitivo e é dividido em duas porções: em nervo vestibular e em nervo coclear.
O nervo coclear é responsável por audição, então o sistema auditivo. E o nervo
vestibular, a porção vestibular do nervo vestíbulococlear, é responsável por levar
essas informações do sistema vestibular até o núcleo vestibular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Anatomia e fisiologia aplicadas à Fonoaudiologia

Tratado de Otorrinolaringologia

https://www.youtube.com/watch?v=vbzrlDp9pXM

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