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DIGESTORES
DIGESTORES
DIGESTORES
ABSTRACT
The present work was elaborated in the factories of flours and oils, that are part of the
butcher shops and they process the residues generated in the slaughter-house. 45 loads are
analyzed accomplished in digestores of bowels in five different days writing down its
duration. Comparing that time with what should be the standard time of the processing of
bowels, it tried to be discovered through diagrams cause-effect the reason of the variation
of the time in the loads. That variation brings a series of problems for the factory of flours
and oils as the difficulty to balance the production line correctly. Of ownership of the data
and of the analyses, it arrived to some conclusions the regarding possible improvements
with relationship to the absence of the standardization of the loads.
1. INTRODUÇÃO
Ossos triturados
Quebrador de Transportador helicoidal
ossos
Digestor para
SVN
vísceras
Prensa
Prensa
Caixa perculadora
ras
e
Vísc
Para este tipo de fábrica são adotados geralmente três digestores com capacidade de
5.000 litros cada. Como se considera um digestor cheio quando a carga atinge seu eixo,
para processar 150.000 aves/dia são necessárias aproximadamente 20 cargas. Neste cálculo,
considera-se como componentes das cargas as vísceras (que representam 10,38% do peso
da ave viva, ou 20.026 kg), os pulmões (1,2% do peso das aves, ou 3.240 kg), os ossos
resultantes da Carne Mecanicamente Separada – CMS (11,2% do peso das aves, ou 30.240
kg) e mais 20% dos 2.500 litros da carga do digestor compostos do óleo vindo dos tanques
decantadores (borra).
HISTOGRAMA DE FREQÜÊNCIAS
16
14
12
10
0
40-55 55-70 70-85 85-100 100-115 115-130 130-145
Intervalos
Matéria-prima Máquina
Medida
Efeito
Neste caso, foi construído um diagrama causa-efeito para a determinação das causas que
levam ao excesso de tempo, conforme pode ser visto na figura 4.
Perda de Carregamento
Resíduo velho vapor em demasia
Falta de
manutenção
Muita água Lava-gases Relação de medida
com pouca óleo x vísceras
Vísceras quebradas água incorreta
no transporte à vácuo Digestor
com pouca potência
Tempo além
Dispositivos de do esperado
informação dos Falta de Perda de
digestores avariados treinamento vapor na
tubulação
Contaminação
por sujeiras Higiene básica
Caldeira mal
exteriores à graxaria do digestor
dimnesionada
resíduo velho: algumas vezes por falta de investimentos na fábrica de farinhas e óleos há
uma desigualdade na relação abate versus capacidade da graxaria. Isto conduz a um
amontoado de vísceras esperando por processamento, de modo que pode acontecer que
as primeiras vísceras recebidas fiquem por baixo e acabam por serem processadas
somente no final. O resíduo velho perde a umidade e a rigidez característica, fazendo
com que os operadores, ao retirarem uma amostra do digestor depois de transcorrido o
tempo normal, julguem que esta carga ainda não esteja no “ponto” e deixam-nas mais
um tempo sob pressão. Como resultado, a víscera cozinha, ao invés de fritar, tornando-
se pastosa e dificultando o trabalho da prensa e do moinho;
muita água: a água que desce em excesso na peneira hidrostática por erros na vazão, faz
com que a víscera fique encharcada, aumentando muito a quantidade de água a sair pela
válvula de condensado do digestor. É comum usar-se muita água nas graxarias, devido à
falsa impressão de higiene. Segundo Sprigmann (1997), basta considerar que a maioria
dos microorganismos responsáveis pela degradação dos produtos envolvidos na
atividade necessitam de água para a sua manutenção, para constatar que nem sempre o
uso indiscriminado desta resulta em um boa alternativa;
vísceras quebradas no transporte a vácuo: o excesso da pressão do ar comprimido nos
transportadores pneumáticos pode provocar a quebra das vísceras, liberando suas
mucosas e provocando um aumento considerável na acidez da farinha. Neste caso,
também é difícil achar o “ponto” de fritura, o que leva na maioria das vezes à queima da
farinha;
perda de vapor: a falta de uma correta manutenção dos digestores pode ocasionar o
escapamento de vapor pela união rotativa e válvulas, diminuindo a pressão interna.
Além de prejuízo para a carga, é extremamente perigoso, pois o digestor é um vaso de
pressão regulamentado pela norma NR-13;
falta de manutenção: em geral, todos os equipamentos requerem perfeitas condições de
funcionamento. Esta causa geralmente está associada a outros fatores relacionados;
lava gases com pouca água: o lavador de gases faz parte da Estação de Tratamento de
Odor e tem por objetivo succionar os vapores dos digestores pela boca de saída dos
gases, fazendo com que estes gases passem por uma série de chicanas provocando a sua
condensação. Os gases incondensáveis recebem uma chama direta de 700 a 8000C antes
de serem liberados para a atmosfera, o que elimina o mal cheiro. No entanto, se o
lavador de gases não estiver sendo corretamente abastecido por água, não conseguirá
uma boa sucção, trazendo como conseqüência um prejuízo à troca térmica do digestor,
o que aumenta o tempo necessário a fritura das vísceras;
digestor com pouca potência: máquinas velhas ou mal reformadas podem estar com a
parte oca do eixo e pás corroídas, permitindo escapamento de vapor e não conseguindo
uma boa troca térmica. Se estiver escapando vapor por partes do eixo, esse vapor pode
queimar certas partes da massa de vísceras, enquanto as demais nem começaram a
perder água. A potência de acionamento também é importante, devendo o motor ser
capaz de manter o eixo e as pás em contínuo movimento, sem solavancos nem entraves,
para evitar uma fritura não uniforme na carga de vísceras. Caso ocorra uma fritura não
uniforme, o operador na hora de retirar uma amostra, se retirar uma já frita, pode
descarregar o digestor com partes ainda cruas, que apodrecerão. Se pegar uma ainda
crua, queimará as partes que já estão no ponto;
carregamento em demasia: a ausência de um silo de vísceras antes dos digestores e do
tanque dosador de pulmões, conforme mostrado na figura 1 acarreta à falta de
padronização das cargas, ou seja, os silos de vísceras são projetados para conterem uma
carga padrão. Logo, uma vez cheio, pode-se descarregá-lo no digestor sem haver
preocupação de carga em demasia. Sem este equipamento, o controle é feito
empiricamente. Como o volume processado é elevado, há a tendência de “encher” o
digestor mais do que se deve, provocando atraso nas cargas;
relação de medida óleo versus vísceras incorreta: o procedimento correto é 1 carga de
óleo (equivalente ao volume contido em um transportador pneumático) para 3 cargas
padrão de vísceras (3 carrinhos ou o volume de 1 silo de víscera). Havendo erro nessas
medidas, a víscera pode atingir o ponto antes ou depois do tempo esperado;
dispositivos de informação dos digestores avariados: em muitos digestores os
mostradores encontram-se cobertos de gordura, fato que prejudica as leituras relevantes
como tempo de processamento, pressão interna e temperatura;
contaminação por sujeiras exteriores à graxaria: a graxaria ainda hoje é considerada por
muitos (até mesmo pelos próprios operários que nela trabalham) como a lixeira do
frigorífico. A higiene na recepção da matéria-prima é fundamental, devendo-se evitar
que pedaços de madeira, latas, pregos, barro, etc. acabem indo para o digestor junto
com as vísceras;
falta de treinamento: boa parte dos fatores aqui relacionados tem a ver com o
treinamento da mão-de-obra. O processo de fabricação de farinhas e óleos é simples,
principalmente em empresas automatizadas, bastando que se siga corretamente os
passos determinados. Uma mão-de-obra treinada deve ser capaz de receber os produtos
corretamente, colocá-los em quantidades certas nos digestores e analisar com precisão
uma amostra retirada para a verificação do “ponto” de fritura;
higiene básica do digestor: a falta de limpeza interna no digestor provoca o
aparecimento de uma crosta nas paredes internas e nas partes externas do eixo e das
pás. Essa crosta atua como isolante, impedindo a transmissão de calor;
perda de vapor na tubulação: excesso de curvas e uso de material (aço carbono)
impróprio nas tubulações provocam perda de carga e vazamentos de vapor. Isto leva a
um maior consumo de vapor pela caldeira, e se esta estiver a plena carga, o vapor será
insuficiente para fritar as vísceras no tempo esperado;
caldeira mal dimensionada: em algumas empresas a caldeira foi adquirida quando abatia-
se de 40.000 a 50.000 frangos a menos do que as condições atuais. Com o aumento do
abate, houve a necessidade de aquisição de mais digestores, coagulador de sangue,
secador de anéis, prensa, tanque clarificador e auto clave (todos equipamentos que
trabalham com vapor de caldeira). Isto resultou na produção insuficiente de vapor,
provocando atrasos nas cargas;
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. BIBLIOGRAFIA