Dimensionamento de Sistema para Recebimento, Armazenamento e Tratamento de Resíduos Sólidos Da UFERSA, Campus Mossoró-RN
Dimensionamento de Sistema para Recebimento, Armazenamento e Tratamento de Resíduos Sólidos Da UFERSA, Campus Mossoró-RN
Dimensionamento de Sistema para Recebimento, Armazenamento e Tratamento de Resíduos Sólidos Da UFERSA, Campus Mossoró-RN
MOSSORÓ – RN
2010
DANIELA DA COSTA LEITE COELHO
MOSSORÓ – RN
2010
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
APROVADA EM: / /
BANCA EXAMINADORA
A Deus, pela oportunidade de viver, por todas as pessoas que encontrei nessa vida até hoje, e
por me dá sempre força e esperança para seguir em frente, aprendendo a cada obstáculo que
encontro pelo caminho.
À minha mãe, Deusieme da Costa Leite, pelo amor dedicado e todo esforço que fez para me
educar, me mostrando sempre o melhor caminho para que eu seguisse e me tornasse a pessoa
que sou hoje.
A todos meus familiares, por todo amor, carinho e atenção, e por estarem sempre presentes ao
meu lado em todos os momentos da minha vida.
À Ana Luíza Ferreira, Jurema Araújo, Lisabelle Rodrigues, Lidiane Vieira, Herison Alves,
Hélio Nogueira e Artênio Cabral, que foram mais que colegas de turma, me presenteando com
o nobre sentimento da amizade, e dividiram sempre comigo todas as emoções e momentos
dessa importante etapa da minha vida.
Aos demais amigos que tive oportunidade de conhecer durante a vida acadêmica, em especial,
Kassius Vinissius, Ricardo Bruno, Laércio Marques e Antônio Tomaz, por todas as alegrias
que me proporcionaram e carinho demonstrado.
Às minhas amigas, Lidiane Moreira e Glícia Pinto, por me acompanharem por todos esses
anos, desejarem sempre minha felicidade, e nunca terem deixado de me incentivar a lutar
pelos meus objetivos.
A todos os professores, por todo o aprendizado transmitido, em especial aos professores Paulo
César, Roberto Pordeus, Suedêmio de Lima, Nilson Sathler, Celsemy Maia e Nildo Dias, que
além dos conhecimentos profissionais, dedicaram amizade e me orientaram nas mais diversas
situações.
Às demais pessoas que não foram citadas, mas que em algum momento fizeram parte da
minha vida e deixaram marcas importantes, meus sinceros agradecimentos.
Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu
mergulhei.
Não se preocupe em "entender".
Viver ultrapassa todo o entendimento.
Clarice Lispector
RESUMO
Tabela 2 – Municípios com serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo. .......................... 24
Tabela 4 – Material utilizado para preparação das amostras de resíduos sólidos classe II
produzidos na UFERSA, campus Mossoró-RN. ...................................................................... 31
Tabela 7 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus
Mossoró-RN, na primeira semana de estudo. ........................................................................... 41
Tabela 8 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus
Mossoró-RN, na segunda semana de estudo. ........................................................................... 42
Tabela 9 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização física
dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na primeira
semana de estudo. ..................................................................................................................... 44
Tabela 10 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização
física dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na segunda
semana de estudo. ..................................................................................................................... 45
Tabela 13 – Caracterização física referente à média respectiva de cada dia das duas semanas
de estudo, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos classe II(a) coletados na
UFERSA, campus Mossoró-RN. .............................................................................................. 48
Tabela 14 – Extrapolação dos dados referentes às amostras diárias obtidas nos dois estudos
semanais para a produção total diária e semanal dos resíduos sólidos classe II(a) coletados na
UFERSA, campus Mossoró-RN. .............................................................................................. 49
Tabela 15 – Estimativa do volume médio diário de cada constituinte, em m3, dos resíduos
sólidos classe II(a) coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN. ........................................... 50
Tabela 16 – Composição gravimétrica referente à média respectiva de cada dia das duas
semanas de estudo dos resíduos sólidos classe II(a) coletados na UFERSA, campus Mossoró-
RN............................................................................................................................................. 51
Tabela 20 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos
resíduos sólidos classe II(a) gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para disposição no
aterro sanitário municipal. ........................................................................................................ 56
Tabela 21 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos
resíduos sólidos classe II(a) gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para reciclagem. .... 56
Tabela 22 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos
resíduos sólidos classe II(a) gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para compostagem.... .
.................................................................................................................................................. 57
Figura 2 – Pesagem do veículo utilizado para coleta dos resíduos sólidos classe II na
UFERSA, campus Mossoró-RN, utilizando a balança rodoviária localizada ao lado do
Laboratório de Sementes, 01/09/2010. ..................................................................................... 30
Figura 3 – Fotografia dos resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA sendo descarregados
para caracterização física, no local definido coberto por lona, após pesagem na balança
rodoviária. Setor de suinocultura desativado – Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,
31/08/2010. ............................................................................................................................... 32
Figura 7 – Recipiente (tambor) com capacidade para 200 L, utilizado para armazenamento
temporário dos resíduos sólidos classe II, colocados na área externa das edificações da
instituição. ................................................................................................................................ 36
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 13
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 27
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................................. 27
3.2 PERÍODO DE ESTUDO .................................................................................................... 28
3.3 PROCEDIMENTO PARA QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS
NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .............................................................................. 29
3.3.1 Procedimento usado para estimativa da produção per capita de resíduos sólidos
classe II gerados na UFERSA ................................................................................................ 30
3.4 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA,
CAMPUS MOSSORÓ-RN ...................................................................................................... 30
3.4.1 Material utilizado para preparação das amostras...................................................... 31
3.4.2 Procedimento utilizado para preparação das amostras ............................................. 31
3.4.3 Caracterização por classes de materiais (tipos de componentes) .............................. 34
3.5 LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE NECESSÁRIA DE RECIPIENTES DE
ARMAZENAGEM TEMPORÁRIA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA,
CAMPUS MOSSORÓ-RN ...................................................................................................... 35
3.6 PROCEDIMENTO PARA DIMENSIONAMENTO DO ABRIGO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN......................................... 37
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................... 40
4.1 RESULTADOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .......................................................... 40
4.1.1 Resultados observados da produção per capita de resíduos sólidos classe II gerados
na UFERSA ............................................................................................................................ 41
4.2 RESULTADOS OBTIDOS DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN......................................... 43
4.2.1 Resultados obtidos com a preparação das amostras .................................................. 43
4.2.2 Resultados obtidos com relação à avaliação da produção média de cada
componente ............................................................................................................................ 46
4.2.3 Resultados obtidos com relação à avaliação da massa específica aparente e
estimativa do volume médio de cada componente ............................................................... 49
4.2.4 Resultados obtidos com relação à avaliação da composição gravimétrica .............. 50
4.3 RESULTADOS RELACIONADOS AO LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE
NECESSÁRIA DE RECIPIENTES DE ARMAZENAGEM TEMPORÁRIA DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .................... 52
4.4 RESULTADOS REFERENTES AO DIMENSIONAMENTO DO ABRIGO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .................... 55
4.4.1 Elaboração da planta baixa do Abrigo de Resíduos da UFERSA, campus Mossoró-
RN, com sugestões de adequação .......................................................................................... 59
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 63
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 64
APÊNDICE ............................................................................................................................. 67
13
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Assim, segundo esta norma, são considerados resíduos sólidos não apenas material no
estado sólido. São classificados como tal, certos resíduos no estado semi-sólido e até mesmo
no estado líquido.
Para um correto tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, torna-se necessária
a caracterização desses resíduos, tomando como base critérios pré-estabelecidos pela
legislação ambiental. A seguir, são apresentadas as classes de resíduos em relação à origem e
16
b) Lixo comercial;
c) Lixo público;
- Entulho de obras;
- Pilhas e baterias;
- Lâmpadas fluorescentes;
- Pneus.
e) Lixo de fontes especiais:
- Lixo industrial;
- Lixo radioativo;
- Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários;
- Lixo agrícola;
- Resíduos de serviços de saúde.
No que diz respeito à classificação dos resíduos sólidos quando a periculosidade que
estes apresentam, a NBR 10.004 (ABNT, 2004, p. 3) os classifica da seguinte forma:
b) Resíduos Classe II – Não Perigosos: entre os resíduos desta classe estão os listados na
Tabela 1.
Resíduos Classe IIA – Não Inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classe I – Perigosos ou de resíduos classe IIB – Inertes, nos termos da norma
citada. Os resíduos classe IIA – Não Inertes podem ter propriedades tais como:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
Resíduos Classe IIB – Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma
representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e submetidos a um contato dinâmico e
estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente conforme a ABNT
NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez,
dureza e sabor, conforme o Anexo G da NBR 10.004.
2.2.3 Classificação dos resíduos de serviços de saúde de acordo com a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA)
a) Grupo A: resíduos com possível presença de agentes biológicos que, por suas
características podem apresentar risco de infecção. Tais resíduos estão subdivididos em 5
subgrupos (A1, A2, A3, A4 e A5).
b) Grupo B: resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
d) Grupo D: resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Para os resíduos do
Grupo D, destinados à reciclagem ou reutilização, a identificação deve ser feita nos
recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando códigos de cores e suas
correspondentes nomeações baseados na Resolução do CONAMA no 275/2001, e símbolos
do tipo de material reciclável:
I – azul – PAPÉIS
II – amarelo – METAIS
III – verde – VIDROS
IV – vermelho – PLÁSTICOS
V – marrom – RESÍDUOS ORGÂNICOS
e) Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas
de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os
utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de
Petri) e outros similares.
19
(...) na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa,
em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. No
armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora
dos recipientes ali estacionados (BRASIL, 2004, p. 6).
Com relação aos impactos causados pela disposição final de resíduos sólidos no solo,
os principais riscos estão relacionados com a salinização e a contaminação, tanto do solo
quanto de plantas, disseminação de metais pesados, além da contaminação do ser humano e
de animais com agentes patogênicos presentes nestes resíduos (MATOS, 2006, p. 67).
O autor citado afirma ainda que:
o resultado não é tão favorável, onde 63,6 % utilizavam lixões e 32,2 %, aterros adequados
(13,8 % sanitários, 18,4 % aterros controlados), sendo que 5% não informou para onde vão
seus resíduos. Após dez anos da realização da pesquisa, conclui-se que ocorreu um aumento
significativo na produção de resíduos sólidos, fato decorrente do aumento populacional e do
maior consumo de embalagens e produtos descartáveis.
A pesquisa verificou ainda uma estimativa da quantidade de resíduos sólidos coletados
diariamente, onde, nas cidades com um número de até 200 mil habitantes, são recolhidos entre
450 a 700 gramas por habitante; e nas cidades com um número de habitantes maior que 200
mil, são recolhidos entre 800 e 1.200 gramas de resíduos por habitante, sendo coletadas no
total de 125.281 toneladas de lixo domiciliar por dia em todos os municípios do país.
A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB/2000) determinou ainda a
quantidade de domicílios que são atendidos com o serviço de limpeza urbana e coleta de lixo,
como verifica-se na Tabela 2. Do total de municípios brasileiros, somente 1.814 (33,13%)
possuem 100% de resíduos coletados. Já no Nordeste, esse número cai para 345 (19,5%) dos
municípios com aproveitamento de 100% na coleta. E por último, no Estado do Rio Grande
do Norte, esse número corresponde a 95 municípios (57,57%) com 100% dos resíduos
coletados.
No que diz respeito à gestão de resíduos sólidos nas universidades, percebe-se que são
poucas as instituições de ensino superior que apresentam um plano de gestão e gerenciamento
em prática, onde muitas destas encontram-se ainda em fase de elaboração e/ou
implementação.
25
3 METODOLOGIA
Biblioteca
Setor de
Suinocultura
Reitoria
Fonte: Google Maps. Disponível em: < http://maps.google.com.br/maps>. Acesso em: 15 nov. 2010.
Figura 1 – Localização da UFERSA, campus Mossoró-RN.
28
b) Segunda amostragem:
- Segunda-feira, 20/09;
- Terça-feira, 21/09;
- Quarta-feira, 22/09;
- Quinta-feira, 23/09;
- Sexta-feira, 24/09.
Cada amostragem semanal foi programada para execução em dias consecutivos de
uma semana. A primeira foi planejada para 30/08 a 03/09 e a segunda, para 20/09 a 24/09.
Contudo, na primeira amostragem, devido à indisponibilidade de material necessário
para as atividades, a amostra referente à segunda-feira, dia 30/08, foi transferida para a
próxima segunda-feira regular em relação às atividades acadêmicas, ou seja, dia 13/09. Tal
amostragem não foi realizada na segunda-feira referente à 06/09 por ter sido véspera do
feriado de 07/09. Assim, avaliou-se que haveria uma produção atípica de resíduos sólidos,
considerando que a proposta do presente trabalho é avaliar a produção de resíduos sólidos na
UFERSA em período regular de aulas.
3.3.1 Procedimento usado para estimativa da produção per capita de resíduos sólidos
classe II gerados na UFERSA
A partir da quantificação total diária média dos resíduos sólidos classe II gerados na
UFERSA, e dos dados da população da instituição, foi possível estimar a produção per capita
dos mesmos. Os dados referentes à população da UFERSA foram obtidos junto a Pró-Reitoria
de Graduação (PROGRAD) e informações disponíveis na página da internet da Pró-Reitoria
de Recursos Humanos (PRORH): http://www2.ufersa.edu.br/portal/proreitorias/prorh/1024,
conforme verificada na Tabela 3.
Tabela 4 – Material utilizado para preparação das amostras de resíduos sólidos classe II
produzidos na UFERSA, campus Mossoró-RN.
Objetivo do uso Descrição do material
Luvas de borracha
Proteção dos trabalhadores Material de segurança
com forro de algodão
Rompimento dos receptáculos;
Enxada
separação e revolvimento do material;
Ferramentas
formação de pilhas e coleta de
Pá
amostras
Cobertura do pátio onde os resíduos
Lonas de aproximadamente (5 x 5)m
foram descarregados
Pesagem Balança com capacidade de 25 kg
Coleta de amostras Tambores com capacidade de 100 L
Separação dos resíduos em 18 classes Recipientes com capacidade de 100 L
Fonte: Adaptado pela pesquisadora (CONSONI et al.,2000, p.33).
g) Dispor os resíduos coletados sobre uma lona. Este material constitui a amostra a ser
utilizada para a análise da composição física dos resíduos;
h) Separar os materiais da amostra nas classes indicadas no item 3.4.3, utilizando tambores
devidamente identificados, para cada classe;
i) Pesar cada classe de resíduos, previamente separada.
Para a pesagem das amostras e dos componentes foi utilizada uma balança manual,
tipo vara de ferro, com capacidade para 25 kg e precisão de 100 g.
O cálculo para obtenção do volume de resíduos sólidos gerados foi baseado na
quantidade produzida, em peso, e na massa específica aparente dos mesmos, de acordo com a
seguinte fórmula:
V = P/ρ (1)
Onde:
V – volume de resíduos sólidos (m³);
P – peso da quantidade de resíduos sólidos produzidos (kg) e
ρ – massa específica aparente dos resíduos sólidos (kg/m³).
Após a coleta das quatro amostras de 100 L cada, e pesagem das mesmas, estas foram
dispostas sobre uma lona, de onde foi realizada a separação e caracterização dos materiais de
acordo com suas propriedades físicas, sua origem e destinação final adequada. Foram
determinadas as seguintes classes:
- Borracha;
- Couro;
- Madeira;
- Restos de alimentos;
- Metais ferrosos;
- Metais não-ferrosos;
- Papel;
- Papelão;
- Plástico rígido (incluindo copos descartáveis);
- Plástico maleável;
- Garrafa PET;
- Trapos;
- Vidro;
- Ossos;
35
- Outros 1;
- Outros 2;
- Cerâmica;
- Material potencialmente perigoso.
A classe referida como Outros 1 englobou os resíduos de isopor e embalagens
revestidas interiormente com papel laminado, como caixas de suco e pacotes de biscoitos. Já a
classe denominada Outros 2 foi utilizada para agrupar os resíduos referentes a mistura de
pedaços relativamente pequenos de restos de alimentos (principalmente), plástico maleável,
papel e papel higiênico.
correspondente a cada recipiente foi obtida através do seu diâmetro (igual a 0,6 m) ao
quadrado.
A = d² (2)
Onde:
A – área da sessão quadrática do recipiente (m²), e
d – diâmetro do recipiente (m).
40
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos resultados referentes à produção média diária de resíduos sólidos classe
II da UFERSA, campus Mossoró, nas duas semanas do período de estudo (Tabelas 5 e 6), foi
possível estimar a produção per capita dos mesmos.
De acordo com dados obtidos junto a PROGRAD e PRORH, a instituição conta no
presente semestre, 2010.2, com a população de 4513 pessoas, conforme apresentada na
Tabela 3.
As estimativas da produção per capita de resíduos sólidos classe II na UFERSA,
campus Mossoró, referentes às duas semanas de estudo, são apresentadas nas Tabelas 7 e 8.
Tabela 7 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus
Mossoró-RN, na primeira semana de estudo.
Data Produção per capita (kg/hab.dia)
31/08/2010 Terça-feira 0,086
01/09/2010 Quarta-feira 0,071
02/09/2010 Quinta-feira 0,081
03/09/2010 Sexta-feira 0,071
04/09/2010 Sábado Não há coleta
13/09/2010 Segunda-feira 0,153
Média 0,092
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
42
Tabela 8 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus
Mossoró-RN, na segunda semana de estudo.
Data Produção per capita (kg/hab.dia)
20/09/2010 Segunda-feira 0,091
21/09/2010 Terça-feira 0,058
22/09/2010 Quarta-feira 0,069
23/09/2010 Quinta-feira 0,097
24/09/2010 Sexta-feira 0,085
25/09/2010 Sábado Não há coleta
Média 0,080
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
A seguir, pode-se observar nas Tabelas 9 e 10, os resultados obtidos com a pesagem
das quatro amostras de 100 L coletadas durante as duas semanas de estudo para caracterização
física dos resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN.
44
Tabela 9 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização física
dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na primeira
semana de estudo.
Peso (kg)
Data Amostra
Bruto Tara do recipiente Líquido
1ª amostra 8,20 3,80 4,40
2ª amostra 17,50 3,80 13,70
31/08/2010 Terça-feira
3ª amostra 18,20 3,80 14,40
4ª amostra 12,30 3,80 8,50
1ª amostra 21,30 3,80 17,50
2ª amostra 18,80 3,80 15,00
01/09/2010 Quarta-feira
3ª amostra 15,90 3,80 12,10
4ª amostra 10,70 3,80 6,90
1ª amostra 15,60 3,80 11,80
2ª amostra 8,10 3,80 4,30
02/09/2010 Quinta-feira
3ª amostra 6,50 3,80 2,70
4ª amostra 6,30 3,80 2,50
1ª amostra 13,60 3,80 9,80
2ª amostra 11,00 3,80 7,20
03/09/2010 Sexta-feira
3ª amostra 7,30 3,80 3,50
4ª amostra 10,80 3,80 7,00
- - -
- - -
04/09/2010 Sábado Não há coleta
- - -
- - -
1ª amostra 10,00 3,80 6,20
2ª amostra 11,50 3,80 7,70
13/09/2010 Segunda-feira
3ª amostra 16,20 3,80 12,40
4ª amostra 12,30 3,80 8,50
Média (kg/dia) 12,61 3,80 8,81
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
45
Tabela 10 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização
física dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na segunda
semana de estudo.
Peso (kg)
Data Amostra
Bruto Tara do recipiente Líquido
1ª amostra 11,40 3,80 7,60
2ª amostra 14,50 3,80 10,70
20/09/2010 Segunda-feira
3ª amostra 25,40 3,80 21,60
4ª amostra 8,10 3,80 4,30
1ª amostra 9,70 3,80 5,90
2ª amostra 10,80 3,80 7,00
21/09/2010 Terça-feira
3ª amostra 12,90 3,80 9,10
4ª amostra 8,40 3,80 4,60
1ª amostra 9,90 3,80 6,10
2ª amostra 13,10 3,80 9,30
22/09/2010 Quarta-feira
3ª amostra 8,90 3,80 5,10
4ª amostra 7,40 3,80 3,60
1ª amostra 11,70 3,80 7,90
2ª amostra 19,00 3,80 15,20
23/09/2010 Quinta-feira
3ª amostra 8,20 3,80 4,40
4ª amostra 7,90 3,80 4,10
1ª amostra 12,10 3,80 8,30
2ª amostra 17,90 3,80 14,10
24/09/2010 Sexta-feira
3ª amostra 14,00 3,80 10,20
4ª amostra 9,10 3,80 5,30
- - -
- - -
25/09/2010 Sábado Não há coleta
- - -
- - -
Média (kg/dia) 12,02 3,80 8,22
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Diante dos resultados observados nas tabelas anteriores, nota-se que as médias das
duas semanas do período de estudo foram bastante próximas, (8,81 e 8,22 kg,
respectivamente) sugerindo pouca alteração da massa específica aparente dos resíduos sólidos
produzidos na UFERSA além de padronização adequada para obtenção das amostras, cujo
procedimento foi apresentado no item 3.4.2.
46
A partir dos resultados apresentados nas Tabelas 11 e 12, foi possível calcular a
produção média diária de cada componente dos resíduos sólidos classe II na UFERSA,
campus Mossoró, no segundo semestre de 2010, presentes nas amostras, como mostra a
Tabela 13.
48
Tabela 13 – Caracterização física referente à média respectiva de cada dia das duas semanas
de estudo, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos classe II(a) coletados na
UFERSA, campus Mossoró-RN.
Peso (kg)
Média
Componente Segunda- Terça- Quarta- Quinta- Sexta- (kg/dia)
feira feira feira feira feira
Borracha 0,05 0,00 0,50 0,00 0,00 0,11
Couro 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,02
Madeira 0,00 0,00 3,00 0,00 0,95 0,79
Restos de alimentos 11,10 2,85 5,05 4,35 1,30 4,93
Metais ferrosos 0,25 0,29 0,08 1,80 0,75 0,63
Metais não-ferrosos 0,35 0,25 0,35 0,18 0,15 0,26
Papel 1,70 2,05 4,30 2,60 3,10 2,75
Papelão 1,90 1,60 3,05 1,95 3,60 2,42
Plástico rígido +
2,15 2,50 3,40 1,60 1,55 2,24
Copos Descartáveis
Plástico maleável 2,40 2,65 3,60 2,20 2,50 2,67
Garrafa PET 1,35 1,40 1,15 1,05 0,65 1,12
Trapos 0,18 0,05 0,33 0,23 0,35 0,23
Vidro 0,40 0,00 0,85 0,05 2,40 0,74
Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
(b)
Outros 1 1,10 0,80 0,75 0,85 0,70 0,84
Outros 2(c) 12,95 15,95 9,25 7,60 13,05 11,76
Cerâmica 0,00 1,75 0,00 0,00 0,00 0,35
(d)
Material perigoso 0,80 0,10 0,19 0,10 0,09 0,26
Total (componentes) 36,68 32,24 35,84 24,65 31,14 32,11
Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Com base na tabela anterior, observa-se que nas segundas-feiras ocorrem uma
produção média maior de resíduos sólidos classe II. Um dos fatos que podem contribuir para
este resultado é de que nos fins de semana, apesar de não serem dias letivos, a universidade
conta com estudantes que residem nas vilas acadêmicas, onde os mesmos geram diversos
tipos de resíduos, principalmente os componentes Restos de alimentos e Outros 2, e a coleta
desses materiais somente ocorre nas segundas-feiras.
Na Tabela 14, são mostrados os resultados obtidos com relação à extrapolação dos
dados obtidos de peso médio dos componentes das amostras diárias dos dois estudos
semanais, para a produção total diária e semanal.
49
Tabela 14 – Extrapolação dos dados referentes às amostras diárias obtidas nos dois estudos
semanais para a produção total diária e semanal dos resíduos sólidos classe II(a) coletados na
UFERSA, campus Mossoró-RN.
Peso médio Peso médio Peso médio extrapolado
das extrapolado para para produção total
Componente
amostras produção total diária semanal
(kg/dia) (kg/dia) (kg/semana)(e)
Borracha 0,11 1,33 6,66
Couro 0,02 0,24 1,21
Madeira 0,79 9,57 47,85
Restos de alimentos 4,93 59,73 298,63
Metais ferrosos 0,63 7,67 38,34
Metais não-ferrosos 0,26 3,09 15,45
Papel 2,75 33,32 166,58
Papelão 2,42 29,32 146,59
Plástico rígido +
2,24 27,14 135,69
Copos Descartáveis
Plástico maleável 2,67 32,35 161,74
Garrafa PET 1,12 13,57 67,84
Trapos 0,23 2,73 13,63
Vidro 0,74 8,97 44,83
Ossos 0,00 0,00 0,00
(b)
Outros 1 0,84 10,18 50,88
Outros 2(c) 11,76 142,47 712,36
Cerâmica 0,35 4,24 21,20
(d)
Material perigoso 0,26 3,10 15,51
Total 32,11 389,00 1945,00
Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11;
(e) Refere-se aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a universidade encontra-se em
atividade.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Tabela 15 – Estimativa do volume médio diário de cada constituinte, em m3, dos resíduos
sólidos classe II(a) coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN.
Valor teórico da Valor médio diário
massa específica
Componente Peso médio da Volume
aparente(e)
(kg/m³) produção total estimado
(kg/dia) (m³/dia)
Borracha 131 1,33 0,01
Couro 160 0,24 0,00
Madeira 237 9,57 0,04
Restos de alimentos 291 59,73 0,21
Metais ferrosos 320 7,67 0,02
Metais não-ferrosos 160 3,09 0,02
Papel 89 33,32 0,37
Papelão 50 29,32 0,59
Plástico rígido +
65 27,14 0,42
Copos descartáveis
Plástico maleável 65 32,35 0,50
Garrafa PET 65 13,57 0,21
Trapos 65 2,73 0,04
Vidro 196 8,97 0,05
Ossos - 0,00 0,00
Outros 1(b) 131 10,18 0,08
Outros 2(c) 131 142,47 1,09
Cerâmica 1421 4,24 0,00
Material perigoso(d) 131 3,10 0,02
Total - 389,00 3,66
Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11;
(e) Adaptado de Tchobanoglous et al. (1993) apud Hamada (2003, p.9);
Valores em negrito e itálico: o valor de 65 kg/m3 é apresentado para plásticos presentes em resíduo domiciliar
não compactado. Por falta de valor específico para diferentes plásticos, adotou-se o referido valor para as três
classes de plásticos pesquisadas;
Valores em negrito e sublinhado: o valor 131 kg/m3 foi adotado com base na massa específica de borracha,
sendo que predominava a presença de luvas cirúrgicas (látex) nos resíduos potencialmente perigosos.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
A seguir, na Tabela 16, são apresentados os resultados obtidos com relação à avaliação
da composição gravimétrica, porcentagem de cada constituinte em relação ao peso total, dos
resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN.
51
Tabela 16 – Composição gravimétrica referente à média respectiva de cada dia das duas
semanas de estudo dos resíduos sólidos classe II(a) coletados na UFERSA, campus Mossoró-
RN.
Percentual em relação ao peso (%)
Média
Componente Segunda- Terça- Quarta- Quinta- Sexta- (%/dia)
feira feira feira feira feira
Borracha 0,14 0,00 1,40 0,00 0,00 0,31
Couro 0,00 0,00 0,00 0,41 0,00 0,08
Madeira 0,00 0,00 8,37 0,00 3,05 2,28
Restos de alimentos 30,27 8,84 14,09 17,65 4,17 15,00
Metais ferrosos 0,68 0,90 0,21 7,30 2,41 2,30
Metais não-ferrosos 0,95 0,78 0,98 0,71 0,48 0,78
Papel 4,64 6,36 12,00 10,55 9,96 8,70
Papelão 5,18 4,96 8,51 7,91 11,56 7,62
Plástico rígido +
5,86 7,75 9,49 6,49 4,98 6,91
Copos Descartáveis
Plástico maleável 6,54 8,22 10,04 8,92 8,03 8,35
Garrafa PET 3,68 4,34 3,21 4,26 2,09 3,52
Trapos 0,48 0,16 0,91 0,91 1,12 0,72
Vidro 1,09 0,00 2,37 0,20 7,71 2,27
Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
(b)
Outros 1 3,00 2,48 2,09 3,45 2,25 2,65
Outros 2(c) 35,31 49,47 25,81 30,83 41,91 36,67
Cerâmica 0,00 5,43 0,00 0,00 0,00 1,09
(d)
Material perigoso 2,18 0,31 0,53 0,41 0,29 0,74
Total (componentes) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Com base na Tabela 19, conclui-se que são necessários 59 recipientes além dos que já
existem na instituição para armazenamento temporário de resíduos, externamente às
edificações.
Tabela 20 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos
resíduos sólidos classe II(a) gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para disposição no
aterro sanitário municipal.
Valor médio para
Valor médio Valor médio Valor médio
dois dias +
diário semanal(d) para dois dias(e)
Componente 50% deste valor(f)
Peso Volume Peso Volume Peso Volume Peso Volume
(kg) (m³) (kg) (m³) (kg) (m³) (kg) (m³)
Borracha 1,33 0,01 6,66 0,05 2,67 0,02 4,00 0,03
Couro 0,24 0,00 1,21 0,01 0,48 0,00 0,73 0,00
Madeira 9,57 0,04 47,85 0,20 19,14 0,08 28,71 0,12
Trapos 2,73 0,04 13,63 0,21 5,45 0,08 8,18 0,13
Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
(b)
Outros 1 10,18 0,08 50,88 0,39 20,35 0,16 30,53 0,23
(c)
Outros 2 142,47 1,09 712,36 5,44 284,94 2,18 427,42 3,26
Cerâmica 4,24 0,00 21,20 0,01 8,48 0,01 12,72 0,01
Total 170,76 1,26 853,80 6,31 341,52 2,52 512,28 3,79
Notas (a), (b) e (c): idem às notas da Tabela 11;
(d) Refere-se aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a universidade encontra-se em
atividade;
(e) Considerando que a coleta externa executada pela prefeitura ocorrerá a cada dois dias;
(f) Adotou-se um coeficiente de segurança de 50% pois nas segundas-feiras, observou-se uma geração superior
(14 a 65%) à média semanal.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Tabela 21 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos
resíduos sólidos classe II(a) gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para reciclagem.
Valor médio diário Valor médio semanal (5 dias)(b)
Componente
Volume
Peso (kg) Peso (kg) Volume (m³)
(m³)
Metais ferrosos 7,67 0,02 38,34 0,12
Metais não-ferrosos 3,09 0,02 15,45 0,10
Papel 33,32 0,37 166,58 1,87
Papelão 29,32 0,59 146,59 2,93
Plástico rígido + Copos
27,14 0,42 135,69 2,09
descartáveis
Plástico maleável 32,35 0,50 161,74 2,49
Garrafa PET 13,57 0,21 67,84 1,04
Vidro 8,97 0,05 44,83 0,23
Total 155,41 2,17 777,06 10,87
Nota (a): idem à nota da Tabela 11;
(b) Considerando que a coleta externa executada pela cooperativa/associação de materiais recicláveis ocorrerá
uma vez por semana, referindo-se ainda aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a
universidade encontra-se em atividade.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
57
Tabela 22 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos
resíduos sólidos classe II(a) gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para compostagem.
Valor médio diário Valor médio semanal (5 dias)(b)
Componente
Volume
Peso (kg) Peso (kg) Volume (m³)
(m³)
Restos de alimentos 59,73 0,21 298,63 1,03
Total 59,73 0,21 298,63 1,03
Nota (a): idem à nota da Tabela 11;
(b) Refere-se aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a universidade encontra-se em
atividade.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Notas:
(a) Observaram-se resíduos classificáveis como do Grupo B e do Grupo E, considerando a classificação da RDC-
ANVISA nº 306/2004, e como Classe I – Perigoso, segundo a NBR 10.004/2004;
(b) Material com possibilidade de ser classificado como perigoso por ser de origem de serviço de atendimento à
saúde animal e de análises e exames laboratoriais relacionados a animal. Devido à presença desses materiais em
todas as caracterizações, os mesmos foram devidamente quantificados.
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Figura 9 – Composição gravimétrica (porcentagem em relação ao peso total) referente à
média respectiva de cada dia das duas semanas de estudo dos resíduos sólidos classe II(a)
coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN.
Ambiente para armazenamento dos resíduos sólidos recicláveis, com área igual a 79,2
m², onde a cooperativa/associação de material reciclável realizará a coleta externa semanal. O
piso e o fechamento das paredes devem ser revestidos de material liso, impermeável, lavável e
de fácil higienização. As paredes devem apresentar uma altura de 2,30 m, com aberturas para
ventilação de 0,15 m entre o pé direito da parede e a cobertura do telhado. Nessas aberturas
para ventilação, assim como no forro na parte interna do telhado, devem ser colocadas telas
para proteção contra roedores, insetos e pássaros. As portas devem ter 1,20 m de largura e
2,10 m de altura;
Ambiente para armazenamento dos resíduos sólidos para disposição no aterro
sanitário, com área igual a 64,8 m², onde a prefeitura municipal ficará responsável pela coleta
externa a cada dois dias na semana. Os demais detalhes estruturais devem ser iguais aos
estabelecidos para o ambiente de armazenamento dos resíduos sólidos recicláveis;
Pátio de compostagem 1, com área igual a 291,4 m², que será utilizado para a primeira
fase da compostagem denominada degradação ativa, onde as pilhas dos resíduos
permanecerão por cerca de 70 dias, sendo reviradas a cada 3 dias, e expostas a céu aberto. Os
resíduos serão acumulados por uma semana, formando uma pilha por semana, com volume
igual a 1,03 m³, calculado anteriormente na Tabela 23. Considerando que o semestre letivo
dura em média 4 meses (16 semanas), e sendo uma pilha para cada semana, serão formadas
16 pilhas nesse pátio, onde o preenchimento será no sentido oeste-leste, ou seja, deverão
entrar com os resíduos pela porta da direita, colocando-os no fundo do pátio, para que os
mesmos sejam retirados pela porta da esquerda e dispostos no pátio de compostagem 2. O
piso e as paredes devem ser impermeáveis, laváveis e de fácil higienização. As paredes
permanecerão com a altura atual de 1,0 m. As portas devem ser da mesma altura das paredes e
com largura de 1,20 m. Entre o pé direito da parede e a cobertura do telhado, assim como no
forro na parte interna do telhado, devem ser colocadas as mesmas telas (para proteção contra
roedores, insetos e pássaros) de alambrado utilizadas nos ambientes para resíduos recicláveis
e de disposição no aterro sanitário;
Pátio de compostagem 2, com área igual a 42,9 m², que será utilizado para a segunda
fase da compostagem denominada maturação, onde as pilhas dos resíduos permanecerão por
cerca de 50 dias, sem revolvimento, e cobertas pelo telhado. Os resíduos serão acumulados
nesse pátio à medida que for cumprido o prazo da primeira fase de compostagem, formando
uma pilha única. Os demais detalhes em relação ao piso, paredes, portas e telas, devem ser
iguais aos estabelecidos para o pátio de compostagem 1;
61
Quatro ambientes para disposição, até que uma empresa seja contratada para
transportar para locais específicos, de lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e materiais
eletrônicos que são descartados com uma frequência variável e relativamente pequena na
instituição. Sendo três desses ambientes com área igual a 10,4 m² cada, e um com área igual a
10,50 m². Assim como nos ambientes para resíduos recicláveis e de disposição no aterro
sanitário, o piso e o fechamento das paredes devem ser revestidos de material liso,
impermeável, lavável e de fácil higienização. As paredes devem apresentar uma altura do pé
direito igual a 2,48 m. Na parte interna do telhado, devem ser colocadas, como forro, as
mesmas telas utilizadas nos ambientes anteriores. As portas devem ter 0,80 m de largura e
2,10 m de altura;
Um banheiro com área igual a 12,2 m², com lavatório, vaso sanitário e chuveiro, para
higienização dos trabalhadores responsáveis pela execução das atividades no Abrigo;
Um pátio para lavagem, quando se fizer necessária, dos recipientes de armazenamento
do Abrigo com área igual a 9,0 m²; e,
Um sistema de tratamento de efluentes líquidos provenientes de todos os ambientes do
Abrigo, exceto dos ambientes para lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e materiais
eletrônicos, e do pátio de lavagem dos recipientes, com área aproximada igual a 8,0 m². Nesse
sistema sugere-se que se tenha um tanque séptico, filtro anaeróbio e um sumidouro.
Os efluentes que, ocasionalmente, forem gerados pela lavagem dos ambientes de
armazenamento de lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e materiais eletrônicos, não devem
ser misturados com os demais efluentes gerados no Abrigo. Sugere-se que aqueles efluentes
sejam encaminhados para um tanque impermeável, com dimensões iguais ao tanque do
sistema de tratamento de efluentes dos outros ambientes, para exposição ao sol, visando
evaporação da agua. Uma vez seco, o resíduo remanescente deverá ser disposto em
bombonas, identificados como, Resíduo Potencialmente Perigoso Podendo Conter Metal
Pesado Como Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Outros. O tanque de evaporação deverá ter
tampa de PVC ou de fibra de vido para uso nos meses de chuva e evitar a aproximação e
contaminação de pessoas leigas.
Todos os ambientes devem apresentar: pontos de iluminação, tomadas elétricas, ralo
sifonado com tampa que permita a sua vedação, cantos de paredes arredondados para facilitar
a limpeza, e pontos de água (torneiras). Nos ambientes de armazenamento de resíduos sólidos
recicláveis, resíduos para disposição no aterro sanitário e nos pátios de compostagem,
62
sugerem-se dois pontos de água em cada. Cada ralo sifonado deverá ser ligado em tubulação
direcionada para um sistema de tratamento de efluentes do estabelecimento.
Observa-se, na Tabela 25, que as áreas dos ambientes para armazenamento são maiores
do que as estimadas com os cálculos apresentados no presente trabalho, mesmo tendo sido
adotado um coeficiente de segurança de 20%, o que se torna uma vantagem, pois os
recipientes podem ser dispostos com maior espaçamento, além do fato de que a instituição
encontra-se em expansão com relação ao número de cursos e de pessoas em circulação.
Tabela 25 – Área necessária e área sugerida para os ambientes de RECICLÁVEIS, OUTROS
e COMPOSTÁVEIS do Abrigo de Resíduos Sólidos classe II gerados na UFERSA, campus
Mossoró-RN.
Área necessária para a
Área sugerida de acordo
Ambientes frequência prevista da
com as adequações (m²)
coleta externa (m²)
RECICLÁVEIS 23,5 79,2
OUTROS (para o aterro sanitário) 8,2 64,8
COMPOSTÁVEIS (pátio 1 e 2) - 334,3
Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).
Vale ressaltar que a edificação do setor de suinocultura é mais extensa do que foi
representada, e que, a princípio, sugere-se a utilização apenas o lado direito da vista frontal.
Porém, recomenda-se que posteriormente o outro lado seja avaliado para complementar o
Abrigo de Resíduos da UFERSA, com ambientes para disposição não somente dos resíduos
sólidos classe II, mas também dos resíduos sólidos classe I (perigosos), como embalagens de
reagentes vencidos, materiais de experimentos químicos e de saúde do departamento de
veterinária da instituição, entre outros. Também, sugere-se definir um ambiente para
atividades de escritório, com funcionários responsáveis pelas funções de controlar as
quantidades e as datas de entrada e saída dos resíduos sólidos armazenados no Abrigo.
63
5 CONCLUSÃO
Com relação à quantidade, verificou-se que se produz em média 389 kg/dia de resíduos
sólidos classe II na UFERSA, campus Mossoró, ocasionando uma taxa de produção per
capita de 0,086 kg/hab.dia.
Constatou-se também que, dos 389 kg/dia de resíduos sólidos classe II analisados, os
componentes mais produzidos foram restos de alimentos (15,00%), papel (8,70%), papelão
(7,62%), plástico rígido (6,91%), plástico maleável (8,35%), garrafa PET (3,52%) e outros 2
(36,67%), sendo estes, percentuais em relação ao peso.
REFERÊNCIAS
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Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.leidireto.com.br/lei-12305.html>
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CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 19, 1997,
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65
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Anais..., Rio de Janeiro: ABES, 2005. p. 1-17.
67
APÊNDICE
APÊNDICE A – Estrutura da edificação do setor de suinocultura atualmente.
68
APÊNDICE B – Estrutura da edificação do Abrigo de Resíduos Sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN.
A
Compostáveis - 2 1 2 3 4
Compostáveis - 1
C C
W.C. Recicláveis