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Ideias Politicas

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação


Curso de Lincenciatura em Ensino de História

História ds ideias Políticas - II


O NACIONALISMO FASCISTA

Nome da aluna: Julieta José Manhengane Código da estudante: 41180431

Inhambane, Outubro de 2019

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Lincenciatura em Ensino de História

O Nacionalismo Fascista

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de licenciatura
em Ensino de História do ISCED.

Tutor: Dr. Luís Diogo

Nome da aluna: Julieta José Manhengane Código da estudante: 41180431

Inhambane, Outubro de 2019


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Índice

Introdução..........................................................................................................................4

Conceito de Fascismo........................................................................................................5

Objectivos do fascismo......................................................................................................5

História do Surgimento do fascismo na Itália...................................................................6

História do Surgimento do fascismo na Alemanha...........................................................7

Símbolos do Fascismo.......................................................................................................8

Principais características e ideias do fascismo..................................................................8

O nacionalismo fascista...................................................................................................10

Conclusão........................................................................................................................12

Bibliografia......................................................................................................................13

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Introdução

O Fascismo foi um sistema político nacionalista e antissocialista surgido na Itália no fim


da Primeira Guerra Mundial, liderado por Benito Mussolini, conquistou vários países da
Europa como a Alemanha e a Espanha no período entre guerras.

Trata-se de um movimento político, econômico e social. Ele se desenvolveu em alguns


países europeus no período após a Primeira Guerra Mundial. Principalmente naqueles
que enfrentavam graves crises econômicas, como a Itália e a Alemanha. Apesar disso,
esse conceito é frequentemente mencionado em discussões políticas atuais.

Entre as principais características desse sistema estão a concentração do poder nas mãos
de um único líder, o uso da violência e o imperialismo. Mas não é só isso. Neste
trabalho irei debruçar sobre o nacionalismo fascista, o conceito, origem e características
do fascismo e princípios do fascismo.

O trabalho tem como objectivo geral: Compreender o impacto de nacionalismo fascista


no mundo; e objectivos específicos: definir o conceito de fascismo; descrever a origem
do fascismo, identificar as características do fascismo e analizar o nacionalismo fascista.

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O Nacionalismo Fascista

Conceito do Fascismo

O fascismo é um regime de governo altamente nacionalista e autoritário que teve grande


relevância na Europa no século XX. Trata-se de um movimento político antiliberal, que
actua contra as liberdades individuais.

Segundo o filósofo e historiador Norberto Bobbio, o termo fascismo se refere


principalmente à sua dimensão histórica, esta constituída pelo fascismo italiano e
posteriormente pelo fascismo alemão.

Na Itália, o regime fascista foi estabelecido após a Primeira Guerra Mundial sob o
comando de Benito Mussolini, que governou de 1922 a 1943. Na mesma época, os
ideais fascistas serviram de base para o surgimento do nazismo na Alemanha.

Com ideias altamente contrárias ao liberalismo, marxismo e anarquismo, o fascismo é


classificado como um regime de extrema-direita marcado por um governo ditatorial e
militarizado.

De forma geral, o fascismo é um regime autoritário com concentração total do poder nas
mãos do líder do governo. Esse líder deveria ser cultuado e poderia tomar qualquer
decisão sem consultar previamente os representantes da sociedade. Além disso, o
fascismo defende uma exaltação da coletividade nacional em detrimento das culturas de
outros países.

Objectivos do fascismo

Além de totalitários, os governos fascistas objetivavam expandir seu território por meio
de conflitos internacionais. Para isso, realizavam altos investimentos na produção de
armas e equipamentos de guerra. Para garantir a manutenção de seu governo, os líderes
fascistas controlavam os meios de comunicação de massa, por onde divulgavam sua
ideologia e controlavam todas as informações disseminadas. Qualquer crítica ao
governo era aniquilada mediante uso da violência e do terror. Aqueles considerados
inimigos de um governo fascista eram punidos com prisão ou morte.

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História do surgimento do Fascismo

Originalmente o fascismo foi um movimento político fundado por Benito Mussolini, em


23 de Março de 1919, em Milão. No seu início, era composto por unidades de combate
(fasci di combattimento).

Era um sistema político, econômico e social que ganhou força após a Primeira Guerra
Mundial, principalmente nos países em crise econômica (Itália e Alemanha).

História do surgimento do Fascismo na Itália

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Itália passava por uma forte instabilidade
social, política e econômica. Mesmo integrando o grupo de países vitoriosos na Primeira
Guerra, a Itália foi ignorada nos tratados pós-conflito. Acabando por não conquistar
benefícios que compensassem as perdas sofridas durante a guerra. Ao mesmo tempo, a
lenta industrialização e as gritantes diferenças socioeconômicas entre o norte e sul do
país dificultavam o crescimento econômico do país, o que gerava desemprego e cada
vez mais miséria.

Este contexto mobilizou diversos grupos a encontrarem uma solução para o decadente
sistema em que se encontrava o país. O que resultou no crescimento dos partidos mais
alinhados à esquerda, como os comunistas, socialistas e anarquistas. É no contexto de
surgimento desses grupos que surgiu o fascismo, destacando-se como líder Benito
Mussolini. Mussolini comandou um grupo chamado Fascio de Combate que,
posteriormente, formaria o Partido Nacional Fascista (PNF).

Em 1922, os fascistas realizaram a Marcha sobre Roma. Uma manifestação pedindo que
o Rei Vitor Emanuel III transferisse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista.
Pressionado, o rei convidou Mussolini para fazer parte do governo. Inserido na esfera
do poder político central, os fascistas puderam iniciar seu projeto autoritário e
centralizador. Nas eleições de 1924, depois de uma ampla reforma eleitoral que
beneficiava os interesses do PNF, os fascistas conquistaram ⅔ do Congresso, ainda que
sob alegações do partido socialista de que as eleições haviam sido fraudadas.

Com os partidários fascistas no poder, começava a ditadura fascista, em que o “duce”


Mussolini era o líder da nova política italiana. O poder legislativo foi enfraquecido. Os
meios de comunicação foram fechados. Todos os partidos à exceção do PNF foram
colocados na ilegalidade e a pena de morte passou a ser legalizada. Além disso, o
Estado passou a controlar a economia e tanto as organizações trabalhistas, quanto
qualquer forma de oposição ao governo central foram enfraquecidas e desorganizadas.

Com a crise de 1929, a prosperidade econômica vivida no início do regime fascista


começou a ser ameaçada. Tentando contornar esse cenário, o governo Mussolini
decidiu entrar para a corrida imperialista, buscando restaurar os domínios do antigo
Império Romano. Após invasões das tropas italianas a regiões da África, começaram as
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tensões diplomáticas que conduziram a Europa para a Segunda Guerra Mundial,
momento em que Mussolini se aproximou do regime nazista alemão.

História do surgimento do Fascismo na Alemanhã

Na Alemanha, no período após o fim da Primeira Guerra Mundial, surge um regime


autoritário bastante conhecido, que compartilhou diversas características do fascismo.
Esse regime é o nazismo, que teve como principal líder Adolf Hitler. Ao sair derrotada
da Primeira Guerra, a Alemanha enfrentou uma profunda crise econômica, sobretudo
em função do Tratado de Versalhes. O documento declarava oficialmente a Alemanha
como derrotada na guerra e impunha sanções ao país, como perda de territórios e
proibição de qualquer produção de armas pesadas, além de obrigar a Alemanha a pagar
uma indenização aos países vitoriosos.

Esse cenário pós-Primeira Guerra criou nos alemães um sentimento de rebaixismo em


relação a outros países. O que fortaleceu o extremismo nacionalista no país. Com o fim
da guerra, o regime monárquico alemão chegou ao fim, dando início à República de
Weimar. Nesse período, a Alemanha consegue resultados satisfatórios do ponto de vista
econômico, principalmente por causa dos investimentos estrangeiros, vindos sobretudo
dos Estados Unidos.

Todavia, a crise de 1929 deixa a economia alemã em situação crítica novamente. Nesse
momento, o discurso nazista conquista seguidores, prometendo retomar o crescimento
do país através de um Estado Forte.

Articulados dentro da República de Weimar e representados pelo Partido Nacional


Socialista dos Trabalhadores Alemães, os nazistas conquistaram 37% dos votos nas
eleições de 1932, ocupando 230 cadeiras no Parlamento.

No ano seguinte, os adeptos ao Partido Nazista pressionavam o presidente Paul Von


Hindenburg a conceder mais poderes a Hitler. Com a pressão, Hitler foi indicado a
chanceler e posteriormente assumiu o cargo de presidente, além de se auto nomear
“o Führer ”. Começava assim o regime nazista na Alemanha.

A ditadura de Hitler teve como principais características a militarização da sociedade


alemã, a exaltação do líder e o controle por meio da intensiva máquina de propaganda,
que utilizava os meios de comunicação para disseminar as ideias nazistas.

Uma das mais conhecidas características do nazismo foi o antissemitismo, marcado pela
visão racista e eugenista da superioridade do homem branco germânico, a chamada raça
ariana. Essa visão resultou na morte de mais de 6 milhões de pessoas em campos de
concentração, a grande maioria formada por judeus. Outra característica do regime
nazista foi a visão expansionista. Esta, justificada por uma crença de que o mundo
deveria ser dominado pela raça ariana. Com o início da Segunda Guerra Mundial, Hitler
tentou invadir diversos territórios.
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Em 1941, Hitler tenta invadir a União Soviética. Com o inverno rigoroso, as tropas
alemãs foram cercadas e derrotadas. Nesse momento, o governo nazista atinge seu
declínio e, em 1945, Hitler é derrotado e seu regime chega ao fim.

Símbolos do Fascismo

Na Itália, os símbolos do fascismo eram:

Machado e feixe com varas: o símbolo que deu origem ao vocábulo aparecia em vários
monumentos, selos e documentos oficiais.
Camisa Negra. faziam parte do uniforme dos fascistas e por isso, seus membros eram
chamados "camisas-negras".
Saudação: com o braço direito levantado
Lema: "Crer, Obedecer, Combater" era dito em discursos políticos e estava presente em
medalhas, quadros, etc.

Principais características e ideias do fascismo

O fascismo é caracterizado por uma reação contra o movimento democrático que surgiu
graças à Revolução Francesa, assim como pela furiosa oposição às concepções liberais e
socialistas.

Totalitarismo: O Totalitarismo representa um sistema político autoritário e repressivo,


onde o Estado exerce o controle total e absoluto dos direitos dos cidadãos, seja no
contexto político, cultural ou económico. O sistema fascista era antidemocrático e
concentrava poderes totais nas mãos do líder de governo. Este líder podia tomar
qualquer tipo de decisão ou decretar leis sem consultar políticos ou representantes da
sociedade.

Nacionalismo: entre os fascistas era a ideologia baseada na ideia de que só o que é do


país tem valor. Valorização extrema da cultura do próprio país em detrimento das
outras, que são consideradas inferiores. Os regimes fascistas valorizam de forma intensa
o sentimento de nacionalismo. Assim, é comum que os governos fascistas utilizem, de
forma exacerbada, propagandas nacionalistas através de lemas, símbolos, músicas e
bandeiras. Em nome do nacionalismo, os governos fascistas utilizam todas as formas
possíveis de manipulação da população, seja através da mídia, da religião ou mesmo da
violência. Além disso, os regimes fascistas estabelecidos na Itália e na Alemanha
buscavam constantemente a expansão do seu território.

Militarismo: o fascismo é um regime que acredita na utilização da força e da violência


para atingir seus objetivos. Por esse motivo, o governo dedica quantidades
desproporcionais de recursos ao financiamento de altos investimentos na produção de
armas e equipamentos de guerra, chegando a negligenciar outras áreas como saúde ou
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educação. Fortalecimento das forças armadas como forma de ganhar poder entre as
outras nações. Objetivo de expansão territorial através de guerras.

Neste tipo de governo, soldados e militares são vangloriados pelas massas. No regime
fascista a polícia é altamente militarizada e possui ampla autonomia para lidar com
problemas internos e domésticos que normalmente não necessitam de participação
militar. De acordo com este regime, a salvação nacional vem por meio da organização
militar, da luta, da guerra e do expansionismo.

Culto à força física: nos países fascistas, desde jovens, os jovens eram treinados e
preparados fisicamente para uma possível guerra. O objetivo do estado fascista era
preparar soldados fortes e saudáveis.

Censura: A fim de manter a integridade do sistema, os regimes fascistas tendem a


controlar os meios de comunicação. Por vezes, o controle é exercido diretamente pelo
governo e, em outras, a mídia sofre regulação indireta. De qualquer forma, a censura a
ideias contrárias ao regime é comum. Hitler e Mussolini usaram este dispositivo para
coibir qualquer tipo de crítica aos seus governos. Nenhuma notícia ou ideia, contrária ao
sistema, poderia ser veiculada em jornais, revistas, rádio ou cinema. Aqueles que
arriscavam criticar o governo eram presos e até condenados a morte.

Propaganda: os líderes fascistas usavam os meios de comunicação (rádios, cinema,


revistas e jornais) para divulgarem suas ideologias. Os discursos de Hitler eram
constantemente transmitidos pelas rádios ao povo alemão. Desfiles militares eram
realizados para mostrar o poder bélico do governo.

Violência contra as minorias: na Alemanha, por exemplo, os nazistas perseguiram,


enviaram para campos de concentração e mataram milhões de judeus, ciganos,
homossexuais e até mesmo deficientes físicos.

Antissocialismo: os fascistas eram totalmente contrários ao sistema socialista.


Defendiam amplamente o capitalismo, tanto que obtiveram apoio político e financeiro
de banqueiros, ricos comerciantes e industriais alemães e italianos.

Uso da religião como forma de manipulação: tanto na Alemanha quanto na Itália o


fascismo, nos primeiros anos, disputava a devoção das pessoas com a igreja. No
entanto, os dois governos resolveram utilizar a religião a seu favor para manter os ideais
da população alinhados e reunir mais seguidores. Dessa forma, os fascistas passaram a
traçar paralelos forçados entre preceitos religiosos e ideologias políticas para manipular
as pessoas.

Desprezo pelos direitos humanos: em uma sociedade altamente militarizada e em


constante confronto, os ideais do governo são constantemente impostos de forma
violenta, convencendo os cidadãos de que os direitos humanos não são prioridade.
Assim, no fascismo não existe valorização da liberdade, da integridade física, da
igualdade ou mesmo da vida. Nos regimes fascistas, o desprezo pelos direitos humanos

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é transmitido para a população, que passa a ser conivente com práticas como execuções,
torturas, prisões arbitrárias, etc.

Autoritarismo: a autoridade do líder é indiscutível, pois ele é o mais preparado e sabe


exatamente o que a população necessita.

Anti-liberalismo: o fascismo defendia algumas ideias capitalistas como a propriedade


privada e a livre iniciativa das pequenas e médias empresas. Por outro lado, defendia a
intervenção estatal na economia, o protecionismo e algumas correntes fascistas, a
nacionalização de grandes empresas.

Desprezo por intelectuais e artistas: considerando que os governos fascistas possuem


o apoio da população, aqueles que não se adéquam aos ideais da nação são abertamente
hostilizados. Por esse motivo, intelectuais e artistas com a capacidade de questionar o
regime e influenciar o povo a fazer o mesmo são perseguidos, e qualquer forma de
insurgência contra o Estado é rechaçada de forma violenta.

Obsessão com a segurança nacional: o regime fascista possue uma necessidade


constante de preparar a nação para um conflito armado. Com esse objetivo, são
propagados discursos de terror para causar um sentimento de insegurança e paranoia na
população, que busca se unir para lutar pela mesma causa. Assim, o fascismo utiliza o
medo como instrumento de motivação.

O nacionalismo fascista

Para os fascistas iniciais, aqueles que entraram nos primeiros anos de existência do
movimento, a Primeira Guerra Mundial foi um marco histórico, por dois aspectos
importantes: o primeiro foi a “conclusão da unificação italiana”, o conflito tinha por
objetivo retomar algumas regiões que pertenciam à Itália, mas que se mantinham ainda
sob domínio do Império Austro- húngaro, logo, caso a Itália fosse bem sucedida no
conflito, receberia seus territórios de volta, terminando assim a unificação iniciada.

Mesmo tendo passado quase meio século da unificação italiana, muitas regiões da Itália
mantinham o seu dialeto local e as mesmas regiões mantinham velhas rixas com outras,
contudo, para sobreviverem na guerra esses jovens tiveram que apreender a conviver
entre si, e então começaram a perder seu dialeto local e passaram a falar o italiano.

Todavia a guerra teve também um aspecto positivo, pois os italianos encontraram uma
identidade nacional, o esforço comum, o fato que nas trincheiras estivessem sicilianos e
toscanos juntos a napolitanos e piomonteses, que fosse necessário aprender de verdade a
falar italiano e não só dialeto, que se colidissem sobre os resultados negativos sobre a
estrutura de comando, criou um primeiro vínculo entre os rapazes envolvidos no front
(BALBONI, SANTIPOLO).

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A Primeira Guerra Mundial permitiu que o conceito de Estado-nação italiano se
aprimorasse e realmente começassem a existir, isso para os fascistas demonstrava como
era importante compreender a relevância da Guerra para o fortalecimento de um de seus
maiores símbolos, a Nação.

Contudo, o próprio Mussolini sabia que o conflito tinha levado o nacionalismo e a ideia
da Nação italiana quase que unicamente para aqueles homens que tinham estado nas
trincheiras, e que pouco desses ideais haviam penetrado na sociedade civil, logo seria a
missão desses homens, os ex-combatentes, organizados no movimento fasci di
combattimento, levarem as ideias que surgiram no conflito para o meio civil italiano “O
povo deve sentir o Fascismo como o único meio para qual deu vida a digníssima
Nacionalidade e sem a qual a vida coletiva não teria peso e significado” (GENTILE,
2002: p.244). De acordo com (DE FELICE, 2002) Mussolini chamaria os primeiros
fascistas de “aristocratas vindo da trincheira”, e chamou a politica de nacionalizar os
civis de Tricheirocracia “A tricheirocracia é a aristocracia da trincheira”.

Para Giuseppe Bottai , os Fascistas quando chegassem ao poder deveriam se voltar para
os anos iniciais do fascismo e assim fazer uma Revolução. Destruir a antiga classe
dominante e seus valores liberais e substitui-la pela aquela lógica trazida das trincheiras,
colocar a Nação como o centro da sociedade italiana, tornando-a até mais importante
que outras instituições. Essas mudanças deveriam ser conduzidas pelo Duce e sua nova
classe dirigente.

Para Alfredo Rocco, como para quase todos os nacionalistas, a guerra não é “grande
evento” revolucionário, criador de uma nova mentalidade e de um novo mito. O
governo fascista não deveria ser em nada revolucionário, mas sim ser reformista.

A revolução fascista tinha a tarefa de restaurar o absolutismo do Estado colocado em


crise pela Revolução Francesa, empregando as novidades da sociedade moderna.
(GENTILE, 2002).

Rocco acredita, como a maioria dos fascistas, que o problema do Estado italiano, como
corrupção, crise financeira e desorganização, vinha da democracia liberal e de seu estilo
de sociedade, pois ela não prezava a ordem e organização. Ele cria então uma memória
imagética do passado, onde a ordem e organização eram garantidas pelo Rei, e por
causa disso, o país não vivia com crises econômicas e nem com chance de revolta por
parte dos populares. Rocco via que a missão do fascismo era trazer de volta a era de
“ouro” da Itália, e para isso deveriam retirar os liberais do governo.

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Conclusão

De forma geral, pode-se dizer que o fascismo é uma conduta política extremamente
autoritária, marcada pelo nacionalismo, pela militarização dos conflitos e por uma
preocupação obsessiva com a ideia de decadência de uma comunidade ou nação. Hostil
às formas modernas de democracia, o fascismo recorre a violência, criando um inimigo
interno e/ou externo que deve ser exterminado para garantir a segurança e supremacia
de um grupo considerado superior.

O pensamento fascista emerge e ganha força nos momentos de crise econômica, social
ou política, quando se apresenta como solução radical. O fascismo se caracteriza por um
Estado forte, exercendo controle de todas as áreas sociais, e pela presença de um único
partido. As decisões são tomadas de forma autoritária e hierárquica, do líder supremo
até os seus subordinados.

Os estudos voltadas para o regime de Benito Mussolini e Adolf Hitler, ajudam no


entendimento e no combate a essas ideologias. Pois eles demonstram as falhas e terror
que esses dois governos causaram em seus respectivos países.

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Bibliografia

https://www.politize.com.br/fascismo/

https://googleweblight.com/i?u=https://aldeianago.com.br/artigos/7-cidadania/16940-
nacionalismo-e-o-fascismo-por-fernando-horta&hl=pt-PT

http://googleweblight.com/i?u=http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7800&hl=pt-PT

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