Exames Diabetes
Exames Diabetes
Exames Diabetes
César Luís
Bueno Gonçalves
Fisioterapeuta – CREFITO 3/ 30446 F
Pós-graduado em Docência Superior e Acupuntura
Pós-graduando em Ortomolecular
Pesquisador em Biomagnetismo e Biorressonância
egregora01@gmail.com
1 - GLICEMIA EM JEJUM
A glicemia de jejum, ou glicose em jejum, é um exame de sangue que mede a taxa de glicose na
circulação sanguínea e precisa ser feito após um jejum de 8 a 12 horas de duração, sem o
consumo de qualquer alimento ou bebida, exceto água.
Este exame é muito utilizado para investigar o diagnóstico de diabetes, e para monitorar as taxas
de açúcar no sangue de pessoas diabéticas ou com risco para esta doença.
Além disso, para se obter resultados mais confiáveis, este exame pode ser solicitado em conjunto
com outros que também avaliam estas alterações, como o teste de tolerância oral à glicose (ou
TTOG, também conhecido com a abreviatura PTGO) e hemoglobina glicada, por exemplo.
Para confirmar o diagnóstico de diabetes, quando o valor da glicemia é igual ou maior que
126mg/dl, é necessário repetir o exame outro dia, pois são recomendados, pelo menos, 2
amostras.
Já quando os valores do exame se encontram entre os 110 e os 125 mg/dL, significa que a
glicemia de jejum está alterada, ou seja, a pessoa tem um pré-diabetes, situação em que a
doença ainda não se instalou, mas há um risco aumentado de se desenvolver.
Preparo do exame
O preparo do exame de glicemia em jejum inclui a não ingestão de qualquer alimento ou bebida
que contenha calorias (destilados, cerveja) por, no mínimo, 8 horas, não devendo ultrapassar as
12 horas de jejum.
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Bueno Gonçalves
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É recomendado manter a dieta habitual na semana prévia ao exame e, além disso, é importante
não consumir álcool, evitar cafeína e não praticar exercícios rigorosos no dia anterior ao exame.
Este exame costuma ser solicitado pelos médicos para rastrear a presença de diabetes melito,
doença que causa aumento da glicose sanguínea, ou para acompanhar os níveis de glicemia
para aquelas pessoas que já fazem o tratamento para esta doença.
Esta investigação costuma ser feita para todas as pessoas acima dos 45 anos, a cada 3 anos,
mas pode ser feita em pessoas mais jovens ou em menor tempo, se houver fatores de risco para
diabetes, como:
A síndrome de resistência à insulina acontece quando este hormônio tem menor capacidade para
colocar a glicose do sangue para dentro das células, sendo causada pela combinação de
influências hereditárias com outras doenças e hábitos de vida da pessoa, como obesidade,
sedentarismo e aumento do colesterol, por exemplo.
Esta resistência é detectada pelo exame de sangue, onde se observa o aumento dos níveis de
glicose sanguínea, principalmente após as refeições ou em jejum. Assim, esta síndrome é uma
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forma de pré-diabetes, pois, se não for tratada e corrigida, com controle da alimentação, perda de
peso e realização de atividade física, irá se transformar em diabetes tipo 2.
Como diagnosticar
A síndrome de resistência à insulina normalmente não provoca sintomas e, por isso, para
confirmar se ela está presente deve-se fazer o exame de curva glicêmica, também chamado de
teste oral de tolerância à glicose, ou TOTG.
Este exame é feito medindo o valor da glicose após a ingestão de cerca de 75 g de um líquido
açucarado.
À medida que a resistência à insulina piora, além da glicose estar aumentada após se alimentar,
ela também passa a estar aumentada em jejum, porque o fígado tenta compensar a falta de
açúcar dentro das células. Por isso, também pode ser feito o exame de glicose em jejum para
avaliar o grau da resistência.
Neste período os níveis de glicose ainda conseguem ser controlados porque o organismo
estimula o pâncreas a produzir cada vez maiores quantidades de insulina, para compensar a
resistência à sua ação.
Por isto, outra forma de diagnosticar a presença de resistência à insulina é calcular o índice
Homa, que é um cálculo realizado para avaliar a relação entre a quantidade de açúcar e a
quantidade de insulina no sangue.
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Estes valores de referencia podem variar com o laboratório, e se o paciente tiver o Índice de
Massa Corporal (IMC) muito alto, por isso, deve ser sempre interpretado pelo médico.
Esta síndrome, na maioria das vezes, surge em pessoas que já têm uma predisposição genética,
ao ter outros familiares que tiveram ou que têm diabetes, por exemplo.
Entretanto, ela pode se desenvolver mesmo em pessoas que não têm este risco, devido a hábitos
de vida que predispõem ao desarranjo do metabolismo, como obesidade ou aumento do volume
abdominal, alimentação com excesso de carboidratos, sedentarismo, pressão alta ou aumento do
colesterol e dos triglicerídeos.
Além disso, alterações hormonais, principalmente na mulher, também podem aumentar as
chances de desenvolver resistência à insulina, como acontece em mulheres que têm síndrome do
ovário policístico, ou SOP. Nesta mulheres, as alterações que levam ao desequilíbrio menstrual e
aumento de hormônios androgênicos, também causa desregulação do funcionamento da
insulina.
Se for realizado um tratamento correto da resistência à insulina, ela pode ser curada e, assim,
evitar o desenvolvimento do diabetes. Para tratar esta condição, é necessária a orientação do
clínico geral ou endocrinologista, e consiste em:
O médico pode, ainda, em casos de risco muito aumentado para o diabetes, prescrever a
Metformina, que é uma medicação que ajuda a controlar a produção de glicose pelo fígado e
melhorar a ação da insulina, levando glicose às células. Entretanto, se a pessoa for rigorosa no
tratamento com dieta e atividade física, o uso de medicamentos pode não ser necessário.
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O resultado é medido 1, 2, e até 3 horas após ingestão de 75g de glicose, e irá mostrar se a
pessoa tem ou está em risco para desenvolver diabetes mellitus, diabetes gestacional ou
hipoglicemia.
Este exame é feito para simular como ficam os níveis de açúcar no sangue após a alimentação, e
avaliar como estes níveis se comportam após algumas horas. A realização do teste segue as
seguintes etapas:
Além disto, recomenda-se que o exame seja feito em jejum de 8 até 12 horas. E, durante o
exame, não se deve comer, fumar e nem realizar esforço físico, porém a ingestão de água está
liberada.
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uma força motriz para a obesidade, diabetes, aterosclerose e tudo o que podemos agrupar na
chamada “doença cardio-metabólica”. Avaliar a sensibilidade à insulina de um indivíduo é
importante no diagnóstico precoce e prevenção de doença. No entanto, os painéis de análises
rotineiras não permitem despistar estas alterações a nível da homeostase glicémica de uma
forma precoce, mas apenas no limar da diabetes. Coloca-se então a pergunta: como avaliar?
A avaliação da sensibilidade à insulina não é tão simples como possamos pensar e requer um
conhecimento profundo da dinâmica de secreção, cinética, e homeostase glicémica. O que farei
aqui é uma breve introdução aos métodos de análise e interpretação dos valores, sem me alongar
nos aspectos fisiológicos por detrás. Mas alerto que não será um artigo fácil de ler para outros
que não profissionais de saúde.
A glicemia em jejum não é um bom indicador da sensibilidade à insulina e pode ser afectado por
vários factores alheios à homeostase glicémica. Não é um bom indicador a tolerância periférica
aos hidratos de carbono, sendo mais sensível a uma disfunção do metabolismo insulino-
dependente no fígado, mais tardio neste continuum e sinal de um estádio mais avançado de
resistência à insulina. É um parâmetro de baixa correlação com testes dinâmicos mais robustos,
como a Prova de Tolerância à Glicose Oral (PTGO).
A insulina basal, em jejum, tem sido proposta como um indicador de resistência à insulina de fácil
análise e expedito em clínica. Apesar dos valores de referência admitirem um intervalo de 3-25
mcU/mL, vários trabalhos mostram que uma insulina basal superior a 7 mcU/mL pode ser já
sinal de algum grau de resistência à insulina. No entanto, tal como acontece para a glicemia
em jejum, trata-se de um indicador pouco informativo acerca de sensibilidade periférica à insulina,
do músculo essencialmente, e mais diagnosticante de uma menor eficácia da insulina a nível do
metabolismo hepático – menor inibição da neoglucogénese.
Com base nos parâmetros de jejum foram desenvolvidos algoritmos de maior correlação com a
sensibilidade à insulina medida in vivo. O HOMA-IR e o QUICKI são os mais conhecidos e com
maior grau de evidência na literatura científica, embora muitas vezes usados em exagero para
além do limite da sua sensibilidade de diagnóstico.
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Apesar da maior correlação do QUICKI com o “gold standard”, o HOMA-IR é de longe o mais
conhecido e usado. Não sei ao certo explicar a razão mas poderá ter a ver com a “matemática
envolvida”. Foi ainda desenvolvido o HOMA2-IR, revisto para uma maior validade fisiológica mas
com um algoritmo apenas calculável com recurso a software, e com requerimento do péptido C
como parâmetro, um indicador da função das células beta que raramente é avaliado em análises
correntes.
Não existe um valor de corte consensual para o HOMA-IR, mas alguns estudos com populações
Ocidentais sugerem inferior a 2 como ideal. No entanto, apesar de ser um índice interessante
para uso em estudos epidemiológicos, deve ser usado com bom senso e sentido crítico em
clínica. Um exemplo comum é o HOMA-IR num contexto de restrição calórica severa ou prática
de actividade física intensa. Os valores de insulina tendem a baixar e condicionam o valor do
índice, não reflectindo a real sensibilidade à insulina mas apenas uma hiposecreção basal.
A resistência à insulina é essencialmente um processo que se verifica em resposta a uma
refeição. Como tal, não é difícil de entender as limitações que os parâmetros de jejum
apresentam no seu diagnóstico. Os testes dinâmicos, baseados no PTGO, são muito mais
robustos e informativos sobre o estado metabólico de um indivíduo.
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O PTGO apresenta alguns requisitos prévios de preparação que devem ser garantidos:
Limitar o PTGO ao período pós-prandial, 2 horas após a carda de glicose, é muito constrangedor
da informação que podemos extrair nos pontos intermédios – 30 e 60 min. Além disso, a
avaliação conjunta da insulina durante o exame permite-nos um quadro mais completo da
homeostase glicémica e sensibilidade à insulina no contexto de uma refeição. Assim sendo, um
PTGO deverá, dependendo da finalidade do mesmo, avaliar a glicemia e insulina aos 0 (basal),
30, 60, 90 e 120 min (pós-prandial).
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Basal: os níveis basais refletem os valores de jejum, com todas as limitações que já discutimos.
No entanto, aqui servem para calcular a variação entre os momentos temporais. Idealmente a
glicemia basal estará abaixo dos 90 mg/dL, e a insulina abaixo de 7 mcU/mL.
30 min: os 30 min refletem a fase inicial de secreção de insulina, que se quer a mais “robusta”. A
glicemia pode aqui atingir o seu pico, mas em muitas pessoas não é atingido antes dos 60 min. A
insulina avaliada não resulta apenas do estímulo providenciado pela glicose sobre as células beta
do pâncreas, mas em grande parte das incretinas segregadas no intestino.
Não existe um valor de referência para os níveis de glicose aos 30 min. No entanto, numa pessoa
saudável, a glicemia nunca, em momento algum e independentemente da dose ingerida, deverá
ultrapassar os 120-140 mg/dL. Acima de 140 mg/dL poderemos estar perante um caso de
insulina-resistência.
Quanto à insulina, aos 30 min ela não deverá ultrapassar nunca as 60 mcU/mL. No entanto,
a amplitude da variação relativamente ao basal deve também ser considerada, e não exceder as
10 vezes o valor de jejum. Por exemplo, para uma pessoa com insulina de 7 em jejum, o valor
aos 30 poderá ir até aos 60, mas para um indivíduo com 3 de insulina basal, não deverá
ultrapassar os 30.
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60 min: é nesta fase que a maioria das pessoas atinge o seu pico glicémico, que, como
referido, nunca deverá exceder os 140 mg/dL (120 seria o ideal na verdade) – [Glicose]MAX.
Valores acima são sugestivos de insulina-resistência. Fisiologicamente significa que a insulina
não está a fazer o seu papel de estimular a captação da glicose pelos tecidos periféricos e fígado.
Os níveis de insulina não baixam e podem até subir relativamente aos 30 min, e manterem-se
altos até aos 120 min, altura em que não deveriam exceder 5 vezes o basal.
120 min: é os 120 min que a OMS define o valor de corte de glicemia para a diabetes – 200
mg/dL. Intolerância à glicose entre os 140 e os 199. No entanto, estudos sugerem que em
indivíduos saudáveis a glicemia aos 120 min não deverá exceder 20% dos níveis
basais (LINK). Ou seja, para um indivíduo com uma glicemia de 80 aos 0 min, aos 120 min ela
não deveria exceder 80 x 1,2 = 96 mg/dL. No pós-prandial os valores deverão retornar ao basal.
A experiência mostra-nos que olhando apenas para os valores de 120 min perdemos imensos
casos de intolerância aos hidratos de carbono e resistência à insulina. Por exemplo:
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Segundo os critérios da OMS, estamos perante um indivíduo com uma homeostase glicemica
normal (olhando apenas para os 0 e 120 min). No entanto, trata-se de um caso claro de insulino-
resistência pelos motivos que mencionámos anteriormente. A [Glicose]MAX é superior a 140, e a
insulina tende a baixar muito lentamente, mesmo não ultrapassando os 60 mcU/mL.
Existem ainda derivações dos testes dinâmicos, como o Índice de Stumvoll e Matsuda que ficam
apenas para vosso conhecimento.
Estes índices são pouco utilizados em clínica, e, de acordo com uma análise sistemática recente,
não apresentam uma correlação significativamente maior do que o QUICKI ou HOMA-IR com
o Gold Standard – clamp hiperinsulinémico euglicémico.
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Como vêem, não é simples e linear avaliar a sensibilidade à insulina de um indivíduo. A medicina
dispõe de ferramentas óptimas para dignóstico da doença – diabetes – mas não tão boas e
consensuais para os estádios precoces de resistência à insulina. Considerando que esta
disfunção está muito provavelmente na base de todas as doenças cardiometabólicas como as
conhecemos hoje, é importante reconhecer e abordar o processo enquanto é tempo. Atuar onde a
medicina funcional se coloca – PREVENÇÃO.
Realizado de forma simples, o exame da hemoglobina glicada não possui restrição de faixa etária
e garante resultados rápidos de alta precisão. Sua capacidade de criar um “histórico” da glicemia
no paciente confere a possibilidade de ser utilizado para verificar a adesão e eficácia do
tratamento da diabetes.
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Este exame também é conhecido como hemoglobina glicosada, HbA1c ou apenas A1c.
Por fim, a quantidade de glicose (um dos principais carboidratos fontes de energia para os
organismos vivos) presente no sangue é denominada glicemia. Ela possui ligação direta com a
insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas responsável pela redução da quantidade da
glicose no sangue.
Quanto maiores os níveis de glicose no sangue, maior será a formação de hemoglobina glicada.
Assim sendo, um paciente portador de diabetes sem controle apresenta uma elevação da HbA1c
no sangue, enquanto um paciente que está com a diabetes controlada apresenta níveis de
hemoglobina glicada também controlados.
Se uma paciente portadora de diabetes não seguiu a dieta prescrita pelo médico e não usou a
medicação de forma correta no seu dia a dia, ela teve um aumento na hemoglobina glicada.
Quando o médico desta paciente solicitou o exame de glicose em jejum, 5 dias antes do exame,
ela aderiu a dieta e tomou a medicação. Ao levar os resultados para seu médico, seus níveis de
glicose estavam dentro dos padrões de referência.
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Usando o mesmo exemplo citado anteriormente, porém com o exame de hemoglobina glicada, os
resultados apontariam a quantidade de hemoglobinas que sofreram glicação durante os últimos
meses, o que levaria o médico identificar o não seguimento correto da dieta e a irregularidade da
medicação.
Diferente do exame de glicemia em jejum, o exame de hemoglobina glicada não analisa apenas o
momento da coleta de sangue, mas consegue dosar a concentração de hemoglobinas que estão
ligadas à glicose em uma janela média de 90 dias.
Vale lembrar que, no exame da hemoglobina glicada, também é possível estabelecer a média da
glicemia ao longo dos meses.
Valores
97mg/dl 5,00%
111mg/dl 5,50%
126mg/dl 6,00%
140mg/dl 6,50%
154mg/dl 7,00%
169mg/dl 7,50%
183mg/dl 8,00%
197mg/dl 8,50%
212mg/dl 9,00%
226mg/dl 9,50%
240mg/dl 10,00%
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255mg/dl 10,50%
269mg/dl 11,00%
283mg/dl 11,50%
298mg/dl 12,00%
Além disso, auxilia o diagnóstico de uma pessoa portadora de diabetes ou um quadro de pré-
diabetes, podendo também ser solicitado como parte de uma rotina de exames (devido o fato da
diabetes em alguns casos ser assintomática), e em menor frequência com a finalidade de
identificar anemia, baixa concentração de hemoglobina e hipoglicemia.
Para o diagnóstico da diabetes, são necessárias duas amostras de sangue coletadas em dias
diferentes. Caso as duas tenham valores da HbA1c acima de 6,5%, pode-se identificar a presença
da doença.
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Se o exame for o único que o paciente vai realizar no dia, pode ser coletado o sangue por meio de
uma pequena perfuração no dedo, com o uso de uma lanceta (semelhante ao teste de
monitoramento da glicose). Esse método de exame também é chamado de glicemia capilar.
Já se o paciente irá coletar sangue para outros exames por meio de punção, parte desta amostra
pode ser utilizada para a realização do teste de hemoglobina glicada, dispensando mais de uma
perfuração.
Outros fatores podem ser indicativos para a solicitação do exame tais como:
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Infecções;
Tontura;
Perda de peso mesmo com alimentação normal;
Ocorrência de desmaios ou coma.
Diferente do exame de glicose de jejum, o paciente pode alimentar-se antes do exame. Assim,
este teste não provoca o mal-estar que muitas vezes é causado devido ao jejum.
Existem apenas alguns riscos durante ou posterior à execução do exame, sendo eles:
Hematomas;
Hipotensão;
Desmaio ou sensação de tontura;
Sangramento excessivo;
Infecção.
Resultados
Para compreender melhor e saber interpretar os resultados do exame, é importante ter em mente
os valores referência tanto em pessoas sadias quanto em pessoas diabéticas. Entenda:
Entre 4,5% e 5,6%: hemoglobina glicada está dentro do normal, sem alteração e indica
a ausência de diabetes;
Entre 5,7% e 6,4%: este valor indica um quadro de pré-diabetes, alteração metabólica
que pode vir a evoluir para diabetes propriamente dita;
Igual ou superior a 6,5%: possível presença de diabetes, o que sugere a repetição do
exame para confirmação do diagnóstico.
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São elas:
Alguns fatores podem interferir diretamente no resultado do exame. Caso o médico solicite este
exame ao paciente, é importante informar a ocorrência das seguintes condições:
Hemorragia;
Anemia causada pela deficiência de ferro;
Insuficiência renal;
Anemia hemolítica ou por falta de ácido fólico ou vitamina B12;
Transfusão de sangue.
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