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N-1706 Petrobras PDF

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N-1706 REV.

C MAI / 2007

CONTEC SC-02
PROJETO DE VASO DE PRESSO PARA
Calderaria SERVIO COM H2S

1a Emenda

Esta a 1a Emenda da Norma PETROBRAS N-1706 REV. C e se destina a modificar o seu


texto na parte indicada a seguir.

- Captulo A-2:

Alterao no texto.

Nota: A pgina transcrita a seguir substitui e cancela a pgina correspondente dentro


desta Norma.

_____________

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 pgina


N-1706 REV. C JAN / 2004

PROJETO DE VASO DE PRESSO


PARA SERVIO COM H2S

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua reviso anterior.
Cabe CONTEC - Subcomisso Autora, a orientao quanto interpretao do
texto desta Norma. O rgo da PETROBRAS usurio desta Norma o
responsvel pela adoo e aplicao dos seus itens.

Requisito Tcnico: Prescrio estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resoluo de no segui-la ("no-conformidade" com esta Norma) deve
Comisso de Normas ter fundamentos tcnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Tcnicas rgo da PETROBRAS usurio desta Norma. caracterizada pelos verbos:
dever, ser, exigir, determinar e outros verbos de carter impositivo.

Prtica Recomendada: Prescrio que pode ser utilizada nas condies


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (no escrita nesta Norma) mais adequada aplicao especfica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo rgo da
PETROBRAS usurio desta Norma. caracterizada pelos verbos:
recomendar, poder, sugerir e aconselhar (verbos de carter
no-impositivo). indicada pela expresso: [Prtica Recomendada].
Cpias dos registros das no-conformidades com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 02 CONTEC - Subcomisso Autora.

Caldeiraria
As propostas para reviso desta Norma devem ser enviadas CONTEC -
Subcomisso Autora, indicando a sua identificao alfanumrica e reviso, o
item a ser revisado, a proposta de redao e a justificativa tcnico-econmica.
As propostas so apreciadas durante os trabalhos para alterao desta Norma.

A presente Norma titularidade exclusiva da PETRLEO BRASILEIRO


S.A. PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reproduo
para utilizao ou divulgao externa, sem a prvia e expressa
autorizao da titular, importa em ato ilcito nos termos da legislao
pertinente, atravs da qual sero imputadas as responsabilidades
cabveis. A circulao externa ser regulada mediante clusula prpria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.

Apresentao
As Normas Tcnicas PETROBRAS so elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidirias), so comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidirias, so aprovadas pelas Subcomisses Autoras - SCs
(formadas por tcnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidirias) e homologadas pelo Plenrio da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidirias). Uma Norma Tcnica PETROBRAS est sujeita a
reviso em qualquer tempo pela sua Subcomisso Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Tcnicas PETROBRAS so elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informaes completas sobre as Normas
Tcnicas PETROBRAS, ver Catlogo de Normas Tcnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 19 pginas e ndice de Revises


N-1706 REV. C JAN / 2004

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mnimos para projeto, fabricao e montagem de
vasos de presso, sujeitos a servio com H2S, para prevenir os fenmenos de corroso sob
tenso por sulfetos (Sulfide Stress Cracking - SSC) e trincamento induzido pelo
hidrognio (Hydrogen-Induced Cracking - HIC), fabricados em ao-carbono.

1.2 Esta Norma se aplica s partes pressurizadas do vaso em contato com o fluido
caracterizado como Servio com H2S.

1.3 Nos trocadores de calor, quando somente um dos fluidos circulantes caracterizado
como Servio com H2S, as exigncias desta Norma se aplicam s partes em contato com
esse fluido.

1.4 Esta Norma se aplica classe dos vasos de presso, sendo portanto um complemento
das normas PETROBRAS N-253, N-466, N-1281 e N-1858, para o projeto, da norma
PETROBRAS N-268 para a fabricao e da norma PETROBRAS N-269 para montagem.

1.5 Esta Norma se aplica a projetos de vasos iniciados a partir da data da sua edio.

1.6 Esta Norma contm somente Requisitos Tcnicos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir so citados no texto e contm prescries vlidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-253 - Projeto de Vaso de Presso;


PETROBRAS N-268 - Fabricao de Vaso de Presso;
PETROBRAS N-269 - Montagem de Vaso de Presso;
PETROBRAS N-466 - Projeto de Trocador de Calor, Casco e Tubo;
PETROBRAS N-1281 - Projeto de Esfera;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio No-Destrutivo - Partcula Magntica;
PETROBRAS N-1858 - Projeto e Fabricao de Resfriadores a Ar;
ISO 9712 - Non-Destructive Testing - Qualification and
Certification of Personnel;
ABENDE NA-001 - Personal Qualification and Certification in
Non-Destructive Testing;
ABENDE DC-001 - Personal Qualification and Certification in
Non-Destructive Testing (Supplementary Document);
ASME - Boiler and Pressure Vessel Code, Sections VIII and IX;
ASME Case 2235 - Use de Ultrasonic Examination in Lieu de Radiography
- Section I and Section VIII, Divisions 1 and 2;
ASTM A 435 - Standard Specification for Straight-Beam Ultrasonic
Examination of Steel Plates;
ASTM A 578/578M - Standard Specification for Straight-Beam Ultrasonic
Examination of Plain and Clad Steel Plates for Special
Applications;

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N-1706 REV. C JAN / 2004

ASTM E 92 - Standard Test Method for Vickers Hardness of Metallic


Materials;
ASTM E 1268 - Standard Practice for Assessing the Degree of
Banding or Orientation of Microstructures;
CEN EN 473 - Qualification and Certification of Nondestructive
Testing Personnel - General Principles;
CEN EN 45013 - General Criteria for Certification Bodies Operating
Certification of Personnel;
NACE MR 0175 - Sulfide Stress Cracking Resistant Metallic Materials for
Oilfield Equipment;
NACE RP 0472 - Methods and Controls to Prevent In-service Cracking
of Carbon Steel;
NACE TM 0177 - Test Method for Laboratory Testing of Metals for
Resistance to Sulfide Stress Cracking in H2S
Environments;
NACE TM 0284 - Evaluation of Pipeline Steels and Pressure Vessels
Steels for Resistance to Hydrogen-Induced Cracking.

3 SMBOLOS OU SIGLAS

ABENDE - Associao Brasileira de Ensaios No-Destrutivos;


API - American Petroleum Institute;
ASME - American Society of Mechanical Engineers;
ASTM - American Society for Testing and Materials;
CE - Carbono Equivalente;
CLR - Crack Length Ratio;
CMTR - Certified Material Test Report (Relatrio de Teste de
Material Certificado);
CTR - Crack Thickness Ratio;
END - Ensaio No-Destrutivo (Non Destructive
Examination);
HIC - Hydrogen-Induced Cracking (Trincamento Induzido
pelo Hidrognio);
LF - Linha de Fuso;
NACE - National Association of Corrosion Engineers;
RT - Radiographic Testing (Ensaio Radiogrfico);
SAW - Submerged Arc Welding (Soldagem por Arco
Submerso);
SNQC-END - Sistema Nacional de Qualificao e Certificao de
Pessoal em Ensaios No-Destrutivos;
SSC - Sulfide Stress Cracking (Corroso sob Tenso por
Sulfetos);
TTAT - Tratamento Trmico de Alvio de Tenses (Postweld
Heat Treatment);
UT - Ensaio de Ultra-Som (Ultrasonic Testing);
ZTA - Zona Termicamente Afetada (Heat Affected Zone).

4 INDICAO DE SERVIO

4.1 Todos os documentos tcnicos do vaso de presso devem ter a indicao SERVIO
COM H2S.

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4.2 A placa de identificao do vaso de presso tambm deve ter a indicao: SERVIO
COM H2S.

5 CLASSIFICAO DE SERVIO COM H2S

5.1 O equipamento em servio com H2S deve ser caracterizado pelo projetista com
apreciao da PETROBRAS. Para se analisar o enquadramento de vasos de presso na
categoria de servio com H2S, devem ser considerados, dentre outros, os seguintes fatores:

a) meio corrosivo:
- teor de H2S;
- presena de umidade (ponto de orvalho);
- teor de cianetos;
- teor de arsnio (As);
- pH;
- presso total;
b) tenses atuantes - devido ao carregamento e tenses residuais;
c) temperatura;
d) microestrutura;
e) eficincia do sistema de lavagem dos gases e do sistema de injeo de
inibidores;
f) histrico do tipo de equipamento.

Nota: Na caracterizao do servio com H2S, para vasos de presso em instalaes de


produo de petrleo, devem ser considerados os critrios estabelecidos pela
norma NACE MR 0175.

5.2 Os equipamentos devem ser classificados pelo projetista com aprovao da


PETROBRAS, conforme o grau de severidade dos fatores apresentados no item 5.1, na
seguinte ordenao:

Classe A - maior grau de severidade


Classe B -
Classe C -
Classe D - menor grau de severidade

6 REQUISITOS PARA CHAPAS

6.1 Servio Classe D

As chapas devem ser de ao-carbono, preferencialmente de especificao ASTM A 516/515


com os seguintes requisitos adicionais:

Anlise Qumica:

Carbono equivalente: ASTM A 515/516 Gr. 60 CE = 0,41 % (mx.)


ASTM A 515/516 Gr. 70 CE = 0,45 % (mx.)

Onde:
CE = C + Mn/6 + (Cr + Mo + V)/5 + (Cu + Ni)/15

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Nota: Chapas de ao-carbono de outras especificaes s devem ser aceitas com a


aprovao da PETROBRAS, devidamente enquadradas na respectiva classe de
servio com H2S.

6.2 Servio Classe C

Igual ao item 6.1, mas com os requisitos adicionais descritos nos itens 6.2.1 a 6.2.3.

6.2.1 Anlise Qumica de Produto

S = 0,005 % mx.
P = 0,020 % mx.

Nota: Os outros elementos devem estar de acordo com a especificao ASTM aplicvel.

6.2.2 Fabricao

O ao deve ser desgaseificado a vcuo e tratado para globulizao das incluses. As


chapas devem ser fornecidas na condio totalmente acalmadas e normalizadas.

6.2.3 Testes de Alinhamento Microestrutural

Junto com o CMTR, o fabricante do ao deve fornecer os relatrios dos testes de


alinhamento microestrutural, conforme a norma ASTM E 1268.

6.3 Servio Classe B

6.3.1 Igual ao item 6.2.1.

6.3.2 Igual ao item 6.2.2.

6.3.3 As chapas devem ser testadas quanto resistncia ao HIC, conforme o ANEXO A,
com o seguinte critrio de aceitao:

CLRx = 10 % mx.
CTRx = 3 % mx.

Onde:
CLRx e CTRx representam o valor individual de cada corpo de prova.

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6.4 Servio Classe A

6.4.1 Igual ao item 6.2.1, exceto na composio qumica onde:

S = 0,003 % mx. (valor alvo S = 0,002 %)


P = 0,010 % mx.

6.4.2 Igual ao item 6.2.2.

6.4.3 As chapas devem ser testadas para verificar sua resistncia ao HIC conforme
ANEXO A, com o seguinte critrio de aceitao:

CLRx = 5 % mx.
CTRx = 1,5 % mx.

6.4.4 As chapas devem ser testadas para verificar sua resistncia ao SSC, conforme
ANEXO B.

7 ENSAIO DE ULTRA-SOM

As chapas devem ser examinadas por ultra-som, de acordo com:

a) para classe D: norma ASTM A 435;


b) para classe C: norma ASTM A 578/578M Level I, Supplementary Requirement
S1;
c) para classes B e A: norma ASTM A 578/578M Level I, com Supplementary
Requirement S1 e modificado para uma descontinuidade inaceitvel se no
puder ser circunscrita num dimetro de 25 mm (1 in) [ao invs de 75 mm (3 in)]
ou metade da espessura da chapa, como permitido pela norma
ASTM A 578/578M.

8 REQUISITOS PARA FORJADOS

8.1 Os forjados devem ter as seguintes limitaes na anlise qumica:

C = 0,30 % mx.
CE = 0,45 % mx (clculo do CE como definido no item 6.1).

8.2 Todos os forjados devem ser fabricados por forjamento a quente, ou forjado a quente e
normalizado.

8.3 Os forjados devem ter limite de dureza conforme a norma NACE MR 0175.

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9 REQUISITOS PARA PARAFUSOS E PORCAS

Quando em contato com o fluido contendo H2S, os parafusos e porcas devem ter dureza
inferior a 235 HB. Por exemplo, para ao-carbono as especificaes ASTM A 193 Gr. B7M e
ASTM A 194 Gr. 2HM so utilizadas.

10 SOLDAGEM

10.1 Todas as soldas em partes pressurizadas em contato com o fluido contendo H2S
devem ser de penetrao total.

10.2 Os procedimentos de soldagem devem proporcionar uma soldagem com baixo teor de
hidrognio.

10.3 Qualquer espao confinado por soldas deve ser evitado. Caso contrrio, o espao
deve ser ventilado por um furo externo de 1/8 ou por solda descontnua.

10.4 Depsito de solda utilizando a SAW deve atender a composio qumica A-No. 1
mostrada na tabela QW-442 da Section IX do cdigo ASME. Outros processos de soldagem
(incluindo soldas temporrias) devem atender os requisitos da norma NACE RP 0472.

11 TRATAMENTO TRMICO DE ALVIO DE TENSES (TTAT) SIMULADO

11.1 Casos Especficos

Deve ser sugerido um dos itens 11.1.1 ou 11.1.2, conforme o caso.

11.1.1 Equipamento com Requisitos de Tenacidade

Para equipamento com requisitos de tenacidade controlada, na fase de aquisio da


matria-prima e posteriormente na fase de qualificao do procedimento de soldagem, os
corpos-de-prova a serem submetidos aos ensaios mecnicos, devem ser submetidos a
TTATs simulem todos os TTATs efetuados nas fases de fabricao e montagem e mais
1 extra, a ser efetuado na operao futura do equipamento, na eventualidade de 1 reparo.

11.1.2 Equipamento com Servio Especial sem Requisitos de Tenacidade

Para equipamento com servio especial (exemplo: H2 e H2S), sem requisitos de tenacidade
controlada, na fase de aquisio da matria-prima, devem ser seguidos os seguintes
requisitos:

a) chapas, trechos de tubo de pescoo de bocal e flanges especiais: seguidos as


mesmas exigncias do item 11.1.1;
b) consumveis de soldagem: a qualificao da Especificao do Procedimento de
Soldagem (EPS), contemplando o TTAT extra, suficiente para qualificar os
consumveis de soldagem;

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c) acessrios [trechos de tubos (exceto pescoo de bocal), flanges, curvas, ts,


luvas e demais acessrios]: deve ser testado um conjunto de corpos-de-prova,
representativos do fornecimento atual, para garantir o atendimento s
propriedades mecnicas aps os TTATs simulados (incluindo o TTAT extra)
(ver Notas 1, 2 e 3).

Notas: 1) Os corpos-de-prova devem ser selecionados de qualquer lote fabricado pelo


fornecedor e que atenda s especificaes aplicveis (ASTM, ASME e
PETROBRAS).
2) A similaridade entre o atual material fornecido e os corpos-de-prova testados
deve ser garantida pelo fornecedor da matria-prima (tubos, flanges, luvas e
outros), atravs de certificado de composio qumica (anlises qumicas do
produto acabado) e da comprovao da manuteno das caractersticas de
fabricao do produto ao longo do perodo entre o teste e o atual fornecimento.
3) Em princpio, a comprovao ao atendimento alnea c) deve ter uma validade
de 3 anos, desde que o fabricante apresente um programa de garantia de
qualidade para manuteno das caractersticas de fabricao do produto
(incluindo composio qumica).

11.2 Ensaio aps os TTATs

11.2.1 O ensaio de dureza deve ser realizado aps o primeiro TTAT.

11.2.2 Os ensaios de trao e dobramento devem ser realizados aps todos os TTATs,
incluindo o TTAT extra.

11.2.3 O ensaio de impacto da solda (Zona Termicamente Afetada - ZTA e zona fundida)
deve ser realizado aps o primeiro TTAT e aps todos os TTATs, incluindo o TTAT extra.

11.3 Tempo Total de TTAT

A simulao do tempo total de TTAT pode ser efetuada em 1 nico ciclo, desde que
aprovada pela PETROBRAS. O fabricante deve apresentar para a PETROBRAS o tempo
total previsto de TTAT nos corpos-de-prova, antes da aquisio de matria-prima.

Nota: Observar o atendimento ao item 11.2, com relao aos ensaios a serem feitos nos
diversos corpos-de-prova.

12 TRATAMENTO TRMICO DE ALVIO DE TENSES

Todos os vasos de ao-carbono devem receber TTAT. O procedimento de tratamento deve


ser conforme o cdigo ASME, exceto que a temperatura do patamar (temperatura mnima)
deve ser de 620 C, mas no deve exceder a temperatura mxima de 640 C.

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13 QUALIFICAO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM

Os testes de qualificao devem ser feitos com:

a) materiais como especificados nesta Norma;


b) procedimentos de soldagem e equipamentos de solda como especificados na
fabricao do vaso de presso;
c) a marca comercial utilizada na qualificao do procedimento deve ser
respeitada na soldagem de equipamento.

14 MICRODUREZA E DUREZA

14.1 Requisitos Gerais

Deve ser feita nas soldas, aps o TTAT, medio de microdureza na qualificao do
procedimento de soldagem, conforme o item 14.2, e medio de dureza nas soldas
acabadas do equipamento, conforme o item 14.3.

14.2 Qualificao do Procedimento de Soldagem para Equipamento de Qualquer


Classe

Na qualificao do procedimento de soldagem deve ser feita medio de microdureza e o


valor limite 220 HV feita com carga de 500 gf, utilizando microdurmetro de bancada. A
medio deve ser feita num total de 15 pontos (ver FIGURA C-1):

a) na raiz da solda, num total de 7 pontos:


- 3 pontos em cada ZTA, totalizando 6 pontos;
- 1 ponto no metal de solda;
b) na face da solda, num total de 8 pontos:
- 1 ponto no metal de base;
- 3 pontos em cada ZTA, totalizando 6 pontos;
- 1 ponto no metal de solda.

14.3 Soldas do Equipamento

14.3.1 Ensaio de Dureza

14.3.1.1 exigido o ensaio de dureza e a execuo deve ser de acordo com a norma
ASTM E 92. Quando for empregado aparelho porttil, deve ser demonstrada a adequao
do aparelho execuo do ensaio, pelo estabelecimento de comparaes de medies de
dureza, em uma junta soldada de material com a mesma especificao aplicvel (ASTM,
ASME e PETROBRAS) do material do equipamento a ser ensaiado, utilizando o perfil de
medies de dureza para chanfro duplo V, definido na norma PETROBRAS N-133. Caso as
medies efetuadas com o equipamento de bancada, mtodo Vickers conforme norma
ASTM E 92, dureza HV 5 ou HV 10, sejam similares quelas obtidas em posies
adjacentes com o aparelho porttil, considera-se este ltimo aparelho como adequado para
a execuo de medies de dureza.

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Nota: No admitida a comparao entre medies efetuadas em blocos-padro, para


se decidir pela adequao de aparelho porttil para a medio de dureza.

14.3.1.2 A comprovao de similaridade, entre os aparelhos de bancada e porttil, deve ser


previamente apresentada PETROBRAS, para aprovao. O aparelho porttil deve ser
previamente aprovado pela PETROBRAS.

14.3.2 Equipamentos Classes C e D

Nas soldas do equipamento deve ser feita medio de dureza e o valor limite 210 HV 5. A
remoo mxima de metal permitida, no preparo da superfcie, deve corresponder a uma
camada de 0,5 mm de espessura. Em cada regio descrita no item 14.3.4 deve ser feita
medio de dureza, no mnimo, em 2 pontos (ver FIGURA C-2):

a) 1 ponto no metal de solda;


b) 1 ponto na ZTA.

14.3.3 Equipamentos Classe A e B

Nas soldas, dos equipamentos deve ser feita uma medio de dureza e o valor limite
210 HV 5. A remoo mxima de metal permitida, no preparo da superfcie, deve
corresponder a uma camada de 0,5 mm de espessura. Em cada regio descrita no
item 14.3.4 deve ser feita medio de dureza em 6 pontos (ver FIGURA C-3):

a) 1 ponto no metal de solda;


b) 2 pontos em cada ZTA, totalizando 4 pontos;
c) 1 ponto no metal de solda.

14.3.4 Regies nas Soldas do Equipamento

Nas soldas do equipamento deve ser feita medio de dureza nas seguintes regies (ver
FIGURA C-4):

a) soldas longitudinais: 1 medio a cada 6 m de solda com um mnimo de


1 medio para cada anel individual (ponto a);
b) soldas circunferenciais: 1 medio a cada 6 m de solda com um mnimo de
1 medio para cada solda circunferencial (ponto b);
c) interseo de soldas longitudinais com circunferenciais: 1 medio em cada
interseo (ponto c);
d) soldas de bocais: 1 medio em cada solda de bocal no costado (ponto d);
e) soldas em locais de concentrao de tenses, tais como:
- pontos de mudana de geometria (exemplo: tampo x casco) (ponto e1);
- soldas de suportes internos: medio no ponto superior do suporte interno, ou
seja, no lado tracionado do suporte (ponto e2).

Nota: Interpretao da alnea a) (ponto a): no caso de termos 2 ou mais soldas


longitudinais em 1 anel, mas com menos de 6 m de solda (soma dos
comprimentos de solda), ento apenas 1 solda deve ser examinada. Deve ser
ressalvado que as 2 ou mais soldas devem ser executadas com os mesmos
parmetros de soldagem.

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14.3.5 Rejeio da Solda

Se a leitura de dureza exceder o mximo valor mximo especificado, o fabricante ou


montador deve:

a) reportar esta leitura para a PETROBRAS;


b) realizar 3 medies adicionais nesta rea em questo: se qualquer medio
exceder o valor mximo especificado, a solda deve ser rejeitada.

Nota: A disposio das medies deve ser aprovada pela PETROBRAS.

15 INSPEO DAS SOLDAS

15.1 Geral

15.1.1 Depois do TTAT, todas as soldas devem ser inspecionadas por partcula magntica
por via mida fluorescente (wet fluorescent magnetic particle), inclusive as soldas
temporrias, de acordo com a norma PETROBRAS N-1598.

15.1.2 Todas as soldas de presso em contato com o fluido contendo H2S, exceto as soldas
indicadas no item 15.1.3, devem ser 100 % inspecionadas por RT. O critrio de aceitao
para RT deve ser conforme especificado no cdigo ASME, Section VIII, Division 1,
UW-51. A utilizao de ensaio por ultra-som (UT) para estas soldas s deve ser feita com a
aprovao da PETROBRAS; caso permitido, o UT deve ter critrio de aceitao conforme o
cdigo ASME Case 2235.

15.1.3 Todas as soldas de bocais (categoria D, conforme especificado no item UW-2,


Section VIII, Division 1 do Cdigo ASME) devem ser 100 % UT. Nveis de rejeio devem
ser como especificados no Appendix 12 do cdigo ASME Section VIII, Division 1 ou no
Article 9-3 do cdigo ASME, Section VIII, Division 2, conforme aplicvel, com o requisito
adicional do item 15.1.4.

15.1.4 Qualquer grupo de indicaes lineares alinhadas deve ser considerado como
inaceitvel se, alguma indicao deste grupo tiver uma amplitude individual maior que 50 %
do nvel de referncia e um comprimento agregado maior que t num comprimento de
12 x t, exceto quando a distncia entre as sucessivas imperfeies exceder 6 x L; onde
t a espessura da solda e L o comprimento da imperfeio maior no grupo.

Nota: Alinhadas: conforme definido no procedimento de ultra-som ou pelo cdigo.

15.1.5 Em trocador de calor, a solda de flange principal, tipo anel, deve ser 100 %
inspecionada por ultra-som (UT). O critrio de aceitao deve ser o mesmo expresso neste
item 15.1. O mesmo princpio vlido para flanges de corpo de vaso de presso.

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15.1.6 Em trocador de calor, flange principal do tipo sobreposto s admitido com


aprovao da PETROBRAS e quando no for possvel usar flange de outro tipo. Se for
usado o flange sobreposto deve ser feito 1 furo externo no flange para ventilao conforme
item 10.3.

15.2 Qualificao do Procedimento de END (Ensaio No-Destrutivo)

15.2.1 Procedimento

O procedimento de END do fabricante deve ser qualificado por:

a) um inspetor nvel 3, qualificado por uma agncia internacional independente


operando em conformidade com a norma ISO 9712 (ou norma CEN EN 473) e
atendendo os requisitos da norma CEN EN 45013 (neste caso, a prvia
aprovao do representante da PETROBRAS requerida); ou
b) PETROBRAS; ou
c) um inspetor nvel 3 certificado pelo SNQC-END da ABENDE.

15.2.2 Pessoal

Os inspetores de END do fabricante devem ser:

a) qualificados por uma agncia internacional independente operando em


conformidade com a norma ISO 9712 (ou CEN EN 473) e atendendo os
requisitos da norma CEN EN 45013 (neste caso, a prvia aprovao do
representante da PETROBRAS requerida); ou
b) qualificados pelo SNQC-END da ABENDE, em conformidade com as normas
ABENDE NA-001 e DC-001.

16 BOCAIS

16.1 Devem ser usados os flanges de pescoo (welding neck) e os flanges de pescoo
longo (long welding neck). O emprego desses flanges deve ser conforme a norma
PETROBRAS N-253.

16.2 Flange de encaixe ou flange sobreposto s so admitidos com aprovao da


PETROBRAS e quando no for possvel usar flange de outro tipo. Nesse caso, deve ser
dada preferncia ao flange de encaixe. Se for usado o flange sobreposto deve ser feito
1 furo externo para ventilao no flange conforme o item 10.3.

16.3 prefervel o emprego de bocal com pescoo fabricado com tubo sem costura. Nos
casos em que esse requisito no possa ser atendido, aplicam-se os requisitos desta Norma
referentes a chapa.

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N-1706 REV. C JAN / 2004

16.4 Conexes rosqueadas so proibidas.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A - TESTE DE HYDROGEN-INDUCED CRACKING (HIC)

A-1 Cada espessura de cada corrida de ao deve ser submetida ao teste de HIC.

A-2 O teste de HIC deve ser feito como especificado na norma NACE TM 0284.

A-3 Os corpos de prova devem ser selecionados na regio mais segregada da chapa,
conforme indicado no ensaio de ultra-som.

_____________

/ANEXO B

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N-1706 REV. C JAN / 2004

ANEXO B - TESTE DE SULFIDE STRESS CORROSION CRACKING (SSC)

B-1 Cada espessura de cada corrida de ao deve ser submetida ao teste de SSC.

B-2 O teste de SSC deve ser realizado como especificado na norma NACE TM 0177,
Mtodo A, com a tenso aplicada equivalente a 80 % da tenso de escoamento do material
na temperatura ambiente. Critrio de aceitao de acordo com a norma NACE TM 0177.

B-3 Os corpos de prova devem ser selecionados na regio mais segregada da chapa,
conforme indicado no ensaio de ultra-som. No mnimo, 3 corpos de prova devem ser
testados e aprovados.

B-4 O eixo longitudinal dos corpos de prova deve ser normal direo de laminao da
chapa.

_____________

/ANEXO C

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N-1706 REV. C JAN / 2004

NDICE DE REVISES

REV. A e B
No existe ndice de revises.

REV. C
Partes Atingidas Descrio da Alterao
Todas Revisadas

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IR 1/1
N-1706 REV. C JAN / 2004

ANEXO A - TESTE DE HYDROGEN-INDUCED CRACKING (HIC)

A-1 Cada espessura de cada corrida de ao deve ser submetida ao teste de HIC.

A-2 O teste de HIC deve ser feito como especificado na norma NACE TM 0284, mas
utilizando a soluo da norma NACE TM 0177.

A-3 Os corpos de prova devem ser selecionados na regio mais segregada da chapa,
conforme indicado no ensaio de ultra-som.

_____________

/ANEXO B

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