História Económica e Social - Resumo Propostas de Trabalho - Célia Silva PDF
História Económica e Social - Resumo Propostas de Trabalho - Célia Silva PDF
História Económica e Social - Resumo Propostas de Trabalho - Célia Silva PDF
Bibliografia: AMERON, Rondo (2004), Histria Econmica do Mundo, 2 edio, Mem Martins,
Publicaes Europa-Amrica.
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RESUMO Propostas de Trabalho
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Apresente, de forma sucinta e comparativa, os seguintes conceitos:
Nos dias de hoje o mundo surge-nos dividido em dois blocos de pases totalmente distintos no seu grau de
desenvolvimento e consequentemente no seu nvel de vida. Por uma lado os pases subdesenvolvidos que
representam cerca de 80% da populao mundial e pases desenvolvidos que representam cerca de 20% da
populao mundial. Face ao exposto, a anlise histrica permitir fornecer uma viso mais aprofundada das
origens e das desigualdades existentes quer no mundo contemporneo, quer atravs de uma viso do passado.
Torna-se assim necessrio clarificar alguns conceitos:
Crescimento Econmico Aumento sustentado da produo total de bens e servios produzidos por uma dada
sociedade, tendo em conta a eficcia com que estes so utilizados e a sua produo per capita. Processo
reversvel. Existe dificuldade a comparar as produes de 2 sociedades, devido:
Valores das unidades monetrias serem instveis e difceis de comparar
Dificuldade em comparar os valores de produes de 2 economias diferentes, quando a sua composio
difere grandemente (Ex.: produtos vegetais consumidos directamente ou produtos industriais altamente
processados)
Desenvolvimento econmico Crescimento econmico acompanhado por uma mudana estrutural na
economia, (passagem de uma economia local de subsistncia para os mercados ou comrcio)
Progresso Poder ser equacionado com crescimento e desenvolvimento, contudo no existe necessariamente
ligao entre eles. Existem sinais de desenvolvimento e crescimento que podero no simbolizar progresso
(Revoluo tecnolgica que afetou a ecologia)
Produo Processo pelo qual os factores de produo (terra, mo de obra e capital) so combinados para
produzir bens ou servios necessrios e desejados pela populao humana
Produtividade Relao entre o resultado do processo produtivo e os factores de produo utilizados. Depende
da tecnologia utilizada e do capital humano (investimento em conhecimento e especializao)
Clia Silva
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As fundaes econmicas do imprio
O costume e tradio, interpretados por um conselho de ancios, regiam as relaes entre os
membros da comunidade.
Havia uma posse particular de utenslios, mas uma posse colectiva de gado e terra
Nas primeiras cidades-templo da Sumria, por contraste, a estrutura social era definitivamente
hierrquica.
As massas de camponeses e trabalhadores no especializados, que provavelmente ascendiam
a 90% da populao total, viviam num estado de servido, seno de pura escravido
explorao do Homem pelo Homem (Teoria marxista)
A terra pertencia ao templo (ou sua divindade) e era administrada pelos representantes da
divindade, os sacerdotes.
A raiz da diferenciao de classes e da organizao poltica formal eram as diferenas tnicas
ou tribais
Disputas de fronteiras e direitos sobre gua tornaram-se fontes adicionais de conflito e
conquista.
As bases econmicas destes antigos imprios assentavam na pilhagem, no tributo e nos
impostos que os conquistadores extorquiam aos conquistados
A riqueza das grandes civilizaes ribeirinhas, baseava-se na agricultura:
De irrigao elevado grau de disciplina e trabalho
Cultura a seco terra arvel era lavrada frequentemente e ao de leve para manter a
humidade absorvida durante as chuvas.
Os campos eram cultivados de 2 em 2 anos
Todos os campos exigiam um trabalho muito intensivo, o que reduzia as suas unidades e
poucos excedentes para impostos
O estabelecimento da ordem e do direito comum em reas cada vez mais vastas, facilitou o
desenvolvimento do comrcio e a especializao e diviso do trabalho
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Apresente a organizao da explorao agrria medieval
Na Europa Medieval as instituies rurais ditavam as leis.
O modelo econmico medieval emergiu em resultado da convergncia de uma srie de factores
polticos e sociais:
Peso desmesurado dos impostos
Ineficincia e corrupo galopante do Imprio Romano
O fim da autoridade central e a anarquia da resultante
A propagao de propriedades auto-suficientes
O declnio de cidades e do comrcio inter-regional.
Para enfrentarem as ameaas de outros povos, os reis francos criaram o Feudalismo:
Forma de organizao social e poltica, na qual as relaes entre os homens se
baseavam em laos de dependncia
Os grandes nobres - duques, condes, marqueses - tinham muitas propriedades que abarcavam
inmeras aldeias; cediam algumas a fidalgos ou cavaleiros menos importantes, seus vassalos, em
troca de um juramento de homenagem e fidelidade, semelhante ao que eles prprios tinham prestado
ao Rei Subenfeudao
O ideal feudal era nenhuma terra sem senhor, nenhum senhor sem terra". Contudo esta
premissa no era de constatao universal
Subjacente ao sistema feudal, estava a forma de organizao econmica e social chamada
Clia Silva
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Senhoralismo:
Caracterizava-se pela concentrao de poderes econmicos num senhor, atravs das
suas terras e contribuies recebidas. Relao de senhorio entre senhor e campones
O senhorio compunha-se de terra, edifcios e gente que cultivava a primeira e habitava os
ltimos
Existiam terras de explorao directa (terra que o Senhor explora atravs de camponeses e
glebe) e terras de explorao indirecta (terras entregues a camponeses livres, em troco de
uma renda)
O Senhor possua , tambm, o direito de banus, que lhe d poder jurisdicional sobre os bens
e sobre quem os utilizava
Juridicamente estava dividida em:
9 Domnio senhorial Casa senhorial, celeiros, estbulos, oficinas, jardins
9 Possesses camponesas A terra que os camponeses cultivavam para si prprios
estendia-se a grandes campos abertos em torno da casa senhorial e da aldeia
9 Baldios Tanto no sentido de terreno ou pastagem comunitrio, sem dono preciso ou
singular, como de terreno inculto
Clia Silva
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Explicite as consequncias sociais e econmicas destas mudanas
Ao aperfeioar os instrumentos de produo, ao obter novas matrias-primas, ao tornar o solo mais
frtil, foi possvel aumentar a produo e consagrar uma melhoria significativa das condies
de vida.
Por outro lado, o trabalho em conjunto e cooperante permite fortalecer a solidariedade orgnica,
aliviando o fardo de quem laborava, sendo o aumento da produo um forte estimulo ao trabalho.
A maior evidncia do desenvolvimento foi o crescimento da populao e as suas consequncias , o
aumento das cidades e a expanso fsica da civilizao europeia
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Grande Fome de 1315-17
Precariedade da oferta de alimentos
Insuficincia das condies higinicas
Deteriorao climtica o que provocou deficincias nas culturas
Na segunda metade do sc. XIV ocorreram revoltas, revolues e guerras civis por toda a Europa.
Estavam todas relacionadas, duma forma ou doutra, com a mudana sbita das condies
econmicas ocasionadas pela fome, peste e pela guerra.
As cidades da Europa Ocidental, embora muito abaladas pela peste, sobreviveram e acabaram por
recuperar
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Comente o quadro de Jan van Eyck, pintado em 1434, "O Casal Arnolfini"
Se olharmos para o autor do quadro e poca, Holanda e mais especificamente Amesterdo, tornou-
se um dos centros do comrcio europeu mais dinmicos. Com a expanso dos mercados para alm da
Europa e com o declnio da nobreza, a pequena aristocracia beneficiou da oportunidade do comrcio,
promovendo por esta via uma slida ascenso social.
Das diversas interpretaes que se podem fazer da pintura, poderemos interpretar que a imagem
retrata a unio de um elemento da burguesia com um suposto elemento da nobreza.
Clia Silva
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Apresente, em linhas gerais, a evoluo da Sociedade de Ordens ao longo do Antigo
Regime (Sc. XVI e XVIII)
As sociedades evoludas estavam ordenadas em trs tipos de estratificao:
Estratificao em castas
9 Tendncia para a hereditariedade
9 Hierarquizao dos grupos segundo o seu grau de pureza ou de impureza religiosa
Estratificao em classes
9 Para que haja uma classe preciso que, num grupo definido por uma mesma fonte de
rendimentos, uma mesma ordem de grandeza de rendimentos e um mesmo gnero de
vida, exista um mnimo de conscincia comum de grupo
Estratificao em ordens
9 Hierarquizao dos grupos segundo a estima, a honra, a dignidade concedidas pela
sociedade ou pelas parcelas sociais, sem relao com a produo de bens materiais
9 Cada ordem tem a sua marca particular, ou seja os smbolos sociais.
9 Cada ordem deve manter-se na sua posio.
9 Est organizada da seguinte forma:
Ordem Eclesistica
Nobreza
Povo
9 A gama dos nveis de vida a gama de servios:
Um aumento antecipado dos bens materiais numa sociedade pobre em bens e
rica em homens teria consequncias perigosas.
A fonte de riqueza e do poder reside na numerosa massa de homens que vive na
terra.
9 Caracterizou-se:
Pelo poder absoluto dos reis
Pelo predomnio da agricultura
Pela existncia de um sociedade hierarquizada (regida pela desigualdade dos
estatutos sociais e jurdicos conferidos a cada ordem) esttica, estratificada,
tripartida e sacralizada.
A mutao comercial e monetria dos dois primeiros teros do sculo
XVI tinha parecido abalar a sociedade de ordens.
O fim do sculo XVI no apenas de mudana de clima econmico, por
conseguinte de paralisia do duplo processo de mutao social pelo
rpido crescimento do sector comercial e da revoluo dos preos.
uma nova nobreza, no menos ligada aos valores da ordem e da
honra.
Relacione as suas polticas econmicas com a evoluo poltica (governo) e social destas
regies
Antigo regime
Monarquia absolutista Centralizao do poder nas mos do rei, despotismo, e uma
economia baseada no mercantilismo
Mercantilismo Poltica econmica adoptada na Europa durante o Antigo Regime.
O objectivo principal do governo absolutista era alcanar o mximo possvel de
desenvolvimento econmico, atravs do acmulo de riquezas.
Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um rei, maior seria seu prestgio,
poder e respeito internacional.
O ouro e a prata eram metais que deixavam uma nao muito rica e poderosa,
portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais.
No sculo XVI os mtodos de financiamento mudaram mas a preocupao com o
ouro e prata manteve-se, tentando acumular o mais possvel e no permitir a sua
exportao.
A expanso martima e as colonizaes contriburam para um desenvolvimento econmico,
comercial, industrial e consequentemente social
Este facto comum a todos os pases, diferindo apenas na gesto do mesmo
Espanha
Teve exploraes de ouro nas suas colnias e boas frotas comerciais mas acabou por no ter
o mesmo desenvolvimento por ter se desgastado com guerras e consumo excessivo da casa
Real.
O povo espanhol era o mais tributado na poca
O Rei em Espanha recorreu a emprstimos com juros altos e grandes comerciantes
ricos para gerir o reino.
Frana
Foi aplicado as Colbertismo e foram utilizadas medidas para proteger a economia do pas e
do equilbrio da balana comercial com aplicao de taxas alfandegrias aos produtos
estrangeiros.
Pases Baixos
Orientavam toda a produo para o comrcio interno e externo, atravs do desenvolvimento
tecnolgico e cientfico e com o aparecimento de novas matrias primas vindas das colnias
A estrutura do Governo era diferente das monarquias absolutas
A economia da Holanda dependia do comrcio internacional que continuou sempre a
prosperar
Os Holandeses especializaram-se no transporte das mercadorias dos outros, das exportaes
de arenques secos, salgados, ou fumados e de outros produtos seus
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Defendiam o comrcio livre.
Gr-Bretanha
Orientavam toda a produo para o comrcio interno e externo, atravs do desenvolvimento
tecnolgico e cientfico e com o aparecimento de novas matrias primas vindas das colnias
Desenvolvimento de uma monarquia constitucional sob domnio parlamentar
Aristocratas brasonados, pequena burguesia fundiria, comerciantes abastados e
outros estavam representados no parlamento.
Foi implantado na Gr- Bretanha o Colbertismo Parlamentar
As importaes eram controladas.
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REVOLUO FRANCESA
A Revoluo Francesa significou o fim da monarquia absoluta na Frana, iniciada em 1789.
Efeitos de uma grave crise poltica (permanente instabilidade governativa), econmica (maus anos
agrcolas) e social (forte crescimento demogrfico)
Houve tomada do poder pela burguesia, uma participao activa dos camponeses e artesos, a
superao das instituies feudais do Antigo Regime e a preparao da Frana para a caminhada em
direco ao capitalismo industrial.
As causas da revoluo foram:
A crise econmica, provocada pelos gastos reais e as guerras,
A carestia devido escassez na agricultura
O dfice
O sistema fiscal aplicado arbitrariamente, que variava conforme os grupos sociais e de zona
para zona
3 Componentes do antigo regime:
Feudalismos;
Sociedade de ordens Clero (Alto e baixo), Nobreza e Terceiro Estado (sustentavam o
reino francs atravs de alimentos e pesados impostos. So os principais instigadores da
Revoluo)
Absolutismo.
A revoluo pretendia:
Destruir o feudalismo, baseado na economia rural a terra estava sujeita a impostos feudais
e senhoriais em que a indstria era secundria
Trabalho servil,
Poder centralizado
A estrutura de ordens
O absolutismo.
Os camponeses lutaram ao lado da burguesia, formada por comerciantes banqueiros advogados,
mdicos, etc., contra a nobreza.
Termos como Liberdade, Igualdade, Fraternidade, surgidos das ideias Iluministas, influenciaram a
revoluo
O povo saiu s ruas para tomar o poder e acabar com a Monarquia e o rei Lus XVI.
O smbolo da monarquia francesa, a Bastilha, foi o primeiro alvo.
Com a Revoluo Francesa seguiu-se o fim do sistema absolutista e dos privilgios da nobreza.
As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas.
Os avanos sociais alcanados com a Declarao dos Direitos do Homem, foram direitos iguais para
todos e maior participao poltica por parte da populao.
REVOLUO AMERICANA
Em 1600 os ingleses fundaram as primeiras colnias no continente americano.
Os colonos eram constitudos por ingleses e holandeses, criando, ao chegarem, assembleias
coloniais, a exemplo da House of Commons inglesa.
Legislavam sobre impostos, emisso de moeda e organizaram a defesa das colnias.
A forma de pensar e a conscincia poltica da populao baseava-se em vrios factores, tais como:
A vontade de resistir autoridade instituda pelos ingleses
A existncia de terrenos considerados desocupados e muito produtivos
Clia Silva
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A vida livre e autnoma inerente ao desbravar de territrio
A auto-confiana dos colonos devido prosperidade econmica
Acreditavam no princpio da representao directa (mesmo direito que os ingleses)
A partir de 1760 a Inglaterra tomou medidas para controlar melhor as suas colnias e em 1763,
acabando a Guerra dos Sete Anos (vitria da Inglaterra sobre a Frana), os gastos da guerra recaram
sobre 13 colnias, entrando estas em conflito com a metrpole.
Criao em 1774 de uma srie de leis punitivas para a colnia apelidadas pelos colonos de
intolerable acts proibiam as reunies pblicas no autorizadas e foravam os colonos a dar
alojamento s tropas inglesas nas suas casas
Reuniao da Assembleia de Representantes, em 1774 First Continental Congress por forma a
implementar uma srie de medidas contra o rei George III
Organizao de comisses eleitas de observadores
Boicote ao comrcio britnico
Organizao de um corpo de tropas
Em 1775/6 foi criado o Second Continental Congress, que adoptou medidas mais drsticas:
Organizar uma milcia comandada por Washington Continental Army
Abertura dos portos a navios de todas as nacionalidades, excepto ingleses
Aconselhar as colnias a criarem os seus prprios governos
Indicar motivos para a Declarao de Independncia
Publicado em 1776 o panfleto Common Sense, da autoria de Thomas Paine, onde defendida a
posio que a Amrica deveria ficar totalmente independente da Gr-Bretanha
Em 1776 teve ento incio a Revoluo Americana que lutou durante 6 anos pela
independncia da Amrica
Os colonos no tinham representao no parlamento tendo sido aplicados impostos elevados
sobre o acar (Sugar act), o papel selado (Stamp act) e o ch (Tea act). Esta ltima
originou uma revolta (Boston Tea Party) por parte dos colonos, que atiraram ao mar os
caixotes de ch que se destinavam ao pagamento do salrio dos governadores. Os mesmos
retaliaram, encerrando o porto de Boston
A guerra durou desde a Declarao de Independncia de 04 de Julho de 1776 a 1782.
Durante a guerra, as 13 colnias criaram um pacto, ligando-as numa s Nao United
States of America e criaram o Articles of Condeferation and perpetual union, que
defendia que o governo federal dever ter poderes limitados
Em 1781 acabou a guerra e a paz foi assinada em 1783.
Os franceses apoiaram os americanos com a sua marinha e exrcito.
Revendo os Artigos da Confederao, elaborou-se o texto da Constituio inspirado nos
direitos naturais.
A Constituio entrou em vigor em 1789 transformando a unio de vrios estados num s
As ideias de John Locke foram a base da Revoluo Americana e considerava que os
governos deviam depender do consentimento dos governados
Outra das ideias percursoras para a Revoluo foi a de Montesquieu com a separao de
poderes
O Congresso americano, para alm de ser assembleia de deputados, tem poder legislativo e o
seu governo eleito pelo povo durante apenas 2 anos, por forma a manter a sua dependncia
e simpatia para com o povo
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As condies da Industrializao
No comeo do sec. XVIII, a indstria era predominantemente rural, com enfase no sector textil
Proto-Industrializao (bens de consumo)
Refere-se principalmente a indstrias de bens de consumo, especialmente txteis, e
descreve o processo de expanso e transformao ocasional destas indstrias
Protofabricas (sem fora mecnica)
Localizavam-se em grandes estruturas oficinais, onde hbeis artesos trabalhavam sob
a superviso dum capataz ou empresrio, mas sem fora mecnica
Clia Silva
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A indstria do algodo, as manufactures royales francesas, a indstria do carvo, as
siderurgias, localizadas em reas rurais, e os estaleiros navais, so exemplos de
sistemas fabris e de protofbricas
As caractersticas essenciais duma industria proto industrial so dispersas:
So normalmente trabalhadores rurais organizados por empresrios urbanos (comerciantes
fabricantes) que fornecem as matrias-primas aos trabalhadores e vendem a sua produo em
mercados distantes.
Os trabalhadores tm de adquirir pelos menos uma parte dos seus meios de subsistncia.
A novidade destes mtodos estava no facto de os produtos excedentes serem aplicados na
exportao, o que antes no acontecia.
O sculo XVIII trouxe novas formas de iniciativa e mudanas sociais, polticas e intelectuais
A cincia no foi o motor da industrializao, embora os seus mtodos tenham servido para ajudar a
agricultura, atravs de vrias experincias (tentativa e erro) que se fizeram com novas culturas e
rotaes.
Como o solo ficasse mais frtil, tambm os animais aumentaram em nmero e a criao
selectiva deu os primeiros passos.
Uma das medidas tomadas que permitiu toda esta inovao agrcola foi a vedao dos
campos porque em campo aberto os animais pastavam livremente e no havia vontade de
experimentar novas culturas, alm de que os campos vedados aumentaram a mo-de-obra.
A agricultura deu o mote para a industrializao em Inglaterra e no final do sculo XVII j
tinha a maior produo agrcola da Europa
A localizao geogrfica da Inglaterra (e especialmente de Londres) foi sempre uma
vantagem.
As rotas fluviais eram muito importantes para transportes de mercadorias antes do
aparecimento do caminho-de-ferro, e a Inglaterra sempre beneficiou dos seus portos
naturais e de uma longa linha de costa.
Mesmo assim foram criados muitos canais para facilitar a navegao e todos os
centros de produo ficaram ligados entre si.
A populao e os recursos
A populao da Europa comeou novamente a crescer a partir de cerca de 1740. no sc. XIX, o
crescimento populacional na Europa acelerou.
O crescimento populacional continuou no sc. XX, embora a taxa de crescimento na Europa tivesse
diminudo ligeiramente enquanto a do resto do mundo aumentava.
No h uma correlao clara entre industrializao e crescimento populacional.
Um obstculo de maior importncia ao crescimento populacional eram os prprios recursos agrcolas
da Europa.
A produo agrcola aumentou imenso ao longo do sculo por dois motivos:
A quantidade de terra sob cultivo aumentou
A produtividade agrcola (produo por trabalhador) aumentou por causa da introduo de
tcnicas novas e mais cientficas.
O transporte barato tambm facilitou a migrao da populao.
A migrao interna foi essencial ao processo de desenvolvimento econmico no sc. XIX.
A alterao mais fundamental foi o crescimento da populao urbana, quer no seu todo quer em
termos de percentagem do total.
A urbanizao a par da industrializao, progrediu rapidamente no sc. XIX.
A Gr-Bretanha, uma vez mais, indicou o caminho.
Historicamente, a principal limitao ao crescimento das cidades tem sido econmica.
Clia Silva
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Recursos:
A Europa Industrial, em resultado da mudana tecnolgica e da presso da procura crescente, viu os
seus recursos adquirirem uma importncia enorme
Isto resultou em procura sistemtica de fontes anteriormente desconhecidas e em investigao
cientfica e tecnolgica para expandir a sua explorao
A nova estrutura institucional
A estrutura institucional da actividade econmica na Europa do sc. XIX, deu grandes oportunidades
:
Iniciativa individual
Permitiu a liberdade de escolha ocupacional
Permitiu a mobilidade geogrfica e social
Contou com a propriedade privada e o domnio da lei
Realou a utilizao da racionalidade e da cincia na prossecuo de fins materiais.
Todos eles contriburam para o processo de desenvolvimento econmico.
Clia Silva
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Alemanha:
A Alemanha foi a ltima a juntar-se ao grupo dos primeiros pases industrializadores.
Nao politicamente dividida, predominantemente rural e agrria.
Uma rede deficiente de transportes e de comunicao impediu o desenvolvimento econmico
Inmeras divises polticas, com os seus distintos sistemas monetrios e polticas comerciais, e
outros obstculos s trocas comerciais, atrasaram ainda mais o progresso.
Na vsperas da I Guerra Mundial, o Imprio Alemo Unificado era a nao industrial mais
poderosa da Europa.
Possua as maiores e mais modernas indstrias de produo de ferro e ao e seus derivados,
de energia elctrica e maquinaria e de qumicos.
Como se deu esta transformao?
A histria econmica alem no sc. XX pode ser dividida em 3 perodos bastantes distintos e
quase simtricos:
9 Despertou gradualmente para as mudanas econmicas que decorriam na Gr-
Bretanha, em Frana e na Blgica e a criao das condies jurdicas e intelectuais
essenciais transio para a moderna ordem industrial.
9 Foram moldadas as fundaes materiais da indstria, transportes e finanas
modernas.
9 A Alemanha ascendeu rapidamente posio de supremacia industrial na Europa
Ocidental Continental que ainda hoje ocupa.
Em cada um destes perodos, as influncias estrangeiras desempenharam um papel importante.
Um vivo fluxo de capital, tecnologia e dinmica estrangeiros, que atingiu o seu mximo na dcada
de 1850, marcou o segundo perodo.
No ltimo perodo, a expanso da indstria alem para mercados estrangeiros dominou o quadro.
Outras reformas deram Alemanha o primeiro sistema educativo moderno.
Zollverein (literalmente, portagem ou unio tarifria)- estabeleceu as fundaes em 1818, decretando
uma tarifa comum para toda a Prssia.
Em 1833, um tratado com os maiores Estados do sul da Alemanha, com excepo da ustria,
resultou na criao do prprio Zollverein, que fez duas coisas:
aboliu todas as portagens e barreiras aduaneiras internas, criando um mercado comum
alemo.
criou uma tarifa externa comum determinada pela Prssia.
Se o Zollverein tornou possvel uma economia alem unificada, o caminho-de-ferro transformou-a
numa realidade.
A chave da rpida industrializao da Alemanha foi o crescimento clere da indstria carbonfera do
Ruhr.
A produo alem do ao ultrapassou a da Gr-Bretanha em 1895, e em 1914 ascendia a mais do
dobro da produo britnica.
Os sectores mais dinmicos da indstria alem foram os que produziram bens de capital ou
intermdios para consumo industrial
A indstria de tinturaria, valendo-se do pessoal e recursos das universidades, imps o seu domnio na
Europa e no mundo.
A indstria da qumica orgnica foi tambm a primeira no mundo a estabelecer os seus prprios
laboratrios e pessoal de investigao.
A indstria elctrica cresceu mais rapidamente que a qumica.
A iluminao e os transportes urbanos foram as duas primeiras utilizaes mais relevantes da
electricidade.
No princpio do sc. XX, os motores elctricos estavam a competir com as mquinas a vapor e a
substitu-las como fontes de energia.
Ainda outra caracterstica notvel da estrutura industrial germnica foi a prevalncia de cartis.
Um cartel um acordo ou contrato entre empresas nominalmente independentes para fixar
preos, limitar a produo dividir mercados ou, por outro lado, promover prticas
monopolistas e anticompetitivas.
Tecnologia
A mudana tecnolgica, a maior fora motriz por detrs da industrializao do sculo XIX, persistiu
nesse papel, sem quebras, no sculo XX.
Em pocas anteriores, a marca do sucesso das sociedades humanas foi a sua capacidade para se
adaptarem aos seus ambientes.
No sculo XX, a marca do sucesso foi a sua capacidade para manipular o ambiente e adapt-lo s
necessidades da sociedade.
O meio fundamental de manipulao e adaptao a tecnologia especificamente, a tecnologia
baseada na cincia moderna.
Importante causa do ritmo mais apressado da mudana social no sculo XX a notria acelerao do
progresso cientfico e tecnolgico.
Instituies
A estrutura institucional da economia mundial de finais do sculo XX diferiu grandemente do que
fora no princpio do sculo:
Mudana tecnolgica
Alteraes no emprego dos recursos naturais
Crescimento da populao mundial
Mudanas polticas fora do mbito da prpria economia
Clia Silva
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O mundo entre as duas Grandes Guerras Mundiais: economia, sociedade e poltica
ECONOMIA
A economia mundial antes de 1914 foi dominada pela Europa (especialmente a Europa Ocidental) e
pelos Estados Unidos.
Economicamente, a Europa e os Estados Unidos (sem os seus imprios) foram responsveis por bem
mais de metade da populao e do comrcio totais.
A I Guerra Mundial e as suas concomitantes, as revolues russas de 1917, trouxeram mudanas
fundamentais a esta estrutura.
A Rssia Czarista desapareceu, sendo o seu lugar ocupado pela Unio Sovitica, com uma
forma nova de organizao econmica.
O Imprio Habsburgo, na Europa Centro- Ocidental, tambm desapareceu, substitudo por
vrios Estados nacionais novos ou alargados, economicamente empobrecidos e instveis.
A Alemanha perdeu o seu imprio ultramarino, bem como uma parte substancial do seu
prprio territrio e populao.
O Japo, que antes da guerra tinha um pequeno imprio, alargou-o, e tornou-se uma
importante potncia econmica.
A prpria Europa sofreu um declnio da sua quota no comrcio e na produo mundiais
E.U.A. beneficiam com a Guerra
Duplicam as suas reservas de ouro
Tornam-se grandes competidores no transporte martimo internacional
Passam de devedores lquidos a credores lquidos (devido exportao e emprstimos
aos aliados)
Consequncias econmicas da I Guerra Mundial
Perdas humanas
Ruptura e desorganizao das relaes econmicas
Queda da produo agrcola
Ruptura do comrcio externo
Perda de receitas de investimento no estrangeiro
Desiquilbrio social
Perda de relaes econmicas
As dcadas de 1920 e 1930 testemunharam a ascenso das ditaduras fascistas em Itlia,
na Alemanha e em vrias outras naes europeias, tambm elas com novas formas de
organizao econmica
Entre 1929/33 deu-se a Grande Depresso nos E.U.A.
Os E.U.A produziam e exportavam em grandes quantidades
Quando a Europa e os outros pases comearam a refazer-se da Guerra, as importaes
diminuiram e os E.U.A. (que continuavam a produzir em grande escala), tiveram de baixar
preos, cortar em despesas (despedindo funcionrios), e fazendo com que os acionistas
perdessem tudo, afectando vrios pases do mundo
Esta situao originou protestos sociais e organizaes extremistas (Alemanha), que,
indirectamente, contribuiu para o germinar da II Guerra Mundial
A II Guerra Mundial trouxe consigo uma reorganizao mundial das relaes internacionais,
com importantes consequncias econmicas.
A Europa perdeu a sua hegemonia, tanto na poltica como na economia.
Em vez disso, uma rivalidade entre as duas novas superpotncias, os Estados Unidos e a
Unio Sovitica, substituiu a velha contenda entre as grandes potncias europeias
tradicionais. Em consequncia desta rivalidade, a Europa foi dividida mais clara e
decisivamente que nunca entre leste e ocidente.
Consequncias econmicas da II Guerra Mundial
A II Guerra Mundial foi, de longe, a mais ampla e destrutiva de todas as guerras
Envolveu directa ou indirectamente as populaes de todos os continentes e de quase
todos os pases do mundo.
Ao contrrio da sua antecessora, que tinha sido, antes de mais, uma guerra de
estratgia, esta foi uma guerra de evoluo em terra, no ar e no mar.
A derradeira arma secreta dos vitoriosos foi a enorme capacidade produtiva da
economia americana.
Os prejuzos materiais foram muito superiores aos da I Guerra Mundial, em grande
medida devido aos bombardeamentos areos.
Clia Silva
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As infra estruturas de transportes, especialmente caminhos-de-ferro e portos e docas
revelaram-se alvos tentadores.
Todos os combatentes recorreram guerra econmica, uma expresso nova para uma
velha poltica.
No fim da guerra, o cenrio econmico era, na Europa, extremamente desolador.
Em 1945, a produo industrial e agrcola foi de metade, ou menos, da que tinha sido
em 1938.
Alm dos prejuzos materiais e da perda de vidas humanas, milhes de pessoas tinham
sido desenraizadas e afastadas das suas famlias e outros milhes ainda enfrentavam a
perspectiva da fome.
O quadro institucional da economia foi profundamente danificado.
Outra importante mudana institucional que afecta todas as naes no sculo XX o papel muito
mais alargado do Governo na economia.
No perodo do entre guerras, todos os governos tentaram, em geral com pouco sucesso,
seguir polticas de recuperao e estabilizao econmica.
Depois da II Guerra Mundial, tentaram-no ainda mais deliberadamente, com maior
sofisticao e geralmente, com maior xito.
A maioria adoptou uma qualquer forma de planeamento econmico, embora no to
abrangente ou compulsivo como o da Unio Sovitica.
Da o rtulo de economias mistas que se tem aplicado s naes da Europa Ocidental.
A Frana foi de todas a naes ocidentais a que sofreu mais com a guerra
Destruio de mais de metade da produo industrial
Destruio de produo agrcola
Grandes perdas humanas.
A Alemanha Nazi foi a primeira grande nao industrial a alcanar a recuperao total
O resultado foi alcanado atravs:
Programa de obras pblicas
Primeiro sistema de auto-estradas
Fortaleceu e expandiu as suas indstrias
Apoiaram a coero e a autoridade ao nvel econmico para atingir os seus objectivos
Um dos principais objectivos foi tornar a economia auto-suficiente em caso de guerra
POLTICA
A primeira ditadura foi a de Itlia
O Fascismo:
Glorificava o uso da fora
Tinha a guerra pela mais nobre das actividades humanas
Denunciava o liberalismo, a democracia, o socialismo e o individualismo
Tratava o bem-estar material com desdm
Considerava as desigualdades humanas no apenas inevitveis como desejveis.
SOCIEDADE - Empresas
Grandes sociedades comerciais com vrios estabelecimentos, as cadeias retalhistas, passaram a
dominar o retalho em indstrias to diversas como as dos produtos frescos e da electrnica de alta
tecnologia.
Noutros casos, produtores de mquinas de costura, maquinaria agrcola e automveis, por exemplo,
procederam integrao descendente, confiando a distribuidores concessionados a conduo da
funo retalhista.
Desenvolvimento paralelo foi o aparecimento de conglomerados empresariais, enormes sociedades
dedicadas produo e venda de dzias, ou mesmo centenas, de produtos, desde bens de
equipamento pesado at bens de consumo como cosmticos e de vesturio de moda.
SOCIEDADE - Mo-de-obra sindicalizada.
No princpio do sculo XX, o direito dos trabalhadores de se organizarem e negociarem
colectivamente foi reconhecido na maior parte das naes ocidentais.
Nalgumas (por exemplo, na Gr-Bretanha e na Alemanha) a mo-de-obra sindicalizada exercia um
poder considervel no mercado de trabalho.
Os anos entre as duas guerras testemunharam um aumento da adeso aos sindicatos nas naes
industrializadas e uma difuso da sindicalizao noutras naes menos desenvolvidas.
Clia Silva
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Gorbachov demitiu-se da Presidncia no dia 25 de Dezembro, e a unio Sovitica deixou de
existir
Economicamente, o papel da iniciativa e dos mercados privados aumentou significativamente
A Comunidade (CEI) funcionou, principalmente, como uma rea de comrcio livre ou de
Mercado Comum (semelhante CE)
Um agradecimento muito especial ao Nuno Fonseca, ao Rui Batista, Beatriz Martins, Ins Costa, Helena
Pimentel, Sara Leal e Elisabete Ferreira, que contribuiram (e muito) para a compilao das respostas s
questes das Propostas de Trabalho. Esperemos que no estejam mal!!!!:)
Clia Silva
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