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Correlação Entre Dois Testes de Agilidade Adaptados: Handebol em Cadeira de Rodas

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCAO FSICA

MARCELO DALMDICO SILVEIRA

Correlao entre dois testes de


agilidade adaptados: Handebol
em Cadeira de Rodas

Campinas
2007

MARCELO DALMDICO SILVEIRA

Correlao entre dois testes de


agilidade adaptados: Handebol
em Cadeiras de Rodas

Trabalho de Concluso de Curso


(Graduao) apresentado Faculdade de
Educao
Fsica
da
Universidade
Estadual de Campinas para obteno do
ttulo de Bacharel em Educao Fsica.

Orientador: Prof. Dr. Jos Irineu Gorla

Campinas
2007

MARCELO DALMDICO SILVEIRA

Correlao entre dois testes de agilidade


adaptados: Handebol em Cadeira de Rodas

Este exemplar corresponde redao


final do Trabalho de Concluso de Curso
(Graduao) defendido por Marcelo
Dalmdico Silveira e aprovado pela
Comisso julgadora em: 28/11/2007.

Prof. Dr. Jos Irineu Gorla


Orientador
Prof. Dr. Paulo Ferreira de Arajo

Prof. Dr. Vera Aparecida Madruga Forti

Campinas
2007

"...para um cientista ao qual as vezes dado o privilgio


de descobrir algo, existe um tipo especial de alegria:
tendo percebido um vislumbre de verdade cientfica,
experimenta-se uma sensao de satisfao e desejo
de compreender uma verdade ainda maior.
(Francis S. Collins)

Agradecimentos

Agradeo primeiramente aos meus amados pais, Ruben e Maria


Aparecida, os quais nunca me desapontaram e sempre me apoiaram durante
minha vida e, principalmente, minha vida acadmica.
Agradeo em especial meu orientador, Prof. Gorla, figura inigualvel
dentro da Universidade, pelo qual tenho imenso respeito e admirao por
tudo em que me ajudou alm da orientao desse trabalho, fruto de hercleo
esforo..
Agradeo a todos os professores da Faculdade de Educao Fsica da
UNICAMP que ajudaram, de algum modo, minha formao acadmica.
Agradeo tambm a todos meus amigos que trilharam junto a mim essa
jornada e aos outros que, mesmo mais ausentes, ajudaram de alguma forma
na minha vida.

SILVEIRA, Marcelo Dalmdico. Correlao entre dois testes de agilidade


adaptados: Handebol em Cadeira de Rodas. 2007. 42f. Trabalho de Concluso de
Curso (Graduao)-Faculdade de Educao Fsica. Universidade Estadual de
Campinas, Campinas, 2007.

RESUMO

Este estudo teve como objetivo correlacionar a varivel motora agilidade entre dois
testes adaptados para atletas usurios de cadeira de rodas em desporto coletivo. A
pesquisa foi realizada com um grupo de 21 sujeitos com deficincia fsica, sendo: 9
com poliomielite, 6 com amputao de membros inferiores, 4 com leso medular e 2
vtimas de mielomeningocele, todos do sexo masculino, com idade mdia de 30 anos
+1,94, praticantes da modalidade de Handebol em cadeiras de rodas. As cadeiras
utilizadas para a realizao do teste foram as mesmas utilizadas na modalidade que
os sujeitos treinam, sendo cada cadeira especfica para o nvel de leso. Foram
realizados dois testes de agilidade, sendo um de Agilidade modificado e o teste de
Shuttle Run adaptado para cadeirantes. Utilizamos a estatstica descritiva, bem como
dos procedimentos de correlao de spearman. Os resultados obtidos demonstraram
realmente haver uma correlao de 0,83 com nvel de significncia de p < 0,001,
quando correlacionado com todos os sujeitos. Na classe de poliomielite, a correlao
ficou em 0,61, na classe de amputados de 0,82 e na classe de lesados medulares a
correlao ficou em 0,80. Dessa forma, o coeficiente de correlao (rho) classificado,
de forma geral, como forte e resulta em um coeficiente de determinao (rho) de 68%.
Conclui-se que possvel utilizar ambos os testes para a medida da varivel agilidade
em usurios de cadeiras de rodas praticantes de modalidades coletivas.
Palavras-Chave: Deficientes; Deficientes Fsicos; Deficincia Fsica; Handebol;
Esportes em cadeira de rodas.

SILVEIRA, Marcelo Dalmdico. Correlation between two adapted agility tests:


Wheelchair Handball. 2007. 42f. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao)Faculdade de Educao Fsica. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.

ABSTRACT

This study aimed to correlate the motor variable agility between two adapted tests to
wheels chair athletes in collective sports. The survey was conducted with a group of 21
subjects with physical disability, which: 9 with poliomyelitis, 6 with amputation of lower
members, 4 with spinal cord injury and 2 with mielomeningocele, all males, with an
average age of 30 years +1.94, practitioners of Handball in wheel chairs. The chairs
used for the test were the same ones that the subjects train, and each seat is specific
to the level of injury. Two agility tests were conducted, one was the Agility Changed
and the other test was the Shuttle Run adapted to wheelchair sports. The used
statistics was descriptive one, as well as spearmans correlation procedure. The results
showed that there is a correlation of 0.83 with significance level of p < 0.001, when
correlated all subjects. In the class of poliomyelitis, the correlation was 0.61, in
amputees class the correlation was 0.82 and in the class of spinal cord injuries, the
correlation was 0.80. In that way, the correlation level (rho) is classified, in general, as
strong and results in a coefficient of determination (rho) of 68%. It is possible to use
both of the tests for the measure of the variable agility in users of wheel chairs for
practitioners of collective sports.
Keywords: Disabled; Physical Disabled; Physical Disabilities; Handball; Wheelchair
Sports.

LISTA DE GRFICOS

Grfico 1 - Ilustrao grfica da Correlao de Spearman entre os 21 sujeitos


Grfico 2 Grfico 3
Grfico 4

Ilustrao

grfica

da

Correlao

de

Spearman

na

Classe

Poliomielite
Ilustrao grfica da Correlao de Spearman na Classe Amputados
Ilustrao grfica da Correlao de Spearman na Classe Lesados
Medulares

33
35
36
37

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Figura 2 -

Esquema de realizao do teste Shuttle Run Adaptado (GORLA e


ARAUJO, 2007)
Percurso do teste Agilidade Modificado (BELASCO JUNIOR e
SILVA)

28
29

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Desempenho do Brasil nas Paraolimpadas

18

Quadro 2 - Magnitude dos Coeficientes rho de Spearman e r de Pearson

31

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 -

Dados obtidos pelos participantes nos testes Shuttle Run Adaptado


e no teste Agilidade Modificado
Anlise estatstica dos Resultados obtidos pelos 21 sujeitos
participantes dos testes
Anlise

estatstica

dos

resultados

diferentes classes de deficientes

obtidos

separados

pelas

30
32
33

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

PVA

Paralyzed Veterans of America

EP

Erro Padro

rho

Coeficiente de Correlao de Spearman

Nivel de Significncia

HCR

Handebol em Cadeira de Rodas

AAHPERD
UNIPAR

Aliana Americana de
Recreao e Dana
Universidade Paranaense

Sade,

Educao

Fsica,

13

SUMRIO

CAPITULO 1: INTRODUO
1.1 Objetivos

CAPITULO 2: REVISO DA LITERATURA


2.1 Leses no Desporto Adaptado

14
16
17
21

2.1.1 Amputao

21

2.1.2 Poliomielite

22

2.1.3 Leso Medular

23

2.2 O Handebol Adaptado (HCR)

24

2.3 A Agilidade no Desporto

26

CAPITULO 3: METODOLOGIA

29

3.1 Amostra do Estudo

29

3.2 Procedimentos

30

3.3 Material

31

3.4 Realizao do teste Shuttle Run Adaptado

31

3.5 Realizao do teste Agilidade Modificado

32

3.6 Anlise Estatstica

33

CAPITULO 4: RESULTADOS E DISCUSSO


4.1 Anlise Geral dos Resultados
4.2 Anlise dos Resultados nas Classes Plio, Amputados e Lesados
Medulares

34
36
38

CAPITULO 5: CONSIDERAES FINAIS

42

REFERNCIAS

44

ANEXOS

47

14

1 Introduo
Desporto

adaptado

designa

desporto

tradicional,

conhecido

popularmente, que foi adaptado em sua estrutura, nas suas regras, nas suas
habilidades especficas, e em vrios fatores que possibilitam o acesso do deficiente
fsico a prtica dessa atividade.
Segundo alguns autores (DIEHL, 2006; WINNICK, 2004; ARAJO,
1997), o desporto adaptado foi criado para reintegrar os soldados mutilados das
grandes guerras mundiais e tinha carter principal de reabilitao, preveno e
promoo de sade. A partir da dcada de 70 que o objetivo do desporto adaptado foi
alterado. Atravs de estudos como os de Shephard, 1990; Climstein et al., 1993.;
Booth, 1994 (apud Calegari et al. 2005) que comprovavam os benefcios que o desporto
adaptado proporcionava para melhora da aptido fsica e mental do deficiente.
Em linhas gerais, A prtica desportiva por parte das pessoas com
deficincia, muito til no processo de incluso social, pois permite ao sujeito
reabilitarem-se nos domnios motor, cognitivo, afetivo-social e psicolgico1.
No Brasil, crescente o interesse do poder pblico e de diferentes
instituies privadas e organizaes no governamentais em apoiar o desporto
adaptado e os atletas especiais. Isso evidente pela criao de diversas associaes,
federaes e confederaes alm do apoio financeiro promovido pelas instituies
privadas e rgos governamentais, que resulta na melhora dos resultados do Brasil nas
competies internacionais.
A continuidade na melhora dos resultados da delegao brasileira nas
competies paradesportivas no cenrio mundial requer pesquisas cientficas acerca do
treinamento das modalidades que caminham cada vez mais para o alto nvel.
Esse estudo converge para o desporto adaptado para a cadeira de
rodas, mais especificamente o handebol em cadeira de rodas.
O handebol em cadeira de rodas (HCR), que foi uma iniciativa do
Projeto AMA Atividade Motora Adaptada, um projeto de extenso realizado na
Universidade Paranaense (UNIPAR) no campus de Toledo/PR, idealizado por Calegari,

Informao retirada do site Handebol em Cadeira de Rodas

15

Gorla e Carminato, uma adaptao do handebol tradicional de quadra e praticado


por deficientes fsicos que possuem comprometimento motor dos membros inferiores,
seja por amputao, leso medular, seqelas de poliomielite, espinha bfida, etc.
O HCR conta com adaptaes marcantes em sua regra e no seu
espao de jogo. Porm, as habilidades fsicas que permeiam essa modalidade so
muito semelhantes s do handebol tradicional.
Uma das habilidades fsicas que comum ao handebol tradicional e ao
adaptado e norteia esse estudo a agilidade, que exerce elevada importncia na
modalidade esportiva, j que possibilita mudanas de direo sem perda de velocidade,
ritmo e equilbrio. (WINNICK, 2004, p. 79)
Nesse estudo, a agilidade tratada como uma valncia fsica
indispensvel para o alto rendimento no desporto coletivo adaptado e, como tal, deve
ser identificada, analisada e aperfeioada, atravs de testes que meam o nvel de
agilidade do indivduo em situaes prximas as de jogo e posteriormente melhorada
com exerccios especficos.
Para tal, utilizaremos um teste validado cientificamente para medir a
varivel agilidade e de outro, no validado, que ser correlacionado com o primeiro
para verificar sua potencialidade de tambm medir a varivel de interesse no estudo.
Para alcanar o objetivo proposto a seguir, o estudo utilizou a
estatstica descritiva para anlise dos resultados, bem como dos procedimentos de
correlao de spearman para alcanar o objetivo do estudo.

1.1 Objetivo
O objetivo desse estudo foi o de correlacionar dois testes de agilidade,
que so eles: teste Agilidade Modificado adaptado por Belasco Junior e Silva (1998)
apud GORGATTI, BHME (2003) desenvolvido originalmente por Barrow (1978) e
validado cientificamente por Gorgatti & Bhme (2003), com o teste Shuttle Run de
velocidade desenvolvido por Adam et al. (1988) e adaptado por Gorla & Arajo (2007).

16

2 Reviso de Literatura
De acordo com a Rehabilitation Act de 1973 em sua Seo 504,
considera um portador de deficincia toda pessoa com algum tipo de comprometimento,
seja ele fsico ou mental que impossibilite substancialmente o indivduo de realizar uma
ou mais das principais atividades da vida. (WINNICK, 2004)
Para Diehl,
deficincia pode ser de origem articular, ssea, muscular ou neurolgica,
afetando diferentes reas motoras. As conseqncias podem ser mnimas ou
causar seqelas graves, impossibilitando a prtica de atividade fsica
voluntria. (2006, p. 35)

Essa deficincia tem diversas vertentes, como deficincia auditiva,


deficincia visual, deficincia mental, deficincia fsica, entre outras. Dentre todas essas
possveis, a deficincia fsica o objeto desse estudo.
Deficincia fsica diz respeito ao comprometimento do aparelho
locomotor causado por uma doena ou leses que atinge o sistema nervoso, o sistema
muscular e o sistema steo-articular isoladamente ou em conjunto. As conseqncias
dessa deficincia so variadas em seus nveis e graus dependendo do tipo de leso. 2
Segundo o Departamento de Educao Especial do Estado do Paran,
deficincia fsica refere-se ao comprometimento do funcionamento normal do aparelho
locomotor, evidenciando no s alteraes anatmicas, mas tambm fisiolgicas no
indivduo, comprometendo assim a movimentao e deambulao do mesmo.
De acordo com Diehl (2006), pessoas com deficincia fsica so
aquelas com comprometimentos que impedem elas de realizarem padres motores
esperados.
Uma forma de reabilitao, e posteriormente pensada como forma de
incluso social para os deficientes, o desporto adaptado. Esporte adaptado designa
o esporte modificado ou criado para suprir as necessidades especiais dos portadores
de deficincia. (WINNICK, 2004, p. 6).
O desporto adaptado um termo relativamente novo no que diz
respeito ao conhecimento popular, mas antigo em sua prtica. Com dados de seu incio
2

Informao retirada do site do Entre Amigos Rede de Informaes sobre Deficincia

17
3

desde o fim sculo XIX com registro do desporto para pessoas surdas, esse campo
esportivo vem crescendo exponencialmente com a ajuda de organizaes fundadas
com esse objetivo.
A existncia de inmeros mutilados, vtimas das Guerras Mundiais
gerou uma preocupao constante no sentido de reintegr-los sociedade, levando
formao de grupos de atividades fsicas no intuito de reabilit-los (DIEHL, 2006, p.
56). As primeiras modalidades para lesionados medulares e amputados tm registro na
Inglaterra em Stoke Mandeville, enquanto nos Estados Unidos da Amrica a Paralyzed
Veterans of America (PVA) criou uma das primeiras equipes de basquetebol em cadeira
de rodas e as primeiras competies de atletismo e natao para deficientes.
O precursor do movimento do desporto adaptado foi Dr. Guttman, que,
como cita Diehl (2006) via no desporto uma maneira de (re)integrao dessas pessoas
sociedade, atravs de sua reabilitao fsica e mental.
Primeiramente, as atividades para os deficientes eram exclusivamente
orientadas por mdicos. At 1900, o programa de educao fsica, como declara
Sherrill (1993 apud WINNICK, 2004), tinha natureza preventiva, corretiva ou
desenvolvimentista com objetivo de evitar doena e promover a sade. Sherril tambm
cita que a partir do incio do sculo XX, a educao fsica passou de uma orientao
mdica para educao fsica voltada ao desporto, enquanto a educao fsica adaptada
continuava a ser orientada por mdicos at 1950.
Foi nos EUA, a partir da criao da atual Aliana Americana de Sade,
Educao Fsica, Recreao e Dana (AAHPERD), que a educao fsica adaptada
ganhou outros rumos. A partir dos esforos do Dr. Julian Stein na direo do Unit on
Programs for the Handicapped, que a educao fsica adaptada foi grandemente
influenciada e criou um programa de recreao e aptido fsica para os deficientes.
Essa melhora na aptido fsica e mental foi comprovada a partir de estudos da dcada
de 70, os quais demonstram os efeitos benficos da atividade fsica nas diversas
doenas e as respostas fisiolgicas aos exerccios nessa populao. (SHEPARD,
1990; CLIMSTEIN et al., 1993; PITETTI, 1993; BAR-OR, 1994; BOOTH, 1994; apud
CALEGARI et al., 2005).
No Brasil, as organizaes que impulsionaram e continuam a
impulsionar o desporto adaptado so muitas, as que figuram como principais no cenrio
3

Informao retirada do site do Comit Paraolimpico Brasileiro

18

nacional so: ABDC (Associao Brasileira de Desportos para Cegos), ANDE


(Associao Nacional de Desporto para Excepcionais), a ABRADECAR (Associao
Brasileira de Desportos em Cadeiras de Rodas), a ABDA (Associao Brasileira de
Desportos para Amputados), a ABDEM (Associao Brasileira de Desportos para
Deficientes Mentais), e a CBDS (Confederao Brasileira de Desporto para Surdos).
Todas essas com exceo da ultima esto vinculada ao Comit Paraolmpico Brasileiro.
Todo esse esforo tem se refletido nas competies e no desempenho
dos atletas deficientes do Brasil como mostrado no quadro 1. A crescente melhora nos
resultados dos jogos Parapanamericanos em 2007, por exemplo, evidncia que o
desporto adaptado j deixou de lado a simples terapia e parte cada vez mais para o alto
rendimento. Isso evidenciado pela busca constante do melhor mtodo de treino para
esse grupo de pessoas e pelos resultados, cada vez mais impressionantes, muitas
vezes iguais ou prximos aos ditos atletas normais. (GORGATTI, BHME, 2003).
QUADRO 1 - Desempenho do Brasil nas Paraolimpadas
Ano
1972
1976
1980
1984
1988
1992
1996
2000
2004

Cidade
Heidelberg
Toronto
Arnhen
Nova Iorque
Stoke Mandeville
Seul
Barcelona
Atlanta
Sidney
Atenas

Pas
Almanha
Canad
Holanda
EUA
Inglaterra
Coria do Sul
Espanha
EUA
Austrlia
Grcia

Ouro
0
0
0
1
6
4
3
2
6
14

Prata
0
2
0
3
14
10
0
6
10
12

Bronze
0
0
0
2
2
13
4
13
6
7

Total
0
2
0
28
27
7
21
22
33

Fonte: Associao Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas. http://www.abradecar.org.br/ Acessado em 20/10/2007.

Muitos

desportos

adaptados

so

conhecidos

pelo

pblico,

principalmente devido divulgao nas diversas competies como: campeonatos


mundiais de cegos, as competies para cadeirantes, o parapanamericano, as
paraolimpadas. Alguns exemplos de desportos adaptados so: basquetebol em cadeira
de rodas, handebol em cadeira de rodas, hquei de quadra, futebol americano, futebol
pra cegos, softbol em cadeira de rodas, voleibol sentado, goalbol, rgbi em cadeira de
rodas. Todos esses desportos contam com habilidades tcnicas e tticas iguais ou
muito semelhantes s exigidas aos mesmos desportos convencionais.

19

2.1 Leses no Desporto Adaptado


Existem diversos tipos de desportos adaptados, nos quais se encaixam
os mais diferentes lesados. Dentre essa variedade, se encaixam como exemplos
marcantes nos dias atuais os desportos para cegos, para os deficientes fsicos, para os
deficientes mentais e desporto para surdos.
Como o presente estudo trata de desporto em cadeira de rodas, sero
elucidadas a seguir as principais leses que levam um indivduo a condio de
cadeirante e, posteriormente, a prtica de um desporto em cadeira de rodas.

2.1.1 Amputao
De acordo com Winnick (2004, p. 230), o termo amputao designa a
perda de um membro inteiro ou de um segmento especfico do membro. Segundo esse
mesmo autor, as amputaes podem ser classificadas como congnitas ou adquiridas.
A amputao a leso que no leva necessariamente o indivduo a
cadeira de rodas. O uso de prteses freqente no dia-a-dia dos amputados facilitando
o cotidiano deles e dispensando a utilizao da cadeira de rodas.
No desporto, isso tambm ocorre. Existem inmeras modalidades e
provas que possibilitam, ao amputado, a no utilizao da cadeira de rodas atravs do
uso de prteses ou pela diviso da prova em categorias de acordo com a amputao. A
natao adaptada realiza provas com indivduos amputados de braos e/ou pernas. O
atletismo possibilita, atravs do uso de prteses, a participao de amputados em
provas de corridas, lanamentos e saltos.
Porm, existem indivduos que adeqam sua vida esportiva a prtica
de um desporto em cadeira de rodas. O grande nmero de modalidades em cadeira de
rodas da oportunidade ao deficiente das mais diversas prticas esportivas como
esgrima, bocha, atletismo, tnis, tnis de mesa, tiro, basquetebol, handebol, rgbi, entre
outros.
Para tal prtica, os amputados ficam sujeitos necessidade de
aprendizagem das diferentes tcnicas e tticas da modalidade, bem como de suas
valncias fsicas.

20

2.1.2 Poliomielite
A poliomielite uma forma de paralisia causada por infeco viral que
afeta as clulas motoras da medula espinhal (WINNICK, 2004, p. 261). O grau da
paralisia depende do nmero de clulas atacadas pelo vrus e varia de uma pessoa
para outra, alm da paralisia ser temporria quando as clulas no so totalmente
destrudas.
Os desportos no alto nvel para vtimas de poliomielites so poucos, j
que so afetadas as clulas motoras que so responsveis pela ao muscular do
indivduo. Os desportos adaptados visam melhorar o controle motor e treinar os
membros que no foram lesados pela doena. O uso da cadeira de rodas uma sada
para os paralisados dos membros inferiores, porm sua adaptao no to fcil
quanto aos que usam a cadeira no dia-a-dia, tendo em vista que as vtimas da plio
usam na maioria dos casos, muletas ou andador.
O desporto adaptado pode ser uma via para a melhora nos padres
motores e, conseqentemente, na qualidade de vida do indivduo vtima de poliomielite.
A pessoa vtima da poliomielite que se submete ao desporto de alto
nvel em cadeira de rodas est, assim como o amputado, sujeito aprendizagem e ao
treinamento das tcnicas, tticas e habilidade fsicas que norteiam a modalidade.

2.1.3 Leso Medular


A leso medular seno for a maior, uma das maiores causas que
levam uma pessoa ao uso da cadeira de rodas. Dentre as deficincias presentes no
estudo, a poliomielite no leva necessariamente a cadeira de rodas bem como a
amputao que pode ser revertida pelo uso de prteses. J a leso medular
impossibilita a realizao de padres motores, na maioria das vezes, dos membros
inferiores.
Piai (2007, p. 12) explica as causas e as conseqncias da leso
medular:
A leso medular ocorre de forma traumtica quando resultante de eventos
traumticos como acidentes de trnsito, por armas de fogo, ou ainda mergulhos
e quedas, ou de forma no traumtica, quando ocasionada por eventos no
traumticos, como hemorragias, infeces e tumores. Em ambos os casos h
uma interrupo, total ou parcial, da condutividade dos impulsos nervosos
atravs do canal medular, em virtude da leso na medula espinhal.

21

O desporto adaptado contribui para a reintegrao do cadeirante


sociedade, melhorando a auto-estima e a qualidade de vida.
O desporto de alto nvel para os lesados medulares uma faceta no
cotidiano em ascenso. O uso ou no de cadeira de rodas tambm uma verdade visto
os desportos que a utilizam (basquetebol, handebol, rgbi, por exemplo) e outros que
no a utilizam (voleibol sentado, provas do atletismo como lanamentos, por exemplo).
O lesado medular que se submete ao desporto de alto nvel, seja na
cadeira de rodas ou no, est, assim como os outros deficientes j listados, sujeito ao
aprendizado e ao treinamento da tcnica, ttica e das diferentes habilidades fsicas que
permeiam a modalidade.

2.2 O Handebol Adaptado (HCR)


O grande impasse encontrado nas modalidades criadas para pessoas
com deficincias de qualquer tipo a estrutura do jogo. A adaptao principal a ser feita
se d nesse mbito devido s limitaes criadas pela estrutura do jogo e suas regras.
Como cita Itani, 2004, p. 2:
Essa prtica sistematizada de uma atividade esportiva no contempla as
pessoas deficientes que sofreram leses medulares ou perderam um ou mais
membros do corpo durante as guerras, pois a estrutura de jogo limitante
devido s regras existentes. Portanto, aps as duas Grandes Guerras Mundiais
houve a necessidade de criar mecanismos de integrao dos soldados
lesionados, provocando uma reavaliao dos conceitos e das vises sobre a
deficincia e reabilitao pela sociedade de modo geral. Visualizou-se no
desporto um auxiliar importante nos processos de reabilitao e integrao das
pessoas lesionadas nessas guerras. Foi a partir deste momento que o
desporto adaptado para pessoas com deficincia comeou a ganhar fora [...]

O Handebol adaptado uma modalidade recente e conta com um


sistema de jogo no qual os atletas so deficientes fsicos e se locomovem a partir de
uma cadeira de rodas esportiva. O uso da cadeira de rodas necessrio devido
limitao dos atletas que contam com algum tipo de deficincia fsica que lhe causaram
paraplegia de membros, normalmente inferiores, por leses medulares, amputaes de
membros, problemas de deambulao, malformaes congnitas ou doenas
adquiridas. (WINNICK, 2004; DIEHL, 2006)

22

O handebol em cadeiras de rodas vem sendo divulgado e pesquisado


por um restrito grupo da rea de Atividade Fsica Adaptada. Gorla, Calegari e
Carminato so os precursores do desporto e da sua pesquisa no Brasil.
O handebol tradicional de quadra jogado por sete jogadores sendo
um goleiro e outros seis jogadores de linha, que jogam em uma quadra de no mximo
40mx20m e no mnimo 36mx18m de comprimento x largura. Igualmente, como cita
Calegari et al. (2005), o Hand-Ball Seven jogado por seis jogadores de linha que se
locomovem utilizando cadeira de rodas e um goleiro que tambm deficiente fsico e
utiliza cadeira de rodas. As dimenses da quadra so as mesmas do handebol
tradicional e suas marcaes tambm, com exceo da baliza dos goleiros que
diminuda em 40 centmetros e passando a dois metros de altura por dois de largura,
facilitando a ao defensiva do goleiro.
De uma forma similar adaptao anterior, o Hand-ball Four se baseia
no handebol de areia. O Hand-ball four jogado no espao da quadra de basquete e a
rea do goleiro delimitada por um prolongamento da linha do lance livre at a linha
lateral. O tempo igual ao handebol de areia, divididos em dois sets de quinze minutos.
Todas as adaptaes feitas, no que diz respeito a espao de jogo,
balizas, adaptaes nas regras, na cadeira de rodas, foram feitas e continuam a serem
estudadas e aperfeioadas para garantir o acesso do deficiente ao desporto coletivo
sem nenhuma ou com o mnimo de barreiras.
Um importante estudo no meio das adaptaes, o coordenado por
Calegari e Gorla para o aperfeioamento da cadeira de rodas e das regras que
envolvem o HCR. Assim como nos diferentes desportos coletivos ou individuais, os
diferentes nveis de leso possibilitam diferentes nveis de habilidades motoras que
resultam em diferentes nveis de classificao. Calegari e Gorla estudam uma
classificao funcional para adaptar a cadeira e as regras do HCR para os diferentes
nveis de lesados, pois, como cita Winnick (2004, p. 45) a classificao funcional leva:
[...] em considerao a capacidade funcional dos atletas, o grau de funo muscular
(como funo do brao, da mo e do tronco e estabilidade do tronco e da pelve) e o
desempenho real nas competies.
Apesar das necessidades de adaptaes a regras, e na estrutura do
jogo principalmente, as habilidades fsicas que norteiam a prtica do handebol de
cadeira de rodas so similares as do handebol tradicional. Com exceo do movimento

23

de caminhar, correr e saltar, as habilidades de passe, arremesso e drible so as


mesmas do handebol tradicional. O correr e o caminhar so substitudos pelos intensos
movimentos de acelerar e frear a cadeira, mudar de direo e ao mesmo tempo ter a
habilidade de, com as mos, manipular a bola de jogo.
Dentre as valncias fsicas nos desportos coletivos, tanto nos
tradicionais quanto nos adaptados cadeira de rodas, a habilidade de acelerar, frear e
mudar rapidamente de direo esta intimamente ligada agilidade, que uma varivel
muito importante quando se diz respeito ao treinamento de alto nvel e, no desporto
adaptado, pouco estudada. Como cita Winnick (2004), a agilidade exerce elevada
importncia na modalidade esportiva, j que possibilita mudanas de direo sem perda
de velocidade, ritmo e equilbrio.

2.3 A Agilidade no Desporto


Como cita Vecino, 2001, p. 1
Na preparao fsica dos desportos de equipe normalmente so desenvolvidas
as capacidades fsicas, mas sem dvida, to importantes ou mais para o
rendimento esportivo so as capacidades coordenativas e, em muitos casos,
no so tratadas com a amplitude e profundidade que sua importncia no jogo
exige.

Refletindo sobre a citao de Vecino, as valncias fsicas coordenativas


so muito importantes para a excelncia esportiva. Dentre as capacidades
coordenativas, se encaixam: agilidade, ritmo, equilibro esttico e dinmico, entre outras.
No desporto de alto nvel, esse grupo de capacidades fsicas ainda
mais evidenciado visto o meio em que ela se encontra. Dentre o grupo das capacidades
coordenativas, a que norteia esse estudo a agilidade, que nos desportos coletivos de
alto nvel muito requisitado visto o espao de jogo e a dinmica de jogo.
Segundo a AAHPERD (1976 apud CALEGARI et al. 2005) A agilidade
uma varivel neuro-motora caracterizada pela capacidade de realizar trocas rpidas
de direo, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo o corpo ou
parte dele.
Para Tubino (2003), a agilidade na maioria dos desportos deve ser
trabalhada durante todo o perodo de preparao fsica geral durante o perodo

24

preparatrio visto a importncia dessa capacidade nos mais diversos desportos, e sem
dvida no desporto coletivo.
Barbanti (1996) define agilidade como a valncia fsica que permite ao
sujeito executar movimentos rpidos e coordenados enquanto executa mudanas
bruscas de direo, e a conceitua como importante em desportos coletivos como
futebol, basquetebol e handebol e tambm nos desportos individuais como tnis e boxe.
Outra definio da agilidade a define como a capacidade de realizar
movimentos de curta durao e alta intensidade com mudanas de direo ou
alteraes na altura do centro de gravidade do corpo, com acelerao e desacelerao
(GOBBI et al., 2005, p. 130)
Definido a agilidade como movimentos rpidos, velozes e com
mudanas de direo bruscas, podemos afirmar que a agilidade sofre influncia direta
da velocidade e da fora rpida e como cita Tubino (2003, p. 191), Por isso mesmo, a
agilidade tambm denominada de velocidade de mudana de direo.
Assim como nos desportos tradicionais, nos adaptados cadeira de
rodas, a agilidade alm de ter as mesmas caractersticas, sofre uma influncia muito
grande do equilibro dinmico, pois o indivduo deve alm de realizar movimentos
velozes e com mudanas direes, se equilibrar para no perder o controle da cadeira.
A maior diferena entre a agilidade no desporto tradicional e no
desporto de cadeira de rodas so os membros que executam os movimentos geis.
Enquanto nos tradicionais, os indivduos utilizam os membros inferiores para realizar os
movimentos de acelerao e mudana de direo, os membros superiores executam
movimentos auxiliares com o implemento do jogo e ajudam no equilbrio dinmico do
corpo ajustando o centro de massa.
No desporto de cadeira de rodas o indivduo deve ter a capacidade de
realizar os movimentos geis com os membros superiores girando a roda da cadeira,
freando para mudar de direo rapidamente, enquanto que, com os mesmos membros,
realiza aes de jogo com a bola ou o implemento particular do desporto e com o
tronco, realiza ajustes posturais para manter o equilbrio.
Tendo em vista o conjunto de fatores apresentados, notria a
importncia da agilidade no desporto coletivo de cadeira de rodas, e no caso do
presente estudo, no Handebol em Cadeira de Rodas.

25

3 Metodologia
O presente estudo caracteriza-se como sendo de carter descritivo de
correlao, que como cita Thomas e Nelson (2002, p. 280), determinam e analisam as
relaes entre as variveis, bem como geram predies.

3.1 Amostra do estudo


Participaram deste estudo 21 sujeitos do sexo masculino, praticantes de
handebol em cadeira de rodas. Estes sujeitos apresentavam deficincias fsicas
relacionadas leso medular, poliomielite e amputaes.
A amostra do presente estudo foi qualificada como:

Nove sujeitos com deficincia fsica causada por Poliomielite


com diferentes graus de seqelas devido a essa doena que no
foi mensurado em nosso estudo;

Seis sujeitos amputados, sendo: trs amputados do membro


inferior esquerdo, um amputado do membro inferior direito, um
amputado do membro superior esquerdo e um amputado do
membro superior direito. Vale ressaltas que a amputao do
membro inferior no causa tanta interferncia na manipulao da
cadeira quanto para os amputados do membro superior;

Quatro sujeitos lesionados medulares, sendo: dois lesionados na


altura da 10 vrtebra torcica sem muita seqela no controle
motor e estabilidade do tronco, um lesionado na altura da 3
vrtebra torcica e um lesionado na altura da 1 vrtebra
torcica. Os dois lesados em nvel torcico alto possuem uma
dificuldade maior na estabilidade do tronco devido falta de
inervao dos msculos paravertebrais;

Dois

sujeitos

mielomeningocele.

com

deficincia

fsica

causada

por

26

Os atletas avaliados participam do grupo de Handebol de cadeira de


rodas da Universidade Paranaense (UNIPAR) no campus de Toledo-PR.

3.2 Procedimentos
Aps explanao pelos coordenadores do teste de como o mesmo
deveria ser realizado, os atletas foram submetidos a um alongamento prvio e a
subseqente avaliao.
Os testes realizados pelos 21 atletas so duas formas existentes de
testar agilidade em pessoas ditas normais, mas foram adaptados para a realizao em
cadeira de rodas.

O primeiro teste que nos servir de modelo por ser validado


cientificamente para medio de agilidade o teste de Ziguezague Adaptado, intitulado Agilidade Modificada, adaptado por
Belasco Jnior e Silva (1998) apud Gorgatti, Bhme (2003)
originalmente idealizado por Barrow (1978) e conhecido como
Texas Fitness Test. (GORGATTI, BHME, 2003).

O segundo teste que ser correlacionado com o primeiro com o


objetivo de verificar sua possvel medio da varivel agilidade
dos sujeitos o teste Shuttle Run de velocidade (ADAM et al.,
1988) tambm conhecido como corrida de vai e vem e foi
adaptado por Gorla & Arajo (2007), para a realizao do mesmo
por praticantes de desportos coletivos em cadeira de rodas.

3.3 Material
O material utilizado para a realizao do teste Shuttle Run Adaptado foi:
fita adesiva, cronmetros, blocos de madeira (5cm x 5cm x 10cm), dois cones com

27

altura de 50 cm, uma caixa (banqueta) com dimenses de 40cm x 20cm x 50cm,
espao livre de 15 metros e folhas de protocolo.
Para o teste Agilidade Modificado, o material utilizado foi: rea para a
realizao do teste, cronmetros, cinco cones para delimitar o percurso do teste e
folhas de protocolo.

3.4 Realizao do teste Shuttle Run Adaptado


Antes do incio do teste, os avaliados realizaram uma tentativa em
velocidade lenta atravs do percurso do teste para minimizar o erro durante as duas
tentativas vlidas.
O objetivo deste teste a avaliao da agilidade. Utilizam-se duas
linhas paralelas traadas no solo, distantes 9,14 metros entre si, medidas a partir de
suas bordas externas. Dois blocos de madeira, com dimenses de 5cm x 5cm x 10cm
foram colocados a 10 cm da linha externa em cima de cones com alturas de 50 cm e
separados entre si por um espao de 30 cm, em posio simtrica com relao
margem externa. A realizao do teste requer espao livre de obstculos.
O avaliado coloc-se com sua cadeira de rodas o mais prximo
possvel da linha de sada. Com voz de comando: Ateno. J! O avaliador inicia o
teste acionando concomitantemente o cronmetro. O avaliado em ao simultnea
corre em velocidade mxima at os blocos, pega um deles e retorna ao ponto de
partida, depositando o bloco atrs da linha de partida em cima da banqueta com altura
de 50 cm. Em seguida, sem interromper a corrida, vai em busca do segundo bloco,
procedendo da mesma forma. O cronmetro parado quando o avaliado coloca o
ultimo bloco na banqueta e ultrapassa com pelo menos uma das rodas a linha final.
O Bloco no deve ser jogado, mas colocado sobre a banqueta. Sempre
que ocorrerem erros na execuo, o teste poder ser repetido, obedecendo aos
intervalos necessrios.
Cada avaliado tem direito a duas tentativas com um intervalo de no
mnimo dois minutos. O resultado ser o tempo de percurso na melhor das tentativas
em segundos.
A figura 1 indica o percurso do teste.

28

Figura 1: Esquema de realizao do teste Shuttle Run Adaptado (GORLA e ARAUJO, 2007)

3.5 Realizao do Teste Agilidade Modificado


Antes do incio do teste, os avaliados realizaram uma tentativa em
velocidade lenta atravs do percurso do teste para minimizar o erro durante as duas
tentativas vlidas.
Ao sinal sonoro: Ateno. J! O avaliado iniciou o teste de trs da linha
de partida e impulsionava a cadeira de rodas atravs do percurso o mais rpido
possvel. Caso o atleta derrubasse algum cone ou errasse o percurso original, uma
tentativa poderia ser repetida.
O descanso entre cada tentativa foi de cinco minutos entre cada uma
para minimizar ao mximo os efeitos da fadiga.
Os avaliados tiveram duas tentativas vlidas e o resultado anotado o
melhor tempo em segundos das duas tentativas.
A figura 2 indica o percurso do teste.

29

Figura 2. Percurso do teste de Agilidade Modificado (BELASCO JUNIOR e SILVA)

3.6 Anlise Estatstica


Para a anlise estatstica dos resultados, foi utilizada a anlise
descritiva bem como a correlao de Spearman, atravs dos softwares de estatstica:
SPSS (Statistical Package for Social Sciences) verso 13.0 e BioEstat verso 4.0.

30

4 Resultados e Discusso
Os resultados deste estudo esto apresentados na Tabela 1 e esto
separados por classes, apresentando a origem da deficincia, a idade do indivduo, o
tempo obtido no teste de Shuttle Run Adaptado e no teste Agilidade Modificado.
TABELA 1 - Resultado dos Participantes nos Testes de Agilidade
Sujeito
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI

Deficincia
POLIO
POLIO
POLIO
POLIO
POLIO
POLIO
POLIO
POLIO
POLIO
LM T10
LM T10
LM T3
LM T1
AMP MMII E
AMP MMII E
AMP MMII E
AMP MMIII D
AMP MMSSE
AMP MMSS D
HIDRO E MIELO
MIELO

Idade
29
33
43
31
22
32
36
49
28
15
26
24
39
37
17
35
26
33
24
19
43

Shutlle Run*
16,150
27,500
24,47
16,590
15,870
13,840
15,590
16,83
17,5
16,470
13,940
17,46
20,530
16,410
17,660
20,780
15,84
18,690
24,28
21,150
21,750

Agilidade Mod.**
16,190
29,000
30,22
14,400
16,100
13,970
16,810
18,63
16
18,100
15,170
17,74
20,160
16,750
18,160
20,320
16,5
19,720
18,53
20,290
17,720

*Shuttle Run: tempo em segundos no teste Shuttle Run


**Agilidade Mod.: tempo em segundos no teste Agilidade Modificada

A seguir ser apresentada a anlise dos resultados obtidos levando em


considerao o nmero de indivduos (N), a idade dos mesmos, a mdia dos tempos
dos sujeitos no teste Shuttle Run Adaptado e no teste Agilidade Modificado bem como
seus respectivos erro padro (EP), o coeficiente de correlao de spearman (rho) e o
coeficiente de significncia (p).

31

A correlao como define Thomas e Nelson (2002, p.114) uma


tcnica estatstica utilizada para determinar o relacionamento entre duas ou mais
variveis. O coeficiente de correlao determina a confiabilidade ou a confiana em
uma estatstica, Isto , se o estudo fosse repetido, qual seria a probabilidade de se
obter uma relao similar? (THOMAS, NELSON, 2002, p.119).
O coeficiente de correlao de Spearman (rho) um mtodo noparamtrico e mais apropriado nos casos em que os dados no formam uma nuvem
comportada, com alguns pontos bem distantes dos demais, ou em que parece existir
uma relao crescente ou decrescente num formato de curva4.
Segundo Barrow e Mcgee (1989), possvel interpretar a Magnitude
dos coeficientes de correlao rho de Spearman e r de Pearson atravs de seu
resultado como mostra o Quadro 2.
QUADRO 2 - Magnitude dos Coeficientes rho de Spearman e r de Pearson
Coeficiente de Correlao

Fora de Relao

+0,90 ou maior

Muito Forte

+0,70 a 0,89

Forte

+0,50 a 0,69

Moderada

+0,30 a 0,49

Fraca

Menor do que +0,30

Pouca ou nenhuma correlao

Fonte: Barrow ; McGee, 2003, p.145.

Outra varivel que ser utilizada para representar percentualmente o


grau de correlao o coeficiente de determinao (rho) que o coeficiente de
correlao ao quadrado, utilizado na interpretao da significao das correlaes
(THOMAS, NELSON, 2002).

Informao Retirada do Site do Laboratrio de Estatstica e Geoinformao da UFPR

32

4.1 Anlise Geral dos Resultados


Tabela 2 - Resultados Obtidos pelos Sujeitos do Teste
N
21

Idade
30
+1,94

Shuttle Run*
18,53
+0,89

Agilidade Mod.**
18,59
+0,83

rho***
0,83

p
0,001

* Correlao significativa em nvel de p<0,01


*Shuttle Run: tempo em segundos no teste Shuttle Run
**Agilidade Mod.: tempo em segundos no teste Agilidade Modificada
***rho: coeficiente de correlao de spearman

A Tabela 2 identifica a anlise estatstica dos resultados obtidos em


todos os indivduos avaliados na pesquisa. Foram analisados 21 indivduos com idade
mdia de 30 anos (+1,94). Os sujeitos obtiveram uma mdia de 18,53 segundos (+0,89)
na realizao do teste Shuttle Run Adaptado, e uma mdia de 18,59 segundos (+0,83)
na realizao do teste Agilidade Modificado.
A correlao dos tempos obtidos nos dois testes atravs da correlao
de Spearman foi de 0,83. O rho 0,83 representa uma fora de correlao considerada
forte (TRITSCHLER, 2003) tendo um p < 0,001. Segundo Thomas e Nelson (2002, p.
116): Quando virtualmente no existe relao entre as variveis, a correlao 0,00.
Isso denota independncia entre os grupos de escores. Os escores apresentados no
exibem um padro discernvel.
A partir do coeficiente de correlao de spearman, pde-se obter o
coeficiente de determinao (rho) que foi de 68%, ou seja, se o teste fosse realizado
novamente, teria 68% de chance de repetir o resultado.
O Grfico 1 tambm demonstra a correlao de Spearman atravs da
nuvem de resultados discernveis acompanhando a linha de regresso, expressa pelo
eixo X sendo o resultado do teste Shuttle Run Adaptado e o eixo Y como sendo o
resultado do teste Agilidade Modificado.

33
40

35

Agilidade Modificado (s)

30

25

20

15

10
12

14

16

18

20

22

24

26

28

Shutte Run Adaptado (s)

Grfico 1 - Ilustrao grfica da Correlao de Spearman entre os 21 sujeitos.

Para uma anlise intra-classes, foram analisados os mesmos


parmetros estatsticos (mdia de tempo nos testes, rho, rho, EP, e p) entre os
indivduos de uma mesma classe de deficientes fsicos, separando-os pela origem da
deficincia.

4.2 Anlise dos Resultados nas Classes Plio,


Amputados e Lesados Medulares
TABELA 3 - Resultados obtidos separados pelas diferentes classes de deficientes
Classe

Idade

Poliomielite

Amputados

Lesados
Medulares

33,6
+2,70
28,6
+3,12
26
+4,94

Teste de
Shuttle Run
17,66
+1,54
18,33
+1,33
16,50
+1,44

Teste de
Agilidade Mod.
18,66
+2,10
17,83
+0,65
17,50
+1,04

rho

0,61

0,07

0,82*

0,04

0,80

0,19

* Correlao significativa em nvel de p<0,05

Nas pessoas vtimas da Poliomielite, o nmero de indivduos o maior,


ou seja, nove sujeitos com idade mdia de 33,6 anos (+2,70). O tempo obtido por cada
avaliado gerou uma mdia de 17,66 segundos (+1,54) no teste Shuttle Run Adaptado e
uma mdia de 18,66 segundos (+2,10) no teste de Agilidade Modificado.

34

O coeficiente de correlao foi um rho de 0,61 que demonstra um nvel


bom de correlao com um p de 0,07. O rho portanto de 37%.
Vale ressaltar que o tempo obtido para cada avaliado nas pessoas
vtimas da poliomielite foram os que mais apresentou variaes. O melhor tempo obtido
por um avaliado no teste de Shuttle Run e no Agilidade Modificado foi de 13,84 e 13,97
segundos, respectivamente. O avaliado que precisou de um tempo maior para a
realizao do teste Shuttle Run necessitou de 27,5 segundos para a realizao,
enquanto para o teste de Agilidade Modificado outro avaliado realizou o teste em 30,22
segundos.
Essa discrepncia nos tempos obtidos pode ser resultado das
diferentes seqelas causadas pela Poliomielite. Os avaliados que precisaram de um
maior tempo para realizao do teste podem ser indivduos mais comprometidos devido
deficincia. Outra explicao para a alta variao nos melhores e piores tempos no
grupo Poliomielite o uso da cadeira de rodas no teste, pois a poliomielite no requer
um uso dirio da cadeira de rodas que pode ser substitudo por muletas e andador no
dia a dia.
Da mesma forma, como a variao nos tempos signifcativamente alta,
o coeficiente de correlao de Spearman (rho) pode ter sido afetado por essa
discrepncia nos tempos. A diferena nos tempos obtidos geraram os maiores EP da
pesquisa, sendo no Shuttle Run de +1,54 e na Agilidade Modificado de +2,10, alm de
um rho de 0,61 que foi o menor coeficiente de correlao obtido nas anlises, seja geral
ou dentro de outras classes.
O Grfico 2 mostra a nuvem de resultados da classe Poliomielite
isoladamente.

35
40

35

Agilidade Modificado (s)

30

25

20

15

10
12

14

16

18

20

22

24

26

28

Shuttle Run Adaptado (s)

GRFICO 2 - Correlao de Spearman na Classe Poliomielite

Da mesma forma, foram separados os indivduos Amputados e foram


analisados entre eles os resultados obtidos nos testes.
O nmero de avaliados foram seis com mdia de idade de 28,6 anos
(+3,12). A mdia nos tempos obtidos pelos indivduos foi de 18,33 segundos (+1,33) no
teste Shuttle Run Adaptado, enquanto no teste de Agilidade Modificado a mdia foi de
17,83 segundos (+0,65).
Os tempos obtidos geraram um rho de 0,82 que representa um valor
forte de correlao. Em porcentagem, a correlao de 67% obtida pelo rho como
feito anteriormente. O p foi de 0,04.
Vale lembrar, como cita Winnick (2004, p. 241) que
De modo geral, o programa de educao fsica para pessoas com amputaes
pode seguir as mesmas diretrizes de um programa desenvolvido para noportadores de deficincia. Com exceo da falta de um ou mais membros, os
amputados so considerados pessoas sem deficincia[...].

Essa concluso uma das respostas para a maior similaridade entre o


resultado geral de correlao e significncia e o resultado na classe de amputados.
O grfico da correlao para a classe de amputados est representado
abaixo no Grfico 3.

36
21

20

Agilidade Modificado (s)

19

18

17

16
14

16

18

20

22

24

26

Shuttle Run Adaptado (s)


GRFICO 3 - Ilustrao grfica da Correlao de Spearman na Classe Amputados

Da mesma forma que as anlises anteriores, o grupo de quatro sujeitos


lesados medulares tambm foi analisado individualmente.
A Tabela 2 tambm mostra a mdia de idade de 26 anos (+4,94) e uma
mdia no teste Shuttle Run Adaptado de 16,50 segundos (+1,44) e no teste de
Agilidade Modificado de 17,50 segundos (+1,04).
Os tempos obtidos apresentaram o coeficiente de correlao de 0,80
com um p de 0,19. O rho classificado como forte e resulta em um coeficiente de
determinao de 64%. Da mesma forma que as classes anteriores, o Grfico 4
apresenta a correlao dos sujeitos lesados medulares.

37
21

20

Agilidade Modificado (s)

19

18

17

16

15
13

14

15

16

17

18

19

20

21

Shuttle Run Adaptado (s)


Grfico 4 - Ilustrao grfica da Correlao de Spearman na Classe Lesado
Medulares

38

5 Consideraes Finais
cada vez mais importante tanto no desporto tradicional quanto no
adaptado realizao de testes de controle para que haja um acompanhamento na
evoluo do atleta, um feedback do treinamento da equipe e uma subseqente
programao das prximas sesses de treino. Como cita Winnick (2004, p. 75):
medida que a educao fsica adaptada adentra o novo milnio, a tendncia a
tipos alternativos ou autnticos de avaliao ganha um novo impulso. As
abordagens autnticas so nitidamente mais promissoras em termos de
vinculao direta entre teste e aprendizagem. Quando feitas de modo
adequado, as abordagens autnticas informam constantemente os alunos
quanto sua evoluo (que em grande parte, monitorada por eles mesmos) e
quanto ao que precisaro trabalhar posteriormente.

Apesar de haverem testes que tenham como objetivo medir a agilidade,


poucos foram analisados quando os atletas so deficientes fsicos.
O presente estudo mostrou a possibilidade de um teste adaptado para
handebolistas em cadeira de rodas que prope medir a varivel agilidade. A
reprodutibilidade do teste Shuttle Run Adaptado (GORLA e ARAUJO, 2007) em
handebolistas de cadeira de rodas foi comprovada pela correlao dos resultados com
os resultados do mesmo grupo no teste de Agilidade Adaptada (BELASCO JUNIOR e
SILVA, 1998) validado cientificamente por Gorgatti e Bhme (2003). A no validade
cientfica do teste Shuttle Run Adaptado no anula a possibilidade do teste como
ferramenta para os tcnicos e preparados fsicos avaliarem seus atletas.
Apesar dos resultados expressivos dentro do grupo estudado, a
separao por classe de deficincia gerou resultados interessantes, como por exemplo,
a classe de vtimas da poliomielite que obteve a menor correlao dentre as classes
estudadas. O fator que pode ter influenciado nesse resultado, e j foi abordado
anteriormente, o no uso obrigatrio da cadeira de rodas pelos deficientes dessa
classe alm do diferentes graus de seqelas causada por essa doena no nvel motor e
sensitivo do indivduo.
Outro exemplo desses resultados o da classe lesados medulares.
Juntamente com a classe de poliomielite, no alcanaram o nvel de significncia

39

esperado (<0,05), ou seja, os resultados no foram significativos quando separados


nessas classes. Isso explicado, no caso da poliomielite, pelos fatores apresentados
anteriormente, e na classe lesado medulares, por um fator semelhante: o nvel da
leso medular. As diferentes alturas de leso (no estudo foram T-10, T-3 e T-1) geram
diferentes capacidades funcionais que resultam em diferentes aproveitamentos, por
exemplo, nos testes de agilidade.
Alm desse fator citado acima, so muitos outros que influenciam nos
resultados e no desempenho dos atletas. Vem-se necessrios outros estudos que
isolem, alm de cada tipo de leso que gera um certo grau de capacidade funcional,
cada fator influente nos resultados como nvel de leso em lesados medulares, grau de
seqela da poliomielite, membro amputado, entre outros.
Como cita Sale (1991 apud GORGATTI e BHME, 2003, p.43),
existem quatro razes para se testar a agilidade: determinar sua relevncia no
desempenho, desenvolver o perfil do atleta, monitorar o progresso do treinamento e
monitorar a reabilitao de leses..
No caso de desportos para cadeirantes, a adaptao do teste Shuttle
Run feito por Gorla e Arajo (2007) uma tima possibilidade visto o nmero
limitadssimo de testes de controle para esse grupo, e muito menor ainda os testes de
agilidade.
Por fim, so necessrios novos estudos que visem adaptao de
outros testes de controle, como de velocidade, fora, agilidade, resistncia, entre
outros, alm da criao de novos testes que levem em considerao o espao de jogo,
o sistema de jogo e a dinmica de jogo, aproximando cada vez mais os testes a
situaes reais de jogo.

40

Referncias
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Desporto, 2005.
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