Flexibilidade, Força e Equilíbrio: Impacto de Um Programa Com Slackline em Crianças de 9 e 10 Anos
Flexibilidade, Força e Equilíbrio: Impacto de Um Programa Com Slackline em Crianças de 9 e 10 Anos
Flexibilidade, Força e Equilíbrio: Impacto de Um Programa Com Slackline em Crianças de 9 e 10 Anos
Monografia
apresentada
Banca
Santa Rosa, RS
2013
AGRADECIMENTOS
RESUMO
cada vez maior, nos dias de hoje, a procura por prticas corporais diferenciadas por
parte das pessoas, que necessitam experimentar sensaes diferentes das produzidas
pelas prticas convencionais. O slackline, necessitando de um espao relativamente
pequeno para ser montado, com um material barato, resistente, durvel e fcil de
transportar e com seu carter transponvel ao universo da academia, da natureza e
tambm ao dos esportes radicais, torna-se uma prtica corporal cada vez mais procurada
por estes indivduos. Atravs de uma pesquisa experimental com abordagem
quantitativa, este estudo teve por objetivo investigar o impacto de um treinamento com
slackline na fora, flexibilidade e equilbrio de crianas de 9 e 10 anos. Para tanto,
foram feitos testes destas capacidades em 13 indivduos, de ambos os sexos que
compuseram a amostra, participando de 12 sesses de slackline durante as 4 semanas
que se seguiram. Os resultados mostraram um aumento de 23% e 8% no equilbrio
esttico do p direito e esquerdo, respectivamente, o equilbrio dinmico dos avaliados
melhorou em 40%, a flexibilidade em 4,5% e a fora de membros inferiores em 12,5%.
A capacidade de fora abdominal dos avaliados no melhorou aps as sesses. Mais
experimentos com estas e outras capacidades para este esporte devem ser conduzidos, a
fim de mostrar que ele realmente traz benefcios sade de quem o pratica.
ABSTRACT
Increasingly, these days, the demand for bodily practices differentiated by people who
need to experience different sensations of those produced by conventional practices.
The slackline, requiring a relatively small space to be fitted with an inexpensive, sturdy,
durable and easy to transport material and its transposable character to the world of
academia, and also by the nature of extreme sports, it is a bodily practice increasingly
demanded in these individuals. Through an experimental study with a quantitative
approach, this study aimed to investigate the impact of a slackline training on strength,
flexibility and balance of children aged 9 and 10 years. To do so, testing these skills
were made on 13 individuals of both sexes in the sample, participating in 12 sessions
slackline during the 4 weeks that followed. The results showed an increase of 23 % and
8 % in the static balance of the right and left foot , respectively , the dynamic balance of
the reviews improved in 40 % , 4.5 % in the flexibility and strength of the lower limbs
in 12.5 % . The ability of abdominal strength of the reviews did not improve after the
sessions. More experiments with these and other capabilities for this sport should be
conducted in order to show that it actually has health benefits for those who practice it.
LISTA DE GRFICOS
27
27
28
29
30
30
31
31
33
33
33
35
35
36
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Valores de referncia para avaliao da flexibilidade para o sexo
masculino
de
Conde
Monteiro
(2006).........................................................................................................................
45
45
45
46
46
46
LISTA DE FIGURAS
FIGURA
Planilha
de
mdias
apontamento
de
dados
(SESI,
2010).........................................................................................................................
47
SUMRIO
LISTA DE GRFICOS................................................................................................. 4
LISTA DE TABELAS................................................................................................... 6
LISTA DE FIGURAS................................................................................................... 7
INTRODUO............................................................................................................. 9
1
1.1
1.2
EQUILBRIO CORPORAL............................................................................ 11
TIPOS DE EQUILBRIO................................................................................... 11
BENEFCIOS DO EQUILBRIO CORPORAL................................................ 12
2
2.1
2.2
FLEXIBILIDADE MUSCULAR.................................................................... 13
TIPOS DE FLEXIBILIDADE............................................................................ 13
BENEFCIOS DA FLEXIBILIDADE MUSCULAR........................................ 14
3
3.1
3.2
3.3
3.4
FORA MUSCULAR...................................................................................... 15
CONCEITOS E TIPOS DE FORA MUSCULAR........................................... 15
BENEFCIOS DA FORA MUSCULAR......................................................... 16
FORA DE MEMBROS INFERIORES............................................................ 16
FORA ABDOMINAL...................................................................................... 17
4
4.1
4.2
SLACKLINE..................................................................................................... 18
A PRTICA DO SLACKLINE......................................................................... 18
SLACKLINE NA ESCOLA.............................................................................. 19
5
5.1
5.2
5.3
5.4
METODOLOGIA............................................................................................. 22
POPULAO.................................................................................................... 23
AMOSTRA......................................................................................................... 23
PROCEDIMENTO E LOCAL DE COLETA DE DADOS............................... 23
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS................................................... 25
CONCLUSO................................................................................................... 38
REFERNCIAS................................................................................................ 40
ANEXOS........................................................................................................................ 44
9
INTRODUO
cada vez maior, nos dias de hoje, a procura por prticas corporais
diferenciadas por parte das pessoas, que necessitam experimentar sensaes diferentes
das produzidas pelas prticas convencionais. Tais atividades tm surgido em diferentes
ambientes, desde a academia at o jardim de casa. O slackline, necessitando de um
espao relativamente pequeno para ser montado, com um material barato, resistente,
durvel, fcil de transportar e com seu carter transponvel ao universo da academia, da
natureza e tambm ao dos esportes radicais, torna-se uma prtica corporal cada vez mais
procurada por estes indivduos.
10
estudos apontam os benefcios dessas capacidades para a sade e o desenvolvimento
motor.
Andar sobre uma fita tensionada e presa entre duas rvores, a aproximadamente
cinquenta centmetros do solo, parece ser um timo exerccio para quem quer
desenvolver as capacidades de fora, flexibilidade e equilbrio.
11
1 EQUILBRIO CORPORAL
1.1
O equilbrio corporal est ligado ideia de postura estvel do corpo. Para que se
atinja um estado de equilbrio, o sistema responsvel por esta capacidade detecta a
posio de todos os segmentos do nosso corpo e a intensidade das foras exercidas
sobre ele (WINTER, 1995). Esse equilbrio atingido quando a soma destas foras que
agem sobre ele igual a zero e o seu peso est distribudo de forma igual em todas as
direes, a partir do nosso centro de gravidade.
12
flexibilidade. Por ltimo, ainda conforme o autor, existe um sistema que integra os
outros dois, o processador central, que regula a efetividade e o tempo da resposta.
Reis (2006) diz que um corpo encontra-se em equilbrio esttico quando est
parado e o seu centro de gravidade encontra-se mais prximo ao centro da base de apoio,
ou seja, se um indivduo estiver parado em um p s, por exemplo, o centro de
gravidade dever passar prximo ao centro do seu p que est apoiado. Caso isso no
acontea, para que este indivduo mantenha-se em equilbrio so necessrios ajustes
tnicos.
1.2
13
capacidades essencial para o desempenho, visto que, sem ele, no possvel que se
executem aes com uma tcnica adequada (WEINECK, 2003).
Palmisciano (1994, apud REIS, 2006) diz que todas as aes motoras necessitam
de equilbrio para serem executas com sucesso, especialmente as mais complexas, como
as provenientes do esporte, corroborando com outros autores (SILVEIRA, 2006;
WEINECK, 2003). Para que possamos manter nosso corpo em equilbrio e assim evitar
quedas, mantermo-nos em p, praticar atividades fsicas e realizarmos inmeras outras
atividades do nosso dia a dia, outras capacidades possuem uma relao de
interdependncia com o equilbrio, dentre elas podemos citar a fora e a coordenao
motora (REIS, 2006).
FLEXIBILIDADE MUSCULAR
2.1
14
articulaes a movimentarem-se dentro dos limites ideais de determinadas aes"
(TUBINO, 1984, p. 181).
2.2
15
postura e aperfeioamento de outras capacidades, como a fora, a velocidade e a
resistncia (WEINECK, 2003), so algumas de suas vantagens.
O reforo da atividade cardaca, segundo Riestra e Flix (2003), tambm pode ser
conseguido tendo-se uma boa flexibilidade. Isso devido melhoria na respirao, na
entrada e sada de ar dos pulmes o que, consequentemente, melhora a eficcia da
circulao sangunea. Para Nahas (2006), a flexibilidade pode prevenir problemas
posturais, risco de leses, participao limitada em jogos esportivos e recreativos e
dores lombares. Esta ltima, conforme o autor, um dos problemas de sade mais
comuns que temos, e deixa o indivduo acometido impossibilitado de realizar tarefas
comuns do dia a dia.
FORA MUSCULAR
3.1
CONCEITO E CLASSIFICAO DAS MANIFESTAES DE FORA
MUSCULAR
A fora muscular pode ser definida como a quantidade mxima de fora que
um msculo ou grupo muscular pode gerar em um padro especfico de movimento em
uma determinada velocidade de movimento (KNUTTGEN & KRAEMER, 1987, apud
FLECK & KRAEMER, 1999, p. 20).
Bompa (2002, p.107), em sua obra, que trata de jovens atletas, define fora
como sendo a capacidade de aplicar esforo contra uma resistncia, resistncia esta
que, nos esportes, pode ser produzida pela gua, pela gravidade, por um adversrio ou
em esportes coletivos. Em uma definio mais voltada sade e qualidade de vida,
Nahas (2006) diz que fora a capacidade pela qual podemos mover o corpo, empurrar,
puxar e levantar objetos, alm de suportar cargas e presses.
Existem trs tipos de fora muscular, que so divididas em fora mxima, fora
rpida e resistncia de fora (WEINECK, 2003). A fora muscular mxima , de acordo
com Bompa (2002), a maior fora conseguida por um indivduo atravs de uma
contrao mxima voluntria. A resistncia de fora depende da fora mxima, j que,
16
para que se atinja altas repeties, necessria esta segunda manifestao desta
qualidade (CARRAVETTA, 2001).
3.2
De acordo com Nahas (2006), a fora muscular uma das capacidades fsicas
que os seres humanos necessitam para a sade, somando-se flexibilidade, composio
corporal, resistncia muscular e capacidade cardiorrespiratria.
Entre os principais benefcios da fora, conforme este autor, podem ser citados:
profilaxia de leses, melhora na postura, diminuio dos problemas articulares,
diminuio do risco de quedas em idosos, preveno da osteoporose e ganho de
eficincia para realizar tarefas dirias.
Alm disso, Bompa (2002) diz que jovens atletas podem se beneficiar muito em
um treinamento de fora, atravs da preveno de leses, e tambm para vencer a
resistncia produzida em cada esporte, como a gua na natao ou a gravidade na
corrida e no salto.
3.3
mobilidade para o corpo. Na obra, o autor descreve diversos casos de fraqueza nos
membros inferiores, que acarretam problemas posturais graves, bem como dores nas
diversas articulaes, como joelhos, quadris e tornozelos, que podem tornar-se leses.
17
3.4
FORA ABDOMINAL
18
4
SLACKLINE
Carapeto (2012) afirma que o slackline uma prtica firmada na cultura corporal
de movimento mundial, no somente como prtica corporal de lazer, mas tambm como
esporte de rendimento e estilo de vida. Cresce a cada dia o nmero de praticantes deste
esporte, que exercitado principalmente em parques, praias e praas pblicas. No ano
de 2011, foi criada a World Slacklines Federation (WSFed), que tem sua sede em
Stuttgart, na Alemanha. O principal objetivo desta federao regulamentar os
campeonatos de slackline ao redor do mundo.
O esporte consiste basicamente em uma fita, fixada entre dois pontos (rvores,
postes), a aproximadamente 50 cm do cho, na qual se caminha em cima. A fita,
geralmente, tem entre 25 mm e 50 mm de largura por 10 m a 50 m de comprimento
(CSSARO, 2011).
19
Waterline a modalidade em que o praticante fixa a fita em dois pontos, em
lados opostos em relao gua, por exemplo, sobre um rio. Nesta modalidade, tambm
importante observar a periculosidade das guas, pedras, galhos, profundidade,
correnteza, entre outros obstculos, que podem tornar essa atividade muito perigosa. Por
outro lado, tomando todas as precaues, o waterline uma das vertentes mais
divertidas e prazerosas do slackline. O longline a vertente em que a fita tem mais de
15 m de comprimento, tornando a travessia mais difcil e instvel ao praticante. Essa
modalidade requer muita concentrao e resistncia fsica, j que alguns praticantes
chegam a percorrer mais de 200 metros sobre a fita.
Conforme Cssaro (2011) o slackline uma prtica que tem aparecido bastante
em escolas. Segundo o autor, esportes como o slackline apresentam uma diversidade
de informaes, principalmente conceituais, morais, corporais, tteis e cinestsicas que
proporcionam aos seus praticantes diferentes adaptaes motoras (CSSARO, 2011, p.
15).
20
Como em todos os esportes ensinados na escola, o slackline possui tcnicas e
fundamentos bsicos que ajudam o aprendiz a manter-se sobre a fita. Flexionar
levemente os joelhos, abduzir os ombros, olhar para frente e fixar um ponto, dar passos
curtos, colocar o calcanhar primeiro em contato com a fita, so algumas dicas que
melhoram consideravelmente a experincia de praticantes iniciantes (PEREIRA, 2012).
A prtica descala tambm ajuda o praticante a manter-se sobre a fita, visto que
aumenta a sensao do p com a fita (NEREA, 2012).
Mahaffey (2009), diz que a orientao ttil por parte do professor muito
importante na aprendizagem, pois auxilia o aluno a encontrar um ponto de equilbrio
enquanto ele interage com a fita, aumentando sua chance de sucesso (MAHAFFEY,
2009).
Cssaro (2011) diz que tanto praticantes novos, quanto os slackliners veteranos
so unnimes em relacionar prtica ao desenvolvimento da concentrao, equilbrio
dinmico e esttico, melhoria das tcnicas de respirao, da capacidade de abstrair dos
fatos do cotidiano e encontrar a paz de esprito. Tudo isso alcanado aps o incio do
desafio sobre a fita.
21
slackline possvel perceber que uma prtica que necessita de orientao para que se
consiga andar sobre a fita.
22
5 METODOLOGIA
Soltar as mos da rvore, subir na fita sem apoio e ajuda, pisar com o p inteiro
na fita, tentar caminhar sem ajuda, andar de lado e de costas, sentar, equilibrar-se em
um s p, fechar os olhos sobre a fita, entre outros comandos foram dados, aumentando
a experincia dos participantes sobre o slackline.
23
O estudo foi realizado atravs de uma pesquisa quase-experimental com
abordagem quantitativa, o que, para Campbell & Stanley (1963), constitui um estudo
com a falta de duas caractersticas da experimentao: o controle completo e a
aleatoriedade na seleo dos grupos.
5.1 POPULAO
O primeiro contato com a escola foi feito no dia 23 de setembro de 2013, atravs
de uma conversa com a equipe diretiva. Neste contato, foi explicado todo o processo do
estudo, como seriam as prticas e quando teriam que ser feitos os testes. Aps a
liberao por parte da escola, foram iniciados, no dia 30 de setembro, os testes com as
crianas.
24
5.3.1 Abdominal Sit Up:
25
O objetivo deste teste verificar a fora explosiva de membros inferiores das crianas
testadas. Coloca-se uma marca no solo, onde o testado dever posicionar-se atrs, com
os ps rentes marca. Cada indivduo testado dar trs saltos, realizando o pouso com
as pernas tocando o solo de uma s vez. O ponto mais prximo da marca inicial em que
o avaliado tocar de onde partir a medio.
Foi medida a altura das crianas atravs de um estadimetro e passado para uma
planilha. O peso foi aferido atravs de uma balana digital porttil e tambm passado
para uma planilha.
26
5.1 Equilbrio
Reis (2006) diz que exerccios para treinar o equilbrio devem ser complexos
para o sistema nervoso e coordenativo, produzir pouco desgaste fsico geral e mais local,
o que parece sugerir que a prtica do slackline pode ser uma boa sada para aqueles que
buscam aprimorar essa capacidade.
27
5.1.1 Equilbrio Dinmico
28
O mesmo acontece nos grficos 2 e 3, onde ambos os sexos tiveram melhora no
teste de equilbrio dinmico, sendo que o sexo masculino melhorou os nveis em 37% e
o feminino em 42%.
29
30
Os indivduos do sexo masculino, contudo, no obtiveram melhora nos nveis de
equilbrio em nenhum dos ps e, ao contrrio, tiveram um leve decrscimo de 21% no
tempo apoiado com o p direito e 16% no tempo de apoio com o p esquerdo, conforme
mostram os grficos 6 e 7.
31
5.2 Flexibilidade
32
Ambos os sexos obtiveram melhorias na flexibilidade da musculatura posterior
das pernas e dorsal inferior, sendo 7% para os meninos e 1,5% para as meninas, de
acordo com os grficos 11 e 12. Apesar da melhora, os nveis do sexo masculino
permaneceram em nveis razoveis e o feminino no nvel bom, no pr-teste e ps-teste,
conforme as tabelas 1 e 2 para indivduos com 9 anos de idade.
5.3 Fora
33
5.3.1 Fora Abdominal
34
indivduos do sexo masculino, 26%. Para o sexo feminino, o decrscimo foi menor, de
17%. Os indivduos do sexo masculino, no pr-teste, encontravam-se em um nvel
razovel de fora abdominal e, no ps-teste, passaram a um nvel muito fraco. J o
feminino, passou de um nvel fraco para muito fraco. Estes nveis foram baseados em
indivduos de 9 anos, atravs das tabelas 3 e 4.
35
36
Atravs dos grficos 17 e 18, pode-se notar que, analisando por sexo, tambm
houve melhora nos nveis de fora de membros inferiores para ambos. O sexo
masculino chegou a 15% de acrscimo na fora, enquanto o sexo feminino atingiu 8%
de melhora neste quesito. Os indivduos do sexo masculino passaram de um nvel muito
fraco para o nvel razovel, do pr-teste para o ps-teste. J o feminino, apesar da
melhora, manteve-se em nvel muito fraco, baseando-se pelas tabelas 5 e 6 para
indivduos de 9 anos de idade.
Este estudo confirma trabalhos como o de Heitkamp et al. (2001), que comparou
um treinamento convencional com pesos a um treinamento em bases instveis para a
melhoria da fora de flexores e extensores de joelho. Em sua concluso, o grupo que
realizou treinamento em bases instveis no apresentou diferenas do grupo que treinou
com pesos em relao fora. Em ambos os tipos de treinamento, esta capacidade
melhorou.
Um estudo de Srijper and Latash (2000, apud SPARKES, 2009) revelou que este
mesmo tipo de treinamento proporcionou um incremento nos nveis de fora do
msculo bceps femoral. No mesmo trabalho, os pesquisadores obtiveram resultados
satisfatrios, em bases instveis, no ganho de fora no msculo reto femoral e tambm
dos msculos eretores da espinha.
37
estudo, pode-se sugerir que o slackline cause efeitos semelhantes, de melhoria da
atividade da musculatura dos membros inferiores, quando feito com o p fixo sobre a
fita.
Granacher et al. (2010) concluram que a prtica do slackline produz uma maior
taxa de desenvolvimento de fora, que a relao entre a fora e velocidade de
contrao muscular. Esse aumento proporciona ao praticante uma incidncia menor de
leses dos membros inferiores. Alm disso, pode proporcionar ao praticante ainda a
melhora da estabilidade das articulaes de joelhos, quadris e tornozelos, devido
instabilidade e, com isso, a ativao simultnea da musculatura e articulaes dessas
regies (KELLER et al., 2011).
38
7 CONCLUSO
possvel que a prtica orientada do slackline possa ser a grande causa dos
efeitos positivos. A melhora da maioria das capacidades estudadas pode estar altamente
vinculada aos estmulos dados pelo pesquisador quando as crianas caminhavam sobre a
fita.
Subir na fita sem utilizar apoio, realizando uma extenso de quadril e joelho,
manter os joelhos sempre semiflexionados, fazer um pouso no solo aps uma queda, so
alguns indcios de que os membros inferiores so bastante ativados em atividades como
esta. A flexibilidade, por sua vez, pode ser atingida atravs do ajuste da musculatura
sobre a base instvel, o que gera movimentos muitas vezes amplos, mesmo que o
indivduo no permanea sobre a fita.
39
Outro ponto que chamou bastante a ateno foi que, mesmo depois que as
prticas terminavam, algumas crianas ainda permaneciam no ptio, querendo continuar
a experincia ou querendo ajudar a guardar os materiais enquanto faziam perguntas
referentes ao esporte.
Na escola, o slackline uma atividade que deve ser trabalhada, tendo em vista a
grande aceitao dos alunos, desde a educao infantil at o ensino mdio. Acredita-se
que seja importante aproveitar a curiosidade das crianas e adolescentes com as prticas
corporais mais novas ou desconhecidas por eles. Sem dvidas, as aulas direcionadas
neste sentido tero aproveitamento total.
Por fim, a sugesto que fica de que se faam mais estudos referentes ao
slackline, um esporte que est em ascenso. So diversas as possibilidades sobre uma
fita em desequilbrio e isso requer ateno dos estudantes das reas do movimento
humano para posteriores estudos. Atravs do slackline, pesquisas direcionadas para a
sade, a reabilitao e at mesmo para o fitness, podem ser conduzidas, acrescentando
mais cultura corporal de movimento.
40
8 REFERNCIAS
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ANEXOS
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TABELAS
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47
PLANILHA DE DADOS