15modernismo em Portugal - Fernando Pessoa E Seus Heterônimos
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a SRIE - LIVRO 3
ENSINO MDIO
LIVRO DO PROFESSOR
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detentor dos direitos autorais.
I229
Disciplinas
Autores
Lngua Portuguesa
Literatura
Matemtica
Fsica
Qumica
Biologia
Histria
Geografia
Produo
Projeto e
Desenvolvimento Pedaggico
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LNGUA PORTUGUESA
LITERATURA
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Modernismo
em Portugal
Domnio pblico.
Domnio pblico.
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Contexto histrico
Em 1890 acontece o Ultimatum Ingls, momento
em que a Inglaterra exige de Portugal a retirada de
Autores e obras
Fernando Pessoa
Fernando Antnio Nogueira Pessoa nasceu no
dia 13 de junho de 1888, em Lisboa. Aos cinco anos
ficou rfo de pai. Dois anos mais tarde, sua me se
casou com um militar que trabalhava como cnsul em
Durban, na frica. L, Fernando Pessoa teve toda sua
formao sob os preceitos britnicos de educao.
Foi viver definitivamente em Portugal apenas em
1905, matriculando-se no curso de Letras em Lisboa,
porm logo o abandonou. Em 1915, participou do
grupo Orpheu. Faleceu em 30 de novembro de 1935,
vitimado por uma doena no fgado.
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Fernando Pessoa
o responsvel na Literatura Portuguesa pela
ciso entre o eu-lrico e
o eu-emprico. Por eulrico entende-se a voz do
poema e por eu-emprico
o autor em si. Ou seja, o
eu-lrico num poema pode Fernando Pessoa, por Almaapresentar um sentimen- da Negreiros
to melanclico, mas no
necessariamente o eu-emprico (o autor em sua
vida concreta, como a nossa) seja necessariamente
uma pessoa triste.
Domnio pblico.
Isto (fragmento)
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. No.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginao.
No uso o corao.
Heternimos
Mensagem
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Domnio pblico.
Fernando pessoa criou em sua obra personalidades que escreviam suas prprias obras, como se
fossem outras pessoas produzindo textos literrios.
A essas personalidades criadas chamamos heternimos.
Um heternimo uma espcie de personagem
dramtico sem contexto muito bem definido, mas
no como ocorre numa pea de teatro, em que temos
uma contextualizao mais precisa do personagem.
Existem caractersticas fundamentais que identificam um personagem ser ou no um heternimo.
Vamos ver quais so elas:
nome prprio;
biografia prpria;
obra prpria;
estilo literrio prprio.
importante salientar que no havendo pelo
menos uma dessas caractersticas acima, no estar
constitudo um heternimo. Somente o ser, se agregar os traos mostrados no quadro. Quando um deles
no est presente, poderemos ter, no mximo, um
semi-heternimo. Esse o caso de Bernardo Soares,
que, dentre as caractersticas anteriores, apenas no
possui estilo prprio. Esse semi-heternimo autor
da obra Livro do Desassossego.
Os heternimos pessoanos so a procura das
vises matrizes da realidade.
Alberto Caeiro
Alberto Caeiro o homem natural, o mestre dos
demais heternimos, e at mesmo do ortnimo. Ele
pensa o seu objetivo de no pensar. Percebe-se em
sua poesia a busca da dissociao entre o sentir e o
pensar. Vamos ler um dos poemas que se encontram
na obra O Guardador de Rebanhos.
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Ricardo Reis
Ricardo Reis o poeta de estilo neoclssico.
Tem como tema a transitoriedade do tempo, a brevidade da vida. um defensor do paganismo e do
epicurismo, filosofia criada pelo grego Epicuro, que
se baseava no prazer humano. Vamos ler uma de suas
odes de estilo clssico.
Vem sentar-te comigo, Ldia, beira do rio,
Sossegadamente fitemos o seu curso e
[aprendamos
Que a vida passa, e no estamos de mos
[enlaadas.
(Enlacemos as mos).
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Literatura portuguesa
contempornea
Na dcada de 1940 desenvolveu-se em Portugal
uma Literatura de carter
social, que abandonou a
subjetividade e a introspeco das geraes anteriores.
Chamamos essa fase da
literatura portuguesa de Agustina Bessa-Lus.
neo-realismo, que tem como
nome de destaque Alves Redol. A principal obra
desse autor o romance Gaibus, que fala sobre os
camponeses da regio do Ribatejo.
Na gerao posterior a de Alves Redol destacase a prosa de Agustina Bessa-Lus, um dos maiores
nomes da literatura de lngua portuguesa contempornea. Sua principal obra o romance A Sibila.
Domnio pblico.
No me peguem no brao!
No gosto que me peguem no brao. Quero
ser sozinho.
J disse que sou sozinho!
Ah, que maada quererem que eu seja de
[companhia!
Jos Saramago
Autor desconhecido.
lvaro de Campos
Ganhador do Prmio
Nobel de Literatura de 1998,
Jos Saramago notadamente o maior nome da Literatura Portuguesa e da Literatura de Lngua Portuguesa
da contemporaneidade.
Saramago, em seus
romances, faz uma reinterpretao do passado de
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Soluo:
As caractersticas definidoras de um heternimo so:
nome prprio, biografia prpria, obra prpria e estilo
literrio prprio.
Soluo:
Alberto tem como fim pensar sobre seu objetivo de no
pensar, de dissociar sentido e pensamento.
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Fernanda Fiamoncin.
Por tugal, em
decadncia econmica e desgastado
pela guerra colonial,
provoca nas Foras
Armadas um grande
descontentamento.
Devido a tal descontentamento, eclode,
no dia 25 de abril
de1974, a Revoluo dos Cravos: o
governo de Caetano derrubado por O cravo a flor da nao poroficiais de mdia tuguesa.
patente rebelados.
Caetano acaba por se exilar no Brasil. Assume a
Presidncia, em seu lugar, o general Antnio de
Spnola. O povo portugus comemora a runa da
ditadura distribuindo cravos a flor nacional aos
soldados rebeldes. Floresce a felicidade. Todos
os partidos polticos so legalizados e a Polcia
Soluo:
c) Bernardo Soares.
d) junto com Mrio de S-Carneiro, dirige a publicao do segundo nmero do Orpheu, em 1916.
d) lvaro de Campos.
e) Antnio Mora.
O texto a seguir refere-se s questes de nmeros
2 e 3.
(Fuvest)
Epitfio de Bartolomeu Dias
Jaz aqui, na pequena praia extrema,
O Capito do Fim, Dobrado o Assombro,
O mar o mesmo: j ningum o tema!
Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.
4. (Fuvest)
I. O poeta um fingidor.
Finge to completamente
Que chega a fingir que dor
A dor que deveras sente.
II. Sonho que sou um cavaleiro andante
Por desertos, pois sis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palcio encantado da Ventura!
As estrofes acima so, respectivamente, dos poetas:
a) Fernando Pessoa e Barbosa du Bocage.
b) Cesrio Verde e Lus de Cames.
c) Guerra Junqueiro e Antero de Quental.
d) S-Carneiro e Lus de Cames.
e) Fernando Pessoa e Antero de Quental.
5. (UM-SP) A respeito de Fernando Pessoa, incorreto
afirmar que:
a) no s assimilou o passado lrico de seu povo, como
refletiu em si as grandes inquietaes humanas do
comeo do sculo.
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7.
8. (Fuvest)
Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece.
No sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.
O lago nada me diz,
No sinto a brisa mex-lo.
No sei se sou feliz
Nem se desejo s-lo.
Trmulos vincos risonhos
Na gua adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha nica vida?
O poema acima transcrito de Fernando Pessoa, e pode
ser considerado como um dos melhores exemplos do
processo potico de seu autor. Qual das alternativas
abaixo indicadas corresponde a esse processo utilizado
no poema?
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a) Saudosismo.
b) Surrealismo.
d) Orfismo.
e) Neo-Realismo.
10. (Fuvest) Participaram da primeira gerao do movimento
modernista portugus:
a) Eugnio de Castro, Mrio de S-Carneiro, Joo de
Deus.
b) Camilo Pessanha, Antnio Nobre, Guerra Junqueiro.
c) Antero de Quental, Fernando Pessoa, Cesrio Verde.
d) Fernando Pessoa, Mrio de S-Carneiro, Almada
Negreiros.
e) Almada Negreiros, Eugnio de Castro, Fernando
Pessoa.
1. (UM-SP)
Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
No tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela est minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcanar?
Em si somente pode descansar,
Pois consigo tal alma est liada.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como um acidente em seu sujeito,
Assim coa alma minha se conforma,
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c) Presencismo.
c) Ricardo Reis.
d) Alberto Caeiro.
e) Camilo Pessanha.
3. O autor do texto considerado um dos maiores fenmenos da literatura portuguesa, tendo sido representante e porta-voz de um grande movimento literrio.
Assinale a alternativa em que se encontre o nome de
tal movimento:
a) Modernismo.
b) Arcadismo.
c) Simbolismo.
d) Romantismo.
e) Humanismo.
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7.
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10
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1. B
1. C
2. D
4. A rigor, todo o fragmento apresentado (destacara exaltao da mquina, do motor, das fbricas: o mundo
moderno, o sculo 20).
4. E
5. E
6. A
7.
8. B
9. D
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10. D
3. A
Cames: Classicismo
Pessoa: Modernismo
8. Prosopopeia ou personificao.
9.
a) O movimento de independncia das colnias africanas, como Angola, ocorrido aps a Revoluo dos
Cravos (1974). Ela foi o ponto final nas pretenses
lusas de afirmao de um imprio.
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