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BR112017007860B1 - Tratamento da doença hepática gordurosa usando antagonistas dos receptores glicocorticoide e mineralocorticoide - Google Patents

Tratamento da doença hepática gordurosa usando antagonistas dos receptores glicocorticoide e mineralocorticoide Download PDF

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BR112017007860B1
BR112017007860B1 BR112017007860-0A BR112017007860A BR112017007860B1 BR 112017007860 B1 BR112017007860 B1 BR 112017007860B1 BR 112017007860 A BR112017007860 A BR 112017007860A BR 112017007860 B1 BR112017007860 B1 BR 112017007860B1
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Belanoff Joseph K.
Hunt Hazel
Meijer Onno C.
Van Den Heuvel Jose
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Corcept Therapeutics, Inc
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Publication date
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Abstract

MÉTODO PARA TRATAR UMA DOENÇA DE GORDURA NO FÍGADO. A presente invenção refere-se a um tratamento de doença de gordura no fígado que utiliza uma classe de compostos ciclohexil pirimidinodiona.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA AOS PEDIDOS RELACIONADOS
[0001] Este pedido reivindica a prioridade do pedido de patente provisório nos Estados Unidos n° 62/092,041, depositado em 15 de dezembro de 2014, e pedido de patente provisório nos Estados Unidos n° 62/064,358, depositado em 15 de outubro de 2014. O conteúdo completo dos pedidos provisórios acima mencionados é aqui incorporado por referência em sua totalidade.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[0002] Disfunções do fígado podem ser categorizadas em diferentes grupos de doenças, tais como doença hepática gordurosa induzida pelo álcool (AFLD), doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), doenças hepáticas relacionadas a fármacos ou álcool, doenças virais, doenças hepáticas imuno mediadas, doenças hepáticas metabólicas e complicações associadas com insuficiência hepática e / ou transplante de fígado. A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma disfunção hepática comum com características histológicas similares àquelas da doença hepática gordurosa induzida pelo álcool, em indivíduos os quais consome pouco ou nenhum álcool. A doença hepática gordurosa é devido a uma retenção anormal de lipídeos (gorduras) dentro dos hepatócitos.
[0003] Tratamentos eficazes para AFLD e NAFLD permanecem insuficientes. Até o momento, nenhum tratamento terapêutico com fármaco é estabelecido para tais pacientes. Há uma necessidade para novas opções terapêuticas para administrar a doença hepática gordurosa.
[0004] Na maioria das espécies, incluindo homens, o glicocorticoide fisiológico é o cortisol (hidrocortisona). Os glicocorticoides são secretados em resposta ao ACTH (corticotrofina), a qual mostra ambos variação do ritmo circadiano e elevações em resposta ao estresse e alimento. Os níveis de cortisol são responsivos dentro de minutos a muitos estresses físicos e psicológicos, incluindo trauma, cirurgia, exercício, ansiedade e depressão. O cortisol é um esteroide e atua pela ligação a um receptor glicocorticoide intracelular (GR). No homem, os receptores glicocorticoides estão presentes em duas formas: uma ligação de ligante GR-alfa de 777 aminoácidos; e, uma isoforma GR-beta a qual não possui 50 resíduos carboxi terminais. Uma vez que estes incluem o domínio de ligação do ligante, o GR-beta é incapaz de ligar-se no ligante natural e é constitutivamente localizado no núcleo. O GR é também conhecido como GR II.
[0005] O cortisol e outros glicocorticoides podem ainda atuar nos receptores mineralocorticoides (MR), neste case eles são referidos como receptores antagonistas mineralocorticoides (MRAs) ou mineralocorticoide. Os receptores mineralocorticoides primeiramente regulam a concentração de sais no corpo. Os MR podem apresentar substancialmente igual afinidade por mineralocorticoides e glicocorticoides.
[0006] Os efeitos biológicos do cortisol, incluindo aqueles causados pela hipercortisolemia, podem ser modulados pelo nível de GR usando moduladores receptores, tais como agonistas, agonistas parciais e antagonistas. Diversos diferentes classes de agentes são capazes de bloquear os efeitos psicológicos da ligação do GR-agonista. Estes antagonistas incluem composições as quais, pela ligação ao GR, bloqueiam a habilidade de um agonista para, de forma eficaz, se ligar a e / ou ativar o GR. Um referido antagonista GR conhecido, mifepristona, descobriu-se ser um eficaz agente anti-glicocorticoide em humanos (Bertagna (1984) J. Clin. Endocrinol. Metab. 59:25). A mifepristona se liga ao GR com alta afinidade, com uma dissociação constante (Kd) de 10-9 M (Cadepond (1997) Annu. Rev. Med. 48:129).
[0007] Em adição ao cortisol, os efeitos biológicos de outros esteroides pode ser modulado ao nível GR usando modulador es receptores, tais como agonistas, agonistas parciais e antagonistas. Quando administrado a indivíduos na necessidade do mesmo, os esteroides podem fornecer ambos efeitos terapêuticos desejados, por exemplo, pelo estímulo da transrepressão do receptor glicocorticoide, bem como efeitos colaterais negativos, por exemplo, pela transativação crônica do receptor glicocorticoide.
[0008] O que é necessário na técnica são novas composições e métodos para a modulação dos receptores GR para tratar a doença hepática gordurosa. De forma surpreendente, a presente invenção alcança essa e outras necessidades.
BREVE RESUMO DA INVENÇÃO
[0009] Em uma modalidade, a presente invenção fornece um método para tratar a doença hepática gordurosa. O método inclui a administração a um indivíduo na necessidade do mesmo, uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto de Fórmula I, assim tratando a doença hepática gordurosa, em que o composto de Fórmula I apresenta a estrutura:
Figure img0001
No composto de Fórmula I, a linha pontilhada está ausente ou é uma ligação. X é O ou S. R1 é cicloalquil, heterocicloalquil, aril ou heteroaril, opcionalmente substituído com de 1 a 3 grupos R1a. Cada R1a é independentemente H, C1-6 alquil, C2-6 alquenil, C2-6 alquinil, C1-6 alcoxi, C1-6 alquil-OR1b, halogênio, C1-6 haloalquil, C1-6 haloaloxi, -OR1b, -NR1bR1c, -C(O)R1b, -C(O)OR1b, -OC(O)R1b, -C(O)NR1bR1c, -NR1bC(O)R1c, -SO2R1b, -SO2NR1bR1c, cicloalquil, heterocicloalquil, aril ou heteroaril. R1b e R1c são, cada, H ou C1-6 alquil. R2 é H, C1-6 alquil, C1-6 alquil-OR1b, C1-6 alquil-NR1bR1c ou C1-6 alquileno-heterocicloalquil. R3 é H ou C1-6 alquil. Ar é aril, opcionalmente substituído com 1-4 grupos R4. Cada R4 é H, C1-6 alquil, C1-6 alcoxi, halogênio, C1-6 haloalquil ou C1-6 haloalcoxi. L1 é uma ligação ou C1-6 alquileno. O “n” subscrito é um inteiro de 0 a 3. Também incluídos estão os sais e isômeros dos compostos aqui citados.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0010] A Figura 1 mostra a porcentagem de gordura (gotas de lipídeos) em fígados corados com Óleo Red O de camundongos que receberam uma dieta com alta gordura e o Composto 1 (60mg / kg / dia) em relação aos camundongos controle que receberam uma dieta com alta gordura e veículo.
[0011] A Figura 2A e 2B mostram o tingimento de gotas de lipídeos com Óleo Red O do fígado de um camundongo que recebeu uma dieta de alta gordura (“HF”) e Composto 1 (Figura 2A) e um camundongo controle que recebeu uma dieta com alta gordura e veículo (Figura 2B).
[0012] A Figura 3 mostra a porcentagem de gordura (gotas de lipídeos) em fígados corados com Óleo Red O de camundongos que receberam uma dieta com alta gordura e tanto mifepristona ou Composto 1 (60mg / kg / dia) em relação aos camundongos controle que receberam uma dieta com alta gordura e veículo. * p < 0.05 “Composto 1” comparado com “CTRL”
[0013] A Figura 4 mostra níveis de triglicerídeos no fígado de camundongos dados uma dieta normal (o grupo “CHOW”), os camundongos dados uma dieta com alta gordura por 3 semanas (o grupo “HF-3wks”), camundongos dados uma dieta com alta gordura por 6 semanas (o grupo “HF- 6wks”), camundongos dados uma dieta com alta gordura e Composto 1 por 6 semanas (o grupo “HF+118335-6wks”) e camundongos dados uma dieta com alta gordura por 6 semanas com a administração do Composto 1 apenas nas últimas 3 semanas (o grupo “HF-118335 rev”). ** p < 0.01 comparado a “CHOW”; # p < 0.05 comparado a “HF-6wks”; ## p < 0.01 comparado a “HF- 6wks”.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO I. Geral
[0014] A presente invenção fornece compostos e métodos para o tratamento da doença hepática gordurosa pela administração de um composto da presente invenção a um paciente que sofre de doença hepática gordurosa. Sem ligar-se a qualquer teoria, contrário ao entendimento aceito na técnica de que os compostos da presente invenção se ligam especificamente ao receptor glicocorticoide, o tratamento da doença hepática gordurosa na presente invenção é alcançado pela ligação a ambos receptores glicorticoide e mineralocorticoide, em vez da ligação especificamente ao receptor glicocorticoide sobre os outros receptores nucleares, tais como o receptor mineralocorticoide e o receptor da progesterona.
II. Definições
[0015] As abreviações aqui usadas tem seu significado convencional dentro das técnicas química e biológica.
[0016] Onde os grupos substituintes são especificados por suas formulas químicas convencionais, escritas da esquerda para a direita, elas igualmente abrangem os substituintes quimicamente idênticos que iriam resultar da escrita da estrutura da direita para a esquerda, por exemplo, -CH2O- é equivalente a -OCH2-.
[0017] “Alquil” se refere ao radical não ramificado ou ramificado, saturado, alifático apresentando o número de átomos de carbono indicado. Por exemplo, o C1-C6 alquil inclui, porém não se limita a, metil, etil, propil, butil, pentil, hexil, iso-propil, iso-butil, sec-butil, tert-butil, etc.
[0018] “Alquileno” se refere a tanto um alquileno não ramificado ou ramificado com cadeia de 1 a 7 átomos de carbono, isto é, um radical hidrocarboneto divalente de 1 a 7 átomos de carbono; por exemplo, cadeia de alquileno não ramificada sendo o radical bivalente de Fórmula -(CH2)n-, em que n é 1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7. Preferencialmente, o alquileno representa uma cadeia de alquileno de 1 a 4 átomos de carbono, por exemplo, uma cadeia de metileno, etileno, propileno ou butileno, ou a cadeia de metileno, etileno, propileno ou butileno mono-substituída por um C1-C3-alquil (preferencialmente metil) ou dissubstituída nos mesmos ou em diferentes átomos de carbono por C1-C3-alquil (preferencialmente metil), o número total de átomos de carbono sendo de até e incluindo 7. Um técnico no assunto irá apreciar que um único carbono do alquileno pode ser divalente, tal como em -CH((CH2)nCH3)-, em que n = 0 - 5.
[0019] “Alquenil” se refere a tanto uma cadeia não ramificada ou ramificada de hidrocarboneto de 2 a 6 átomos de carbono, apresentando pelo menos uma ligação dupla. Exemplos de grupos alquenil incluem, porém não se limitam a, vinil, propenil, isopropenil, 1-butenil, 2-butenil, isobutenil, butadienil, 1-pentenil, 2-pentenil, isopentenil, 1,3-pentadienil, 1,4-pentadienil, 1-hexenil, 2- hexenil, 3-hexenil, 1,3-hexadienil, 1,4-hexadienil, 1,5-hexadienil, 2,4-hexadienil, ou 1,3,5-hexatrienil. Os grupos alquenil podem ainda apresentar de 2 a 3, 2 a 4, 2 a 5, 3 a 4, 3 a 5, 3 a 6, 4 a 5, 4 a 6 e 5 a 6 carbonos. Os grupos alquenil são tipicamente monovalentes, porém podem ser divalentes, tais como quando o grupo alquenil se liga a duas porções juntas.
[0020] “Alquinil” se refere a tanto uma cadeia não ramificada ou ramificada de hidrocarboneto de 2 a 6 átomos de carbono, apresentando pelo menos uma tripla ligação. Exemplos de grupos alquinil incluem, porém não se limitam a, acetilenil, propinil, 1-butinil, 2-butinil, isobutinil, sec-butinil, butadiinil, 1-pentinil, 2-pentinil, isopentinil, 1,3-pentadiinil, 1,4-pentadiinil, 1-hexinil, 2- hexinil, 3-hexinil, 1,3-hexadiinil, 1,4-hexadiinil, 1,5-hexadiinil, 2,4-hexadiinil ou 1,3,5-hexatriinil. Os grupos alquinil podem ainda apresentar de 2 a 3, 2 a 4, 2 a 5, 3 a 4, 3 a 5, 3 a 6, 4 a 5, 4 a 6 e 5 a 6 carbonos. Os grupos alquinil são tipicamente monovalente, porém pode ser divalente, tal como quando o grupo alquinil se liga a suas porções juntas.
[0021] “Alcoxi” se refere a uma radical alquil como descrito acima, o qual ainda suporta um substituinte oxigênio capaz de se ligar covalentemente a outro hidrocarboneto, por exemplo, grupo metoxi, etoxi ou t-butoxi.
[0022] “Halogênio,” por si só ou como parte de outro substituinte, significa, a menos que indicado de outra forma, um átomo de flúor, cloro, bromo ou iodo.
[0023] “Haloalquil” se refere a um alquil como definido acima em que alguns ou todos dos átomos de hidrogênio são substituídos com átomos de halogênio. O halogênio (halo) preferencialmente representa cloro ou flúor, porém pode ainda ser bromo ou iodo. Por exemplo, haloalquil inclui trifluorometil, fluorometil, 1,2,3,4,5-pentafluoro-fenil, etc. O termo “perfluoro” define um composto ou radical o qual apresenta pelo menos dois hidrogênios disponíveis substituídos com flúor. Por exemplo, perfluorometano se refere a 1,1,1-trifluorometil.
[0024] “Haloalcoxi” se refere a um alcoxi como definido acima, em que alguns ou todos os átomos de hidrogênio são substituídos com átomos de halogênio. “Haloalcoxi” deve incluir monohaloalquil(oxi) e polihaloalquil(oxi).
[0025] “Alquilamina” se refere a grupos alquil como aqui definido, apresentando um ou mais grupos amino. Os grupos amino podem ser primários, secundários ou terciários. O alquil amina pode ainda ser substituído com um grupo hidroxi. Alquil aminas úteis na presente invenção incluem, porém não se limitam a, etil amina, propil amina, isopropil amina, etileno diamina e etanolamina. O grupo amino pode se ligar a alquil amina no ponto de ligação com o resto do composto, seja na posição ômega do grupo alquil, ou ligam-se juntas a pelo menos dois átomos de carbono do grupo alquil. Um técnico no assunto irá apreciar que outras alquil aminas são úteis na presente invenção.
[0026] “Cicloalquil” se refere a um conjunto de anel saturado ou parcialmente insaturado, monocíclico, bicíclico fundido ou policíclico ligado contendo de 3 a 12 átomos no anel, ou o número de átomos indicado. Por exemplo, C3-C8 cicloalquil inclui ciclopropil, ciclobutil, ciclopentil, ciclohexil, cicloheptil e ciclooctil. Cicloalquil também inclui norbornil e adamantil.
[0027] “Heterocicloalquil” se refere a um conjunto de anel apresentando membros de 3 anéis acerca de membros de 20 anéis e de 1 a cerca de 5 heteroátomos tais como N, O e S. Heteroátomos adicionais podem também ser úteis, incluindo, porém não se limitando a, B, Al, Si e P. Os heteroátomos podem também ser oxidados, tais como, porém não se limitando a, -S(O)- e -S(O)2-. Por exemplo, heterociclo inclui, porém não se limita a, tetrahidrofuranil, tetrahidrotiofenil, morfolino, pirrolidinil, pirrolinil, imidazolidinil, imidazolinil, pirazolidinil, pirazolinil, piperazinil, piperidinil, indolinil, quinuclidinil e 1,4-dioxa- 8-aza-spiro[4.5]dec-8-il.
[0028] “Alquileno-heterocicloalquil” se refere a um grupo heterocicloalquil, como definido acima, o qual está ligado a outro grupo por um alquileno. O heterocicloalquil e o grupo ao qual o heterocicloalquil está ligado por um alquileno pode ser ligado ao mesmo átomo ou átomo de alquileno diferente.
[0029] “Aril” significa, a menos que indicado de outra forma, um substituinte hidrocarboneto poli-insaturado, aromático, o qual pode ser um único anel ou múltiplos anéis (preferencialmente de 1 a 3 anéis) os quais são fundidos juntos ou ligados covalentemente. Exemplos incluem, porém não se limitam a, fenil, bifenil, naftil e benzil.
[0030] “Heteroaril” se refere a grupos (ou anéis) aril que contém de um a quatro heteroátomos selecionados dentre N, O e S, em que os átomos de nitrogênio e enxofre são opcionalmente oxidados, e o(s) átomo(s) de nitrogênio são opcionalmente quaternizados. O grupo heteroaril pode ser ligado ao restante da molécula por meio de um carbono ou heteroátomo. Exemplos não limitativos de grupos aril e heteroaril incluem fenil, 1-naftil, 2-naftil, 4-bifenil, 1- pirrolil, 2-pirrolil, 3-pirrolil, 3-pirazolil, 2-imidazolil, 4-imidazolil, pirazinil, 2- oxazolil, 4-oxazolil, 2-fenil-4-oxazolil, 5-oxazolil, 3-isoxazolil, 4-isoxazolil, 5- isoxazolil, 2-tiazolil, 4-tiazolil, 5-tiazolil, 2-furil, 3-furil, 2-tienil, 3-tienil, 2-piridil, 3- piridil, 4-piridil, 2-pirimidil, 4-pirimidil, 5-benzotiazolil, purinil, 2-benzimidazolil, 5- indolil, 1-isoquinolil, 5-isoquinolil, 2-quinoxalinil, 5-quinoxalinil, 3-quinolil e 6- quinolil. Substituintes para cada dos conjuntos de anéis aril e heteroaril acima são selecionados dentre o grupo de substituintes aceitáveis descritos abaixo.
[0031] Para abreviar, o termo “aril” quando usado em combinação com outros termos (por exemplo, ariloxi, ariltioxi, arilalquil) incluem ambos anéis aril e heteroaril como definido acima. Logo, o termo “arilalquil” deve incluir aqueles radicais nos quais um grupo aril é ligado a um grupo alquil (por exemplo, benzil, fenetil, piridilmetil e similares) incluindo aqueles grupos alquil nos quais um átomo de carbono (por exemplo, um grupo metileno) foi substituído por, por exemplo, um átomo de oxigênio (por exemplo, fenoximetil, 2-piridiloximetil, 3- (1-naftiloxi)propil e similares). Da mesma forma, o termo “heteroarilalquil” significa incluir estes radicais nos quais um grupo heteroaril é ligado a um grupo alquil.
[0032] Cada um dos termos acima (por exemplo, “alquil”, “aril” e “heteroaril”) devem incluir ambas formas substituída e não substituída do radical indicado. Exemplos de substituintes para cada tipo de radical são fornecidos abaixo.
[0033] Os substituintes para os radicais alquil e heteroalquil (incluindo aqueles grupos frequentemente referidos como alquileno, alquenil, heteroalquileno, heteroalquenil, alquinil, cicloalquil, heterocicloalquil, cicloalquenil e heterocicloalquenil) podem ser um ou mais de uma variedade de grupos selecionados dentre, porém não se limitando a: -OR', =O, =NR', =N- OR', -NR'R", -SR', -halogênio, -SiR'R"R"', -OC(O)R', -C(O)R', -CO2R', - CONR'R", -OC(O)NR'R", -NR"C(O)R', -NR'-C(O)NR"R"', -NR"C(O)2R', -NR- C(NR'R"R'")=NR"", -NR-C(NR'R")=NR'", -S(O)R', -S(O)2R', -S(O)2NR'R", -NR(SO2)R', -CN e -NO2 em um número que varia de zero a (2m'+1), em que m' é o número total de átomos de carbono em referido radical. Cada um de R', R", R"' e R"", preferencialmente e independentemente se referem a hidrogênio, heteroalquil substituído ou não substituído, cicloalquil substituído ou não substituído, heterocicloalquil substituído ou não substituído, aril substituído ou não substituído (por exemplo, aril substituído com 1-3 halogênios), alquil substituído ou não substituído, grupos alcoxi ou tioalcoxi ou grupos arilalquil. Quando um composto da presente invenção inclui mais do que um grupo R, por exemplo, cada um dos grupos R é independentemente selecionado como cada grupo R', R", R'" e R"" quando mais do que um desses grupos está presente. Quando R' e R" estão ligados ao mesmo átomo de nitrogênio, eles podem ser combinados com o átomo de nitrogênio para formar um anel de 4-, 5-, 6- ou 7 membros. Por exemplo, -NR'R" deve incluir, porém não se limitam a, 1-pirrolidinil e 4-morfolinil. A partir da discussão acima de substituintes, um técnico no assunto irá entender que o termo “alquil” deve incluir grupos incluindo átomos de carbono ligados a grupos que não sejam grupos hidrogênio, tais como haloalquil (por exemplo, -CF3 e -CH2CF3) e acil (por exemplo, -C(O)CH3, -C(O)CF3, -C(O)CH2OCH3, e similares).
[0034] Similar ao substituintes descritos para o radical alquil, substituintes para os grupos aril e heteroaril são variados e são selecionados dentre, por exemplo: halogênio, -OR', -NR'R", -SR', -halogênio, -SiR'R"R"', -OC(O)R', -C(O)R', -CO2R', -CONR'R", -OC(O)NR'R", -NR"C(O)R', -NR'-C(O)NR"R"', -NR"C(O)2R', -NR-C(NR'R"R'")=NR"", -NR-C(NR'R")=NR'", - S(O)R', -S(O)2R', -S(O)2NR'R", -NR(SO2)R', -CN e -NO2, -R', -N3, -CH(Ph)2, fluoro(C1-C4)alcoxi, e fluoro(C1-C4)alquil, em um número que varia de zero a um número total de valências abertas no anel aromático; e em que R', R", R"' e R"" são preferencialmente independentemente selecionados dentre hidrogênio, substituída ou não substituída alquil, substituída ou não substituída heteroalquil, substituída ou não substituída cicloalquil, substituída ou não substituída heterocicloalquil, substituída ou não substituída aril e substituída ou não substituída heteroaril. Quando um composto da presente invenção inclui mais do que um grupo R, por exemplo, cada um dos grupos R é independentemente selecionado como cada um de grupos R', R", R'" e R"" quando mais do que um destes grupos está presente.
[0035] Onde dois substituintes são "opcionalmente ligados juntas para formar um anel", os dois substituintes são covalentemente ligados juntos com o átomo ou átomos para o qual os dois substituintes estão ligados para formar um anel aril substituído ou não substituído, um heteroaril substituído ou não substituído, um cicloalquil substituído ou não substituído ou um heterocicloalquil substituído ou não substituído.
[0036] “Sal” se refere a sais de ácido ou base dos compostos usados nos métodos da presente invenção. Exemplos ilustrativos dos sais farmaceuticamente aceitáveis são sais ácido mineral (ácido hidroclórico, ácido hidrobrômico, ácido fosfórico e similares), sais ácido orgânico (ácido acético, ácido propiônico, ácido glutâmico, ácido cítrico e similares), sais de amônio quaternário (metil iodo, etil iodo e similares). É entendido que sais farmaceuticamente aceitáveis são não tóxicos. Informação adicional acerca de sais farmaceuticamente aceitáveis adequados pode ser encontrada em Ciências Farmacêuticas de Remington, 17a ed., Mack Publishing Company, Easton, Pa., 1985, o qual é aqui incorporado por referência.
[0037] “Hidrato” se refere a um composto que está complexado a pelo menos uma molécula de água. Os compostos da presente invenção podem ser complexados com de 1 a 10 moléculas de água.
[0038] “Isômeros” se refere a compostos com a mesma fórmula química porém os quais são estruturalmente distintos.
[0039] “Tautômero” se refere a um de dois ou mais isômeros estruturais os quais existem em equilíbrio e os quais são prontamente convertidos de uma forma para outra.
[0040] “Excipiente farmaceuticamente aceitável” e “carreador farmaceuticamente aceitável” se referem a uma substância que auxilia a administração de um agente ativo a e absorção por um indivíduo e pode ser incluído nas composições da presente invenção sem causar um efeito adverso toxicológico significativo no paciente. Exemplos não limitativos de excipientes farmaceuticamente aceitáveis incluem água, NaCl, soluções salinas normais, Ringer lactato, sacarose normal, glicose normal, ligantes, preenchedores, desintegrantes, lubrificantes, revestimentos, adoçantes, flavorizantes e corantes e similares. Um técnico no assunto irá reconhecer que outros excipientes farmacêuticos são úteis na presente invenção.
[0041] “Tratar”, “tratando” e “tratamento” se referem a qualquer indício de sucesso no tratamento ou melhoria de uma injúria, patologia ou condição, incluindo qualquer parâmetro objetivo ou subjetivo tal como redução; remissão; diminuição dos sintomas ou tornar a injúria, patologia ou condição mais tolerável para o paciente; diminuindo a taxa de degeneração ou declínio; tornando o ponto final de degeneração menos debilitante; melhorando o bem estar físico ou mental de um paciente. O tratamento ou melhoria dos sintomas podem ser baseados nos parâmetros objetivos ou subjetivos; incluindo os resultados do exame físico, exames neuropsiquiátricos e / ou uma avaliação psiquiátrica.
[0042] “Receptores nucleares” se referem a uma classe de proteínas responsáveis por sentir e responder aos hormônios esteroidais e da tireoide, bem como hormônios e compostos sintéticos. Existe um número de subfamílias, incluindo receptor tipo hormônio da tireoide, receptor tipo retinoide X, receptor tipo estrogênio e fator de crescimento do nervo tipo IB, dentre outros. A subfamília de receptor tipo estrogênio inclui as famílias de receptores de estrogênio, receptor relacionado a estrogênio e receptores 3-cetoesteroides. A família de receptores 3-cetoesteroides inclui numerosos receptores tais como, porém, não se limitando a, o receptor glicocorticoide (GR), o receptor mineralocorticoide (MR), o receptor de estrogênio (ER), o receptor de progesterona (PR) e o receptor de androgênio (AR).
[0043] “Receptor glicocorticoide ” (“GR”) se refere a uma família de receptores intracelulares os quais se ligam especificamente ao cortisol e / ou análogos do cortisol. O receptor glicocorticoide é também referido como receptor de cortisol. O termo inclui isoformas de GR, GR recombinante e GR mutado. “Receptor glicocorticoide” (“GR”) se refere ao GR tipo II o qual especificamente se liga ao cortisol e / ou análogos de cortisol tais como dexametasona (Vide, por exemplo, Turner & Muller, J Mol Endocrinol October 1, 2005 35 283-292). Constantes de inibição (Ki) para os compostos da presente invenção contra os receptores nucleares humanos estão entre 0.0001 nM a 1,000 nM; preferencialmente entre 0.0005 nM a 10 nM e mais preferencialmente entre 0.001 nM a 1 nM.
[0044] “Modular um receptor nuclear” se refere aos métodos para ajustar a resposta de um receptor glicocorticoide em direção aos glicocorticoides, antagonistas de glicocorticoide, agonistas e agonistas parciais, bem como os receptores mineralocorticoides em direção aos mineralocorticoides, antagonistas MR, agonistas e agonistas parciais. Os métodos incluem colocar em contato um GR e MR com uma quantidade eficaz tanto de um antagonista, um agonista ou um agonista parcial e detectar uma mudança na atividade do GR, ou atividade do GR e MR.
[0045] “Modulador do receptor nuclear” se refere a qualquer composição ou composto o qual modula a ligação de um agonista do receptor glicocorticoide (GR), tal como cortisol ou análogos de cortisol, sintético ou natural, para um GR, bem como modular a ligação de um agonista MR, tal como aldosterona, ou análogos do mesmo, para um MR. A modulação pode incluir parcialmente ou completamente inibir (antagonizar) a ligação de um agonista GR para um GR e / ou um agonista MR para um MR.
[0046] “Antagonizar” se refere a bloquear a ligação de um agonista a uma molécula de receptor ou para inibir o sinal produzido pelo receptor- agonista. Um receptor antagonista bloqueia ou atenua respostas mediadas por agonistas.
[0047] “Antagonista do receptor glicocorticoide” se refere a qualquer composição ou composto o qual parcialmente ou completamente inibe (antagoniza) a ligação de um agonista receptor glicocorticoide (GR), tal como cortisol ou análogos de cortisol, sintético ou natural, para um GR.
[0048] “Antagonista do receptor glicocorticoide específico” ou “antagonista receptor mineralocorticoide específico” se refere a qualquer composição ou composto o qual inibe qualquer resposta biológica associada com a ligação de um GR e / ou um MR a um agonista. Por “específico”, entende-se que o fármaco preferencialmente se liga ao GR e / ou MR em vez de outros receptores nucleares, tais como receptor de estrogênio (ER), receptor de progesterona (PR) ou o receptor de androgênio (AR).
[0049] “Receptor mineralocorticoide” se refere a uma família de receptores intracelulares que se ligam aos mineralocorticoides tais como aldosterona e glicocorticoides tais como cortisol, com afinidade substancialmente igual. O receptor mineralocorticoide (MR) é também referido como o receptor de aldosterona ou subfamília 3, grupo C, membro 2 do receptor nuclear (NR3C2). O MR pertence à família de receptores citossólicos. O MR é ativado pelos mineralocorticoides tais como aldosterona e seu precursor de oxicorticosterona, bem como glicocorticoides, como o cortisol.
[0050] “Antagonistas do receptor mineralocorticoide” se refere a qualquer composição ou composto o qual parcial ou completamente inibe (antagoniza) a ligação de um agonista do receptor mineralocorticoide (MR), tal como aldosterona, ou análogos de aldosterona, sintético ou natural, a um MR.
[0051] “Paciente” ou “indivíduo” se refere a um organismo vivo que sofre de ou está propenso a uma condição que pode ser tratada pela administração de uma composição farmacêutica como aqui fornecido. Exemplos não limitativos incluem humanos, outros mamíferos e outros animais não mamíferos.
[0052] “Quantidade terapeuticamente eficaz” se refere a uma quantidade de um agente conjugado funcional ou uma composição farmacêutica útil para tratar ou melhorar uma doença ou condição identificada ou for para exibir um efeito terapêutico ou inibitório detectável. O efeito pode ser detectado por qualquer método de ensaio conhecido no estado da técnica.
[0053] Os termos “um”, “uma” ou “uns”, quando usado em referência a um grupo de substituintes aqui significa pelo menos um “grupo de substituinte”. Por exemplo, onde um composto é substituído com “um” alquil ou aril, o composto é opcionalmente substituído com pelo menos um alquil e / ou pelo menos um aril, em que cada alquil e / ou aril é opcionalmente diferente. Em outro exemplo, em que um composto é substituído com “um” grupo de substituintes, o composto é substituído com pelo menos um grupo substituinte, em que cada grupo de substituinte é opcionalmente diferente.
[0054] “Doença hepática gordurosa” se refere a uma doença ou uma condição patológica causada por, pelo menos em parte, depósitos de lipídeos hepáticos anormais. Doença hepática gordurosa inclui, por exemplo, doença hepática gordurosa alcoólica, doença hepática gordurosa não alcoólica e doença hepática gordurosa aguda de gravidez. Doença hepática gordurosa pode ser, por exemplo, esteatose macrovesicular ou esteatose microvesicular.
[0055] “Doença hepática relacionada ao álcool” ou “ARLD” se refere a doenças do fígado que são totalmente ou em parte, causadas por ou atribuídas ao consumo excessivo de álcool. Existem quarto tipos principais de ARLD, fígado gorduroso alcoólico (AFL, um subtipo de doença hepática gordurosa), esteatohepatite alcoólica (ASH), cirrose induzida pelo álcool e câncer hepatocelular alcoólico. Como aqui usado, “consumo excessivo de álcool” geralmente se refere ao consumo de mais do que 15 - 30 g / dia de etanol.
[0056] O efeito fisiológico do consume de álcool na função ou doença hepática são dependentes da variedade de fatores genéticos e não genéticos que modificam ambos a susceptibilidade indivíduo e o curso clínico de ARLD. Logo, em determinados pacientes, o ARLD pode desenvolver, em taxas mais baixas de consumo de álcool, incluindo o consumo de pelo menos cerca de 12 g / dia, 15 g / dia, 20 g / dia, 25 g / dia ou mais. Além disso, é entendido que em alguns pacientes, estima-se que o consumo diário de álcool está em um valor médio que inclui períodos de alto consumo de álcool e períodos de baixo ou nenhum consumo de álcool. O referido valor médio pode incluir uma média de consumo de álcool superior a pelo menos cerca de uma semana, duas semanas, um mês, três meses, seis meses, nove meses, um ano, 2, 3, ou 4 anos ou mais. Em alguns casos, a determinação de se a disfunção do fígado é uma ARLD está baseada na referência a uma variedade de fatores que incluem, porém não se limitando a: a quantidade e tipo de bebida alcoólica consumida (por exemplo, cerveja ou aguardente); a duração do abuso alcoólico; padrões de comportamento de bebida (por exemplo, alcoolismo, beber sem o co-consumo de alimentos, etc.); gênero; etnia; co-existência de condições de doença tais como síndrome metabólica ou diabetes, sobrecarga de ferro ou infecção com vírus da hepatite, marcadores genéticos; histórico da família; níveis de enzimas do fígado; níveis de citosina pró-inflamatória; análise da expressão gênica ou proteica ou exame histopatológico do tecido ou células do fígado.
[0057] “Disfunção hepática não relacionada à ingestão excessiva de álcool” é uma disfunção hepática que é distinta da ARLD. A referida disfunção, então, se refere a um amplo ensaio de doenças hepáticas que não são causadas pelo consumo de álcool. Por exemplo, hepatite pode ser causada por infecção viral. Uma disfunção hepática causada por consumo excessivo de álcool e outros fatores, é considerada uma ARLD em vez de uma disfunção hepática não relacionada à ingestão excessiva de álcool. Em contraste, uma disfunção hepática meramente exacerbada pelo consumo excessivo de álcool é considerada uma disfunção hepática não relacionada à ingestão excessiva de álcool.
[0058] “Doença hepática gordurosa não alcoólica” ou “NAFLD” se refere a uma doença hepática gordurosa caracterizada pela presença de gordura (lipídeos) no fígado e sem inflamação substancial ou dano ao fígado. NAFLD pode progredir para uma esteatohepatite não alcoólica e, então, em cicatrização hepática avançada ou cirrose irreversível.
[0059] “Esteatohepatite não alcoólica ” ou “NASH” se refere a uma doença hepática gordurosa, a qual parece um doença hepática alcoólica, porém ocorre em pessoas que bebem pouco ou nenhum álcool. A característica principal no NASH é gordura no fígado, junto com inflamação e danos. NASH pode levar à cirrose, na qual o fígado é permanentemente danificado e cicatrizado e não é mais capaz de funcionar adequadamente. Uma diagnose diferencial do NASH versus NAFLD pode ser determinada pela biópsia do fígado.
[0060] As descrições dos compostos da presente invenção são limitados por princípios de ligação química conhecidos para um técnico no assunto. De acordo, onde um grupo pode ser substituído por um ou mais de um número de substituintes, tais substituições são selecionadas de modo a cumprir com os princípios de ligação química e para dar compostos os quais não são inerentemente instáveis e / ou seriam conhecidos por um técnico no assunto como possivelmente instável sob condições ambiente, tal como condições aquosas, neutras ou fisiológicas.
III. Doença hepática gordurosa
[0061] A doença hepática gordurosa (FLD, também conhecida como hepatoesteatose) é uma condição hepática prevalente que ocorre quando os lipídeos acumulam nas células do fígado. Os acúmulos dos lipídeos causa injúria celular e torna o fígado susceptível a maiores injúrias. A doença hepática gordurosa é caracterizada pelo acúmulo de gordura excessiva (lipídeos) nas células do fígado, geralmente causada pela retenção anormal de lipídeos pelas células do fígado (isto é, esteatose). Em adição à gordura, proteínas e água são retidas nos hepatócitos, os quais podem levar ao balonamento dos hepatócitos. O acúmulo de gordura no fígado pode ser atribuído a uma perturbação de uma das seguintes etapas no metabolismo dos lipídeos do hepatócitos e adipócitos: (1) aumento do ácido graxo livre entregue ao fígado; (2) aumento da síntese de ácido graxo livre dentro do fígado; (3) diminuição da beta-oxidação de ácido graxos; e (4) diminuição da síntese ou secreção de lipoproteínas de densidade muito baixa. (Bacon et al., Gastroenterology, 1994, 107: 1103 - 1109).
[0062] O FLD pode surgir de um número de fontes, incluindo o consumo excessivo de álcool e disfunções metabólicas, tal como aquelas associadas com a resistência à insulina, obesidade e hipertensão. A doença é mais prevalente em indivíduos que são obesos ou que apresentam diabetes. Em doença hepática gordurosa induzida pelo álcool (AFL) a gordura inicialmente se acumula nas células do fígado, porém, então a doença pode progredir para uma hepatite alcoólica que causa o inchaço do fígado e o torna danificado se o indivíduo continua a consumir álcool. O indivíduo pode ainda desenvolver cirrose alcoólica ou cicatrização do fígado quando, por sua vez, pode causar insuficiência hepática. Alcoólatras podem progredir de AFL para hepatite alcoólica para cirrose alcoólica ao longo do tempo.
[0063] Doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD) é uma disfunção hepática com características histológicas de AFL porém em indivíduos que consomem pouco ou nenhum álcool. Como a AFL, a NAFLD é devido à retenção anormal de gordura (lipídeos) pelos hepatócitos. Outra doença hepática gordurosa pode desenvolver em um paciente com outros tipos de doenças hepáticas, tal como, porém, não se limitando a, hepatite C viral crônica (HCV), hepatite B viral crônica (HBV), hepatite autoimune crônica (AIH), diabetes e doença de Wilson. Fígado gorduroso pode ainda estar associado com indicações causadas pelas interrupções no metabolismo dos lipídeos, tal como disfunções devido aos fármacos, por exemplo, disfunções gastrointestinais (por exemplo, resultado bacteriano intestinal, gastroparesia e síndrome do intestino irritável), quimioterapia, cirurgias gastrointestinais por obesidade, desnutrição e defeitos genéticos em proteínas que processam lipídeos.
[0064] Em algumas modalidades, a doença hepática gordurosa é doença hepática relacionada ao álcool (ARLD) ou doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD). Em alguns casos, a doença hepática relacionada ao álcool é doença hepática gordurosa alcoólica (AFL), esteatohepatite alcoólica (ASH) ou cirrose alcoólica. Em alguns casos, a doença hepática gordurosa não alcoólica é esteatohepatite não alcoólica (NASH) ou cirrose não alcoólica.
A. Doença hepática relacionada ao álcool (ARLD)
[0065] Doença hepática relacionada ao álcool (ARLD) descreve uma família de patologias hepáticas relacionadas ao álcool ou induzidas pelo álcool, incluindo doença hepática gordurosa induzida pelo álcool (AFL), hepatite alcoólica e cirrose alcoólica. Virtualmente, todas as pessoas que são consumidores crônicos de álcool ou alcóolatras irão desenvolver AFL. Adicionalmente, devido à alta prevalência de fatores complicadores tais como obesidade, diabetes e síndrome metabólica na população geral, muitos indivíduos que não satisfazem os critérios para consumidores crônicos de álcool ou alcóolatras são suscetíveis para desenvolver AFL.
[0066] A AFL pode ser diagnosticada por meio de ultrassom. Tipicamente, o fígado de um paciente com AFL apresenta uma “ecogenia”, significando imagens de ondas acústicas mais densas do que o normal. Em adição, o fígado é tipicamente aumentado devido ao inchaço e presença de grandes quantidades de gordura.
[0067] A AFL pode ainda ser indicada por e, logo, diagnosticada devido à apresentação de um ou mais sintomas ou fatores de risco (por exemplo, obesidade, diabetes, comportamento de bebida, etc.). A doença hepática gordurosa pode apresentar sintomas tais como cansaço, fraqueza muscular, desconforto abdominal, perda de peso e confusão. No entanto, a doença hepática gordurosa usualmente não apresenta sintomas físicos óbvios. A doença hepática gordurosa pode também ser acompanhada por ou precede, a inflamação do fígado ou fibrose hepática. Os pacientes com doença hepática gordurosa, em geral, apresentam elevados níveis de enzimas hepáticas no soro. Além disso, os níveis relativos de diversas enzimas hepáticas são alterados. A AFL, em geral, apresenta um nível de aminotransferase aspartato (AST) no soro que é maior do que o nível de aminotransferase alanina (ALT). Este é distinto da doença hepática gordurosa não alcoólica, na qual o ALT é mais alto do que AST.
[0068] Existem quatro principais fatores patogênicos para a AFL: (1) geração aumentada do NADH causado pela oxidação do álcool, favorecendo a síntese de ácido graxo e triglicerídeos e inibição mitocondrial da e-oxidação de ácidos graxos. (2) influxo hepático melhorado de ácidos graxos livres do tecido adiposo e de quilomícrons da mucosa intestinal. (3) inibição da atividade da adenosina monofosfato quinase ativada (AMPK) mediada pelo etanol resultando em lipogênese aumentada e lipólise diminuída pela inibição do receptor α ativado pela proliferação do peroxissoma (PPARα) e elemento de ligação da proteína regulatória 1c estimulante de esterol (SREBP1c). E, (4) danos às mitocôndrias e microtúbulos por acetaldeído, o qual resulta na redução da oxidação do NADH e no acúmulo de VLDL, respectivamente.
[0069] O tratamento bem sucedido da AFL é indicado pela melhoria de um ou mais sintomas clínicos, laboratoriais ou histopatológicos. Por exemplo, tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela redução em volume de fígado gorduroso, por exemplo, como exibido pelo exame de ultrassom. Como outro exemplo, o tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela redução de um ou mais sintomas clínicos tais como cansaço, fraqueza, ou interrupção da perda de peso. Como outro exemplo, o tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela normalização dos níveis ou níveis relativos das enzimas hepáticas (por exemplo, normalização da proporção de aspartato aminotransferase / alanina aminotransferase).
[0070] Hepatite alcoólica ou esteatohepatite alcoólica (ASH), é o próximo estágio da ARLD após a AFL. Como tal, a AFL é um pré-requisito para o desenvolvimento de ASH. Dezessete por cento de todas as biópsias de fígado de pacientes que são admitidos por desintoxicação de álcool revelam ASH e 40% dos pacientes com cirrose alcoólica também apresentam ASH em um fígado cirrótico. Vinte e cinco por cento dos pacientes desenvolve necrose excessiva do fígado com sinais clínicos de falência hepática e encefalopatia hepática. Em diversos casos, a ASH pode causar dano hepático profundo, resistência aumentada ao fluxo sanguíneo é associada com uma prognose fraca. A mortalidade aguda de ASH severa é entre cerca de 15 % e 25 %. A ASH é caracterizada por uma inflamação do fígado. Diversos fatores podem contribuir com o desenvolvimento de ASH, incluindo: (1) efeitos tóxicos induzidos por acetaldeído; (2) geração de espécies de oxigênio reativo (ROS) e peroxidação de lipídeos resultantes; (3) regulação positiva de citosinas pró- inflamatórias e (4) função da via ubiquitina-proa assoma prejudicada.
[0071] O acetaldeído se liga a proteínas e ao DNA resultante em alterações funcionais e adutos de proteína. O referido aduto pode ativar o sistema imune pela formação de auto antígenos. O acetaldeído também induz danos à mitocôndria e prejudica a função da glutationa, levando ao estresse oxidativo e apoptose.
[0072] As principais fontes de ROS são transporte de elétron mitocondrial dependente de CYP2E1, citocromo redutase dependente NADH e oxidase xantina. A entrada crônica de álcool regula positivamente, de forma marcada, a CYP2E1, a qual exacerba a geração de ROS. Além disso, a CYP2E1 metaboliza o etanol ao acetaldeído resultando em uma maior alteração da proteína e DNA.
[0073] Metabólitos do álcool e vias de sinalização de estímulo de ROS tais como aquelas mediadas por NF-KB, STAT-JAK e JNK em células hepáticas residentes, levam à síntese local de mediadores inflamatórios tais como TNFα e CXC quimiocinas (por exemplo, interleucina-8), bem como osteopontina. O abuso ao álcool também resulta em mudanças na microbiota colônica e permeabilidade intestinal aumentada, levando a níveis séricos elevados de lipopolissacarídeos que induzem as ações inflamatórias em células Kupffer por meio de CD14 / TLR4. O ambiente inflamatório resultante no fígado alcoólico leva à infiltração do leucócito polimorfonuclear (PMN), formação de ROS e dano hepatocelular.
[0074] A histopatologia ASH pode ser caracterizada pela degeneração de balonamento de hepatócitos associada com necrose, apoptose melhorada e, frequentemente, a ocorrência de corpos de Mallory Denk (MDBs). A histopatologia ASH pode também exibir a infiltração de células imunes, incluindo células polimorfonucleares, linfócitos T ou células matadoras naturais. Os MDBs são associados com uma prognose fraca. Em adição ao MDB, mitocôndrias gigantes podem ser observadas nas células do fígado dos pacientes com ASH. Características histopatológicas adicionais de ASH incluem esteatose macrovesicular, esteatose microvesicular, hepatite lobular, vacúolos nucleares, proliferação ductular, fibrose perivascular e fibrose ou cirrose.
[0075] Pacientes com ASH podem desenvolver fibrose progressiva. Na ARLD, o tecido fibrótico é tipicamente localizado nas áreas pericentral e perissinusoidal. Em estágios avançados, faixas de colágeno estão evidentes e a fibrose transitória se desenvolve. Esta condição precede o desenvolvimento dos nódulos de regeneração e cirrose hepática. Os mecanismos celulares e moleculares da fibrose no ARLD não são completamente entendidos. Metabólitos do álcool tais como acetaldeído podem diretamente ativar as células estelares hepáticas (HSC), as principais células produtoras de colágeno no fígado danificado. O HSC pode ainda ser ativado paracrinalmente pelos hepatócitos danificados, células de Kupffer ativadas e células PMN infiltrantes. Estas células liberam mediadores fibrogênicos tais como fatores de crescimento (TGF-β1, PDGF), citocinas (leptina, angiotensina II, interleucina-8 e TNFα), mediadores solúveis (óxido nítrico) e ROS. De forma importante, os ROS estimulam as vias de sinalização pró-fibrogênicas intracelulares no HSC incluindo aquelas mediadas por ERK, PI3K/AKT e JNK. Eles também regulam positivamente TIMP-1 e diminuem as ações das metalproteinases, assim promovendo o acúmulo de colágeno. As células que não são HSC podem também sintetizar colágeno no ARLD. Elas incluem fibroblastos portais e células derivadas da medula óssea.
[0076] O ASH pode ser classificado em formas leve, moderada e severa devido à intensidade e frequência de uma ampla variedade de descobertas clínicas subjetivas e objetivas. Os sintomas clínicos do ASH incluem: dor no quadrante direito superior não específica, náusea e êmese, frequentemente acompanhadas de febre e icterícia. Outros sintomas incluem: cansaço, boca seca e sede aumentada ou sangramento a partir de veias aumentadas nas paredes da parte inferior do esôfago. Outras condições de pele indicativas de ASH incluem: veias pequenas vermelhas tipo estrelas na pele, pele muito escura ou muito clara, vermelhidão nos pés ou mãos ou coceira. Pacientes com ASH podem ainda apresentar com sintomas de retirada do álcool e sinais de desnutrição. Marcadores clínicos adicionais incluem hepatomegalia, ascites, anorexia, encefalopatia, esplenomegalia, perda de peso, pancreatite ou sangramento gastrointestinal. Em diversos casos, os pacientes podem exibir problemas com pensamento, memória e humor, desmaio ou vertigem, ou dormência nas pernas e pés.
[0077] Marcadores de soro e sangue de ASH incluem um aumento na atividade da aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase, acompanhado por um nível mais alto de aspartato aminotransferase sobre a alanina aminotransferase. Tipicamente, a gama glutamil peptidase é também elevada em pacientes com ASH. A gama glutamil peptidase elevada é, em geral, considerada devido à indução enzimática por etanol; no entanto, os níveis de aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase são considerados como marcadores de dano das células hepáticas. De 40 a 80 % dos pacientes também apresentam elevados níveis de atividade de fosfatase alcalina. No ASH severo, níveis de beta e gama globulina são elevados. Em adição, o ASH pode apresentar elevada contagem de leucócitos com granulação tóxica e febre. Anormalidades hematológicas para o ASH incluem anemia hipercrômica macrocitótica e trombocitose. O ASH severo pode também exibir a redução nos parâmetros indicativos da função hepática primária, tal como tempo da protrombina, bilirrubina sérica ou albumina sérica. Em alguns casos, a ASH pode ser detectada pela presença de bilirrubina na urina.
[0078] O ASH é, em geral, indistinguível da AFL por meio da ultrassom. No entanto, o ultrassom pode ser útil para excluir colestase extra-hepática, o qual pode apresentar sintomas clínicos similares (por exemplo, icterícia). Se a diagnose não pode ser estabelecida pelo exame dos marcadores clínicos, marcadores séricos ou sanguíneos, e ultrassom, a biópsia do fígado pode ser realizada. A biópsia do fígado pode também ser útil para determinar a severidade da doença ou para guiar a intervenção farmacológica.
[0079] O tratamento bem sucedido de ASH é indicado pela melhoria de um ou mais sintomas clínicos, laboratoriais ou histopatológicos. Por exemplo, o tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela redução no volume de fígado gorduroso, por exemplo, como exibido pelo exame de ultrassom. Como outro exemplo, o tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela redução de um ou mais sintomas clínicos, tal como cansaço, fraqueza ou interrupção da perda de peso. Como outro exemplo, o tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela normalização dos níveis das enzimas do fígado ou níveis relativos (por exemplo, normalização da proporção de aspartato aminotransferase / alanina aminotransferase). Como em ainda outro exemplo, o tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela redução nos níveis de beta e gama globulina ou níveis de fosfatase alcalina. Como outro exemplo, a restauração ou melhoria dos parâmetros da função hepática primária tal como tempo da protrombina, bilirrubina sérica ou albumina sérica podem indicar o tratamento bem-sucedido. Como em ainda mais um exemplo, o tratamento bem-sucedido pode ser indicado pela melhoria ou interrupção de um ou mais de hepatomegalia, ascite, anorexia, encefalopatia, esplenomegalia, perda de peso, pancreatite ou sangramento gastrointestinal.
[0080] A cirrose alcoólica é um estágio tardio da doença hepática séria marcada pela inflamação, inchaço, fibrose, membranas celulares danificadas, cicatrização e necrose. Entre cerca de 10 % a cerca de 20 % de alcoólatras irão desenvolver cirrose do fígado. Sintomas da cirrose incluem, porém não se limitam a, icterícia, aumento do fígado e dor e sensibilidade. O tratamento bem- sucedido pode ser indicado por qualquer redução na taxa de progressão da deterioração da função do fígado.
B. Doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD)
[0081] NAFLD inclui um espectro de formas histológicas incluindo esteatose hepática e esteatohepatite não alcoólica (NASH), a qual é caracterizada pela inflamação no fígado, esteatose, necrose e fibrose devido ao rompimento das células do fígado. Condições associadas com NAFLD são variadas e incluem diabetes tipo 2, obesidade, dislipidemia, síndrome metabólica, tratamento com drogas hepatotóxicas, toxinas, agentes infecciosas ou outras causas exógenas. Por exemplo, NAFLD pode resultar de disfunções metabólica tal como, por exemplo, galactosemia, doenças de armazenamento de glicogênio, homocistinúria, e tirosemia, bem como condições nutricionais tais como desnutrição, nutrição parenteral total, fome e super nutrição. Em determinados casos, o NAFLD está associado com cirurgia de desvio jejunal. Outras causas incluem exposição a determinados químicos, tais como, por exemplo, solventes hidrocarbonetos e determinadas medicações, tais como, por exemplo, amiodarona, estrogênios (por exemplo, estrogênios sintéticos), tamoxifeno, maleato, metotrexato, análogos de nucleosídeo e perhexilina. Condições hepáticas gordurosas agudas podem também surgir durante a gravidez.
[0082] O NAFLD tipicamente segue um curso clínico benigno, não progressivo, no entanto, o NASH é uma condição potencialmente séria. Como muitos dos 25 % dos pacientes com NASH pode progredir a uma fibrose avançada, cirrose e experimentar complicações de hipertensão portal, falha hepática e carcinoma hepatocelular (Yeh e Brunt, Am J Clin Pathol, 2007, 128(5): 837 - 47).
[0083] Indivíduos com NAFLD podem ser assintomáticos porém testes clínicos laboratoriais podem mostrar elevados níveis de enzimas hepáticas. Indivíduos podem exibir sintomas de NAFLD, tal como desconforto abdominal (por exemplo, desconforto no quadrante abdominal superior direito), acantose nigricans, imobilidade intestinal, coma, constipação, coagulopatia intravascular disseminada, dor epigástrica, cansaço, mal-estar, hepatomegalia (em geral com uma superfície leve e firme sob palpação), hipoglicemia, icterícia, lipomatose, lipoatrofia, lipodistrofia, náusea, defeitos neurológicos, eritema de Palmer, paniculite, dor periumbilical, super crescimento bacteriano do intestino inferior, angioma estelar, esplenomegalia, falência hepática subaguda e vômitos. A avaliação clínica para descartar a doença hepática relacionada ao álcool gordurosa pode incluir a determinação se o indivíduo consome excesso de álcool (por exemplo, > 60 g / dia para homens e > 20 g / dia para mulheres dentro dos últimos 5 anos. A presença ou nível de anticorpo anti-hepatite C e níveis séricos de ceruloplasmina podem ser usados para indicar que o indivíduo apresenta NAFLD.
[0084] A avaliação não invasiva da bioquímica e metabolismo podem ser usadas para diagnosticar NAFLD e NASH. Pelo uso de uma amostra biológica tal como sangue, plasma ou soro, altos nível de enzimas tal como alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (AP) e / ou Y glutamil transpeptidase (GGT), bem como a presença de outras proteínas de origem do fígado (incluindo heptoglobina, bilirrubina total, alfa-2- microglobulina, resistina, citoqueratina-18 clivada ou intacta) são comumente medidas em adição à parâmetros de glicose sérica e resistência à insulina. Uma vez que o nível da atividade de ALT é frequentemente aumentada em pacientes com NASH (Angulo and Lindor, Best Pract Res Clin Gastroenterol, 2002, 16(5): 797 - 810), estes critérios são considerados como um marcador substituto para acesso à injúria do fígado.
[0085] Em um indivíduo com suspeita de apresentar NAFLD ou NASH, o teste basal do soro pode incluir medir ou determinar níveis de AST, ALT, bilirrubina total e direta e glicose sérica em jejum, bem como o controle de lipídeos. Por exemplo, a esteatose pode ser indicada por elevados níveis séricos (frequentemente elevados moderadamente, por exemplo, elevados aproximadamente 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11 ou 12 vezes acima dos níveis normais) de enzimas hepáticas (tal como, por exemplo, AST, ALT, GGT e fosfatase alcalina) quando outras causas (tal como, por exemplo, hepatite aguda, doença autoimune, hepatite crônica, cirrose, hepatite fulminante, carcinoma hepatocelular, carcinoma metastático, insuficiência cardíaca direita e hepatite viral) foram eliminadas. Por exemplo, valores de ALT maiores do que 32, 24 ou 56 unidades por litro de soro ou pelo menos 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 ou mais vezes os valores normais podem ser um indicativo de disfunção associada com depósitos de lipídeos hepáticos, ou por valores de AST maiores do que 40 unidades por litro de soro ou pelo menos 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 ou mais vezes os valores normais. A elevação dos níveis séricos de aminotransferase de leve a moderado são mais comumente encontrados (faixa média 100 - 200 IU/L). A proporção de AST/ALT é, frequentemente, menor do que no NAFLD, porém pode ser maior do que um em pacientes com doença hepática alcoólica ou doença hepática avançada ou se o paciente avança para fibrose. Os níveis de GGT podem ainda ser significativamente elevados, por exemplo, pelo menos 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, ou mais vezes os valores normais como definidos para um indivíduo normal e saudável. O nível de enzimas hepáticas pode ser normal em uma grande porcentagem de pacientes com NAFLD, logo, níveis normais de AST ou ALT, não excluem a presença de doença avançada. Níveis de fosfatase alcalina e GGT séricos pode ser levemente anormal. Dados mais do que 80 % dos pacientes com NAFLD apresentam componentes de síndrome metabólica, níveis séricos de colesterol e triglicerídeos em jejum, bem como glicose e insulina em jejum, podem ser determinados. Níveis de albumina, bilirrubina e plaquetas podem ser normal a menos que a doença tenha evoluído para cirrose. Alguns pacientes com NAFLD apresentam baixas taxas de anticorpos autoimune (por exemplo, anticorpos antinuclear e anti-músculo liso) e uma elevação de ferritina (Carey et al., “Doença hepática gordurosa não alcoólica” in Current Clinical Medicine, 2a edição, Elsevier, New York. Em algumas modalidades, uma proporção AST / ALT de mais do que 1 podem prever doenças hepáticas gordurosas mais avançadas.
[0086] Métodos radiológicos tais como, porém não se limitando a, imageamento de raios X, ultrassonografia, tomografia computadorizada (CT), imageamento de ressonância magnética (MRI) e espectroscopia de ressonância magnética podem ser usadas para detectar NAFLD. Com a ultrassonografia, a ecogenicidade aumentada do fígado comparada com os rins pode indicar esteatose hepática.
[0087] O NASH pode ser diagnosticado usando métodos histopatológicos em amostras de fígado (por exemplo, biópsias) para avaliar esteatose macrovesicular, degeneração do balonamento, necrose dos hepatócitos, inflamação lobular, megamitocôndria, infiltração de células inflamatórias, apoptose e fibrose (vide, por exemplo, Brunt e Tiniakos, World J Gastroenterol, 2010, 16(42): 5286 - 8296). O balonamento hepatocítico é caracterizada pelo inchaço e aumento das células e, algumas vezes, a aparência de alterações citoplásmicas contendo corpos de Mallory-Denk. A fibrose pode ainda desenvolver, ao longo do tempo, inicialmente como fibrose pericelular / pervenular e eventualmente uma fibrose e cirrose portal-central transitória.
[0088] Hematoxilina e eosina (H&E), tricroma de Masson, Óleo Red O e coloração imunohistoquímica e outros métodos histológicos padrão conhecidos para aqueles de habilidade na técnica podem ser executados para analisar características teciduais e celulares. Um sistema de classificação (por exemplo, uma classificação da atividade NAFLD) que inclui uma ou mais características histológicas pode ser usada para classificar e diagnosticar o NAFLD, incluindo NASH. Em algumas modalidades, o Sistema de Classificação da Rede de Pesquisa Clínica NASH desenvolvido pelo Comitê de Patologia da Rede de Pesquisa Clínica NASH (vide, por exemplo, Kleiner et al., Hepatology, 2005, 41(6): 1313 - 1321) pode ser usado para prever se um indivíduo apresenta NAFLD ou NASH. As Diretrizes Práticas publicadas pela Associação de Gastroenterologia Americana, Associação Americana para o estudo de Doença Hepáticas, e Escola Americana de Gastroenterologia (Chalasani et al., Gastroenterology, 2012, 142: 1592 - 1609) podem ser seguidos por um médico para diagnosticar ou monitorar o NAFLD, incluindo fígado gorduroso não alcoólico, NASH e cirrose associada ao NASH.
[0089] O fígado de um indivíduo pode ser considerado como sendo esteatótico quando uma biópsia revela pelo menos 5 - 10 % p/p de depósitos de gordura (Vide, por exemplo, Clark et al., J. Am. Med. Assoc., 2003, 289: 3000 - 3004 (2003) e Adams et al., Can. Med. Assoc. J., 2005, 172: 899 - 905). O fígado com depósitos de gordura compreendendo até 25 % (p/p) pode ser considerado levemente esteatótico e um fígado com depósitos de gordura compreendendo mais do que 25 % (p/p) podem ser considerados severamente esteatóticos.
[0090] Os tratamentos para NAFLD incluindo NASH incluem exercício, perda de peso e evitar hepatotoxinas ou qualquer substância que pode causar dano ao fígado. Em algumas modalidades, as terapias incluem a administração de agentes antioxidantes, agentes citoprotetores, agentes antidiabéticos, agentes sensibilizadores de insulina (por exemplo, metformina), agentes anti- hiperlipidêmicos, outros compostos químicos, tais como fibratos, tiazolidinedionas (isto é, rosiglitazona ou pioglitazona), biguanidinas, estatinas, canabinoides, e outros compostos terapêuticos ou moléculas que objetivam receptores nucleares, receptores de angiotensina, receptores canabinoides ou HMG-CoA reductase.
[0091] A eficácia do tratamento pode ser determinada pela detecção da redução em um ou mais sintomas ou manifestações clínicas da doença, bem como qualquer dos testes descritos acima para a diagnose.
IV. Compostos
[0092] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece um composto de fórmula I:
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em que a linha pontilhada está ausente ou é uma ligação. X é O ou S. R1 é cicloalquil, heterocicloalquil, aril ou heteroaril, opcionalmente substituído com de 1 a 3 grupos R1a. Cada R1a é independentemente H, C1-6 alquil, C2-6 alquenil, C2-6 alquinil, C1-6 alcoxi, C1-6 alquil-OR1b, halogênio, C1-6 haloalquil, C1-6 haloaloxi, -OR1b, -NR1bR1c, -C(O)R1b, -C(O)OR1b, -OC(O)R1b, -C(O)NR1bR1c, -NR1bC(O)R1c, -SO2R1b, -SO2NR1bR1c, cicloalquil, heterocicloalquil, aril ou heteroaril. R1b e R1c são, cada, H ou C1-6 alquil. R2 é H, C1-6 alquil, C1-6 alquil- OR1b, C1-6 alquil-NR1bR1c ou C1-6 alquileno-heterocicloalquil. R3 é H ou C1-6 alquil. Ar é aril, opcionalmente substituído com 1-4 grupos R4. Cada R4 é H, C1-6 alquil, C1-6 alcoxi, halogênio, C1-6 haloalquil ou C1-6 haloalcoxi. L1 é uma ligação ou C1-6 alquileno. O “n” subscrito é um inteiro de 0 a 3. Ainda incluídos estão os sais e isômeros dos compostos aqui citados.
[0093] Em algumas outras modalidades, a presente invenção fornece um composto apresentando fórmula Ia:
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[0094] Em algumas modalidades, L1 é metileno. Em outras modalidades, Ar é fenil.
[0095] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece um composto apresentando fórmula Ib:
Figure img0004
[0096] Em algumas outras modalidades, a presente invenção fornece um composto apresentando fórmula Ic:
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[0097] Em algumas outras modalidades, a presente invenção fornece um composto apresentando a fórmula Id:
Figure img0006
[0098] Em algumas modalidades, cada R1a, R2 e R4 são como definido acima para a Fórmula I. Em algumas modalidades, os compostos de Fórmula Id são aqueles em que cada R1a é independentemente H, C1-6 alquil, halogênio ou C1-6 haloalquil; R2 é H, ou C1-6 alquil; e cada R4 é H, C1-6 alquil, halogênio ou C1-6 haloalquil.
[0099] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece um composto em que R1 é aril ou heteroaril. Em outras modalidades, R1 é selecionado dentre o grupo que consiste de fenil, piridil, pirimidina e tiazol. Em algumas outras modalidades, cada R1a é independentemente H, C1-6 alquil, C1-6 alcoxi, halogênio, C1-6 haloalquil, -NR1bR1c ou -SO2R1b. Ainda em outras modalidades, cada R1a é C1-6 haloalquil. Em algumas outras modalidades, cada R1a é independentemente H, Me, Et, -OMe, F, Cl, -CF3, -NMe2, ou -SO2Me. Em algumas modalidades, cada R1a é independentemente H, Me, Et, F, Cl ou -CF3. Em outras modalidades, cada R1a é -CF3. Em algumas outras modalidades, R2 é H ou C1-6 alquil. Em outras modalidades, R2 é H.
[0100] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece um composto selecionado dentre os seguintes:
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Figure img0008
Figure img0009
[0101] Em algumas modalidades, o composto é
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[0102] Em algumaSOutras modalidades, a presente invenção fornece um composto apresentando a fórmula:
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[0103] Os compostos da presente invenção podem existir como sais. A presente invenção inclui tais sais. Exemplos de formas de sal aplicáveis incluem hidrocloretos, hidrobrometos, sulfatos, metanossulfonatos, nitratos, maleatos, acetatos, citratos, fumaratos, tartaratos (por exemplo (+)-tartaratos, (- )-tartaratos ou misturas dos mesmos, incluindo misturas racêmicas, succinatos, benzoatos e sais com aminoácidos, tal como ácido glutâmico. Estes sais podem ser preparados por métodos conhecidos por aqueles com habilidade na técnica. Também estão incluídas sais de adição de base, tal como sódio, potássio, cálcio, amônio, amino orgânico ou sal de magnésio ou um sal similar. Quando os compostos da presente invenção contém funcionalidades relativamente básicas, sais de adição de ácido podem ser obtidos pelo contato com a forma neutra de tais compostos com uma quantidade suficiente dos ácidos desejados, tanto puros ou em um solvente inerte adequado. Exemplos de aceitáveis sais de adição de ácido incluem aqueles derivados de ácidos inorgânicos como ácido hidroclórico, ácido hidrobrômico, ácido nítrico, ácido carbônico, ácido mono hidrogênio carbônico, ácido fosfórico, ácido mono hidrogênio fosfórico, ácido dihidrogênio fosfórico, ácido sulfúrico, ácido monohidrogênio sulfúrico, ácido hidroiódico ou ácido fosforoso e similares, bem como os sais derivados de ácidos orgânicos como ácido acético, ácido propiônico, ácido isobutírico, ácido maleico, ácido malônico, ácido benzoico, ácido succínico, ácido subérico, ácido fumárico, ácido lático, ácido mandélico, ácido ftálico, ácido benzenossulfônico, ácido p-tolilssulfônico, ácido cítrico, ácido tartárico, ácido metanossulfônico e similares. Também incluídos estão sais de aminoácidos tais como arginatos e similares, e sais de ácidos orgânicos como ácidos glicurônico ou galacturônico e similares. Determinados compostos específico da presente invenção contém ambas funcionalidades básicas a ácidas que permitem os compostos para serem convertidos tanto em sais de adição de ácido ou base.
[0104] Outros sais incluem sais ácido ou base dos compostos usados nos métodos da presente invenção. Exemplos ilustrativos dos sais farmaceuticamente aceitáveis são sais ácido minerais (ácido hidroclórico, ácido hidrobrômico, ácido fosfórico e similares), sais ácido orgânicos (ácido acético, ácido propiônico, ácido glutâmico, ácido cítrico e similares) e sais de amônio quaternário (metil iodeto, etil iodeto e similares). É entendido que sais farmaceuticamente aceitáveis são não tóxicos. Informação adicional sobre sais farmaceuticamente aceitáveis pode ser encontrada nas Ciências Farmacêuticas de Remington, 17a ed., Mack Publishing Company, Easton, Pa., 1985, o qual é aqui incorporado por referência.
[0105] Sais farmaceuticamente aceitáveis incluem sais de compostos ativos os quais são preparados com ácidos ou bases relativamente não tóxicos, dependendo dos substituintes em particular encontrados nos compostos aqui descritos. 0Exemplos de sais de adição de base farmaceuticamente aceitáveis incluem sódio, potássio, cálcio, amônio, amino orgânico ou sal de magnésio ou um sal similar. Quando os compostos da presente invenção contêm funcionalidades relativamente básicas, sais de adição de ácido podem ser obtidos pelo contato da forma neutra de tais compostos com uma quantidade suficiente do ácido desejado, tanto puto ou em um solvente inerte adequado. Exemplos de sais de adição de ácido farmaceuticamente aceitáveis incluem aqueles derivados de ácidos inorgânico tais como hidroclórico, hidrobrômico, nítrico, carbônico, mono hidrogênio carbônico, fosfórico, mono hidrogênio fosfórico, dihidrogênio fosfórico, sulfúrico, mono hidrogênio sulfúrico, hidriódico ou ácidos fosfóricos e similares, bem como os sais derivados dos ácidos orgânicos relativamente não tóxicos como acético, propiônico, isobutírico, maleico, malônico, benzoico, succínico, subérico, fumárico, lático, mandélico, ftálico, benzenossulfônico, p-tolilssulfônico, cítrico, tartárico, metanossulfônico e similares. Também incluídos estão os sais de aminoácidos, tais como arginato e similares e sais de ácidos orgânicos como ácidos glicurônico ou galacturônico e similares (vide, por exemplo, Berge et al., "Farmacêutica Salts", Journal of Pharmaceutical Science, 1977, 66, 1 - 19). Compostos específico determinados da presente invenção contém ambas funcionalidades básicas e ácidas que permitem que os compostos sejam convertidos em tanto sais de adição de ácido ou base.
[0106] As formas neutras dos compostos são preferencialmente regeneradas pelo contato do sal com uma base ou ácido e isolamento do composto pai de modo convencional. A forma pai do composto difere das diversas formas de sal em determinadas propriedades físicas, tal como solubilidade em solventes polares.
[0107] Determinados compostos da presente invenção podem existir em formas não solvatadas bem como formas solvatadas, incluindo formas hidratadas. Em geral, as formas solvatadas são equivalentes a formas não solvatadas e são compreendidas no escopo da presente invenção. Determinados compostos da presente invenção podem existir em múltiplas formas cristalinas ou amorfas. Em geral, todas as formas físicas são equivalentes para os usos contemplados pela presente invenção e tem a intenção de estarem dentro do escopo da presente invenção.
[0108] Determinados compostos da presente invenção apresentam átomos de carbono assimétricos (centros ópticos) ou ligação duplas; os enântiomeros, racematos, diasteroisômeros, tautômeros, isômeros geométricos, formas estereoisométricas que podem ser definidas, em termos da estereoquímica absoluta, como (R)- ou (S)- ou como (D)- ou (L)- para aminoácidos e isômeros individuais são compreendidos dentro do escopo da presente invenção. Os compostos da presente invenção não incluem aqueles os quais são conhecidos no estado da técnica como sendo instáveis para sintetizar e / ou isolar. A presente invenção deve incluir compostos nas formas racêmica e opticamente puras. Isômeros opticamente ativos (R)- e (S)-, ou (D)- e (L)- podem ser preparados usando centros quirais ou reagentes quirais ou resolvidos usando técnicas convencionais.
[0109] Isômeros incluem compostos apresentando o mesmo número e tipo de átomos e, dessa forma, o mesmo peso molecular, porém diferentes em relação ao arranjo estrutural ou configuração dos átomos.
[0110] Será aparente para um técnico no assunto que determinados compostos desta invenção podem existir nas formas tautoméricas, todos as referidas formas tautoméricas dos compostos estado dentro do escopo da invenção. Tautômero se refere a um ou dois ou mais isômeros estruturais os quais existem em equilíbrio e os quais são prontamente convertidos de uma forma isomérica para outra.
[0111] A menos que indicado de outra forma, as estruturas aqui mostradas também devem incluem todas as formas estereoquímicas da estrutura; isto é, as configurações R e S para cada centro assimétrico. Sendo assim, isômeros estereoquímicos únicos bem como misturas enantioméricas e diasteroisoméricas dos presentes compostos estão dentro do escopo da invenção.
[0112] A menos que indicado de outra forma, os compostos da presente invenção pode ainda conter proporções não naturais de isótopos atômicos em um ou mais dos átomos que constituem tais compostos. Por exemplo, os compostos da presente invenção podem ser radiomarcados com isótopos radioativos, tais como por exemplo deutério (2H), trítio (3H), iodo-125 (125I), carbono-13 (13C) ou carbon-14 (14C). Todas as variações isotópicas dos compostos da presente invenção, radioativos ou não, estão compreendidos dentro do escopo da invenção da presente invenção.
[0113] Em adição às formas de sal, a presente invenção fornece compostos, os quais estão na forma de pró-fármaco. Pró-fármacos dos compostos aqui descritos são aqueles compostos que prontamente sofrem mudanças químicas sob condições fisiológicas para fornecer os compostos da presente invenção. Adicionalmente, pró-fármacos podem ser convertidos aos compostos da presente invenção por métodos químicos ou bioquímicos em um ambiente ex vivo. Por exemplo, pró-fármacos podem ser lentamente convertidos aos compostos da presente invenção quando colocados em um reservatório de um adesivo transdérmico com uma enzima ou reagente químico adequado.
[0114] Os compostos da presente invenção podem ser preparados por uma variedade de métodos conhecidos no estado da técnica. Vide, por exemplo, a patente US n° 8,685,973, aqui incorporada por referência em sua totalidade.
V. Composições farmacêuticas
[0115] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece uma composição farmacêutica incluindo um excipiente farmaceuticamente aceitável e o composto da presente invenção.
[0116] Os compostos da presente invenção podem ser preparados e administrados em uma ampla variedade de formas de dosagem oral, parenteral e tópica. Preparações orais incluem comprimidos, pílulas, pós, drágeas, cápsulas, líquidos, pastilhas, géis, xaropes, polpas, suspensões, etc., adequado para a ingestão pelo paciente. Os compostos da presente invenção podem ainda ser administrados por injeção, que é, intravenosamente, intramuscularmente, intracutaneamente, subcutaneamente, intraduodenalmente ou intraperitonealmente. Ainda, os compostos aqui descritos podem ser administrados por inalação, por exemplo, intranasalmente. Adicionalmente, os compostos da presente invenção podem ser administrados transdermicamente. Os moduladores GR desta invenção podem ainda ser administrados por vias intraocular, intravaginal e intraretal, incluindo formulações supositórios, insuflação, pós e aerossol (por exemplos de inalantes esteroides, vide Rohatagi, J. Clin. Pharmacol. 35: 1187 - 1193, 1995; Tjwa, Ann. Allergy Asthma Immunol. 75: 107 - 111, 1995). De acordo, a presente invenção também fornece composições farmacêuticas incluindo um carreador ou excipiente farmaceuticamente aceitáveis e tanto um composto de Fórmula (I) ou um sal farmaceuticamente aceitável do composto de Fórmula (I).
[0117] Para preparar composições farmacêuticas a partir dos compostos da presente invenção, carreadores farmaceuticamente aceitáveis podem ser tanto sólidos ou líquido. Preparações na forma sólida incluem pós, comprimidos, pílulas, cápsulas, sachês, supositórios e grânulos dispersáveis. Um carreador sólido pode ser um ou mais substâncias, as quais também podem agir como diluentes, agentes flavorizantes, ligantes, preservativos, agentes desintegrantes de comprimidos ou um material encapsulante. Detalhes de técnicas para a formulação e administração são bem descritos na literatura científica e patentária, vide, por exemplo, a última edição das Ciências Farmacêuticas de Remington, Maack Publishing Co, Easton PA ("Remington").
[0118] Nos pós, o carreador é um sólido finamente dividido, o qual está em uma mistura com o componente ativo finamente dividido. Em comprimidos, o componente ativo está misturado com o carreador apresentando as propriedades de ligação necessárias nas proporções adequadas e compactado no formato e tamanho desejado.
[0119] Os pós e os comprimidos preferencialmente contém de 5 % ou 10 % a 70 % do composto ativo. Carreadores adequados são carbonato de magnésio, estearato de magnésio, talco, açúcar, lactose, pectina, dextrina, amido, gelatina, adragante, metil celulose, carboxi metil celulose de sódio, uma cera de baixa fusão, manteiga de cacau e similares. O termo "preparação" deve incluir a formulação do composto ativo com encapsulamento de material como o carreador que fornece uma cápsula na qual o componente ativo com ou sem outros carreadores, é envolvido por um carreador, o qual está, então, em associação com o mesmo. Similarmente, sachês e pastilhas estão incluídos. Comprimidos, pós, cápsulas, pílulas, sachês e pastilhas podem ser usados como formas de dosagem sólidas adequadas para administração oral.
[0120] Excipientes sólidos adequados são preenchedores de carboidratos ou proteínas e incluem, porém não se limitam a, açúcares, incluindo lactose, sacarose, manitol ou sorbitol; amido de milho, trigo, arroz, batata, ou outras plantas; celulose tal como metil celulose, hidroxi propil metil celulose ou carboxi metil celulose de sódio; e goma incluindo arábica e adragante; bem como proteínas tal como gelatina e colágeno. Se desejável, agentes desintegrantes ou solubilizantes podem ser adicionados, tal como o polivinil pirrolidona reticulado, ágar, ácido algínico ou um sal do mesmo, tal como alginato de sódio.
[0121] Núcleos de drágeas são fornecidos com revestimento adequado tal como soluções de açúcar concentradas, as quais podem também conter goma arábica, talco, polivinilpirrolidona, gel de carbopol, polietileno glicol e / ou dióxido de titânio, soluções de laca e solventes orgânicos adequados ou misturas de solventes. Corantes ou pigmentos podem ser adicionados aos comprimidos ou revestimento da drágea para identificação do produto ou para caracterizar a quantidade de composto ativo (isto é, dosagem). Preparações farmacêuticas da invenção podem ainda ser usadas oralmente utilizando, por exemplo, cápsulas de encaixe feitas de gelatina, bem como cápsulas seladas macias feitas de gelatina e um revestimento tal como glicerol ou sorbitol. Cápsulas de encaixe podem conter modulador de GR misturado com um preenchedor ou ligante tal como lactose ou amidos, lubrificantes tal como talco ou estearato de magnésio e, opcionalmente, estabilizantes. Em cápsulas macias, os compostos moduladores de GR podem ser dissolvidos ou suspensos em líquidos adequados, tal como óleos graxos, parafina líquida ou polietileno glicol líquido com ou sem estabilizantes.
[0122] Para o preparo de supositórios, uma cera de baixa fusão, tal como uma mistura de glicerídeos de ácido graxo ou manteiga de cacau, é primeiramente derretida e o componente ativo é disperso homogeneamente no mesmo, como por agitação. A mistura homogênea derretida é, então, despejada em moldes de tamanho convenientes, permitida resfriar e, então, solidificada.
[0123] Preparações na forma líquida incluem soluções, suspensões e emulsões, por exemplo, água ou soluções de água / propileno glicol. Para injeção parenteral, as preparações líquidas podem ser formuladas na solução em solução aquosa de polietileno glicol.
[0124] Soluções aquosas adequadas para uso oral podem ser preparadas pela dissolução do componente ativo em água e adição dos agentes colorantes, flavorizantes, estabilizantes e espessantes adequados como desejado. Suspensões aquosas adequadas para uso oral podem ser feitas pela dispersão do componente ativo finamente dividido em água com material viscoso, tal como gomas naturais ou sintéticas, resinas, metil celulose, carboxi metil celulose de sódio, hidroxi propil metil celulose, alginato de sódio, polivinilpirrolidona, goma adragante e goma acácia e agentes dispersantes ou molhantes tais como um fosfatídeo de ocorrência natural (por exemplo, lecitina), um produto de condensação de um óxido de alquileno com um ácido graxo (por exemplo, estearato de polioxietileno), um produto de condensação de óxido de etileno com um álcool de longa cadeia alifática (por exemplo, heptadecaetileno oxicetanol), um produto de condensação de óxido de etileno com um éster parcial derivado de um ácido graxo e um hexitol (por exemplo, polioxietileno sorbitol mono-oleato), ou um produto de condensação de óxido de etileno com um éster parcial derivado do ácido graxo e um anidrido hexitol (por exemplo, polioxietileno sorbitan mono-oleato). A suspensão aquosa pode ainda conter um ou mais preservativos tal como etil ou n-propil p- hidroxibenzoato, um ou mais agentes colorantes, um ou mais agentes flavorizantes e um ou mais agentes edulcorantes, tal como sacarose, aspartame ou sacarina. As formulações podem ser ajustadas por osmolaridade.
[0125] Também incluídos estão as preparações de formas sólidas, as quais tem a intenção de serem convertidas, rapidamente após o uso, em preparações na forma líquida para administração oral. A referida forma líquida inclui soluções, suspensões e emulsões. Estas preparações podem conter, em adição ao componente ativo, agentes colorantes, flavorizantes, estabilizantes, tampões, adoçantes artificiais e naturais, dispersantes, espessantes, solubilizantes e similares.
[0126] Suspensões oleosas podem ser formuladas pela suspensão de um composto da presente invenção em um óleo vegetal, tal como óleo de amendoim, óleo de oliva, óleo de sésamo ou óleo de coco, ou em um óleo mineral tal como parafina líquida ou uma mistura das mesmas. As suspensões oleosas podem conter um agente espessante, tal como cera de abelha, parafina sólida ou cetil álcool. Agentes adoçantes podem ser adicionados para fornecer uma preparação oral palatável, tal como glicerol, sorbitol ou sacarose. Estas formulações podem ser preservadas pela adição de um antioxidante tal como ácido ascórbico. Como exemplos do veículo de óleo injetável, vide Minto, J. Pharmacol. Exp. Ther. 281: 93 - 102, 1997. As formulações farmacêuticas da invenção podem ainda estar na forma de óleo-em-água emulsões. A fase oleosa pode ser um óleo vegetal ou um óleo mineral, descrito acima, ou uma mistura dos mesmos. Agentes emulsificantes adequados incluem gomas de ocorrência natural, tal como goma acácia goma adragante, fosfatídeos de ocorrência natural, tal como lecitina de óleo de soja, ésteres ou ésteres parciais derivados de ácido graxos e hexitol anidridos, tal como sorbitan mono-oleato e produtos de condensação destes ésteres parciais com óxido de etileno, tal como polioxietileno sorbitan mono-oleato. A emulsão pode ainda conter agentes adoçantes e agentes flavorizantes, como na formulação de xaropes e elixires. Tais formulações podem ainda conter um demulcente, um preservativo ou agente corante.
[0127] Os compostos da invenção podem ser distribuídos por via transdermal ou por via tópica, formuladas como hastes aplicadoras, soluções, suspensões, emulsões, géis, cremes, pomadas, pastas, geleias, pinturas, pós e aerossóis.
[0128] Os compostos e composições da invenção podem ainda ser distribuídos como microesferas para a lenta liberação no corpo. Por exemplo, as microesferas podem ser administradas via injeção intradérmica de microesferas contendo o fármaco, o que permite a lenta liberação subcutânea (vide Rao, J. Biomater Sci. Polim. Ed. 7:623-645, 1995; como formulações biodegradáveis e géis injetáveis (vide, por exemplo, Gao Pharm. Res. 12:857863, 1995); ou, como microesferas para administração oral (vide, por exemplo, Eyles, J. Pharm. Pharmacol. 49: 669 - 674, 1997). Ambas vias transdérmica e intradérmica permitem a liberação constante por semanas ou meses.
[0129] As formulações farmacêuticas da invenção podem ser fornecidas como um sal e podem ser formadas com muitos ácidos, incluindo, porém não se limitando a hidroclórico, sulfúrico, acético, lático, tartárico, málico, succínico, etc. Os sais tendem a ser mais solúveis em solventes aquosos ou outros solventes protônicos que são as formas de base livre correspondentes. Em outros casos, a preparação pode ser um pó liofilizado em 1 mM - 50 mM de histidina, 0.1 % - 2 % de sacarose, 2 % - 7 % de manitol em uma faixa de pH de 4.5 a 5.5, que é combinado com tampão antes do uso.
[0130] Em outra modalidade, as formulações da invenção podem ser distribuídas pelo uso de lipossomas as quais se fundem com a membrana celular ou são enoitadas, isto é, pelo emprego de ligantes ligados ao lipossoma, ou ligados diretamente ao oligonucleotídeo, que se liga aos receptores de proteína de superfície da membrana da célula resultante em endobiose. Pelo uso de lipossomas, particularmente em que a superfície do lipossoma carrega ligantes específicos para células alvo, ou são, por outro lado, preferencialmente direcionados a um órgão específico, um pode focar na liberação do modulador de GR nas células alvo in vivo. (Vide, por exemplo, Al- Muhammed, J. Microencapsul. 13: 293 - 306, 1996; Chonn, Curr. Opin. Biotechnol. 6: 698 - 708, 1995; Ostro, Am. J. Hosp. Pharm. 46: 1576 - 1587, 1989).
[0131] A preparação farmacêutica é preferencialmente na forma de dosagem única. Em tal forma, a preparação é subdividida em unidades de dosagem contendo quantidades apropriadas do componente ativo. A forma de dosagem única pode ser uma preparação embalada, a embalagem contendo discretas quantidades de preparação, tal como comprimidos, cápsulas, e pós embalados em frascos ou ampolas. Ainda, a forma de dosagem única pode ser uma cápsula, comprimido, sachê ou pastilhas por si só ou se podem ser o número apropriado de qualquer destes em formas embaladas.
[0132] A quantidade de componente ativo em uma preparação de dosagem unitária pode ser variada ou ajustada de 0.1 mg a 10000 mg, mais tipicamente 1.0 mg a 1000 mg, mais tipicamente 10 mg a 500 mg, de acordo com a aplicação particular e a potência do componente ativo. A composição pode, se desejada, ainda conter outros agentes terapêuticos compatíveis.
[0133] O regime de dosagem ainda considera parâmetros farmacocinéticos bem conhecidos na técnica, isto é, a taxa de absorção, biodisponibilidade, metabolismo, clearance e similares (vide, por exemplo, Hidalgo-Aragones (1996) J. Steroid Biochem. Mol. Biol. 58: 611 - 617; Groning (1996) Pharmazie 51: 337 - 341; Fotherby (1996) Contraception 54: 59 - 69; Johnson (1995) J. Pharm. Sci. 84: 1144 - 1146; Rohatagi (1995) Pharmazie 50: 610 - 613; Brophy (1983) Eur. J. Clin. Pharmacol. 24: 103 - 108; o último Remington, supra). O estado da técnica permite ao médico determinar o regime de dosagem para cada indivíduo paciente, o modulador de GR e doença ou condição tratada.
[0134] Única ou múltiplas administrações das formulações podem ser administradas dependendo da dosagem e frequência requeridas e toleradas pelo paciente. As formulações devem fornecer uma quantidade suficiente de agente ativo para efetivamente tratar o estado da doença. Logo, em uma modalidade, as formulações farmacêuticas para a administração oral do composto da presente invenção são em uma quantidade diária de entre cerca de 0.5 a cerca de 20 mg por quilograma de peso corporal por dia. Em uma modalidade alternativa, as dosagens são de cerca de 1 mg a cerca 4 mg por kg de peso corporal por paciente por dia são usados. Dosagens menores podem ser usadas, particularmente quando o fármaco é administrado a um local anatomicamente isolado, tal como o espaço do fluido espinhoso cerebral (CSF), em contraste à administração oral, no fluxo sanguíneo, dentro de uma cavidade corporal ou no lúmen de um órgão. Dosagens substancialmente mais altas podem ser usadas na administração tópica. Métodos atuais para o preparo de formulações administráveis parenteralmente serão conhecidas ou aparentes para aqueles com habilidade na técnica e são descritos em maiores detalhes em tais publicações como Remington, supra. Vide também Nieman, em "Receptor Mediated Antisteroid Action," Agarwal, et al., eds., De Gruyter, New York (1987).
[0135] Os compostos aqui descritos podem ser usados em combinação um com o outro, com outros agentes ativos conhecidos como úteis na modulação de um receptor glicocorticoide, ou com agentes adjuntivos que podem não ser eficazes isolados, porém podem contribuir para a eficácia do agente ativo.
[0136] Em algumas modalidades, a co-administração inclui a administração de um agente ativo dentro de 0.5, 1, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 16, 20 ou 24 horas de um segundo agente ativo. A co-administração inclui a administração de dois agentes ativos simultaneamente, aproximadamente simultaneamente (por exemplo, dentro de cerca 1, 5, 10, 15, 20 ou 30 minutos de cada um), ou sequencialmente em qualquer ordem. Em algumas modalidades, a co-administração pode ser campanha pela co-formulação, isto é, preparo de uma única composição farmacêutica incluindo ambos os agentes ativos. Em outras modalidades, os agentes ativos podem ser formulados separadamente. Em outra modalidade, o agente ativo e / ou adjuntivo pode ser ligado ou conjugado um ao outro.
[0137] Após a composição farmacêutica incluindo um modulador de GR da invenção ter sido formulada em um carreador aceitável, eles podem ser posicionados em um recipiente apropriado e marcado para o tratamento de uma condição indicada. Para a administração de compostos da presente invenção, tal marcação iria incluir, por exemplo, instruções relacionadas à quantidade, frequência e método de administração.
[0138] As composições farmacêuticas da presente invenção podem ser fornecidas como um sal e podem ser formadas com muitos ácidos, incluindo, porém não se limitando a, ácidos hidroclórico, sulfúrico, acético, lático, tartárico, málico, succínico, etc. Os sais tendem a ser mais solúveis em solventes aquosos ou outros solventes protônicos que são as formas de base livre correspondentes. Em outros casos, a preparação pode ser um pó liofilizado em 1 mM - 50 mM de histidina, 0.1 % - 2 % sacarose, 2 % - 7 % de manitol em uma faixa de pH de 4.5 a 5.5, que é combinado com tampão antes do uso.
[0139] Em outra modalidade, as composições da presente invenção são úteis para a administração parenteral, tal como administração intravenosa (IV) ou administração em uma cavidade corporal ou no lúmen de um órgão. As formulações para administração irão comumente compreender uma solução de composições da presente invenção dissolvidas em um carreador farmaceuticamente aceitável. Dentre os veículos e solventes aceitáveis que podem ser empregados são água e solução de Ringer, um cloreto de sódio isotônico. Em adição, óleos fixos estéreis podem convencionalmente ser empregados como um solvente ou meio suspenso. Para este propósito, qualquer óleo fixo brando pode ser empregado incluindo mono- ou diglicerídeos sintéticos. Em adição, ácidos graxos tais como ácido oleico podem, da mesma forma, ser usados na preparação de injetáveis. Estas soluções são estéreis e, em geral, livres de materiais indesejados. Estas formulações podem ser esterilizadas pelas técnicas de esterilização convencionais bem conhecidas. As formulações podem conter substâncias auxiliares farmaceuticamente aceitáveis como requerido para condições próximas às fisiológicas, tais como ajuste do pH e agentes tamponantes, agentes de ajuste de toxicidade, por exemplo, acetato de sódio, cloreto de sódio, cloreto de potássio, cloreto de cálcio, lactato de sódio e similares. A concentração das composições da presente invenção nestas formulações pode variar amplamente, e serão primeiramente selecionadas com base no volume de fluido, viscosidades, peso corporal e similares, de acordo com um modo particular de administração selecionado e as necessidades do paciente. Para a administração IV, a formulação pode ser uma preparação injetável estéril, tal como uma suspensão aquosa ou oleosa injetável estéril. Esta suspensão pode ser formulada de acordo com os conhecimentos da técnica, usando aqueles agentes de dispersão ou molhante adequados e agentes de suspensão. Uma preparação injetável estéril pode ainda ser uma solução ou suspensão injetável estéril em um diluente ou solvente não tóxica parenteralmente aceitável, tal como uma solução de 1,3- butanodiol.
VI. Método de tratamento da doença hepática gordurosa
[0140] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece um método de tratamento da disfunção ou condição através da modulação de um receptor glicocorticoide, o método incluindo a administração a um indivíduo na necessidade de o referido tratamento, uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto de fórmula I.
[0141] Em algumas outras modalidades, a presente invenção fornece um método de tratamento de uma disfunção ou condição através da antagonização de um receptor glicocorticoide, o método incluindo a administração a um indivíduo na necessidade de o referido tratamento, uma quantidade eficaz do composto de fórmula I.
[0142] Em outra modalidade, a presente invenção fornece métodos de modulação da atividade do receptor nuclear usando as técnicas aqui descritas. Em uma modalidade exemplar, o método inclui o contato de um GR e um MR com uma quantidade eficaz de um composto da presente invenção, tal como o composto de fórmula I, e detecção da mudança na atividade de GR e MR.
[0143] Em uma modalidade exemplar, o modulador nuclear é um antagonista da atividade de GR e MR. Um antagonista do receptor nuclear, como aqui utilizado, se refere a qualquer composição ou composto o qual inibe parcialmente ou completamente (antagoniza) a ligação do agonista do receptor glicocorticoide (GR) (por exemplo cortisol e análogo de cortisol sintético ou natural) a um GR, e inibe parcialmente ou completamente (antagoniza) a ligação de um agonista do receptor mineralocorticoide (MR) (por exemplo aldosterona e análogo de aldosterona sintético ou natural) a um MR, assim inibindo qualquer resposta biológica associada à ligação de um GR e um MR ao agonista. Em algumas modalidades, o antagonista do receptor nuclear preferencialmente se liga ao GR e / ou MR em relação ao receptor de estrogênio (ER), receptor de progesterona (PR) e / ou o receptor de androgênio (AR). A preferência do antagonista do receptor nuclear por GR e / ou MR em relação ao ER, PR e / ou AR podem ser maiores do que pelo menos 10:1. Por exemplo, a preferência pode ser pelo menos 10:1, 50:1, 100:1, 500:1 ou pelo menos 1000:1. Em algumas modalidades, o antagonista do receptor nuclear preferencialmente se liga ao GR e / ou MR em relação ao ER, PR e / ou AR por pelo menos 100:1.
[0144] Em algumas modalidades, o antagonista do receptor nuclear da presente invenção pode ser usado em combinação com um ou mais tratamentos para melhorar ou reduzir um ou mais sintomas da doença hepática gordurosa. O antagonista nuclear pode ser administrado a um paciente com doença hepática gordurosa o qual é sofre ou sofreu mudanças no estilo de vida, tal como, adoção de um regime de perda de peso ou restrição calórica, aumento nos exercícios e / ou evitar álcool ou heptatoxinas. O paciente pode sofrer ou sofreu cirurgia de redução de peso (cirurgia bariátrica). Em algumas modalidades, o antagonista do receptor glicocorticoide específico é administrado a um indivíduo em combinação com um agente terapêutico, tal como, porém, não se limitando a, propiltiouracil, infliximab, insulina, glucagon, bloqueadores de canal de cálcio, antioxidantes (por exemplo, vitamina E), S- adenosil-L-metionina (SAMe), silimarina e pentoxifilina para tratar doença hepática gordurosa relacionada ao álcool incluindo AFL e ASH. Em outras modalidades, o antagonista de receptor glicocorticoide específico é administrado a um indivíduo com um agente terapêutico, tal como porém não se limitando a, um inibidor da receptação de serotonina, sibutramina, orlistat, agente de sensibilização de insulina (por exemplo, tiazolidinediona, rosiglitasona e pioglitazona), agente para a diminuição de lipídeos (por exemplo, probucol), antioxidantes (por exemplo, vitamina E, pentoxifilina, betaína e N-acetilcisteína), terapia hepatoprotetora (por exemplo, ácido ursodeoxicólico), inibidor da enzima conversora de angiotensina, bloqueador do receptor angiotensina, metformina, ácidos graxos monoinsaturados, ácido graxos poli-insaturado e combinações do mesmos para tratar a doença hepática gordurosa não alcoólica incluindo NASH.
VII.. Ensaios e Métodos para o teste dos Compostos para tratar a Doença hepática gordurosa
[0145] Os compostos da presente invenção podem ser testados por sua propriedade antiglicocorticoide. Métodos de ensaio de compostos capazes de modular a atividade do receptor glicocorticoide são aqui apresentadas. Tipicamente, os compostos da presente invenção são capazes de modular a atividade do receptor nuclear pela ligação para os receptores nucleares tal como GR e MR ou para a prevenção de ligantes GR e MR da ligação para o GR e MR correspondente. Em algumas modalidades, os compostos exibem pouco ou nenhum efeito citotóxico.
A. Ensaios de Ligação
[0146] Em algumas modalidades, os moduladores dos receptores nucleares são identificados pela classificação de moléculas que competem com um ligante do receptor nuclear, tal como dexametasona. Aqueles com habilidade na técnica irão reconhecer que há um número de modos de realizar ensaios de ligação competitiva. Em algumas modalidades, o receptor nuclear é pré incubado com um ligante do receptor nuclear marcado e, então, colocar em contato com um composto teste. Este tipo de ensaio de ligação competitiva pode ainda ser aqui referido como um ensaio de deslocamento de ligação. Alteração (por exemplo, uma diminuição) da quantidade de ligante ligado ao receptor nuclear indica que a molécula é um modulador do receptor nuclear potencial. Alternativamente, a ligação de um composto teste para o receptor nuclear pode ser medidas diretamente com um composto teste marcado. Este último tipo de ensaio é denominado um teste de ligação direto.
[0147] Ambos os ensaios de ligação direta e ensaios de ligação competitiva podem ser usados em uma variedade de formatos diferentes. Os formatos podem ser similares àqueles usados em imuno ensaios e ensaios de ligação de receptor. Para uma descrição de diferentes formatos para os ensaios de ligação, incluindo ensaios de ligação competitiva e ensaios de ligação direta, vide Basic e Clinical Immunology 7a edição (D. Stites e A. Terr ed.) 1991; Enzyme Immunoassay, E.T. Maggio, ed., CRC Press, Boca Raton, Florida (1980); e "Practice e Theory of Enzyme Immunoassays", P. Tijssen, Laboratory Techniques in Bioquímica e Molecular Biology, Elsevier Science Publishers B.V. Amsterdam (1985), cada do qual é aqui incorporada por referência.
[0148] Em ensaios de ligação competitiva de fase sólida, por exemplo, o composto da amostra pode competir com um analito marcado por sítios de ligação específicos em um agente de ligação ligado a uma superfície sólida. Neste tipo de formato, o analito marcado pode ser um receptor nuclear ligante e o agente de ligação pode ser uma ligação do receptor nuclear a uma fase sólida. Alternativamente, o analito marcado pode ser receptor nuclear marcado e o agente de ligação pode ser um ligante de receptor nuclear de fase sólida. A concentração do analito marcado ligado a um agente de captura é inversamente proporcional à habilidade de um composto teste para competir no ensaio de ligação.
[0149] Alternativamente, o ensaio de ligação competitivo pode ser conduzido na fase líquida, e qualquer uma de uma variedade de técnicas conhecidas no estado da técnica podem ser usadas para separar a ligação da proteína marcada de uma proteína marcado não ligada. Por exemplo, diversos procedimentos têm sido desenvolvidos para diferenciar entre ligante ligado e excesso de ligante ligado ou entre o teste de composto ligado e o teste de excesso de composto ligado. Estes incluem a identificação do complexo ligado pela sedimentação em gradiente de sacarose, foco de gel de eletroforese ou gel isoelétrico; precipitação do complexo receptor-ligante com sulfato de protamina ou adsorção em hidroxilapatita; e a remoção de compostos não ligados ou ligantes pela adsorção em carvão revestido com dextrano (DCC) ou ligação para anticorpo imobilizados. Após a separação, a quantidade de ligante ligado ou composto teste é determinada.
[0150] Alternativamente, um ensaio de ligação homogêneo pode ser realizada na qual uma etapa de separação não é necessária. Por exemplo, um marcador no receptor nuclear pode ser alterado pela ligação do receptor nuclear ao seu ligante ou composto teste. Esta alteração no receptor nuclear marcado resulta em uma diminuição ou aumento no sinal emitido pelo marcador, de modo que a medida do marcador ao final do ensaio, ensaio de ligação permite a detecção ou quantificação do receptor nuclear no estado ligado. Uma ampla variedade de marcadores pode ser usada. O componente pode ser marcado por qualquer um dos diversos métodos. Marcadores radioativos úteis incluem aqueles incorporados 3H, 125I, 35S, 14C ou 32P. Marcadores não radioativos úteis incluem aqueles que incorporam fluoróforos, agentes quimioluminescentes, agentes fosforescentes, agentes eletro quimio luminescentes e similares. Agentes fluorescentes são especialmente úteis em técnicas analíticas que são usadas para detectar modificações na estrutura da proteína tal como anisotropia de fluorescência e / ou polarização de fluorescência. A escolha do marcador depende da sensitibilidade requerida, facilidade de conjugação com o composto, requisitos de estabilidade e instrumentação disponível. Para uma revisão de diversos marcadores ou sistemas produtores de sinais os quais podem ser usados, vide patente US n° 4,391,904, o qual é aqui incorporado por referência em sua totalidade para todos os propósitos. O marcador pode ser acoplado diretamente ou indiretamente ao componente desejado para o ensaio de acordo com os métodos bem conhecidos do estado da técnica.
[0151] Métodos de classificação de alto rendimento podem ser usados para testar um grande número de compostos moduladores potenciais. Tais "bibliotecas de compostos" são, então, classificadas em um ou mais ensaios, como aqui descritos, para identificar aqueles membros da biblioteca (espécies químicas ou subclasses particulares) que mostra uma atividade característica desejada. A preparação e a classificação de bibliotecas químicas são bem conhecido para aqueles com habilidade na técnica. Dispositivos para a preparação de bibliotecas químicas estão comercialmente disponíveis (vide, por exemplo, 357 MPS, 390 MPS, Advanced Chem Tech, Louisville KY, Symphony, Rainin, Woburn, MA, 433A Applied Biosystems, Foster City, CA, 9050 Plus, Millipore, Bedford, MA).
B. Ensaios baseados em células
[0152] Ensaios baseados em células envolvem a célula inteira ou frações de células contendo um receptor nuclear para testar por ligação ou modulação da atividade dos receptor nuclear pelo composto da presente invenção. Tipos de célula exemplares que podem ser usadas de acordo com os métodos da invenção incluem, por exemplo, qualquer células de mamífero incluindo leucócitos tais como neutrófilos, monócitos, macrófagos, eosinófilos, basófilos, mastócito e linfócito, tal como células T e células B, leucemias, linfomas de Burkitt, células tumorais (incluindo células de vírus de tumor mamário de camundongo, células endoteliais, fibroblastos, células cardíacas, células musculares, células de câncer de mama, carcinomas ovarianos, carcinomas cervicais, glioblastomas, células do fígado, células dos rins e células neuronais, bem como células fúngicas, incluindo levedura. Células podem ser células primárias ou células tumorais ou outros tipos de linhagens de células imortais. É claro, os receptores nucleares podem ser expressos em células que não expressam uma versão endógena do receptor nuclear.
[0153] Em alguns casos, os fragmentos do receptor nuclear, bem como proteínas de fusão, podem ser usados para a classificação. Quando as moléculas que competem pela ligação com o ligante do receptor nuclear são desejadas, os fragmentos do receptor nuclear usados são fragmentos capazes de ligação com ligantes (por exemplo, dexametasona). Alternativamente, qualquer fragmento do receptor nuclear pode ser usado como alvo para identificar moléculas que se ligam os receptores nucleares. Os fragmentos do receptor nuclear podem incluir qualquer fragmento de, por exemplo, pelo menos 20, 30, 40, 50 aminoácidos até uma proteína contendo todos exceto um aminoácido do receptor nuclear. Tipicamente, os fragmentos ligante-ligação irão compreender regiões transmembrana e / ou muitos ou todos os domínios extracelulares do receptor nuclear.
[0154] Em algumas modalidades, a sinalização acionada pela ativação do receptor nuclear é usada para identificar os moduladores do receptor nuclear. Sinalização atividade do receptor nuclear pode ser determinada de muitas formas. Por exemplo, eventos moleculares posteriores podem ser monitorados para determinar a atividade da sinalização. Eventos posteriores incluem aquelas atividades ou manifestações que ocorrem como um resultado do estímulo de um receptor nuclear. Exemplos de eventos posteriores úteis na avaliação funcional de ativação transcripcional e antagonismo nas células não alteradas incluem regulação positiva de um número de elemento de resposta dos genes (RE)-dependentes (PEPCK, tirosina amino transferase, aromatase). Em adição, tipos de células específicas suscetíveis à ativação do receptor nuclear pode ser usada, tal como expressão da osteocalcina em osteoblastos os quais são regulados negativamente pelos glicocorticoides; hepatócitos primários os quais exibem regulação positiva do PEPCK e glicose-6-fosfato (G- 6-Pase) mediada pelo receptor nuclear). A expressão do gene mediada por RE foi também demonstrada em linhagens celulares transfectadas usando sequências reguladas por RE bem conhecidas (por exemplo, o promotor do vírus do tumor mamário do camundongo (MMTV) transfectado acima de um constructo do gene repórter). Exemplos of úteis constructos do repórter gene incluem luciferase (luc), fosfatase alcalina (ALP) e cloranfenicol acetil transferase (CAT). A avaliação funcional da repressão transcripcional pode ser realizada em uma linhagem celular tal como monócitos ou fibroblastos de pele humana. Ensaios funcionais úteis incluem aqueles que medem expressão IL-6 estimulado por beta IL-1; a regulação negativa da colagenase, ciclooxigenase-2 e diversas quimiocinas (MCP-1, RANTES); ou expressão de genes regulados por fatores de transcrição NF-KB ou AP-1 em linhagens celulares transfectadas.
[0155] Tipicamente, os compostos que são testados em ensaios de células completas são também testados em um ensaio de citotoxicidade. Os ensaios de citotoxicidade são usados para determinar a extensão para a qual um efeito modulador captado é devido a efeitos celulares de uma ligação receptor não nuclear. Em uma modalidade exemplar, os ensaios de citotoxicidade incluem contato de uma célula constitutivamente ativa com o composto teste. Qualquer diminuição na atividade celular indica um efeito citotóxico.
C. Especificidade
[0156] Os compostos da presente invenção podem ser sujeitos a ensaios de especificidade (também aqui referidos como ensaio de seletividade). Tipicamente, os ensaios de especificidade incluem testar um composto que se liga a um receptor nuclear in vitro ou em um teste baseado em baseado em células para o grau de ligação para as proteínas receptor não nuclear. Ensaios de seletividade podem ser realizados in vitro ou em sistemas a base de células, como descrito acima. A ligação do receptor nuclear pode ser testada contra qualquer proteína receptor não nuclear adequada, incluindo anticorpos, receptores, enzimas e similares. Em uma modalidade exemplar, a proteína de ligação receptor não nuclear é um receptor de superfície célula ou receptor nuclear. Em outra modalidade exemplar, a proteína receptora não nuclear é um receptor de esteroide, tal como receptor de estrogênio, receptor de progesterona, ou receptor de androgênio.
[0157] Os termos e expressões os quais foram aqui empregados são usados como termos de descrição e não de limitação e não há intenção no uso de tais termos e expressões de exclusão de equivalentes das características mostradas e descritas ou partes das mesmas, sendo reconhecido que diversas modificações são possíveis dentro do escopo da invenção reivindicado. Além disso, qualquer uma ou mais características de qualquer modalidade da invenção pode ser combinada com qualquer um ou mais outras características de qualquer modalidade da invenção, sem fugir do escopo da invenção. Por exemplo, as características dos compostos moduladores do receptor nuclear são igualmente aplicáveis aos métodos de tratamento das doenças e / ou as composições farmacêuticas aqui descritas. Todas as publicações, patentes e pedidos de patentes aqui citados são aqui incorporados por referência em sua totalidade para todos os sentidos.
VIII. Exemplos Exemplo 1. Ensaio do gene repórter GR usando células SW1353/MMTV-5
[0158] SW1353/MMTV-5 é uma linhagem celular de condrosarcoma humana aderente que contém receptor glicocorticoide endógeno. Foi transfectada com um plasmídeo (pMAMneo-Luc) codificando firefly luciferase localizado após um elemento responsivo ao glicocorticoide (GRE) derivado de um promotor viral (longa repetição terminal do vírus de tumor mamário de camundongo). Uma linhagem celular SW1353/MMTV-5 foi selecionada com geneticina, o qual foi requerido para manter este plasmídeo. Esta linhagem celular foi, então, sensível aos glicocorticoides (dexametasona) que levam à expressão de luciferase (EC50dex 10nM). Esta resposta induzida por dexametasona foi gradualmente perdida ao longo do tempo e uma nova cultura de uma passagem mais precoce foi iniciada (a partir de uma alíquota crio- armazenada) a cada três meses.
[0159] A fim de testar para um antagonista GR, tal como o Composto 1, as células SW1353/MMTV-5 foram incubadas com diversas diluições dos compostos na presença de 5xEC50dex (50 nM) e a inibição da expressão da luciferase induzida foi medida usando a luminescência detectada em um Topcount (Britelite Plus kit, Perking Elmer). Para cada ensaio, uma curva de dose resposta para a dexametasona foi preparada a fim de determinar o EC50dex requerido para o cálculo do Ki a partir do IC50 do composto teste, por exemplo, o Composto 1.
[0160] As células SW1353/MMTV-5 foram distribuídas em pratos de 96 poços e incubados em meio (sem geneticina) por 24 horas. Diluições do composto teste em meio + 50 nM de dexametasona foram adicionados e os pratos foram ainda incubados por outras 24 horas após os quais a expressão da luciferase é medida.
[0161] O Composto 1 é denominado (E)-6-(4-fenilciclohexil)-5-(3- trifluorometilbenzil)-1H-pirimidina-2,4-diona ou 6-((1r,4r)-4-fenilciclohexil)-5-(3- (trifluoro metil) benzil) pirimidina-2,4(1H,3H)-diona e apresenta a estrutura química mostrada abaixo.
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[0162] O composto 1 é um antagonista do receptor glicocorticoide (GRII). Em ensaios de gene repórter, o Composto 1 apresenta um Ki de 24 nM para GR. Exemplo 2. Ensaios de gene repórter MR e PR usando células T47D/MMTV-5.
[0163] T47D/MMTV-5 é uma linhagem celular de carcinoma de mama humana aderente contendo mineralocorticoide endógeno e receptores de progesterona (PR). Como descritas as linhagens de célula SW1353 acima, as células T47D foram transfectadas com o mesmo plasmídeo pMAMneo-Luc e linhagens estáveis foram selecionados com geneticina. A linhagem celular T47D/MMTV-5 foi isolado, os quais respondem à aldosterona (EC50 100nM) e progesterona (EC50 10nM), levando à expressão de luciferase. Para testar pelos antagonistas MR ou PR, as células T47D/MMTV-5 foram incubadas com diversas diluições dos compostos na presença de 5 vezes o EC50 do agonista de aldosterona ou de progesterona. Para cada ensaio, a curva de dose resposta foi preparado por ambas aldosterona e progesterona.
[0164] Células T47D/MMTV-5 foram distribuídas em pratos de 96 poços (100 μl) em meio RPMI640 + 10 % de FCS removido com carvão. As células foram incubadas por 24 horas em um forno de CO2. Um volume de 100 μl das diluições dos compostos em meio + agonista (500 nM aldosterona, 50 nM de progesterona) foram adicionadas e os pratos foram incubadas por outras 24 horas, em seguida, a expressão com luciferase foi medida.
[0165] O Composto 1 é um antagonista do receptor mineralocorticoide (MR, GRI). Em ensaios de gene repórter, o Composto 1 apresenta um Ki de 148 nM por MR. O Composto 1 é inativo em um ensaio de gene repórter receptor de progesterona.
Exemplo 3. Determinação dos lipídeos do fígado em camundongos alimentados com uma dieta com alta gordura
[0166] Camundongos C57B16/J (n = 8 por grupo) foram dados uma dieta com alta gordura (60 % de gordura) por três semanas e, então, sacrificados. Os fígados foram coletados e pesados. Fatias do fígado foram preparadas e analisadas para os níveis de lipídeos por coloração com Óleo Red O (Figuras 1 e 3). Um grupo de camundongos recebeu o Composto 1 misturado na comida (60 mg / kg / dia) enquanto outro grupo de camundongos recebeu um veículo misturado na comida. Os fígados dos camundongos alimentados com o Composto 1 apresentaram nenhum ou baixo nível de gotas de lipídeos (Figura 2A), enquanto os camundongos controle apresentaram mais gotas de lipídeos (Figura 2B). Um grupo adicional recebeu mifepristona (RU-486; 60 mg / kg / dia) na comida. O Composto 1 apresenta atividade de antagonista de GR e alguma atividade de antagonista de MR. Os dados mostram que a mifepristona causou aumento do fígado gorduroso comparado aos controles. O Composto 1 apresentou o efeito oposto e não induziu o fígado gorduroso.
[0167] Em um experimento separado (Figura 4), o acúmulo de gordura nos fígados de camundongos alimentados com uma dieta com alta gordura (60 % de gordura) e então sacrificados foi determinado pela homogeneização dos fígados e extração dos triglicerídeoss. Este experimento inclui 5 grupos de camundongos: Grupo 1 (“CHOW”): dieta normal por 6 semanas; Grupo 2 (“HF-3wks”): dieta de alta gordura por 3 semanas; Grupo 3 (“HF-6wks”): dieta de alta gordura por 6 semanas; Grupo 4 (“HF+118335-6wks”): dieta de alta gordura e Composto 1 por 6 semanas; Grupo 5 (“HF-118335 rev”): dieta de alta gordura por 3 semanas seguida de dieta de alta gordura e Composto 1 por 3 semanas.
Exemplo 4. Ensaio proteína de interação:proteína de GR
[0168] Ensaios de interação proteína:proteína foram usados para determinar a habilidade de compostos teste para atuar como antagonistas do receptor glicocorticoide e / ou receptor mineralocorticoide. Os ensaios utilizam uma plataforma de ensaio comercial fornecida pelo DiscoveRx Corp. (Fremont, CA). A tecnologia DiscoveRx é baseada na complementação do fragmento da enzima galactosidase usando um substrato luminogênico. Brevemente, células de ovários de hamster chineses (CHO-K1) foram projetadas para expressar tanto GR ou MR humanas recombinantes juntas com uma proteína co ativadora responsiva esteroide (SRCP) denominada receptor ativado pelo proliferador do peroxissoma PGC1 gama co ativador PGC1. As medidas dos ensaios de saída de rede de ativação de GR ou MR, isto é, translocação nuclear a partir do citoplasma e interação do GR ou MR com o co ativador PGC1 no núcleo celular. Os ensaios podem ser configurados em ambos modos agonista e antagonista.
[0169] As células (100 μl) foram colocadas em pratos de 96 poços e posicionadas a 37 °C, em incubadora a 5 % de CO2 por 24 horas. Após a remoção das células da incubadora, 5 μl do composto teste ou veículo foi adicionado em cada poço e os pratos foram incubados por 1 hora a 37 °C e 5 % de CO2. A dexametasona (5 μl de solução 792 nM) ou veículo foi adicionado a cada poço do prato, e os pratos foram incubados por 6 horas a 37 °C, 5 % de CO2. O reagente de detecção foi adicionado, 55 μl por poço e os pratos foram incubados a temperatura ambiente no escuro sem agitação. Os pratos foram lidos por luminescência usando um leitor de pratos EnVision® (Perkin Elmer, Walthan, MA) (3 horas de leitura). Os valores de luminescência foram expressos como um percentual de inibição (% inibição) de 36 nM de dexametasona, e valores de Ki foram calculados a partir dos valores de IC50 experimentalmente determinados usando a equação Cheng-Prusoff. Foi determinado que o Composto 1 apresenta um Ki de 118 nM neste ensaio.
Exemplo 5. Ensaio da Proteína MR:proteína de interação
[0170] As células (100 μl) foram colocadas em pratos de 96 poços e posicionadas a 37 °C, em incubadora a 5 % de CO2 por 24 horas. Após a remoção das células da incubadora, 5 μl do composto teste ou veículo foi adicionado em cada poço e os pratos foram incubados por 1 hora a 37 °C e 5 % de CO2. A aldosterona (5 μl de solução 88 nM) ou veículo foi adicionado a cada poço do prato, e os pratos foram incubados por 6 horas a 37 °C, 5 % de CO2. O reagente de detecção foi adicionado, 55 μl por poço, e os pratos foram incubados em temperatura ambiente no escuro sem agitação. Os pratos foram lidos por luminescência usando um leitor de pratos EnVision® (Perkin Elmer, Walthan, MA) (3 horas de leitura). Os valores de luminescência foram expressos como um percentual de inibição (% inibição) de 4 nM de aldosterona e valores de Ki foram calculados a partir dos valores de IC50 experimentalmente determinados usando a equação Cheng-Prusoff. Foi determinado que o Composto 1 apresenta um Ki de 125 nM neste ensaio.
[0171] Embora a invenção acima tenha sido descrita em alguns detalhes para fins de ilustração e exemplo para fins de clareza de entendimento, um técnico no assunto irá apreciar que determinadas mudanças e modificações podem ser praticadas dentro do escopo das reivindicações apensas. Em adição, cada referência aqui fornecida é incorporada pela referência em sua totalidade na mesma extensão como se cada referência fosse individualmente incorporada por referência. Onde um conflito existe entre o presente pedido e uma referência aqui fornecida, o presente pedido deve dominar.

Claims (3)

1. Uso de um composto tendo a fórmula:
Figure img0014
, ou um sal do mesmo, caracterizado por ser para a fabricação de um medicamento para o tratamento de uma doença hepática se-lecionada de doença hepática gordurosa alcoólica (AFL), estereopatite alcoóli-ca (ASH), cirrose alcoólica, estereopatite não alcoólica (NASH) e cirrose não alcoólica.
2. Uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a doença hepática ser doença hepática gordurosa alcoólica (AFL), estereopatite alcoólica (ASH), cirrose alcoólica.
3. Uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela doença hepática ser estereopatite não alcoólica (NASH) ou cirrose não alcoólica.
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