Provab-2012.1 Modulo11 Introducao
Provab-2012.1 Modulo11 Introducao
Provab-2012.1 Modulo11 Introducao
AÇÃ
IALIZ
EC
ESP
E
OD
RS
CU
Saúde da Mulher
GERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Reitor – Natalino Salgado Filho
Vice-Reitor – Antonio José Silva Oliveira
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – Fernando de
Carvalho Silva
São Luís - MA /
2013
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Região N0 Registro – 453.
Revisão técnica:
João Carlos Raposo Moreira, Judith Rafaelle Oliveira
Pinho.
613.9-055.2
SUMÁRI
O
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE
1MULHER NO CONTEXTO HISTÓRICO BRASILEIRO
A
Existem vários conceitos sobre saúde da mulher,
perpassando de concepções mais restritas, que abordam apenas
aspectos da anatomia e biologia do corpo feminino, até
concepções mais ampliadas, que interatuam com dimensões dos
direitos humanos e questões relacionadas à cidadania. Nesta
unidade, abordaremos a evolução histórica das políticas, bem
como o arcabouço político, jurídico e instrucional que trazem a
temática saúde da mulher em seu escopo.
7
Na década de 70 há um
enfoque maior às questões
relacionadas à equidade, que Os objetivos eram integrar as mulheres no
foi tema na Conferência do processo de desenvolvimento, preocupan-
Ano Internacional da Mulher do-se com sua autonomia política e econô-
(1975) e do Plano da Década mica e com a redução da desigualdade
da Mulher (1976 – 1985). com
os homens. Na década de 70 há um
enfoque maior nas questões relacionadas à
equidade, que foi tema na Conferência do
Ano Internacional da Mulher (1975) e do
Plano da Década da Mulher (1976 –
1985).
8
Saúde da Mulher
GERAL
9
No ano de 2004, mais precisamente em 28 de maio de
2004, o Ministério da Saúde propõe diretrizes para a
humanização e a qualidade do atendimento. Toma como
base os dados epidemiológicos e as reivindicações de diversos
segmentos sociais para apresentar os princípios e diretrizes da
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
No ano de 2011, o Ministério da Saúde, em parceria com
diversos setores da sociedade, em especial com o movimento de
mulheres, o movimento negro e o de trabalhadoras rurais,
sociedades científicas, pesquisadores e estudiosos da área,
organizações não governamentais, gestores do SUS e agências de
cooperação internacionais, elabora o documento com a 2ª
reimpressão desta política que traz uma série de diretrizes e
objetivos gerais e específicos, tais como:
01 02 03
Promover a melhoria das Contribuir para a redução Ampliar, qualificar e
condições de vida e da morbidade e humanizar a atenção
saúde das mulheres mortalidade feminina no integral à saúde da
brasileiras, mediante a Brasil, especialmente por mulher no Sistema
garantia de direitos causas evitáveis, em Único de Saúde.
legalmente constituídos todos os ciclos de vida e
e ampliação do acesso nos diversos grupos
aos meios e serviços de populacionais, sem
promoção, prevenção, discriminação de
assistência e recuperação qualquer espécie;
da saúde em todo
território brasileiro;
Fonte: BRASIL,
2011.
REFLITA COMIGO!
Quais são as ações de sua
unidade que estão contribuindo para
o fortalecimento da Política de Atenção
Integral à Saúde da Mulher?
Quais ações você considera como
prioritárias para a integralidade das ações
direcionadas à saúde da mulher?
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Saúde da Mulher
GERAL
SAIBA MAIS!
Leia “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher: princípios e diretrizes”, publicada pelo Ministério da Saúde
em 2011. Disponível em:
www.saude.gov.br/políticadesaudedamulher.
As mulheres em idade
A população feminina
reprodutiva, ou seja, de 10 a
brasileira foi projetada
49 anos, são 58.404.409 e
em
representam 65% do total da
89.800.471 pessoas para o ano
população feminina, confor-
de 2003, representando
mando um segmento social
aproximadamente 50,77% da
importante para a elaboração
população total, incluindo as
das políticas de saúde.
crianças;
11
recebem remuneração (10,5%) é bem maior do que a dos
homens (0,8% e 5,9% respectivamente) para o ano de 2003 (IBGE,
2003). Veja a distribuição das proporções no gráfico abaixo:
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Saúde da Mulher
GERAL
VAMOS PRATICAR?
Realize um trabalho de mapeamento em sua área,
identificando a situação social e as condições de saúde das
mulheres cadastradas em sua unidade. O ideal é que essa
construção seja coletiva, isto é, em conjunto com toda a equipe
de saúde da família. Ao final, elabore um mural e exponha essas
informações em local visível a todos, na própria unidade. Esse
material subsidiará a construção de atividades norteadoras para a
saúde da mulher de sua unidade.
Controle do câncer do
Saúde do
colo do útero e da
Idoso;
mama;
Fortalecimento da capacidade
Redução da mortalidade de resposta às doenças
emergentes e endemias, com
infantil e materna; ênfase na dengue,
hanseníase, tuberculose,
malária e influenza;
Fortalecimento da
Promoção da
Atenção Básica.
Saúde;
OBJETIVOS E METAS
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Saúde da Mulher
GERAL
OBJETIVOS E METAS
• Reduzir a mortalidade neonatal em 5%;
• Reduzir em 50% os óbitos por doença diarreica e 20% por
pneumonia;
• Apoiar a elaboração de propostas de intervenção para a
qualificação da atenção às doenças prevalentes;
• Criação de comitês de vigilância do óbito em 80% dos
municípios com população acima de 80.000 habitantes.
OBJETIVOS E METAS
• Reduzir em 5% a razão da mortalidade materna, em 2006;
• Garantir insumos e medicamentos para tratamento das
síndromes hipertensivas no parto;
• Qualificar os pontos de distribuição de sangue para que
atendam às necessidades das maternidades e outros locais de
parto.
SAIBA MAIS!
Leia o manual “Diretrizes operacionais dos pactos pela vida
em defesa do SUS e de gestão”, publicado pelo Ministério da
Saúde em 2006. Disponível em:
www.gov.br/pactopelasaude2006.pdf
FIQUE LIGADO!
No link:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/gm/2009/prt2669 03_11_2009.
html você pode observar as metas e
objetivos pactuados para o biênio 2010/2011
na área de controle de câncer de colo do
útero e de mama e também de redução da
mortalidade infantil e materna.
Estas são construídas com base
no Pacto pela Vida e a cada biênio são
definidas novas metas e objetivos a
serem alcançados.
REFLITA COMIGO!
Quais dos objetivos e metas definidos pelo
Pacto pela Vida, relacionados diretamente a
saúde da mulher, podem ser facilmente
executáveis na atenção básica pela equipe de
saúde da família?. Justifique.
Quais ações de sua unidade estão atendendo à
humanização e à qualidade da atenção em
saúde para as mulheres?
16
UNIDADE
2
Saúde da Mulher
GERAL
UNIDADE -
2
EPIDEMIOLOGIA DOS AGRAVOS À SAÚDE DA MULHER
As mulheres representam 50,77% da população brasileira e
são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Os
motivos para utilizarem esses serviços de saúde são vários, tanto
para o seu próprio atendimento, quanto para acompanharem
crianças, familiares, pessoas idosas, com deficiência, vizinhos e
amigos. Outra característica marcante nas mulheres é que elas são
também cuidadoras, e isso se estende não só às crianças ou
familiares, mas, também, às pessoas da vizinhança e da
comunidade (BRASIL, 2006).
Nesse sentido, é pertinente para todos os membros da
equipe de Saúde da Família discutirem e trabalharem eixos e
áreas temáticas estratégicas da temática Saúde da Mulher. Nesta
unidade, destacaremos: o ciclo gravídico puerperal, planejamento
familiar, climatério e menopausa, além de contextualizar aspectos
epidemiológicos e clínicos de doenças e agravos mais frequentes
no cuidado à saúde da mulher, tais como: câncer do colo do útero
e mama, DSTs e HIV/Aids e violência contra mulher.
Ciclo gravídico-puerperal
Embora, nas últimas décadas, a cobertura de atenção ao
pré- natal tenha crescido, garantir sua qualidade permanece como
o maior desafio. Essa melhoria da qualidade refere-se
especialmente, a uma mudança sensível na atitude dos
profissionais de saúde e na eficiência e presteza dos serviços. Para
isso, é necessário que os profissionais envolvidos em qualquer
instância do processo assistencial estejam conscientes da
importância de sua atuação e da necessidade de aliarem o
conhecimento técnico específico ao compromisso com um
resultado satisfatório da atenção, levando em consideração o
significado desse resultado para cada mulher.
REFLITA COMIGO!
Quais ações eu/minha equipe
fazemos
nadireçãodeumaassistênciaadequadaàmulher
a qualquer uma das fases do ciclo gravídico
puerperal? Essas ações são apenas pontuais
ou se consegue dar uma continuidade?No que
tange à Estratégia de Saúde da Família (ESF),
cabe à equipe, ao entrar em contato com uma
mulher gestante, na unidade de saúde ou na
comunidade, procurar compreender os múltiplos
significados da gestação para aquela mulher.
A conversa franca, a sensibilidade e a “astúcia”
de quem acompanha o pré-natal são condições
básicas para o acompanhamento dessa mulher,
assim como de sua família.
O acompanhamento de gestantes e
puérperas de baixo risco é imprescindível para
melhor atuação da Estratégia de Saúde da Família
e está presente em seu escopo de ação. As rotinas
estabelecidas nas unidades de saúde devem
respeitar as peculiares locorregionais. É primordial
buscar atender às necessidades das mulheres nesse
momento de suas vidas e favorecer uma relação
ética entre as usuárias e os profissionais de saúde.
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Saúde da Mulher
GERAL
O atendimento
Acolhimento
ou
acompanhamento
gravídico puerperal realizadodo
Identificação, monitoramento e
nas unidades deciclo
saúde da família acompanhamento de fatores de
implica em infinitas risco
Visita
Domiciliar
VAMOS PRATICAR?
Que tal você se reunir
com sua equipe de saúde da
família e elencar atribuições de
cada membro da equipe para
cada um dos tópicos listados
acima. Apresente as propostas
da equipe no fórum virtual de
discussão.
1
9
IMPORTANTE!
Também estão incluídas como ações fundamentais ao
ciclo gravídico puerperal, aspectos sobre a atuação em casos
de urgência, considerando uma assistência preliminar e como
deverá ser feito o acionamento do serviço de remoção. O
encaminhamento deve ser realizado quando há vantagens
claras da transferência de unidade para a mulher.
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Saúde da Mulher
GERAL
Mapa de atendimento
diário
Cartão da gestante
Relatório de
encaminhamento
2
1
REFLITA COMIGO!
Quais dos instrumentos
supracitados estão implantados em sua
unidade?
VAMOS PRATICAR?
Identifique os 10
princípios da OMS para
a atenção pré-natal, perinatal
e puerperal adequada e
verifique se sua unidade de
saúde atende a essas
recomendações.
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Saúde da Mulher
GERAL
SAIBA MAIS!
Leia o manual “Atenção à gestante e à puérpera no SUS –
SP: manual técnico do pré-natal e puerpério”. São Paulo: SES/SP,
2010.
Planejamento familiar
Garantido pela Constituição Federal e também pela Lei
n° 9.263, de 1996, o planejamento familiar consiste em um
conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter
filhos e também aquelas que preferem adiar o aumento da
família. O número de filhos, o espaçamento entre eles e a escolha
do método anticoncepcional mais adequado são opções que
toda mulher, homem e/ou casal devem ter o direito de
escolher de forma livre e por meio da informação, sem
discriminação, coerção ou violência (BRASIL, 1988; BRASIL, 2003).
No Brasil, a Política Nacional de Planejamento Familiar foi
criada em 2007 e envolve oferta de oito métodos contraceptivos
gratuitos e também a venda de anticoncepcionais a preços
reduzidos na rede “Farmácia Popular”. Segundo dados da Pesquisa
Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS),
feita em 2006, financiada pelo Ministério da Saúde, a política de
distribuição de meios anticonceptivos, gerou importante redução
no número de gravidezes indesejadas. Esse fator pode ter
contribuído com a queda nos índices de abortos inseguros e, por
conseguinte, na mortalidade
23
materna (BRASIL, 2006).
A partir dessas premissas básicas, fica explícita a
importância do trabalho da equipe da ESF junto às ações de
Planejamento Familiar. As ações da equipe devem seguir na
direção de dois blocos fundamentais apontados pela Política
Nacional de Planejamento Familiar e pelas recomendações
técnicas do Ministério da Saúde: ações dirigidas para assistência
à anticoncepção e ações dirigidas para assistência à infertilidade
conjugal (BRASIL, 2002).
No que diz respeito à assistência à anticoncepção, as ações
dos profissionais devem ser integradas e abranger aspectos
integrais da assistência à mulher, desenvolvendo,
fundamentalmente (BRASIL, 2002):
Ações Educativas
Devem objetivar oferecer conhecimentos
indispensáveis para a escolha e posterior utilização do
método anticoncepcional mais apropriado, assim como
fomentar questionamentos e reflexões sobre os temas
relacionados com a prática da anticoncepção.
Ações de Aconselhamento
Identificação e acolhimento da demanda do sujeito ou
casal em relação a imprecisões, ansiedades, receios e
aflições relacionadas às questões de planejamento
familiar, além de avaliação de risco individual ou do casal
para a infecção pelo HIV e outras DSTs.
Ações Clínicas
Anamnese; exame físico geral e ginecológico, com
especial atenção para a orientação do autoexame de
mamas e levantamento de data da última
colpocitologia oncótica para analisar a necessidade de
realização da coleta ou encaminhamento para tal, além
de análise da opção e prescrição do método
anticoncepcional.
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Saúde da Mulher
GERAL
VAMOS PRATICAR?
Que tal construir um quadro
contendo as atividades realizadas
pela equipe da ESF? Para cada um
dos blocos de atividades
direcionadas às ações de
planejamento familiar, você pode
especificar a atribuição de cada
membro da equipe dentro de suas
possibilidades de atuação
profissional.
SAIBA MAIS!
Leia o texto completo da Lei do
Planejamento Familiar - Lei nº 9.263, de 12 de
janeiro de 1996.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/L9263.htm
25
Climatério e Menopausa
O climatério é definido pela OMS como uma fase biológica
da vida e não um processo patológico, que compreende a
transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida
da mulher. A menopausa é um marco dessa fase, correspondendo
ao último ciclo menstrual, somente reconhecida depois de
passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em
torno dos 48 aos 50 anos de idade (BRASIL, 2008).
Pela história, múltiplas condições físicas e mentais
foram atribuídas à menopausa. A crença de que distúrbios
do comportamento estavam relacionados com as manifestações
do trato reprodutivo, embora muito antiga, persistiu em nossos
tempos. Dados atuais têm mostrado que o aumento dos sintomas
e problemas da mulher neste período reflete circunstâncias
sociais e pessoais e não somente eventos endócrinos do climatério
e menopausa.
Um serviçode planejamentofamiliar deve estar
fundamentado em: práticas educativas permeando as ações de
saúde, garantia de acesso aos usuários, equipe profissional
multidisciplinar envolvida (enfermeiros, médicos, odontologistas,
assistentes sociais, psicólogos, etc.), livre escolha do método
contraceptivo, disponibilidade contínua dos métodos
contraceptivos cientificamente aceitos, consultas e
acompanhamento médico para os usuários e assistência nos casos
de infertilidade conjugal.
Os profissionais de saúde devem cuidar para que haja a
maior efetividade possível. Os serviços de saúde precisam adotar
estratégias que evitem a ocorrência de oportunidades perdidas de
atenção às mulheres no climatério. Isto é, evitar ocasiões em que
as mulheres entram em contato com os serviços e não recebem
orientações ou ações de promoção, prevenção e ou recuperação,
de acordo com o perfil epidemiológico deste grupo populacional.
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Saúde da Mulher
GERAL
SAIBA MAIS!
Leia mais sobre as opções terapêuticas para as mulheres
no climatério e menopausa no “Manual de atenção à mulher no
climatério e menopausa” e sobre a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS.
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colo do útero, o número de casos novos esperados para o mesmo
ano foi de 18.680, com risco estimado de 19 a cada 100 mil
mulheres (BRASIL, 2011).
Câncer de pele não-melanoma - 59 mil casos
novos Câncer de mama - 49 mil casos novos
Câncer do colo do útero - 19 mil casos novos
Vale lembrar!
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico de câncer,
maior a probabilidade de cura. Rastreamento significa
detectar a doença em sua fase pré-clínica, enquanto
diagnóstico precoce significa detectar o câncer em fase
precoce.
DSTs e HIV/Aids
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) estão entre
os problemas de saúde pública mais frequentes, sendo
atualmente consideradas como principal fator facilitador da
transmissão sexual do HIV. Algumas DSTs, quando não
diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para
complicações graves e até mesmo para
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Saúde da Mulher
GERAL
a morte. Embora não haja ainda a cura para a infecção pelo HIV,
é possível controlar essa infecção por meio de ações que
promovem a prevenção primária e pelo diagnóstico precoce e
terapia adequada da pessoa portadora. A Aids hoje, atinge a todos
os grupos sociais, independente de classe, sexo, raça ou etnia,
orientação sexual e faixa etária. Isso significa que estamos todos e
todas vulneráveis ao HIV/ Aids (BRASIL, 2006 a).
As tendências recentemente apresentadas pela
epidemia do HIV no Brasil: heterossexualização, feminização,
juvenilização, pauperização e interiorização.
29
REFLITA COMIGO!
Quais as barreiras para a
prevenção das DSTs existentes na sua
comunidade?
REFLITA COMIGO!
Você e sua equipe se encontram
preparados para o atendimento às
mulheres vítimas de violência? Como
a violência contra a mulher tem sido
tratada pela sua equipe?
3
1
IMPORTANTE!
Fique atento às situações que deverão ser encaminhadas
para os serviços de urgência ou pronto-atendimento hospitalar:
abuso sexual, lesões graves e/ou extensas, queimaduras de mais
gravidade, traumatismos cranianos e fraturas, suspeita de lesão de
órgãos internos e estado de choque emocional (BRASIL, 2005).
SAIBA MAIS!
A Lei n° 10.778, 24 de novembro de 2003, estabelece
a notificação compulsória, no território nacional, do caso de
violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde
públicos ou privados.
Acesse:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.778.htm
32
UNIDADE
3
Saúde da Mulher
GERAL
UNIDADE
3TUAÇÃO DA ESF PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER
A
Nas unidades I e II você recebeu embasamento teórico e
a possibilidade de construção crítica e reflexiva, individual e/ou
coletiva, sobre temas considerados relevantes à saúde da
mulher. Nesta unidade, faremos o exercício da construção do papel
da equipe da ESF junto à saúde da mulher, através do
planejamento de ações na direção da construção de protocolos de
cuidados.
Para toda e qualquer atividade de linha de cuidado na
atenção básica se faz necessário o planejamento de atividades. Na
equipe de saúde da família, isso não é diferente. Planejar não
significa improvisar. O planejamento refere-se a uma preparação e
organização sistemática do que se irá fazer, onde se deve
acompanhar sua execução, reformular decisões já adotadas,
redirecionar sua execução, se necessário, e avaliar o resultado
durante todo o processo e ao final. Na equipe da ESF, o
planejamento deve ser uma atitude permanente e não apenas
pontual.
DIAGNÓSTICO EXECUÇÃO
VAMOS PRATICAR?
Que tal, a partir dos dados e informações
levantadas, fazer a tabulação e a apresentação
dos mesmos por meio de tabelas e gráficos?
Com base nesses dados e na observação
do seu cotidiano, elabore uma estratégia de
atuação adequada para o diagnóstico realizado,
respeitando o fluxograma do planejamento
aqui apresentado. Cada profissional da equipe
deve contribuir com atividades coletivas e/ou
individuais que respeitam seu campo e núcleo de
atuação. Assim, deverá ser preenchida uma
planilha contendo as ações de cada profissional.
Discuta
essa planilha com seus colegas de
trabalho e veja divergências e convergências de
cada proposta.
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é coletiva e singular a cada Região, Estado ou Município em que
for estabelecida. Para melhor compreensão, apresentamos
questões norteadoras, respeitando os seguintes blocos:
Planejamento Familiar:
o A comunidade conhece as atividades de planejamento
familiar desenvolvidas pela equipe da ESF?
o Como têm sido desenvolvidas as atividades educativas
relativas ao planejamento familiar?
o Como se dá a participação da equipe multiprofissional nas
atividades relativas ao planejamento familiar?
o Como os usuários (as) participam da escolha dos métodos
contraceptivos?
o Como é realizada assistência nos casos de infertilidade
conjugal?
o Como é tratada a contracepção de emergência em sua
unidade?
o Existe disponibilidade contínua dos métodos contraceptivos
para os usuários de seu território e /ou município?
Ciclo Gravídico-Puerperal:
o O cartão da gestante está sendo preenchido a cada
atendimento em sua unidade?
o Como é realizado o acolhimento das gestantes que estão sob
a responsabilidade de sua equipe?
o Como você e sua equipe têm prestado assistência à gestante e
à puérpera?
o Quantas consultas estão sendo disponibilizadas para cada
gestante?
o Como tem sido o acompanhamento da saúde bucal das
gestantes pela sua equipe?
o Como sua equipe tem desenvolvido as atividades educativas
com as gestantes e puérperas do seu território e/ou
município?
36
Saúde da Mulher
GERAL
Climatério:
o Como tem sido a atenção de sua equipe às mulheres com
distúrbios relacionados ao climatério em seu território?
o Como os sintomas do climatério têm sido tratados pela
equipe?
o Como a sua equipe tem trabalhado na promoção da saúde
das mulheres no climatério?
o Como tem sido o acompanhamento da saúde bucal das
mulheres no climatério pela sua equipe?
37
Atenção para o calendário de datas importantes
relacionadas à saúde da mulher:
SAIBA MAIS!
Leia: COELHO, Suelene; FRANCO, Yula Porto. Saúde da
mulher. Belo Horizonte: Nescon, UFMG, Coopmed, 2009.
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Saúde da Mulher
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REFERÊNCIAS
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Saúde da Mulher
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www.unasus.ufma.br