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A Importância Dos Estudos em História Antiga

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A IMPORTÂNCIA DOS

ESTUDOS EM HISTÓRIA
ANTIGA
Disciplina: História antiga I
Professora: Natália Rita de Almeida
OS AVANÇOS DA HISTÓRIA ANTIGA NO BRASIL:
ALGUMAS PONDERAÇÕES
Margarida Maria de Carvalho & Pedro Paulo A. Funari

 - As pesquisas de História Antiga, no Brasil,


remontam aos inícios da disciplina, no âmbito
universitário ( Século XX).

 - Eurípides Simões de Paula, um dos primeiros


historiadores universitários – grande propugnador
da disciplina histórica, na recém-criada
Universidade de São Paulo –, fundou a cadeira de
História Antiga, tendo sido o primeiro catedrático.
 Contudo, por muitas décadas, a História Antiga
manteve-se como especialidade pouco difundida
nos cursos de História, que se multiplicaram
exponencialmente a partir da década de 1940.
 Seria apenas nas últimas décadas do século XX
que a História Antiga começaria a expandir-se,
primeiro nas universidades mais antigas e
centrais, para, aos poucos, atingir as
instituições mais novas e mais distantes.
 Dessa forma, revela-se na década de 1970, quanto à
expansão da disciplina no território nacional, uma
produção marcada pela repressão da ditadura militar. A
História Antiga será vista, no setor universitário, como
controle ideológico e, assim, será identificada com a
chamada Direita política do país.
 Nos currículos de História das grandes universidades
brasileiras haverá o predomínio da História Antiga
adotada de maneira factual, bastante positivista, fator
esse que irá ao encontro dos objetivos da censura.
 Os espaços das reflexões sociopolíticas, tão
características e inerentes aos cursos de
História, serão preenchidos por uma
Antiguidade maniqueísta, olhada como algo
curioso e não como um convite à análise
dos processos históricos. Essa mácula,
quase indelével, ficará durante muito tempo
nos registros dos historiadores brasileiros
 Após a abertura política ocorrida na década de 1980, da maioria dos
antiquistas brasileiros em desconfigurar essa imagem distorcida ao
acompanhar o novo resplendor da historiografia marxista.
 A partir de então, a produção de pesquisadores em Antiguidade não
cessará em acompanhar os avanços da historiografia.
 Os conflitos sociais ocorridos na Antiguidade serão analisados sob prismas
mais arrojados, e com o conhecimento da Nouvelle Histoire novos temas serão
pesquisados em nossa área. A partir de meados da década de 1990, com o
advento da História Cultural expandindo-se em nível nacional, houve uma
multiplicação de Dissertações e Teses influenciadas pelo conceito de
representação, o qual, mais tarde, no clarão do século XXI, será articulado à
análise do discurso.
 O respeito pelo trato documental, sua datação e autoria, críticas internas e
externas dos discursos, sua linguagem metafórica, enfim, a desconstrução do
discurso serão albergados à luz das tropas de reconhecimento da pós-
modernidade. Sempre aliados ao conhecimento documental e historiográfico,
os investigadores antiquistas escolherão seus métodos, técnicas e teorias de
abordagem, associando tais interpretações à análise iconográfica e à cultura
material.
 Essa expansão no Brasil deu-se, portanto, em um contexto de
renovação da historiografia em geral, e, conseqüentemente, sobre a
Antigüidade, em particular. A Historiografia passou a interagir cada vez
mais intensamente com as outras Ciências Humanas e Sociais, em
busca de interpretações que superassem as aporias teóricas e práticas
do estudo das sociedades no presente e no passado. A multiplicação
dos movimentos sociais e a explosão de conflitos e de identidades,
com mais força desde a década de 1960, levaria a crítica aos modelos
normativos6. A historiografia sobre o mundo antigo não deixaria de
inserir-se nessa renovação, com a multiplicação de estudos e
abordagens contextuais e antinormativas7. As leituras modernas da
Antigüidade foram incorporadas à lide quotidiana da disciplina
 A pesquisa de História Antiga no Brasil insere-se neste
contexto. Cada vez mais atenta à sua inserção nas
discussões internacionais, não hesita, também, em
mostrar como as especificidades brasileiras podem
ser usadas, de maneira produtiva e fertilizadora, para
contribuir com os debates nos ambientes
hegemônicos. Deve-se também destacar a interação
da História Antiga com o estudo da História de outros
períodos e épocas.

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