Pré História
Pré História
Pré História
PALEOLÍTICO NEOLÍTICO
As Subdivisões da História
Idade Antiga Descoberta da Escrita 476 d.C. (Queda do Império Romano do Ocidente)
Idade Média 476 d.C. 1453 (Conquista de Constantinopla pelos Turcos, queda do
Império Romano do Oriente
Idade Moderna 1453 1789 (Reunião dos Estados Gerais → Revolução Francesa
Temas:
-Evolução humana:
-impulsão do Homem enquanto ser vivo (1ºs hominídeos até ao Homem Moderno)
-elementos da cultura material da pré-história para conotar esta evolução humana
A arqueologia tem uma grande evolução nos anos 60. Até aí havia uma primitividade em
datar objectos (e outras descobertas), datação, essa baseada na profundidade do artefacto no
subsolo. A arqueologia baseava-se em descrições dos objectos que eram encontrados (a sua
forma a sua cor) → Arqueologia do objecto
Em relação ao Homem, era considerado Homem-Macaco, ou seja uma descrição muito
primitiva. O grande objectivo dos arqueólogos era localizar achados e datar estes.
A partir dos anos 60 há uma maior preocupação pela pré-história. O Homem chegou aos
EUA tardiamente. Só chegou lá, com segurança, há 11 mil anos. Realizavam-se estudos
antropólogos e achavam-se artefactos. Vários antropólogos encontravam-se com índios que
relatavam situações históricas.
A New Archeology → Os EUA vão impulsionar a “revolução arqueológica” na Europa,
estando o seu estudo centrado na História do Homem e na História dos objectos, ou seja, dá
origem ao nascimento de novas “arqueologias”: paleoambiental, geoarqueologia, zooarqueologia.
Esse discurso da Pré-História está ligado a trabalhos elaborados, artigos...
Como já referi o seu Berço está nos EUA, porque a pré-história é mais recente, está
intacta. Há uma ligação arqueo-antropologa.
Um dos mentores foi L. Binford (Criador da New Archeology, anos 60). Nos anos 60, ele
escreve um célebre artigo intitulado “a arqueologia como uma forma de antropologia”, mostrando
que os americanos têm uma visão diferente. Pretende conhecer o homem na sua totalidade
(enquanto ser que vive em comunidade, artefactos descobertos...), sendo que está New
Archeology vai contrapor a uma outra corrente, denominada a Arqueologia Histórico-Cultural.
Arqueologia histórico cultural → procura organizar historicamente as várias culturas da
humanidade. O objectivo do artefacto histórico cultural era a unidade para podermos deduzir todo
o passado histórico social de uma comunidade pré-histórica. p.ex.:
Acheulense → conjunto de artefactos, que surgiram no séc XIX (O nome provêm da
localidade onde foram localizados Saint-Acheuse). Período de tempo que provém do nome de um
artefacto histórico encontrado.
Ancorense → Serpa Pinto baptizou as pedras talhadas, aparecidas em V.N.P de Âncora.
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Archaeology as Antropology → Artigo que é um marco no estudo do Homem (ser histórico)
A presença de um objecto não significa que este tenha sido produzido numa determinada
região.
O Mar Negro era um lago e o Mediterrâneo galgou o Estreito e o esse Mar esteve a encher
durante 30 anos.
Todos os povos passados tinham preocupações históricas. Uns com maior incidência na
mitologia, outros na realidade histórica.
O conhecimento do passado é fulcral para nós.
Caixa Pandora, relacionada com a inversão das idades.
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A História da Pré-História
Datação dos artefactos através de critérios relativos (isto anterior à década de 50, com a
descoberta do método do carbono 14, é possível datar, com alguma precisão)
Relativamente às civilizações antigas, por exemplo a Babilónica, Egípcia, Grega ou
Romana, há um discurso histórico-mitológico. Os Romanos compravam objectos históricos (que
tinham ligações mitológicas). Determinados objectos por eles encontrados, por exemplo num
campo, poderiam ser considerados enviados por Zeus e eram colocados em nichos. Os Romanos
colocavam em casa, espadas, capacetes expostos (de origem Etrusca).Também machados de
pedra polida (pedras de raio= eram encontrados e eram atribuídos aos Deuses, pois acreditava-
se que quando havia chuvas, trovoadas etc, os Deuses “atiravam-nas” e por isso podem ser
encontrados em santuários romanos.
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Até séc.XIX continuaram a usar a bíblia como um instrumento. Um marco importante,
retratado nesta foi o Dilúvio, que “supostamente” divide a História. Para os Diluvialistas, tudo o
que estava para trás deste era a Pré-História (uns diziam que o ser Humano era um ser primitivo,
outros diziam que era um ser, tecnologicamente avançado).
O Dilúvio, para os seus defensores terá sido um retrocesso tecnológico (supostamente
teráse voltado à idade da pedra partida, para vários autores). Esse marco poderia corresponder à
passagem do Paleolítico para o Neolítico.
Os cientistas antigos consideravam o Dilúvio (referido na Bíblia, que era uma fonte de
conhecimento inquestionável) como um verdadeiro marco no progresso da Humanidade. A
questão do Diluvio, relacionada com a Arca de Noé, manteve-se durante muito tempo.
Certos objectos passariam a ser realizados no período pós Diluvio. O Homem teria
começado do 0, esquecendo-se de todos os progressos por ele atingido até então (caçar,
trabalhar o ferro...)
Os Diluvialistas (Naturalistas) eram pré cientistas, o seu conhecimento tinha por base as
explicações bíblicas. Definem a existência de um/vários Dilúvios que permitiram a selecção de
espécies. Os fosseis encontrados, eram resultado do desaparecimento das espécies, pois nem
todos os seres conseguiram entrar na Arca de Noé.
No séc XVI há um conjunto de circunstâncias que irão originar um conceito de pré-história,
impulsionados pelos descobrimentos. Há alguns trabalhos pré-antropológicos dessa época,
realizados por clérigos.
Jussieu, um missionário, em 1723 vai escrever um trabalho “Acerca de origens das pedras
de raio” → em que identifica semelhanças entre os machados de pedra polida encontrados na
Europa e aqueles encontrados na América do Sul.
Do séc XVI ao séc XIX há uma introdução ao conhecimento do outro, do diferente. É deste
intervalo que se descobrem as ruínas de Pompeia, em Roma → mostrando uma arqueologia
embrionária. Estes séculos são extremamente importantes, pois nesta altura surgem homens que
se interessam pelo estudo das civilizações passadas (aquisição de antiguidades, artefactos em 1º
lugar e depois o verdadeiro interesse pelas mesmas). São implementadas as 1ªs metodologias
arqueológicas de escavação. Como já referi é nesta altura que se dão as primeiras escavações e
começam a haver os primeiros comentários das comparações entre Homens e Macacos.
Em 1453 → Queda do Império Romano do Oriente e vêm para o Ocidente influências
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clássicas e há uma espécie de abertura ao interesse pelo passado; também Da Vinci com o
antropocentrismo é propenso a verificar semelhanças do Homem e dos Símios. (?)
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A História europeia progrediu, permitindo o estudo da pré-história.
Na Idade Média, os descobrimentos permitiram o contacto com populações diferentes
(coloca em contacto as ditas “populações civilizadas” e outro povos tecnologicamente menos
evoluídos. Começa a haver noção de que existia um conjunto de povos que usavam objectos
semelhantes tanto na América do Sul, como na Europa. Observa-se que também existiam povos
selvagens).
Mais tarde, no séc XIX, a partir da Conferência de Berlim, a corrida a colónias Africanas
implicava o investimento nestas. Nessa altura as potências ultramarinas enviam exploradores
para solo Africano e entram em contacto com aqueles povos, verificando diferenças e
semelhanças.
Outros povos usavam artefactos iguais aqueles encontrados no subsolo, permitindo
observar que houve um desenvolvimento tecnológico. O contacto com algumas sociedades
primitivas, permitiu observar em certa parte o processo evolutivo do Homem.
A colonização americana, permitiu a descoberta/conhecimento de novas culturas (com
uma realidade diferente da conhecida).
Até então as possibilidades de datar, por exemplo a data da formação da Terra eram
efectuados com base ao recurso à bíblia (explicação falseada), e com os progressos a vários
níveis, no séc XIX, vão alterar essa visão.
Com o Iluminismo, no séc XVIII, há a promoção de outras disciplinas. Os grandes
estudiosos acumulavam inúmeros saberes, o que permitiu o progresso do saber.
A partir do séc XIX a geologia tem um progresso assinalável, e vai explicar (ou negar) a
criação da Terra e a cronologia do nascimento desta, não sendo uma resposta objectiva. É
sobretudo neste séc XIX que se dá a revolução científica, em que várias áreas do saber vão
conduzir ao conhecimento real da pré-história (através da interdisciplinaridade).
Os ditos “Dilúvios” teriam origem devido aos avanços e recuos das calotes polares. Há 20
mil anos poder-se-ia ir a pé da Galiza até à Gronelândia. Alguns dos glaciares mais importantes
estavam onde hoje estão os Montes Cantábricos, Pirenéus ou a Serra da Estrela.
O degelo desses glaciares provocou o avanço de 40 km e a subida de 120 metros das
águas.
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G.Cuvier é um cientista religioso (finais do sec. XVIII, ínicio do séc XIX), que tem uma
visão diferente dos Diluvios. Defende que após cada Dilúvido (o que pressopõe a existência de
vários Diluvios) havia uma regeneração das civilizações. Devido a esse processo, ele chega à
conclusão de que a Terra tem cerca de 70000 anos.
Está ligado ao conceito de catastrofismo → defende que a História da Terra implica uma
certa noção de gradualismo: Regeneração → Catástrofe → Regeneração → Catástrofe →
Regeneração.
Séc. XVIII e XIX → começa-se a atribuir aos fósseis o seu verdadeiro significado.
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Darwin → materializou uma das teorias da evolução (embora a teoria de evolução das
espécies não seja só dele). Essa Teoria é diferente daquela defendida pelo Fixionismo, em que
tudo está físico, nada evolui. Defende a selecção Natural das espécies e cria a noção de
gradualismo → diversidade de individuos dentro das espécies vai ser preponderante no processo
adaptativo (por ex.: uns são imunes a certas doenças e outros não → selecção natural).
Subjacente ao principio da evolução das espécies → evolução lenta e gradual
(gradualismo)
O modelo de evoluçaõ das espécices, corresponde a um longo periodo de tempo
Jean Baptist Lamark → defende uma ideia de transformismo. Os Seres vivos pela
necessidade adaptativa, iam conseguir aquisições para se adaptar a várias situações que iriam
transmitir aos seus descendentes, ou seja, as transformações anatómicas (entre outras) pelo ser
adquirida irão transmitir à sua descendência.
8/10/2009
Os achados arqueológicos num tempo longo – pré história → tanto mais vasta consoante a
origem do Homem. Para trás do tempo pré-histórico, já são outras as ciências encarregues do
estudo.
Também importante saber, no séc XIX, como era o Homem de há tanto tempo atrás.
Nesse século, principios do séc XX, a ideia defendida por Darwin, relativamente à evolução das
especies, houve uma certa indigestção, no que toca à aceitação por parte das pessoas pela
evolução humana.
Era um risco social (nesta época) defender as próprias ideais, diferentes das restantes e
que entram em ruptura com as que até então vigoram e muitos fizeram-no sobre a ameaça de
irem para a fogueira.
No”The Ascendent of Man” de Charles Darwin, em que defende o processo, segundo o
qual, a diversidade das espécies é uma condicionada pela selecção natural, Darwin fala do
Homem, como um ser evolutivo.
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Desde o séc XVIII até à 1ª metade do séc XIX as explicações da evolução do Homem
eram fantasiosas. A verdadeira evolução deu-se em França e Inglaterra.
Em 1847, no Norte de França, Boncher de Perttes, um arqueólogo amador, publica um
livro “Anquités Celtiques et Antédiluviennes” → utiliza o conceito anti-diluvialista para identificar
artefactos encontrados nos rios Somme, perto de Abbeville (vai dar origem ao nome do conjuunto
de achados encontrados nessa localidade .> artefactos abevilenses) e Saint Acheul
(Acheulenses).
Boncher de Pettres encontra por exemplo fragmentos de mamutes (animal à época da
descoberta já extinto), nas suas escavações, juntamente com restos humanos ou artefactos
realizados pelo Homem. Encontra fauna fossilizada.
Os caudais dos rios não se encontram na mesma posição. As cotas dos caudais dos reios
encontram-se hoje mais baixas (o caudal do rio baixa ao longo do tempo).
No ano seguinte, 1848, o Jornal Times publica a sua descoberta, relativa a fosseis de
fauna antiga.
John Evans. John Prestrich e Charles Lyell foram ao rio Somme e confirmaram a
associação de Perthes.
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Eugéne Dubois em 1891 viajou para a Indonésia (na altura uma colónia Holandesa), sendo
o 1º estudioso da evolução humana (antropologia). Foi o 1º a dizer que podeiamos encontrar
raízes humanas na ilha de Java e não na Europa. Obeservou orangotangos, na ilha de Sumatra e
verificou traços humanos nestes primatas. Isso levou a pensar que as origens humanas estariam
localizadas naquela ilha da Indonésia.
Dubois vai para essa região e faz inúmeras descobertas. Descobre Humanos com 2
milhões de anos, pouco relevantes para a sua época, mas muito relevantes para a nossa época,
ou seja, antepassados humanos mais antigos que o Homem Neandertal.
Apesar de tudo, hoje sabemos que as origens humanas localizam-se em África, graças às
contribuições da familia Leackey (sobretudo).
A corrida às colónias africanas, apartir dos finais do séc XIX está associada à descoberta
de vestigios nessa região, antecedentes à éspecie acutal.
Nos finais do séc XIX começa-se a suspeitar que as origens humanas não é Europeia →
assim teriamos passado por estados evolutivos relativos às raças inferiores – no séc. XIX, as
comunidades Asiáticas e Africanas (associadas a um modo de vida primitivo) estiveram na origem
dessas espécices (facto que chocou as comunidades ocidentais, nomeadamente os Ingleses).
Então os Ocidentais tinham de provar que as origens primitvas do Homem se localizavam
na Europa e não nesses continentes e este teria de ser cor branca, um crânio volumoso e
desenvolvido. Então criaram um crânio falso, que fora enterrado e “encontrado” em Piltdown
(Inglaterra) → Mais tarde constata-se que se tratou de uma fraude.
Essa situação ilustra bem a negação levada a cabo pelos Ingleses.
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se localiza uma importante jazida, bem conservada.
Apartir dos anos 20, foram encontrados inúmeros crânios e artefactos. Por sua vez, nos
anos 30 dá-se o estudo desses crânios, mas que se perderam numa viagem com destino aos
EUA. Por isso a colecção de fosseis de Homo Erectus perdeu-se (uma grande parte).
Na China estão localizados inúmeros vestigios culturais.
9/10/2009
Era Paleozoica (Paleo=Antigo; Zoica=Vida): Era mais antiga, inicio da existência de vida
(existência de células arcaicas → cenobacterias). A cronologia dessa época compreende os 600
milhões de anos até aos 280 milhões de Anos.
Neste periodo, existia apenas um continente, na zona da actual Austrália.
Formaram-se grandes lagos (que permitiram a existência de vida), a atmosfera da Terra
nessa altura não permitia a existência de vida animal. Nesta época existe muita madeira e jazidas
de carvão. Começam a existir animais adptados a este tipo de climas, mas na ultima fase da
época Paleozoica, presume-se que houve uma catástrofe que levou à extinção em massa da vida
terrena.
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Era Cenozoica → 60 Milhões de Anos – Actualidade. Encontra-se divida em três periodos:
-Paleogénico (60 MA-25 MA)
-Neogénico (25 MA – 1.8 MA) → 1ºs Hominideos
-Quaternário (1.8 MA – Actualidade), que por sua vez encontra-se dividido em 2
divisões geológicas:
-Plistocénico (1.8 MA – 10000 anos) → todo o periodo da evolução da
humanidade; fase mais antiga da pré-história, que por sua vez encontra-se dividido:
-Paleolítico (pode remontar a 3 MA até 10 mil), encontra-se divido:
-Inferior (pode remontar a 3 MA até 150 mil)
-Médio (150 mil até 40 mil (27 Mil peninsula Ibérica))
-Superior (40 mil até 10 mil (Peninsula Ibérica)
-Holocénico (10000 – actualidade)
-Epipaleotítico (10000 – 7500)
-Mesolítico (7500 – 5500)
-Neolítico (5500 – 3200)
-Idade do Cobre (Calcolítico 3200 – 1800)
-Idade do Bronze (1800 – 800 a.C)
15/10/2009
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No Plistocénico → Idade do Gelo (Embora não fosse totalmente identificada, é conhecida
desde o séc XIX pelos geólogos. Eles no séc XIX realizaram uma escala temporal dos climas pré-
históricos, centrada num monte dos Alpes, onde existem neves prepétuas, mesmo há 2MA.
Durante o Plistocénico, nos Alpes, foram acumuladas neves/gelos prepétuos, que origiram rios de
gelo, dando por sua vez, origem a vales glaciares. Essas neves/gelos prepetuos levam os
sedimentos à sua frente. Irão derreter e formar um lado. A Moreia é o fenómeno que permite a
formação de lagos → formação rochosa, que funciona como um glaciar. Paralelamente a estes
estudos nos Alpes, a Dinamarca formou-se devido à deslocação de sedimentos oriundos do Norte
→ Suécia). Neste periodo a uma fase glaciar (associada ao frio)sucede uma fase interglaciar (fase
quente → pode ser temperada, temperada quente).
Há cerca de 1.2 MA houve um glaciar (Gunz), sucedeu-se um outro (Mindel, 700000 anos).
Estes glaciares não apareceram do nada. Entre o glaciar Gunz e o Mindel, surgiu o interglaciar
Gunz-Mindel, com mais protões. Datado de 800000 anos)
Vários cientistas afirmam que ao longo da história da Terra podem ter ocorrido inclinações
do eixo da terra;
A radiação solar varia e então a distribuição dos climas também variavam e alternavam;
O movimento de translação da Terra também poderia ser alterado por variados motivos
que levam a oscilações climatéricas e de temperatura que explicavam o ciclo de glaciares e
interglaciares.
Os climas da Terra estão relacionados com os Oceanos (corrente do Golfo → Faz circlucar
toda a água dos oceanos). O Golfo do México aquece as águas. No entanto essa corrente
establece uma corrente ar frio/ar quente capazes de fazer suportar vida, assegurando dessa
forma um equilibrio nos climas).
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Esta corrente provavelmente parou nalguns momentos da história da Terra, originando
dessa forma alterações climáticas (Esta corrente relaciona-se com a salinidade e temperatura. Se
a corrente para ou altera-se deixa de haver equilibrios de força, o que pode oscilar a temperatura
e colocar me causa a existência de vida terrena).
Por ex → Evento de 8200, ocorreu uma situação que originou muito frio.
No fim do Plistocénico → Periodo Tardiglaciar, o gelo começou a retirar-se para norte e
grandes massas de gelo começaram a fundir-se e tornaram-se em mega icebergs e ouve uma
grande descarga que vai para os oceanos e o nivel das águas destes subiu abruptamente. Este
degelo foi tão rápido que a água do mar perdeu salinidade e a corrente do golfo parou, originando
uma descida vertiginosa da temperatura. Esse fenómeno estará na origem do enchimento do Mar
Negro. Uma barreira física que impedia o enchimento, não resistiu e acabou por ceder,
descarregando água doce, sendo que esse mar, que era apenas um lago, esteve 30 anos em
constante enchimento. A água desse mar adoçou e influênciou a corrente, levando à descida
brusca da temperatura.
Nesse periodo (8200) → dá-se uma alteração da fauna, indicador paleo-ambiental que nos
mostra as alterações climáticas e suas consequências.
Nos ínicios do Quaternário → Faunda de tipo quente, mas mais tarde desaparece com o
arrefecimento e dá lugar a uma fauna fria (mamutes, rinocerontes lanudos, renas...), animais com
caracteristicas próprias, adaptados a climas frios, nomeadamente uma protecção adiposa.
Na Europa → Mosaico de Climas, no geral os climas eram iguais aos actuais.
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16/10/2009
Evolução Humana
Do ponto de vista mais geral, pertencemos ao grupo dos animais, vertebrados, classe dos
mamiferos, infra ordem dos catarrinos, especie sapiens, sub-especie sapiens sapiens (Separação
Homem – Chimpanzé → 8MA). Pertencemos à familia dos Hominóides (tal como o Gibão,
Orangotango, Gorila ou Chimpanzé), pertencendo (todos) à familia dos hominideos.
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– Associado ao Bipedismo Erecto, está o facto de termos as maos livres, o que pode ser
encarado em diversas situações como um aspecto positivo, até porque este factor determinou o
desenvolvimento de determinadas faculdade humanas. A libertaçção da mão vai levar à
estimulação de acções causa-efeito (processo de aprendizagem, por ex projectar uma pedra em
determinada posição). A coexão social adquiriu maior proponderência social.
– Produção de Artefactos
– Sociabilidade
– Visão Apurada: antecipação humana → visão completa, frequência de luz, o ângulo
alargado da visão (visão periférica superior a 180º graus), visão esteoroscopica.
– O Homem tem face plana (não tem “focinho”), tem testa alta, temos um queixo (ao passo
que nos outros animais é mais curto), caracteristicas peculiares dos dentes, que não
especializados, o que mostra que mantemos a mesma alimentação ao longo dos tempos (a nossa
dentição é próxima aquela dos chimpanzés)
Na nossa História, enquanto seres humanos, passamos por vários estados, mas toda a
nossa história se centra nas conquistas com a posição bipede. O Homem atingiu o patamar
evolutivo onde está, porque se tornou bipede (o que de facto não está associado à dimensão do
cérbero).
O Homem a nivel bipede era desenvolvido (o bipedismo permitiu adquirir competências
que o levou ao desenvolvimento cerebral. Não foi o facto de possuir um cerebro de maior
dimensão que levou a este processo evoluito).
Por outras palavras, a Evolução Humana era vista como o desenvolvimento do Homem,
mas é precisamente o contrário. O bipedismo é que vai acentuar o patamar evoluito → o processo
de evolução do cérebro é inferior ao de locomoção.
22/10/2009
Evolução Humana
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Entre 8 MA e 5 MA a informação existente é muito rara. Na década de 90 encontram-se
alguns fosseis de primatas que se poderiam localizar neste espaço temporal, mas não são
informações precisas. Este intervalo é chave, pois vão se formar 3 linhagens (orangotangos,
gorlias e chimpanzés), que poderão ser apontados como antecedentes humanos. Chega-se a
esta informação graças a contribuições do dominio da genética. Existiam antepassados comuns e
foram surgindo novos conjuntos de animais (evoluindo do orangotango, chimpanzé, gorilla e mais
tarde apartir do género Homo).
Hoje em dia a genética precisa que os antropólogos encontrem fosseis desse periodo
pouco conhecido para empreender investigações e possam confirmar a descendência.
A separação entre do chimpanzé e género homo demorou cerca de 2 MA (entre 8 a 6
Milhões de anos).
O Bipedismo
A origem do bipedismo e dos hominideos
O Bipedismo é uma caracteristica identificada pela primeira vez há 9.5 MA, encontrado
numa espécie “Samburupitheacus Kiptalani”, foram encontrados fragmentos deste primatas nos
anos 80.
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Esta espécie tinha um aspecto arcaico (parecido com o chimpanzé), mas aparentemente
já tinha adquirido caracteristicas de bipedismo, aguentando mais tempo de pé, do que por ex o
chimpanzé. É uma espécie de “macaco”. Ou seja a sua postura bipede é mais prolongada que no
chimpanzé e no gorila e poderá ser apontado como um antepassado comun ao gorila, chimpanzé
e Homem.
A importância desta espécie; levanta a possibilidade desta espécie, com quase 10 MA,
onde podemos observar caracteristicas bipedes, podendo ser apontado como um antepassado da
familia hominidea, mais distante e das espécies acima apresentadas.
Nos anos 90, foi descoberto “Onorin Targenensis”, um hominideo, com cerca de 6 MA,
descoberto no Quénia, apresentando uma morfolofia ossea parecida com os humanos e
chimpanzés, tinha facilidade em trepar e adoptar uma postura bipede no chão. Provavelmente
teria os braços mais compridos do que as pernas → braqueação → importantissimo para o
desenvolvimento do bipedismo, uso dos braços compridos, impulsionando o corpo.
Apartir de 4.4 MA, os dados relativos já são mais consistentes. Em 1994, uma equipa
liderada por Tim White, descobriu vestigios (entre eles uma mandibula), que pertenciam a uma
nova especie revalada → “Ardipithecus Ramidus”, espécie essa que apresentava caracteristicas
bipedes, apesar de ser um bipedismo bastante arcaico.
Poderá constituir um antepassado dos australophitecus ou de outros antepassados numa
linhagem não humana, são hipoteses apresentadas.
Este “Ardipithecus Ramidus”:
- Confirma a eventualidade de um bipedismo antigo;
– Vivia numa região florestada e alimentava-se de folhas e frutos;
– Linhagem humana (?) → não se sabe se está relacionado ou não.
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Em 1995 foram encontrados restos de Australophitecus, que foram comparados com
Audipithedus e classificaram nos como Australophitecus mas com diferenças. Essa descoberta foi
realizada por Meave Leakey, no Lago Turkana → “Australophitecus Anamensis”(Homem do Sul do
Lago) → Vestigios muito fragmentados, e embora fossem peças avulsas, foi uma descoberta
muito importante. Apresentaria o maxiliar em U/V, próxima à fisionomia do maxilar humano e a
sua dentição também (consumiria frutas e folhas). Essa dentição aponta a existência/a sua
vivência numa Savana e tendo em conta o clima (e existência de pouca água) consumiria plantas
e frutos duros. Tinha um aparelho locumotor robusto, uma postura proxima ao bipedismo,
podendo assim constituir um antepassado de Lucy ou do Homem.
Em 1995 uma equipa liderada por Michael Brunet, foi para a Africa Central, Chade, e num
lago que secou e toda a vida que aí existia permitiu adaptar a sua vida a uma vida fora de água
(por ex peixes passaram a viver na terra) e num processo de fossilização aí ficam despojos de
outros animais (camadadas de morte) e os geologos e paleontologos encontram aí vestigios de
fauna e flora. Brunet “caiu” no lago de amplitude cronológia 3.5 – 3 MA e entre todos os vestigios
encontrados, destaque para vestigios de austrolopithecus (possivelmente predados por
corcodilos) → “Austroloputhecus Bahrelghazali” = Abel (Em homenagem a um membro da
equipa). Era um ser bipede (bipedismo sub erecto → deslocava-se no chão com alguma facildade
e trepava com alguma facilidade), que trepava às arvores; tinha um cerbero com um volume de
400 cm3 (semelhante ao de um chimpanzé), tinha uma dentição omnivora (dentes versateis, tipo
os nossos)
Estudos paleoambientais aí realizados concluíram que era uma zona com muita
vegetação.
Uma questão fundamental é coloca → A adopção da postura bipede está interligada com
uma região não florestada (ex Savana)?
→ Pelas constatações não. As proteinas da carne (restos deixados pelos
predarores) eram normais na sua alimentação e então eles como que “caçavam” ou melhor,
roubavam a carne e en tão isto implica uma “comida” que poderá explicar este bipedismo pelo
processo de selecção natural (conseguiam escapar aos predadores).
Os austrolopithecus/hominideos arcaicos tinham uma estrutura que não lhe permitia ser
predador, mas com outras estratégias, nomeadamente roubando alimentos, o grupo poderia
sobreviver.
O movimento (gritos, agitar de galhos) permitia a comunicação emtre eles, dessa forma
planeando o acesso à “comida” → estratégias sociais para obter alimento, o que implicava uma
posição bipede, para roubar a carne.
Aquilo que vários autores dizem, é que o bipedismo pode ser estimulado por paisagens
abertas. O processo de selecção natural valoriza aqueles que podiam ser rápidos e bipedes.
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23/10/2009
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– O seu bipedismo não era erecto.
– Seria uma fêmea, teria cerca de 1.50 metros e pesaria entre 25 e 50 kg. A
morfologia do crânio (450 cm3 de volume) é próxima à de um chimpanzé; dentição adaptada tipo
savana; vivia nas proximidades de um lago.
30/10/2009
O Bipedismo confirma-se por:
– morfologia dos hominideos
– pegadas parecidas com as dos humanos
– posição do ouvido interno
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Nos anos 70, o A. Africanus começou a ser exluído da nossa linhagem.
5/11/2009
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Nos ínicios dos anos 70, do ponto de vista paleoantropologo o género Homo estava
identificado. O Homo Habilis, encontrado por R. Leakey apresenta caracteristicas como:
– Crânio maior que o dos australopithecus (cerca de 600 a 800 cm3 de volume);
– Face aplanada, sem focinho;
– Crânio arredondado e o buraco na base deste estava posicionado no centro, o que denota
um bipedismo mais erecto que os australopithecus;
– Mandibula estreita;
– Dentição robusta associado ao ambiente da Savana;
– Ossos inferiores acentuavam a posição bipede;
– reconstituição do cérebro denotou que a área da articulação dos sons estava bastante
desenvolvida o que a leva a pensar que já teriam uma capacidade de controlar alguns sons que
podiam ser emitidos em certas ocasiões → pré-linguagem (associado a modo de vida em
comunidade, modo de vida social).
Na Etiópia, Melka Konturé, nos anos 70 → encontra-se uma acumulação de pedras e entre
estas, pedra lascada associados a um resto de grande elefante. Poderia ser uma espécie de
cabana arcaica, realizada com pele, paus e pedras. As pedras encontravam-se dispostas em
circulo e encontrou-se restos de fauna associados a industrias líticas.
Pensa-se que o elefante terá morrido neste sitio e os hominideos vieram a esquartejá-lo →
existia uma carcaça havia animais predadores muito maiores que o Homem e portanto não será
viável a existência da tal cabana naquele lugar.
A um leito de um rei vai parar muita coisa. Alguém deixa cair uma pedra e a 700 metros
desse local caíu um corpo. Houve uma cheia e os vestigios foram se acumulando. O rio acabou
por secar e milhões de anos depois tornar-se-ão locais apeteciveis para pesquisa arqueologica.
Apartir dos anos 90, o nº de descobertas aumentrou. Destaque para o Homo Rudulfensis
(datado de 2.4 MA), onde vestigios deste, foram encontrados no Malawi → um crânio e uma
mandibula.
Em 1994 D. Johansson descobre em Hadar, Etiópia, um hominideo ao qual atribuíu o
nome técnico de AL 666 (Fossil de Homo Habilis, associado a industrias liticas → seixo talhado).
Há uma grande dificuldade na linhagem humana, para definir as origens (ou seja
antecedentes). A diversidade de espécies, dificulta por isso a definição da espécie humana. Por
ex o Homo Rudulfensis é apontado como um antecessor, mas não dados que o provem
verdadeiramente.
No entanto há 2.5 MA, encontraríamos muitas espécies do género Homo, que coexistiram
entre si. Não se sabe qual o género Homo, que está na origem do Homo actual, embora muitos
autores defendam que é o Homo Rudulfensis.
24
Os paleontologos debatem a questão do morfismo sexual (diferença entre sexos:
caracteristias de machos e fêmeas → não se sabe em que momento da história humana as
diferenças sexuais se tornaram acentuadas)
Nos finais dos anos 50, na India, foi encontrado vestigios de um hominideo datado de
1.2/1.5 MA chamado Ramapithecus. Esta espécie tinha algumas caracteristicas modernas. Na
mesma estação arqueológica, descobriu-se uma nova espécie → Chivapithecus (descoberto um
fossil, mas robusto em relação ao anterior mencionado). Mais tarde chegou-se à conclusão que
eram da mesma espécie, pois um era macho (Chivapithecus) e outro era fêmea (Ramapithecus),
sendo as diferenças entre os dois bem explicitas.
6/11/2009
Há 2.5 MA, na África, existiam hominideos que fabricavam instrumentos, embora outras
espécies possam ter produzido artefactos.
Quanto aos hominideos antecedentes ao género Homo, a humanidade há 2.5 MA
apresentava diferentes espécies.
Em 1985 uma equipa liderada por Richard Leakey, descobriu um fossil com 1.5/1.6 MA,
muito completo. É um esqueleto quase completo, que mostrou ser um rapaz com 11 anos de
idade, e com uma altura assinalável. Este fossil foi classificado como Homo Ergaster (Homem
que trabalha ou WT15000 ou Turkana Boy), apresentado como caracteristicas relevantes:
– Fossil mais completo que se encontrou com crânio e parte inferior quase toda completa;
25
– Volume craniâno entre 800 – 950 cm3
– Hominideo associado a industrias liticas em que o biface está presente → acheulense
– Bastante alto → 160 cm, para a idade que possuia, cerca de 11 anos
– Tinha um torso supra orbitral saliente
– Hominideo moderno pois denota-se possuidor de um bipedismo totalmente vertical
– Usava o fogo
A espécie humana hoje está espalhada por todo o mundo, mas há 1.5 MA encontrava-se
apenas em África. Estes hominideos (o Homo Ergaster) será o 1º a sair de África, provavelmente
devido a alterações climatéricas.
Migração até Java:
– Fosseis de Java → Modjakento, Sangiran e Trimil (1.6 – 1.8 MA);
– Industrias liticas no Paquistão e na India (1.5 – 2 MA);
26
– Dente incisivo do Homem de Longuppo na China (1.8 MA).
Há 1.5 MA o Homem saíu de forma decisiva de África.
No Out of Africa I → O Homo Ergaster, que domina o fogo, atinge a Africa toda, Médio
Oriente e Ásia (a Europa não tem evidências seguras da sua presença). Essa população Africana
que chega à Ásia, desenvolve-se e parecendo ser no sentido do Homo Erectus.
Apartir daqui, falamos dos genero Homo em Africa e Asia. Anteriormente, este encontrava-
se numa 1ª fase numa faixa de Africa (Da Etiópia à Africa do Sul).
Apartir de 1.6 MA, terá havido uma evolução do Homem de Java para o Homo Erectus.
(Sinanthropus Pekinenses) → 1.6 M.A. Tem como descendente o Homo Erectus (1 M.A.);
– Encontrado numa gruta de Chukutien (fragmentos datados de 500-700 mil anos), China,
Pequim;
– Descoberto crânios deste hominideos;
– Robustez física;
– Volume do crânio entre 900-1200 cm3
– Postura bipede vertical;
– Arcadas supra orbitrais muito porminentes;
– 1.60 m de altura;
– Habituado a ambientes do Norte;
– Usava o Fogo;
– Não se conheciam bifaces, embora segundo a cronologia deveriam existir.
27
Homo Florensis → Encontrado na Ilha das Flores, Indonésia;
– Pequena estatura;
– Não se sabe quando aparecem, mas sabe-se que se extinguiram há 18 mil anos;
– Poderá ser resultado de certos grupos colonizadores vindos de África que permaneceram
ali e se adaptaram, sendo que a mutação mantém-se num longo periodo de tempo
12/11/2009
Saída de África > 1ª Colonização Asiática > Fósseis de Java (1.8 MA)
O Homo Erectus, na Ásia, é contemporâneo do H. Sapiens Sapiens.
Desde os anos 70, são conhecidas algumas industrias líticas, mas os materiais
identificados são impossiveis de datar (seixos talhados) → industrias liticas do olduvaiense.
28
Anos 90:
– Na Gruta de Grande Dolina encontram-se vestigios de industria litica com lascas e
seixos talhados, restos de faunas e vestigios Humanos. → Relativamente aos vestigios humanos
encontrados presume-se que pertencem a um jovem com 10/11 anos, que provavelmente terá
caído num poço natural. Do ponto de vista geologico, está bem datado (através do método
paleomagnetismo → minerais que se organizam numa determinada forma). Esses vestigios datam
de 780 mil anos, mas têm de ser anterior, devido à inversão do magnetismo.
Esse jovem poderá ser indicado como sendo uma espécie Homo Antecesor:
– Antecessor da evolução Humana na Europa;
– Pequena Estatura, mas massa muscular muito desenvolvida;
– Face muito moderna: plana e praticamente sem arcadas supraorbitrais salientes;
– Raízes em África (Aparenta ser um hominideo com origens Africanas);
– Não tem caracteristicas ósseas robustas;
– Antece o Homo Heidelbergensis (600 mil anos) que por sua vez antecede o
Homem Neandertal (200 mil anos);
– Ainda se encontra num processo adaptativo a novas mudanças ambientais e de
latitude (não tem caracteristicas de especialização europeia) que se reflectem numa progressiva
maior robustez → processo de neandertalização → culminará com o processo do Homem
Neandertal.
29
13/11/2009
Há um periodo entre 1 MA e 500 mil anos que é pouco conhecido. Daí para cá há um aumento
significativo relativamente ao conhecimento das especies, em território Europeu.
30
Várias descobertaas datadas de 250000 anos em Ehringrdorf, Bianche-Saint-Vaast e La
Chaise, que não são conclusivas e não se sabe se não Homo Heidelbergensis ou Homo de
Neandertal pois existe uma grande semelhança entre os dois.
Apartir dessa data encontramos vestigios que anunciam a chegada de uma nova espécie
Homo. Em 200 mil anos conhecem-se vestigios de Homo Neandertal. → Vestigios conhecidos
desde o séc XIX (Alemanha) → O Homem Neandertal (200000 – 27000 anos) está bem
documentado. É uma espécie originária da Europa, apesar de haver vestigios na Sibéria e no
Médio Oriente. Terá convidido com o Homo Sapiens Sapiens durante um periodo de cerca 10000
anos.
O Homem de Neandertal:
– 1.70 metros de altura (quando adulto)
– Fisicamente robusto
– Ausência de queixo;
– Crânio alongado (fugidio);
– Testa curta;
– Dentes desgastados – eram usados para tudo (A Boca/dentes era usado como um 3º
braço);
– Aparece no Paleolítico Médio;
– Associado a uma nova industria litica – Mousteirense – produzia a partir de lascas, ou seja
as lascas é que são usadas como utensilio.
31
– Capacidade crâniana igual ou superior à do Homem moderno: podia atingir um volume de
cm3 (embora não quisesse dizer que o cerbero tivesse esse volume);
– Vivia em vales de rios e zonas protegidas dos ventos glaciares (Nota: as temperaturas
médias são inferiores 2ºC/3ºC às actuais.
19/11/2009
– Em África não se conhece uma espécie mais antiga, com traços humanos como o homem
Ergaster.
Entre 1.5 MA e 600 mil anos não há grandes informações sobre a evolução do Homo
Ergaster.
32
600000 a 200000 anos → Vários fósseis de H. Ergaster mostram uma evolução no sentido
de um hominideo muito semelhante aos da Europa e da Ásia → H. Heidelbergensis/ H. Erectus →
Chris Stringer para diferenciar os hominideos de África destes, ou seja Heidelbergensis e Erectus,
que são menos robustos que o seu homónimo Africano. Os fósseis deste periodo estão a definir
um processo evoluito que vai culminar no Homo Sapiens Sapiens → Sapientalização (Um
processo semelhante aquele que aconteceu por ex na Europa → Neandertalização). Chirs
Stringer denomina-os “modernos fronteiriços” (para explicar que estes Homo Ergaster fazem
fronteira com o Sapiens Sapiens), defendendo dessa forma um processo evolutivo que culmina
com o Sapiens Sapiens.
Estão na fronteira entre os hominideos arcaicos (H. Ergaster) e os modernos (H. Sapiens
Sapiens).
Por volta de 120 mil anos, restos humanos, que do ponto de vista anatómico são
equiparáveis ao Homem Moderno
– Klasies River Mouth, África do Sul;
– Gruta de Border Cave, África do Sul;
– Omo Kibish (cerca de 100000 anos), Etiópia
– Das-es-Soltan, Marrocos
Conjugando estes dados anatómicos com os dados genéticos, a “nossa origem” poderá
remontar a 200 – 120 mil anos (entre). O ADN que é passado de mães para filhos e verifica-se
que a origem humana é localizada no Este Africano (Tanzânia) → Berço da Humanidade (Homem
Moderno) → Entre o Quénia e a Tanzânia.
Este momento 200 – 120 mil anos motvia a 2ª fase do Out of Africa (Out of Africa II), ou
seja a colonização do Homem Moderno para diferentes continentes
– Sai de África, há dados do Homem Moderno no Médio Oriente (em El Zuttiyeh e Qafzeh,
por volta de 100 mil anos → Israel)
– Vestigios do Homem Moderno nas Antigas Republicas Soviéticas e India → 80 mil anos;
– Vestigios do Homem Moderno na Austália, com 50 mil anos (Terão cheagado aí, pela
Indonésia e devido a essa localização geografica terão uma evolução particular);
– Na Europa há vestigios, sobretufo no Vale do Danúbio, apresentando cronologias mais
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proximas no fim do seu curso. Os ultimos locais de ocupação foram a Peninsula Ibérica e Grã-
Bretanha (Apresentam cronologias mais recentes).
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– Datação: 25000 anos → Teria que ter muita componente moderna, mas também
neandertal (que deveria ter se extinto há 27000 anos);
– A criança ainda conservava algumas caracteristicas Neandertais, por ex apenas duas
raízes nos dentes, no entanto é facil encontrar caracteriscas neandertalensis em homens
modernos, portanto não era uma pista segura para defender a miscigenação.
A mais provável terá sido a sua extinção natural provocada pelas alterações climáticas que
provocaram também a extinção de mais fauna.
20/11/2009
Uma industria litica, localizada no tempo, é marcada por uma determinada tecnologia. As
industrias liticas são influenciadas pela capacidade dos hominideos em produzir artefactos, e o
resultado obtido estará dependente dos conhecimentos por ele (humano) adquiridos.
Sabe-se hoje que existiam espécies, que não pertenciam ao género Homo, por ex
australopithecus, que produziam artefactos-industrias liticas. Anteriormente pensava-se que a esta
capacidade estava apenas inerente ao género homo.
Através da análise dos artefactos é possivel identificar, em certa parte, o modo de vida da
espécie.
Parte-se do principio de que o Homem é produtor. Há 2.5 MA surge um individuo capaz de
produzir um artefacto → Logo associa-se ao Homem. Mais tarde seria comprovado, que os
hominoides, como o gorila, chimpanzé também têm capacidade para produzir pequenos
artefactos, por isso, em 2.5MA a faculdade de produzir artefactos não é exclusivamente humana.
Na altura que existiu o Homo Habilis, coexistiram outros seres do género Homo, bipedes e
que também poderiam produzir artefactos.
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Associada a um acidente tectónico (Ao longo de um eixo, no continente africano, há um
grande nº de lagos, que revela uma falha tectónica → originada pela pressão sobre uma placa
tecntónica que partiu, sendo que uma das partes cedeu, e entre as partes encontram-se esses
lagos. É uma região onde há um grande nº de descobertas.
A esse periodo (2.5 MA), na garganta do Olduvai, estão associados utensilios, designados
choppers (talhados numa só face) e chopping tools (talhados nas 2 faces, originando uma aresta)
No olduvaiense, o Homo Habilies e outros que coexistiram tinham capacidade para
produzir artefactos tecnológicamente muito simples. Associada a esta industria:
– Os nuleos → serviam para a extracção de lascas, que neste momento não eram
empregues;
– As lascas → de sílex ou quartzo → muito cortantes, resultantes do talhe do nucleo
O Olduvaiense:
– Produzido na África, Europa e Ásia;
– Surge há 2.5 MA;
– Produzido durante um longo periodo de tempo (Até 1.5 MA em África; 600/500 mil na
Europa e Ásia;
– Tecnologia básica e simples (As industrias do olduvaiense são simplistas, predurando esta
técnica até ao séc XIX (por ex aplicada nas redes de pesca, embora se, o carácter de instrumento
fundamental).
O Acheulense
– Surge na África há 1.5 MA. É responsável pela produção de dois artefactos relevantes: o
biface e o machado de pedra
– Associado ao H. Ergaster, H. Heidelbergensis e H. Erectus.
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O Biface:
– Talhado nas duas faces mas com uma maior amplitude de talhe do que os chopping tools;
– A superficie desprovida de cortex é muito mais ampla;
– Não é um grande passo em frente, do ponto de vista tecnológico e não vem alterar os
hábitos das populações que já usavam os seixos talhados (Embora sejam diferentes seixo talhado
e biface)
– Embora sendo muito simples, a simetria inerente ao biface mostra a capacidade em
projectar mentalmente a forma e reproduzi-lo ao realizar o artefacto
– Há necessidade de o Homem procurar um material favorável, ou seja há a selecção da
matéria prima, uma rocha que seja favorável, para realizar o artefacto pretendido. Há uma espécie
de projecção do objecto que ele quer construir, antes da realização do mesmo. Há casos que o
Homem do Acheulense utilizava blocos partidos, para poupar o esforço. Há uma altura que o
Homem que produz o biface, encontra uma pedra de 1 metro de diâmetro, bate nela, obtendo
uma lasca, que apresenta uma face de estalamento lisa e só precisa, assim, de trabalhar na outra
face → Isto prova uma capacidade de planificação prévia.
O machado de mão:
– Tecnológicamente não tem grandes exigências na sua elaboração, apesar de ser
necessário seleccionar a matéria prima;
– É necessário escolher e abordar a matéria prima → há uma selecção criteriosa da escolha
do bloco. → Mostra que o hominideo tinha capacidade de abstracção, de planeamento.
Acheulense:
– Forma como é produzido o artefacto não é muito inovadora em relação ao olduvaiense;
– Forma como se aborda a matéria prima é que é diferente.
37
Este Hominideo vai ter 3 cuidados presentes, na extração de lascas:
– Escolha criteriosa da matéria prima;
– Escolha do suporte (ex blocos com uma forma especifica)
– Aplicação do método
Quando o bloco de pedra é recolhido vai ser preparado. Isto, para além de implicar uma
selecção da matéria prima vai exigir aos Homens uma planificaçao que advém do pensamento
abstracto.
Por volta de 150/200 mil começa a existir uma técnica de trabalho da pedra, associado às
lascas (muitas vezes empregues como utensilio).
No paleolítico Médio, fruto do desenvolvimento de técnica de lasca, surge uma nova
industria, mosteirense (associada sobretudo às lascas), transformando essas lascas em
verdadeiros utensilios. Nesse mesmo periodo, o nº de bifaces diminui, mas estas têm maior
qualidade neste periodo.
Podemos concluir que a actividade do esquartejamento animal continuou no paleolitico
médio. Os bifaces utilizados são ainda importantes no desenvolvimento de tarefas, apesar da sua
importância diminuir. Por sua vez as lascas ganham uma importância relevante, empregando-se
como raspadores ou ponta levallois (este artefacto mostra que estamos na presença de
verdadeiros caçadores.
Sendo o clima frio, essas comunidades usavam as peles dos animais para se protegerem,
nomeadamente o Homem Neandertal
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O Homem Neandertal vai desenvolver esse metodo, extraíndo lascas, até o nucleo ficar
totalmente esgotado.
A grande vantagem é que o Homem Neandertal vai extrair muita matéria, com o mesmo
objecto, conseguindo dessa forma a produção de mais objectos essenciais.
Esta espécie, conjugando-se com os artefactos por ele produzidos, a possibilidade de com
eles realizar setas, tornou-o num verdadeiro caçador. Sepultava as pessoas, estamos assim na
presença de um Homem com espirito de humanidade, constituem um grupo coeso, bem adaptado
ao clima frio e com grande disponibilidade de objectos.
Neste periodo, os solos estavam quase todo o ano gelados e por isso a água não drenava,
originando dessa forma pantanos (ou seja, há retrocesso da paisagem florestal, as sementes,
raízes estão indisponiveis, pois não germinam ou estão congeladas, logo sentem a necessidade
de caçar para satisfazer as suas necessidades alimentares.
Foram encontrados vestigios de mamutes/poléns congelados na sibéria que chegaram até
aos nossos dias, permitindo dessa forma reconstituir o ambiente em que estavam inseridos,
Nos finais do paleolitico médio (a seguir ao mosteirense), por volta de 40000 anos, surge
uma nova industria lítica, chamada chatelperronense.
Esta industria é misteriosa. O Homem Neandertal desde sempre produziu a sua industria
→ lasca e biface (martelo associado). Há 40000 anos aparecem novos objectos, que apresentam
uma certa evolução. Tratam-se de lâminas. As do paleolitico superior têm um contorno regular,
muito delgadas, ½ milimetro de espessura e uma forma rectângular.
Nesta época surgem uma lâminas mal feitas, toras...Um estudo concluiu que tinham sido
feitas, segundo um outra técnica, associadas a uma variante do método de levallois, que é
caracterizado por lâminas pouco precisas, mas definidas.
No paleolitico superior aparecem adereços corporais.
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Autores admitiram que através de um processo de coexistência entre duas espécies, o
Homem Neandertal resolve inovar por imitação, embora conseguindo uma reprodução mais tosca.
→ É uma prespectiva defendida. Os que a defendem são aqueles que defendem a miscigenação
de espécies, que daria descedência fértil, que absorvia o conhecimento cultural e as
caracteristicas biológicas.
É apartir de 40000 anos que se dá o surgimento dessa industria lítica. Esta forma que
explicava o chatelperronense (relacionado também com o aparecimento de adornos associados
ao enterramento) através a miscigenação das espécies Sapiens e Neandertal.
Outra prespectiva defende que há 40000 anos uma tendência do paleolítico médio sofre
uma alteração e dá origem a novos objectos e técnias (chatelperronense)
27/11/2009
O Homem Sapiens Sapiens no Médio Oriente chega por volta de 80000 a.C. Aparece
associado a uma industria lítica (próxima ao mosteirense). Este Homem marca o ínicio do
paleolítico superior e trás consigo uma industria lítica, que é microlítica e de base laminar.
Da mesma forma que o H. Neandertal utilizava os blocos para extrair lascas (era o
principal objectivo. Usava as lascas em grupo ou aplicavam-nas) → Mosteirense, o Homem S.S.
Utiliza matérias primas de boa qualidade, fragmentando o bloco em inúmeras lascas.
Enquanto o Homem Neandertal fracturava o nucleo para retirar as lascas, o Homem S.S
prepara o núcleo, e a partir daí dá origem a uma lâmina (com comprimento superior ao dobro da
largura) → Para ser lâmina tem de ser produzida através de um metodo especifico.
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No Paleolítico médio, com o mesmo volume de matéria conseguimos extrair mais material
(gume activo). Com o avanço do tempo (sucessão de épocas) a capacidade exploratória de
matéria é maior.
A capacidade de produzir suportes perfeitamente modelados e standarizados, ou seja são
muitmo mais homogeneios. O leque de instrumentos produzidos é maior (mais diverso) e a
qualidade também.
Uma lâmina de pequenas dimensões degina-se por lamela. Uma lâmina torna-se um
artefacto que poderá sofrer mutações → As lâminas constituem a base artefactual a um grande nº
de utensilios realizados no Paleolitico Superior.
Ao longo do Paleolítico Superior (Na Europa 40000 a 10000 anos, quando termina o
periodo plistocénico e inicia-se o holocénico. O plistocénico corresponde ao neolítico e pré-história
geral).
De 40000 a 10000 a.C a pré história está dividida em diversas fases, associadas a
industrias líticas distintas.
A industria mais antiga do Paleolitico Superior, na Europa é o aurignacense (36000-25000
BP) → Caracterizado pela produção laminar, nesta altura o Homo Sapiens Sapiens retocou as
lâminas. Nesta altura produzia-se um objecto muito comun (objecto retocado na extremidade tipo
formão)
Um 2º periodo do paleolítico Superior (bem explicito no Vale do Coa) designado
Gravetense (La Gravette: 25000 – 22000 BP) → Esta fase é conhecida pelo aparecimento de um
objecto designado “Ponta de la Gravette” → Tem cerca de 4 cm, embora haja mais pequenas.
Essa ponta implicava o trabalho numa das arestas.
No gravetense surge um outro objecto, o buril. A presença de buril permite identificar o
modo de vida de uma população.
São também tipicos os utensilios realizados em osso.
Síntese:
→ Diversidade de utensílios, mostram prática de actividades diferentes. O
Homem do Paleolítico Superior utiliza um grande nº de matérias primas para elaborar os
artefactos, associado a um modo de vida mais desenvolvido.
A caça é uma actividade real, os animais são esquartejados e queimados pelo fogo.
Ao gravetense sucede uma nova industria, o Solutrense (Le Solutré), com uma fisionomia igual a
folhas de loureiro ou de salgueiro, são peças que o trabalho realizado nelas, deixam nas tão finas,
como uma folha referida. É uma lasca delgada (21000 – 17000 BP).
- Coberta por um talhe que vai de um lado ao outro;
- Retoque cobridor (toda a superficie da seta); - Retoque aplanado.
41
Estas peças (e outras partes de seta anteriores) estão relacionados com a utilização de
lanças, com a ponta lítica e o propulsor (um cabo que permite lançar uma seta).
É um instrumento que permite caçar grandes animais. Provavelmente há grupos de
homens equipados com este equipamento, aliado a armadilhas e ao fogo, conseguem matar o
animal.
4/12/2009
Pela antropologia, entre outras, as sociedades primitivas não distinguem aquilo que é
simbólico e funcional. Por exemplo, as comunidades rurais actuais, uma ferradura não assume
apenas uma simbologia simbolical. Para eles, uma porta sem fechadura não está completa. Ao
elemento funcional → Porta, é adicionado o elemento simbolico → ferradura, que para eles é
indispensável. Ou seja, não há uma separação do lógico, do funcional.
Nas sociedades primitivas essa separação não acontece. Uma pintura rupreste não
constituia apenas um elemento estético.
A arte do Paleolítico Superior, está recheada de simbolos, remete para o metafísico, mas é
funcional. Essa arte, fazia parte do mesmo sistema, ou seja, se essa pintura representativa não
estiver representada, não está completa.
As manifestações que conhecemos sob a forma de gravura ou pintura, fariam parte de um
cojunto de suporte, no entanto o que até chegou aos nossos dias é apenas uma parte. Essa arte,
estava intimamente ligada ao Homem Primitivo.
42
Quando falamos do domino estético → Um arpão pode ser integrado, quer no dominio
estético, quer no dominio funcional. Um arpão decorado, provavelmente para o Homem Primitivo
teria melhores caracteristicas para desempenhar as suas funções. Actualmente, um arpão seria
considerado um elemento meramente no dominio estético, o que está errado.
O Homo Sapiens Sapiens distingue-se no quotidiano das diferentes espécies, anteriores.
Portugal, Espanha, França, regiões da Europa Central e Sibéria são os principais locais de
riqueza cultural do Paleolitico Superior.
A arte rupreste localizada, com maior expressão, na Europa Ocidental; a arte móvel
sobretudo na Austria, Alemanha, Itália. No entanto,de acordo com as ultimas escavações, a 1ª
região é também ela rica em arte móvel.
No vale do Coa, há cerca de ¾ anos, recolheu-se cerca de 60 elementos de arte móvel →
eram pequenas placas de xisto, com gravuras idênticas às encontradas nas grutas.
Uma das justificaçõe atribuídas para a maior concentração de arte rupreste no Norte de
Espanha e Sudoeste Francês tem a ver com o nº de grutas existentes.
43
Desde os meados do séc XIX surgiram várias correntes. Uns defendiam que o Homem Pré
Histórico tinha capacidade de representação de figuras (pintar e gravar) outros não acreditavam
nessa hipótese.
O Homem do Paleolitico Superior (Já não tinha tanto trabalho, visto que simplificara as
tarefas e conquistou tempo de lazer), conseguia filtrar a informação recolhida. Ao longo da sua
vida, terá comido mais pequenos roedores, no entanto este, representava mamutes, que
provavelmente só o comeria ocasionalmente, se é que alguns o teriam mesmo visto. O Homem
do Paleolítico Superior nunca representava o ambiente envolvente (ervas, linhas do solo), apenas
fazia representações do animal, por exemplo.
Os 1ºs investigadores da arqueologia (séc XIX) tinham dificuldades em intrepretar e datar
essas representações artisticas.
Em 1879, Marcelino Saretuola, estava a fazer escavações num sitio, com a filha, e a certa
altura, esta meteu-se num buraco e foi ter junto da “Capela Sistina dos Bisontes”. A porta de
acesso estava tapada, logo, as pinturas tinham de ser realizadas à representação daquelas
imagens (?).
E. Cartailha → Estudou o paleolítico e publica um artigo, em 1902, reconhecendo a
verdadeira antiguidade da arte.
Há indicios de que o Homem Neandertal no fim do seu periodo, teve uma proto-arte.
A arte do paleolítico superior só poderia ser feita por caçadores recolectores, alguém que
conhece verdadeiramente a anatomia, o comportamento, o habitat da espécie representada.
A sociedade dos caçadores recolectores brincavam. Apanhavam o animal e partilhavam
durante alguns dias a carne fornecida pelo animal.
A representação artistica é comum, a nível dos motivos representados, contexto... → a
arte é uma linguagem “universal” nestas comunidades.
10/12/2009
A partir dos ínicios do séc XX, o reconhecimento da arte (da historicidade da mesma),
através da calendarização desta, de forma a perceber se esta evoluiu ou não e de que forma
evoluiu.
Um 1º estudo foi levado a cabo neste periodo, por Henri Breuil (que faz parte de um grupo
dos 1ºs arqueologos modernos), que confirmou a historicidade da arte. Admite que a arte evoluiu,
a par das indústrias litícas (das formas menos figurativas, mais simples, para formas mais
complexas). Estudou sobretudo em Alta Mira (Espanha → estudos empreendidos nas grutas),
Font-deGaume, Les Combarelles. Era possivel dividi-la em 2 fases:
- A mais antiga → auricmacense → gravetense
- A mais moderna → solentrense → Magdalesense (cuidado representativo, o animal apresenta
uma representação mais real)
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Na arte do paleolítico superior há a representação de alguns animais. Henri Breuil
contempla a pintura, gravura e arte móvel. No entanto era limitado, porque só observou/realizou
estudos em poucas grutas.
Gouharey → é dos 1ºs que refere que a temática da arte do Paleolítico Superior é um
tema complexo. Defende que por mais grutas verificadas, as representações animais (os
modelos) são sempre os mesmos.
45
No Côa, descobriram-se vestigios de fauna, que provam que o homem consumia esquilo,
viado, no entanto estas espécies, simplesmente não eram representadas.
Esta arte não era uma fotografia da realidade. O Homem, apesar de observar e conviver
com inúmeros animais, selecciona apenas alguns para a representação. No interior de uma gruta,
as representações estão dispostas, como se estivessem numa caixa → não há grande relação
entre as representações, há como uma espécie de manipulação da realidade.
Um dos aspectos desta arte, é o seu carácter assexuado, pois de um modo geral, os
animais quase nunca têm representados os orgãos genitais. No entanto, estão representados
simbolos que permitem identificar o sexo dos animais (hastes, representações de animais em
afrontamento, o dorso típico do macho...) → Tem informação subtil, mas toda ela tem enorme
riqueza dos seus significados. Representação animal → Proximidade: cabeça maior; Afastamento:
cabeça menor; Uso das cores de forma a realçar proximidade/afastamento.
Representação de signos:
→ quase só conhecidos em grutas
Gourfraey apresenta 3 categorias de signos:
→ Signos alongados, do tipo masculino;
→ Signos fechados, do tipo feminino (fechados)
→ Signos pontilhados, do tipo abstracto (não se conhece o seu significado).
Em todo o caso, estes signos surgem associados aos animais
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Alguns autores, dizem que a gruta é um espaço, que o homem consegue ver os animais lá
representados, com significados específicos. Esse espaço já lá tem o cosmos do bisonte, por
exemplo. O Homem limita-se a contornar o traço humano.
Encontramos representações de cavalos com as suas pernas para o ar. A representação
do animal é secundária perante a morfologia da gruta. O Homem posiciona os animais conforme a
imagem mental que tem, trazendo para o aspecto simbólico (o animal nasce da parede →
manipulação do desenho).
Há animais que são representados de forma incompleta (por ex. Ausência de cabeça). Um
animal sem cabeça terá um significado diferente, do que o mesmo com cabeça.
12/12/2009
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Certos animais ficam localizados em locais de boa visibilidade (alguns na entrada das
grutas, estando bem iluminados), outros estão em zonas escuras, pouco iluminadas → há uma
espécie de codificação de certos animais, que são determinados no seu local (poscionamento).
A arte evolui → do mais simples para o mais complexo, segundo teoria de Gourharey. No
entanto sabemos que não evolui do mais simples para o mais complexto. Um dos exemplos, ou
excepções é o que encontramos na Gruta de Chauvet (os arqueólogos datam aquelas
representações de 36000 anos, mas que são bastante complexas → altamente talhados,
cuidadas...A arte apresenta qualidade semelhante àquela datada de 10000 a.C, podendo a 1ª ser
enquadrada no Magdalesense.
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Estas procuram regiões continentais, onde há grande oferta de recursos → como por
exemplo no interior de uma floresta, mas também em regiões litorais (marinho) e fluviais.
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O Neolítico:
. – Prespectiva clássica (nova idade da pedra). Pedra polida associada à cerâmica. Este
neolítico foi depois estudado. Gordon Childe publicou nos anos 40, um texto apelidando as
mudanças que acontecem nesse periodo de “revolução neolítica”. Segundo ele, representava
uma rotura entre as sociedades paleolítica e neolítica (um pensamento que está ultrapassado).
As mudanças occoridas neste periodo, na realidade foram graduais:
→ Introdução gradual da cerâmica;
→ Fixação gradual da população;
→ Adopção gradual de actividades agricolas.
Não é pelo facto de aparecer cerâmica que se infere que é um ser com características
agricolas, associado à sedentarização.
São introduzidos objectos de pedra polida → machado de mão, enxó. Sendo que esses
machados já eram encavados.
Neste periodo há um aumento demográfico, a pop adopta gradualmente um modo de vida
sedentário, pratica-se a agricultura e a domesticação de animais, o agricultor desenvolve o
sentimento de posse.
17/12/2009
Médio Oriente → Tigre e Eufrates (entre) → Região com prática agricola, mais antiga
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→ Segundo outra prespectiva, defendida por R. Breidwood, desenolveu a teoria das zonas
nucleares: As condições ambientais que G.Childe defende nem sequer ocorreram, contudo, no
Crescente Fértil, que era constituído por várias regiões nucleares, que eram extramamente ricas
em biodiversidade, e desse contacto saíria a domesticação animal → os recursos naturais
estavam à mão do Homem, que só precisava de domestica-las.
O Homem encontrara recursos para cultivar. O que há de comum é que ambos defendem
a evolução do Homem, tal como este tivesse noção que a produção agricola era um passo em
frente.
Há outras explicações que referem que a actividade agricola não é um verdadeiro passo
em frente. No final do Plistocénico, quando se observaram algumas melhorias climáticas, os
recursos tornaram-se mais abundantes, assistindo-se a um aumento demográfico, que teria
conduzido a um desiquilibrio de produtos e homens.
Há medida que vai havendo um aumento demográfico e a diminuição de recursos, levou à
necessidade de um processo evolutivo que culminaria com a actividade agricola → teoria anos
60.
Os estudos que há, defendem que era necessário um crescimento radical da população
para que houvesse um verdadeiro desiquilibrio entre oferta de recursos e nº de população. →
Esta teoria não tem fundamento, porque se isso fosse verdade havia locais densamente
povoados. Na Antiguidade era regular provocar o infanticidio para controlar a demografia.
Binford diz que vivem num meio Mesolítico e quando não têm recursos, logo esses grupos
migram para os encontrar. Lá, com os mesmos recursos teriam de adoptar uma prática agricola
para resolver as suas necessidades → é preciso constatar que nesse periodo, a pratica agricola
não deveria ser muito produtiva.
Nesse periodo, há laços estabelecidos entre comunidades, sendo que essas comunidades
fazem mostrar a sua riqueza, através do nº de animais que possuem (ovelhas, cabras → animais
introduzidos por caracter social, cultural, de prestigio-
Uma sociedade produtora, deixa vestifios e em escavações arqueológicas são
encontrados poucos vestigios (associados ao neolítico), apesar de vestigios com menos de 2500
anos serem encontrados com facilidade.
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Assim sendo, a prática agricola e a domesticação seriam apenas elementos de prestigio,
cultural → poderão servir como moeda de troca entre comunidades e mais tarde seriam
introduzidas na alimentação do Homem.
No próximo Oriente, a agricultura não pode ser praticada sem sementes, sem condições
favoráveis a esta prática, os animais têm de estar disponiveis para a domesticação, assim no
próximo Oriente existiam condições favoráveis a essas práticas, mas não será por isso que se
tornem obrigatoriamente agricultores → tem de gaver articulação entre humanos, necessidade de
cultivar e conjugação de condições climáticas para essas práticas serem uma realidade.
No Paleolítico Superior (40000 anos) já se conheciam utensílios de pedra, ligados aos
cereais. Assim sendo, a relação entre Homens e cereais é muito antiga.
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Segundo a prespectiva J. Couvin, as manifestações artisticas são do tipo naturalista →
retratam animais, realistas, com muito detalhe. Esta arte mantém-se idêntica até ao Natufense.
No entanto com o Khianiense 10000 – 9000 a.C, mostra de uma forma abrupta uma
mudança nas temáticas da arte. Se até ao Natufense há uma arte naturalista. A partir daí, é como
se houvesse uma revolução, sendo representado a mulher e o touro (mudança da temática da
arte).
O aparecimento da agricultura é posterior à revolução artisticas. Paralelamente ao
processo da prática agricola, há alterações ao nivel da mentalidade. O ínicio da prática agricola
não é de um dia para o outro, resulta de uma evolução mental.
No neolítico há a representação da mulher e animal (touro). Há agora animais que não
serão mais representados.
A arte do paleolítico superior parece mais democrática → No Paleolítico superior a mulher
aparece nas paredes ou esculpidas, mas encontram-se representadas da mesma forma que
aparecem bisontes pintados. Agora a representação da mulher encontra-se numa posição
superior à representação animal. Se a temática é a mesma, há uma estruturação da
hierarquização.
Esta alteração ao nível da arte, pode ser um reflexo da forma como o homem se relaciona
com o mundo.
Um dos principais problemas dos antropólogos é perceber como é que populaões
avançadas, que guardam alimentos, mas não se contentam e têm iniciativa própria para interferir
no ciclo da flora e no ciclo animal (deixam de caçar apenas para comer, e adoptam-no,
relacionando-se com ele). Os caçadores-recolectores não conseguem o cultivo e o
relacionamento com os animais.
Hoje em dia que a adopção da agricultura deve-se mais ao carácter social, do que uma
necessidade.
No Médio Oriente, os cereais eram uma flora pandemica que cresciam sem controlo. A 1ª
agricultura feita, terá sido de intensificação daquilo que a Natureza fornecia (pegara nos seus
cereais guardados e lança-os à terra e juntamente com sementes selvagens, dão origem ao
florescimento da cultura).
O processo de selecção de sementes terá começado quando o homem ainda era caçador
recolector. O homem fez uma evolução de espécie flora, que durou 1000 anos é quando iniciou a
prática agricola já o trigo, cevada, estão genéticamente alteradas.
As casas (no periodo de revolução simbolica) têm silo (guardam cereais), sendo que a
reprodução animal está associada.
As comunidades neolíticas preocupam-se com o futuro (ideia do armazenamento. É por
isso que existe a prática de guardar os excedentes (armazenamento, poupança...Os caçadores
recolectores não vivem uma verdadeira crise. Há qualquer coisa (“acontecimento”), que levou
caçadores recolectores a iniciar a prática agricola; Apartir do momento que a agricultura se impõe,
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a população sobrevive graças a ela, establecem-se comunidades e aí o abandonamento da
prática torna-se impossivel), ao passo que as comunidades paleolíticas preocupam-se com o
passado.
O neolítico processou-se:
→ Natureza difisuionista (grupo de agricultores que se movem, difundem e levam a
agricultura e domesticação)
ou
→ Mais que o movimento dessas populaçõe, encontram caçadores-recolectores
(Mesolítico; estão adaptados aos territórios e mosaicos europeus) na Europa. É aceite que os
contactos inter-grupais (trocas, casamentos), em pouco tempo produtos e conhecimentos se
difundem rapidamento. (modelo capilar ou perculativo).
Na Península Ibérica não havia cerâmica, caprinos e agricultura até há 5500 a.C. Segundo
autores terão chegado de Itália, em barcos.
O homem começou a ser sedentário a partir de quando constroi monumentos (de
enterramento → antas e dolméns)
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