Poemas Romantismo
Poemas Romantismo
Poemas Romantismo
IV
Quem
tantos
imigos
Em
guerras
preou?
Quem
canta
seus
feitos
Com
mais
energia?
Quem
golpes
daria
Fatais,
como
eu
dou?
-
Guerreiros,
ouvi-me:
-
Quem
h,
como
eu
sou?
V
Na
caa
ou
na
lide,
Quem
h
que
me
afronte?!
A
ona
raivosa
Meus
passos
conhece,
O
imigo
estremece,
E
a
ave
medrosa
Se
esconde
no
cu.
-
Quem
h
mais
valente,
-
Mais
destro
do
que
eu?
VI
Se
as
matas
estrujo
Co
os
sons
do
Bor,
Mil
arcos
se
encurvam,
Mil
setas
l
voam,
Mil
gritos
reboam,
Mil
homens
de
p
Eis
surgem,
respondem
Aos
sons
do
Bor!
-
Quem
mais
valente,
2
Balbucias
uns
sons,
que
eu
mal
percebo,
Doridos,
compassados,
Fracos,
mais
fracos;
-
lgrimas
despontam
Nos
teus
olhos
brilhantes...
Choras!
tu
choras!...
Para
mim
teus
braos
Por
fora
irresistvel
Estendem-se,
procuram-me;
procuro-te
Em
delrio
afanoso.
Fatdico
poder
entre
ns
ambos
Ergueu
alta
barreira;
Ele
te
enlaa
e
prende...
mal
resistes...
Cedes
enfim.
.
.
acordo!
Acordo
do
meu
sonho
tormentoso,
E
choro
o
meu
sonhar!
E
fecho
os
olhos,
e
de
novo
intento
O
sonho
reatar.
Embalde!
porque
a
vida
me
tem
preso;
E
eu
sou
escravo
seu!
Acordado
ou
dormindo,
triste
a
vida
Ds
que
o
amor
se
perdeu.
H
contudo
prazer
em
nos
lembrarmos
Da
passada
ventura,
Como
o
que
educa
flores
vicejantes
Em
triste
sepultura.
(Gonalves
Dias.
Primeiros
cantos,
1847)