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Implementação Dos PCN em Sala de Aula - Dificuldades e Possibilidades PDF

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Elio Carlos Ricardo

Doutorando em Educao Cientfica e


Tecnolgica UFSC
E-mail: elio_ricardo@hotmail.com

Este artigo discute alguns conceitos presentes


nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nos
Parmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Mdio, cuja incompreenso tem se
mostrado um dos entraves implementao
das propostas desses documentos em sala de
aula. Aponta ainda para a dimenso da reforma
pretendida e a necessidade de rever no s os
contedos a ensinar, mas as concepes e
prticas educacionais correntes.

Lei de Diretrizes e Bases da


96 a nova identidade dada ao Ensino
Educao Nacional (LDB/
Mdio como sendo a etapa final do
1996) aponta para a necessique se entende por educao bsica.
dade de uma reforma em todos os
Ou seja, espera-se que ao final desse
nveis educacionais, que se inspira, em
nvel de ensino o aluno esteja em conparte, nas visveis transformaes por
dies de partir para a realizao de
que passa a sociedade contempornea.
seus projetos pessoais e coletivos; a
Isso mais claramente expresso nas
formao necessria para a constituiDiretrizes Curriculares Nacionais para
o do cidado, na concepo da lei.
o Ensino Mdio (DCNEM), que traduAssim, no por outra razo que as
zem os pressupostos ticos, estticos,
DCNEM destacam a formao tica e
polticos e pedaggicos daquela lei
o desenvolvimento da autonomia
sendo, portanto, obrigatrias.
intelectual e do pensamento crtico coPara o nvel mdio, foram elabomo objetivo central do Ensino Mdio.
rados os Parmetros Curriculares NaSomente esse carter de terminalidade
cionais (PCNs) e, mais recentemente,
j seria suficiente para compreender
os PCNs+ (MEC, 2002), os quais
que a reforma pretendida transcende
procuram oferecer subsdios aos proa mera alterao de contedos a ensifessores para a implementao da
nar, mas tem a dimenso mais ampla
reforma pretendida e so divididos por
de desenvolver as vrias qualidades
reas de conhecihumanas; da a idia
Um dos pontos centrais da
mento, a fim de fade um ensino por
LDB a nova identidade
cilitar, conforme as
competncias.
dada ao Ensino Mdio como
DCNEM, um traEm relao
sendo a etapa final do que
balho interdisciprimeira dificuldade
se entende por educao
plinar. Entretanto,
que ser aqui trabsica. Ou seja, espera-se
h uma distncia
tada, qual seja, a esque ao final desse nvel de
entre o que est
trutura atual da
ensino o aluno esteja em
proposto nesses doescola e sua hierarcondies de partir para a
cumentos e a prtiquia verticalizada,
realizao de seus projetos
ca escolar, cuja suimperativo que os
pessoais e coletivos
perao tem se
professores leiam e
mostrado difcil. As dificuldades vo
discutam a LDB/96 e os documentos
desde problemas com a formao
elaborados pelo Ministrio da Educainicial e continuada pouca disponio (MEC), a saber: DCNEM, PCNs e
bilidade de material didtico-pedagPCNs+. Essa exigncia serve at para
gicos; desde a estrutura verticalizada
que os professores no sejam engados sistemas de ensino incomprenados em nome desses documentos,
enso dos fundamentos da lei, das
a partir de discusses isoladas e
Diretrizes e Parmetros. Especialmente
fragmentadas. Ao contrrio, o profesessas ltimas que sero tratadas nessor ter que assumir seu papel de ator
se texto, discutindo-se ainda possveis
principal da reforma, assegurado pela
caminhos para sua superao.
lei, e deixar de ser mero executor de
Um dos pontos centrais da LDB/
programas impostos. Para isso, a
Implementao dos PCN em Sala de Aula

Fsica na Escola, v. 4, n. 1, 2003

leitura, a discusso e a busca de comprecisa mudar e os professores quetanto, o documento salienta que no
preenso dos documentos do MEC em
rem mudar! Como educar um sujeito
se trata de uma imposio, mas de um
seu todo, assim como do projeto
autnomo se a escola no d espao
exerccio que procura contemplar as
poltico-pedaggico da escola, so
para que o aluno discuta, fale, particompetncias gerais e os conhecimencondies necessrias. Necessrias
cipe? Como levar os alunos a contitos, os quais no se excluem, mas se
mas no suficientes, pois as propostas
nuar aprendendo se o professor no
complementam, se desenvolvem mupor elas mesmas no mudam as pro faz?
tuamente.
ticas de sala de aula, mas a reflexo e
Certamente, essa reorientao no
A partir das trs grandes compea avaliao destas podem levar a
se d de uma hora para outra, um
tncias de representao e comunicareorientaes signiprocesso de contio, investigao e compreenso,
O Ensino Mdio ir preparar
ficativas.
nuidade e rupturas.
contextualizao scio-cultural, os
no s para o
Essa apropriaContinuidade das
PCNs+ sugerem para a Fsica os
prosseguimento dos
o do todo da propropostas, avaliaseguintes temas: movimentos: variaestudos, mas tambm para
posta, e no apenas
es, reavaliaes e
es e conservaes; calor, ambiente e
que o aluno possa fazer
de partes isoladas,
inovaes que do
usos de energias; som, imagens e inforescolhas e, tanto quanto
enfatizada pelos
resultados satisfatmaes; equipamentos eltricos e telecopossvel, decidir seu futuro
PCNs e DCNEM,
rios; e rupturas com
municaes; matria e radiao; Univerpois, dada a dimenprticas que se mosso, Terra e vida. Cada um desses temas
so da proposta de reforma, inovaes
tram inadequadas ou ineficientes, coso subdivididos em unidades temtisolitrias em uma disciplina correm
mo o ensino propedutico, no qual o
cas e evidenciadas suas relaes entre
o risco de serem um clamor no
que se ensina s ter sentido, se que
as competncias mais especficas e os
deserto e no envolvem a escola. A
tem, em etapas posteriores educao
conhecimentos fsicos envolvidos. Os
elaborao do projeto poltico-pedaformal. Isso no se aplica mais a um
PCNs+ se aliam aos PCNs procurando
ggico da escola deveria ser uma
nvel de ensino que etapa final. O
dar um novo sentido ao ensino da Fsiconstruo coletiva. Isso, por outro
Ensino Mdio ir preparar no s para
ca, destacando que se trata de conslado, no implica inventar novas
o prosseguimento dos estudos, mas
truir uma viso da Fsica voltada para
disciplinas ou que a escola trabalhe
tambm para que o aluno possa fazer
a formao de um cidado contemcom um nico tema, mas que haja
escolhas e, tanto quanto possvel,
porneo, atuante e solidrio, com insuma ao articulada com vistas aos
decidir seu futuro, que pode no ser
trumentos para compreender, intervir
problemas e desafios da comunidade,
um vestibular, mas um curso profise participar na realidade (MEC,
da cidade, enfim, que a escola no seja
sionalizante, por exemplo. Isso no
2002b). , portanto, de se perguntar
mero cenrio, mas que de fato seja um
significa admitir que haja um camino somente sobre o que ensinar de
ambiente privilegiado das relaes sonho inevitvel ao mercado de trabaFsica, mas principalmente para que
ciais. E, que a tica, valores e atitudes
lho, significa sim, pensar que nem
ensinar Fsica. Acrescentam ainda os
sejam tambm contedos a ensinar.
todos os alunos egressos do Ensino
PCNs+ que o nvel de aprofundaNesse sentido, as DCNEM ressalMdio iro imediatamente para um
mento e as escolhas didticas depentam como princpios pedaggicos a
curso superior. Para esses, do que serdem das necessidades/realidade de caidentidade, a diversidade e a autonovir a escola? Do que servir a Fsica?
da escola, por isso que o projeto polmia. Autonomia para a escola elaboAlgumas dessas preocupaes estico-pedaggico ter que ser uma elarar seu projeto verdadeiramente polto presentes nos PCNs+, que trazem
borao coletiva, pois tais decises
tico e substancialmente pedaggico,
importantes subsultrapassam o alOs PCNs+ se aliam aos
que contemple as caractersticas redios para a implecance de um profesPCNs procurando dar um
gionais e ao mesmo tempo cumpra a
mentao da prosor isoladamente.
novo sentido ao ensino da
base curricular comum estabelecida
posta de reforma. O
Mas, o que se
Fsica, destacando que se
em lei e que ser objeto de avaliao
objetivo central despoderia entender
trata de construir uma
pelo MEC, envolvendo tambm a
se documento
por competncias
viso da Fsica voltada para
diversidade. E, que cada escola tenha
proporcionar uma
no contexto da rea formao de um cidado
e assuma uma identidade, proporciopossibilidade de
forma? Ao que pacontemporneo, atuante e
nada especialmente pela parte diversiorganizao escolar,
rece, a discusso
solidrio, com instrumentos
ficada do currculo, na qual podero
dentro de cada rea
acerca da noo de
para compreender, intervir e
ser complementados e aprofundados
de conhecimento,
competncias na
participar na realidade
alguns dos saberes trabalhados no nbuscando esclarecer
educao brasileira
cleo comum. Nessa parte do currculo
formas de articuganhou fora aps
a escola pode ousar mais, ou seja,
lao entre as competncias gerais e
a LDB/96. Um dos autores que tem
partir para o desenvolvimento de proos conhecimentos de cada disciplina
sido fonte de leitura e discusso sobre
jetos inovadores, engajar os alunos, a
em potencial. Para isso, oferecem
esse tema Philippe Perrenoud, j com
comunidade, enfim, no h uma reainda um conjunto de temas estruvrios livros traduzidos para o
ceita pronta, h sim uma escola que
turadores da ao pedaggica. Entreportugus. Paradoxalmente, a comFsica na Escola, v. 4, n. 1, 2003

Implementao dos PCN em Sala de Aula

preenso do que seria um ensino por


seqncia de modo que as competnnos programas escolares (saber a encompetncias ainda est longe de
cias gerais norteiem as escolhas didsinar) e na sala de aula (saber ensiacontecer. Segundo esse autor, a noo
ticas e prticas pedaggicas, inclusive
nado). Essa transposio implica uma
de competncias pode ser entendida
dos contedos, exigindo uma nova
mudana de forma e contedo e uma
como uma capacidade de agir eficaztransposio didtica. Certamente que
passagem de um domnio a outro.
mente em um determinado tipo de siesse caminho no linear, mas dinPhilippe Perrenoud alerta que no
tuao, apoiada em conhecimentos,
mico, a partir das exigncias do que
garantido que a mera transposio da
mas sem se limitar a eles (Perrenoud,
se pretende conhecer/ensinar. Ao profsica dos fsicos seja seguro para fazer
1999). As competncias seriam ento
porem novas orientaes para o ensios adolescentes adquirirem noes de
a mobilizao de recursos cognitivos,
no por meio de teFsica, especialmente
Alm de se compreender o
entre eles o conhecimento, a fim de
mas estruturadoos que no se desticonceito de competncias,
responder a uma situao-problema
res, os PCNs+ resnam formao
tambm essencial repensar
em tempo real. Essa utilizao, intesaltam que comcientfica. Para esse
a concepo de educao
grao e mobilizao se dar em uma
petncias e conheautor a noo de
presente na escola. por
transposio de contextos, com viscimentos so decompetncias um
em perspectiva os objetivos
tas a inferir possveis solues ou elasenvolvidos em
problema de transeducacionais e se perguntar
borar hipteses.
conjunto e se reforposio didtica, em
que sujeito pretende-se
Assim, possvel dizer que no se
am reciprocamensentido amplo, pois
formar e para qual
ensina diretamente competncias,
te. (Perrenoud,
no basta a legitisociedade
mas cria-se condies para seu desen1999b)
mao acadmica do
volvimento. As habilidades, que estaUm outro auque se pretende ensiriam mais ao alcance da escola, no
tor que trata do tema competncias
nar, mas h necessidade de se buscar
deveriam ser compreendidas como
Guy le Boterf (1998), o qual descreve
legitimao cultural, tanto quanto de
um simples saber-fazer procedimeno desenvolvimento de competncias
compreender esse processo.
tal, mas talvez um saber o que fazer,
como sendo a passagem pelos estados
Nesse sentido, tambm as prticas
ou ainda saber e fazer, articulando
de incompetente inconsciente, no qual
sociais, as experincias, os saberes dos
assim competncias e habilidades, pois
o sujeito no sabe que no sabe
alunos entram em jogo e preciso
estas so indissociveis.
alguma coisa; de incompetente conscompreender que muitas regras desse
Entretanto, alm de se compreenciente, onde o sujeito sabe que no sabe
jogo da aprendizagem so implder o conceito de competncias,
algo; de competente consciente, no qual
citas, o que se poderia entender como
tambm essencial repensar a concepo sujeito sabe o que sabe sobre algo; e
um contrato didtico. Nessa relao
o de educao presente na escola.
de competente inconsciente, onde o suentre o professor, o saber e o aluno/
pr em perspectiva os objetivos educajeito no sabe o que sabe, pois teria
alunos no h um nico saber, emcionais e se perguntar que sujeito
recursos cognitivos mobilizveis em
bora exista um programa, mas os alupretende-se formar e para qual sociesituaes-problema que ainda no
nos tm suas relaes pessoais com
dade? Em um ensino por competnconhece. A palavra incompetente pode
os saberes que, em muitos casos, so
cias no sero os contedos que deterparecer pejorativa, mas no esse
de difcil acesso. Colocar o aluno em
minaro as competncias, mas o consentido usual dado ao termo aqui.
jogo e fazer com que ele continue
trrio. No ensino
Nos textos de
essa relao com os saberes, agora
tradicional poderia
Philippe Perrenoud
saberes cientficos, para alm da escola
No se ensina diretamente
se pensar que a seaparecem ainda outambm tem a ver com a noo de
competncias, mas cria-se
qncia para as
tros conceitos, especompetncias. Esse um dos objetivos
condies para seu desenvolescolhas didticas :
cialmente da didtida negociao desse contrato didvimento. As habilidades, que
contedo, transca francesa, que
tico, qual seja, de ampliar os espaos
estariam mais ao alcance da
posio didtica,
podem ser obstcude dilogo, a fim de que a relao
escola, no deveriam ser
sala de aula, prlos compreenso
didtica no se torne um dilogo de
compreendidas como um
requisitos, expecda noo de compesurdos (Astolfi e Develay, 1995).
simples saber-fazer
tativa futura a cartncias, entre eles o
Dois outros conceitos presentes
procedimental, mas talvez
go do aluno. Ou sede transposio dinos PCNs e DCNEM, entendidos como
um saber o que fazer, ou
ja, os contedos so
dtica e de contrato
eixos estruturadores da organizao
ainda saber e fazer
os primeiros a sedidtico. A idia de
curricular, carecem de discusso: a
rem escolhidos e o que se vai fazer
transposio didtica ganhou notoriecontextualizao e a interdisciplinacom eles ao final do Ensino Mdio est
dade no ensino das cincias a partir
ridade. A contextualizao visa a dar
a cargo do aluno. Ele tem todos os
de Yves Chevallard (1991), a qual trasignificado ao que se pretende ensinar
pr-requisitos, basta juntar tudo! Ser
ta basicamente dos processos de
para o aluno. Ou seja, se o ponto de
que isso ocorre?
descontextualizao, despersonalipartida a realidade vivida do aluno,
O que se pretende em um ensino
zao, e outros por que passa um satambm ser o ponto de chegada, mas
por competncias mudar essa
ber sbio, ou acadmico, at chegar
com um novo olhar e com uma nova
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Implementao dos PCN em Sala de Aula

Fsica na Escola, v. 4, n. 1, 2003

compreenso, que transcende o cotiepistemolgica e no apenas uma prdiano, ou espao fsico proximal do
tica metodolgica, ou multidisciplieducando. A contextualizao auxilia
nar, ou ainda simples exemplos ilusna problematizao dos saberes a ensitrativos que envolvam outras reas.
nar, fazendo com que o aluno sinta a
As DCNEM, os PCNs e os PCNs+
necessidade de adquirir um conheciainda so documentos relativamente
mento que ainda no tem. Todavia, a
novos e, portanto, suas propostas
aprendizagem se d pela elaborao
precisam ser discutidas e debatidas.
de pensamento e
Um exemplo disso
As mudanas na sociedade
capacidade de absso alguns entendiatual esto ocorrendo e h,
trao, de modo
mentos de que a
bem ou mal, uma reforma
que no se pode
noo de competneducacional em andamento.
confundir a concias, ao centralizar
Pode-se considerar duas
textualizao com
unicamente no inalternativas: protagonizar a
uma diluio em
divduo o processo
reforma, dentro do alcance
informaes genformativo, poderia
de cada um, ou ser
ricas e superficiais,
esconder a inteno
atropelado por ela
desprezando o rigor
de lhe atribuir a
que as disciplinas cientficas exigem.
responsabilidade por no conseguir
Tambm a interdisciplinaridade
realizar seus planos pessoais e colemais que a mera justaposio de metivos, em vez de responsabilizar aspectodologias e linguagens de mais de
tos scio-econmicos excludentes ainuma disciplina. a complexidade do
da presentes em nossa sociedade. Por
objeto que se pretende conhecer/comoutro lado, tais documentos oferecem
preender que exige reconhecer e ultraimportantes subsdios que possibipassar os limites de uma nica discilitam uma reorientao no ensino das
plina. o dilogo, o complemento, o
cincias que pode contribuir para a
confronto com outros conhecimentos
superao dessa condio. O que a
com vistas a uma melhor compreenFsica pode fazer pelos alunos? Essa
so do mundo. Isso coloca a interdisuma questo fundamental.
ciplinaridade em uma dimenso
Observa-se ainda que h uma

Agradecimento
Gostaria de agradecer ao Prof. Dr.
Arden Zylbersztajn, do Departamento
de Fsica da UFSC, pelas contribuies
dadas a este artigo.
Astolfi, J.P e Develay, M. A Didtica das
.
Cincias. Traduo de Magda S. Fonseca. 5.
ed. So Paulo: Papirus, 1995, 132 p.
Ricardo, E.C. As Cincias no Ensino Mdio
e os Parmetros Curriculares Nacionais: da
proposta prtica. Ensaio - avaliao e
polticas pblicas em educao. Rio de Janeiro,
v. 10, n. 35, p. 141-160, abr/jun. 2002.
Ricardo, E.C. e Zylbersztajn, Arden. O
Ensino das Cincias no Nvel Mdio: um estudo
de caso sobre as dificuldades na implementao
dos Parmetros Curriculares Nacionais.
Caderno Brasileiro de Ensino de Fsica. Florianpolis, v. 19, n. 3, p. 351-370, dez. 2002.

MEC, Secretaria de Educao Mdia e


Tecnolgica. PCNs+ Ensino Mdio: orientaes
educacionais complementares aos Parmetros
Curriculares Nacionais. Cincias da Natureza,
Matemtica e suas Tecnologias. Braslia: MEC,
SEMTEC, 2002. 144 p.
MEC, Secretaria de Educao Mdia e
Tecnolgica. PCNs+ Ensino Mdio: orientaes
educacionais complementares aos Parmetros
Curriculares Nacionais. Cincias da Natureza,
Matemtica e suas Tecnologias. Braslia: MEC,
SEMTEC, 2002b, p. 59.

Perrenoud, P Construir as Competncias desde


.
a Escola. Trad. Bruno Charles Magne. Porto
Alegre: Artes Mdicas Sul, 1999, 90 p.
Perrenoud, P Construir as Competncias desde
.
a Escola. Trad. Bruno Charles Magne. Porto
Alegre: Artes Mdicas Sul, 1999b, p. 13.
Guy le Boterf. Lingnierie des comptences.
Paris: 1998. Pode ser encontrado resumido no
site: http://www.adbs.fr/site/emploi/
guide_emploi/competen.pdf.
Chevallard, Yves. La Transposicin Didctica:
del sabe sabio al saber enseado. Trad. Claudia
Gilman. Buenos Aires: Aique Grupo Editor,
1991, 196 p.

Referncias Bibliogrficas

distncia a ser vencida entre a proposta e a prtica, cujo sucesso depende


da superao de algumas dificuldades
detectadas em pesquisas anteriores
(Ricardo, 2002), dentre as quais se
destacam: falta de espao para discusso das propostas do MEC em seu todo e para a elaborao coletiva do projeto poltico-pedaggico da escola;
ausncia de programas de formao
continuada; desencontro de informaes entre as instncias federais,
estaduais e a escola; pouco material
didtico disponvel verdadeiramente
compatvel com os PCNs e outras.
No entanto, as mudanas na
sociedade atual esto ocorrendo e h,
bem ou mal, uma reforma educacional em andamento. Pode-se considerar
duas alternativas: protagonizar a reforma, dentro do alcance de cada um,
ou ser atropelado por ela. Espera-se
que esse convite reflexo seja tambm um convite a se optar pela primeira possibilidade.

Olimpada Brasileira de Fsica 2003


Professor, Participe!
Inscreva seus alunos e sua escola!!!
Visite a pgina da Olimpada Brasileira de Fsica no portal da SBF:
www.sbf.if.usp.br/olimpiadas

ou entre em contato com a Secretria da OBF,


Sueli Mori de Almeida (sueli@sbf.if.usp.br)
Fsica na Escola, v. 4, n. 1, 2003

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