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Obras Inéditas de D. Jerónimo Osório

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OBRAS INEDIT AS

DE
D ~ HlERONtMO QZORIO,
Bispo dt Silves 110 .Algarvi,
Par.ela_o o&'IC .utt::Nro no sEu st:cuLo.
DEDICADAS
AO MUITO ALTO, E PODEROSO
SENHOR
DOM JOO VI .. .
REI 00 REINO UNIDO DE POR
1'UGAL., 'SI..lAZIL, E
ALGARVES.
Poa
. ANTONIO LOURENO CAMINHA,
Pr.j'euor Regi o Je Rhctorica , e Poetictl, c
Culiro Ja Real Ordem de S. l 'iago.
L IS BOA:
NA IMPRESSAO REGIA. ANr;o 1hl.

.[' fl3
IR /'i' ..
'

I
I
' ... .:. ... ,:-=" ,.&
..
. ..
Anim como a ftmptr'tJnftl ciD IJJ' fn tJt
terra , trssim D fa'Uor do Principe ,.
1:xt:ita ' e trle'UtJnta tu engenhos d11 Yllsslll-
14_s 'rondes etJusas.
Heitor Pinto.
Di,log. pag. Cap. 7 de Just.
,
.rl"f
e-
. "":-: ": . . .,.
:.. SENHOl\.
..
Os antigos Gf'egos , 1 R.om111111
ttJsluwuruo (ns St/IS' chamados Se ..
culor do. Heroismo.) 11 fim de eter-
nizar QS .reur Vares tsclareos,
fjtlt se tbtho assignalado pelo du-
przo d/, 'lJida. em sa11gNinolentar
)111111/has, alfar-lhe.r .Arco.s , Ok-
e Est11tt1at, a fim q1(e seus
lnles existissem 'lJiws , contra fJ'
. ....
.. ,. 2r
).: ....... ,.
..
I
podeH. i}oi (..diJJ.if, at d toiJJflm'JIIi .
"'d (Tl () ,.,_,
filO OS tJtcfl os. I ..
!' Desprezando, e detestandl ute
errado trilho , e pessima Politica
( alardo 'Vo da 'Vi Gentilidade ) os
inclito.r M1liores de V. lJf. ahraza-
Jo.r do mais gloriruo, e celeste fogo,
pizando a estrada da immortali-
ade, cuidrio smente em se fa-
zerem eternos em todas 11.t quatro
p11rtes do Globo , em proteger as
ArU.t , e as Sciencias , e conse-
. quememente -aos que 111 professo ,
(i) Os Romanos com o falso pretixto
J1. qlJt:. qtnrilo arrancar os Povi/s da sua
antigd t t'plfos no ,erj1ito CStn
tf' tle Ci-vili'llafio, co'nquistavo Rnos, t:
Ciadas ;. em Jif.fer_tntll Jn mnso1
bons, e a11tigos pe-
li:ijavo por plantar a /ur. tli! .Evangdho
intrt: Povos selvagtns. Iito. ebrigou a di:r.er
o grande Vieira , qt ais falsos Herou
.a :Sen"" 'luem lhes erigio Bs-
ut_u(ls ;. '/llt a -Cato fro D Plu.nrJ.a;,.
:B_oc:arro Dc:adas 111. SS. ..
. ..., .- ...
\
'1!-:lo:, ; .. ,,), rtmJ-
ptiii"J.r sali#to) ; tom t anhl, qe.
trouaceuem p4rtt' os seus /res 1M
rmzi.r famos-Qs Stihios da.f illustf's
U11iversidarles-,. diZ
Por 1MO desta. 1ua
ejudiciosa trrz, se immwMiiz-
.,.o os Diniftitl ; o.r_.
Joes segundo! e terceirrR- ; , e.. fi-
nalme11tt os qite
aiilda hofr repetirnru com
e or Historitldore;r ;com
neratJ , e reJptito. ( r ) . -.. , .1
Oiro celestial; dis.re h 11m
.rofo Gre(!o , "(i) tiria
no peito Jos PtincipeJ li,_
vit}' de gQ7}ernu ar
. . '.' ' . ,_."'
--(i) Is;/1 'q,le
'o homem virtuoso tr_a suprltTi""n
e Cdso- qne' nmll
Be1H tl.o homem stlmente estaa11
' _Jieitor Pi., to. disse . que
ter 11 hon_ra em .. ..
della em pocrc. Prologo. " '
( z) O mwno. _.. ,
.,
t
so virtMJe-s. Jlvintts , .
fis.rem de 11ltos , e di'Dino.r pe6rii
Jtnento.r, Enritfttecidf.t: ptJif destes
/flminosos principitn., : nbiio qtte 11
lllnza, ,ao ti11b11. . .tido. feita em r a
.!!iio .do corpo ; mtll rlillf. em
alma. lJIIt diJ fin,
JiamtlNf.e nt1lf!J1/!tn tal(to. apre ...
fO, como fi Naturalista, e tjlle
t/tJ rija -pedNNtirtt -r tira gran-
. tkt. faiuas .-IJ. de" o fino.: ( 1 )
. .t11hil: jillalmmte, q11.e nlio deve a
de.ra abelh11 sn mais solicita em
;#rdi1'tl'-&beio .11e jl;;ru por colher de
.trti4s.PHII qut-"'1'"-feioar o arlifi-
e.ii. 'fk..,Sf.*'S jaVBI r. dO qr/1. de'Ue de
"''" .'#/Jlilito h11m -Monarcha perfei-
1'-- .4e. que os uu.r Vassallos sejo
.t11riquecfdos de todo.r es conhecimen-
. .
.se .. a razo (dizio) he a parte
'tlltiir- mhre do homem , e co,. e/la
'it'ii.f. quii e11riqueur oEnte Eterno,
. dijferen ando-nos dtJs iutros ani-
I
-,_ *t.:' , t:itt 11til8
'ligwtf.' d tMitra e perfelflil; i11
IJN"e sfllJ1t1111eia ii'Vinll, etmt
fjtJe o Ce1 1181 'LIIZ nriiJuecer , eorii
bem /JD'Ittl. dij/"t!Nnf diJ.r me.rmo
bjo.d (I)" -
; m !Nm Princip_e perfeito , hil:..
m.J pwiJ 'imag;m lia Divi11d11de ; t
ctleste , cotn qrJe o.r
Ceos felicitih fll Jias d&s Na;el
)'-0 maior , e mais
silllliml Elogio; -'J.Ne Plinw "
'f'raja111 ,, _he tk ser Prlt'ec'tYJr , t
1:
i.r tzs ills pro:-
pr'ia.r ,; e formu : ( 1 )
fi eJtifllfil' os Jate.r d11 -811
plenci'ii t. '&Jb te: ImptritJ rupi:.
-:.:fdro li'' Est#Mi Jll.s :&t.,.tit
,, . ,
;; wre!Jbb<e.rfJirito , e .r tingi/e ,
reJtituidot d- stitz
1
/J'iltHii
<& .............. .
,; .u'ltl1 pe/11/NJrhtzYII "
,, dade d_os tempo.r l'iwfFr;:-
com degredos., .E estll a ra-.
. zo _porque o Bispo de
D. 1r. Am11dor.
raer diss8 : Dai-me ,hum Rei
pt'lldente ; e sa!Jio.; e C(l voD ila
' rei rotiea4o ds Catlits, FabricitJJ,
e Scipirfes., e s_obTVJ. sud.fJ., ll&redi.,
tado em todo o MM11do.. . . ,
.JJes modo. (J.f 'llfJSJ'().t
/!'lltigu Soberanos ; ,._ n-1( vertl.ad.fl
f.UC ..ruperigr tem o ur,
lJio stbre.. fi resto d().f_
E.JJe s!Ji .. es'{l.da: t/os Ente...r..
tia ie,.,.4 11t 11 .Ceo ; .,m ir
strar;se, cheio-M tra1_11porte d'
/JIIte .. a face do /Jeo$ i!Jcreado. Cousa
( -iiRS "-'hum
Genip) IJe ver D{}rnato do.r Otls ,,_ f!
tl.as Estrel!as o decur 10 . da
L1111, a claridade do Sol, a ten11i;.
- .as Cies
, '!fll tJ1Je:s , ps ?- e frMcto.r.
das hervt, e arvore., , 11 diver si-
\.
. . J,.l{l' e propried!ldt , o r ammaer '
- das fgnfer , rios, e m11rtr,
tJ 'tiaried.tde dos pescados , 111
lbtu , e.rtor , e ond:u do mtJr , 11
ordem de seus continuos .fluxfJs, e
reflrnos. Em toas estar cousar 16
moJirou Deos maravilhoso , comQ
tliz. o Profeta; .porm .ruperio1' 11
tiulo em nos, dar h11ma alma im.
--e intelli{{ente, bem capaz
de..11brtJnger. qs Oeo.r , a Terr4 , e o
mesmo imJi rivel.
Qual Pharol de AlextJnd1'itJ, de
qu_e r-efer_e a _HiJtoria
Zta de st lumtnosas facl.JaS' que ti
clarecio sr mais fltrnotol. hori:l'An.
ter, auim DS nossos inc-litos SfJbt-.
ranos cuiddriio sempre de ll!ustrdr
o.r, seus Povos , j nas Jur:.es d"-
Religio, jd nos deveru do homem .
No foz _por &frio ma Roma pelo.
up;epo de . mil duzentos e :oitenta
e sete annas ( qru. tantos passrriio
desdi! a sua funda co at o Imperip-
Je ,justiniano A11gu.rto) e.m se qile ..
' .
'

'
'
rtr {..fBtr Senbirll Je tlilo fJ
'liWStJ ; qu411to fiZe.rlo nas pritK;;.
f'tJJ' Idades J11 Monarcbia os nDrsor
Monarcbas em illustrar os seur
PUDs com tJI Artes; e Sciencias ;
llt JJ!Ii derttmhecidas Nos setn ttr
n11os. Em preza se,m duvida
llijficil, que co11q,.istar- Reinos; ; e
e aGrilhoar Nau
ras t mutlfl mah -gloriosa i.Jrd
il fitsero 11 .1/ftictJttos, Ds Emi-
Jios, os Pompeios.
4
'tJ.IIndo e11t,.ll-o
rio tirno.r em
sos carrdt por lees , e elefantes sq..
blrbiJs. To difficil 1ft trpar Bs
corruptmt barro , yut
de 'polidar , t illustrod11J
1
ho .ftrtr tom a frtnte os
mDs ,Astro.t,- destttlase a metha
{brll , is-sig114latloJ Hcrou ,
tl r seus feit'IJJ' hfJ- de .ret-vir
- a P ttif'ia l T hronfl , e fi Soher11flp,"
ainda "b.r mnis calamitofiJ' tempor,
d M1narchia. .
FelizJt-ru;e q11t1tr oY.a.
-'.
- perfeittJ, to o.r se1 tlllttllo
"""..Jtr-FoMbe strvir 11 P lltr ia , e C'fl'TII. 11
propria 'UMa tlefender
bera110! (I.) lntrtpido .JI
i <I 1!0.1 fitJJ tie hum , )ti 11i:J
hoca de hum cllnbliO eter11izado ""
terra nDr marmores , e riO.f: br.dll-
-zes, carregado de palmas; tt'D-
frn , 'VII CIJ1ltellte 11. Firmamento
a receber o jtJstiJ gala,.d8. de ses
suores, e de suas fatiif{a.r. :
E.rttrVel, di.r.re 11 Espi,.ito 84
to, deve stT o ..Sabi'tl:.
Instruidos com esta maxintJz s noi-
so.r Sober1111fJs , chamro ti. Proter .....
fo virtude celeste. (1) Fit!i.l' n-.
"J.fi;."Zes do gra11de apro tftle '.fi. ztoo
r ao sempre. os. He11'1'iquer ; . e Lutztl
Jos homens Sabios , 4
imitai/os. E , p1r nio 711N1di.grmtr
.) . ' .. ' . . ' .. '
(I) Pulcrum, et Jet:Orum: ilst .prf Palri.
mori. Hsrtlt. . . .' .....
( 2) Letlesmll , o DtJtrtsr V1tlen. Je D.i:
Yers. Je Q-. H_orar:. Flac\ ,. '
-(
e:cemp!o.t. estra11geirD! , que
f' no fez o S'trnissimo SeJrliii
]Jifante. D. de hum Pedro
Nunes, Mathtmatico do seu
Sec11lo? O Se11hor Mestre D. 'Jor-
ge de D. FernandQ. de .tllnuida ,
homem i/lustre , e virtuoso daquel-
t1mpos?. O Senhor Rei D. Se-
!Jastio da 'Oeneravel pessoa do P a-.
Jre Lu.iz Gonfalves, de hum
Cronista coevo diz , fal!ando da
mfJrte dtJ dito Padre, e Mestre do
lltf:ncionado Prncipe : A. qual E/ ...
Rei tantfl sentio , que alm de em
'llida fJ ir visitar d propria cam11,
em que existia 1n{erm(J , ao Colle-
gio de. Sa11to Anto o Velho , de
pois da morte .foi. huma madruga
da visit allfJ d Sepultura, com mui-
tas laf{rimas, e mo.1tnz.r de gran-
de smtime11to ? /
- Que 'diremos finalmnte do Se
nhor Rei [). Joio r. ,. (por. no
svmqs prolixos) de' saudosa
rra? Eis-iJql(i o que: diz deste gran-
I .
. de }Jo11ttrchtJ.,. hum P1rt
1 ) para tonjirmtJfO do fjtlt
allegamor. No anno de. i
stituio buma n11bre Academi11, qut
constav11 de cincot11tll Jocios da
Crte , afrll o11tro1 m11itos Pro-
'lJinciaes, cujo fim tra tomprse
nas lingoas Latina , e
a Historia deste Reino, tanto Ec-
clesiasth , c.omo Se&u/4r; e com
,effeittJ para e/la se compr Pju11t-
ro alg11ns dos Socios gr11nde co-
pia de materiae.r n11s muitas JHe-
morias antigas, que recolhriio d4S
Bibliotecas , e Cartorios pu/;lico.r ,
e
. Q!ie diremtJs do Se11lor Rei D.
Jos I. , de saudosa memori11, fn ..
dito . .A7J d: y: M. ? . Eisaq11i 11
magtstr4/ pmtpra que o Marqwtz.
de Pombal, Sebastio Jos de Car
. : .. ( i ) -() . .ntni11 'i'irtiro Jt Fi-
gueirtdu f'/11 B/1{i11S Jgs R,;, tJ,
'lllllho; e Mel/o, delle .traf" em hfe- .
'lle quadro: (I) ,, Nenhumas dtN.r:._...;
,;ferida.r razes , e dos reftrido.t
;, extmplos, .rt otcultdro. ao ela
,, rirsimo conhecimento do Stnho,.
, Rei D. Jos I. A Sciencia dos
,, Gabinetes , a Historia dos Mo-
'' narcbas ml:tis magnanimos , o
, Est11do da Grograjia, da Gtome
,.lria, (ia Arithmetica, da Politica,
, e da Ecowmia ~ e Estado , i ~ r o
,. sempr.e os ob jeitos das s11as ap-
,plicaftS, em tod111 11s hor11s que
,podia sepat"llr dot indi.rpenstrVeis
,. Seroifos, ~ Obrigafts da Rtli
,,gio, e do. Supremo Gwerno, a que
, desde os- seta primei ror annos o
,,inc/itldro 1101 refrridos Estudos ,
, o Slt4 primeiro Mestre , o doctis-
,. sillt1. Connografo Mr , Manoel
,., Pimettl, sabio , que -em todos
, os lugares d11 Europa, onde ap-
ue , h uma grande fi
e o seu Successor no Mll
, o Mestre de CamptJ
a/, Manotl da Maya, com
li ficou cultivando o.r referi-
.Jtiljuimus Estud's ho-
em que a Di1.Jina Pro'Viden-
o exalt'u a() Thro111 Je st'll.t
iosos Predece.rs1re.r.,
o i11tro.duz 4 fallllr, 1lll7Jer
A.,: , nem t1 mesmo Cato no Stna
'omano, fallou com. maiJ e/-
ia , Magest11de Real : fJ que
('".. . imu Jlr evitar prolixida-
,..
,.
1)
oi este gr4ntle h11m
'!. 1deiro Heroe do Est11do Luzo..
J. elle q11em- honro11 as letra$, ,.
_ levou ao m11ior 1111ge da sua
.. 1deza , de.rtr11indo os ntigos
.. 'ftUtfJS, e promulgando, t'lll
.i Julho- de I7)9_, o Alvar das
t-) Juiz Critico Js 17. Crttu
J..;,. IJIII t:ITTim c-m I 3,1, nmt:.
..
/ingoas , Latina , Grtgtl , e
braica, e da Ar te de Rhetorica ; r
.ruitandoas das runas, em qt!t jp-
zio sepultadas' est.be/ecendo pa-
f'll tllas os simplices , claro.r, e fa
eeis methodos, que attualmente se
esto praticando por todas a.r Na ..
;es mais etiltas da Europa.
Eis-aqui ao mesmo respeito o
IJ.II' diz deste Sabio Monarcha o
j citado Portuguez. ( I ) No an-
11" de I 7 68 , creou, de nO'tJo a Real
Meza Censoria ( 2. ) na qual depo-
sitou toda a sua AuthtJridade no
tocante d Impresso, e t1Jtroduco
4e todos:, e quaesquer livros, e pa-
peis , sem excepo , nem ainda das
;t?astoraes dos nossos Bispo!. Sujei
tou mesma Meza or Professores
Regios, que em lv_gor. Jesui-
tas expulsos .[_oro _uutttuzdos ,_ pa-
. - -:
( 1) O Reverendo PIJtirl Antllnio Perei--
rD Je . .
( 2) A qiull Jeplis ir Roi11ho Nona
bt1r11 ptlr Jllfl,ivDs I;J:tinglliD . _
r4. J.-,Grllmltunic , Rhe,_
rjci., Filos..IJjill Racional. Par
.11ttnto dos mumos Professores,
imJ'S tim SMb.udil Jitte.
rario, jllm triblltfl .11b,re Is-vinhos,
c ttwws. B-llgfl mais 11ba_ixo: N
llt r!{flt''111111 11 Universi-
dtltlt_ de Coimhr14, pariJ
iii De IWUIS Est tiiiii,J' , OJ' q_11aes 'VII
t11C4minb11tlo.r ,,_ pri11tipalmente a 11
eruurnn . neiJa , tiJm Melhor me-
t. com gosto,_ t.anto ar
DiscipJi-Nzs m11hres, ttmlfJ muure.s
. QtH, Jir:.e1110s. Jo-tllir.lad.-, e de.s
"'tlo de Sua .Agstiui1INI. Fil/Ja,
t1 R.inha N(JS..ttl tlljll ome
j4 mais .ser. Po,...
IMguu.s , sem lumt viva , pro
fontla A est11 pois ..
f#'1'.11WI, e religiosa Senhora , de-
. vnus (4/m Je fJIItros !Jenefio.r) a
. erttfo dt I.Juma .1JibliDtheca pu
bli&tl, enrjq_Ntcida de precioso.r Ml-
t:le Litterat11r11 Nacional,
1 &1ra11geira, llffldt 11 EJtudiolll#
. (
1!6'1!1!:.
hiitriltt11'te ,;-.;J'hiJ"ffi:Jr.:''fJ :.rf!JU .e:spP.
rtto: ..... .. ... ... rt
. . 'I ... , . ' , ',;, .. .I

b_-:ntriiti.

ti/o /!,1',1Jttdt >p'rtfdj,'\
MN:
1rt-s n..,e biJ'Iililvi.J.-.:. . :t
' . ' . r"""'
-( .p,o;.
_friiidri Nltithe11i1Jtitl
Frei'
lffJ.:V. 'ilt .i'
. r" . :;. f , .,. .. 7"'" . r-
de
.:},YJ \]d'th/e ? '
1
,. '.
.. ,:.'fJtl!: 1tii"tadiift' ... -JIM illiheJ
'!Je. v. M.?:-."' ti.:.
Jihri .. hrmr'ti' de ;,Q.t
presidi,(l. ''t'tm'.
e . .
'poJ g"za-varMJI' .Mil[,f...t
tda Pt-ezenra tjill','t/1
'P.f'al Acdetil.i Jili::Stie1uiiiJ ..
.iu_'i!Ja_' jJrefazer-
1
WiJJ .. \rtiu s!le"".'fl"
.dtas , ' armde cfllltlr.rem_;, s.,:: di
it
. .ft'-Ml
( :..d4! Artu,. e .. .
das llS Nllcu. ..
O Alvllr, q11e o Senhor;
Rei D. Joo V. prsmulgo11 em
20 de de I.72 I , . a respeito
t!aaG&Wi!JtiiA'IIs Jih'-i{/Js Monu
mentol , Y. M. o fiz pr em pra-
tica por meio tk o11tro,
em 4 de Fevereiro de 1802, Orde-
nando se ohservem ,isca as ra

Btsavo. oll 'I 1
.... . ... '.J
A' vista pois de to convincm-
tes l!r07Jas da estima, e apreo, que
J'. M. , e os se111 Maiores
sempre das Producifes ljtterari11s
dos nossos ho11s Antigus , a olhos
7Jistos se demoJtra , de justi-
fD, e de dever sagrado , eu droia
consagrar a V. M. tiS Ohrar deste
grande Portuguez , e Metre da
nossa Lingoa. V. M. perdoar 11
tetzuidade d,z minha offerta, des-
. de . _.
. B :z ,
. itlrifJ.tltrtr;.' Pilliki -. sll/iitl
Etmptus. - . . .. :: _ -i-.. -.
. './! - .. . :
.. : . r' '
. . . . . . .':. ..
.. , .- .
' .
........
- ,,._,. ; ,..
De V.
' ' ..
. . ....
O mais humilde;; e mereD-
te. VaS:Ull9; .: :
. ... '\
....
{:: -.. .. ' . . . i
. _,, DISCUl\SO 1'1\.ELIMI;N.M\: :t:.
._1 I ; .; -.. ,.',, i
SoBB'B o.-JOaECIMBNTP.:.DWrM :"t.
. . ;CA,l\'l'AS, . ,
, N11.r q"/le_r. ll.t_ regr11l '.
J11 'Dtrtladeira Eloqlleii$4
'=-'
SotrAUs amAva ,.,;10 ,.;, impri;.
<,;,;, . 01 stus . parttrrls sobrt os torti{tl
4os borratnr,. file sobre as ptUts 4ol
. . ' . .
. . 289.
>.
. . . f ., . - . ;
' ,.. , e
das Obras de O. HierQnjmo Ozo.
, rio , .Silves,
llonra, e dp .
que nos deiXOU escr1tas hngoa
. gem Portugueza., eotro no nmero
_dps,preciosos, . {
menta da - ...
it
w
das
do .. ll_ei ... Q . .,Mi-
f!Ja'l:et.
Jlu,n. ... ';r ractad.,o .
. :O
itl . PRS
OJ
taptlJ .. purN-
.. , c;)Ye nos. lembrar .E,sri-
ptos .do Seculq
:-: ::fO' :O-.'
7
, ps .

delles ! ' .. ,, ., ..... .


. ' ... 1 .. .
Cuidmos,: ::quanta.em
..
.. com-qu.4: fnrao:.escriplas
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/ ter
>SJ:; ;'illfi
. , ; , ... ,;, .... :: .J' _.,,

0
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.. ;,.

.JJ11ar:: ,
.ar,ta$ f=!



r_:
1'f
afo . 'estilo ;" ..
ais deFrancisco
.Os que a mo a simphcidade
propriedade de escrever, tanto ama-
aa ; e adoptada dos. nossos bons
:Antigos , ambai estas qualidlrdn
aqui acharo.' E: sfippost
ry'ntieo ser :de alt.o cothur-
no a que tenho ent-:e. mos_ ,. com
tudo direi o que di,i'so nelJas.
As fontes, onde: a
sorvos , bebro os nossos brH
"Antigos, edo os Livros Sa
grados, os fez exceder os mesmos
Homeros, e Virgilios na 'Poesii,
na Eloquencia, os mesmo Ciceros,
. e Demosthenes. No quero negar
existir nobreza -, e magestade ns
Escriptpres profanos ; porm com-
. parando com as wasObras a Elo-
guencia de hum Agostinho , de
Jlum S . ' Joio Chrysostomo, acho
nestes huma Eloquencia mais di-
vina , do que . humana , e hum
traneport-e de alai)' a .que nada eh e-
v
. pde. Qye sublime ngo he
Agostinho nos Soliloquios? S. Joio
CJirysostomo nas Homilias ? 1st()
obr1gou :.dizer hum grande Ge
nio: (rrPOdem acaso existir, mais
J)etfeiros mdlos da Eloquencia
ao Pulpito? Poderao :eUes j mais
tomparr.::secom hum Clemenre de
Alexandria; com hum Origenes ,
e com 'ourros desta ? Que
belleza de' genio , que gosto , e
que sbia escolha de cousas se no
hum .Gregorio Na
"Zianzeno , de quem o Imperador
Juliano tinha sido, apezu de rival,
'admirador?: Q!1e diremos da impe-
riosa Eloquencia de hum
to'mo ,. mais valente sem :duvida
q_ue a de. Pericles , de -qUel'B disse
Q!tintiliano, que quandO orava pa
recio sahir da sua boca trovlSes,
e. raios? houve que o ouvis-
,: ' """ I' : j f
( 1) Duc:reux Tom. J, -christ .
'fJ
ae , que se r das

ju.sras. Q
applausps ?:. nai.Cflrte
e .qJ.lfi
lhe fazio

sao de S.

. .OS
$!Stereis elogips que,
sua Eloqueocia. (1 hOPe. dire.m09
da. de hum. Paulo ?
.tre as
.nho vr ,,sohre a . ..
este foi.Jluma .. ,.E con;
segufr:o .. sempre acaso
triunfo do. corao:
Hortencios, Qs. Demosr
? . A_gQStinho , . este . gra;ndp
de.Eloquencia, ..
. . .
. (r) Vieltli'dlk a esre' .req)eito que aq.
.pelq_, trovia;, hu!Y
raio , e cada raziJ hum triunfo.
. ..
Rhetorrca em r.arthago, prerogativa que go-
ZQi;os: que; ll"pjo(c:ss,o. '.!.' :.:; ,, .:
. 'I
. Fa\isto ;
:de , # e
llit6ffiil' ittf1)0'Hno dt!'licltune< 1
,. fle_:
:.t1 dos
Logo 'ntln\'tJa os
o :corao
a -m!o cede, e
grande he
fntlada Q!te mortal
sol?rt a fee 1da":terra , que se
itfl; iW en-8 verdade ? Qual
ther I_l'0 c-nS.'gra , hum a
tdi gf.M
(!}__Wem ha;; hj:,, q\le .... as:
ObraE: , Obras-, no
)ieJJ.IIs .da
Div-indade ,' oe tespt"itar.,
(_:hriP.
, ro - Sa h-t'1v operfe it mente. O!Klno
EIG-

fis
memtb
'tftlp: .: .. &dodbss
fiores e ,,
/
vm:
.- .
A Ign;ja Santa 'faz .
a sua. glar1a na producao das au
. (>bras , -Cbmo ou troa tantos M,onu-
mentos. das Victorias, que tem con,
. seguido de seus inimigos , e rqdo
o Christianissimo .illustrado deM
deleitar-se com a sua lio. Oltan.,:
to mais se estudao, mais mina;
sos parecem. Cada Padre da Igreja,
diz o grande Ganganeli ,
hum caracter particular , que . q
distingue. O Genio de TertuHanq
se assemelha ao ferro, que
at ao mais duro , e nao se dobra.
O de Santo Athanazio ao diaman-
te , que no se pde desluzir, nem
abrandar. O de S. Cypriano' ao
azeiro, que cona at chegar ao vi-
-vo. O de S. Joo Chrysostomo
ao oiro , cujo valor corresponde
sua formosura. O . de S. Leo
quellas decora6es q'!e denoto 4
grandeza. O de S. Hieronimo ao
bronze , teme as flechas;
. nem :as -.esPJ-., O de Santo
,:_.;., ...... t.; ..
nr
. i pra hc slida, e
lcida.. O: de: &. Gregorio a hum
espelho , nd qual. todos se
cem a si -mesmos, e o. de Santo
'Agostinho ;a si mesmo,. como
co em seu ainda .que' uni-
trena] ; deixemos .porm aos Theo--
logos esra difficil em ,preza, . e. sub-
11lfSIIOS pe,amos vema . de term01
.. ulcado tio vasto , e .. prbfundo
Oceano.: Qye .me resta ;pOis,
JfO.is ele. ter .qUe;Ozorio
foi hum idOS ma1s sabtos. Bispos do
treu :enriquecido de tOdos os
tonheoimenros: litterarios, seno
:petir.t que- as suas judiciosas Cartas
lllu liaque:Bas pegai de Eloquencia,
-:-de.,ttnc:antar -os
aldac1es? No.ha huna:
. ''fue Ido seja terminado
telct!'llCla , -e Arte. As Figt!ma,
tanto de palavras, como .de F.lk"
1iamlftlr01r:, c:ahdo rio naruralmen-
:;aot : .. seus competentes luuares1,
9t-pwccc.lbu miniltr.ra :a Datlf"
m
i ..
oelcorajbsoa

pe-zados.i grlhtSes. :os &pprimea:t -#
porm. vooJaJiberra.
a:' Par,ias::. :Do. Minho . os lanprci
atan:. .do Doiro,. Jo. -Doitb
tremad.ura , da . Estremdura altll
do

do,:.:Tjo ao
gare9e finlmente- do A:lga"e s
Esru de Af.rica, ; tt alli os fo.ro
perseaaiNdo , .. e.;conqistando {1)
at qucf o.pezo dasUil\8S, ,.Se
sou da, GeQtilidade,
onde: fizerio' o :sempre ,- CG-!
mo -midadeir0s Soldados Chria-
t, pela m, ..e contra odnfieis. ,. E
1
. ,. :'POr isso .:.CY.:mesmo Viena .CibJ .pag.;.
.. i '- 30.) .,, Di5se que os,autros ho
Jlt mens.;' .for- divina '
"tinho-. :s. obrigao -de- ser Ca
. o Portuguez .obrigafO.
' ( 1 ) Sb Monume-ntos dest'a vC!rdade u
Chnicu '-do- :P.; , c D. -Duatte. -
./
XIII
"de ser Catholico, e Apostolico.
f' "Os outros Christos tem abri-
gaodecrer a f; os Porruguezes
" tem obrigayo de a crer, e de
"a propagar": o que confirmou o
mesmo Ocos, chamando-lhes luz
Jo Mtmtlo: :Yos e.rti.r lu?: Mt11uli.
A I 38 ainda amplifica mais o
Elogio -dizendo: ,., Deos he que foi
que abria o caminho aos Portu
guezes por mares nunca d' antes
navegados, e elles forlio os 'que o
abriro s "OUtras da Euro-
pa." E finalmente a pag. 143 ,; Fo-
,, ro sempre os Soldados Porto-
., guezes , como os Fabricadores
,. do segundo Templo de jerusa-
., !. que li uma mo pe..:
"lejavao, , e . _com a outra hio
''edificando. Nenhum golpe deo a
''sua Espada , que no
"rasse mais huma pedra Igreja.
nSe pelejavo , se vencio , se
, triunfa vo, era unicamente para
" tirar 1\einoa A , e .
x.rr
'' jugallos a Christo; pata eonv.el-o;
''ter as .MesQunas , e Pagodes em
:,, sagrados Tmplos; os falsos Ido-
''los em Imagens .Sagradas , ot
'-'Gentios em Christos, os barba-
" ros em homens, n feras em
''ovelhas , ." e para trazer -essas ove-
" lhas de terras to remotas , e em
"numero infinito ao rebanho de
,Christo, e finalmente Obedien
;, da do Summo Pastor.,,
pois tal a Nao Portugue-
. 2a, no s pelo progresso glorioso
das Arma'S, como das Letras, qual
\f h a de ser o motivo, porque have-
mos de ter em maiar. estima os
Escriptos estrangeiros que os Na-
cionaes? ( 1 ) sao por .acaso el,les
( r-) Isto obrigou a dizer de iarro;
Dcad. 1. a L S P.rol.: o .segt.iofe.. Por bo
no louvmos muito l! non.cus que d o: ra
zo de toqa a Historia G,e8a e
e se lhes perguntais pelo Rei d!
Reino lc:m que .vivem, no .. s_abem .. <
nome. . -' ..

. destituidos' de erudi5o , Eloquen
tia , e prfundidade?
achar butn mais rico rhesouro em
todos os difFerentes ttilos de Lit-
teraura ? Eloquencia nobre
se no encontra em hum Sousa,
hum Barros , hum Heitor Pin-
to , hum Lucena , e outros de
igual valor? Para convencimento
desta verdade no 'basta abrirm-
se os quatr9 volumosos, 'e eruditos
Tomos da Bibliotheca de Diogo Bar
bosa Na o se ,encontro
alli excellentes Obras de' Philolo
gos , Rlieroricos , Philosofos , His-
toriadores etc. ? S poder despre-
zar a Littertura Nacional, quem
ignorr '_'qrie nella existe. Qs mais
Sabios da Nao Britannka cha-
mo lmmrtal ao nosso Vieira. A
Instruco,_ guc fez D. L.uiz Cu.;
nha par Marco Antonro de Aze- .
v_edo Cou_tinhp, ps '
considero }>or hum _ ..
Chefe: de Obra neste O _,.
c 'l.
-....
'XVI
ExoeUentissimo Barao de Stroferd , .
quem. tive amizade, a verte-o
. do nosso Idioma para o Inglez,
Obra -que sem dmr"ida o immorra-
Jiza. Q mesmo juizo fazem das
'mais ObFas deste insigne Escri-
ptor . Que diremos das Memorias
de Taborda , Broxado, Tnca ,
Oliveira, e de o.utr<>s? O Grande
. Marquez de Pombal .
Jos Ide Carvalho e .MeJlo ,
gnissimo Primeiro d Se-
J.lhor Rei D, Jos I., de saudosa , e
. eterna memoria , se quiz ter nome
no Mundo Politico em todos os
seus tres Ministerios Puhliros , foi
lhe preciso l.r) obsel'var : risca
as sabias Maximas .deste grande
Mestre da Sciencia de Estado, e
dos Gabinete..v.. Elle se nao pejava
de confessar ser o seu Professor,
e. Guia scientifica em rodo que f.a-
, Zlae
Qila1 foi a Naao d,o Mundo -
que primeiro ensinou s mais
XVft
. Navegaao , at alli desconhecida ,
seno a Portugueza pelas sabias-
fad'igas do sempre immortal 11\fan.
te D. Henrique?'
Seriamos infinitos se pertendeso-
. semos recopilar, como em breve
Mappa, o que Ozorio sabiamente
semeou nest'as judiciosas- Cartas.
Criado com o leite dos bons Anri-

J3-me licito asS'Im dizer, ensopado-
nos Preceitos de Arisroreles:, C-
cero , -e Lngino , sabia o que era:
verdadeiramente bello, e que es-
te no depende, nem d'as modas,.
nem dos tempos; e seelle domina,.
segundo- a di-vertlidade dos Seculos,
e se ha h\tm modo diverso de dizer:
as cousas' nio h:t seno hum de
as bem -conceber.
Odiava,' e postergava tudo
quanto era Eloquencia pueril',
consistindo toda em jogos de
lavras , despreza o bom gosto ; e-
per ilso. prO' abrio mn de 'toda
(
xvm
a. gigantesca,. e.
botica , <:otno s;;mpre alha . de
hum bom Discurso. He de ordina-
'rio estranha aos meJiocre$_ Rheto-
ricos a posse da ver1hdt!ira EJo-
9Uenda. (dizia e
Jie a porque.
se huma dico iingu,lar ,
exrravagao!e, e frivola ,' lingoa-
gem nervosa , e grave dos Orado-
res do Secuto. Qyando he
que homens sabero, que a ver-
l14q.
no
2
nem. nas se--
nao. ero huma e:rpresso da alma.,
em fervor do , que
, ,. e .produz .as
maiores. cousas ? Q..uflQdp .. qqe
tero boca de oiro,? A elc-
.gancia agrada, ad-
mira-; e quando esta he, natural ,
se llD.e , ou encorpora COI\1 . toda&
as .t:)a e do
.com todo
o se1,1 ,. .toda a
xrx ,
verdade: h e entio .que se reconhee
te :q_ r acto de -Demo"'
1henes, no obstante o longo in-
terva.Jlo, que os Seculos t-em posto
entrf.' o seu-, e o. nosso tempo.
No- ha cousa mais admiravel ,
que a imiao dos Antigos, e pen ...
sar t que sao nossos, compatriotas.
no . obstante, a d-istan.:ia dos rem
pos ; porque no poderemos ne--
gar; que elles. foro os que-souberlio
plantar, e ns no fazemos . mais
9Ue reco4ber. :He indispens-vel quo
Jlajao. em. bum .discurso, se. q11er
merecer o. tl()me de eloquente, re:.
lampagos. . brilhem., arreba ..
sobre: kum campo, ou fundo
moral,,.. que forme .a. inabalavel
base. Np :se inttrue ,.:qu-and0 so
no. r. outra 'semear fi.;..
gur..a$;; etropos;. e; uo
de o' sQjeito s. se Jo.urn_; por e&
feito de instrucao. As. negligen-
cias do estilo no desfiguro j
mais huma obra de entendimento..

.xx
. O estilo nlo be mais do que h:a..;
v ma cortia ; o ponto estll que o
amag0 da arvore seja bom. He.
desgra_a do Seculo em que vive-
mos fazer-se . mais caso das pala-
vras que das cousas. Isto ser o mes-
mo que vermos hum homem . com
o vestido recamado de oiropet, sem
ein si possuir riqueza. alguma. A
grande differena destas duas cou-
sas he a que constituio o Escriptor
JJabiL Isto obrigou a dizer hum
grande Mestre de Eloquencia fal-
lando das aifFerentes Poesias das-
NalSes, o'seguinte: (1) "Na Poe-
sia A l e m ~ ha hum certo fogo que
illumina , na Franceza hum fogo
que centelha, na Italiana hum fo-
go que. queima, e na Ingleza hum
fogo que tisna. '' ~ ha cousa que
transporte tanto a hum leitor, co-
mo a surpreza: as imagens longas
( 1 ) O mesmo sabio Ganganeli ntt suu.
Cartas.. .
XXI
; as breves surprendem.
Virgilio, querendo pintar com hu-
ma s6 pincelada de Mestre a belle-
za de Dido, s6mente disse: 'Forma
pulchtrrima Dido: querendo pin-
tar huma Aco heroica executada
por huma mulher, s6 diz: Dux fe-
minil facti; e em outra parte, que .. ,
rendo expr aos nossQS olhos hu:..
ma dilatada campina , onde existira
Troia, smente diz: Et mpus 11bi
Troj" fit. Que oitavas no gas-
taria hum mo Poeta mettido nes-
ta em preza! Feliz, tres, e quatro
vezes, o Escriptor sobrio , que tan-
to na Poesia, como,na Prosa sabe
com delicadeza , e I}
distribuir os seus Episodios. O
mesmo oiro amontoado, sem arte,'
desgosta.
. A natureza .;: quer hum sabio
Escriptor do Seculo de quinhen-
tos , ( r ) que set sempre o IJ.-
( 1 )_Heitor Dialogos.
xxu
ponto de vista de todo o bom Es.
criptor. A no he for-
mosa , seno etn qu'anto emana
da sua origem, e nasce da gran-
deza do assum:pto que se
Na o- mais que. por hut11
discurso engenhoso o que se traar
sem mover a alma, sem-. felizes siJr-
prezas, e sem grandes imagens.-
Taes sao magistraes Cartas:
do grande Ozorio, . Varo, que se
. vivesse nos. antigos SecutoS-,
espantado to.l.1 a Roma'.pag .,
como esclave<reQ .. Roma Christ
em os seus doirailos dias. , A sua
encanta , e o cora
ao humano; talvez esta: a causa-
porque hurn .sabio P,ortuguez
go rogava que selssem. os Escri ..
pros Seculo. (I) "Go.zai ,
zi.a. e.Jie; dos Escr.iptos dos sabias
ancios ; porque os bons V
so-.Bihliotllecs e hun'S Re
( 1) Fr. Fiuppe ua Lul seus Scrmocs.
XXIII
pert'f)rios de factos .que preseni-
ro .com olhos scienrificos. Elles
so semelhantes aos livros antigos,
e j perfumados do tempo, e dos
Secu,los , que de ordinario envol-
vem, excellentes Doutrinas. Pirzall4.
do-se o terreno . que pizro 'os
grandes Mestres da Antiguidade ,
se logra do s.eu abalizado mereci-
mento. He o estudo , e a applica-
po, o unico alimento do esprito.
As Sciencias so COOlO ,montanhas.
inaccessiveis , que se no podrn
subir; sem se tomar muicas
alento ; e esr:a tambem a rar.i:o.
_ porque o Quintiliano, falr-
lando da fabrtca , e constructur.a.
de hulll Pc:rfeito Orador, imitancle.
Cicer:o no seu Ocador, disse: lu-
t:ll'mrillnitentlm, palat
vru . .de hum pezado,. e profundo.
emphase, pois no quer que o:Ora-
dor para ser consummado., smen:-.
applique a. todas. as Arre&, :e,
Scieocias, mas qJICsobrc oslivrCil . (
XXIV
empala, isto he, sObre H
dos grandes Mestres da sabia An-
. tiguidade Grega , e Latina.
Qpe trabalhos , que canceiras ,,
e fadigas lirterarias nao experiinen
t-aria o grande Bispo de SilveS' para
fallar a Lingoa Latina. com a pro-
priedade com que a fallou !' Qy.e
dias , e noites consumiria sobre
Ciceros , Hortencios etc. ! as
, suas Cartas hum fiel Qpadro da
sua Sabedoria., a-ssim o diz Vieira,
affirmando ser Retra
1
to de cada
hum o qu.e escreve ; porque
como o corpo se retrata com o
pincel, a a:lma se pinta com a
penna; e Ovidio lhes, chamou en-
tranhas' proprias-. Que maior, nem
mais rico thesouro existe sobre a
face da terra , que huma Obra de
espirito maravilhosa? Os. verdadei-
ros Sabios j mais invejro, nem
as riquezas de Alexandre , nem os
thesouros de Crasso; porm; arden
do em pura iuveja_, serem
XXV
res de huma lliada , de hum.a Enei-
<la, de 'huma Luziada , e de ott
<ras Obras de igual estima,
o. JogQs da fortuna chamou hum
Sabio, e Politico Portuguez '( 1 ) s
riquezas, as quaes no sendo des-
pendidas nos adiantamentos scien-
rificos, so perdidas, e ,frustradas.
Qyando os Porruguezes cuidro
mais em saber, do que em ter, h e
que fizerio que espaontrao
as quatro partes do Globo; talvez
esta a razio parque .hum Escriptor
deste Sec-ulo disse , que a descli
berra do oiro arruinou cs mise-
ros mortaes ( 2.) , e que s as Obras
de esl'irito . constituio a riqueza
dos homens sensiveis. He Jmm bom
livro hum mudo q.ue falia, hum
surdo que responde, hum cgo. que
-guia' hum morto que vive, e nfio
( 1 ) '0 mesmo M,arquez de Pombal Lili.
'am.
(:a) Ledcrma Vers. de Horac.
XXVI
tendo acao em si mesmo, move
os .ao imos, e causa grandes effei-
tos. Vieira disse , que a Creaao
- do Mundo, e a sua Conservao, -
ero: como huns Historiadores: mu-
dos, e huns Cronistas diligenrissi-
mos destas mesmas Obras , por
Annaes, e por Diarios. Termino
com hum lugar do grande Bispo.
de Portalegre D. Fr. Amador Ar-
raes, que diz: O que os ramos de-
vem ao seu rrollCo, os membros
-cabea, os raios ao Sol, os anroy.os
fonte' os bem feitores ao dlo
alheio, em que edifico, ssa: d e ~
v.em os ampliadore_s, e apuradores
de Obras alheias, raos que primei
ro as fundrao, e principirao.
' .. l : ..
XXVI[
V I O A
D,E
D . OZORIO,
BisPO DE
Exahida da Bibliotheca l.tisi
tima e Diogo Barbosa Ma-
. chadfl.
' 't .
D; . HIE!.O'NIMO Ozouo
<:eo de 15o6;
. filho primogenito de
Ozorro da' Fohseca quarto filho
Ozorio da Fonseca, Se-
nndr das Villas de Figueir d
, , e Santa Eufemia , e de
Francisca Gil deGouva, filha de
Alfonso Gil de Gouva , Crido
ao Infante D. Fernando , Pai- dd
,(
XXVlfl
El-Rei D. Manoel , e Ouvidor
das Terras do mesmo Infante. 'Pe-
la ausencia de seu Pai , que partra
para a India a exercitar a Ouvido-
ria Geral do Estado, acompanhan-
do aoJazo Portuguez, o clarissimo
Heroe D. Vasco da Gama, conhe-
. cendo sua Mi, a cuja vigilahte
tutela ficara commett.ido, a viveza
de engenho que j descobria na
i"iade de dez annos , o mandou
instruir em a Lingoa Latina, na qual
fez to accelerados progressos ,
que deJie vaticinou o Mestre a
excellencia do seu talento , para
comprehender os Estudos mais se-
"Veros. Quando cumprio treze annos,
passou U oiversidade de Sala ma o
ca , onde se aperfeioou em o Idio-
ma Latino, e aprendeo o Grego,
no qual traduzio em elegantes .ver
sos as Lamcntaes de Jeremias.
Passados dois annos se restiruio i
Patria, par.a com a presena dimi
Jtuir as saudades de. seu Pai , que
XXI_l

queder
rendo.. "te, ' fosse da
sua Sci.encia juri<lica , .. ordenoq.
Salamana,,.a estu4at
a
obedeceG.-. constrangido, por ser
sua ;natural inclina9 . as
mas ; de, sorte 'Jue, esr;ava, rsoluto
a ostentar. os nu
professando... Ordem Militar. de
Malta.. Na Sa4nanticen;
se applicaya smerite duas. hora.!
cada d-ia, ao estudo da
c:ia e consumia. todo o ellJ.
a lio dos Historiadores. Latinos-,
-e Gregos , sendo o seu, pt:incipal
cuidado conservar a alma izenta.da
menor culpa ; e para fim
ma do de continuo. cilicio , fez
solemne. de castidade no .dia da
triunfal Assumpo. de Sa'ri-
tissirna ; ao tempo que !eu. Confes-
sor celebrava o incruento SacrificiQ
ela .l\1iooa :.em. () . <
jtXJ
vento t!-".:Sant& .
dps Pr ;Pbr !..mo.rc<! de seu
. Pai .. ,
dfinha t9 annos foi' .esrod-a:.:.' a Pa;.
ts Diiletica, cuj'ri


reeo as:rcchtma'oe,s de consumma
lo Fifosf"ine'sta flort'l\tiss.maUni
: :Y"operoo /ttm Santo
Jgnd dc:'Lyt:.; e S"eUII'
dos prin;
CJ A u,t-hores -p.a:ra: que EI ... 'R. e!
Rei-
ll'.\PlrYsl'ilufo,, da do
vez a Por-
tugT, aepois de:' co'hduzir alguns
negodos. pertencentes sua pessoa,
passou: a 'Bltmha , em cuja: Uni
'Versi'dade> se applkou _o Estdo
da 'Sagrada Theofogia , e a inrel-.
Jigncia lingoa Santa , escre
ve'o1o' qnando contava 30 annos,
tJs. Livrqs Je Nobilitate Civili, et
ChriJtian4,. que dedicou ao lnfan-
te -D. Lniz,.. d
xxn
. rftente &voi'C!cido. ., Q..uetswdo. . '.a.
Magetrade . .Joto o
aurhrizar com o seu; :Magia ..
rerio a. . Conimbricense;
que magllificamente; rettaurra , o
mandou ch.mar de Bolonha.; -,e na
Cadeir . da Escriptura expliov cbDi
emolumento . dos e aa-
sombro dos Cathedraricos; olivrb
de Is..aias, e a E pistola .de S. Paulc>
. aos Romanos. Considerando con
reftex'? a
da , qne padec1a a R!pubhca 1t"
tera ria com a falta dos: Livros de
G/oriti, de ReptJblica, e de
.rolatione; que compuzera p Prin-
cipe da Eloquencia Latina,
hendeo restaurallos; cuja -ida fe_.
Iizmenre consegui? ,, escrev:ndo o
Tratado ./t Glorta com estilo tio .
semelhante ao de Ccero, que
tos julga vo ser parto' da penna .
deste eloquentissimo Orador, De-:
pois compoz em ont'rposigo do-
Tratado o:'fli Regis: . .
:XX!Jr
e ultimamente para:
a alta' .do;; Tratado de
Co!As.diNtMrJe,.. fez, h uma .douta Pa;..
iivro de Job,. como
effiaz Hni.tW.o para :Wierar: as .mo-.
lestiu .Mundo,;_
O Ser.cltis!inw lnflljllte, :D., Luiz,
'JUem fllra .. a'nnos .
rio,:. conhecesse a profundi
:.da. su.a Sciencia,. e a integri
dade d.Os.saus costumes., o.nomeou
Prior das lgr.ejas de Satllt Maria
do Castcllo:de.Tavor.f!S, e S. Sal
v a dor .de. Travanca , .em o mesmo
Concelho. de Tavores do. Bispado
de Viseu, e lhe commetteo a educa-
ao de seu filho o Senhor D. An-
tonio cuja incumbencia conser-
vou ar morte daqueJJe Principe,.
por cuja causa partio para a sua
Igreja.,, onde residia com vigilan-
da de perfeito Pastor. Increpado
por_alguns amigos do retiro, que
fizera da Corte ,. r.espondeo, que a
f),. ' .. v,.eradC! )que sempre prQfes-
jt,Cxr(r
ira :. : 'na9 .
donunttMb d e t
!foi'
tenda<le do seu gemb para n'io set

.
dos Seren1silfu10s '; D.
.o nr,T;e n ;:: e _d
Cardeal 'Henr1que ; : que .:p l!o.:.
meou prrenunC:idp Mesrre
_par ..
Ga. ,, d_o _da
thedral de-' ; 'de que-
posk: .. 3oae 'dEPt;6o';
. e pr;; .'sua _,.in'Sinua; esr'veo
aquell .. erudita . Carta. :.-
Isabel de lnghiterra on8e: lhe per
suadia co::n raz.lSes .
que , os ;
R-
Pata' d'efendefa ifmedaBe
;'toffidu' f
sel1 Ministra:: :Cualtee' Mafilbn ,
orftra 6 qual viliro
flitrrtituitttc ; onvencerido
(
XXXIV
''' . ..

.. ,, ,_que
elJ:t segun-
dQ . omo os mereci-
'se ;augmentassem co.m os
: !J, Rei .D. Se,-
'4e ;eq] 0:
-pq ;. _qu.<r . pr_p-
.ra taJ.>

t,9U .. 3t4e;
afa.I 17 se
tempq .para ;,a ;idade
d :.:ft,rq_em _ )O . .de },iaro d 1 ,
pnde, agora .. : Todas as
virtdes '._que fizera o. venera veis os
Igreja, co-
p'io4. no seu peitc,>,

foi glorioso ..
so.H <l9;otichanamente.
da.,-;cana de; am;nhecer .;. e
4e
l"a. , da.: Orao mentl . os doeu,.
ment_os' ao Servio d
PeO$,, e do

. como .tam

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que;

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a4as: ..
XXXIX
.que!. benevQ]a,.
mente_: .se
, .co.m , () pr.etcxto
vjsi.ra li-mina. Apq.rtoloJrMm.
de SeYHha ,por
hJ.14Be. Cart.a: Q. I ,pa;.
e e,l)tr)lndo em Pa;r.o,
J.Jta.'JlO .. cratildo
.be:Hevo.Jenja
.Prnc;eza_.;. D . -.Maria.,: fi.Lh.a
.. on.d.c! para
otejnpo:;
, !.Otn<r
poZJ. daqu:c:lb. PriQc.,
,)?:(l_n.fraschsobt:;.-os
aRoma; e
.c.oQl. sum,na -pi:da-t
de _ dOJ Pr:incjp$-.,dG
A lf1>i \ fi o-,
eh!db: pf:lorS.umJllo .P.tlfiq,. qr"i
g9J'lO.lX.lll:. de:: cuja ,pStQFa'l:_
recebeo. ..
v.Uegio& ,para a Santa Jgreja. Obri
gado, :du.'atras: .de :El .. i\ei D. Se-r
J)a.ciio.. 1 do: O.. .P. He.f)rb
'
Xli
qtit ; 'para volfitr: ao- l\:tM
taltlbem -do eslc"tiupulo de 'estar au-
senr htJn'i' ariiHf'do seu rebanho , e
para evitar 'o rumor popular; de
a sua. detnora na'Curia era COM:
inr.eiuo de _vestir a:- Pu.rpura
na , -que tivera Mal-
. ceHo de :odd.,
impressas
rtae da sua grande :
exempb-r vida; Ao
goo a. 'Se: estava prepa..;
rando; :com o mai"9r appara:ro:.mi>Jl.:.
EJ...;Rei :D
infeliz
lendo-se da .urhoridade da
e effieatia da e-loquneia , e:thottou
sFeste P'f'incipe , qu-e. no executas,;;.
":a-temera'ria: com 9ue
!Jltma
a no-
que nos de. -Alca..;
cer' .agonirara a '4 de' Ag09flo de
1578 . 41. Monarc:hia- Porrugue.za:,
com o do to deploravel
XI. I
derrota ( 1} , . concebeo to pro-
fundo pezar o . seu quo
sendo natural.rneme robusto ; lhe:
falt.ro foras para. resistir. a
fatal calamidade .. 1 Querendo pacifi.
cu QS. tumultos ,. que havia em..
Tavra, procedidos desre infausto.
successo; partio liteira;:.
e par;ecendo-lhe que:a menor
mora augmentaria, furor dos tu
muJ.ruosos , m'ontou . em hu ma
para mais che-
yr quella Cidade, onde , como o
temp(> fosse muito calmoso, e con-
trahisse huma chaga na perna di-
r.eita, foi origado a reco.lher-se ao
( I) Sobre a desastrada morte deste in!'.
feliz Monarcha Portuguez; vejo-se as se-
guintes Escripturu, Hist. de= Africa 111. S
de Antcmio de Vaena, 1\liscelania de Lei-.
t'o de Andrade, Chronica Trinitaria, Tom.
Jo, e finalmente o M. S. intitulado Doct!-
mentos da perda deste lli:nhor em Africa,
<JUe p$!uia Damio 4ritonio no Al:arve_; o
tqflo possuimos .. : . : . . .\ : .
XL li
Qmf/ento doi'l;ftefigiosos ide:g_.
FranciSc:o. -- :Acometrido de buma
qaedurou peJo es-
pao de lo dias, sendo avisado de
que certamente morria ; retebe<ii
com semblante este
cio ;:levantando os olhos e mios
ao:_ Coo. P!>'ro que- tinha faculdade
de Gregor1o XUJ. , para testar -de
vinte'. mil. auzados ' . -smente dis-
pot de 1nil e quinhentos , que- ti'
nha hum Conego seu familiar;- os-
quaes se . repartissem pelos
criados da sua easa:. , satisfazendo-
lhes os estipendios.annuaes, ainda
-os no tivessem vencidos . De-
pois de receber pie
da de o Sagrado V JatJco ; e a Ex
trema u niio , espirou abraado
com hum Cruc.ifixo , a 20 de Agos-
to de If80 , quando contava 74
anno$ de idade. :Foi sepultado na
Capella Mr Convento de
Francisco de Tavira, como orde-
nra, para .ser transferido para a.
jtLfrt
SEU( . : F<)r vetdaideir1rilr;&
tteopffifi,tnda>s
';-:-e J , pelat
qtiaeSJ s esti:m,a6es
SWtmos, Marcello II. , .e
r dos Reis
::Jo.o
;_e, D.: '; de Estev1id
Rei! iPnlorHa, i que pel st!ll
Chanceller Joao Zamaischlo ; d
maAdou :visitar a Roma , confes-
';ytdp CQm ho!.Joritieas expresses
a utilidade que! colhra com a .li.
das s'as obras, dos insignes
Ca(deaes Estanislo Osio, e Gui-.
lher:me. Sidero: Fallou . a Lingoa
Latina como se no Seculo.
de .Augusto, a imitar com
cres to a Ciero, que se
equivocava a copia com o .. ,
na!. Foi eloquenrissimo Orador ,
profundissimo Theologo , dou ris-
simo Escripttirario , e excellenre
Historiador; elegendo para assum-
pto da sua penna as incUtas
(
ttV
&_:.EL-.lt.ti: ,'. por
&et
tador do
estilo d ur.io ,_
do

Escript9r.q( 1 os_ oQ:iitriT
por ,"e
o Leitol1- as pd;e vr 'na
. teca_ Lusitana. r-
: Hum Livro 'he memria 'viva;,
esta tua animada, c:om tantas Jingas :para
publicar suas grandezas , - como telll, letras ;
com tantas azas p;ara voar , e_ as fazer c;sti-:
mar por todos os finJ da terra , como
folhas; com tanta vida pela que e
renova em virtude da impresso, que fie&
Feoiz da jz;mo jnjurias do tempo, e
da idade, Fr . Luit de_ Sousa, viria rio .4r-
hispo D. Fr . d111 /rlarlirts.
No Prologo, '
1 ..
( t )
.ii i .: :_- .,
HIEitoNrMo ozoRIO
. : ') '. '. . . ; , ; \
. -. iJJJ.fPO DE SIIFES
. I i !J 1 - : . . : ' !
A ..Ef..Rn' D.: Jp!Jre
:ir.ud de
, 1
1
; .. ; J \ J ), ' . ' ''- ' I '.
.,; \, ;) .I
. . . ..1 .
I ' '
. 4:r:, ':' 1 ., ' SENHOR.
SE d.
ra, e tives_se algum Firo
em y. :A-. fosse e,-fssc
ddle t!ao J
leria 'ptimiro 'O
quer a' conttaritdde ;, o
qe farf?i, . .-.com a 'ifO!
. e; Jealdae: quo dcA!GJ:- , .. ): .. 1
.}r.

.,
(')
Confio no engenho, e Real Es-
prito de V. que ir" este por
hum Servios, que lhe
posso fazer.. ' .
Os Reis Pema mui-
tas ordens Cte e sem os
quaes entendio, que era impossi-
vel.- 1c goyqnar bem .sua .Mooar-
chla; enrre ellcs huns ' a
que elle& Sus Olhos , a
outros suas orelhas, a outros seus
ami'ge. Os' muitos 'lhotf lhes .ser-
viio de &r muitas .couifls-. , . que
dois smenre podio vr.; as
muitas orelhas de ouvir muitas
com s se .no
pod1ao ouvir ; os muitos amigos
d,.fal,la,r que o-.faJsos mi
J6S . . . . . . . .'
:' eu este estilo de bom,
, leal:S)(rvj@r,
_;da.o.ap , ,Q: qut; -veJO.,
,, o; qtUt. OlJ9,; oru .ver-
Se-
........ nhor,
J ,_.
(( J) '
pdef. aos: coriSes;, eU e Jts
,a, "JVIi Evariglho o que todM .de"".
!
. mos .:fazer com esta perg11ntk
em .. tiicltnl .. hrnaipfl,.. essi.filillll
tA-.i,tJi.J2 e.Ue! o .que,,.
dd!e 1d4rilt;. aoon :.tudo , CQI\l:resra.
. pcrgu ata ; 00.1 -im sJ liat r a &e!! aios
c ... fama de
qbras , :: e wida.; _Ainda que )a DOO..:
t-rna:. seja.:: universal. aos Prncipes;>
convm:;_p:inipelmente
sabi!r ;oqlie -se aommummcilte;el
les:diz; volta .tie,
populare&; ouvjro .IIWi->
tu\ cousas,., .. . por-. venruta .;nc.
xmpdr tmal sahidos;.;
nd dizeDl! t> ou :iotitresset
c:uLJretc.BCIUltiStscohrem . , ... :T;:--:
No sei -porque n<i ,folgaaL
,., poisidisso
tal.'l: ;tanl ide fazCifJ
o i que nPP.irltipe rdosi GeDJi;; se.t'B ..t.
ocdade;1 Doutrillacquftt'
d!r.
-4'
B 1. '
I
((4. ))
Se
fi2esse::,. quantas md$.lesJ sabcrria:.f:
havial'ragas;-itolemntS(
com pa!icas'.
em com
,comta ;qnm, por seu)
S
ieolar .8(onselhasse JIUaj
ublil .
n l1 iV'Jusr;ia Diviaa :,.
' datiuidal_,,. estQ.>
dab
-l-,f8oHismrsefmia embuma
,_. baY ia:.' : Priftloi
eips, r qoe :str 'JWr qualquer-;
CJGJr. o .ep_ganados, se:.
devel!<fazcr :em &r ado . Solieranol
dlbu,n .t uo qual se fflr
enganado
G.tothds ?a')\> : ... ';;)(! i 1: I . ::;
rma}efiujor,i mmmettei
qattrit ehgaM"i !G&J:nio desenglllal
.- P.ritu:ipe; J lndn
fdop,.r.e feitz.J
Qi:seur:Pr.incipe-: trai-i
tfiv Do
I a

.rr o -.u-. GiRito,4os-MoUTDS,,-que
rau sml': muito
.. A., .os
Jiertgos: cp.te atao:, u&Ddqsrt:.1para
perigo
d"6r so<:eqmdarr: c:om. .rqnpodi I Poas
. "'JUe direm:)Gla
1
injtu.ia[J 'POde jella
-ser mairrnque;cu.idar- :algue,m, .. RUC:
.esfilll3luM .. HA.,,mais;G :go&oo
.Sente :tds otidhs , tor
co mal faz.; .que:o
$emeclio de<:adsr)Massalr-
NaG!!terF. V. A. am: -sea Qam.
aelho-J quem ;_tiat-- rnis..Jdc;:t> reng.,. '
na'r; ,mas,-:.;se por ooss.s
qetil: tamanha!
com.: .do: LgrUcie irljuriaV Y:-osn.
sonunett;SSIC'.;

, onJ:::->nn'") 'nnrJ L!:r.:frt
c;,, quHt-o'lp).
JiJtn; &gio:f com idizerl,qque
si.nto, com a .. .. qpe-yte'*
d'i9bllgo _g&4mm ( .. . .. .. .
..
((iS))
'4Jlle,<:(mm6-:no. pririciRiJ di$Se .,. nia
direi. tanto 'D:qtte ntendo !,
como .o etpem? Pro-
c:uradorG;:: darcu contra_ nq LlbeHo!,
.cmr,a: de&u.- ;':. q
: !; n!o
boinl ChFiistioi, r;belltLrboi Por-

ta acDeos for. nos.dar.VJUIDIJRei
v-irtuoso, e ;de; iro altos :spP.
qui foge reiJe!mimqsrr:ebUSlr
1t trhaf:h6s ; ' e ;clfocwse t pde: et'll
trl . pelo/ ..
to da Sailt:kF Carbt>!Scit;,. eopra
:da infernaLSeJta.:de
fa rireide; m;:ls .dizem r junta ment<r
ai V.iitudes
te -junta<,.< pcWe.o: thim:i-
ucomp:a ..
de bom o
-c;o*llm:.9 ,-e V.J
DelDi porgserJnl
de tempo.,, :. .;'-:'J I. r .. c::.. , : .
: .o;.ser.fc5ra; )de tt'eim.pGs. nprovfo
. 'llie-;.badwj diaheJro ;ecte
muni(Sas ; de , . !
pela grande 'fome, qe ao presento
a maior. parte , do . 1.\:eiao. pade.ce-.
Dizem mais , este .. temJ)o hb
mais conveniente para a. defenso
do seu:Reino, a. qualhe- de-.muito
maior obrigao, que .para. a ,Coo
iocerra de outro;; , ;:
- :. Ha .. muira gente ,.petdicJ,a .em
Flandes, e lnglterfl, d
qual"podem ait terra& de
e do Alganye1 rechetJ
mui gr1t1d.s :damnos ; . .e . Sgundo
a famti:,::tads estas
tes com esta mudana: 'de A.
por lhesr -que
seu saly.,.. usaro de .seiS :offido.,
Qo 'podemos :deixar de n.es temet
destes hemebs i:por o
gra-.nde ;;teguardado pelo Espir.it<J.
de- Satancti;: pMque
q-ue na o cem mera. gent.e.tem. f 1 m
Mm ; .. qt.iana!B che.-
. git o i1
isa -Juru;t,:qcat! Grfa: 1
( 8)
Tureo nio :dorme;:. pelQ que todo
o Prindpe Christao: obrigado
a aparelhado pata .a defen11o
da qtrh:randade-, pois operigo he
c:omntum. :: -
Ditem ra-mbem , fei""
tos se':podem sem
. grandes apercebimentos:;::as quaeS:
se notpbtiem fazer em pouco tem-
po; e:trlnniisto, que he necessa.;
r-io esperr huma conjuraa de
que.no pde muito tardai!
entre -.. Mouros, e nao de , qualquer
discordia mas discordia. muito en ..
-sangtintada; _. porque at; com .me--
do commum levemente :se, tira p6n
os Inimigos em perigos: que :a to*-
dos roco, e facilmente se concerto
mas qvando a rotura
a tanto, que se poS!lQ
dar{ de tal manei.ra pde -V.: A;.
soccorreraos vencidos fi e.
leS:: esta he
tiga _ de conquistar-;: t.bm i.que: se
dos. Capi-
( ,,. ))
tf1 , ?. e Pmndpes . df grnde noml;;
Esta .. JOcasio ,q.uizerilo os.
que V .. .. f, , i . : . ,;?.
. , , . ,Dizem mutCJr.guer
ra rfot feita ,CQIIl rnuUS e$fOrfP : qg,
GnseJho, iJBJ)
Gnfir.mao i!to
lO do M.

sQbtct: e
primeira pssada, :D Af-r
fon V.,.,, e
tos, aem fructo, do:lnfante
mudo:, seiJ limao ;, por_ Jp;;,m'
tnat:ado com, .. mais:. qu,,
onselho.i .;, .. ,lfgeuta
di.ga tQsio.1 ; '
qu' no encubra oada.!
''0 rm-3
. "l Dim of! .
bomwP.tSi
em defender :O.AfllC/1. C:li
oifell.dcrr qs, .,:.qMi fllnto

.-
' ' ..

(lP)
ha.v. i ds <. roiura 'seus , I ni
se doflui resuLrasse a
seguridade de seus Vassallos. _ .. ., ..
.. 1 flotno. selamento mui-

tDtfil na guerr>--<Jue -.e hav1a de
zet )aos se:fez sem V.:
aaber; a; :fi>rrbguaes'; tt .'por
n<r:f.atra;quem-dig'a
.. u diHgencia.,. se!
n perde a occas1ao'-, . .e a pressa
ntc:H:hipara: por ella' ,de mu.itd
it\<!on'v_,nientes (se seguem , d
loitli que,. d pouca "dfi ..
gnci; porque os: muito. accelera""
o 'que perdro. seu.,)
e -o que n'o
rlhra{')- do :alhei()'J ' : -,.. : (! ..
. Estes so os pr.incipes
di:;. que se forma _v_.
li
1' .. !Se pde:dilef.D .. ':. -' 1
c'' qtte .-(),
gtand< -Espi'tiros .di:
t.s '.pelo
( u)
cjue!'
1
mis cuid o nas graodt ltm-
1Jrezas que na facilidade: ou
deUas ; e pela . maiiJf
.parte aos grandes :!:cometimtnros;
tfuando no .. todo fta . do
ap1in:bo;,; no fafm) .DB-
moSJ;r i .e. que v. A. .fundado: nesra
apinio, .conur:seldeiermincao, :011
borirada:.,1 coril-inorre
-gloriosa, igori:>deseu Espirto
11fo :pde eoi".Pcn\.allafio;. .e qat
do.,esr>vnas. moR do.
hotiRris ,. '.mal ;na. 1Gwtade 'IDeoe.
qud, ;.&-Officio clcr Princ:i ..
p! .. z.Iagnanimo.; be p:rder o mr,
grandes . .emprezas, por peri,.
qqe sejlo fbiOS: SUC'CCDOI
deli as deixallos na disposi9io dG
8unhok,;: tf)ttrn;;;(mbem:' mmo S
. ,
P&fe mpte'),oique sao :maia
tolirlteil .. :()!ir. erms "Commettidds
ma: *e.io ,esfb;$1oq.c q\Je .Os etfJ
'fW;1ftmitos' fraqueza\
'"IIS'Cosn,gmnde5 t .grte
IAYOtJ
( n)
-e:n (companhada:.lcfe
j;.fperuo viwpa-lo. Tambem:
pde que quhdo V.
.pucgar_ erro',
Q,culpa se pde d.im1nu1r com, e
efirnplo de griarides
com mmts,mo .Espirito,cahr,o,em
. mui.ttJs, grandat. trabaldlos . (;; ::: : n
1 a Frana ,rrpor
frdentc
. .Jo, do que
1
foi . de
ma vez
lD de peste;, ;,Jmitou
-nisto'. o Rei Josias l;([ que
por entrar em btaJha, qlJC:.Ljiu'lct-
ra mui bem escusar,
e com elle a_
I'Usalem.--;:'!1 .. : / : . ..
::: (Passo
tJgos ,: atN--t A ... ;
dos modernos :direi algunS!.: ,O,tm ..
perador '*ado muh
to -iUusrre .Princ:tpe' fez, :m.llrai!IJ
em ltalia i' c,em, ?algumas
partes, _Do: csmen .. $eaJ ;. Ka&Fto
( )J
diminui
dos do Imperio ,: e
seU' credito, tendo todo :o ne-.
cessaria.
, ;,Q9e ti iremos do Imperador.
Vosso:' Av6P Q!lem foi mais ani ..
moso, e mais exaellenre ?'
Com rudo no "deixou de commet
rei: cousas dignas de reprehensao ,,
e)'de 'receber . dellas- mui graves-
damnos ,' comO' foi a enrrada que
fe.z;em Provena, . como foi a Em....
Argel;, fra de rempo:y:
como foi tambeai .o .Cerco de
M-etr. : .. , :
':. ': Dir-me-hlio: De que servem es ...
tii1J1 ixemplos? Respondefei , . que
;:qde se nesta pa5sada. d
v.-A. hodvetalgutn .. arro,: o erro.
fica desculpado com o.
e: authoridade .1de" ro excellebres
Principes; elfes em
de .muito :ma1s e coin
muito maior':! ftpc!riencia: .; . fora o
qJgfnados'"<:CJIJL{i::.os enganari<-:0.
(
. -'.1 i;
... : ... t .
. ... , .. ,
I
. r.:
; . .::; .... L ...
'I' ; ,,;;rj;::
Lui GINi;a11Jer :uCtr
_ ; ,sa;.4, MtJN'er;r de. .
. LEt-Rai- D;..f&INllti'io, "' . -
,,._, ' , .. c . .
' . . . ,
.:J \
J. ': . .i !. SaffQa.l !'

que 'se estendt.aiU( prga de
ninguem lhes fallar
mt'rvalfds\ JOtqU


eua ,v:ista;-;de Jretm'
C-a}gadoreal';mas;:j;t. 'qtle
ttntl ;:queos Wim:ipes apego
aios.: e. qe:: liJ"a:sdo,acc:eitOs ;: : poiit
sendo Vossa R.,.twelissima 1behl-
bro de huma to Sanra Compa-
nhia, tem ro poucos que lhe di
go a verdade , passa, como
(.,)
-(

:dQnlr CGrlf'Jel
TioiHtadfli j rJe-tiravusizacto;;! "se p;
... rrehe.n-
WIIl pGt algefba' par'te oU que


terra :queriguale
ee'ftlto
c!e!.: dbem '
1
. rfb.ro.,
porque- a anda
-.wr llbl 'da carncdrajf foi' ventura
JMn- . publb ' (-do; que
JI
qut'tempre: ho...,. pct:l
,.. anllllm nr i e: dos ;,e.;.
;
pdidl' ninguem ant.ite,..
. to; o
}\'i!( ..... u11lf1fidM1 O>idio

&ttcb rCiKio..-. obnW
&te?allieS' t 11.-n 1\:epltica ia e, :.co
mrmqnr ds)etmal! .He
Jllfilfiro Bie ..
Yftitndiuima '-'pre1ftnMr por -'estet
uatfisaN"'rifll;:'

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Wleclo 8lll0Jh91 . N.ae

eltor .. :ftue.tlim 1111\p!IC.I.A
Mlff oO. lsct
ts

(IJ)
me..,
pdo-!&lllaro.: hw. .&ei

CORVerBt rftl
,. q -que . .,ada
em
rido naturdmmtcJ.;.1.xla,il:'e m:ctior
,_,te-; dizemdtodot, astl: de

yoaJ :lrmioreaear.cm p . ._,utrse:i(lf,;
nobOb"t!!lltS
aEeifbd a. outmlll!
elles)t-! o
faUp
1Jile. ullr..
belle .... 1tanta:-. laril:idade : ltanlp
'ifl4.:'ida homeeei'
qup _.d,pde
tpJe - :J DDnta.nD r">Y tOJlfle
'!an&b
sius nV,ansU()S'; f.anl !1t
e . .o!tmaris
anaclO!i.do'ManCknt
verdade ! Oh infelke P9rntg.Z.1
pR N&scacStVh pc;rmittjbi Ajun-
(2f)
segb.Jo1asc:ousaw, ,fm.lpF,
recjdC) at aqui-r 'per sua ..hailida
elbutava : parifJadviabar_, :,porque
COnl tio. U1Ycrsal a-Je.,.
.flrla N01soSenhor
tomou o i lop. parece que
tl!&tOu mu1 de proposno quem quer
cpae; Eoi-. de lhe. dar ouido a esta
sua' felicidade ; porque fra dsre
llletteo a mo
' em- no cntcrider: : ! at a-gora cor
. 2elo. de justifa seno smenre.
aas cousas qae darroem a Nobreza
por .. njcita," e 'homens de sangue,
e hoomdos. , Dcizo tudo .o que se
fa nas Coramcndas, pois a expe.-
sicnczia lhe deye ter; j dado o
pendimeoto , ao mOdQ desta De-.
v as. !eral . dos . Officiaes , e . nos
. Edictos ::que te pueero , bem :
eoxergbu desejo Cle ,se El-
intdro ,: e . amado de),
Povo ,. :pois queria acudir J)elos
agp101 que .. lhc fazio seus Otn;.; .

r
(JC)
.fll'Qcedem C!Oo&mie! Lei

r -.ala*iO
.. "* 8tda.npu mo fogo
JIJdGl i-.odio;:
a
1
ler:r.a1,r.:JPmaoipa hnenre .comnrr
e della
tte !legurldo dizait ,!.aenhumai
M:hoa\Oel f que: dem.
6M je -car.idade .-e
a.>a eo1Ji8iftdo;daquif que
otl que: ando a.r.pr. de
cptrenY nw
modo i de: Goftroo. hlo}IJCO ;
shynn1nico; e .Dtos;.Ji\le
nQ-ousrasre, a5 -c. mia
dig& :jsn,; po11que 'j enteado;
quF
'Fesremunhas fllliat.,. qile
rio Peesoas , . -10bri gap(S :.q.
e,
die por a{. .)3' mente
; . :e ,w .:Ci:aNad ,, e. dei
SctMibr Mm-i .. : Gbahtet
. ' m tri)fic:iae .
. . . ' .
(
que delc.iientamento ;' por
qqt;;.,.

eitadleva1Bio
aehiP, :>pot'lju9titkar' f> 'tfe
jttirrha a.fetraimadod'
ftiff'y-.
de .tfMiw:Ar mc:n te :
os mitoa julgi :por maloP
:dt;d)eos: pr.oceder desni
Alllffflm , --:quer;mar .homem: d'e
ltillf Ofcios' o.de. poder :absolu re.; o
que , t lett1bro a
tomO devore ,des
... , :que atrenr
bemi ... BJ.....Rel P.tGc
flhto: como se eate1'Rie1

, OJ sct\tira1
sM!.ifili:ella- Mais odiost 'q* .
n9Sb "T
:->r :Dir-.-a,..fia iV.a:' Reve..endissi.J
a '.: . .tftJel tstilftl' a ter-A. nenUda :)!
f v. r t '
ti'M:dit til iS'i
dt.c'*' Leil-jiiCobl .-qRtgo
' .
(
' que isto Eu oen. tne
AOs _que Elle
vra a _DcOs,tjQc
e. que- me custra
em :por eitas.'Praas, .que ,Cildo
pxlero c;uldar. ser isrq iliba.;
quando virem Ofid01 proWali
a .. de muba :O
entendimern;o, que--no , ..
terra,; vemi .que tOa dila
em clat.eiQ
voga a homent de
c;.falid:ade de- quem os iqQU)OJJ ,
sim para se sustentareJD: melborceaa
estea esteios, cQmo
.So dQ que .quizerem;o r.- . e. o
peior be, qtU:- dizem:, fazCII\
bem 'de e que saber
muito, e -ser a.uJJ"o hc ca10
de menos valer ; mu seja tudo -'1-
. mo dizem Nosso .. Sf:JJh9t.
al)d<> a pr.-ddle, .. c; ique
se querem fazer QJm.(OB
alheia&; V essa
dissim. .. .. ;a,...-j.Qc ..
)1
tpe.:: ,ndencia '.h e . p&o-'
-.cm.lodOIJ'!os:membros junra:merite ,.
etiLquo forubt.' que possO sofFrer:
- .huQla:.ara e
- que ias pdo i se.i
- niodq* (por. .huma.. chagai,. ama-
11helio- E .no fra: mais :Bit-i
mio oassombrar :a terra:.'COID fi.,,
BOt,: seilo-ir/poco.: a e:
a gellte, .-que '
tem 1 Rei . ,para D_lais:,. : que .P.a'!'l
f4tlexeculai'J o .furor, . ou a 1e'rt8JI
intentbe dos que
.480 p :-detle,?: E- que
:para se 'diur t que.
wat_ mais Cohjarao. c;,.
pelo est-ado.-emque at
terr&!,- -ra -li'bc:nda de EJ: .. Rei ago-t
a cst 'i: vemos- que .ainda _tinha-- U"of
-ollt
cm: ttes cirins . .,- : sem .deshon'rs tio>
E:,_pQucos diJ.
,jc dher a _ hu?J.
,_que \Yma SaBCo,
. Jill'ilo .
- G
fJ.J.)>

pode- nem:conftwmelaLei..-.
Ora'' se N asa
he mosurarsaaimo.
::peqaenq aaimq> lwoser
YUo;; e iRP.'I'O oomua ndp
ltei "'menino-, 'que :"br
que ramor-:rnelll (.Orqu.::
perdi-na<;odiodMrVssaldos;,
(liaro ,. ..
bt-ria" 'Ir tem'.a:!'O 'CifloJiiir nE)..R
pelo, l?apa; a
ficiaes?esutr oReino
u)rhai:s('.doa hot\icros fob
1da; griaM
g'elf SJJ3l _PI"
Jt& suur ;:
lhe cemo, ella. !pi.nta'VII'9
dt :agora diumr q,ue-no:
ttm i!ltlO fundido maifF
Fida}got ; e :proveito hl;
. A1t1da es.ras;.
reraho dit'o ; ndo fiterio Ida t
'lU'' -desatreitatj a Com'}bahia ont
a t"oetta:.trtuolla prif
:.

palmfnte; _qqe della tinha maia
,-espiritual , e j"zella.
tio, Qdios .. geraJme.nte da geore
comQ ; pqrque no podemos
negar. , que .Nosso Senlior
tJIS assim geraes, como
prticulares , com o modo de que
ella annos procedeo,
o11. . pec.cados ; . reformoa
muitos ,pec,cadO$ reformou multa
gente,: plan(ou .na rctua
ensinou : ,frequentar os
tos, , :finalmente .fez genre
.ter c:..usa era ser Chrisro ; o
foi; AUebor, que. os outros
o mestno, e .com mais
fel'leor ;; . e provra a . Deos . Nosso
Senhor., Rmpre uisso ,
ainda.iqwe- S11a:, em choupanas. j e
sm:trtat,'de.m'ais Rei, que s .QQ
Ceo; mas; depois que a vrlo 'tra-,
tar., .de .adqu-irir., ,tanJa Renda , .
meoa a ftder a:crediro.,
Uln) ,. ! ,-qu,
Jim:quet;.te :&irar1l

(
( 36)
se dava a ella ; porm depois qu&;
se apoderou da Ptssoa Real,
que: consi!te todo o hem , e toda a-
consolao da terra, e v'r o R.ei.,o-
que . as; Pessoas porqe . se!'
governa, -ero da Coinpanhia,
da sua sevadeira , e feira para
ser tudo em tudo , e
vem, que o fructo disto he tama..P'
nh- odio de seu Principe- ;, , e tiOl
get"al a desconsolao, que; se
'Yette- roda a edifi_caao em
dalo , rodo o amor--em odio ,.. :e
cessou' a maior parte do proveitO.
espiritual que fazia ; porque' Ih
diante de. N Senhor , :'que:
:nem as prgal5es . dos' pobr.es tem
crdito pf,)r esse .. respeito .. com a
gente , .qos
devqros,: tem Ja MVtiO'IO de: se:1r
confessar com ellei;, teno d
. C..ompanhia , h e enrrquctq-er , -e man
da:r F a sua tem j o fit:Q ; mas se
. JJe:o proveito daS!alqmc r que fru;.
. ttO' pde- .fazer --.gooie
( 37 )
e to aborrecida , e que os homens
esto persuadidos ser causa da sua
desrruilio ? . Vossa Reve-
lendissima , por amor de Nosso
Senhor ; e por reverencia de suas
ch'lgas, bem iSto, e veja que nlio
venho elles a serem Pris, e Hele-
na desta Santa Companhia; e
dere bem qual h e maior , se- o
fructo espirir.u.al que se perde no
seu proprio Servio, que o tempo-
ral, que se ganha por este cami-
aho : no queiro, por amQr de;
Deos, engrandecer l_)Or si, e Deos
os engrandecer. , tratem. m.enos
dos Principes.; e poderao
te tratar. de Deos . . .
. No aborrecimento, que El-ilei
Nosso ter a qsboa,
havia tambem muito que dizer, por-
que posto qu.! muita genre. cuida
que foi inveno do Cardeal, deMis
que teve obrigao de resid.ir
la , os mitjs dos homens __ para
pelo:que do 5t:Dq<n;

( 38 )
tin Gonalves, que. he ftyoreci
do delle, e de Vossa
ti ma ; que entendem :
_ 1hor' se podem pOderar
de El-Rei, trazendo-o tam
pos ; aonde pout:a Vo!!$l_
dissima cnin elle da!qx)rtat
tm ; e haja menos Snhom. , d!!
se arrecem , que em Lisbi: '
aonde. a communiC'Ro ":ha de 1eS
lt genre de Aurhoridade , . qu ba
de mandar EI-R.ei inau ; e postd
que- das renes Nosso stS
Juiz , no se deve -p6r
muira cufpa aos- que- i11to
pois -a razio que i! para
fugir tanto de 'foi do md
euidada- de quem Jha deo, porql) '
dizem, que no ha outra, .senfo
m peccados que nella ha ' e C). no
querer occasiio, de os Fi-
aaJg6s se entreguem nella; a qual
Fc\ra qui _de receber, se EI-Ref
b!l trouxera atracadot a si com .fa-
, c c:om bem tonhc:imeu!O;
1.
qbJ:igra a pelas
4lc;las-r:, quudo q Pllo lfra , co-
.1119 soh\'
1
s.er,. QJlde toda a
.N()Jbreza como leite u
Jq1'Abas ,.,e; partes q.ue se"e
elas e set
9a P:rj.o,cipe,.
:m:tis, .cprp_Q udo
fra )rre, e tendo j
que os ajude;., e
pbrigu ,a, ,. que .
.



IJUfJQJ ; : #l.
.Qccupao.- ,
. . que a;,
os,,. Le.. que .. ha, a, ;t"per-
de Patwgal,.
.to $er _dps. 9
que El-:ltei diz:.fPf12 ,pa,
ra seu e
f9ra .de- Lisboa,
tl m po mil
,
na aio

Pois esta tamanha l
que: D. de Tbrres a gota :veio
parte do Papa;' pra'
'samentode 'El-Rei ; r era d-.do' tin-
to que fallar Voj..
la lteYe.fendissima ri!io
e a mais' ella est' r>er!luadida '; que
'16 Vojs:
nlrr VOs6o Irmo; foro: 'os :que
tivero. El-Rei em tezol:..vw .. s
I ,tt"'".
an-e:e&re_mllaYer ilitl'alia ,
com Sua Alteza mudar: :;.e
ji qiJe lhe .a: qtr
pana, lhe direi b que tettt
a gente :para si, isto nasce a meu
:do muito que des.Jrio I esttt
l:asmenro l pela elpern_p -que til
d" esta _,. e
que nisto para -qlte C()o
lnb a"' terra cuida :fazer Sua.
Sntid.dc tanto por este
to , .. he pelo haver. .
par_ algum de :Ftai'Jf&, e
, :S
atan&l.z -de taber 'Ylo peito f..4*
(( !4-t ')
dai' Pesss Rligiosas, quererem
perperuar seu lugar ; corn perda
-tio _ e uniYersal._, Ni
aqui a raz.o; porque Frtli
Pedro: de- St\ro deixou de confef.
sar ao J los V. , e
que Fre1 Lmz de .Chaves detxou _
de confessar a ElRei D.Joio n:,
e o modo de que engeitou o
-cebispado de Braga , e outras cdu!.
tas, e- posto que. pela ven-
tura -diffamantes ( I )
o escndalo , como 9ue o nlo f6-
IJ'l_o._: V V o!sa
]'eJo 'amor 4e Deos, que se'
-esperar, quando sevirem as- Cat-
tas -destas 'novas par toda a Chri-
_tantlade , - qando . os Mercadoi'el
-de: Frana',
:Castella, FJandes:,_ Alemanha_, Ita:-
, lia , e a todas as outras partes com
: (1 ) 'Esta palavr;a existe bbscurinlma -, :o
or_igidah- __ - -.
({ :4,1
tem oiJ.l;l\lerdq, qUajt'
to_.,.Jj.
,sat}t , e priA.i p,a I . u,t,. AtDJ-
, )rmo , $ e
a . mQ , heuvero :)Mlr
mal . r perder. .. IIC de tedP
;F-ra;Aoa , ao . .,
' .a.venturar. a de
.p.lrr ClS naturaes en1
.desgoste dos Reis vizinhos,.
um ;pouco do
,(em , pr!ncipaljlll>ente.
.a, quaQ fifl
t:ORJ .. f)tl
'
Senhor-.fJossa .,
.do. sed p .da ,(;om-
;panhia no_s ,! ,
lhe 0$ iPrJp-
Comq del)a., qll.IO

onde rudo se governa por ella '!
Dir-me-ho que--a Yft'dae -de
consciendas os aisegura ; ton-
fesso que he
( lJ'3 )
.e que- i poderei eu crer
ltunall isto qae a gente, desres dois
pois ;df dois Turcos o
1lio ; mas a :huma s cousa
.ac:'ho (azo , nem a Vossas.
;Ml!n7s desculpa , como se atreve
c' Senhor vosso ltm5o mancebo ,
e Reverendi8sima mertido
110 i seu Cotlegio , a tomar sobre Si
ca:rga 1? Como ousaro
-qu EJ-Rei Nossn Senhor.; :que
:do: sugeiro -eit, centra. pam-
cetrifus do Conselho, como:voi-
las s6 ;resolvessem em Ne-
-gntlOll too importantes ? Como :nio
, :para que :EI,Rei
,Senhor, chamasse os
-Tetl ; r e hbmens de, ser que h a no
Reinei', ou "t'eln. o\ (oorweder . com
h reteres; ou: 'J)ara' ne-gar col'ft
ou p:ua :resremunhas:,
sd po-r si o negna f sem
de ninguem? .Ma teria
para sehum Rei dedeza-
por-ai s, -"'PA-
ra nenhuma pessoa particular,
rer. ser havida por Author della;
porque se El-R.ei. se
Vossas Merc& , como a geme C1li,.
da , foi grande :atrevimento, Ble
se do esandalo da
e se no foro desse parecer {como
nos dizem.) No. sei se diga que
foi g-r.ande esqtJ.ecim.enro t nio:t1'11-
balharem muito de. pressa por:fP.o
rem Companheiros, .ou p2ra etFei.
toar, ou para :Testemunhas dctllbJ
.desejos. Praza a. Nosso Senbor -,
qu-e no seja eu falso Profctt ,: e
n5o .paira isto antes demuitote_.
p,: mal, :e nio fallo> 1eai.
..
. . Bem vejO que V()U sendo hUDl
pouco C.omprjdo, .mas desculpa-me
o zelo da affli!ida Patri:( , o amor
.de meu . Rei , e O que teaho
a Vossa Re,erendissima.,
.que: tontiana he a do Senhor
.Martim Gonalves , em tomar
.. camanbo pezo obre, s, c
< 4r >
sustentar: em [ seu
llombros smenre,? Que hoiD.eJJi
.hOu\re . nunc& neste' R tino, que, se
Gre-.esse a estas;cbutas? Ainda .que
Jtio,jfra .par,:siso., "hauvere
de ll)Uerer; quct:' se frterao algumaa

11i' _bem. 9-uanto .maia
qn.-ttio .esra-. a 'terra: ta-o perchda -;
e1pbada,.que alio haja. muioos -pe.
,<de
Conselho 1, para :servirem tambe'I
arEl-'Rei.,- e -&pioveitar a fenra:;:lc:
ou.receia
tJUC 11io descroncertados parec&J
!:dos !:ICSICS .devia __ :de.ique+
MI' andassJ.tt-'lempreta L'f.'
se.;hevera.ie tqtie S'Vm-
sas .. :Mers; se(ctuidc
aie1les,, que"'n!to, deseja'> ;!, sen.M
aaertar, pi'qtl .. t.planto:se .
versos: ;am:eres.,2or.divenas
JileHlOI' qne
pt'C"-;: e:.-com o .O .. ;; e
Jabaho :.aaaiaDid:.:
I . ,..

mo :he haverem. eHcs todo. aa,Pa,
receres por errados, .. _seno GS.:Ieus.o:
R como quer
ma , .. que .se receba., enseJthoroa&e:
eHevtanto ,de tuuor, r 01 colfr
.. ;am:igo do Reino;, e
ta ... qava . Jurtifa!tde
es: .. do'
s Sextas com Ehltei,-
se. tirasse .. com. eHe JUJtrar t::Lflpe
quer.ique ., s.enli'o. que :trat
ele-: embair EI .... Rei; -para
veja: tom outros .oHl;<JS -y s.enb-ed!
oi;'!s.eus , nem: ouia1 outra'
&enoa sua,. rremauide quer>lia OUf'
tra , . seno:a que eUc:.dicl;
:: ha :outms!r:l:eeriis., seoo -:as
sns? Por mtiito:vit-tuoso, iarctit:;
9fsiuio,.:. :e zeroso que .seja;. a'iJ3hJo\l .
.. :.no soffre cuidar ,, que . : m
a .e mui;.
llllll;Ji&
faz. a Eb-Rer,;..e w;t.da
muitO' grande ipjarii:)' etn -estarens
ltl> c.OiGIGc IC#As j. C M-.
))
de. que t dj..g
.se tra:tllvl'; de: -as rrazt-11 s p r
d' &J".tR-ei ; tt l le_ df! Sfifl(#.,
o a fton;ra d$ (lih-l

:dlinfe.'j
EJ-11fe' AlltflioF
linda , qe -!'
:de st"juMas,est&-s.
dijg: 4\tBtn-. ,., '') -. ''': ... ,. . . '"r
Veswa
&iwdr;lfer 'ter mo. t
o- (yioo.;)
qat::a tenteJJte
ntM dflfdit ,_, (qu,crpur-

c.Pdtf.Aufhotitbdetdlante dt
e-<M .!ser; , e
p,g;
a l&llllllr -tw t.r
Ef!JR:ti
1fll' rdfi
rtlteQ.iMehtottr:q'H
tenha, tanto que o
Irmo tiver pouco gosto della .,
(
-.
(( .ctJl.):
porque tudo. pGt. detndeiro:t-' 'ftm
a resultar em odio:,de El-Rei, ia-
quietaao da .. e muito maior
odio de Vossas .. ambos.
Tor;oo a tomar a Deoe por,
mu-nha , que nQ- ,ccresceqt9 de
mim, seno digo o que o
mum da gent:e diz, , movido .de
. lo e--d;q.,4mor 4a ;,
e por cumprir com a. ..
NaQ -tr;ue iV assa 'R.e:Ve.tc;n-
, de
, ,JhQ paJ:e"r: be.r.u,
quem o
Q .. remedio .das,,.cQP.SaJI, ro-
gar Vossa Reyerendissif\la e. ;J)eQs_.
e se lhe .. "'al .o.
o des(!ulpe, i e CQJ.l)&;.
lte .Author das: .Y.crdades , .. ujde
q_pe. lhe JDa&dil di,er
is:n"o a
Nosso. Senhf)r ;alu.tnie a VosSjl P..t-
e O euUae.
:, .. ... . . . .. ' .. ,:
t .. !
. '
' ( zq-1 I - I f
,_ . :. . .. r;
:-:, . R t >!:A_::.!-
,r t!'t.!:,:;:: . t -. .
::1 c\-, , .... 1_. ! , .
.._,-.J:BI-Rti D.-
LI; ; :.-ci,, r. J, fYIvJ_ -..;,,,., "':
c ' .. .
. . 'ii- E!-_':-_. -; ,: ' SB!fll()l. -
-'C:
-Aite.a. he. casado.-em Et:an- -
.p.:nter.aasira he, -ser ;pua grande
- dlt Nosso Senhor , e tJl'Oapc-
- .Mete: R.eiao--,i e. graade: nCJ-
-- ...- ile .Vt.sa Alteza .,. ,_.,o , qual j
..nst na o. p({e fJQt!Cp
--i.UUitre p.oi'']QC --dizem. o(}tie ito casa
,y::OSBIO ,t\I=a:-por sua:
JDBS(j;elor:4JU<: CODVefB f'H ).;e
JeliS- :Rei.ll.C$;' :Senh&-
'4iosi v.' qilQ gf.:tnde
a .ratkis- _ .'o-,Seahor
... -
)I
.. :ft.
-- __ -
.
'( 'SO}
. do pouca idade , sena o . governa
appetites ., se no e
prudencia singular. .
Mui5as 4ifferens os
FilosofaS entre Tyrann<>l e-
mas eu cuido, . que __ ! basta,
cJUe' vmtade, e.
a vontade por ti tem a obecllencia
do entendimento. E desconcerto ,
e .Tyt'amda, he a mais certa estra-
da. do Inferno , q?e sabemos . ._; r .
'lwa .rado .he Lea e\ Df-
-y,jnu.: pelaJque , com-RNiio fvmfi:..
mtntp ,:se :virmos bum .'hemem:fa,.
MiJa gm,.- e- jumatiumte:_: .a. ,
he tolunNriO,
.:mdt que: MWl tie
fO, eern Mil
;gres 114> eomovs: J\'ft.
Pe14 tODtt'Vio 1:
::puzRlof os olhot itolllelll
.a
:C:ctr, fa<rilmern;:tegue, a ril-
-::tfb:dOsJolJttot,
l)Ue- II'SQa) podimJIOI
r..
Jl' )
tal .ameftte'". gcwernari
.bem a ii mesmO , maa J almperios
suito graades. No ha, quem pol"
si tudo, o que iJte. mnva 9
por iao quiE' DeOs, par' supplo.
*ttto desta faIta , dar: a Reli ta
IDIIlhOI' para 'CJIIC ele iafi.o
nito nmero de homena,; pudessem
acolher', alguu : singularw .. :para
tens Coliselheitos , os .qu.aeS nQ-
de faltar ,or
seus Interessa,. e' partlCU
, mas tratassem nrdade pura
pa_ra o fia. do Bem.CommiUil: pe-
)t) que no: do <D-i gados smente
6s Princlpes de enfrearsuas
, ml :tambem . a pr a. vida
j;eta- dos .seus.. 'l'do o que
he:paraoyr mais:daramenre, qulo
. a1gte) de- fogyor foi. o feito. de
Ww. Altfti; porque cptantlO-IDais
esrava ,casar, tanto 'mais.
aftimo.lbOStl'$. emresbrir Sllf
.e: obedecer'
:.ov: flri .-Jhor-.dier ,. ' J.ci;
... Jl a
( S'3 )
tfe, tal-:sarte. -a follht tantot
$BalEs, <;e ?.lh
t!a. em,fpattc;;-e O)ujtbl ngrandt;t
&ns.?:; t2U .. ::> o?;n : t> ) f. j-: , Q
; .. C dinht:irQi:i}tte
esf! ,. de
fr41"; lo
de M(), 'ft WI'C:'!
mos, ,se Francezes ntp quize-
Fem O Senlwrio qas 1 as de. Gui-
n, e da l odia, ., defen-
ef-se mu:'ro 1 erjgo ,
e despeza , Jmi..- 1
. .Nas Causas d4 , em
que , tanto . , . , P.c:>!kr'Yllos
A_ppft ,-. sl!.m
grande } e Frana J?OS
os Portq. rigo .e ui-
tas

em, ssj
dades; t.q , es,
ro por c nt<,> ,_ e .
d.elle .C0-9:'::
trario,s a.oJ> l!'a)es, que, o d;i tp.,
!l tudo Jte, . ffor:- .
4 e <
'
C<r.r J
}D" .ao hafttelll ebtrM.
mais Coroa , -e. IIIo sG-:.
meoto.. :mu casarem
9
o
terem dc:outra ma-:
mira Cturiar"J:risco. otr llat de
se. pertler.r:m eom 0111
peio; meor :a; liberrlade ;r
o ,pois V ao be rFr8-1
de., ha de.rqae
.VelO.ter
na: tar
cie .lu* .pP",O lfUC:
. --u .... ;:;r , . 'I'"' .. ,, ..
""""c . ...._ .. ., 1764l.. . . ,_-
., ; . ia Vuit .A
:.qaeocijaando I08 -dizeO.tt "qlltt
mata llnii:OII., 'Dllil(eados.,:
':BS
IP& .... pdit,
DW-emol &Wijca
deixar, .,.-iJDW!o. di!Hi6s 1.
n '.p,J$J;quen.;:.se Vaef
dneja ,cfFeiao,::sm
,detttmr
01Dqlla :fiilr _ _,.!III}. in&raaJ,
;; FQiarl rpU.-
(,;6.)) .
#andes: Proezas inteinl I;Mratfe$
convm 'muito que no,p,tmha iUl
casamento. em
ae.ile:dilare a sua glori.-r.t.fl r>lt,.,_ t
( Mait outras fUm
que JJo trato , :por
mais a Vossa Alteza;:
por ventura quem! .diga.,..)
hulJlanas , e .:que,;muita
a quem:&
cntlario d que iungina:, He 'inuit
gra_nde iRfdade:;
Porque em 9uanto .
lado do-contrarioylobriga-
dos somos 'seguir Quelll'>
tiver esprito .de Prfecxiai,p 'sala .aO!
. C:atl'lpo; f e d signae& que-ntos.....,
trem' ser:> eJle . qt
ediga, a:gmndes Iltz.tlit:
eitl, J}iJmiafl.r
tO.::.n5b fimer , e i'n4.
si-. em contrariar daDtas); e t())
razes'' ti
que- renhamos 'pornprotervo ,1fC(
c no1.prl'lspiritiiU.?
ou ; ' mas bem cuido , que
. .,...cer.
o que tenho dito nao he
, to
atrevtdo, -:queJo ,uen;t-.-6er cha-
mado, mas he festejar a Victoria;


tio- qpo se
affirma fez)
mento. Do que me fica por fazer,
tere.i'ltllPkglande cuidado , que he
pedir a Nosso em
qqe3> i"i.
Aheza
fic;raQ,
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Bem Commum
t illl' , :&aiilur/Jlo ..
sa Senh'c;
nos, que h e de crer que em tudo
o que sisudamente , com . o devido
acatamento, se fizer para a impe
dir, e conservar, o amor, equie .
tao entre Suas Altezas , se have-
r El-Rei Nosso Senhor por mui'

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