Racios de Gestão
Racios de Gestão
Racios de Gestão
Aluna Nº (20101077)
RESUMO: O método dos rácios como técnica utilizada para a análise financeira
consiste em estabelecer relações entre contas e agrupamentos de contas do balanço e da
demonstração de resultados, ou ainda entre outras grandezas económico-financeiras. Na
enorme massa de informação contabilística, o analista financeiro efectua uma selecção e
realiza os necessários ajustamentos de entre os diferentes elementos disponíveis, com o
objectivo de calcular os indicadores financeiros que evidenciam as características
económicas e financeiras da organização a estudar. É óbvio que os rácios não são uma
“bola de cristal”, mas simplesmente um instrumento de apoio para sintetizar uma
quantidade abundante de dados e comparar o desempenho económico-financeiro das
organizações e a sua evolução no tempo. Numa altura em que a técnica dos rácios se
vulgariza e se utiliza com frequência para quase todos os fins, convém alertar que este
instrumento tem algumas limitações, devendo pois ser usado com prudência, sob pena
de se tirarem conclusões no mínimo com pouco significado, senão mesmo
incorrectas.[3]
JUNHO DE 2006-06-04
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ÍNDICE:
Pág. s
2. TIPOS DE RÁCIOS
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3.5 Rácios baseados no mercado
3.5.1 Price Earnings Ratio (PER) ...................................................... 16
3.5.2 Rendimento em dividendos ...................................................... 16
6. BIBLIOGRAFIA
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1. O MÉTODO DOS RÁCIOS
No entanto, a análise financeira através dos rácios só tem sentido se tiver alguma
base de comparação. Os gestores podem utilizar como padrão os orçamentos, que são
no fundo documentos que reflectem os objectivos da empresa. É evidente que o analista
externo, ao não ter acesso a estes elementos, terá de procurar outras fontes. Uma forma
muito corrente de análise é a comparação com o histórico, concluindo-se assim se a
evolução tem sido favorável ou desfavorável. Uma outra fonte de informação
importante é constituída pelas centrais de balanços (BPA, BPSM, Dun & Bradstreet e
Banco de Portugal). Os relatórios de contas das empresas concorrentes incluem,
normalmente, para além dos dados financeiros, referências qualitativas à forma de
gestão e ao alcance dos objectivos representando outra fonte possível de informação.
Note-se que uma alternativa a esta fonte é constituída pelos apêndices do Diário da
República, III Série, publicados em Julho e Novembro de cada ano, no qual as
Sociedades Anónimas e Empresas Públicas são obrigadas a inserir os seus balanços,
demonstração de resultados e anexos ao balanço. Esta é uma fonte extremamente
importante porque permite comparações com os concorrentes mais próximos, no
domínio da estratégia e consequente desempenho operacional e financeiro. (adaptado de
[3])
É fundamental ter consciência, de que a análise dos rácios não revelará tudo o
que é necessário saber acerca da performance financeira do negócio. Eles apenas
fornecem uma boa descrição, mas têm as suas limitações, pois uma vez que se baseiam
na performance passada da empresa não dão indicações algumas sobre a performance
actual e futura.
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2. TIPOS DE RÁCIOS
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3. DEFINIÇÃO DE ALGUNS TIPOS DE RÁCIOS
Os rácios são as estrelas-guia da gestão, são eles que fornecem os alvos e os
padrões para conduzir os gestores às estratégicas mais benéficas de longo prazo bem
como à tomada eficaz de decisões de curto prazo.
São rácios muito utilizados para análise de crédito identificando por isso as
dívidas que a empresa contraiu e as implicações que as mesmas têm na exploração. São
indicadores importantes para as análises de concessão de empréstimos junto de
entidades financeiras de crédito, reflectindo o risco que se corre ao se conceder crédito
adicional. [3]
Capitais Alheios
(incluindo locação financeira)
Endividamento =
Capitais Totais (incluindo locação financeira)
( Equação 1)
Capitais Alheios
(incluindo locação financeira)
Debt to Equity Ratio =
Capitais Próprios
( Equação 2)
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3.1.3 Peso do endividamento a longo prazo
Não interessa apenas conhecer o grau de endividamento mas também como este
se estrutura. Se o endividamento é, em determinada empresa, sobretudo de curto prazo
trará, certamente, maiores pressões à tesouraria do que se esse endividamento fosse
sobretudo de longo prazo. Para essa análise considera-se o rácio de estrutura do
endividamento [3]:
( Equação 5)
( Equação 6)
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3.1.7 Rácio do período de recuperação da dívida
Empréstimos em Dívida
Período de Recuperação da Dívida =
Autofinanciamento
( Equação 7)
Passivo
Estrutura Financeira =
Capital Próprio
( Equação 9)
3.1.10 Solvabilidade
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Quanto maior for o rácio, maior será a segurança dos credores em recuperar os
seus créditos, em caso de liquidação ou dissolução da empresa. A solvabilidade total
mostra a percentagem do património que é financiada pelos proprietários.
Este rácio analisa a parcela dos activos que é financiada por capital próprio.
Traduz a capacidade da empresa de financiar o activo através dos capitais próprios sem
ter de recorrer a empréstimos.
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3.2.1- Liquidez geral
Activo Circulante
Liquidez Geral = Passivo Circulante
( ou Dívidas a curto prazo)
(Equação 12)
SE a liquidez geral for superior à unidade, então pela Equação XII conclui-se que o
Activo Circulante é superior às Dívidas a Curto Prazo conduzindo desta forma a um
Fundo de Maneio positivo. Esta situação, origina uma certa margem de segurança que
tem o seu custo.
SE a liquidez geral for igual à unidade, então pela Equação XII conclui-se que o
Activo Circulante é igual às Dívidas a Curto Prazo conduzindo desta forma a um
Fundo de Maneio nulo. Esta situação é instável.
SE a liquidez geral for inferior à unidade, então pela Equação XII conclui-se que o
Activo Circulante é inferior às Dívidas a Curto Prazo conduzindo desta forma a um
Fundo de Maneio negativo.
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3.2.2 Liquidez reduzida (Quick Ratio ou Acid Test)
Passivo Circulante
(Equação 15)
O rácio de liquidez imediata não tem qualquer racionalidade, pois uma gestão
financeira adequada deve minimizar o volume de disponibilidades, diminuindo dessa
forma as necessidades e financiamento.
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3.3.1 Rendibilidade comercial
Resultado Operacional
Rend. Operac. das Vendas =
Vendas
(Equação 16)
Resultado Líquido
Rend. Líquida. das Vendas =
Vendas
(Equação 17)
Este rácio dá-nos o lucro (prejuízo) obtido por cada unidade vendida, revelando
assim a eficiência do negócio.
A rendibilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que eles geram. Este
rácio pode considerar-se o mais importante em finanças empresariais. Mede a
rentabilidade absoluta entregue aos accionistas. Um bom número traz êxito ao negócio,
tornando fácil atrair novos fundos que permitirão à empresa crescer, havendo condições
favoráveis de mercado, e isso, por sua vez, conduz a maiores proveitos. Tudo isso leva a
um valor elevado e a um crescimento contínuo da riqueza dos proprietários. [3]
Resultados Líquidos
Rend. do Capital Próprio =
Capital Próprio
(Equação 18)
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Prefere-se muitas vezes levar em conta o conjunto dos fundos activos que
tenham, ou não sofrido o peso do imposto. Daí resulta o interesse pelo seguinte rácio:
Capacidade de Autofinanciamento
Rend. do Capital Próprio =
Capital Próprio
(Equação 19)
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3.4.1- Rotação do activo
Vendas
Rotação do Activo =
Activo médio
(Equação 21)
Vendas
Rotação das Existências =
Existências médias
(Equação 22)
É o rácio que mede a velocidade com que os clientes costumam pagar as suas
dívidas.
(Equação 23)
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3.4.4 Prazo médio de pagamentos
É o rácio que mede a velocidade com que a empresa costuma pagar as suas
dívidas aos fornecedores.
(Equação 24)
Preço de Cotação %
PER=
Resultados por Acção
(Equação 25)
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3.2 Rácio de produtividade
Produção
Produtividade =
Factores Produtivos Utilizados
(Equação 27)
Resultados Efectivos
Economicidade =
Resultados Previstos
(Equação 28)
Numa altura em que a técnica dos rácios se vulgariza e se utiliza com frequência
para quase todos os fins, convém alertar que este instrumento tem algumas limitações,
devendo pois ser usado com prudência, sob pena de se tirarem conclusões no mínimo
com pouco significado, senão mesmo incorrectas.
Para efectuar uma análise financeira com base no Método dos Rácios, é
necessário ter em conta algumas das suas limitações:
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1- As comparações no tempo são geralmente mais significativas do que os valores
considerados isoladamente. Um determinado valor alto ou baixo pode ser
consequência de se ter verificado nessa altura algum evento pontual. A tendência
evidenciada pela comparação em vários momentos sucessivos é geralmente mais
expressiva.
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9- Os rácios tratam apenas dados quantitativos. Os métodos quantitativos, apenas
fundamentados numa análise contabilística e financeira da vida passada da
empresa, não são suficientes para apreciar correctamente a respectiva situação e
muito menos para se poder inferir com total segurança as suas potencialidades.
Com efeito, os elementos contabilísticos a maior parte das vezes não têm em
conta outros factores importantes na vida de uma empresa como é,
nomeadamente, o seu potencial humano e técnico. [1]
10- Não existe uma definição normalizada a nível nacional e muito menos
internacional de cada rácio. Assim, dois analistas podem calcular um mesmo
rácio para a mesma empresa com valores diferentes. Tudo depende, das
reclassificações que cada um faça e da forma como cada um constrói esse rácio.
5. COMENTÁRIO FINAL
Mas em termos genéricos, cumpre salientar que os rácios financeiros são apenas um
instrumento de análise que pode e deve ser complementado por outros. Deste modo, a
tomada de decisões importantes com base em apenas alguns indicadores tornar-se-á
sempre perigosa, mesmo para analistas experientes. Deveremos ter sempre consciência,
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por conseguinte, que a análise de indicadores, mais do que conclusões, traz-nos apenas
alguns indícios que um analista deverá procurar confirmar através do recurso a outras
técnicas e fontes de informação complementares
6. BIBLIOGRAFIA
[3]- NEVES, João Carvalho das; Análise Financeira: métodos e técnicas; texto Editora;
6ªedição; ISBN 972-47-0008-9
Sites consultados:
www.alvimrocha.com
www.apdt.org
www.artsoft.pt
www.dnbracios.pt
www.eden.dei.uc.pt
www.egi.uc.pt
www.finbolsa.com
www.geocities.com
www.iapmei.com
www.iscte.pt
www.jorgefarinha.com
www.neotec.gov.pt
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