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A Inteligência Artificial e o Big

Data aplicados ao cotidiano


PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL, SEM AUTORIZAÇÃO.
Lei nº 9610/98 – Lei de Direitos Autorais

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A Inteligência Artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no
desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam
inteligência humana. O objetivo dela é criar máquinas e programas de computador que
possam aprender, raciocinar, tomar decisões e resolver problemas de forma autônoma,
abrangendo várias áreas, como aprendizado de máquina, processamento de linguagem
natural, visão computacional, robótica, entre outras. Além disso, ela pode ser classificada
em dois tipos principais:

IA Forte: Representa sistemas que têm a capacidade de pensar e agir como seres
humanos, mostrando uma inteligência comparável ou superior à humana em uma
ampla variedade de tarefas.
IA Fraca: Se refere a sistemas com capacidades de IA limitadas a tarefas
específicas. Eles são projetados para executar uma tarefa particular com eficiência,
mas não possuem uma inteligência geral abrangente.

É fundamental destacar que a IA forte até o momento é produto do campo das ideiais, não
existindo, de fato, nenhum dispositivo que tenha tal inteligência artificial. Ainda assim,
para termos um vislumbre de como ela poderia funcionar, tomamos como exemplo o filme
2001 - Uma Odisseia no Espaço, lançado em 1968, de Stanley Kubrick, que apresenta o
personagem HAL-9000, uma inteligência artificial representada por meio de um
supercomputador que controla todas as funções da nave que leva os humanos a Júpiter.
Soares (2017, p. 10-11) explica que

"Sua interface foi projetada para interagir com pessoas como se fosse um igual, traçando
diálogos naturais e atividades cotidianas. Ao que tudo indica, ele será uma típica
inteligência artificial criada para servir e ser fiel aos seus criadores. A máquina, no
entanto, se rebela e decide matar todos os tripulantes. É nesses limites entre a execução
de funções e a tomada de livre-arbítrio rebelde que a população americana, em meio a um
boom tecnológico da Guerra Fria, constrói um imaginário dúbio sobre o futuro. Ele será
promissor ou catastrófico? 2001 é tomado, neste trabalho, como uma das possíveis
respostas a essa pergunta, produzida na própria época em que a questão era feita".

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Figura 1 - 2001 - Uma Odisseia no Espaço

Fonte: Plano Crítico, 2018

Ao contrário da IA forte, a chamada IA fraca já circula por toda a sociedade sem maiores
entraves, sendo muito benéficos de modo geral para os seus usuários. Como exemplo
prático e observável no cotidiano temos os sistemas de recomendação de serviços de
streaming e música, como a Netflix, a Amazon Prime e o Spotify, que se baseiam nos
algoritmos constituídos a partir das preferências dos usuários para criar listas de
interesse, com recomendações que se assemelham aos conteúdos naturalmente
consumidos por eles.

"A IA Focada, também conhecida como IA Fraca, consiste de algoritmos especializados em


resolver problemas em uma área e/ou um problema específico. Aqui os sistemas
armazenam uma grande quantidade de dados e os algoritmos são capazes de realizar
tarefas complexas, porém sempre focadas no objetivo para o qual foram desenvolvidos.
Os Sistemas Especialistas e Sistemas de Recomendação são exemplos de sistemas de IA
focada" (LUDERMIR, 2021, p. 87).

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Fonte: Netflix, 2023

O Big Data também é um conceito fundamental neste processo e ele se refere ao grande
volume de dados estruturados e não estruturados que são gerados e coletados de
diversas fontes, como dispositivos conectados, redes sociais, transações comerciais,
sensores, entre outros. Esses dados são caracterizados por seu tamanho, velocidade de
geração e variedade de formatos.

As características do Big Data são frequentemente resumidas nos chamados "3Vs":

Volume: Representam a enorme quantidade de dados gerados e coletados. O Big


Data lida com conjuntos de dados que podem variar de terabytes a petabytes e
além.
Velocidade: Se refere a taxa em que os dados são gerados e precisam ser
processados em tempo real ou próximo disso. O Big Data requer ferramentas e
técnicas capazes de lidar com o fluxo contínuo de dados.
Variedade: Corresponde a diversidade de tipos e formatos de dados. O Big Data
pode incluir dados estruturados (como bancos de dados tradicionais), dados
semiestruturados (como JSON ou XML) e dados não estruturados (como texto, áudio,
vídeo).

O objetivo do Big Data é extrair insights, conhecimentos e informações valiosas a partir


desses grandes conjuntos de dados. As técnicas de análise de Big Data envolvem o uso de
algoritmos, ferramentas de processamento distribuído, machine learning e visualização de
dados para identificar padrões, tendências e correlações ocultas nos dados, permitindo
que as empresas tomem decisões mais informadas e baseadas em evidências.

Isso é importante pois, no dia a dia, essas informações podem ser usadas para efeitos de
personalização e direcionamento de ofertas, ou seja, as empresas que conseguem utilizar
o big data para coletar dados de maneira eficiente e idônea, podem se beneficiar
ofertando o que seus clientes desejam, se consolidando como uma marca forte.

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Esses são conceitos fundamentais que ajudam a impulsionar o avanço da tecnologia e a
transformação digital em várias áreas, como medicina, finanças, transporte, varejo, entre
outras.

A Inteligência Artificial no cotidiano: como nós a


utilizamos?
Usamos a IA no cotidiano a todo momento, seja nas casas ou nas empresas. A pesquisa
“Avanços na cultura organizacional baseada em dados, analytics e IA”, realizada pelo SAS
em 2022, revela que 63% das empresas brasileiras que trabalham com dados e analytics
também usam a inteligência artificial em seus processos gerenciais e decisórios, além de
incorporá-la em diversos segmentos dentro das instituições.

Isso revela que o uso de IA é uma tendência que se consolidou, auxiliando as demandas
humanas e até mesmo rotineiras como raciocinar, tomar decisões e solucionar problemas
de forma autônoma. Alguns xemplos de aplicações de IA incorporadas no dia a dia são:

Chatbots: são programas de computador que utilizam IA para simular conversas


humanas. Eles são usados em atendimento ao cliente, suporte técnico e até mesmo
para auxiliar na triagem de pacientes em instituições médicas.
Reconhecimento Facial: usam IA para identificar e autenticar pessoas com base
em suas características faciais. Eles são empregados em sistemas de segurança,
desbloqueio de smartphones e identificação em aeroportos.
Carros Autônomos: utilizam IA para interpretar dados de sensores e câmeras,
permitindo que o veículo tome decisões em tempo real, como frenagem automática,
mudança de faixa e estacionamento automatizado.
Diagnóstico Médico: A IA pode ser usada para auxiliar médicos no diagnóstico de
doenças. Algoritmos de IA analisam dados médicos, como imagens de radiografia ou
exames laboratoriais, para auxiliar na detecção precoce de doenças ou condições
médicas.

Sendo assim, a inteligência artificial e o Big Data desempenham papéis cada vez mais
importantes em nossa sociedade, impactando positivamente várias áreas do nosso
cotidiano, uma vez que essas tecnologias revolucionárias permitem uma série de
melhorias significativas, transformando a sociedade, melhorando a eficiência, a tomada de
decisões e a qualidade de vida das pessoas.

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Referências
ALVES, Gabriela Mesquita Martins. A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO
PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA ONLINE DO CONSUMIDOR. 2023. 108 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Direção Comercial e Marketing, Instituto
Superior de Administração e Gestão, Porto, 2023.

CAZALE, Rosiene Cristine Tondelli. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO APARELHO DE TV:


DESAFIO DE REINVENÇÃO DIANTE DE UM CONSUMIDOR MULTITELAS. 2019. 154 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Mídia e Tecnologia, Universidade Estadual
Paulista, Bauru, 2019.

GERMANI, Leonardo. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E BIG DATA NA GESTÃO CULTURAL.


Revista do Centro de Pesquisa e Formação, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 154-164, nov.
2018.

LUDERMIR, Teresa Bernarda. Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina: estado atual


e tendências. Estudos Avançados, [S.L.], v. 35, n. 101, p. 85-94, abr. 2021.

MACHADO FILHO, Francisco; CAZALE, Rosiene Cristine Tondelli. A Inteligência Artificial


no aparelho de TV. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 42.,
2019, Belém. Anais [...]. Belém: Intercom, 2019. p. 1-15.

SILVA, Danihanne Borges e; OLIVEIRA, Daniela Cabral de; JESUS, Dilça Cabral de. A
influência das ferramentas big data e inteligência artificial no marketing 4.0. Research,
Society And Development, [S.L.], v. 10, n. 5, p. 1-9, maio 2021.

SOARES, Alan Rodrigues. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E IMAGINÁRIOS FUTURISTAS EM


2001: uma odisseia no espaço (1968), de Stanley Kubrick. 2017. 83 f. TCC (Graduação) -
Curso de Publicidade e Propaganda, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2017.

SOUZA, Waner Teles de; FERRARI, José Lazarino. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E BIG DATA
ALIADOS AO MARKETING. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA,
18., 2021, [S.I]. Anais [...]. [S.I]: Faculdades Dom Bosco, 2021. p. 1-13.

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