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Apostila Saude Mental - Geizilene Gomes

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SAÚDE MENTAL

GRACIENE FERREIRA MENDES


Apostila

SAÚDE MENTAL

PROFª GEIZE BASTOS


BREVE HISTÓRICO DA PSIQUIATRIA

A’’ loucura ‘’ é tão antiga quanto o homem, no entanto com a evolução da sociedade e da medicina, os portadores
de transtornos mentais tiveram por vários séculos, somente os hospitais psiquiátricos fechados como forma de
tratamento. A psiquiatria nasceu dentro de asilos e da necessidade de abrigar, proteger, cuidar, investigar,
diagnosticar e tratar indivíduos que fossem acometidos pela loucura.

A Psiquiatria é um campo que se dedica ao estudo e ao tratamento das doenças mentais. Ela é, na verdade, uma
especialidade da Medicina e, para se tornar um psiquiatra, o profissional deve se formar médico e depois fazer a
residência na área.

Muitas vezes, vista de forma distorcida (por conta do preconceito social que, por séculos, circulou entre as
pessoas que sofrem com algum tipo de distúrbio), a psiquiatria é uma área da Saúde bastante interessante e
com uma história muito rica. Neste texto, contamos um pouco sobre o desenvolvimento dessa ciência.

Como as doenças mentais começaram a ser estudadas?

Há muitos relatos na história sobre personagens que foram acometidos por algum tipo de sofrimento mental. Os
imperadores romanos Nero e Calígula são dois nomes proeminentes que, pelo que se sabe, teriam sofrido de
doenças da mente.
Hipócrates, conhecido como o pai da Medicina, foi o primeiro a afirmar que a epilepsia era uma doença do cérebro e
não um problema causado por espíritos. Nesse momento da história, começou a noção de que os órgãos de um corpo
— dentre eles, o próprio cérebro — também seriam responsáveis pela criação do pensamento e das emoções.

Podemos dizer que a psiquiatria se iniciou, então, no final do século 18, quando o

médico francês Philippe Pinel começou a classificar os doentes separando o que seria um desvio social de uma
enfermidade mental. Ele passou a criar uma linguagem que configuraria a nova especialidade da Medicina.

Quais foram os rumos da psiquiatria?


o nome de uma brasileira ganhou destaque na história: a médica Nise da Silveira. Ela, ao trabalhar em um hospital
psiquiátrico no Rio de Janeiro na década de 1940, começou a testar novos tratamentos mais humanitários.
Segundo ela, os doentes mentais só precisavam ser tratados “como seres humanos
Silveira passou a experimentar os princípios da terapia ocupacional com doentes mentais, fazendo-os experimentarem
a arte em ateliês de pintura e modelagem.

Ela também usou a convivência com cães e gatos — que ela chamou de “coterapeutas” — como parte do tratamento.

O fato é que a Psiquiatria evoluiu muito ao longo de sua história. O avanço dos conhecimentos científicos
acerca do cérebro e as descobertas na área farmacêutica têm feito os psiquiatras terem acesso a remédios
mais eficientes para auxiliar no tratamento de seus pacientes.

Além disso, o estudo de certas substâncias, como o uso de canabidiol e de drogas psicodélicas, prometem
tratamentos inovadores que podem melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.
Hoje, já se sabe que os transtornos mentais são doenças tratáveis e que merecem a mesma consideração que as
demais. O psiquiatra é um profissional essencial no cuidado desses pacientes.

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL -CAPS

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é uma instituição brasileira que visa à substituição dos hospitais
psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios - e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas. Os CAPS,
instituídos juntamente com os Núcleos de Assistência Psicossocial (NAPS), através da Portaria/SNAS nº 224 - 29 de
Janeiro de 1992,[1] atualizada pela Portaria nº 336 - 19 de Fevereiro de 2002,[2] são unidades de saúde
locais/regionalizadas que contam com uma população adscrita definida pelo nível local e que oferecem atendimento
de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar, em um ou dois turnos de 4 horas,
por equipe multiprofissional, constituindo-se também em porta de entrada da rede de serviços para as ações relativas
à saúde mental.

PROPOSTA

Esse serviço oferece três modalidades de tratamento (intensivo, semi-intensivo, e não intensivo), que variam de acordo
com a necessidade do indivíduo. O atendimento intensivo trata-se de atendimento diário oferecido quando a pessoa se
encontra com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social e familiar,
precisando de atenção contínua. No semi-intensivo, o usuário pode ser atendido até doze dias no mês, modalidade
oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de
relacionamento. Deve-se ressaltar que o usuário ainda necessita de atenção direta da equipe do serviço para se
estruturar e recuperar sua autonomia. O atendimento não intensivo é oferecido quando a pessoa não precisa de
suporte da equipe para conviver na sociedade e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho, podendo ser
atendido até três dias no mês.

Terapia
Logo, para ser atendido no CAPS, pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado pelo Programa de
Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa também pode ir sozinha, mas na maioria dos casos é
levada pela família, devendo ser acolhida em seu sofrimento a fim de construir um vínculo terapêutico e de confiança
entre o profissional e o indivíduo que procura o serviço. Posteriormente é traçado um projeto
terapêutico individual, construído de forma estratégica para atender as atividades de maior interesse para eles, respeitando
o contexto em que estão inseridos, e atendendo também as suas necessidades.

O usuário neste momento também se compromete a cooperar com o tratamento, seguindo as prescrições médicas,
participando de oficinas culturais, grupos terapêuticos, atividades esportivas, oficinas expressivas (dança, técnicas teatrais,
pintura, argila, atividades musicais), oficinas geradoras de renda (marcenaria, cerâmica, bijuterias, brechó, artesanato em
geral), e oficinas de alfabetização o que possibilita exercitar a escrita e a leitura, como um recurso importante na
(re)construção da cidadania, oferece atividade de suporte social, grupos de leitura e debate, que estimulam a criatividade, a
autonomia, e a capacidade de estabelecer relações interpessoais impulsionando-os à inserção social.

Essas oficinas podem contar com a participação da família e da comunidade, que são muito importantes para o processo de
reabilitação e reinserção das pessoas portadoras de transtorno mental, pois produzem um grande e variado conjunto de
relações de troca, reforçando os laços sociais e afetivos e proporcionando maior inclusão social desses membros. A
proposta de cuidado ao portador de transtorno mental no interior dos CAPS é baseada em ações que visam a sua
reabilitação psicossocial, pela busca de autonomia e de cidadania, ressaltando a integridade e as influências
biopsicossociais no tratamento a ser executado. Dessa forma o CAPS será um instrumento que viabiliza a relação entre a
família e
usuário e entre o usuário e a instituição, incentivando a participação dos familiares, profissionais, e da comunidade nos
projetos propostos a fim de gerar uma parceria.[3]

Apesar deste sofrimento e desta sobrecarga, que o transtorno mental causa, percebe-se que a família é o elo mais próximo
que os usuários têm com o mundo, por isso ela desenvolve um papel importante para seu o tratamento. O indivíduo
encontra no serviço um apoio, no qual se estabelece uma relação de encontros com outros usuários e profissionais,
mantendo-se diálogos relacionados às suas necessidades, desejos, histórias e conhecimentos específicos, trazendo uma
troca de experiências, e principalmente um laço afetivo com os seus cuidadores.

Equipe
Segundo a Portaria 336/2002 do Ministério da Saúde, o CAPS deve possuir uma equipe multiprofissional constituída
de psiquiatras, neurologistas, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psic ólogos, assistentes sociais,
musicoterapeutas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, monitores e estagiários, entre outros
profissionais, sendo um serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais,
em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência. [2] Ainda segundo a Portaria 130/2012, o
atendimento realizado pelo CAPS deve incluir ações dirigidas aos familiares e o comprometimento com a construção dos
projetos terapêuticos de inserção social.[4]

Estes serviços devem ser substitutivos e não complementares ao hospital psiquiátrico. De fato, o CAPS é o núcleo de uma
nova clínica, produtora de autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do
seu tratamento.

Modalidades

• CAPS I — Destinado a um território com população entre 20 000 e 70 000 habitantes (critério para implantação) e é
referência para um território com população de até 50 000 habitantes. Não há limite de idade para a utilização. O
atendimento ao paciente inclui, além de medicamentoso e de psicoterapia, visita domiciliar e atendimento à família.[2][4]
• CAPS II — Destinado a um território com população entre 70 000 e 200 000 habitantes (critério para implantação) e é
referência para um território com população de até 100 000 habitantes. Não há limite de idade para a utilização. O
atendimento ao paciente inclui,
além de medicamentoso e de psicoterapia, visita domiciliar e atendimento à família.[2][4]
• CAPS III — Destinado a um território com população acima de 200 000 habitantes (critério para implantação) e é
referência para um território com população de até 150 000 habitantes. Não há limite de idade para a utilização. O
atendimento ao paciente inclui, além de medicamentos e de psicoterapia, visita/atendimento domiciliar e atendimento à
família. O CAPS III constitui-se no principal dispositivo CAPS e presta um serviço de atenção contínua, durante 24
horas, diariamente, incluindo feriados e finais de semana, com capacidade de acolhimento, observação e repouso
noturno. No caso da necessidade do usuário utilizar o leito noturno, a utilização não pode exceder sete dias
consecutivos ou dez dias não consecutivos. Desempenha o papel de principal regulador da porta de entrada da rede
assistencial em saúde no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial e é também o principal dispositivo
substitutivo da internação em hospital psiquiátrico. É a mais complexa modalidade de CAPS para a prestação do
atendimento em transtorno mental.[2][4]
• CAPSi II — Destina-se ao atendimento de crianças e adolescentes e é concebido para atender preferencialmente
portadores de transtornos mentais graves. Pode também atender, eventualmente, usuários de álcool e outras drogas.
Destinado a um território com população acima de 200 000 habitantes, é referência para um território com população de
até cerca de 200 000 habitantes ou outro parâmetro populacional definido pelo gestor local. O atendimento ao paciente
inclui, além de medicamentoso e de psicoterapia, visita/atendimento domiciliar e atendimento à família.[2][4]
• CAPS ad II — Destina-se ao atendimento de usuários com transtornos mentais decorrentes do uso e dependência de
substâncias psicoativas (incluindo o álcool). Recebe esses usuários para tratamento e recuperação, com ênfase na
redução de danos, com o estímulo a novos hábitos, visando à diminuição de internações hospitalares para
desintoxicação e outros tratamentos. Destinado a um território com população acima de 70 000 habitantes. O
atendimento ao paciente inclui, além de medicamentoso e de
psicoterapia, visita/atendimento domiciliar e atendimento à família.[2][4]
• CAPS ad III — É destinado a proporcionar atenção integral e contínua a usuários com transtornos mentais decorrentes
do uso e dependência de substâncias psicoativas (incluindo o álcool), com funcionamento durante as 24 horas do dia,
inclusive nos feriados e finais de semana. Foi idealizado para atender a uma população de 200 000 a 300 000
habitantes por unidade. Nas capitais dos Estados, todos os CAPS ad II passam a ser CAPS ad III. Em cada região de
abrangência, o município sede deverá, através de um plano de ação regional, indicar um hospital geral de referência
para o CAPS ad III - Regional, que funcione como apoio qualificado a usuários que apresentem quadros de abstinência,
intoxicação aguda ou agravos clínicos relacionados ao consumo de álcool e outras drogas. O atendimento ao paciente
inclui, além de medicamentoso e de psicoterapia, visita/atendimento domiciliar e atendimento à família.[4]
FATORES DE INFLUÊNCIA NOS TRANSTORNOS MENTAIS
O ser humano funciona como um todo, vários fatores influenciam ao mesmo tempo no comportamento humano, é importante
tentar conhecer mais as pessoas que estamos atendendo, saber do que gostam, o que querem e do que vivem, tudo isso torna
mais fácil o nosso contato e a nossa relação, favorecendo um relacionamento mais estreito para a ação terapêutica.

#FATORES FÍSICO E BIOLÓGICO: São alterações no corpo de forma geral e compreendem:

• Fator genético ou hereditário: predisposição que o individuo pode desenvolver através de distúrbio físico-químico,
podendo levar a um transtorno mental.
• Fatores pré-natais: as condições de gestação podem interferir na saúde mental do feto.
• Fatores peri-natais: durante o nascimento do RN, pode correr dano neurológico devido traumas, hipóxia cerebral.

# FATORES NEUROENDÓCRINOS: relação entre alterações hormonais e reação cerebral, influenciam o estado de humor e até
desenvolver estado psicótico.

# FATOR LIGADO A DOENÇA ORGANICA: pode ocorrer o transtorno como consequência de determinada doença (infecção,
trauma, abuso de drogas).

#FATORES AMBIENTAIS: nossas atitudes e escolhas diárias.

#TRANSTORNO: é o conjunto de sintomas que envolvem sofrimento pessoal e interfere nas funções que o individuo precisa
exercer em sua vida. O transtorno mental precisa ser identificado para que possa ser tratado adequadamente.

# TRANSTORNO DE HUMOR: É chamado de transtorno afetivo, pois caracteriza as dificuldades na área do afeto, que é a nossa
capacidade de vivenciarmos internamente nossos sentimentos.

#DEPRESSÃO: apresenta tristeza com perda de autoestima, falta de animo, cansaço fácil, desejo de fuga, anorexia, perda de peso,
insônia, inutilidade. A depressão pode ser moderada ou grave.

# TRANSTORNO DE ANSIEDADE: constitui grande parte da demanda psiquiátrica, são classificadas em:

• Transtorno de ansiedade generalizada: permanece em estado de irritação, impaciência e apreensão.


• Transtorno fóbico ansioso: sintomas de ansiedade ocorrem diante de objetos.
• Fobia especifica: medo específico de objetos e situações.
• Fobia social: medo de se expor em ambientes ou diante de pessoas.
• Agorafobia; medo de espaços abertos ou multidões.

# TRANSTORNO DO PANICO: ataques de pânico sem motivo inicial, com diversos sintomas característicos de alteração do
sistema nervoso tais como: taquicardia, taquipneia, dor no peito, estomago, sudorese, tremores, tontura, ect...

#TRANSTORNO ESQUIZOFRENICO: apresenta funções perceptíveis alteradas, vê, ouve e sente coisas que não são reais ,
chamadas de alucinações. Os sentimentos e pensamentos são vazios, sem sentido.

#TRANSTORNO ALIMENTAR

• Anorexia nervosa: não consegue comer, emagrecendo exageradamente.


• Bulimia: ato de a pessoa provocar vômitos após a ingestão de alimento pelo medo de ganhar peso.
• Hiperfagia: é a fome insaciável, fazendo com que a pessoa coma compulsivamente.
MEIOS DE DIAGNOSTICOS PARA CONFORMAÇÃO DAS DOENÇAS MENTAIS.

O diagnóstico pode ser realizado por meios de:

• ENTREVISTA (anamnese): colhida com o paciente e com a família.


• EXAME CLÍNICO: verificando o estado mental e a condição orgânica do paciente. Nesse exame são realizados testes e
exames especializados que possibilitam o diagnostico.

TRATAMENTO DAS DOENÇAS MENTAIS


Os tratamentos são realizados de forma somatória ou psicoterapêutica.
• SOMATÓRIO: é a utilização das terapias farmacológicas e da terapia eletroconvulsionante.
• PSICOTERAPEUTICA: psicoterapia individual, em grupo ou familiar, associando-se o udo de técnicas de terapia de
comportamento. é importante destacar que muitas doenças mentais necessitam de tratamento em combinação, ou seja,
a utilização de fármacos e de psicoterapia.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Existe muitos fármacos que pode, ser utilizados na saúde mental ao profissional da enfermagem cabe:

• Conhecer a que grupo de drogas controladas o medicamento pertence;


• Conhecer o efeito desejado e indesejado do medicamento;
• Conhecer especificamente o cuidado necessário a cada medicamento desde o seu preparo, administração e descarte do
frasco-ampola;
• Conhecer o controle dos psicotrópicos;
• Realizar leitura da bula possibilitando ao profissional familiarizar-se com a droga, seus efeitos desejados.

TIPOS DE FÁMACOS

São substâncias que alteram a atividade psíquica:

• promovendo alterações na percepção e no pensamento;

• aliviando sintomas de transtornos psiquiátricos.

 Principais classes:

• Hipnóticos e ansiolíticos( BZD )

• Antidepressivos
• Estabilizadores de humor
• Antipsicóticos

HIPNÓTICOS E SEDATIVOS
 BENZODIAZEPÍNICOS( BZD )
utilizados no tratamento de transtornos ansiosos e depressivos; síndrome de abstinência
ao álcool; anticonvulsivantes (cessarumacrise); hipnóticose relaxante muscular.

LONGA DURAÇÃO

CURTA DURAÇÃO

ANTIDEPRESSIVOS
quadros depressivos (bipolares, esquizofrenia);

transtornos ansiosos (transtornodopânico,TAG,TOC e estresse pós-traumático); bulimiae TDAH. o


ATENÇÃO!!!
o Risco para superdosagem(ideação suicida); o Exige restrição do consumo de álcool; o Evitar retirada
abrupta(insônia ,agitação opsicomotora,ansiedaderebote).
ESTABILIZADOR DE HUMOR ( anticonvulsivantes )

utilizado na emergência e no transtorno afetivo bipolar; devem ser mantidos como


profilático; eficaz em quadro de mania aguda; dose terapêutica próxima da dose
máxima; efeitos colaterais: tremores/ganho de peso/alterações na tireoide

ANTIPSICÓTICOS( neurolépticos )
usado no controle de delírios e alucinações; controle de agitação
psicomotora(tranquilizantes maiores); indicações:
• Esquizofrenia/Distúrbios no comportamento do Alzheimer e Parkinson;

• Comportamento de violência impulsiva/Episódios de mania.

NEUROLÉPTICOS TÍPICOS
eficazes no combates dos sintomas positivos (delírios e alucinações); efeitos colaterais:
tremores/rigidez/inquietação.

EFEITOS DAS SUBSTANCIAS NO SISTEMA NERVOSO

As drogas podem ser depressoras, estimulantes ou perturbadoras da atividade do sistema nervoso central, cujo
órgão principal é o cérebro.
Depressoras– diminuem a atividade do cérebro, deixando o indivíduo"desligado". Reduzem a tensão emocional, a atenção,
a concentração, a memória e a capacidade intelectual. Podem produzir sonolência, embriaguez e até coma. São depressores
o álcool, os barbitúricos (soníferos), os ansiolíticos(tranqüilizantes), os sedativos(calmantes),o ópio e a morfina.
Estimulantes – aumentam a atividade do cérebro, fazendo com que a pessoa fique"ligada", "elétrica". As principais são as
anfetaminas, anicotina (presente no cigarro)e a cocaína, que geralmente inibem as sensações de fome, cansaço e sono,
podendo produzir estados de excitação e aumento da ansiedade.
Perturbadoras– também chamadas de alucinógenas, modificam a qualidade da atividade do cérebro, que passa a funcionar
de forma anormal. Alteram a percepção e o pensamento e produzem alucinações e delírios. As principais são a maconha, o
ecstasy e o LSD.

TERAPIA ELETROCONVULSIONATE

É a terapia que utiliza descarga elétrica no cérebro, produzindo uma convulsão, é um tratamento eficaz para depressão grave,
sendo utilizados em alguns serviços com pacientes hospitalizados. É uma terapia segura e raramente provoca complicações
graves.

PSICOTERAPIA

Tratamento realizado por terapeuta que aplica no paciente técnicas psicológicas, fazendo uso da relação que se desenvolve entre
o profissional e o paciente. Pode ser realizado por: psiquiátricos, psicólogos clínicos, serviço social, enfermeiros, entre outros que
tenham capacitação para tal. Pode ser:

• PSICOTERAPIA DINAMICA: é baseada em auxiliar o paciente a compreender suas estruturas e conflitos internos que
podem estar gerando os sintomas e dificuldade nas suas relações.
• Terapia cognitivo-comportamental: é uma terapia direcionada as distorções de pensamento do paciente.
• TERAPIA INTERPESSOAL: é orientada para as alterações ou perdas que o paciente esteja enfrentando.
• Terapia comportamental: consiste em orientar para o desenvolvimento de novas estratégicas que possibilitem ao
paciente modificar a sua forma de agir e reagir mediante as situações por ele vivenciada.

A FAMILIA NA ASSISTENCIA AO PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL


A família historicamente foi excluída do tratamento dispensado às pessoas com transtorno mental, pois os hospitais
psiquiátricos eram construídos longe das metrópoles, o que dificultava o acesso dos familiares a essas instituições. Outro
fator que permeava a relação da família com o portador de transtorno mental era o entendimento de que ela era a produtora
da doença, uma vez que o membro que adoecia era considerado um bode expiatório, aquele que carregava todas as
mazelas do núcleo familiar e deveria ser afastado daqueles considerados responsáveis pela sua doença. Desse modo,
restava à família o papel de encaminhar seu familiar à instituição psiquiátrica para que os técnicos do saber se incumbissem
do tratamento e da cura(1).

Esse distanciamento da família esteve presente na relação sujeito-loucura até aproximadamente a década de 80 do
século passado(1), quando emergem novas possibilidades referentes ao papel e ao relacionamento da família com o portador
de transtorno mental. Essas perspectivas ocorrem em face das novas políticas na área da saúde mental, consequência do
movimento da reforma psiquiátrica que acontece no país e orienta a transição dos espaços de tratamento da instituição
coercitiva e restritiva para serviços comunitários de atenção à saúde.

Diante dessa nova realidade, a temática família e saúde mental vem despertando o interesse das várias áreas do
conhecimento, haja vista que o novo modelo de assistência em saúde mental, exige a participação da sociedade, o trabalho
em equipe e a inclusão da família no cuidado à pessoa com transtorno mental (2).

A família, portanto, deve ser considerada como ator social indispensável para a efetividade da assistência psiquiátrica e
entendida como um grupo com grande potencial de acolhimento e ressocialização de seus integrantes. Exemplos de
transformação no campo da saúde mental que tem exigido a inclusão da família no plano de cuidados são a criação e
ampliação de uma rede comunitária de atendimento às pessoas com transtorno mental e a redução do tempo de internação
em instituição psiquiátrica(2).

Cuidar da pessoa com transtorno mental representa para a família um desafio, envolve sentimentos intrínsecos à vivência
de um acontecimento imprevisto e seus próprios preconceitos em relação à doença. Isso implica em perceber o ser humano
como ser de possibilidades, capacidades e potencialidades, independente das limitações ocasionadas pelo transtorno
mental(3).

Ainda, é preciso considerar que a convivência da família com o portador de transtorno mental nem sempre é harmoniosa, é
permeada por tensões e conflitos, uma vez que é nesse espaço que as emoções são mais facilmente expressas. Assim, a
família, como grupo de convivência, requer de seus integrantes a capacidade constante de repensar e reorganizar suas
estratégias e dinâmica interna(4-5). Exige dos sujeitos o respeito à individualidade, pois apesar das pessoas habitarem a
mesma casa, há uma diversidade de formas de ser e estar no mundo, uma vez que elas pensam, interpretam os fatos e se
comportam de forma diferente.

ENFERMAGEM COMO INSTRUMENTO TERAPEUTICO


Consideramos que a assitencia de enfermagem se estabelece no tripé: humanização, relacionamento terapêutico e
comunicação terapêutico.

O objetivo da enfermagem psiquiátrica não é o diagnóstico clinico ou apenas a intervenção medicamentosa,


mas o compromisso com a qualidade de vida cotidiana do individuo em sofrimento psíquico. Assim, o enfermeiro
deve ser preparado para atuar em novos modelos de atenção, assumindo novas tarefas e adequando-se as
mudanças advindas da politica de saúde mental. O enfermeiro está cada vez mais atuante e consciente de seu novo
papel e tem condições de explorar diversas modalidades terapêuticas.

A enfermagem lida com a dor e o sofrimento do ser humano desde que se conhece como enfermagem. É inerente à
profissão o cuidado prestado ao indivíduo e à sua família de maneira a garantir-lhes boas condições de saúde física e
mental e permitir o autodescobrimento de mecanismos de enfrentamento das adversidades, da dor e do sofrimento que
determinadas ocasiões impõem.

RELACIONAMENTO ENFERMEIRO – CLIENTE

O enfermeiro possui uma ferramenta singular que pode ter mais influência sobre o cliente do que qualquer medicamento ou
terapia . para tanto, faz-se necessário uma autoanálise que constitui um aspecto essencial para ser capaz de fornecer os
cuidados de enfermagem terapêuticos, como:

• Autoconsciência;

• Esclarecimento dos valores;

• Exploração dos sentimentos

• Capacidade de servir como exemplo;

• Senso de ética e responsabilidade

CONTENÇÃOFÍSICA

A contenção física se caracteriza pela imobilização do paciente por várias pessoas da equipe que o seguram
firmemente no solo. Nesse caso, não se utiliza nenhum dispositivo mecânico, apenas técnicas manuais para limitar as ações
do paciente, quando esse oferece perigo para si e para terceiros, caracterizando como intervenção de segurança e não
como recurso terapêutico.
A contenção física do paciente é utilizada para segurar, conduzir e restringir os movimentos físicos do paciente. Para que a
técnica seja usada de forma adequada sem correr os riscos de ferir seriamente o paciente ou o profissional ou ambos,
necessita de no mínimo cinco profissionais para executá-la.
Para justificar o uso mínimo de cinco profissionais na contenção física, deve-se pela distribuição deles nas partes do corpo a
serem seguras: uma para cada membro superior, uma para cada membro inferior, um para o tórax e cabeça. Dessa forma é
possível, na maioria das vezes contermos de forma adequada o paciente, evitando que ocorram riscos de grandes lesões
para ele e para os profissionais.
Na contenção física, a força é tão importante quanto o posicionamento, também o conhecimento sobre a imobilização das
áreas corporais do paciente. Existem situações em que o paciente é muito alto, muito forte ou está muito agressivo e serão
necessários mais do que cinco pessoas para contê-lo.

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