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Lesões Intraepiteliais
Escamosas do Colo Uterino
(LSIL/HSIL)
Dra. Claudia Pires
HISTÓRICO:
.Em 1988 o National Cancer Institute (USA) em
Bethesda, Maryland propôs um sistema de guia para a interpretação dos esfregaços cervicovaginais. .Esse sistema foi modificado em 2001 e aprovado no Congresso Americano. .Esse sistema baseia- se em uma classificação bimodal que divide as lesões intraepiteliais escamosas em BAIXO (correspondendo à NIC I) e ALTO GRAU (correspondendo ao NIC II e NIC III). Isso é baseado nos aspectos morfológicos aliados à conduta terapêutica e ao HPV. .Esse sistema também tem como objetivo unificar a linguagem mundial e associar o diagnóstico citologia/histopatologia. .As lesões precursoras do Carcinoma Escamoso da Cervice Uterina,então, foram divididas em: a)Lesão Intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) (NIC I/ displasia leve)
Historicamente compreende a uma lesão com
certa preservação da estrutura do epitélio de origem (epitélio escamoso). Normalmente é um processo autolimitado, causado por vários sorotipos de HPV (tanto de alto como de baixo risco oncogênico). CRITÉRIOS HISTOLÓGICOS (NIC I):
-Epitélio escamoso ainda com preservação da
maturação, embora esta esteja alterada. -Associação com efeito citopático pelo HPV principalmente nas camadas superiores do epitélio escamoso. -Atipias celulares mais frequentes nas células maduras. -Disceratose -Bi ou multinucleação -Hiperplasia da camada basal CRITÉRIOS CITOLÓGICOS:
- O fundo do esfregaço, normalmente é limpo.
- Correspondendo aos achados histológicos, as células anormais no esfregaço derivam das células maduras superficiais e intermediárias displásicas. -Coilócitos -Aumento discreto na relação núcleo/citoplasma. -Hipercromasia (não intensa). -Cromatina relativamente uniforme. -Contorno nuclear ligeiramente irregular. b)Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) (NIC II/ NIC III, displasia moderada , displasia severa, carcinoma in situ)
Esse grupo de lesões exibe uma variedade de
padrões histopatológicos e citopatológicos capazes de causar controvérsia diagnóstica mesmo nos observadores mais experientes. -CRITÉRIOS HISTOLÓGICOS (NIC II):
.Maturação epitelial alterada, com camadas
desorganizadas. .Atipias nucleares em todas as camadas, principalmente nas profundas. .Cromatina grosseira .Coilócitos menos frequentes .Mitoses típicas e atípicas em várias camadas CRITÉRIOS HISTOLÓGICOS (NIC III):
.São semelhantes as NIC II, porém mais
acentuados. .Perda da maturação e desorganização em todas as camadas do epitélio. .Coilócitos raros ou ausentes. .Células imaturas. .Mitoses atípicas podendo ser observadas em todas as camadas. CRITÉRIOS CITOLÓGICOS:
.O fundo do esfregaço mostra inflamação.
.Aumento da relação núcleo/citoplasma. .Núcleo irregular, hipercromático. .Cromatina fina ou grosseira. .Membrana nuclear irregular. .Células isoladas ou em grupos. .Células mais imaturas e menores. A correlação entre os exames de citologia e histopatologia no nosso serviço está em torno de mais de 90,0%. Fato esse , de extrema importância para nós, pois é uma medida de qualidade e para o profissional que pode ter sempre o seu trabalho avaliado, com a possibilidade de rever seus critérios diagnósticos. O carcinoma de células escamosas do colo uterino é a segunda causa de morte por câncer no mundo.
Ele se desenvolve a partir de lesões pré-
cancerosas, que são lesões com potencial de evoluir para lesão invasiva, se não tratadas e/ou detectadas precocemente. Hoje já conhecemos o papel preponderante do HPV no desenvolvimento das lesões precursoras do câncer do colo do uterino, bem como na lesão invasora; principalmente aqueles com alto poder oncogênico. Os Human Papilloma Virus (HPV) são vírus da família Papillomaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa. Composto por dupla fita de DNA E assim começa ou continua essa história? PREVENÇÃO O Papel da Citopatologia OBRIGADA.