DM LuisSantos 2015
DM LuisSantos 2015
DM LuisSantos 2015
2015
9
Instituto Politécnico do Porto
Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão
Relatório de estágio
Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial
Orientação: Professora Doutora Isabel da Silva Lopes
Coorientação: Professor Doutor Venceslau Manuel Magalhães Correia
10
Luís Manuel Maia Fernandes dos Santos
Relatório de estágio
Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial
Membros do Júri
Presidente
Professor Doutor Luís Carlos Ramos Nunes Pinto Ferreira
Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão – Instituto Politécnico do Porto
Professora Doutora Isabel da Silva Lopes
Departamento de Produção e Sistemas - Universidade do Minho
Professora Doutora Cristina Maria dos Santos Rodrigues
Departamento de Produção e Sistemas - Universidade do Minho
11
A todas as pessoas que sonham e que tudo fazem,
para os transformar em realidade.
12
AGRADECIMENTOS
13
RESUMO ANALÍTICO
14
ABSTRACT
The present work appears within the scope of the accomplishment of the
thesis of the Master’s Degree on Industrial Engineering and Management. Its
purpose is the improvement in management of the Facilities Department, in a
company producing electrical motors for the automotive industry, through the
analysis, implementation and improvement of a maintenance management software
application, in order to increase the department efficiency. This study was developed
during an internship at Globe Motors Portugal Lda, located in Vila do Conde.
In order to ground it, a functional analysis supported by a maintenance
management software has been performed, so to understand its importance in the
operation of the Facilities Department. It was intended to understand the advantages
and disadvantages of using it.
Later on, a new version of this software was implemented, by analyzing the
strong points and the improvement opportunities in order to make the Facilities
Department more efficient, through the use of this renewed work tool.
As ultimate goal, the improvement of the organization and management of
the Facilities Department was intended, contributing to a sustainable development of
the whole company, as we share the idea that we can be competitive, in a highly
demanding market, only through efficient processes, enabling cost reduction at all
levels.
15
Sumário
16
4.4.1 - Estado das ordens de trabalho ................................................................ 47
4.4.2 - Consulta de ordens de trabalho ............................................................... 50
4.4.3 - Relatórios das ordens de trabalho ........................................................... 51
4.5 - Relatórios ....................................................................................................... 53
4.5.1 - Relatórios Financeiros ............................................................................. 53
4.5.2 - Relatórios técnicos .................................................................................. 55
4.6 - Indicadores .................................................................................................... 59
4.7 - Síntese do desempenho do atual software .................................................... 62
4.8 - Requisitos do novo software .......................................................................... 63
PARTE V – IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA VERSÃO .............................................. 65
5.1 - Processo de implementação .......................................................................... 65
5.2 - Novas funcionalidades do software ............................................................... 67
5.2.1 - Equipamentos .......................................................................................... 67
5.2.2 - Ordens de trabalho .................................................................................. 69
5.2.3 - Planeamento das ordens de trabalho ...................................................... 70
5.2.4 - Previsão de custos .................................................................................. 72
5.2.5 - Contabilização de custos e histórico ........................................................ 73
5.2.6 - Relatórios das Ordens de trabalho .......................................................... 75
5.3 - Relatórios ....................................................................................................... 78
5.3.1 - Relatórios financeiros .............................................................................. 79
5.3.2 - Relatórios técnicos .................................................................................. 81
5.4 - Indicadores de manutenção ........................................................................... 83
5.4.1 - Indicadores financeiros ............................................................................ 83
5.4.2 - Indicadores técnicos ................................................................................ 85
5.4.3 - Indicadores de gestão ............................................................................. 87
5.5 - Avaliação do desempenho do novo software ................................................ 88
PARTE VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 90
6.1 - Conclusões .................................................................................................... 90
6.2 - Propostas de trabalhos futuros ...................................................................... 92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 95
ANEXOS ................................................................................................................... 97
Anexo A - Relatório de custo por tipo de trabalho .................................................. 98
Anexo B - Relatório de custos por grupo de equipamentos ................................... 99
Anexo C - Relatório de custos por ordens de trabalho......................................... 100
Anexo D - Quantidade de ordens de trabalho por tipo de manutenção ............... 101
17
Anexo E - Tempos planeados/realizados na manutenção preventiva por grupo de
equipamentos ...................................................................................................... 102
Anexo F - Tempos planeados/realizados na manutenção preventiva por
equipamento ........................................................................................................ 103
Anexo G - Ordens de trabalho por responsável ................................................... 104
Anexo H - Gráfico E15 - Custos de manutenção corretiva/ Custos de manutenção
total ...................................................................................................................... 105
Anexo I - Gráfico E16 - Custos de manutenção preventiva/Custos de manutenção
total ...................................................................................................................... 106
Anexo J - Gráfico T1 - Disponibilidade relacionada com a manutenção .............. 107
Anexo K - Gráfico T17 - MTBF- Mean Time Between Failures ............................ 108
Anexo L - Gráfico T21 – MTTR – Mean Time To Repair...................................... 109
Anexo M - Gráfico O05 - Horas de mão de obra planeada/Total horas de mão de
obra disponível ..................................................................................................... 110
Anexo N - Gráfico O16 - Horas de manutenção corretiva/Total horas de
manutenção ......................................................................................................... 111
Anexo O - Gráfico O18 - Horas de manutenção preventiva/Total horas de
manutenção ......................................................................................................... 112
18
Lista de ilustrações
8
Figura 33 - Projeção de funcionamento de acordo com o histórico ........................... 68
Figura 34 - Listagens de OT`S em diferentes estados .............................................. 70
Figura 35 - Mapa do planeamento dos trabalhos associados aos equipamentos ..... 70
Figura 36 - Visualização do plano mensal dos trabalhos .......................................... 71
Figura 37 - Cálculo dos tempos de manutenção ....................................................... 71
Figura 38 - Atribuição de indisponibilidades .............................................................. 72
Figura 39 - Custos previstos e realizados numa O.T. de manutenção preventiva .... 72
Figura 40 - Total de custos realizados numa O.T. de manutenção corretiva ............ 75
Figura 41 - Elaboração do relatório do trabalho ........................................................ 76
Figura 42 - Relatório do trabalho completo de uma O.T. .......................................... 77
Figura 43 - Máscara de seleção de tipos de relatórios .............................................. 78
9
Lista de tabelas
10
Lista de siglas e acrónimos
11
TDE - Tempo de espera de atendimento
TDM - Tempo de manutenção
TDR - Tempo de Reparação
TF - Tempo de Funcionamento
TI - Tecnologias de Informação
TIA - Tempo de indisponibilidade por avaria
12
PARTE I - INTRODUÇÃO
13
O objetivo último deste estudo, visa identificar as oportunidades de melhoria
a serem implementadas futuramente, após a conclusão deste estágio.
14
1.4 - Estrutura do Relatório
PARTE I - Introdução
A parte introdutória, contempla o enquadramento do relatório de estágio, os
objetivos do trabalho, a metodologia utlizada e estrutura do relatório.
15
PARTE VI – Considerações finais
Por fim, na sexta parte, são efetuadas as considerações finais e
apresentadas as propostas de melhoria a implementar, dando continuidade ao
trabalho realizado durante o estágio efetuado.
16
PARTE II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Na década de 60, esta área nasceu nos Estados Unidos da América (EUA),
devido à necessidade que os gestores de edifícios tiveram em lidar com dois factos
importantes.
Em primeiro lugar à distribuição dos espaços nos edifícios de escritórios,
através da popularização do uso de divisórias que foram adotadas e que vieram a
desenvolver-se gradualmente em favor de sistemas móveis, mostrando-se cada vez
mais sofisticados. Estas divisórias permitiram ter capacidade de fornecer ao
trabalhador privacidade visual e, em alguns casos, sonora.
Em segundo lugar, a necessidade de introduzir cada vez mais pessoas nos
locais de trabalho e a preocupação de lhes conferir condições adequadas veio
desafiar os gestores de instalações, Facility Managers, a tentarem resolver os mais
variados tipos de problemas e questões relacionadas com tudo o que poderia
interferir nesse espaço (EuroFM, 2015).
Na década de 70, a área do Facility Management (FM) foi identificada como
profissão nos EUA, sendo este País pioneiro nesta área de investigação
multidisciplinar.
Na década de 80 acabaria por ser fundada a National Facility Management
Association (NFMA), para expressar a necessidade de existência de uma
organização constituída por profissionais desta área na indústria privada.
17
Um ano após a fundação da NFMA a sua designação foi alterada para
International Facility Management Association (IFMA), designação que se mantém
até hoje. A partir desta mudança estratégica, quer a organização quer o Facility
Management, enquanto área de estudo, começaram a ter um crescimento acelerado
(IFMA, 2015).
Na década de 90, foi criada a European Facility Management Network
(EFMN) como sendo o resultado da fusão de 3 associações europeias: a Associação
Holandesa FM, nomeada de FMN, a Associação Dinamarquesa de FM, designada
de DFM, e o Centro Britânico para Facilities Management (EFNM, 2015).
Em Portugal o Facility Management é uma área de investigação bastante
recente, começando agora a existir uma aposta mais acentuada quer na
investigação, quer na formação. Nesse sentido, é comumente aceite que o processo
de desenvolvimento foi despoletado pela criação da Associação Portuguesa de
Facility Management (APFM), que tem acionado ferramentas importantes para a
divulgação e desenvolvimento da área.
A APFM, que trabalha em parceria com EFM, visa uma gestão integrada dos
locais e ambientes de trabalho, com o objetivo de melhorar os espaços, os
processos e as tecnologias envolventes, sendo esta, vocacionada para todos
aqueles que se dedicam à gestão de imóveis, aos que têm esta função
subcontratada e para os que prestam serviços relacionados com esta área (APFM,
2015).
18
integração de processos dentro da organização para manter e desenvolver os
serviços acordados que apoiam e melhoram a eficácia das atividades primárias de
cada organização.
Entre outras definições, pode salientar-se a fornecida pelo British Institute of
Facilities Management BIFM (2015), “Facilities management is the integration of
multi-disciplinary activities within the built environment and the management of their
impact upon people and the workplace”, ou seja, a área de estudo do FM é a
integração de atividades multidisciplinares dentro do ambiente construído e a gestão
do seu impacto sobre as pessoas e o local de trabalho.
A definição apresentada pela International Facility Management Association
IFMA (2015), “The practice of coordinating the physical workplace with the people
and work of the organization; Integrates the principles of business administration,
architecture, and the behavioral and engineering sciences”, traduzida pela prática de
coordenar o posto de trabalho físico com as pessoas e o trabalho da organização;
integra os princípios da administração de empresas, arquitetura, e das ciências
comportamentais e da engenharia.
David Armstrong, um dos fundadores da IFMA escreveu o seu famoso artigo
onde descreve a função central de FM que é: integrating people, process and place.
Foi em 1984, no "Relatório IFMA # 1”' que o uso do modelo ' People, Process and
Place' se tornou conhecido. O modelo está representado na Figura 1.
19
Segundo Teicholz, (2001) , o Institute of Facility Management descreveu o
FM como ”as managing and coordinating interrelated “people, process, and place”
issues and functions within the corporation or organization.”, ou seja como um
processo capaz de articular a gestão e a coordenação de funções dentro da
empresa ou organização, relacionando “pessoas, processos e lugares”.
Lavy (2008) também definiu FM como “a profession that encompasses
multiple disciplines to ensure functionality of the built environment by intergrading
people, place, process and technology”, que se pode traduzir como sendo a
profissão que engloba várias disciplinas para assegurar a funcionalidade construindo
um ambiente integrando pessoas, lugares, processos e tecnologia, e identificou as
responsabilidades dos profissionais de Instalações sob nove áreas funcionais
principais. Rondeau et al. (Cit. Lavy, 2008) listou as seguintes áreas funcionais:
Das diferentes definições nota-se que estas convergem numa ideia principal
destacada por Nik-Mat, Kamaruzzaman e Pitt, (2011), a Gestão de Instalações é
uma gestão de recursos que combina pessoas e experiência em gestão de
processos para fornecer serviços vitais de apoio à organização.
Em todas as definições apresentadas é destacado o facto desta atividade
profissional tratar de diversas disciplinas como forma de assegurar a funcionalidade
do ambiente construído, integrando pessoas, espaços, processos e tecnologias,
tendo como objetivo o apoio a atividade principal da organização.
20
Após definir a área de estudo é necessário indicar a entidade que a põe em
prática. O Facility Manager é a pessoa que tem a responsabilidade de entender a
organização, os seus objetivos e coordenar os diversos processos de apoio
necessários.
2.2 – Manutenção
21
considerada uma função imprescindível durante a 2.ª Guerra Mundial. Foi,
sobretudo, a partir do período pós-guerra que muitos países desenvolvidos
consolidaram o seu desempenho industrial com base nesta função.
O grande progresso do conceito registou-se quando deixou de ser
considerada como atividade acessória de uma organização, passando a ser
reconhecida como uma função vital, de sobrevivência na procura de mudanças
estratégicas à escala global, que obrigou as empresas à adaptabilidade em novos
mercados, de modo a identificar recursos, visando a competitividade e a excelência.
Atualmente, para além de ter um cariz particularmente técnico, a
manutenção abraça também um vasto conjunto de atividades destinadas a
responder a diversas exigências de cariz legal, de certificação, de segurança e de
sustentabilidade.
Fonte: NP EN 13306:2007
23
do bem e/ou dos parâmetros significativos desse funcionamento, integrando
as ações daí decorrentes (NP EN 13306:2007).
24
Manutenção corretiva imediata (MCI) – Manutenção corretiva que é
efetuada imediatamente após a deteção de um estado de falha, para evitar
consequências inaceitáveis (EN NP 13306:2007).
O estudo, análise e melhoria de qualquer processo tem uma importância cada vez
mais relevante em qualquer empresa. Ao nível da gestão de manutenção das
infraestruturas, um software de gestão da manutenção é, hoje, uma ferramenta
indiscutível para o apoio à gestão da manutenção (Cabral, 2013).
25
Segundo Kans (2008), a tecnologia da informação (TI) pode ser uma
ferramenta importante para alcançar a eficiência e a eficácia da manutenção, desde
que seja correta e relevantemente aplicada.
O nível correto de TI aplicada, que consiste em ter uma funcionalidade
adequada e necessária para o planeamento, condução e acompanhamento das
atividades de manutenção de acordo com o estado de manutenção e uma estratégia
adaptada, contribuirá para o sucesso da gestão de manutenção (Kans, 2008).
Atualmente, a maioria das empresas que pretendem instalar um software de
gestão da manutenção pensam que estas aplicações, por si só, irão aumentar a
disponibilidade e produtividade da manutenção. Segundo Kans (2008), mesmo a
mais recente tecnologia implementada numa empresa não irá trazer quaisquer
benefícios, se as pessoas não souberem lidar com ela ou, se os objetivos da
empresa não se enquadrarem numa política de tão avançada tecnologia.
O software de gestão da manutenção tem de ser ajustado à sua realidade,
de modo a poder cumprir com o seu objetivo, provocar melhorias na própria
metodologia da manutenção e permitir um bom planeamento, ganhos de eficiência e
redução de custos, para que, de facto, funcione em pleno e se torne uma vantagem
competitiva para a organização. Dessa forma, deve enquadrar-se as funcionalidades
do software com as políticas, objetivos e metas traçadas para esta área. Com esta
definição do estado pretendido, é possível esboçar o desenho para o alcance das
metas e objetivos, operacionalizando todo o sistema para que possa ser atingido o
alvo pretendido, através de mecanismos de eficiência (Cabral, 2013)
A manutenção, seguindo os padrões de exigência da qualidade, tem-se
submetido ao ajustamento legal que impreterivelmente imputa o cumprimento de
todos os requisitos pré-determinados. A norma NP EN ISO 9001:2008 exige,
genericamente, que exista manutenção e que esta esteja delineada de acordo com
as boas práticas do estado de arte (Cabral, 2013).
Atualmente, a importância da verificação dos recursos ao dispor da
manutenção, quer humanos quer materiais, tem uma elevada relevância. Deve ser
identificada a forma como esses recursos são usados, como são planeadas as
intervenções de manutenção, de modo a perceber-se o que terá o software de
gestão que englobar para poder dar resposta a esses requisitos. Por último, deve
ser definido qual o grau de maturidade da organização relativamente à utilização de
software de gestão da manutenção, de forma a adaptar-se o sistema à realidade
26
atual. No caso de a empresa já utilizar um software de gestão, devem ser
identificadas quais as funcionalidades atuais do software (Cabral, 2013).
De acordo com Kans (2008), a fase de determinação dos requisitos do
sistema de informação é tida como crítica, uma vez que os requisitos estão na base
do funcionamento de todo o sistema. Caso os requisitos para o software de gestão
da manutenção fiquem mal definidos, aquando da operacionalização do sistema,
não irá ser possível, por exemplo, obter indicadores ou introduzir informação
importante para a gestão, de modo a fazer face a tal problema.
Kans (2008) propôs uma metodologia para determinar as necessidades e
requisitos de um sistema de informação para a gestão da manutenção. Sendo que a
determinação dos requisitos do sistema se inicia com a análise das metas da
organização. Estas afetam, posteriormente, as metas individuais e específicas da
manutenção, dado que os objetivos da manutenção estão sempre dependentes dos
objetivos da gestão de topo. Através deste cenário, pretende-se determinar qual o
grau de abrangência do sistema e quais as funcionalidades que se adequam à
realidade. A fase sequencial para a sua aplicabilidade na empresa, passa pela
necessidade de se analisar o estado atual do sistema de informação.
O software de gestão da manutenção é uma ferramenta para sistematizar
os processos de manutenção e para que traga grandes resultados, a sua
implementação requer investimentos e comprometimento das equipas de
manutenção na fase de adaptação e na fase de acompanhamento diário, pois os
critérios para manutenção são definidos a partir do conhecimento dos equipamentos
e experiência dos técnicos de manutenção.
Desta forma, poder-se-á seguir uma metodologia adaptada às necessidades
que a empresa apresenta, introduzindo a informação suficiente e necessária para
otimizar o processo com mais segurança e eficiência.
Um software de gestão de manutenção é uma ferramenta base para se
poder obter melhores resultados no desempenho dos bens. O objetivo é conseguir
concretizar, da melhor forma, a execução das intervenções de manutenção
preventiva de modo a minimizar as intervenções corretivas.
Segundo Carnero e Novés (2006), através da utilização de um sistema de
informação para a manutenção, é possível diminuir o tempo de resposta e reduzir o
tempo de inatividade dos equipamentos, diminuindo assim a frequência de falhas
nos equipamentos.
27
O software de manutenção é uma ferramenta de trabalho onde toda a
informação é agregada, permitindo planear e acompanhar todas as atividades de
manutenção. É necessário avaliar se o custo de implementação e de manutenção do
software tem um retorno visível do investimento pois, caso contrário, corre-se o risco
de se colocar um “elefante branco” na empresa ou até pior, o risco de trazer uma
nova ferramenta para burocratizar, atrasar a manutenção e gastar tempo precioso
dos colaboradores sem trazer valor acrescentado à empresa (Cabral, 2013).
28
Tabela 1 - Fatores de influência da manutenção e indicadores de desempenho da manutenção
29
significa que os dados que constituem o indicador devem estar relacionados com o
objetivo definido.
De acordo com a NP EN 15341:2009, na seleção de indicadores pode-se
seguir duas abordagens possíveis:
Escolher de uma lista de indicadores existentes, quais os que, após análise,
preenchem os requisitos;
Começar por avaliar os diversos processos de manutenção que podem ser
obtidos por análise funcional.
30
PARTE III – APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
31
3.1 - Historial da Globe Motors Portugal
A Globe Motors foi fundada na América em 1940 por Max Isaacson, não
tendo na altura nenhum produto definido.
Em 1947, Max Isaacson juntamente com uma pequena equipa de trabalho,
criou e produziu uma miniatura, o motor 0.01 Horsepower D.C., com velocidade de
18.000 rpm, o motor ideal para pequenas ventoinhas, permitindo o arrefecimento do
equipamento eletrónico das aeronaves.
Em 1960, a companhia desenvolveu uma vasta gama de componentes que
foram incorporados nos sistemas do cliente. Isto permitiu uma linha inteira de
32
produtos com controlo contínuo, tais como, acionadores rotativos e lineares, bombas
e ventiladores.
Em 1970, após ter sido adquirida pela empresa TRW (1967), a Globe Motors
começou a desenvolver projetos comerciais, reduzindo o custo de produção, através
da utilização de peças de moldes e incorporando componentes plásticos no seu
design.
A Globe Motors está sediada nos E.U.A em Dayton, no Estado do Ohio, com
unidades fabris em Dothan, Alabama, (Reynosa) México e no Porto, dedicando-se à
produção de motores, atuadores, bombas e ventiladores para as indústrias
automóvel, aeronáutica e militar.
Por sua vez, a Globe Motors Inc, faz parte do Grupo Norte-americano Allied
Motion, cujo mercado assenta também em soluções tecnológicas de motores
/atuadores.
33
Aeroespacial e mercados da Defesa, Aviação Comercial, Sistemas
Aerospaciais, Sistemas de Defesa, Veículos em série não tripulados, NASA,
entre outros.
Em outubro de 2013, a Allied Motion adquire o grupo Globe Motors, sendo
esta a sua mais recente aquisição, Figura 4. Juntas, são a base sobre a qual a
Allied Motion está a construir o seu futuro como um fornecedor líder na indústria
de motores/atuadores eletromagnéticos, mecânicos e eletrónicos.
35
3.4 - Departamento de Facilities
Gestor de Infraestruturas
Técnico eletricista
Técnico geral
Técnico de armazém de peças de reserva
37
As intervenções de manutenção são executadas por técnicos pertencentes
ao Departamento de infraestruturas e por técnicos de empresas subcontratadas,
cumprindo com os requisitos internos e legais aplicáveis a cada área de atividade.
Devido a esta dimensão, torna-se cada vez mais importante ter um software
eficaz de apoio à gestão da manutenção, a fim de permitir a máxima eficiência do
Departamento de Infraestruturas, como também das restantes áreas da empresa:
equipamentos de produção, equipamentos do laboratório e equipamentos da oficina.
A empresa Globe Motors iniciou a sua atividade de produção no ano de
2002, sendo no início a gestão da manutenção efetuada de uma forma minimalista
através de ferramentas básicas. As atividades eram planeadas através das folhas de
cálculo e todas as atividades eram registadas sempre que se consideravam
relevantes para o histórico da manutenção em registos manuscritos.
Em 2006, a empresa decidiu adquirir um software de gestão de manutenção
(Manwinwin, versão 2.0).
A partir desse momento todas as atividades de manutenção passaram a ser
registadas no referido software. Criou-se a base de dados dos equipamentos e
iniciou-se o processo de registo das atividades de manutenção corretiva e elaborou-
38
se posteriormente os planos de manutenção preventiva para cada bem. Até ao início
do ano 2015 este software não teve atualizações significativas, apenas foram
atualizadas e melhoradas as bases de dados relativas a equipamentos e aos planos
de manutenção preventiva.
39
PARTE IV – O SOFTWARE DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO
40
As restantes funções não foram utilizadas porque não estavam
comtempladas neste módulo de gestão da manutenção, incluindo:
o Recursos específicos para gestão de frotas e gestão de calibrações;
o Organização e codificação de materiais;
o Documentação e gestão de pedidos à manutenção;
o Gestão de armazém;
o Gestão de encomendas;
o Orçamento e controlo de gestão da manutenção.
1.2.1-Tipo de objetos
1.2-Parque 1.2.2-Familias
1.3.1-Tipos de trabalhos
1- Parametrização 1.3.2-Biblioteca (não parametrizado)
1.3.3-Tipos de obra (não parametrizado)
1.3-Trabalhos 1.3.4-Motivos de reprogramação
1.3.5-Sintomas
1.3.6-Causas
1.3.7-Factores de horas extra
1.6.1-Uilizadores
1.6-Utilizadores e acessos
1.6.2- Acessos
41
Além da parametrização geral, foi efetuada a introdução no programa dos
dados necessários relativos aos equipamentos de forma a possibilitar a sua
interligação com as ordens de trabalho de manutenção corretiva, preventiva, e
possibilitar posteriormente a análise do histórico de manutenção.
Os dados introduzidos na base de dados dos bens, foram os que estão
assinalados a negro na Tabela 5. Os parâmetros assinalados a vermelho, não foram
introduzidos por não terem sido considerados relevantes para o projeto.
Documento
Documentos
Fornecedor
Data da instalação
Preço
Responsável
Anos de vida
Garantia
Outros dados
Contrato de manutenção
Calcular registo (se aplicável)
jornada (se aplicável)
Registo (se aplicável)
Cartão frota
42
Devido à necessidade de se criar uma codificação de simples leitura e
compreensão, foi escolhida uma nomenclatura composta por quatro dígitos (XX.XX),
onde os primeiros dois dígitos indicam o grupo de objetos, como se pode ver no
exemplo da Figura 6, em que o grupo 05 representa o grupo dos objetos “ar
condicionado”. Os outros dois dígitos relacionam-se com o número do objeto dentro
desse grupo. Exemplo: 05.01 AC McQuay MCC020+MLC020 - Engenharia
43
4.3 - Registo de atividades corretivas e instruções de manutenção
44
Figura 7 - Ficha de manutenção preventiva (FMP) no Manwinwin
45
Para criar ordens de manutenção preventiva com base nas fichas de
manutenção “standard” no programa de manutenção é necessário introduzir os
seguintes campos:
Objeto;
Tipo de trabalho (inspeção / revisão);
Descrição (exemplo: Manut. Preventiva 3M CL19);
Periodicidade (unidade e quantidade);
Última data de execução;
Selecionar datas fixas (opção);
Responsável;
Link da ficha de manutenção “standard” associada ao objeto.
46
Com as fichas de manutenção “standard”, o processo para criar as ordens
de trabalho preventivas torna-se mais simples e mais flexível.
47
curso”. As OT`S de manutenção preventiva, seguem a sequência dos estados, a
seguir apresentados.
48
Terminado – Neste estado as atividades de manutenção já se encontram
realizadas, Figura 13 e já foi atribuída uma data e hora de fim da manutenção. Para
as atividades de manutenção preventiva, o término da ordem de trabalho coincide
com a geração de uma nova ordem de trabalho de acordo com a periodicidade pré
definida;
Nesta versão existe uma outra limitação que consiste na impossibilidade de criar
ordens de trabalho no caso em que no menu “Estado trabalho” esteja selecionada a
opção “Em histórico”, Figura 15.
49
4.4.2 - Consulta de ordens de trabalho
Período de execução;
Responsável.
50
Desta forma torna-se difícil a análise e gestão dos trabalhos em termos de
planeamento e programação.
51
Este módulo de gestão de manutenção não permite associar nas OT`S, os
materiais consumidos e o custo dos serviços externos utilizados. Como resultado,
algumas análises não podem ser realizadas devido a esta falta de informação. Caso
sejam efetuadas, os resultados obtidos não são fiáveis, em termos de custos e
histórico.
Na Figura 19 pode-se visualizar o relatório de uma ordem de trabalho que se
encontra concluída (em histórico), a qual apresenta algumas informações relevantes
em termos de análise.
Na mesma figura pode-se visualizar, conforme assinalado a falta de dados
importantes que não se conseguem obter, impossibilitando efetuar análises
financeiras corretas, devido à falta de introdução dos custos dos materiais “artigos
aplicados” e custos de serviços externos “serviços”.
52
4.5 - Relatórios
53
Figura 20 - Análise financeira por tipos de manutenção
54
Figura 22 - Análise financeira por ordens de trabalho
Este relatórios deveriam ser mais flexiveis de forma a permitir ordenar os custos em
cada uma das rubricas: mão de obra, materias, serviços e, principalmente, o custo
total.
55
(opções selecionadas a vermelho); b) por grupo de equipamentos (opções
selecionadas a azul). Passa-se a apresentar alguns exemplos de relatórios obtidos
através da utilização do programa.
56
Figura 24 - Listagem do histórico de manutenção por OT`S
57
Relatório Resumo histórico - Este relatório mostra (Figura 26) de forma
resumida os custos com a manutenção nas vertentes mão de obra, sem materiais e
serviços, e os tempos de intervenção de cada trabalho.
58
4.6 - Indicadores
59
Com base nos indicadores anteriormente mencionados, pode-se obter
outros tipos de análises. A Figura 29 mostra para um determinado grupo de
equipamentos “ar comprimido” um relatório que permite visualizar em simultâneo
para cada um dos equipamentos do grupo em análise, o número de intervenções e o
respetivo tempo de manutenção associado.
60
Figura 30 - Manutenção por tipo de trabalhos
61
O indicador (MWT), tempo de espera (TDE) é igual a zero porque não existe
o módulo de gestão de pedidos de manutenção e quando é criada uma ordem de
trabalho, a data de início (pedido de execução do trabalho) coincide com a data de
elaboração da OT (inicio do trabalho).
62
Não têm flexibilidade de análise, não permitem, por exemplo, ordenar
segundo um determinado critério uma listagem de uma análise técnica
ou financeira.
Indicadores
Indicadores financeiros: não existem, não permitindo efetuar uma
gestão adequada.
Indicadores de gestão: esta versão também não possui.
Indicadores técnicos: o MWT (tempo médio de espera) é sempre zero
horas, porque não existe o módulo de gestão de pedidos de
manutenção.
63
Após a avaliação efetuada, optou-se por efetuar uma atualização ao
software existente, devido à nova versão 5.3 satisfazer as necessidades pretendidas
e a ter um investimento inferior comparativamente a outras opções analisadas.
64
PARTE V – IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA VERSÃO
Parque de equipamentos;
Ordens de trabalho;
Custos de Manutenção;
Análises & Indicadores.
65
curso e programadas que foram transferidos da versão anterior. Este trabalho foi
efetuado em parceria com a equipa técnica e com o Departamento de TI.
A fase seguinte foi formar a equipa técnica de forma a perceberem o
funcionamento da nova versão, para os habilitar a executar as mesmas tarefas que
efetuavam na versão anterior.
Como se pretende evoluir nas funcionalidades que a versão anterior não
permitia e considera-se importante estarem disponíveis, passou-se a efetuar testes
para confirmar a disponibilidade ou não das mesmas.
Após a conclusão desta fase, o trabalho a desenvolver foi explorar as
funcionalidades que a nova versão disponibiliza e validar as que são relevantes para
a implementação de melhorias, tal como a nova forma de efetuar a análise e
planeamento dos trabalhos através das ordens de trabalho.
Depois destas validações, foi efetuada uma análise aos relatórios e
indicadores de desempenho que seriam importantes extrair do software para a
gestão corrente da manutenção das infraestruturas. Foi preciso analisar em conjunto
com o fornecedor do software e com o Departamento de TI, qual a forma de poder
associar os custos de materiais e serviços externos às ordens de manutenção, para
a obtenção dos relatórios e indicadores, de modo a serem verdadeiras fontes de
informação para gerir.
Após a definição dos procedimentos de implementação da nova versão,
procedeu-se à validação dos mesmos e dos resultados obtidos. Posteriormente
analisou-se a possibilidade de efetuar novas implementações de melhorias no
sentido de reduzir tempos administrativos.
Em colaboração com o Departamento de TI, desenvolveu-se uma aplicação
informática que faz a atualização diária da base de dados das peças de reserva
existentes no armazém para o software Manwinwin de forma a tornar mais rápido a
introdução dos artigos consumidos nas ordens de trabalho. Desta forma permite
atribuir às OT`S a quantidade de peças de reserva utilizadas, com o respetivo
código, designação técnica e a valorização da mesma de uma forma simples.
Também em parceria com o Departamento de TI, desenvolveu-se uma
interface com o programa de gestão de encomendas a fornecedores que permite
que todos os custos externos associados a uma determinada OT, sejam
incorporados na OT de forma automática sem qualquer esforço da equipa técnica.
66
Após a implementação destas melhorias, apresentou-se novas propostas no
sentido de tornar todos os processos mais rápidos, para contribuir para o aumento
da eficiência do Departamento de infraestruturas.
5.2.1 - Equipamentos
67
t
68
Facilidade de registo da mão-de-obra, materiais e serviços, onde se pode
registar e consultar, quer estando na opção do parque de máquinas, nas ordens de
trabalho ou em custos.
As novas funcionalidades referidas trazem um impacto positivo a nível da
gestão das infraestruturas, ao nível de economia de tempo, na pesquisa e nas
diversas análises relacionadas com os equipamentos como:
Redução de tempo na pesquisa de equipamentos, pois as listagens aparecem
sempre ordenadas pelo código mandante, que é o número de manutenção
dos equipamentos/bens.
Maior facilidade em efetuar projeções para intervenções de manutenção em
função de tempos de funcionamento ou em função da data de calendário.
Visualizar a partir de qualquer equipamento quais as peças críticas que lhe
estão associadas e existentes em armazém.
Visualizar os planos de manutenção, ordens de trabalho, que estão
associados ao equipamento, permitindo ter uma indicação real de qual é o
estado de manutenção.
Efetuar ou consultar qualquer tipo de registo relacionado com mão de obra e
materiais.
Nesta nova versão o estado das ordens de trabalho passou de quatro para
três estados, foi eliminado o estado, “em histórico”, simplificando e reduzindo o
número de passos a efetuar desde a criação da ordem de trabalho até terminar o
processo de manutenção da ordem de trabalho.
Ao nível da gestão das ordens de manutenção, existe agora a possibilidade
de visualizar todas as ordens de trabalho na mesma lista independentemente do seu
estado; programadas, em curso ou terminadas, quer se selecione um equipamento,
como no exemplo da Figura 34, ou um grupo de equipamentos, ou um técnico de
manutenção ou ainda outra opção.
69
Figura 34 - Listagens de OT`S em diferentes estados
70
dia diferente do que estava programado, caso não estejam ajustadas às
capacidades reais disponíveis (Figura 36).
Esta funcionalidade permite de uma forma fácil, sem ter que abrir a ordem de
trabalho, alterar a data de programação, simplesmente selecionando com o cursor a
ordem de trabalho e movendo-a para a data pretendida.
71
Facilidade em efetuar o cálculo da indisponibilidade por avaria. Após efetuar
o cálculo dos tempos, permite em simultâneo efetuar o cálculo da indisponibilidade
do equipamento, que pode afetar só o próprio equipamento, o grupo de
equipamentos a que pertence, o subsistema que é área funcional ou até toda a
organização consistindo na paragem de toda a empresa (Figura 38).
72
Desta forma consegue-se:
A elaboração de um plano anual dos custos;
A análise da capacidade da mão de obra interna disponível, face à mão de
obra atribuída às ordens de trabalho de manutenção preventiva;
Obter um valor para o tempo que estará disponível para as intervenções de
manutenção corretiva em função da mão obra interna da equipa de
manutenção.
Rubricas internas:
73
Mão de obra interna
Materiais de armazém
Rubricas Externas
74
Documentos - serviços externos
As tarefas realizadas;
Os custos da mão de obra interna;
Os artigos consumidos;
75
Os custos dos serviços externos;
Os relatórios dos serviços externos e outros documentos.
76
não permite visualizar a informação introduzida na OT no separador “Documentos”
(Figura 42).
77
5.3 - Relatórios
78
Os relatórios que a empresa vai passar a analisar e que não utilizava
anteriormente porque os dados obtidos não eram fiáveis, são os seguintes:
A nível financeiro:
Custos por tipo de trabalho;
Custos por grupo de equipamentos;
Custos por ordens de trabalho.
A nível Técnico:
Quantidade de ordens de trabalho por tipo de manutenção;
Tempos planeados/realizados de manutenção preventiva;
Ordens de trabalho por responsável.
79
relatório ainda não representa a realidade, uma vez que ainda não está
implementada a atribuição dos custos totais.
Na análise deste relatório, apresentado no Anexo A, pode-se verificar que
dentro do Departamento de infraestruturas e para o ano de 2014, o tipo de trabalho
Inspeção/revisão (manutenção preventiva) representa 48% dos custos de mão de
obra, o segundo maior custo é relativo a ações de melhoria 27% e só aparece em 3º
lugar o tipo de trabalho “avaria” (manutenção corretiva) com 17%. No seguimento
das melhorias efetuadas já vai ser possível existirem dados reais e de forma que as
análises vão ter um valor acrescentado para o departamento e para a empresa.
80
5.3.2 - Relatórios técnicos
82
5.4 - Indicadores de manutenção
Redução de custos;
Melhoria da eficiência das atividades de manutenção;
A organização do trabalho;
O aumento da fiabilidade do equipamento.
83
E16 e E19, que serão os adequados para iniciar o processo de melhoria de
eficiência do Departamento.
Na expressão de cálculo para cada indicador, quando se considera o “Custo
total de manutenção” referido na norma, só vão ser contabilizados nas análises
efetuadas, os custos de mão de obra interna, custos dos materiais consumidos nas
intervenções de manutenção e os custos de serviços externos, todos os restantes
custos mencionados não são considerados no calculo de cada indicador financeiro.
Em termos de âmbito das análises, o critério será aplicado a todos os
equipamentos e bens sob a responsabilidade das Infraestruturas.
85
Pela análise do gráfico apresentado no Anexo J, verifica-se que no primeiro
semestre do ano 2015 e para o grupo de equipamentos “ar comprimido” a
disponibilidade operacional foi de 99,95%. Apesar de este valor parecer muito bom,
para o grupo de equipamentos em análise e devido à implicação direta que tem com
o processo produtivo, o objetivo anual do Departamento é de 100%. O valor de
99,95% deveu-se a uma ocorrência no mês de Abril que provocou que uma
disponibilidade operacional de 99,71%. Esta ocorrência foi o suficiente para o não
cumprimento do objetivo anual.
86
5.4.3 - Indicadores de gestão
Este indicador permite através do rácio das horas de mão de obra utilizadas
em atividades de manutenção preventiva e o total de mão de obra de manutenção,
obter informação relevante sobre a forma como um Departamento de gestão de
manutenção está a gerir a mesma.
Para o grupo de equipamentos das Infraestruturas e durante o ano de 2014,
(Anexo O) pode-se constatar que está a ser utilizada 56.38% de mão de obra interna
em ações de manutenção preventiva, relativamente ao total de mão-de-obra
utilizadas em todas as ações de manutenção.
88
a nível do parque de equipamentos (objetos) permite agora efetuar a
identificação dos equipamentos de uma forma mais simples e flexível, com a
possibilidade de atribuir o grau de criticidade para cada equipamento,
também como a possibilidade de efetuar projeções de funcionamento.
89
PARTE VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.1 - Conclusões
90
Esta ideia suportou o âmbito deste estudo, desencadeando uma análise
detalhada do software de gestão de manutenção que a empresa utilizava, de forma
a perceber quais as suas potencialidades e limitações para a gestão das
Infraestruturas.
Após esta investigação, o resultado do objeto do estudo efetuado resultou
em dados que evidenciavam lacunas, nomeadamente, ao nível do registo de
informação e respetivo tratamento, penalizando a obtenção de informação útil que
permitisse exercer uma melhor gestão do Departamento de infraestruturas. Através
desta constatação, apontou-se para uma evolução sustentada, no sentido de
apostar num software que permitisse aumentar a eficiência da gestão das
Infraestruturas.
Assim, procedeu-se a uma atualização do software existente, substituindo-o
por uma nova versão. Esta mudança ocorrida obrigou a um acompanhamento
minucioso de modo a avaliar todo o sistema, necessitando de ajustes e correções
por forma a facilitar o trabalho dos utilizadores.
O sucesso desta alteração só foi possível pelo trabalho desenvolvido em
parceria com os elementos que compõem a equipa de manutenção de
infraestruturas em parceria, com o Departamento de tecnologias de informação e
com o fornecedor do software. No terreno, com o desenvolvimento do trabalho,
abriram-se novas perspetivas em relação à compreensão das dificuldades na
aplicação prática do software, que a realidade dos factos evidenciou. Assim, as
aprendizagens surgiram através da compreensão dos fenómenos e a equipa técnica
passou a perceber a importância da introdução de novos dados no software,
começando a confrontar-se com uma realidade diferenciada, espelhada na obtenção
de resultados, relatórios e indicadores que, a partir deste trabalho, se conseguem
obter.
As evidências decorrentes desta substituição, provocaram graus
diferenciados ao nível da motivação e do moral de toda a equipa.
A aposta na mudança por parte da organização neste software, permitiu
visualizar as potencialidades da sua utilização, uma vez que acede a dados mais
completos e fiáveis, agilizando as tomadas de decisão, a harmonização dos
recursos, tanto humanos como económicos, bem como do objetivo último deste
estudo, o aumento da eficiência da gestão das infraestruturas e redução dos custos
globais da organização.
91
6.2 - Propostas de trabalhos futuros
Parque de equipamentos
Pedidos de Manutenção
Ordens de trabalho
Indicadores
94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIFM - BIFM - The professional body for facilities management [Em linha], atual.
2015. [Consult. 19 jun. 2015]. Disponível em WWW:<URL:zotero://attachment/63/>.
EFNM - European Facility Management Network [Em linha], atual. 7 jul. 2015.
[Consult. 7 jul. 2015]. Disponível em WWW:<URL:http://www.eurofm.org/>.
EUROFM - What is FM [Em linha], atual. 2015. [Consult. 11 jul. 2015]. Disponível
em WWW:<URL:http://www.eurofm.org/index.php/what-is-fm>.
GLOBE MOTORS - Globe Motors Products [Em linha], atual. 21 jun. 2015.
[Consult. 21 jun. 2015]. Disponível em WWW:<URL:http://www.globe-
motors.com/about.html>.
95
KANS, Mirka - An approach for determining the requirements of computerised
maintenance management systems. Computers in Industry. ISSN 01663615.
59:1 (2008) 32–40. doi: 10.1016/j.compind.2007.06.003.
TEICHOLZ, Eric - Facility Design and Management Handbook. [S.l.] : McGraw Hill
Professional, 2001. ISBN 978-0-07-150030-2.
96
ANEXOS
97
Anexo A - Relatório de custo por tipo de trabalho
98
Anexo B - Relatório de custos por grupo de equipamentos
99
Anexo C - Relatório de custos por ordens de trabalho
100
Anexo D - Quantidade de ordens de trabalho por tipo de manutenção
101
Anexo E - Tempos planeados/realizados na manutenção preventiva por grupo
de equipamentos
102
Anexo F - Tempos planeados/realizados na manutenção preventiva por
equipamento
103
Anexo G - Ordens de trabalho por responsável
104
Anexo H - Gráfico E15 - Custos de manutenção corretiva/ Custos de manutenção total
105
Anexo I - Gráfico E16 - Custos de manutenção preventiva/Custos de manutenção total
106
Anexo J - Gráfico T1 - Disponibilidade relacionada com a manutenção
107
Anexo K - Gráfico T17 - MTBF- Mean Time Between Failures
108
Anexo L - Gráfico T21 – MTTR – Mean Time To Repair
109
Anexo M - Gráfico O05 - Horas de mão de obra planeada/Total horas de mão de obra disponível
110
Anexo N - Gráfico O16 - Horas de manutenção corretiva/Total horas de manutenção
111
Anexo O - Gráfico O18 - Horas de manutenção preventiva/Total horas de manutenção
112