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REVISÂO ATUALIDADES EM PSICOLOGIA CLÍNICA

PROFESSORA: DRa Delaine de Sousa Silva Álvares

 A terapia Cognitivo Comportamental que foi fundada no início dos anos


60 por Aaron Beck, Neurologista e Psiquiatra norte-americano. Beck
propôs, inicialmente, um “modelo cognitivo da depressão” e que
posteriormente evoluiu para a compreensão e tratamento de outros
transtornos. Essa abordagem é bastante específica, clara e direta. É
utilizada para tratar diversos transtornos mentais de forma eficiente. Seu
objetivo principal é identificar padrões de comportamento, pensamento,
crenças e hábitos que estão na origem dos problemas, indicando, a
partir disso, técnicas para alterar essas percepções de forma positiva.
Essa terapia se destina tanto ao tratamento dos diferentes transtornos
psicológicos e emocionais como a depressão, ansiedade, transtornos
psicossomáticos, transtornos alimentares, fobias, traumas, dependência
química, entre outros.

 Haley (1998) afirma que no aprendizado da Psicoterapia é necessário


integrar a teoria com a prática, sendo um dependente do outro,
incluindo, também, a supervisão como ponto crucial para um bom
resultado; ele diz que o aprendizado da Psicoterapia não significa
somente assimilar um conjunto de habilidades, porque o instrumento de
trabalho é o próprio terapeuta:
Terapias diferentes podem atingir desfechos semelhantes por meio de
processos distintos
Os desfechos são diferentes, mas a diferença não é detectada com as
estratégias de pesquisa adotada.
Diferentes terapias incorporam fatores comuns que são curativos,
embora não enfatizados pela teoria de mudança central das técnicas
psicoterapêuticas em particular.
 Psicoterapia de fundamento existencial visa ajudar o paciente a
encontrar e a viver a sua autenticidade. O paciente é encorajado a
encontrar a si mesmo em um mundo construído a partir de pressões
sociais e influências do ambiente externo e de pessoas alheias as suas
convicções.

Os psicólogos que praticam a psicologia existencial precisam adentrar no


mundo dos pacientes para compreendê-los. Experiências de vida, objetivos e
relacionamentos interpessoais são considerados para fazer a análise da
individualidade do paciente. Ao mesmo tempo, o psicólogo o vê como mais do
que a soma de suas partes. O ser que aceita a si mesmo é mais autêntico e
verdadeiro. Ele é o centro de sua própria existência, usufruindo de toda a
capacidade de seu livre arbítrio para construir a vida desejada. As suas
escolhas expressam quem ele é e qual seu propósito de vida. Esse ser não é
um observador passivo, mas, sim, o observado. Essa psicoterapia emprega
uma variedade de abordagens, mas os elementos principais são a liberdade e
a responsabilidade.

 A clínica social nasce como prática que se pretende realizar de forma


ampla, envolvida com a construção de novas formas de atuação. A partir
da década de 80, os profissionais “psi” passam a atender a uma
clientela oriunda das classes populares em que é inevitável a dimensão
social, que, por sua vez, convoca a necessidade de outra escuta e de
outra intervenção

Tanto a psicoterapia individual quanto a terapia familiar oferecem uma


abordagem de tratamento e uma maneira de compreender o comportamento
humano. Como abordagens de tratamento, ambas possuem virtudes. A terapia
individual pode fornecer o foco concentrado para ajudar a pessoa a enfrentar
seus medos e aprender a se tornar, mais integralmente
A terapia de aceitação e compromisso, frequentemente chamada de ACT, é
uma terapia cognitivo-comportamental de terceira onda que tem por objetivo
aumentar a flexibilidade psicológica. Essa terapia é baseada em estratégias de
aceitação, mindfulness e comprometimento a fim de obter uma mudança no
comportamento.

A Terapia Cognitiva Comportamental é uma abordagem da psicoterapia


baseada na combinação de pressupostos da psicologia cognitiva e da
psicologia comportamental.
Os terapeutas individuais reconheceram a importância da vida familiar na
formação da personalidade, mas supunham que essas influências eram
internalizadas-e que a dinâmica intrapsíquica tornava-se a força dominante que
controlava o comportamento.

 A clínica psicanalítica freudiana introduz a questão: um elemento como


força motriz do processo terapêutico; assim, essa clínica se enquadra
em moldes individualistas. O paradigma da psicoterapia como espaço
fortalece o imaginário de que a clínica mais efetiva para tratar os
sofrimentos psíquicos seja a clínica individual. O elemento fundamental
no tratamento psicoterapêutico é o segredo/ sigilo.

 A clínica psicológica se caracteriza não pelo local em que se realiza – o


consultório –, mas pela qualidade da escuta e da acolhida que se
oferece ao sujeito: a escuta e a acolhida do excluído do discurso.
Portanto, ser psicólogo clínico implica determinada postura diante do
outro.

A Psicologia, ou melhor, as psicologias, devem encontrar seu


compromisso social, pois o eu não se constitui sem o outro, ou seja, não
há individualismo que se sustente na ausência do social.

Assim, não importa em que lugar ou espaço o ato clínico aconteça, seja
no âmbito privado ou público, numa relação diádica, grupal ou coletiva.
Este será sempre um fazer psicológico que se pautará em concepções
teóricas e metodológicas que refletirão essa postura diante do
sofrimento

o ato clínico se pautará muito mais por uma ética do que por
referenciais teóricos fechados. (Dutra, 2004, s/p)

 A partir da década de 1970, o pensamento pós-moderno começa a


ocupar um lugar de referência e traz como uma de suas principais
características a não aceitação de definições e explicações totalizantes
(Grandesso, 2000). Moscheta (2014) enfatiza que a pós-modernidade
abre espaço para os múltiplos discursos, legitima as diferenças em
nossas descrições de mundo e defende a contextualização histórica e
cultural de qualquer afirmação científica.

Esse movimento se pauta nos princípios de imprevisibilidade, incerteza e de


impossibilidade de um conhecimento objetivo.

Essas perspectivas trazem como uma de suas premissas a ideia de que as


pessoas se constroem e constroem seu mundo dentro das relações. Destaca-
se também a reflexividade e a consideração da base contextual do significado,
permeado por sua contínua negociação (Grandesso, 2000; Moscheta, 2014)

As repercussões da pós-modernidade na psicologia brasileira e em especial na


prática clínica apontam para a valorização do singular e do contextualmente
situado. Os significados, construídos nas relações pessoais, têm lugar de
destaque. Na reconhecida obra Sobre a reconstrução do significado: uma
análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica, Grandesso (2000)
apresenta uma interessante análise sobre a virada pós-moderna, com
destaque para as epistemologias construtivistas e construcionistas sociais.

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