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27 EC Atividade Da Chuva FINAL NOVO

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ESTUDO DE CASO:

ATIVIDADE DA CHUVA
O Barbatuques, grupo musical coordenado pelo
professor André Hosoi, desenvolveu ao longo de sua
trajetória uma abordagem única da música corporal
através de suas composições, técnicas, exploração de
timbres e procedimentos criativos.
Barbatuques, 2019. Foto: Tati Wexler.
Fonte: www.secult.ce.gov.br

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Aqui, vamos conhecer um pouco mais sobre a
Atividade da Chuva: uma proposta de efeito
sonoro mágico, que o Barbatuques utilizou
durante as gravações da trilha sonora do
longa metragem de animação “O Menino
e o Mundo”.

Neste projeto, o grupo trabalhou juntamente com Naná


Vasconcelos, um importante músico brasileiro,
responsável por incorporar novas funções musicais
para ritmos que vêm de nossa tradição, como o
maracatu e o coco.

Bônus: confira um breve teaser das gravações


deste projeto, clicando no ícone abaixo.

Barbatuques, 2019. Foto: Tati Wexler.


Fonte: lunetas.com.br/dia-das-criancas-barbatuques
Atividade da chuva
Nesta atividade, trabalhamos simultaneamente dois conceitos
musicais importantes: a escuta e a técnica da série de timbres
que foram apresentados até aqui.

Vale falar que chamamos esses pequenos conjuntos


timbrísticos de “mini-instrumentos”, pois são sons que juntos
finalizam uma ideia de padrões rítmicos ou melódicos.

Ponto de atenção!
Para a realização da atividade “chuva de palmas”, é importante
estar em uma sala fechada. Se fizermos ao ar livre, o som se
esvai. Aqui vale lembrar que a escolha de uma determinada
atividade é também influenciada pelo ambiente em que ela está
sendo realizada. Certamente alguns exercícios e jogos são mais
adequados para determinado tipo de local.

Vamos lá!
Aquecimento
Para iniciarmos, os estudantes podem estar
dispostos nas carteiras, em roda ou até
mesmo espalhados na sala — para uma boa
experiência, o professor André Hosoi aconselha
que estejam sentados em roda.

O professor pedirá que os estudantes fiquem em


silêncio para tentar ouvir o máximo do som ambiente.

Deverá discutir, com os estudantes, quais sons


ouviram, qual a distância desse emissor, a
qualidade, isso tudo é um ótimo aquecimento para
a escuta e gera percepções que incluem o volume, as
frequências e a espacialização dos sons.
Experimentando sons
Antes de explicar as palmas oficiais da atividade, é interessante
pedir para que cada estudante realize uma palma, do jeito
mais natural. Só nessa amostra teremos diferentes timbres.

Então, pede-se para que os estudantes pesquisem outras


formas de emitir sons com a junção das duas mãos. Esse
processo de investigação é muito rico, além de, por muitas
vezes, surpreender o professor e os outros discentes.
Finalizando a pesquisa, o professor explica
as palmas do exercício.
Ordene as palmas por frequência, começando pela mais
aguda até a mais grave (o estalo não entra nessa atividade).
Assim teremos: palma pingo, palma costa de mão, palma
estalada, palma estrela e palma concha.

Treine junto com os estudantes os movimentos, indo da


palma mais aguda, chegando à mais grave e depois voltando
(grave para aguda). Peça que se atentem aos movimentos de
um formato de mão para outro.

É sempre bom alertar os estudantes que muitos sons não


aparecem de imediato, e não é tocando mais forte que isso
se solucionará.

Como em qualquer instrumento, o corpo se adapta aos poucos aos


novos movimentos, e a velocidade de assimilação técnica varia muito de
pessoa para pessoa.
Depois de tocar um pouco,
vamos à chuva em si!
O som gerado pela chuva real não tem um padrão rítmico
definido, ela é uma paisagem sonora, um grande efeito que se
dá pelas aleatoriedades entre os sons. Considerando isso, nesta
atividade, quanto menos sincronia rítmica, melhor.

O professor será agora o mestre do jogo, começando a tocar a


palma pingo, e todos imitam. Aos poucos, o professor vai mudando
a palma, sempre do agudo para o grave, e os estudantes seguem.
Ele irá fazer o movimento de ida e volta. Quanto mais grave a
palma, a chuva parecerá mais forte. O efeito coletivo é mágico!

Aqui é interessante fazer uma pausa e discutir com os estudantes


como se dá o arranjo de uma chuva forte — que geralmente começa
leve, com poucas gotas e rapidamente se intensifica, tornando-se mais
volumosa, com menos distância entre um som e outro.
Depois de fazer a primeira vez, o professor
realiza, logo em seguida, o mesmo exercício,
só que agora todos devem estar com os
olhos fechados, conectando-se somente
pela percepção sonora.
Lembrem-se sempre de partir do silêncio total da sala.

Nesta segunda repetição, com olhos fechados, é comum termos


nossa percepção auditiva ampliada e também estarmos mais
propensos a criar imagens inspiradas nos sons que escutamos.

Converse sobre essas impressões com seus estudantes ao fim da


experiência e pergunte como estar com os olhos fechados alterou a
percepção deles. Com certeza você ouvirá lindos relatos!

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