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53º CBQ - Tratamento de Efluente Têxtil Utilizando Coagulação - Floculação

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53º Congresso Brasileiro de Quimica

Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.


ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ambiental

TÍTULO: Tratamento de efluente têxtil utilizando coagulação/floculação

AUTORES: Costa Junior, S.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA) ; Mangueira, E.S.V. (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAIBA) ; Rodrigues, E.G.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA) ; de Sena, R.F. (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA)

RESUMO: Neste trabalho avaliou-se a eficiência de diferentes agentes coagulantes no processo de coagulação/floculação no
tratamento de efluente de uma indústria têxtil. Foram avaliados dois coagulantes inorgânicos (cloreto férrico e sulfato de alumínio). Os
parâmetros avaliados foram o pH, Turbidez, sólidos suspensos totais, DQO, DBO, carbono orgânico total, nitrato e surfactantes. Os
ensaios foram realizados em modelo Jar-Test, utilizando um tempo de 180 s para a mistura rápida. O coagulante cloreto férrico
apresentou-se como mais promissor para a remoção de turbidez, DQO e DBO em efluentes têxteis, removendo 85,6% de DQO, 88,9%
DBO e 96,2% de turbidez, para a concentração de 0,8g.L-1 de efluente e tempo de sedimentação de 3 horas.

PALAVRAS CHAVES: efluente têxtil; tratamento físico-químico; coagulante

INTRODUÇÃO: A indústria têxtil, em particular, utiliza elevada demanda de água em seus processos, gerando grande quantidade de
águas residuárias, as quais, geralmente, contêm altas cargas de sais dissolvidos, surfactantes, sólidos suspensos e matéria orgânica,
principalmente na forma de moléculas corantes complexas (NEAMTU et al, 2002; ROTT; MINKE, 1999). As substâncias corantes
contribuem significativamente para a poluição de recursos hídricos, por dificultarem a penetração dos raios solares, prejudicando o
metabolismo fotossintético de algumas espécies; além disso, apresentam-se como recalcitrantes e potencialmente cancerígenas
(PETERNEL. KOPRIVANAC, KUŠIĆ, 2006). A técnica de coagulação/floculação (HASSEMER et al., 2002) usando coagulantes
inorgânicos (sais de ferro e alumínio) e/ou polieletrólitos apresentam grau variável de sucesso como tratamento para remoção de cor e
matéria orgânica do efluente têxtil. Seu emprego pode efetivamente remover a coloração de rejeitos tratados logo na fonte de saída,
ou seja, antes da descarga nos reservatórios aos níveis de padrões permitidos. O resultado depende do tipo de corante a ser
removido, sua composição e concentração, e da vazão de saída do processo têxtil. Neste trabalho, o objetivo principal foi remover a
matéria orgânica de um efluente têxtil utilizando coagulantes inorgânicos, visando a redução da turbidez, sólidos suspensos totais,
DQO, DBO, carbono orgânico total, nitrato e surfactantes.

MATERIAL E MÉTODOS: Testes de jarros foram realizados com a finalidade de determinar a melhor dosagem de coagulante, melhor
tempo de floculação e decantação, melhor pH e melhor gradiente de mistura rápida, obtendo assim a otimização dos parâmetros de
tratabilidade para o efluente têxtil em estudo. Os coagulantes utilizados nos ensaios foram o Sulfato de Alumínio PA [Al2(SO4)3.14 a
18 H2O] e o Cloreto Férrico PA [FeCl3.6H2O] em concentrações de 0,8g.mL­-1 e 0,1g.mL-­1 respectivamente. As principais
características físico-químicas medidas do efluente têxtil utilizado neste experimento foram o pH (via pHmetro Tecnopon mPA-210),
Turbidez (via Turbidímetro Hach 2100N), sólidos suspensos totais, DQO, DBO, carbono orgânico total, nitrato e surfactantes (via
Pastel UV Secomam). Todos os experimentos foram realizados a temperatura ambiente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através dos ensaios de Jar-Test obteve-se os melhores resultados de pH que, no tocante à redução
de cor e poluentes orgânicos e inorgânicos, foram os próximos de 3,64 para o tratamento com sulfato de alumínio e 2,47 para
tratamento com cloreto férrico. Utilizando-se esse resultado em novos ensaios, obteve-se uma dosagem ótima de sulfato de alumínio
(coagulante) de 9,6 g.L-1 e 0,8 g.L-1 cloreto férrico (coagulante) que correspondeu a uma turbidez de 18,2 e 8,0 NTU (redução acima
de 90% para ambos coagulantes), respectivamente, para um tempo de decantação de 3 horas e mistura rápida de 180 s. As dosagens
de coagulante utilizadas no processo de coagulação-floculação reduziram em 79,1% a DQO e 83,2% a DBO para o coagulante
Al2(SO4)3 e 85,6% a DQO e 88,9% a DBO para o coagulante FeCl3. Através da tabela 01 podemos observar que o cloreto férrico
apresentou melhores resultados em todos os parâmetros supracitados, além de ser utilizado em quantidade bem inferior ao sulfato de
alumínio, sendo mais eficiente para o modelo de remoção de poluentes proposto.

Características físico-químicas do efluente tratado

CONCLUSÕES: Este trabalho apresentou o estudo de uma alternativa de tratamento para efluentes têxteis. Para esse efluente
especificamente, no que se refere à remoção de cor e poluentes orgânicos e inorgânicos, o melhor tratamento foi a coagulação-
floculação com cloreto férrico (FeCl3), pois apresentou uma eficiência de remoção de 85%-96% para os principais parâmetros físico-
químicos analisados. Os dados animadores estimulam a realização de estudos mais aprofundados, inclusive com viabilidade de
tratamentos combinados, com o intuito de transformar em mais uma alternativa para tratamento de efluentes têxteis.

AGRADECIMENTOS: Agradeço PPGECAM,CTDR e CT pelo auxilio financeiro e ao LCA-UFPB pela oportunidade de realização dos
estudos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: HASSEMER, M.A.N.; SENS M.L. Tratamento do efluente de uma indústria têxtil. Processo físico-
químico com ozônio e coagulação/floculação. Engenharia sanitária e Ambiental, v.7, nº2, p.30-36, 2002.
NEAMTU, M. et al. Kinetics of decolorization and mineralization of reactive azo dyes in aqueous solution by the UV/H2O2 oxidation.
Dyes and Pigments, v. 53, p. 93-99, 2002.
PETERNEL, I.; KOPRIVANAC, N.; KUŠIĆ, H. UV-based processes for reactive
azo dye mineralization. Water Research, v. 40, n. 3, p. 525-532, 2006.
ROTT, U.; MINKE, R. Overview of wastewater treatment and recycling in the textile processing industry. Water Science and Technology,
v. 40, n. 1, p. 137-144, 1999.

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