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E por fim, a quarta dimensão, que descreve a questão da masculinidade versus feminilidade,
examina a divisão de tarefas entre sexos, sendo que no caso das organizações, se foca na
questão da predominância de valores masculinos ou femininos na cultura organizacional.
Neste contexto, a divisão de tarefas se caracteriza entre a predominância da masculinidade,
que enfatiza valores como assertividade e dominância, e a da feminilidade, que enfatiza
valores como respeito, cooperação, tolerância entre outros. Cada uma destas quatro dimensões
tem um efeito diferente na definição de que rumo irá tomar a cultura organizacional, e junto
com isso a maneira pela qual uma organização ou empresa irá agir em questão de lidar com as
culturas de países pelos quais venha a se expandir.
De fato, Hofstede argumentou que até os anos 50 e 60, ao menos nos Estados Unidos e na
Europa, a crença dominante em questões de cultura organizacional era de que existia uma
espécie de convergência entre práticas de gerência nos diversos países do mundo, o que
levaria a uma espécie de “universalidade das práticas de gerência”, e que se existissem
diferenças nas práticas locais, era então hora de mudar tais práticas para adequar a cultura
organizacional de um país às daqueles países mais bem-sucedidos. Isso aparentemente traria
aos países que adotassem essas práticas maiores chances de serem tão bem-sucedidos como
esses países (SCHEIN, 1996).
Tal abordagem de cultura organizacional dominante nessa época, por si, não considerava o
fator da influência da cultura local desses países em seu ambiente organizacional.
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3.2. Liderança
O conceito de liderança está em contínuo processo de transformação, por isso a dificuldade
em identificar com uma única definição (DAY; HARRISON, 2007). Altera de acordo com a
abordagem adotada, em função do enfoque da linha de estudo dos pesquisadores, e pelas
perspectivas individuais e seus aspectos de interesse (CAMPOS, et al., 2013).
A liderança para Yukl (2010) tem sido definida em termos de comportamentos, influencia,
padrões de interação, papel dos relacionamentos e ocupação de uma posição administrativa,
relacionando algumas definições representativas nos últimos cinquenta anos: a) é o
incremento da influência sobre uma submissão mecânica com as diretrizes rotineiras da
empresa; b) é o processo de influenciar as atividades de um grupo organizado em direção a
realização de um objetivo; e, c) é um processo de dar propósito ao esforço coletivo e provocar
o desejo de despender este esforço para atingir o objetivo proposto.
Em outro entendimento, a liderança pode ser definida como uma destreza para inspirar
pessoas, um processo de influência intencional, comprometendo as pessoas de forma
voluntária (ROBBINS, 2002). Dessa forma fortalece relacionamentos, assinalando e
direcionando para o alcance de metas em comum ou compartilhadas. Ela influencia
diretamente o liderado para que se atinja um objetivo tanto da equipe, como os objetivos
organizacionais (DUBRIN, 2006).
Depreende-se que a liderança está presente em vários ambientes como escolas, empresas,
comunidades e demais organizações ou grupos sociais. É um tópico de interesse
multidisciplinar e um amplo campo para estudos e pesquisas (BASS, 2008). Determinados
estudos procuraram compreender o conceito das lideranças.
1990
Transformacional Possui carisma, inspira e
Transformacional
estimula. A liderança não está
(Bass)
somente na pessoa ou na
situação, mas na interação
social.
Transacional Seguem regras, alta
performance, não possuem
muita flexibilidade. Motivam
seus seguidores na direção das
metas.
Visionária Entendida como a capacidade
de criar e articular a imagem de
onde se quer chegar. Cria e
articula uma visão de futuro.
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3.2.1. Estilos de liderança
As definições sobre estilos de liderança estão relacionadas ao processo de escolha do
indivíduo sobre qual o estilo vai se adaptar as necessidades individuais e organizacionais do
líder e liderado (SILVA, NUNES, ANDRADE, 2019). Os estudos de Lunardi, Desenhard e
Zonatto (2019) orientam que tais estilos devem ser considerados como uma variável
importante no contexto organizacional, já que eles são dinâmicos e podem influenciar e
direcionar para adequação do comportamento dos indivíduos.
a) Liderança transformacional
b) Liderança transacional
A liderança transacional é caracterizada por Burns (1978) como uma relação de laços
superficiais, que se baseiam em troca de interesses com foco em objetivos pessoais, enquanto
a liderança transformacional inspira profundamente os liderados para que se dediquem ao
máximo para alcançar os objetivos organizacionais, estabelecendo uma relação de confiança
entre os envolvidos.
No estilo de liderança transacional, o líder, ciente de quaisquer problemas que existam dentro
da empresa, colabora com seus funcionários para a resolução deste problema, neste caso
fazendo transações com determinados funcionários em questão de garantir a conciliação entre
visões divergentes e frequentemente contraditórias a respeito do que acontece dentro da
organização em nome de um melhor funcionamento do ambiente organizacional.
Segundo Marques, et al. (2007), que por sua vez seguem a linha de Bass e Avolio (1990) e de
Northouse (2013), a liderança transacional, no contexto de um líder procurando a colaboração
de seus funcionários para resolver problemas dentro de uma organização, é caracterizada
como sendo constituída de dois fatores:
a) recompensa contingente: o líder oferece recompensas como forma de motivar funcionários
a cumprirem tarefas específicas
b) gerência pela exceção: o líder somente dá feedback aos seus funcionários em caso de falhas
deles ou quando ocorrem problemas dentro da empresa.
Fazendo uma relação com os estudos de Yukl (2010), a questão vem de encontro à eficiência
versus capital humano, quando a eficiência é reduzida em esforços de melhoria de recursos e
relações humanas. Isto porque contexto de liderança transacional, o líder precisa garantir a
lealdade de subordinados com visões divergentes sobre o que acontece dentro do ambiente da
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empresa para poder ter a sua eficiência na resolução dos problemas dentro do ambiente
organizacional.
c) Liderança laissez-faire
A liderança laissez-faire, que também é conhecida como liberal, segundo Bass e Bass (1990)
é marcada pela falta de responsabilidade na postura dos líderes, passando para os liderados as
responsabilidades, eles se recusam a tomar decisões e acabam interferindo quando um
problema maior se instala, para que o objetivo seja atingido, caso contrário essa falta de
postura é reconhecida neste estilo. Ao contrário da liderança transacional e transformacional,
Escandon-Barbosa; Hurtado-Ayala (2016) explanam que neste estilo, não é possível encontrar
um ambiente de trabalho com objetivos definidos, pois o responsável não assume qualquer
plano de ação e adia a tomada de decisão, ignorando suas responsabilidades.
Para Bass e Avolio (2004), a liderança laissez-faire é composta por dois elementos:
a) gestão por intimidação passiva: o líder não toma nenhuma atitude diante dos problemas e
não avalia o desempenho dos seus subordinados.
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3.3. Líderes e subordinados
O entrosamento do gestor e sua equipe é um dos pontos chaves para o sucesso de toda
organização, pois é a partir dos seus funcionários, os resultados serão alcançados, sem eles a
empresa não progride. Nos tempos de hoje existe muitos jovens entrando no mercado de
trabalho e que não estão nem ligando para o trabalho leva o trabalho na marra muito das vezes
se desligando da empresa em menos de um mês. Há também suas exceções uma parte dessa
juventude se dedica faz seu trabalho bem feito só precisa ser lapidado seus comportamentos,
atitudes devido sua maturidade.
Para ter um óptimo clima organizacional dentro das empresas os lideres e subordinados deve
ter respeito múltiplos entre ambas as partes sem excesso de bajulação entre patrão e
funcionário, portanto a educação e a etiqueta profissional devem prevalecer acima de tudo. É
de suma importância o diálago aberto, e a opiniões e sugestões devem ser ouvidas entre os
dois lados um bom líder deve saber ouvir os seus liderados.
Uma comunicação transparente é ferramenta essencial para essa relação, muitos subordinados
cria uma barreira entre o empregador um paradigma que deve ser quebrado nos dias atuais.
Devido a um diálogo regado de senso e postura profissional podem gerar excelentes
resultados, melhorando o relacionamento e a confiança. Segundo a psicóloga Priscila
Azevedo relata que um dos principais motivadores de boas performances dos colaboradores
de uma empresa é a qualidade de relacionamento com o líder imediato, ela ressalta não há
melhor contexto de trabalho para o desenvolvimento profissional de um colaborador. O
interessante é que o líder possa proporcionar um ambiente de facilitação para o diálogo, de
forma que seus colaboradores sintam – se á vontade para interagir, perguntar, dividir e
confiar.
Priscila diz que para o colaborador, o melhor é não se isolar e compartilhar ideias e iniciativas
de valor agregado para a equipe ou para o trabalho com seu superior. Dando esta liberdade, o
líder aumentara sua credibilidade e força, e os colaboradores não se sentirão acuados ou
negativamente pressionados.
O que era conhecido como relação chefe-empregado deve ser visto hoje como uma
convivência líder-colaborador. Mais do que uma mudança conceitual, o subordinado, que
antes estava fadado a apenas obedecer ao líder, atualmente se sente à vontade para colocar
suas ideias e opiniões, e mesmo estipular limites e dizer “não” ao seu superior. A relação é
muito mais de construção em conjunto e menos „manda quem pode e obedece quem tem
juízo‟. Além disso, tem sido cobrado dos lideres atuais a competência de saber dar feedback é
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muito importante dar esse retorno para o seu funcionário tanto quando positivo quanto
negativo.
O significado do feedback “retorno, opinião” existe dois tipos de feedback mais conhecido
que são: Apreciativo e depreciativo. Apreciativo é quando você elogia seus funcionários
devido ao seu alto desempenho e qualidade de determinada tarefa realizada. Depreciativo é
quando o funcionário não realiza a tarefa de acordo como o gestor pediu deixando a desejar
em alguns pontos. Mas para aplicar esse tipo de feedback primeiramente o gestor deve elogiar
mesmo que seja mínimo o que o colaborador fez e logo em seguida dizer que ele precisava
melhor em alguns aspectos, nunca deixando ele pra baixo você elogia e ao mesmo tempo
chama atenção de uma forma mais agradável e aceitável da parte do subordinado.
De “acordo com o artigo “Todo chefe tem de ser bruto” da revista Época mencionado na
página “Meu Artigo” do site Brasil Escola” O chefe pode:
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Ter uma relação paternalista e super protetora com a equipe.
Vale a pena ressaltar que um bom envolvimento do subordinado o interesse nos objetivos
deles as quais os lideres propõem irá mostrar que o subordinado em um futuro próximo
dependendo das oportunidades de cada empresas o crescimento profissional deste individuo
será compensatório.
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Devemos entender que atualmente, o administrador, além de ter uma boa formação
profissional, necessita possuir “um lado humano” bem desenvolvido e compreender que o
maior patrimônio da empresa é o colaborador, acreditando e investindo nas pessoas, pois o
conhecimento, a tecnologia e as informações estão disponíveis a todos, porém o capital
intelectual somente o ser humano possui. Com isso notamos que quanto mais o gestor esteja
preparado mais resultados satisfatórios ele terá.
3.5. Conflitos
Organizações são compostas por pessoas com interesses, culturas e regras diferentes isso é
bom, a diversidade de pensamentos resulta em soluções criativas para problemas, além de
contribuir para o crescimento social dentro da empresa. Apesar deste benefício a diversidade
de pensamentos pode gerar conflitos dentro das empresas ego, opiniões opostas ou até mesmo
fofocas poderá criar situações desagradável no ambiente de trabalho aonde o líder deverá
interferir.
Confrontar ideias é saudável para as empresas, mas quando há um consenso entre ambas as
partes. Isso gera um conflito que irá atingir não só os indivíduos envolvidos, como também
toda a equipe. +Além desse problema, outras questões podem gerar conflitos no ambiente
corporativo como estresse, pressão, falta de reconhecimento profissional, intrigas e egoísmo.
Para que o problema seja resolvido e não contamine o restante da equipe, cabe ao
administrador tomar algumas atitudes.
Exercício
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