Laboratório B1-MIA - Componente MIA
Laboratório B1-MIA - Componente MIA
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Nota: Uma chama de ar-acetileno atinge uma temperatura no intervalo 2125-2400 ºC.
Calibração por padrões externos – utiliza-se uma série de padrões com concentração de
analito bem conhecida, preparados de forma independente da amostra (neste caso, os
padrões preparados não têm amostra, têm apenas o magnésio da solução padrão.).
Compartimento da amostra
Espectrofotómetro de absorção molecular no UV-visível – o compartimento da amostra é uma
abertura onde se introduz a cuvette contendo a amostra, sendo esta de vidro ou quartzo. As
espécies absorventes são moléculas ou iões que se encontram na solução.
Tipo de fonte
Espectrofotómetros de absorção molecular – a fonte de radiação pode ser contínua (emitir
todos os comprimentos de onda de uma dada gama).
Espectroscopia de absorção atómica – a fonte usada emite riscas com largura inferior e o
mesmo comprimento de onda das riscas de absorção do elemento a analisar na amostra. O
monocromador permite isolar a risca pretendida, eliminando outras riscas emitidas pela fonte
(só podem chegar determinados comprimentos de onda à amostra).
Análise quantitativa
A lei de Beer prevê que a absorvância é proporcional à concentração do analito: A=ε.b.C
No entanto, não se observa uma relação linear em toda a gama de concentrações. No caso do
magnésio o limite máximo das concentrações para as quais se observa resposta linear é de 0,5
ppm.
✔ As resinas de troca catiónica contêm grupos funcionais negativos que atraem catiões.
✔ As resinas de troca aniónica possuem grupos funcionais positivos que atraem aniões.
A separação dos iões Zn2+ e Ni2+ baseia-se na sua diferente tendência para formar complexos
aniónicos com Cl-. Numa solução de Zn2+ e Ni2+ em HCl 2 mol L-1, formam-se complexos
clorozincato (II) estáveis (como ZnCl3-e ZnCl42-) enquanto o Ni2+ não é apreciavelmente
complexado neste meio.
⮚ Ao passar a solução por uma coluna de resina de troca aniónica, o Zn(II) fica retido
enquanto o Ni2+ é eluído. O Zn(II) que ficou retido pode ser depois eluído com água
destilada, pois a diminuição da concentração de Cl- no eluente provoca a dissociação dos
clorocomplexos de Zn(II).
Os iões separados podem então ser titulados com EDTA, sendo a titulação do Ni2+ efetuada por
retorno (adição de um excesso de EDTA e titulação do que sobra com uma solução padrão de
Zn2+).
O Y4- pode captar até 6 protões, mas para pH superiores a 3,0 podem-se considerar apenas os
seguintes equilíbrios ácido-base envolvendo o EDTA:
1) H4Y ⇌ H+ + H3Y-
2) H3Y- ⇌ H+ + H2Y2-
3) H2Y2- ⇌ H+ + HY3-
4) HY3- ⇌ H+ + Y4-
5) Mn+ + Y4- ⇌ Mn-4
6) 𝐾f =[MYn-4] / ([Mn+]×[Y4-])
Diminuindo o pH, diminui a fração de EDTA que reage com o catião metálico (devido à
competição das reações de protonação do ligando) e, para valores de pH inferiores a um certo
limite, a titulação deixa de ser praticável.
Quanto maior for a constante de formação do complexo MYn-4, isto é, quanto maior for a
afinidade do Y4- para o catião metálico, mais "capaz" é o catião de competir com os protões na
ligação ao Y4-. Assim, quanto maior for a constante de formação de um complexo de um catião
metálico com Y4-, mais baixo é o limite mínimo do pH para a titulação desse catião com EDTA.
Para que um indicador possa ser usado numa análise complexométrica com EDTA, o catião
metálico deve formar complexos mais estáveis com o EDTA do que com o indicador (ter mais
afinidade para o EDTA do que para o indicador), pois só assim o indicador liberta o catião
metálico e fica livre (não complexado) quando se atinge o ponto de equivalência,
observando-se mudança de cor. Quando o catião forma complexos mais estáveis com o
indicador do que com o EDTA diz-se que um catião bloqueia o indicador, não havendo mudança
de cor.
Numa titulação por retorno adiciona-se excesso de EDTA e titula-se o EDTA que sobrou com
outro catião metálico. Assim, adiciona-se excesso de EDTA e aquece-se, de forma a garantir que
todo o Ni2+ está complexado com EDTA. Depois de arrefecer, titula-se o EDTA que ficou por
reagir com uma solução padrão de Zn2+.
Cuidado! O indicador não deve estar presente demasiado tempo na solução antes de
terminar a titulação, para não dar tempo a que o indicador reaja com o Ni2+, retirando-o ao
EDTA.
TRABALHO 3 – DETERMINAÇÃO DE SÓDIO EM LEITE POR
ESPECTROFOTOMETRIA DE EMISSÃO DE CHAMA
À temperatura de uma chama ar-acetileno, a fração de átomos no estado excitado é maior para
átomos em que a diferença energética (ΔE) entre o 1º estado excitado e o estado fundamental
é menor, como é o caso dos átomos dos metais alcalinos. Quanto mais átomos estiverem no
estado excitado, maior a intensidade da radiação emitida. Por esse motivo, a
espectrofotometria de emissão atómica com atomização por chama praticamente só é usada
para análise de metais alcalinos.
Atenção! Existem outros métodos de atomização, a temperaturas mais elevadas, que
permitem ter uma proporção de átomos no estado excitado muito superior, permitindo
analisar um grande número de elementos.
Calibração – conjunto de operações que estabelece uma relação entre os valores indicados por
um instrumento ou sistema de medição e os valores correspondentes das grandezas
estabelecidas por padrões. A calibração é essencial para evitar erros nas medidas quando se
analisam sinais obtidos por equipamentos e instrumentos. Exemplo da utilização de técnicas de
calibração:
Agentes libertadores – ligam-se ao anião interferente impedindo que este se ligue ao analito.
Teste de recuperação
Preparam-se duas soluções: para a solução A) faz-se uma diluição da amostra apenas com água
e analisa-se e determina-se a concentração desta solução, enquanto para a solução B) se faz a
mesma diluição da amostra (mesmo volume de amostra num balão igual), mas antes de
perfazer o volume do balão adiciona-se uma quantidade conhecida de padrão (analisando-se e
determinando-se a concentração desta solução).
De modo a verificar a existência de interferentes numa amostra de cálcio irá ser realizado um teste de
recuperação, utilizando uma solução padrão de Ca2+. Irá também ser analisada a possível interferência do
fosfato na amostra , recorrendo a padrões de cálcio com e sem este ião. Para analisar esta possível
interferência ira recorrer se ao EDTA , verificando se este é eficaz ou não na redução da quantidade de
fosfato -- o EDTA vai funcionar como agente libertador pois vai-se ligar ao anião interferente ( neste caso
fosfato) para impedir que se ligue ao ao analito ( neste caso cálcio)