Inteligência Emocional Aplicada
Inteligência Emocional Aplicada
Inteligência Emocional Aplicada
1
NOSSA HISTÓRIA
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 53
2
INTRODUÇÃO
3
cognitivo. E, por fim, a administração de emoções refere-se à auto-administração e à
administração de emoções em outras pessoas.
Com base nisso, este material foi construído para ajudar na percepção da IE,
como ferramenta de gestão de trabalho e para entender aspectos relacionados a
experiências das próprias emoções; a gerenciar emoções com o intuito de facilitar ou
inibir a circulação da informação; e os mecanismos ligados na integração entre afeto
e pensamento.
4
A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
A teoria das inteligências múltiplas foi elaborada a partir dos anos 80 por
pesquisadores da universidade norte-americana de Harvard, liderados pelo psicólogo
Howard Gardner, co-diretor do Projeto Zero e professor de educação dessa mesma
universidade.
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• Inteligência cinestésico-corporal: é a capacidade de manipular objetos e
sintonizar habilidades físicas (desenvolvida principalmente por atletas,
dançarinos, cirurgiões).
• Inteligência musical: é aquela que apresentam as pessoas que possuem
uma sensibilidade para a entonação, a melodia, o ritmo e o tom.
• Inteligência naturalista: consiste em observar padrões na natureza,
identificar e classificar objetos e compreender os sistemas naturais e aqueles
criados pelo homem.
• Inteligência interpessoal: é a capacidade de compreender outras pessoas
e interagir com elas. Corresponde à sensibilidade para responder de forma
adequada às situações (como fazem professores, vendedores, políticos,
terapeutas, líderes religiosos).
• Inteligência intrapessoal: é a capacidade de formar um modelo verdadeiro
de si mesmo e usar esse conhecimento no planejamento e direcionamento de
sua vida. Compreende saber administrar os próprios sentimentos,
reconhecendo as qualidades e defeitos. Inclui disciplina, autoestima e auto-
aceitação.
6
SAIBA MAIS!
A teoria das IM é elaborada à luz das origens biológicas de cada capacidade
de resolver problemas. Somente são tratadas aquelas capacidades que são universais
na espécie humana. Mesmo assim, a tendência biológica a participar numa
determinada forma de solução de problemas também deve ser vinculada ao estímulo
cultural nesse domínio. Por exemplo, a linguagem, uma capacidade universal, pode
manifestar-se particularmente como escrita em uma cultura, como oratória em
outra, e como a linguagem secreta dos anagramas numa terceira. (GARDNER, 1995,
p. 21).
Outro aspecto das Inteligências Múltiplas é que elas podem ser conceituadas
em três amplas categorias. Quatro das oito - espacial, lógico-matemática,
cinestésico-corporal e naturalista podem ser consideradas como formas de
inteligência “relacionadas ao objeto’’. Essas capacidades são controladas e
moldadas pelos objetos que os indivíduos encontram em seus ambientes. Por
outro lado, as inteligências ‘’isentas de objetos’’ linguística verbal e musical
não são moldadas pelo mundo físico, mas dependem da linguagem e dos
sistemas musicais. A terceira categoria consiste das inteligências
“relacionadas às pessoas”, com as inteligências inter e intrapessoais
refletindo um conjunto poderoso de contrapesos.
Cada inteligência parece ter sua própria seqüência de desenvolvimento,
emergindo e florescendo em diferentes momentos da vida. A inteligência
musical é a forma de talento humano que emerge mais precocemente; a
razão disso é um mistério. Gardner sugere que a revelação de um grande
talento musical na infância pode estar condicionada ao fato de tal inteligência
não depender da experiência adquirida com a vida.
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Posteriormente, Daniel Goleman, psicólogo e PhD pela Universidade de
Harvard, considerado “pai da inteligência emocional” como a ação conjunta das
inteligências inter e intrapessoal, afirmando que o controle das emoções é fator
essencial para o desenvolvimento do indivíduo.
APRENDA MAIS:
A Professora Renata trata sobre a Teoria das Múltiplas
Inteligências de Howard Gardner. Ao explicar a complexidade
desta ideia, as crenças do teórico a respeito da multifacetação
da inteligência e a superação do conceito de que a inteligência é
a resolução de problemas abstratos, a educadora mostra formas
como podemos enxergar esta teoria na Educação Infantil.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=aQ0Ti910zrQ
8
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
9
influência, entre outras "competências emocionais". O modelo de Goleman e também
de pesquisadores que consideram capacidades não-cognitivas como formadoras da
IE, ou das "competências emocionais" (Boyatzis, Goleman & Rhee, 2002), vão de
encontro ao conceito de IE como uma aptidão mental, esse último defendido por
Mayer, Salovey e Caruso (2002, p. 95), que compreendem estar a IE alocada "dentro
da personalidade", mais especificamente, compondo as habilidades de
processamento e de entendimento das emoções.
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e nelas colocar nossos próprios objetivos, pois a natureza tudo fará para atingi-los,
como se fossem seus próprios, já que ela não faz essa distinção. Então, a narureza
mobiliza seus recursos para transformá-los em resultado. Compreende-se, pois, que
a natureza age por finalidade, o que significa que tudo que existe hoje surgiu para
preencher um objetivo.
SAIBA MAIS!
As potencialidades humanas já nascem com o indivíduo, mas é preciso
despertá-las. O segredo da inteligência e da criatividade está em saber envolver o
sistema de autopreservação da espécie para mobilizar reservas de capacidades
cerebrais normalmente não utilizadas. “O Sape comanda o processo da evolução e
assim surgiram as chamadas funções superiores de adaptações, cujo conjunto
chamamos de intelecto”. (MACHADO, 2005, p. 50).
A inteligência não existe pronta, por isso cada um cria a sua própria inteligência.
Isso significa dizer que todos os seres humanos nascem com as faculdades
necessárias para desenvolvê-la, assim como têm a capacidade de falar, mas não
nascem falando. Então, ser inteligente não significa ter boa memória ou boa
capacidade de aprender e resolver testes de QI, mas sim implica saber utilizar o
potencial no momento apropriado, ou seja, para obter a resposta adequada às suas
necessidades. Como bem explicita Machado (1984), “A inteligência é uma faculdade
que pode ser desenvolvida e não algo que vem pronto com o nascimento e não pode
ser alterado”.
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meios registrados ao longo da história evolutiva do homem, em situações que ficaram
gravadas como tendências inatas e automáticas do ser humano.
Há, em geral, um equilíbrio entre essas duas mentes, que operam em perfeita
harmonia, na maior parte do tempo, de modo que a emoção alimenta e informa as
operações da mente racional, e a mente racional refina e às vezes impede os
desdobramentos das emoções. Portanto, inteligência emocional e inteligência racional
devem complementar-se e estar em constante equilíbrio, para que as atitudes possam
ser tomadas de uma forma adequada e eficiente.
Goleman (2001, p. 48) afirmou que há uma baixa correlação entre sucesso e
os índices de QI, já que a inteligência acadêmica não oferece praticamente nenhum
preparo ou oportunidade para o que ocorre na vida (pessoal e/ou profissional). A
cultura e as escolas privilegiam a aptidão em ãmbito acadêmico, ignorando a
inteligência emocional, ou seja, o caráter, que também exerce papel fundamental no
destino pessoal do ser humano. A aptidão emocional é, pois, uma metacapacidade
que determina até onde se pode usar bem quaisquer outras aptidões que se tenha.
Há indícios de que as pessoas emocionalmente competentes, as quais lidam bem
com os próprios sentimentos, compreendem e levam em consideração os sentimentos
do outro.
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que sabotam a capacidade de concentração no trabalho e de lucidez de
pensamento. (GOLEMAN, 2001, p. 49).
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É preciso conhecer as próprias emoções. Isso significa aprender a
identificar e avaliar a intensidade dos sentimentos e definir até que ponto eles
podem influenciar a si mesmo e os que fazem parte da convivência.
Ter capacidade de empatia, ou seja, conseguir se colocar no lugar do outro
e conseguir sentir como o outro. Quanto mais aberto o sujeito estiver para
suas próprias emoções, mais habilidade terá para decifrar os sentimentos dos
outros.
Lidar com as emoções significa saber identificar as próprias emoções e
expressar sentimentos, sem reprimi-los, assim como aguardar o momento
adequado para se expressar.
Reconhecer as emoções nos outros é ser verdadeiro e reconhecer os
próprios erros.
Saber se relacionar é estar consciente do próprio estado emocional e estar
em sintonia com o estado emocional do outro.
Gestão das próprias emoções. A inteligência emocional inclui a capacidade
de gerenciar as próprias emoções, algo que todos fazemos em algum nível.
Nós mantemos nossos impulsos destrutivos sob controle, tentamos não ficar
zangados ou frustrados quando os eventos não vão a nosso favor e tentamos
sentir e expressar alegria e felicidade em relação aos outros quando essas
demonstrações emocionais são apropriadas. Também tentamos recuperar o
fôlego de nossa motivação no final do dia. Observe que o geren- ciamento de
suas emoções vai além da capacidade de representar as emoções desejadas
em uma determinada situação, e inclui gerar ou suprimir as emoções. Em
outras palavras, a atuação profunda descrita anteriormente requer níveis
elevados do componente de autogestão da inteligência emocional.
Gestão das emoções alheias. Essa dimensão da IE envolve a gestão das
emoções alheias, e inclui consolar as pessoas que estão tristes, inspirar
emocionalmente os membros da equipe a concluírem um projeto de aula no
prazo, fazer os colegas sentirem-se confortáveis trabalhando com você e gerir
as disfunções emocionais entre os funcionários que passam por conflitos com
clientes ou com outros funcionários.
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As emoções foram sendo desenvolvidas e evoluindo conforme as
necessidades de sobrevivência do ser humano, que é naturalmente dotado de um
sistema interno de orientação, que o alerta e impulsiona a buscar a compensação,
quando as necessidades naturais não são satisfeitas.
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A inteligência constitui um componente biopsicológico que diferencia o ser
humano dos outros animais e corresponde à capacidade de solucionar problemas,
elaborar e compreender idéias, transformando-as em conhecimento.
Assim sendo, a mente racional registra e reage aos fatos com mais lentidão do
que a mente emocional, portanto, em circunstâncias de grande emotividade, o
primeiro impulso não vem da cabeça, mas sim do coração. Quando há necessidade
de se tomar uma decisão em que se permite um maior período de tempo, o processo
cognitivo desempenha um papel importante, determinando as emoções que serão
despertadas, ou seja, acontece uma espécie de avaliação e um pensamento mais
articulado precede o sentimento.
16
a Antropologia e a Sociologia bastante ocupados durantes os últimos cento e
cinqüenta anos. (MERLEVEDE et al., 2004, p. 24).
APRENDA MAIS:
DANIEL GOLEMAN E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL O psicólogo,
escritor e PhD da universidade de Harvard, considerado o pai da
Inteligência Emocional no mundo, e responsável por popularizar
o conceito, ensina que o controle das emoções é essencial para
o desenvolvimento de uma pessoa. Confira as principais
habilidades propostas por Daniel Goleman.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=kNBmg2aP5ck
APRENDA MAIS:
O Que É Inteligência Emocional? - PEDRO CALABREZ
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=r1CGPrMI8zs
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EMOÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO
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Tipos de emoções
A maioria das experiências emocionais são sutis, mas ainda dão energia o
suficiente para nos tornar mais conscientes sobre nosso ambiente. Essas duas
dimensões emocionais são o alicerce do modelo do circumplexo mostrado na Figura
19
acima por exemplo, o medo é uma emoção negativa que gera um alto nível de
ativação, enquanto o relaxamento é uma emoção agradável com ativação bastante
baixa.
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Emoções, atitudes e comportamento
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• Crenças. São percepções estabelecidas a respeito do objeto da atitude, ou
seja, são o que você acredita ser verdade. Por exemplo, você poderia acreditar que
as fusões diminuem a segurança no emprego para os funcionários das empresas
fundidas, ou poderia acre- ditar que as fusões aumentam a competitividade da
empresa nesta era de globalização. Essas crenças são fatos percebidos que você
adquire a partir da experiência e de outras formas de aprendizagem.
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• Intenções comportamentais. As intenções representam sua motivação
planejada de se comportar de uma determinada maneira com relação ao objeto da
atitude. Ao ouvir que a empresa será fundida com outra organização, você ficaria
motivado a procurar um emprego em outro lugar ou possivelmente reclamar com a
gestão a respeito da decisão relativa à fusão. Seus sentimentos em relação a ela
influenciam suas intenções comportamentais, e as atitudes que você decide tomar
dependem da sua experiência pregressa, personalidade e normas sociais de
comportamento adequado.
23
Comportamento Individual e Processos
24
e emo- cional do modelo de atitude, e torcer para que concordem entre si na maior
parte das vezes!
Alguns críticos afirmam que o foco principal da organização deve ser o de criar
emoções positivas no trabalho em si e também em ocorrências cotidianas naturais,
como a convivência com colegas simpáticos e clientes educados. Ainda assim, a
maioria das pessoas tem trabalhos que produzem emoções negativas, e as pesquisas
indicam que o humor e a diversão no ambiente de trabalho, sejam eles naturais ou
artificiais, podem compensar algumas dessas experiências negativas. Em geral, os
líderes corporativos precisam ter em mente que as emoções determinam as atitudes
dos funcionários e, como veremos posteriormente, as atitudes influenciam diversas
formas de comportamentos relacionados ao trabalho.
25
Dissonância cognitiva. As emoções e atitudes levam geralmente ao
comportamento, mas às vezes acontece o oposto por meio do processo de
dissonância cognitiva. A dissonância cognitiva ocorre quando percebemos uma
inconsistência entre nossas crenças, sentimentos e comportamentos. Essa
inconsistência gera emoções (como a da hipocrisia) que nos motivam a criar mais
consistência com a alteração de um ou mais desses elementos. Imagine que você vê
a si mesmo como um defensor do ambientalismo. Você também trabalha em uma
empresa petrolífera que parecia agir de forma ambientalmente correta até uma notícia
recente acusá-la, assim como outras do setor, de prejudicar o meio ambiente. Uma
tensão interna ocorre porque seu autoconceito “verde” (crenças) e sua opinião positiva
sobre o ambientalismo (sentimentos) são inconsistentes com seu emprego em uma
empresa com um péssimo histórico ambiental (comportamento). As pessoas sentem
essa tensão interna porque querem se imaginar criaturas racionais, o que exige algum
alinhamento entre seus pensamentos e suas ações. Trabalhar para uma empresa com
má reputação ambiental parece inconsistente com suas crenças e atitu- des sobre o
ambientalismo, então você é motivado a reduzir essa discrepância.
26
orgânico em adubo em casa). Em geral, essas acrobacias mentais mantêm algum
nível de consistência entre seu comportamento (trabalhar para a empresa petrolífera)
e suas crenças e atitudes em relação ao ambientalismo.
SAIBA MAIS!
27
GERENCIAR AS EMOÇÕES NO TRABALHO
28
Por exemplo, os comissários de bordo da Malaysia Airlines recebem bastante
treinamento para manterem a compostura e a simpatia em situações difíceis. “Eles
são apresentáveis? Respeitáveis? Deixam vocês confortáveis? Parecem amigáveis?”,
pergunta a Madame Choong Lee Fong, gerente de treinamento e normas da tripulação
da Malaysia Airlines. Os alunos da Malaysia Airlines Academy em Petaling Jaya
aprendem as artes do sorriso, do contato visual e também a manter o queixo erguido
em um nível que comunique confiança sem arrogância. A academia até tem espelhos
gigantes em algumas paredes para que os alunos sempre possam ver como suas
expressões faciais são vistas pelos outros. Os alunos recebem treinamento em
fonologia e aulas sobre como falar em público. Além disso, eles aprendem cuidados
pessoais e as formalidades do comportamento nos países atendidos pela companhia
aérea
Algum tempo atrás, a revista parisiense L’Express publicou uma série de artigos
especiais sobre a vida na América do Norte. Entre outras coisas, a revista comentou
que os garçons em restaurantes canadenses e americanos oferecem um serviço
“hipersimpático, sempre sorridente”, que parece desonesto para muitos europeus. “É
demais para mim. É simpatia demais”, explica Laurence Pivot, que editou a seção
especial da L’Express. Os comentários da revista francesa destacam as diferenças
culturais relativas a normas de demonstração emocional. Nos Estados Unidos e no
Canadá, espera-se que os garçons sejam consistentes em demonstrar simpatia e
outras emoções positivas para os clientes. Os clientes franceses também gostam de
simpatia no serviço, mas esperam que os garçons sejam mais transparentes do que
artificiais em seus deveres. Se o garçom está tendo um dia ruim, ele não precisa
esconder completamente as emoções correspondentes.
29
Um grande estudo indica a Etiópia, o Japão e a Áustria, entre outros, como
culturas que não incentivam a expressão emocional. Em vez disso, espera-se que as
pessoas sejam contidas, com entonação relativamente monotônica e sem
movimentos físicos e toques que demonstrem emoções. Culturas como as do Kuwait,
Egito, Espanha e Rússia, por outro lado, permitem ou encorajam uma demonstração
mais vívida das emoções e esperam que as pessoas ajam de acordo com suas
emoções reais. Nessas culturas, espera-se que as pessoas revelem mais
honestamente suas ideias e sentimentos, sejam dramáticas em seus tons de
conversação e tenham comportamentos não verbais mais animados. Por exemplo,
81% dos etíopes e 74% dos japoneses concordam que não é profissional expressar
emoções ostensivamente em suas culturas, enquanto 43% dos americanos, 33% dos
italianos e apenas 19% dos espanhóis, cubanos e egípcios concordam com a mesma
afirmação.
Dissonância emocional
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O trabalho emocional também cria conflito entre as emoções exigidas e as
verdadeiras. Quanto maior a lacuna, mais os funcionários tendem a sofrer estresse,
esgotamento no trabalho e separação psicológica do eu. O problema pode ser
minimizado por meio da atuação profunda em vez da superficial. Atuação superficial
envolve fingir demonstrar as emoções necessárias, mas continuar com sentimentos
internos diferentes. Já a atuação profunda envolve mudar as emoções verdadeiras
para que sejam compatíveis com as emoções necessárias. Em outras palavras, você
se treina para sentir de fato a emoção que deveria expressar. A atuação profunda
também requer considerável inteligência emocional, a qual discutiremos em seguida.
31
Inteligência emocional e desempenho de equipes e liderança
32
Desenvolvimento de Pessoas
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Liderança e Desempenho de Equipes
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Líder Democrático: o Líder assiste e instiga o debate entre todos os
colaboradores. É o grupo que esboça as providências e técnicas para atingir os
objetivos e todos participam nas decisões. Cada membro do grupo decide com quem
trabalhará e o próprio grupo que decide sobre a divisão das tarefas. O líder procura
ser um membro igual aos outros elementos do grupo, não se encarregando muito de
tarefas. É objetivo, e quando critica limita-se aos fatos. Este tipo de liderança promove
o bom relacionamento e a amizade entre o grupo, tendo como consequência um ritmo
de trabalho suave, seguro e de qualidade, mesmo na ausência do líder. O
comportamento deste líder é de orientação e de apoio. É o estilo que produz maior
qualidade de trabalho.
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Desenvolvendo Lideranças
Segundo Robbins (2002) muitas abordagens foram criadas e hoje se sabe que
para compreender a liderança é preciso entender o perfil do grupo que se lidera.
Inclusive, uma das conclusões a que chegaram os pesquisadores é que líderes
eficazes não utilizam apenas um estilo, mas adaptam seu estilo à situação. A liderança
pode ser desenvolvida desde que o indivíduo apresenta determinada característica.
O desenvolvimento da liderança acontece desde que o interessado desenvolva uma
aura de carisma (visão otimista, uso da paixão para gerar entusiasmo e uso da
comunicação com o corpo), crie um vínculo que inspire as pessoas a segui-lo e mexa
com as emoções dos liderados, despertando o potencial deles.
SAIBA MAIS!
Maria João Martins Rosa da Silva A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO
FACTOR DETERMINANTE NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Emoções, Expressões
Corporais e Tomadas de Decisão DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM GESTÃO /
MBA.
Acesse:
https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1529/1/Diserta%c3%a7%
c3%a3o%20Maria%20Jo%c3%a3o%20Rosa%20Silva.pdf
36
CRITÉRIOS PARA PADRONIZAÇÃO DA IE: DOIS MODELOS
TEÓRICOS
37
Uma das maiores contribuições de Mayer, Salovey e Caruso (2000) para o
campo de investigação da IE, refere-se ao fato de que sua teoria não se baseia em
promessas incomuns relacionadas ao potencial da IE. Estes pesquisadores têm
procurado expor as promessas e ditos populares referentes à IE como infundados,
visto a falta de evidências capazes de sustentar tais afirmações. Eles enfatizaram que
cientistas acadêmicos deveriam discernir entre senso comum e pesquisa científica.
Contrariamente a sobreposição de conceitos corrente nas concepções mistas da IE,
pesquisas têm apoiado a existência da IE como uma habilidade mental (assim como
a definem Mayer, Caruso, et al., 2000). A teoria prediz que a IE é uma inteligência
como outras existentes, pois ela comporta três critérios empíricos: (a) problemas
emocionais têm respostas certas ou erradas avaliadas por métodos de escores
alternativos (por consenso do grupo, por especialistas ou por consulta ao alvo, isto é
à pessoa que expressou emoções a serem avaliadas em determinado teste); (b) as
habilidades medidas se correlacionam com outros testes de habilidades mentais, e (c)
o nível da habilidade aumenta com a idade (Mayer, Salovey, et al., 2000).
38
INSTRUMENTOS DE MEDIDA DA IE
39
Entretanto, muitos autores afirmaram que auto-relatos não medem habilidades
emocionais. Brackett e Mayer (2003) argumentaram que estas medidas da IE não são
confiáveis, uma vez que estaria em jogo a capacidade acurada do indivíduo de
reportar suas próprias habilidades. Eles destacaram que, em geral, as pessoas seriam
informantes inacurados de suas próprias habilidades. Em concordância, Bueno e
Primi (2003) consideraram inadequado medir qualquer tipo de inteligência
questionando um indivíduo sobre o quanto ele se considera inteligente. Estes autores
também referiram um aspecto muito importante, que aponta para o fato de que a auto-
percepção da capacidade de solucionar problemas não se relaciona diretamente a
real capacidade de desempenho de um indivíduo. Assim como destacaram Mayer et
al. (2004a): "a inteligência auto-referida de uma pessoa é consideravelmente diferente
da sua inteligência real" (p. 203). Em uma pesquisa, Brackett e Mayer (2003)
demonstraram a fraca convergência entre escalas de IE de desempenho e as de auto-
relato, tendo sido observadas correlações de 0,18 e 0,21 entre o MSCEIT e o SSRI
(Schutte et al., 1998) e o MSCEIT e o E-QI (Bar-On, 1997), respectivamente. O SSRI
e o E-QI são medidas de auto-relato.
40
que permite inferir que esta escala se relaciona com medidas de inteligência, porém
distingue-se da inteligência geral padronizada. Outra pesquisa conduzida por
Woyciekoski (2006) obteve correlações significativas (p < 0,01) entre a escala de auto-
relato MIE e as dimensões Neuroticismo (r = -0,39) e Extroversão (r = 0,50).
41
medidas pelo 16PF) e não se correlacionado significativamente com habilidade
cognitiva. Padrões opostos foram obtidos com o MSCEIT.
42
VALIDADE PREDITIVA DA IE
Contudo, não está muito claro ainda o que a IE prediz. Alguns estudos
preliminares sugeriram que baixos escores em IE estariam relacionados ao uso de
álcool, cigarro e drogas ilegais, comportamento desviante e auto-destrutivo,
interações pobres (pouco significativas e sem profundidade) com amigos, além de
sentimentos de impotência (Brackett & Mayer, 2003; Trinidad & Johnson, 2001).
Enquanto isso, altos níveis de IE foram relacionados à qualidade das relações e
interações sociais, a habilidades sociais e comportamento próssocial, relações
familiares positivas, maiores níveis de otimismo e satisfação de vida (Brackett, Rivers,
Shiffman, Lerner, & Salovey, 2006; Mayer, Caruso, et al., 2000; Salovey, Mayer, et al.,
2001). Além disso, escalas de IE de desempenho também têm sido relacionadas a
gerenciamento de estresse, desempenho acadêmico e comunicação efetiva (Brackett
& Mayer, 2003; Brackett & Salovey, 2004; Mayer, Salovey, & Caruso, 2004b). Mayer
et al. (2004a) postularam que pessoas com altos escores em IE seriam mais aptas
para perceber as emoções, utilizá-las para produzir pensamento, compreender seus
significados, além de controlar as emoções de uma forma mais eficaz do que os
outros. Sobretudo, a capacidade de resolver problemas de ordem emocional, nessas
pessoas requeriria menos esforço cognitivo (Reis et al., 2007). Além disso, pessoas
emocionalmente inteligentes frequentemente apresentariam escores altos em
inteligência verbal, social, além de outras inteligências (especialmente se a
capacidade de compreensão das emoções também fosse alta), e tenderiam a ser mais
abertas a novas experiências e mais sociáveis. Estas pessoas se inclinariam mais a
trabalhos que envolvem interações sociais do que a profissões que requerem
atividades administrativas e financeiras. Pessoas com altos níveis de IE, também
43
seriam pessoas que tenderiam a estar mais aptas para identificar e reportar suas
metas, conquistas e objetivos. Abaixo, é apresentado e discutido o potencial de
aplicação da IE, além de suas contribuições para resolução de aspectos práticos da
vida.
Satisfação de Vida
Conforme Matthews et al. (2002), cada vez mais psicólogos têm apontado que
a capacidade de compreensão das emoções em si e nos outros, constitui um aspecto
crucial para uma vida satisfatória. Pessoas auto-conscientes e sensíveis aos demais
teriam maiores habilidades para administrar suas questões de forma mais sábia e
adequada ao contexto, mesmo quando em situações adversas. Por outro lado,
pessoas incapazes de reconhecer as próprias emoções e as alheias tenderiam a
vivenciar problemas como desentendimentos constantes, frustrações e fracassos
relacionais.
Contexto Clínico
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alheias culminaria numa melhor compreensão da relação da pessoa com os outros e
com o ambiente que lhe cerca, o que por sua vez, poderia promover regulação
emocional mais adaptada, além de maior bem-estar (Salovey, Bedell, Detweiler, &
Mayer, 2000). Pessoas com altos níveis de IE poderiam obter maior aproveitamento
de um processo terapêutico, bem como talvez pudessem apresentar menores índices
de desistência ou abandono da terapia. Salovey et al. (2000) afirmaram que a
capacidade de reconhecer as emoções e modificar certos pensamentos que
ocasionam reações emocionais insatisfatórias constitui um dos objetivos centrais de
um tratamento. Portanto, uma terapia envolveria uma aprendizagem por parte do
paciente, sobre como discriminar suas emoções, bem como as dos outros.
45
Contexto Escolar
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Contexto Organizacional
Com base nesta premissa, tem sido apontada uma série de competências
emocionais e sociais, as quais constituiriam precursores cruciais do sucesso
ocupacional (Cooper & Sawaf, 1997; Goleman, 1998; Matthews et al., 2002). Estas
competências envolveriam: (a) a auto-consciência emocional (insights psicológicos,
reconhecimento de emoções e sentimentos próprios e alheios); (b) a capacidade de
identificar as necessidades dos outros e responder de forma adequada e (c) a
capacidade de regulação emocional. Desta forma, tem-se postulado que a IE
apresentaria validade preditiva para uma série de comportamentos organizacionais,
em um nível superior ao da inteligência (Cooper & Sawaf, 1997). Em 1995 e 1998,
Goleman afirmou que a IE seria capaz de predizer o sucesso na vida e no trabalho.
Embora tais afirmações careçam de bases científicas, seria pertinente reconhecer a
IE como um preditor adicional do sucesso organizacional, porque ela influenciaria a
habilidade das pessoas em lidar de forma efetiva e adaptada nas situações que
envolvessem pressões e demandas ambientais. Similarmente, Salovey et al. (2000)
argumentaram que pessoas inteligentes emocionalmente deveriam ser mais bem
sucedidas ao responder a situações estressantes, porque elas seriam mais capazes
de avaliar as suas emoções e, portanto, regulá-las. Além disso, a capacidade de
compreender as pessoas constituiria um aspecto importante de qualquer
gerenciamento efetivo (Goleman, 1996, 1998). Embora o gerenciamento de pessoas
envolvesse capacidades técnicas, ele envolveria também as emocionais; e a posse
de ambas habilidades poderia fornecer informações relevantes para otimizar a
execução dos trabalhos organizacionais (Matthews et al., 2002).
47
ao desempenho do indivíduo no seu trabalho, bem como às relações interpessoais
estabelecidas neste ambiente. Esta preocupação é pertinente na medida em que os
ambientes organizacionais são caracterizados por relacionamentos interpessoais e
pela presença freqüente de conflito. Sendo assim, Day e Carroll (2004) afirmaram que
o sucesso no trabalho envolveria, além do trabalho propriamente dito ou desempenho
da tarefa bem sucedido, o desempenho de outros comportamentos considerados
relevantes para um grupo ou organização. Já em 1964, Katz (citado por Matthews et
al., 2002) havia referido que o sucesso no trabalho seria também determinado por
comportamentos que promovessem a ajuda mútua entre colegas e a própria
instituição, criando um clima organizacional positivo. Mayer, Salovey, et al. (2000)
propuseram que as pessoas emocionalmente inteligentes estariam aptas a identificar
o estado emocional de seus colegas, clientes e superiores, além de responder de
forma apropriada as suas percepções. Elas seriam mais hábeis para se engajar em
grupos e promover cooperação. Também tenderiam a ser empáticas (Ciarrochi et al.,
2000) e, portanto, segundo Abraham (1999), mais inclinadas a adotar a visão da
organização e agir de forma benéfica para a empresa. Giles (2001, citado por Mayer,
Salovey, et al., 2000) encontrou correlações positivas entre aspectos do envolvimento
organizacional de subordinados e a IE de supervisores. Igualmente, relações com
clientes poderiam sofrer a influência positiva da IE.
48
APRENDA MAIS:
• OS PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DE
DANIEL GOLEMAN - INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=vFq9n7xZadI
• INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DO
EMPREENDEDOR
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=B_s2_Bdi8XA
49
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Como efeito disso, escalas de auto-relato têm apresentado maior validade
preditiva do que testes de desempenho (ver Bar-On, 1997). Contudo, esta validade é,
sobretudo, conseqüência das sobreposições excessivas destas escalas com
construtos existentes. Conforme ressaltaram Petrides e Furnham (2001), a distinção
daquilo que é considerado unicamente IE dos traços de personalidade é um aspecto
crucial para progressos futuros. Segundo apontaram Matthews et al. (2002), a
ausência de clareza conceitual nas definições de IE, pode significar que diferentes
concepções da IE podem, na realidade, estar produzindo qualidades psicológicas
distintas.
Ainda, conforme ressaltaram Matthews et al. (2002), não faz sentido
operacionalizar a IE como um construto inteiramente independente de medidas
existentes baseadas em habilidades. Instrumentos de auto-relato de IE em geral não
se correlacionam com medidas de IE de desempenho, além de não se
correlacionarem com escalas de inteligência, permitindo inferir que não podem
constituir uma medida de nenhum tipo de inteligência (no caso da IE).
Independentemente destas considerações, a IE não deve ser considerada como um
campo infrutífero, ou os esforços de seus proponentes devem ser depreciados, pois
se trata de um construto complexo, que apresenta problemas conceituais e
metodológicos, o que não é incomum na psicologia.
É necessário, porém, avançar no conhecimento desta área, através do
desenvolvimento de medidas de desempenho, similares às utilizadas na pesquisa em
inteligência. Este aspecto psicométrico é fundamental para que se possa conceber a
IE como uma forma de inteligência. Conforme recomendaram Matthews et al. (2002),
um teste de IE poderia ser considerado ideal se comportasse quatro critérios:
fidedignidade, validade de conteúdo, validade preditiva e validade de construto. No
panorama atual observa-se que os maiores progressos ocorreram em relação à
fidedignidade, uma vez que escalas de auto-relato e de desempenho demonstram
elevada consistência interna. Todavia, a validade de conteúdo e de construto
(especialmente a validade convergente e discriminante) ainda é deficiente e necessita
mais pesquisa. Aparentemente, apenas o MEIS e o MSCEIT parecem contemplar
estes critérios, apesar de que também constituam medidas que necessitam de
aprimoramento (Brackett & Mayer, 2003; Roberts et al., 2001; Zeidner, Matthews, &
Roberts, 2001), com relação a seus fundamentos teóricos e a sua validade preditiva,
até que possam constituir medidas legitimas da IE. Embora a IE (medida por testes
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de desempenho) correlacione-se em algum nível com testes que medem habilidades
verbais, ela apresenta apenas uma modesta correlação com medidas de
personalidade dos CGF, por exemplo (Salovey & Grewal, 2005). Em um estudo
conduzido por Brackett e Mayer (2003), o MSCEIT foi o teste de IE que mais se
distinguiu de escalas de Bem-Estar e dos CGF, enquanto que as escalas de auto-
relato utilizadas na pesquisa se correlacionaram mais fortemente com estes testes,
apresentando sobreposições substanciais com estes construtos. Isso também explica,
como já fora mencionado, o fato de auto-relatos e testes de IE baseados em
desempenho apresentarem fracas correlações. Estes padrões de resultado
evidenciam que o sistema criado por Mayer, Caruso, et al. (2000) representa o modelo
corrente mais satisfatório, porque o MSCEIT constitui um teste designado a medir a
IE como um conjunto de habilidades e competências, e não por meio de dimensões
da personalidade.
Mesmo que tenham sido feitas promessas acerca das contribuições práticas da
IE em diferentes contextos, é necessário assumir que apenas nos encontramos num
estágio inicial da pesquisa, e não há evidências plausíveis capazes de justificar o uso
de testes de IE em larga escala nos mais diversos contextos. Pouco se sabe sobre a
validade preditiva do MSCEIT e de outras medidas de desempenho. Por outro lado,
conforme salientaram Matthews et al. (2002), o modelo de Mayer, Salovey e colegas
merece ser aplaudido, na medida em que têm sido feitas iniciativas sofisticadas para
definir e medir o que se entende por emocionalmente inteligente. Como destacaram,
a inteligência tem sido estudada por mais de um século, o tempo suficiente para que
possa ter sido acumulado um corpo científico sólido, capaz de compreender melhor a
sua estrutura, processos, e mecanismos. Não deve se estranhar, que exatamente as
questões específicas levantadas hoje na pesquisa em IE, constituiriam os aspectos
por muito tempo discutidos e investigados na pesquisa em inteligência.
O saldo positivo dos esforços até então acumulados refere-se ao fato de a IE
enfatizar a noção de que o sucesso e a adaptação na vida diária, nos mais diversos
âmbitos (pessoal, interpessoal e profissional) não dependem unicamente da atividade
intelectual. Sobretudo, eles são largamente influenciados por outros fatores, como
sensibilidade emocional, competências emocionais e sociais, além da capacidade de
sentir e pensar de forma integrada de modo a utilizar estas informações para criação
de comportamentos estratégicos e resolução de problemas.
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REFERÊNCIAS
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