TCC - Ana - MPF - VF
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1 INTRODUÇÃO
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Acadêmica do curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. E-mail: endereço de e-mail do Autor do Artigo.
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Mestre em Psicologia (PPGP/UFSC). Professor do Curso de Psicologia na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
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Contudo, sobre o que orienta o Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Brasil, se faz
necessário discorrer sobre alguns conceitos da Psicologia Educacional e Escolar, antes de
entrar mais sobre essas inquietações que me levaram a escolha do tema para esse trabalho de
conclusão de curso da graduação de psicologia. Afinal, essa/e profissional atuará a partir de
qual enfoque na área da educação? Seria na Psicologia Educacional ou na Psicologia da
Educação, ou na Psicologia Escolar? Quais as diferenças dessas nomenclaturas e conceitos
dentro desse campo de estudos?
De acordo com Antunes (2008), a Psicologia Educacional é entendida como a área que
organiza os saberes já produzidos relativos aos fenômenos psicológicos e desenvolve novos
saberes dentro do processo educativo, sendo essa também chamada de Psicologia da
Educação. Distintamente, a Psicologia Escolar está no campo de atuação, essa que faz uso da
Psicologia da Educação em espaços socioeducacionais, através de intervenções. Ambas são
necessárias para a atuação da/o psicóloga/o na escola, como discorre Freire (1996) “[...] a
teoria sem a prática vira "verbalismo", assim como a prática sem teoria vira ativismo. No
entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora
da realidade” (p. s/nº).
O Conselho Federal de Psicologia (2019e) norteia algumas atribuições necessárias
para caracterizar a atuação da/o psicóloga/o educacional/escolar. Essa/e profissional da
psicologia inicialmente instrui-se e apropria-se de um saber específico dentro da psicologia
para educação, esse saber deve possibilitar a essas/es psicólogas/os uma visão crítica e
humanizada para as singularidades dos sujeitos que integram esses espaços e de alguma forma
estão envolvidos nos processos de escolarização. Assim, atuando de forma humanizada sem
que deixe de questionar e problematizar todas ou as possíveis dimensões que constituem a
sociedade a qual fazem parte, ampliando o olhar para além das estruturas físicas que
compõem a escola, acessando os espaços que cercam a mesma, e atravessam as micros e
macros relações dos sujeitos que pertencem a essa sociedade (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2019).
As proposições atuais do Conselho Federal de Psicologia, a partir dos debates em
torno da prática da/o psicóloga/o escolar/educacional concentram-se na escolha de uma
prática comprometida com o social. Essas propostas encontram eco em Freire (1967, p. 35)
quando indica “[...] não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio.”
A educação é resultado de experiências compartilhadas, onde as/os educadoras/os e
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educandas/os compõem juntas/os, na interação com o mundo. Freire (1977), educador tão
combatido na atualidade, nos lembra que a educação deve ser libertadora e humanizadora,
onde as pessoas não são apenas plateia nas salas de aulas, mas atuam fazendo parte da
reconstrução do mundo e na construção de novos saberes. A educação libertadora deve ser
capaz de promover consciência crítica, que impulsiona a pessoa a participar no mundo. Porém
nem sempre a/o educadora/o consegue ser coerente com seus discursos, muitas vezes se veem
impedidas/os de atuar e reproduzem violências a serviço da desumanização, desmotivando a
criatividade, a participação tratando vidas como lixeiras depositando conteúdos que não
serviram de nada.
Visto que as pessoas são inseridas numa sociedade que já tem suas bases e pilares pré-
estabelecidos, como a/o psicóloga/o escolar/educacional pode atuar de forma libertadora e
humanizadora? Como não replicar e compactuar com processos educacionais reproduzem
uma educação bancária? Como a/o psicóloga/o pode atuar no contexto educacional de modo a
atenuar as desigualdades sociais? Segundo Freire (1977), para não reproduzir uma educação
“bancária”, que contribui para uma atuação a serviço da reprodução das desigualdades,
teremos que atuar contra a alienação e a manutenção da mesma lógica, para uma libertação
autêntica que se dá num processo de humanização, necessita de práxis essa “[...] que implica
na ação e na reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo” (FREIRE,1977, p.38).
Na direção do que foi posto até o momento, o Conselho Federal de Psicologia (2019e)
orienta que a/o psicóloga/o escolar atue na elaboração de projetos e trabalhos que visem a
manutenção e a transformação da sociedade, que integre todas/todos envolvidas/os no
processo educativo, como as/os educadoras/es, alunas/os, família e comunidade. Ainda sobre
a prática da/o psicóloga/o escolar, entende-se que devem atuar junto a equipe interdisciplinar
nas questões que envolvem os processos de aprendizagem, participando do cotidiano escolar,
assim como no projeto político pedagógico, compreendendo e respeitando as singularidades
dos sujeitos, buscando conhecer os aspectos externos e internos, a fim de refletir e mediar
sobre as questões que atravessam as subjetividades dos sujeitos, no intuito de contribuir para
uma prática pedagógica humanizadora, numa educação crítica frente a questões como:
fracasso escolar, evasão e abandono, violências e violações de direitos, racismo, sexismo, etc.
A/O psicóloga/o deve atuar no propósito de uma educação inclusiva, que crie
condições para o enfrentamento de deficiências, com olhar crítico que a/o motive como
profissional a conhecer e compreender as verdadeiras deficiências presentes nos processos
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educacionais. Essas que podem vir a ser estruturais e estar presente nos projetos, na
instituição, não se limitando aos sujeitos e suas dificuldades, atuando com sensibilidade para
uma possível práxis humanizadas na defesa dos direitos humanos, ao acesso e permanência a
uma educação comprometida com a realidade dos sujeitos.
Compreende-se que, com a aprovação da Lei 13.935 (2019), que prevê em seu
cumprimento a contratação dessas/es profissionais em todo território nacional brasileiro,
surjam expectativas por parte das pessoas envolvidas no campo da educação, sendo elas
ligadas diretamente às instituições de ensino, e como a comunidade escolar, familiares, entre
outros. Porém, o ponto central da pesquisa se restringe à análise dos conteúdos presentes no
currículo de formação da/o psicóloga/o de uma Instituição de Ensino Superior (IES),
localizada no Sul do Brasil, e como os conteúdos desse currículo estão aderentes para a
atuação desta/e profissional no contexto escolar, mais especificamente na educação básica da
rede pública.
A discussão sobre o currículo de formação do Psicólogo deve ser realizada de forma
crítica. Nesse sentido deve-se questionar não apenas “o que” deve ser ensinado, mas o “para
que” ensinar determinados assuntos. Segundo Silva (1998, p.8) “o currículo não é constituído
de conhecimentos válidos, mas de conhecimentos considerados socialmente válidos”. Ao
pensar na elaboração de uma grade curricular, se faz necessário compreender, conhecer,
considerar elementos culturais que transcendem e atravessam a cultura como um todo e
relevam as culturas que constitui a identidade e a subjetividade dos sujeitos que compõem a
sociedade (SILVA, 1999).
3
Deputado(a) Federal - 1999-2003, ES, PTB, Dt. Posse: 01/02/1999; Deputado(a) Federal - 2003-2007, ES, PTB, Dt. Posse: 01/02/2003.
Autor da PL 3688/2000 disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=20050>.
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história do projeto de lei 3688, o qual se tornou a Lei 13935 (2019). Nestes quase vinte anos
de tramitação, ganhou, ao longo de sua trajetória, novas emendas e novas/os apoiadoras/es
(BRASIL,2000). O projeto de lei 3688 (2000) do ex-deputado José Carlos Elias, junto às
equipes de profissionais da psicologia e de serviço social, propôs atender as/os educandas/os
dos ensinos fundamental e médio, com o intuito de colaborar com melhorias no processo de
aprendizagem, nas relações entre educandas/os, educadoras/es e a comunidade escolar, além
de estabelecer uma parceria com as/os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), caso
houvesse necessidade de demanda de atendimentos nesses espaços (BRASIL, 2019).
Nesses quase vinte anos de luta dos conselhos federais de Serviço Social e Psicologia,
além da sociedade civil, movimentos sociais e das/os profissionais da educação, até sua
aprovação como lei ordinária, houve muitas discussões para sustentar a importância dessas/es
profissionais na educação básica dentro da rede pública em todo território nacional brasileiro.
Dentre essas discussões, em participações em reuniões, audiências e votações no
Congresso Nacional, o conselho federal de Psicologia produziu, além de notas e documentos,
o livro “Violência e Preconceito na Escola”4 publicado em 2015, resultado de pesquisas e
parcerias que demonstram as contribuições da Psicologia no contexto escolar e a relevância
das/os psicólogas/os em equipes multidisciplinares na educação básica da rede pública no
Brasil (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2019a). A luta que resultou na aprovação
do projeto de lei 3688/2000 no Senado e na Câmara dos Deputados não se encerrava com as
argumentações apresentadas pelos Ministérios da Educação e da Saúde, pois no dia 12 de
setembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar o projeto de lei com a
justificativa:
[...]A propositura legislativa, ao estabelecer a obrigatoriedade de que as redes
públicas de educação básica disponham de serviços de psicologia e de serviço social,
por meio de equipes multiprofissionais, cria despesas obrigatórias ao Poder
Executivo, sem que se tenha indicado a respectiva fonte de custeio, ausentes ainda
os demonstrativos dos respectivos impactos orçamentários e financeiros, violando
assim as regras do artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
bem como dos artigos 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal e ainda do artigo
114 da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019 (Lei 13.707, de 2018) (BRASIL,
2019).
4
Violência e preconceitos na escola: contribuições da Psicologia /V792 Organizadores: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e
Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb) ; Autores: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)...[et al.]. –Brasília,
DF : Conselho Federal de Psicologia, 2018.402 p. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/publicacao/pesquisa-violencia-e-preconceitos-na-
escola/>.
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13.935/2019 o tema foi abordado em artigos desde o ano de 1998 até o ano de 2020, por essa
razão o corte foi realizado pelo o que mais se aproxima da temática principal deste trabalho e
não restrito a pesquisa de artigos dentro do período de até 10 anos antes da aprovação da lei,
entre esses elencou-se 18 artigos.
A relevância desses artigos se deu por tratar de assuntos que estão relacionados a
atuação da/o psicóloga/o na escola pública, na educação básica, na inclusão, no projeto
político pedagógico, nas queixas escolares, nas violências no âmbito escolar, na educação de
saúde, fracasso escolar e patologização. Com os descritores educação básica, psicologia
escolar, orientação educacional, foram encontrados 2 artigos, dos quais 2 foram selecionados.
A relevância desses artigos se deu por tratar de aspectos que permeiam a prática da
profissional de psicologia na escola e na educação.
Por longos anos a Psicologia tem atuado na Educação junto a produção de
conhecimento de ensino- aprendizagem, na participação nas instituições de ensino na
formação de educadores, nas questões escolares, no entanto não se pode deixar de lembrar
que durante esses anos ela como ciência e profissão também colaborou com práticas
excludentes, de patologização que resultou em fracasso escolar (YAMAMOTO, 2013;
BULHÕES, 2018; SOUZA,2020).
Contudo a psicologia voltou o olhar às suas práticas de uma maneira crítica, na
tentativa ressignificar o papel da psicologia na educação, esta que está longe de ser
atendimentos clínicos as/os “desajustadas/os” , assim fazendo uso de novas lentes para
acolher as queixas escolares, buscando compreender os fatores que estão além dos intramuros,
esses que fazem parte da vivência na macro política, atuando como mediadoras/es desses
espaços e sujeitos que transitam além dos muros das instituições de ensino YAMAMOTO,
2013; BULHÕES, 2018; SOUZA,2020).
Ainda sobre a prática profissional da/o psicóloga/o na educação e na escola é de
conhecimento que essas/es profissionais de psicologia enfrentam muitos desafios para realizar
seu trabalho com autonomia, muitas vezes sendo frustrada/o pela burocratização, por não
serem reconhecidas/os no campo da educação, por ainda sua imagem profissional ser muito
25 relacionada à saúde e a avaliação psicológica (YAMAMOTO, 2013; BULHÕES, 2018;
SOUZA,2020). No entanto, ainda não se tinha uma lei aprovada que se estendesse há todo
território nacional da obrigatoriedade e do reconhecimento dessas/es profissionais de
psicologia na educação básica da educação nas escolas públicas.
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2 MÉTODO
Segundo Marconi (2004), é através do método que se traça o caminho para alcançar
um ou mais objetivos, que se constroem por meio de procedimentos, no intuito de obter-se as
bases para a realização da investigação. Essa pesquisa possui natureza qualitativa (MINAYO;
DESLANDES; GOMES, 2009), focada em problematizar a formação das/dos profissionais de
psicologia para atuar na educação básica segundo as atribuições descritas pelo Conselho
federal de Psicologia através da análise de uma grade curricular.
Caracteriza-se como uma pesquisa documental, na qual buscou apreender informações
dos dados contido em documento, sendo este um arranjo curricular. No contexto da proposta
desta pesquisa, o interessante é a relevância desse documento para análise documental, pois
a/o pesquisador/a, após extrair os dados significativos para pesquisa, terá uma a tarefa de
compreender as informações contidas no documento, em vista de atender a proposta dos
objetivos que norteiam essa pesquisa (KRIPKA, 2015).
O documento, para a pesquisa documental, é o retrato de um tempo, esse que pode ser
marcado por séculos, décadas, anos ou meses. No caso do currículo, é um documento que
poderá ter o tempo entre meia década, no mínimo, na qual se estipula o prazo da formação de
uma/um profissional de psicologia, contendo informações e conteúdos escritos que mostram a
base e as atribuições dessas/es profissionais de psicologia e das futuras/os graduandas em
formação ainda nesse ano de 2020 (KRIPKA, 2015). É fato que o arranjo curricular poderá
sofrer alterações no ano de 2021, porém a análise se limita a formação das/dos psicólogas/os
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A análise documental na pesquisa qualitativa é o método que constitui etapas nas quais
caracteriza, codifica e categoriza as informações, a fim de obter material para a análise crítica.
Para categorização dos dados, utilizou-se o manual Psicólogas(os) e Assistentes Sociais na
Rede Pública de Educação Básica: orientações para regulamentação da Lei 13.935, de 2019”,
norteando a seleção dos dados relevantes, como já citado anteriormente nos objetivos. A
análise de dados iniciou com a leitura das ementas, que descrevem os conteúdos das
disciplinas. Em seguida foi realizada a seleção das disciplinas que apresentaram as atribuições
mínimas para a formação da/do profissional de psicologia na atuação área escolar e
educacional, segundo as orientações do Conselho federal de Psicologia para regulamentação
da Lei 13.935, de 2019.
desse currículo e indaga-se estará apta/o a/o educanda/o que escolher outras ênfases sendo não
dentre 2 uma delas a psicologia escolar/educacional?
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA:
ARRANJO CURRICULAR DE BACHARELADO
12. Propor e participar de atividades formativas destinadas à comunidade escolar sobre temas
relevantes da sua área de atuação;
15. Propor ações, juntamente com os professores, pedagogos, alunos e pais, funcionários
técnico-administrativos e serviços gerais, e a sociedade de forma ampla, visando melhorias nas
condições de ensino, considerando a estrutura física das escolas, o desenvolvimento da prática
docente, a qualidade do ensino, entre outras condições objetivas que permeiam o ensinar e o
aprender.
Fonte: Conselho Federal de Psicologia, 2020.
A análise dos documentos buscou relacionar os conteúdos descritos nas ementas com
as atribuições descrita no quadro 1, problematizando a formação e a atuação dessas/es
profissionais de psicologia na educação básica. As disciplinas selecionadas foram combinadas
com as quinze atribuições descritas no manual “Psicólogas(os) e Assistentes Sociais na Rede
Pública de Educação Básica: orientações para regulamentação da Lei 13.935, de 2019” sendo
distribuídas referente ao conteúdo equiparado com a atribuição.
[...] Sua “disciplina” é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a
indispensável criticidade (FREIRE, 1981, p.8).
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As/Os Psicólogas/os têm suas práticas norteadas pela ética e pelo órgão que
regulamenta a profissão no território brasileiro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), que
fundamenta os princípios da profissão na Declaração Universal dos Direitos Humanos,
visando a integralidade e a equidade, desenvolvendo melhorias para que as práticas promoção
da liberdade e dignidade (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2020).
Segundo Conselho Federal de Psicologia, as práticas das/os psicólogas/os na educação
está na participação e atuação que podem auxiliar na solução de problemas cotidianos e
favorecer a autonomia na busca de novas estratégias e ferramentas no enfrentamento de
dificuldades na rotina diária da escola, além de favorecer a relação escola-família-comunidade
como parte da equipe multidisciplinar apoiando e valorizando o trabalho das/os educadoras/es
e pensando no bem estar de toda comunidade escolar (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2019b).
Além das disciplinas que compõem conteúdos citados acima, ao pensar em uma
equipe multidisciplinar e em instituição, não se pode ignorar que a/o psicóloga/o esteja
preparada/o para atuar em equipe, que esteja apta/o a distinguir uma consultaria interna e
externa de uma organização, instituição, da gestão, do comportamento organizacional, assim
podendo ter ciência dos processos básicos de um diagnóstico organizacional, como obter
dados para realizar planejamentos, estratégias e intervenções. De acordo com Freire (1981),
atuar com os outros, exercendo o papel de trabalhador/a social na busca da compreensão na
complexidade dentro da estrutura social num exercício contínuo, desafiando a si como parte
da engrenagem e aos outros a pensar criticamente, para não se envolver na prática do
assistencialismo, que está longe de transcender o exercício social e causar mudanças social.
Ao refletir sobre mudança social, a segunda atribuição, propõe a participação na
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elaboração de políticas públicas. Neste sentido, ponderou-se que muitas disciplinas podem
auxiliar, todavia as disciplinas que compõem conteúdos de cultura, política e cotidiano,
construção dos sujeitos nos espaços da sociedade como todo e instituições, saúde e
constituição social do sujeito, modo de subjetivação, marcadores sociais, econômicos e
geopolíticos. As Políticas públicas é um dos recursos para garantia de direitos de assegurá-los
e de promovê-los, sendo um dos grandes desafios da Psicologia.
Nesse sentido, a importância de localizar de que política pública está no micro e nas
macros formas de busca da resolução pacífica de conflitos, um conceito demasiadamente
amplo, restringe pouco, porém é possível delimitar e estabelecer que a política consiste em:
O caráter estatal das políticas públicas, por um lado envolve uma ampla equipe e por
outro lado, compreendem um conjunto de decisões e ações relativas a recursos, que são
materiais, técnicos, financeiros, logísticos, envolvendo mais pessoas e representantes para
decisão e a obtenção desses recursos, com proposito de resultados, esse que requer das/dos
envolvidas/os as diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar nas decisões
tomadas. Decisões essas, que possui uma hierarquia política, se faz necessário a distinção
entre política pública e decisão pública, para pensar a serviço de quem essa política pública
está ou pretende estar, ao falar de uma participação cidadã, da garantia de direitos, dos
direitos de todas/os, do enfrentamento às violações e da exclusão social, essa política pública
se colocar à disposição de populações ordenadas, promovendo a inclusão e a construção do
empoderamento e da emancipação das/os cidadã/os (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2010).
O foco da atuação da/o psicóloga/o escolar/educacional nos trabalhos de políticas
públicas, “é na emancipação do cidadão e, para essa emancipação ocorrer, é fundamental que
o cidadão seja empoderado”. Para atuar no empoderamento, a/o profissional deve saber o que
fazer independente da área de atuação e seus limites por essa razão a troca de conhecimentos
e a união de uma equipe multidisciplinar ganha e da força na produção de melhores
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as medidas, assim identificando causas ou possíveis causas das crianças- problema. Com a
coleta de dados era possível saber o quadro e intervir diante do apresentado, por algum tempo
esse modelo atendeu, de alguma forma, os objetivos inicialmente propostos, porém o contexto
mudou e as antigas intervenções não conseguiam mais suprir as novas demandas
(CONSELHO FEDERAL DE PSIICOLOGIA,2018).
Demandas essas que solicitaram olhares mais humanizados e críticos, sendo esses
olhares das/os psicólogas/os, das/os professoras/es, de todas/os as/os profissionais que
atuavam no contexto escolar, de toda a sociedade diante de tanta segregação e marginalização.
Diante desse contexto apareceram pessoas dispostas a contribuir para melhorias, porém no
que se refere à educação Paulo Freire (1921-1997) foi um dos maiores destaque se tornando
referência no Brasil e no mundo. O autor muitas vezes, em sua trajetória hasteou a bandeira
da educação como um direito de todas/os, em defesa dos excluídos provocou educadoras/es a
se questionar, conquistando muitos adeptos. Para ele o ato de formar era muito mais do que
simplesmente treinar, era preciso ter um olhar mais amplo em relação as/os educandas/os,
pois não se tratava de páginas em branco, nem tão pouco folhas iguais. Essas pessoas vinham
de e viviam em contextos sociais diferentes, muito deles de escassez de recursos para
sobreviver, realidades essas que afetam muito no desenvolvimento e consequentemente no
aprendizado (FREIRE, 1977).
Na obra “Pedagogia do oprimido” o autor discorre sobre a importância da luta pela
humanização e desalienação, onde o educador não deve se contentar em ser um narrador, o
qual deposita nas/os educandas/os conteúdos a fim de preencher espaços. Nem se deve ficar
confortável no status de superioridade, mas sim pode se permitir ouvir, compartilhar e
reconhecer que as/os educandas/os podem colaborar nessa relação e fazer dela uma troca.
Possibilitando que essas relações sejam um caminho de mão dupla, transformando a escola
num espaço de trocas de saberes, promovendo o pensar, o refletir, dando espaço para
discussões e pontos de vista diferentes, gerando novos conhecimentos, inclusive incentivando
o respeito às diferenças e os diferentes saberes (FREIRE, 1977).
Atuando com intuito de uma educação libertadora e inclusiva que incorpora, íntegra e
está a serviço da humanização, da vida, da participação ativa dos sujeitos e não mais a
desserviço da vida com uma concepção “bancária”, a qual tem como ideal a opressão, essa
que se alimenta “do amor à morte e não do amor à vida”, que dificulta o conhecimento e a
busca pelo mesmo, produzindo marionetes quais reproduzem o conteúdo sem reflexão crítica,
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pois as/os alunas/os não são desafiadas/os a serem investigadoras/es críticas/os (FREIRE,
1977, p.36).
A terceira atribuição também propõe que essa busca esteja juntamente com as equipes
pedagógicas, garantir o direito a inclusão de todas as crianças e adolescentes. Como citado
anteriormente, a atuação dessa/e profissional requer bases de conhecimentos e práticas com
intuito de compartilhar e auxiliar na saúde, no sofrimento psíquico, nas situações de
violências institucional, nos conflitos internos e externos, até mesmo em situações de
desastres. Relações família-escola, escola-educanda/o, questões que compõem a subjetividade
da pessoa desmistificando pré-conceitos dentre elas de cultura, gênero, corporalidade,
relações interétnicas, loucura, psicopatologia, farmacologia, avaliação psicológica.
Quadro 4 – Disciplinas relacionadas a atribuição de nº 3, contribuir com a promoção dos processos de
aprendizagem, buscando, juntamente com as equipes pedagógicas, garantir o direito a inclusão de todas as
crianças e adolescentes.
Disciplinas Trechos das ementas
Sociedade e Loucura A história da loucura, dos gregos aos dias de hoje. Os anormais. O poder psiquiátrico.
Antipsiquiatria e movimento antimanicomial. Capitalismo e esquizofrenia. Biopoder e
biopotência A loucura na (da) sociedade moderna contemporânea.
Mídia e Subjetividade Teorias da comunicação: discussões interdisciplinares. Problematizações acerca do
conceito de subjetividade. Mídia e educação. Diálogos entre mídia e psicologia. A mídia
como objeto de estudo: aspectos metodológicos. A interface gênero e mídia. Ações
políticas no campo da mídia.
Educação Popular Raízes históricas da educação popular no Brasil. As diferentes concepções e perspectivas
da Educação Popular no Brasil. As principais experiências na década de 60. A redefinição
dos movimentos populares pós-78. Os novos desafios da Educação Popular.
Estudos da Juventude Contemporânea Cultura Juvenil: subjetividade, identidade, sociabilidade; Grupos juvenis e processo de
mudança; Juventude e mundo do trabalho; Escolarização ensino fundamental, médio,
educação de jovens e adultos; cultura escolar e a transgressão, indisciplina e violência;
Formas associativas juvenis e temas emergentes juvenis.
Processos Psicológicos na Adolescência e Adolescência e Juventude como Categorias Sociais numa Perspectiva Histórica e
Cultural. A Adolescência no Mundo Contemporâneo. Teorias Psicológicas sobre a
Juventude
Adolescência.
Educação, Sociedade e Processos de Educação, cidadania e modernidade. Identidade e características da profissão docente.
Relações históricas entre Psicologia, processos de escolarização e políticas em Educação.
Escolarização
Questões contemporâneas da formação e atuação docente.
Gênero, Corpos e Sexualidades Problematizações acerca dos conceitos gênero, corpo e sexualidade. A questão da norma
e das normalizações/normatizações. Sexo/gênero e sua produção histórica. Movimentos
sociais e sexualidades
Ética e Legislação Profissional em Psicologia Ética como campo de conhecimento e de relações sociais. Ética, moral e conduta. Código
de Ética Profissional e Resoluções Normativas do Conselho Federal de Psicologia.
Orientações e dilemas éticos na conduta profissional. A/O psicóloga/o como profissional:
responsabilidades, direitos e deveres.
Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Perante o que foi exposto refletir, ponderar e (re)pensar de forma criteriosa nas
atribuições; quarta orientar nos casos de dificuldades nos processos de escolarização e na
quinta realizar avaliação psicológica a partir das necessidades específicas identificadas no
processo educativo, e nas disciplinas que contemplam o conhecimento para saber aplica-lo de
forma a não retroceder, entende-se que as matérias que contemplam esta atribuição são
aquelas que abrangem modos de assegurar a inclusão e a equidade dentro dos contextos
escolares na construção social do sujeito, socialização, garantir condições a todas e todos
educandas/os compartilhando conhecimento e construindo projetos em equipe, numa
constante troca e avaliação de todo contexto a qual se insere, desvencilhando das armadilhas
que submergem e cegam ignorando que pessoa nasce dentro de uma sociedade e experencia
vários ou alguns contextos e um deles é a escola. Ao orientar as/os educandas/os deve-se
questionar que esses projetos devem ter o envolvimento da equipe no contexto escolar a qual
pretende-se trabalhar, ao se pensar num projeto na qual se avalia e analisa dificuldade essa
deverá se expandir para as dificuldades dos contextos dessas/es educandas/os além de
educadoras/es, gestoras/es e o núcleo familiar e comunidade.
A análise deve-se partir do todo não negando a singularidade, mas cabe ressaltar que
que quando se cita avaliação psicologia cabe sim a/o psicóloga/a identificar com muita
responsabilidade para articular com a rede a melhor forma de acolhimento a questões
dessas/es educandas/os
Considerando a história do sujeito que é inserido numa cultura e que vive em
constante movimento, não podendo se fazer diferente a educação, esta precisa estar em
movimento, problematizando e promovendo mudanças que projetam adiante e não limitam as
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Língua Brasileira de Sinais Desmistificação de idéias recebidas relativamente às línguas de sinais. A língua de
sinais enquanto língua utilizada pela comunidade surda brasileira. Introdução à língua
brasileira de sinais: usar a língua em contextos que exigem comunicação básica, como
se apresentar, realizar perguntas, responder perguntas e dar informações sobre alguns
aspectos pessoais (nome, endereço, telefone). Conhecer aspectos culturais específicos
da comunidade surda brasileira.
Psicologia e Pessoas com Deficiência O significado histórico-cultural da deficiência. Terminologia e conceituação da
deficiência. Políticas Públicas e pessoas com deficiência. Principais deficiências e seus
aspectos etiológicos, funcionais e sociais. Intervenção da/o psicóloga/o junto a pessoas
com deficiência, suas famílias e comunidade.
Transtorno do Espectro do Autismo Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)/ Autismo: definição e classificação.
Políticas Públicas e TEA. Diferentes Abordagens do TEA /Autismo para Promoção do
Desenvolvimento e da Inclusão na Escola, na Saúde, no Trabalho e na Comunidade.
Dinâmica Familiar. O trabalho multidisciplinar junto à Pessoas com Autismo.
Gênero, Corpos e Sexualidades Problematizações acerca dos conceitos gênero, corpo e sexualidade. A questão da
norma e das normalizações/normatizações. Sexo/gênero e sua produção histórica.
Movimentos sociais e sexualidades
Psicologia e Educação Ambiental Características, funções e objetivos da Educação Ambiental. Aspectos da legislação e
implementação nos diferentes segmentos sociais formais/não formais. Abordagens da
interação entre a pessoa e o ambiente relacionando comportamento e/ou estados
subjetivos e algum aspecto do ambiente físico, natural e/ou construído. Relações entre
problemas ambientais, qualidade de vida, bem-estar e educação ambiental. Pesquisa e
atuação na interface entre psicologia e educação ambiental.
Mídia e Subjetividade Teorias da comunicação: discussões interdisciplinares. Problematizações acerca do
conceito de subjetividade. Mídia e educação. Diálogos entre mídia e psicologia. A
mídia como objeto de estudo: aspectos metodológicos. A interface gênero e mídia.
Ações políticas no campo da mídia.
Equipes de Trabalho Definição e características de equipes de trabalho. Intervenções para o aumento da
efetividade de equipes de trabalho em diferentes contextos. Equipes de trabalho
interdisciplinares e multiprofissionais. O papel da/o psicóloga/o em equipes de
trabalho.
Prática e Pesquisa Orientada: Prática Clínica e Inserção, acompanhamento e compreensão das práticas profissionais da psicologia em
diferentes campos de atuação. Planejamento, execução e avaliação de intervenções
de Saúde
individuais e grupais
Educação, Sociedade e Processos de Educação, cidadania e modernidade. Identidade e características da profissão docente.
Relações históricas entre Psicologia, processos de escolarização e políticas em
Escolarização
Educação. Questões contemporâneas da formação e atuação docente.
Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Ainda se há a lacuna onde essas/es profissionais irão atuar quais espaços irão estar,
visto que se planeja colaborar como a medição de equipes multidisciplinares, com a
elaboração e participação em ações nos contextos escolares. Mas como colaborar com
contextos específicos sem conhecer as particularidades dessas comunidades? Como construir
um vínculo com a rede básica de saúde sem ao menos estar presente para mediar? Como
trabalhar em equipe visto que essa deve ser única e não fragmentada, criara-se mediações e
estratégias que fortaleça essas relações ou repetições aconteceram sem que tragam nessas
mediações pensamentos e ações críticas do passado mal elaborado do fracasso que não se
deve esquecer, assim como muitos outros atrasos na história no país.
Para atender a atribuição sétima, propor e contribuir na formação continuada de
professores e profissionais da educação, que se realiza nas atividades coletivas de cada
escola, na perspectiva de constante reflexão sobre as práticas docentes, a experiência e
prática no contexto escolar, deve se ater em exercitar a escuta ativa, contribuir com a praticar
do acolhimento, proporciona a observação, planejamento e intervenção no ambiente
23
educacional. Esse ambiente que não é totalmente estranho pois todos em algum momento já
passarão por ele, e ter a oportunidade de (re)pensar em estratégias de ser agente de algum tipo
de transformação é motivador e ao mesmo tempo desafiador (FREIRE,1977).
A/O psicóloga/o que desejar atuar na educação terá que se aprofundar na realidade
como alguém que faz parte dela, que detém um saber que pode contribuir com os processos
socioinstitucionais da escola. Desejando contribuir para o melhoramento das relações e
fazendo uso de seus recursos como as ferramentas como o conhecimento, prática
experenciadas durante o processo de formação além de buscar novos recursos assim como se
propõe a realizar nas relações e na mediação entre as/os educandas/os e docentes atendendo as
demandas do contexto escolar, ampliando essa melhoria das relações para outros contextos
dentro da comunidade escolar e na educação como um todo. As disciplinas são como
ferramentas para construção de janelas e portas que aproximem da realidade e do contexto a
qual se propõe mediar, aprender e colaborar seja qual for o campo de atuação, porém na
educação essas ferramentas são singulares e possuem suas particularidades e suas
subjetividades é necessário ter delicadeza para atender a demanda e não ignorar as potencias
das/dos que fazem parte desse contexto.
Quadro 7 – Disciplinas relacionadas a atribuição de nº 7, propor e contribuir na formação continuada de
professores e profissionais da educação, que se realiza nas atividades coletivas de cada escola, na perspectiva de
constante reflexão sobre as práticas docentes.
Disciplinas Trechos das ementas
Educação, Sociedade e Processos de Educação, cidadania e modernidade. Identidade e características da profissão docente.
Relações históricas entre Psicologia, processos de escolarização e políticas em
Escolarização
Educação. Questões contemporâneas da formação e atuação docente.
Equipes de Trabalho Definição e características de equipes de trabalho. Intervenções para o aumento da
efetividade de equipes de trabalho em diferentes contextos. Equipes de trabalho
interdisciplinares e multiprofissionais. O papel da/o psicóloga/o em equipes de
trabalho.
Gênero, Corpos e Sexualidades Problematizações acerca dos conceitos gênero, corpo e sexualidade. A questão da
norma e das normalizações/normatizações. Sexo/gênero e sua produção histórica.
Movimentos sociais e sexualidades
Intervenções em Urgências Psicológicas Aspectos históricos e conceituais da atenção à crise e urgências em saúde mental.
Atenção à crise no contexto da Reforma Psiquiátrica. Cronologia da crise. Conceitos de
diferentes situações de urgência psicológica em variados contextos: clínicos; laborais;
em situações de desastre. Modelos de intervenções psicológica; ações interdisciplinares
e intervenções em rede.
Processos Psicológicos na Adolescência e Adolescência e Juventude como Categorias Sociais numa Perspectiva Histórica e
Cultural. A Adolescência no Mundo Contemporâneo. Teorias Psicológicas sobre a
Juventude
Adolescência.
Sociedade e Loucura A história da loucura, dos gregos aos dias de hoje. Os anormais. O poder psiquiátrico.
Antipsiquiatria e movimento antimanicomial. Capitalismo e esquizofrenia. Biopoder e
biopotência A loucura na (da) sociedade moderna contemporânea.
Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Assim como a sétima a oitava atribuição busca, contribuir com programas e projetos
desenvolvidos na escola, pensando numa educação que possibilita as pessoas a discussão
corajosa de sua problemática existencial, essa que deve advertir as pessoas dos perigos de seu
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tempo, para que, consciente deles, ao invés de ser submetido às prescrições alheias. A
educação do diálogo constante com o outro e com a realidade concreta do cotidiano da vida.
Como atividade dialógica, que busca a aquisição crítica de conhecimentos, revela uma prática
de respeito para com os educandos, a sua identidade cultural, considerando-os desde cedo
como seres humanos que podem pensar livremente e encaminhando-os, através da
conscientização, para uma verdadeira autonomia (FREIRE,1986). As disciplinas descritas
abaixam buscam contemplar parte dessa contribuição da/o psicóloga/o escolar/educacional:
Quadro 8 – Disciplinas relacionadas a atribuição de nº 8, contribuir com programas e projetos desenvolvidos na
escola.
Disciplinas Trechos das ementas
Sociedade e Loucura A história da loucura, dos gregos aos dias de hoje. Os anormais. O poder psiquiátrico.
Antipsiquiatria e movimento antimanicomial. Capitalismo e esquizofrenia. Biopoder e
biopotência A loucura na (da) sociedade moderna contemporânea.
Estudos de Gênero e Psicologia Estudo da emergência do conceito de gênero, relacionando movimentos sociais
feministas e reflexões acadêmicas. A interdisciplinaridade dos estudos de gênero e seus
desdobramentos em alguns paradigmas da psicologia. A historicidade da construção de
masculinidade e feminilidade e a questão da constituição do sujeito no campo da
psicologia.
Direito da Criança e do Adolescente Princípios do Direito da Criança e do Adolescente - Proteção integral - Direito
Fundamental - Menoridade e Responsabilidade Penal - Política de Atendimento - Atos
infracionais - Medidas socioeducativas - Justiça da infância e da juventude - Ministério
Público e Advogado - Procedimentos - Crimes e infrações administrativas - Prevenção e
Prevenção Especial – Adoção.
Educação Popular Raízes históricas da educação popular no Brasil. As diferentes concepções e perspectivas
da Educação Popular no Brasil. As principais experiências na década de 60. A redefinição
dos movimentos populares pós-78. Os novos desafios da Educação Popular.
Teoria e Técnica dos Processos Grupais Processos intragrupos e intergrupais; Dinâmica de Grupos; Histórico epistemológico das
teorias e técnicas grupais; Observação sistemática de grupos; Análise teórico-prática do
trabalho da/o psicóloga/o com grupos; Metodologia do trabalho grupal.
Relações Estéticas e Processos de Criação Estética, relações estéticas e educação estética. Arte, imaginação e realidade. Processos
de criação. Oficinas estéticas
Psicologia e Pessoas com Deficiência O significado histórico-cultural da deficiência. Terminologia e conceituação da
deficiência. Políticas Públicas e pessoas com deficiência. Principais deficiências e seus
aspectos etiológicos, funcionais e sociais. Intervenção do psicólogo junto a pessoas com
deficiência, suas famílias e comunidade.
Fonte: elaborado pela autora, 2020.
5
Bullying: palavra de origem inglesa que quer dizer formas de violência que, sendo verbal ou física, acontece de modo repetitivo e
persistente, sendo direcionada contra um ou mais colegas, caracterizando-se por atingir os mais fracos de modo a intimidar, humilhar ou
maltratar os que são alvos dessas agressões. Fonte: Dicionário Online de Português. Disponível em:< https://www.dicio.com.br/bullying/>.
26
Educação Popular Raízes históricas da educação popular no Brasil. As diferentes concepções e perspectivas
da Educação Popular no Brasil. As principais experiências na década de 60. A redefinição
dos movimentos populares pós-78. Os novos desafios da Educação Popular.
Direito da Criança e do Adolescente Princípios do Direito da Criança e do Adolescente - Proteção integral - Direito
Fundamental - Menoridade e Responsabilidade Penal - Política de Atendimento - Atos
infracionais - Medidas socioeducativas - Justiça da infância e da juventude - Ministério
Público e Advogado - Procedimentos - Crimes e infrações administrativas - Prevenção e
Prevenção Especial - Adoção
Fonte: elaborado pela autora, 2020.
[...]Essas expressões culturais que falam da maneira como lêem elas sua realidade e
de como se defendem devem estar no ponto de partida daqueles planos. A
mobilização popular que, em si, implica o processo de organização se faz com mais
facilidade quando se levam em consideração essas formas de resistência popular
que, de modo geral, constituem o que venho chamando de “manhas” dos oprimidos.
Com elas, se defendem das arrancadas agressivas das classes dominantes e até
também da situação ambiental insatisfatória em que vivem e às vezes apenas
sobrevivem em decorrência da exploração de classe (p.29).
Quadro 10 – Disciplinas relacionadas a atribuição de nº 10, propor articulação intersetorial no território, visando
à integralidade de atendimento ao município, o apoio às unidades educacionais e o fortalecimento da Rede de
Proteção Social, e nº 15, propor ações, juntamente com os professores, pedagogos, alunos e pais, funcionários
técnico-administrativos e serviços gerais, e a sociedade de forma ampla, visando melhorias nas condições de
ensino, considerando a estrutura física das escolas, o desenvolvimento da prática docente, a qualidade do ensino,
entre outras condições objetivas que permeiam o ensinar e o aprender,
Disciplinas Trechos das ementas
Psicologia Jurídica Aspectos históricos, objeto e domínio de intervenção. Estado da arte do conhecimento
psicológico na relação com a justiça. Noções de direito necessários ao psicólogo inserido no
campo jurídico. O papel da/o psicóloga/o nas organizações de justiça. Psicologia Jurídica e
Direito Civil. Psicologia Jurídica no âmbito da Infância e Juventude. Psicologia Jurídica e
Direito de Família. Psicologia Jurídica e o Direito Penal. Métodos não-adversariais de
resolução de conflitos. A perícia psicológica no contexto judiciário. Aspectos éticos e
documentos legais em Psicologia Jurídica.
Psicologia da Saúde Psicologia da Saúde: antecedentes históricos, conceito. Saúde e doença: análise conceitual e
representações sociais. Políticas públicas de saúde. Estudo da relação entre comportamento
e saúde. Instituições de saúde e comunidade. A atuação da/o psicóloga/o nas equipes de
saúde: interdisciplinaridade. Principais tópicos e relações estudadas na pesquisa em saúde.
A ética na pesquisa e intervenção. Questões contemporâneas.
Psicologia Social e Saúde Saúde e constituição social do sujeito. Modos de subjetivação, saúde coletiva, saúde mental
e psicossomática. Adoecimento/saúde e suas relações com os marcadores sociais,
econômicos e geopolíticos
Psicologia, Saúde e Trabalho Contribuições teórico-metodológicas da Psicologia do Trabalho e das Organizações acerca
das relações entre saúde e trabalho. Pesquisa e intervenção da/o psicóloga/o no âmbito da
saúde e trabalho
28
Consultoria em Psicologia Organizacional e Definição de consultoria. Distinção entre consultoria e outras formas de prestação de
serviços. Distinção entre consultoria interna e consultoria externa. Diagnóstico
do Trabalho
organizacional para consultoria. Distinção entre demandas e necessidades da organização.
Distinção entre enfoque em problemas específicos ou no sistema organizacional.
Componentes básicos de um diagnóstico organizacional usando modelo da análise de
sistemas comportamentais. Relações entre planejamento estratégico, gestão de processos e
gestão do comportamento organizacional. Elaboração de projetos de intervenção
organizacional. Procedimentos para avaliar resultados produzidos por meio de serviço de
consultoria.
Prática e Pesquisa Orientada: Prática Clínica Inserção, acompanhamento e compreensão das práticas profissionais da psicologia em
diferentes campos de atuação. Planejamento, execução e avaliação de intervenções
e de Saúde
individuais e grupais
Intervenções em Urgências Psicológicas Aspectos históricos e conceituais da atenção à crise e urgências em saúde mental. Atenção à
crise no contexto da Reforma Psiquiátrica. Cronologia da crise. Conceitos de diferentes
situações de urgência psicológica em variados contextos: clínicos; laborais; em situações de
desastre. Modelos de intervenções psicológica; ações interdisciplinares e intervenções em
rede.
Equipes de Trabalho Definição e características de equipes de trabalho. Intervenções para o aumento da
efetividade de equipes de trabalho em diferentes contextos. Equipes de trabalho
interdisciplinares e multiprofissionais. A/O papel da/o psicóloga/o em equipes de trabalho.
Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Quadro 11 – Disciplinas relacionadas a atribuição de nº 11, promover ações voltadas à escolarização do público-
alvo da educação especial e a nº 14, promover ações de acessibilidade.
Disciplinas Trechos das ementas
Desenvolvimento Humano e Aprendizagem Psicologia do desenvolvimento: definição, história, objeto e métodos. Dimensões
biológicas, históricos, sociais e culturais do desenvolvimento psicológico. Principais
abordagens do desenvolvimento humano e suas contribuições principais. Periodização do
desenvolvimento. A relação desenvolvimento e aprendizagem. Desenvolvimento
psicológico e contemporaneidade.
Psicologia Social e Saúde Saúde e constituição social do sujeito. Modos de subjetivação, saúde coletiva, saúde mental
e psicossomática. Adoecimento/saúde e suas relações com os marcadores sociais,
econômicos e geopolíticos
Língua Brasileira de Sinais I Desmistificação de idéias recebidas relativamente às línguas de sinais. A língua de sinais
enquanto língua utilizada pela comunidade surda brasileira. Introdução à língua brasileira
de sinais: usar a língua em contextos que exigem comunicação básica, como se apresentar,
realizar perguntas, responder perguntas e dar informações sobre alguns aspectos pessoais
(nome, endereço, telefone). Conhecer aspectos culturais específicos da comunidade surda
brasileira.
Educação e Mídias Sociedade, educação e tecnologia. A cultura mediática e as mediações na escola e nos
processos educacionais. Formação da/e professoras/es para uso e estudo das mídias no
cotidiano escolar. Descrição das mídias, da linguagem audiovisual e hiper midiática e
narrativas híbridas a partir de suas características, limitações e possibilidades no apoio ao
ensino e aprendizagem. Processos de produção das mídias na educação presencial e a
distância.
Psicopatologia I/Psicopatologia II Conceitos de psicopatologia. História da psicopatologia. Normal e patológico. Transtornos
de ansiedade, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Estresse Pós-traumático,
Transtornos depressivos, Transtornos de sintomas somáticos e Transtornos de
personalidade.
Transtornos mentais graves. Psicoses. As psicoses em uma perspectiva sócio histórica,
clínica e institucional.
Psicologia e Pessoas com Deficiência O significado histórico-cultural da deficiência. Terminologia e conceituação da deficiência.
Políticas Públicas e pessoas com deficiência. Principais deficiências e seus aspectos
etiológicos, funcionais e sociais. Intervenção do psicólogo junto a pessoas com deficiência,
suas famílias e comunidade.
Psicologia Jurídica O significado histórico-cultural da deficiência. Políticas públicas e pessoas com deficiência.
Terminologia e conceituação da deficiência. Noções básicas sobre as barreiras enfrentadas
pelas pessoas com deficiência e as práticas, recursos e tecnologias utilizadas para a remoção
destas. Legislação atual da área nos campos da saúde, educação, trabalho e assistência
social.
Equipes de Trabalho Definição e características de equipes de trabalho. Intervenções para o aumento da
30
Existem tendências e novas maneiras de pensar, entre elas, a ideia de que qualquer
mudança que traga resultados significativos no sistema em uma instituição, comunidade e
cidade, deve ter investimento das políticas públicas, para que utilizem os escassos recursos
financeiros para promover um espaço urbano que promova qualidade de vida. Espaços esses
de convivência, que geram inúmeras representações nas pessoas que nele transitam, seja de
convívio harmonioso, seja de conflito no uso desse espaço. Determinados grupos mais
vulneráveis, como as crianças, os jovens, os idosos, as pessoas com mobilidade reduzida,
podem ter sua mobilidade consideravelmente afetada por essas representações, pois o nível de
segurança e acessibilidade influenciará a percepção do uso desse espaço, do convívio social e,
consequentemente, da qualidade de vida (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2010).
As/Os psicólogas/os podem contribuir para que os espaços públicos sejam de fato um direito
de todos, sendo esse é mais um desafio para essas/es profissionais de psicologia e equipe. A/O
educanda/o ao estudar clínica tradicional e clínica ampliada, poderá na práxis da atuação no
campo escolar/educacional como psicóloga/o auxiliando no desenvolvimento da atribuição na
qual propõe a articulação intersetorial no território, visando à integralidade de atendimento ao
município, o apoio às unidades educacionais e o fortalecimento da Rede de Proteção Social. A
perspectiva interdisciplinar na clínica psicológica auxiliará nas atribuições de orientar nos
casos de dificuldades nos processos de escolarização e realizar avaliação psicológica a partir
das necessidades específicas identificadas no processo educativo sempre pensando
criticamente sobre o contexto para não fazer do contexto escolar uma clínica, e sim que esse
conteúdo sirva de potência para instruir as equipes multidisciplinares e acolher o sujeito em
31
ambiental.
Psicologia Transcultural Aspectos conceituais e metodológicos da Psicologia Transcultural. Relação natureza e cultura.
Comparar e refletir sobre semelhanças e diferenças com relação a temas tais como: cuidados
parentais e desenvolvimento infantil; gênero, agressão, emoções e sexualidade. Implicações éticas
e de atuação profissional com relação às diferenças culturais.
Estudos da Juventude Contemporânea Cultura Juvenil: subjetividade, identidade, sociabilidade; Grupos juvenis e processo de mudança;
Juventude e mundo do trabalho; Escolarização ensino fundamental, médio, educação de jovens e
adultos; cultura escolar e a transgressão, indisciplina e violência; Formas associativas juvenis e
temas emergentes juvenis.
Psicologia Social e Saúde Saúde e constituição social do sujeito. Modos de subjetivação, saúde coletiva, saúde mental e
psicossomática. Adoecimento/saúde e suas relações com os marcadores sociais, econômicos e
geopolíticos
Teoria e Técnica dos Processos Processos intragrupos e intergrupais; Dinâmica de Grupos; Histórico epistemológico das teorias e
Grupais técnicas grupais; Observação sistemática de grupos; Análise teórico-prática do trabalho da/o
psicóloga/o com grupos; Metodologia do trabalho grupal.
Psicologia e Pessoas com Deficiência O significado histórico-cultural da deficiência. Terminologia e conceituação da deficiência.
Políticas Públicas e pessoas com deficiência. Principais deficiências e seus aspectos etiológicos,
funcionais e sociais. Intervenção do psicólogo junto a pessoas com deficiência, suas famílias e
comunidade.
Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Sociais na Rede Pública de Educação Básica: orientações para regulamentação da Lei 13.935,
de 2019” em participação de construção de projetos, promoção de saúde ressignificando a
psicologia escolar/educacional num sentido humanizador buscando diminuir as marcas do
fracasso escolar.
Na décima terceira atribuição trata-se de participar da elaboração de projetos de
educação e orientação profissional, alguns já citados anteriormente como Projeto Político
Pedagógico, Políticas Públicas, Projetos e Programas de inclusão, cidadania, combate as
violências, mediação entre escola e comunidade escolar. Mas ao buscar uma educação
libertadora deve incluir uma contribuição na formação continuada, com programas que
oferecem orientação profissional, relações colaborativas e na saúde do trabalhador no
trabalho.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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