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VÍDEOPERFORMANCE Experimentações em Sala de Aula
VÍDEOPERFORMANCE Experimentações em Sala de Aula
VÍDEOPERFORMANCE Experimentações em Sala de Aula
Organizadores:
Bruno Ferreira
Carolina Libério
Jane Maciel
Anais do IV Simpósio
Nacional de Arte e Mídia
1ª edição
São Luís
2020
Copyright © 2020 by EDUFMA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Esnel José Fagundes
Profa. Dra.Inez Maria Leite da Silva
Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha
Profa. Dra Andréa Dias Neves Lago
Profa. Dra. Francisca das Chagas Silva Lima
Bibliotecária Tatiana Cotrim Serra Freire
Prof. Me. Cristiano Leonardo de Alan Kardec Capovilla Luz
Prof. Dr. Jardel Oliveira Santos
Prof. Dr. Ítalo Domingos Santirocchi
Projeto Gráfico
Bruno Ferreira
Revisão
Bruno Ferreira
Carolina Libério
331 p.
ISBN: 978-65-86619-08-9
CDD 700.105
CDU 7.01:004
Coordenação Geral
Dra. Jane Cleide de Sousa Maciel (UFMA)
Coordenação de Oficinas
Dr. Bruno Soares Ferreira (UFMA)
Dre. SaraElton Panamby (NUPPI)
Coordenação de Comunicação
Dra. Carolina Libério (UFMA)
Coordenação de Monitores
Dra. Francinete Louseiro de Almeida (UFMA)
Dra. Patrícia Rakel de Castro Sena (UFMA)
Esp. Mary Áurea de Almeida Costa Everton (UFMA)
Arte e Design
Layo Bulhão
Gê Viana
Kérol Kemblim
Videomaker
Nayra Albuquerque
Assessoria de Imprensa
Poliana Ribeiro
APRESENTAÇÃO
Carolina Libério e Jane Maciel
O
Simpósio de Arte e Mídia coloca-se como único encontro de abrangência nacional
voltado especificamente para a interseção entre os campos da Arte e da Comuni-
cação. A realização do evento justifica-se pela necessidade de continuidade de um
importante espaço de trocas acadêmicas, midiáticas e artísticas, que vem promovendo
a circulação de saberes nessas áreas e fortalecendo as redes locais em intercâmbio
direto com os circuitos nacionais. Neste sentido, proporcionar a vinda de pesquisado-
res, pensadores e artistas como palestrantes foi uma enriquecedora oportunidade para
movimentar e instigar os debates sobre Arte e Mídia no Maranhão. Inegável também a
importância da chamada para participação em comunicações orais e relatos de experi-
ência, no que tange a diversidade de pontos de vistas que maranhenses e pessoas de
diversas partes do país puderam debater durante os três dias do Simpósio na cidade de
São Luís. Foram 103 trabalhos apresentados cujos resumos expandidos compilamos e
apresentamos nestes Anais.
“Pedreiro e cineasta” - o trabalhador e seu duplo no cinema feito nas periferias do Rio de Janeiro
- página 19
MIGRAÇÕES DE SENTIDO DO FEMININO: o poder dos agentes folk no espaço público - página 33
Eu vou botar a minha rede na varanda, eu quero ver a minha rede balançar: dança e capoeiragem
como Prática Colaborativa na ACESA Belém - página 56
REFLEXÕES SOBRE AÇÕES EDUCATIVAS EM ARTE: análise sobre caderno educativo em exposições
- página 79
“Todo menino sonha em ser um jogador de futebol”: uma experiência visual - página 91
STENCIL ART: uma experiência de ensino-aprendizagem com alunos da UEB Gomes de Sousa -
página 92
MEMÓRIAS DE RESISTÊNCIA: mulheres negras e o cabelo crespo na arte contemporânea - página 104
“AQUI ESTÁ MINHA CARA. FALO POR MINHA DIFERENÇA. DEFENDO O QUE SOU.” - página 125
ARTE, GRAFFITI E O ESPAÇO URBANO DE SÃO LUÍS: a cena dos grafiteiros da ilha - 128
IMAGENS DO NEGRO NA AMAZÔNIA NO SÉCULO XIX: reflexões sobre a série de fotografia “Tipos
Mistos” realizada na expedição Thayer em Manaus - página 140
NEGA SIM, SUA NÃO: a decodificação do olhar para mulher negra do Brasil - página 168
Arte nas redes sociais: o uso do Instagram como promoção artística - página 237
Eleições 2018: uma análise do movimento “Mulheres unidas contra Bolsonaro” - página 240
Midiativismo, Movimentos Sociais e o papel ativo dos sujeitos comunicantes - página 249
TRILHA DOS IPÊS: uma experiência de criação teatral inspirada em videoclipes - página
291
O QUE SOBROU DO CÉU: a atuação dos coletivos culturais do Rio de Janeiro sobre os
rastros da Cidade Olímpica - página 307
Uma breve cartografia dos anos 80 a partir dos Titãs e da Legião Urbana: semiótica,
mídia e produção de sentidos - página 325
ANEXOS
PROGRAMAÇÃO COMPLETA - página 328
VÍDEOPERFORMANCE: experimentações em sala de aula
sobre o corpo em movimento1
Meiriluce Portela Teles Carvalho2
Gisele Vasconcelos3
Resumo:
O presente trabalho traz uma reflexão sobre a representação da performance associada a utilização do vídeo,
conhecida como vídeoperformance, que envolve arte, corpo e tecnologia, com os alunos do 2º ano do ensino
médio na modalidade integrada do curso Técnico em Programação em Jogos Digitais do IFMA/Campus São
José de Ribamar de modo a propiciar a exibição de movimentos corporais, favorendo uma interatividade da
arte teatral com instrumento tecnológico de maneira a despertar no aluno diferentes possibilidades de expres-
são e comunicação para construção de conhecimento, interatividade e socialização das experimentações.
O uso de recursos tecnológicos vem se tornando cada vez mais presente em sala de aula. Por isso, sur-
ge a necessidade de está sempre em busca de uma educação renovada e dinâmica, através do estudo sobre a
videoperformance com experimentações em sala de aula sobre o corpo em movimento, buscou-se investigar a
relevância da arte e tecnologia dentro do contexto escolar com o intuito de oferecer um estudo sistemazado e
experimental, com a possibilidade de socializar conhecimentos, despertando uma consciência critica e reflexi-
va dos alunos do ensino médio na modalidade integrada do IFMA/Campus São José de Ribamar.
A pesquisa está concentrada na vivência entre performance e vídeo com o intuito de dinamizar e oferecer uma
aprendizagem participativa e significativa sobre a importância do vídeo na elaboração do movimento corporal
envolvendo a criatividade, sociabilidade e concentração.
Estudos (GOLDBERG, 2006) apontam que no século XIX a performace era entendida como uma
atividade artística que só acontecia mediante uma plateia para ser apreciada, porém foi por meados do século
XX, que ela aparece com a estrutura de manifestação artística, estabelecendo relações com a linguagem cênica,
poética, músical, visual, dentre outras.
Sendo assim, a possibilidade de utilizar a tecnologia com a educação escolar e tornar as vivências dos
(as) alunos (as) ainda mais interativas tem sido bastante promissor para despertar o interesse pelo teatro, co-
adunando com várias outras linguagens artísticas para propiciar um estudo pautado numa abordagem ativa
dentro do processo de ensino e aprendizagem.
Segundo Antunes (2007, p.70) “Com as novas tecnologias é possível passarmos de uma escola especia-
lista em ‘ensino’ para uma escola que se especializa em ‘aprendizagem’.”, de forma que o aluno tenha interesse
em se tornar um protagonista da ação criando novos meios de experimentos através do corpo para a efetivação
da ação cênica de forma enriquecedora para arraigar ainda mais o processo do aprender a aprender. “(...) As
tecnologias transformam suas maneiras de pensar, sentir e agir. Mudam também suas formas de se comunicar
e de adquirir conhecimentos”. (KENSKI, 2010, p.21).
A videoperformance vem ganhando novos olhares a partir da década de 70, sendo realizada através
de movimento performático realizado na frente da câmera sem a presença de espectador para a efetivação do
vídeo.
Na medida em que não existe interatividade com o público, com audiência, ou com o outro, a inte-
ratividade do corpo do artista é produzida no enfrentamento com a própria câmera de vídeo. Desse
modo, tais tipos de manifestações são frutos do diálogo contaminado entre a linguagem do corpo e
1 Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho: Corpo, arte e mídia, do IV Simpósio Nacional de Arte e Mídia.
2 Mestranda em Artes Cênicas pelo PROFARTES UFMA/UDESC, Especialista em Metodologia do ensino Superior pela UFMA/
2004. Professora EBTT do Campus IFMA. meiriluce.carvalho@ifma.edu.br
3 Professora orientadora do PROFARTES do Departamento de Artes Cênicas da UFMA. vasconcelosgisele@yahoo.com.br
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