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O Verdadeiro Poder - Vicente Falconi

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O Verdadeiro Poder

Ano de publicação: 2009


Autor: Vicente Falconi
159 páginas

Você já parou para pensar que empresas são como escolas, e


estão sempre aprendendo em busca de melhores resultados?
Nesse resumo do livro “O Verdadeiro Poder”, Vicente Falconi
mostra que não há bons resultados sem conhecimento, e explica
como adquiri-lo e aplicá-lo na sua organização.
Através do conhecimento é possível tomar as melhores decisões,
não mais baseadas em opiniões, mas em fatos. Os resultados de
Falconi provam por si só que a gestão não é um jogo de sorte ou
azar, mas uma combinação de conhecimento técnico, método e
liderança.
Pronto para entrar nessa jornada de aprendizado e excelência?
Então vem com a gente!

Ideias principais do livro


• O verdadeiro poder é a união de três aspectos: capacidade analítica, conhecimento e uma liderança que
faça acontecer;
• O melhor conhecimento é adquirido através da prática: leia esse resumo, mas lembre de aplicar o que
aprendeu, e sempre voltar a lê-lo se necessário;
• Só é gerenciado aquilo que se mede;
• Para tirar conhecimento da informação, é preciso analisar e sintetizar;
• Saber se comunicar é essencial para compartilhar conhecimento;
• Todos nós procrastinamos. Após definir Planos de Ação, cobre sua implementação.

Esse livro é indicado para quem?

O próprio Falconi responde:

“Estou convencido de que as lideranças empresariais e governamentais poderão tirar deste livro conceitos e idéias
que acrescentarão muito ao desenvolvimento de nosso País.”

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Visão geral do livro
Fatores fundamentais da gestão

Qual deve ser o foco da gestão?

Em seu livro “O Verdadeiro Poder”, Falconi observa que todo gerenciamento tem que ter um objetivo a ser
alcançado. O objetivo de qualquer organização é “satisfazer a necessidade dos seres humanos”, ou seja, dos
clientes, dos funcionários (e acionistas) e da sociedade.
Para alcançar esses objetivos, é preciso medir, pois, como diz Falconi:

“Só é gerenciado aquilo que se mede.”

E o que devemos medir? O quanto estamos satisfazendo as necessidades dos seres humanos, e o retorno
financeiro alcançado por fazer isso.
E como medimos? Através de métricas de Satisfação do Cliente, Satisfação dos Empregados, Satisfação da
Sociedade e, principalmente, métricas de Desempenho Financeiro, pois elas permitem assimilar as outras
métricas em uma única unidade de medida: o retorno financeiro.
Dentre as métricas de retorno financeiro, a principal é o EBITDA, pois ela “fala a verdade sobre a gestão”,
mostrando sucintamente se o desempenho da empresa como um todo está bom ou não.
Agora que entendemos qual deve ser o foco de uma organização, precisamos saber os meios para alcançar os
bons resultados, que o autor chama de pontos vitais da organização.
Pontos vitais são aqueles em que sua organização deve ser a melhor do mundo para garantir sua
sobrevivência em qualquer circunstância.
Na AmBev, por exemplo, os pontos vitais são o baixo custo e as vendas — a empresa toda vive e sente esse
compromisso em seu dia a dia; ninguém se torna, por exemplo, presidente da empresa sem antes ter passado
pelo setor de vendas.

Como conseguir resultados?

Falconi aponta três fatores para alcançar bons resultados em qualquer empreendimento: liderança,
conhecimento técnico e método. Sem o primeiro não adianta nada os dois últimos, pois a liderança é que faz
acontecer.
Lideranças fracas levam a mudanças lentas e, consequentemente, ao fracasso da empresa na luta pelo
mercado.

“Liderar é bater metas consistentemente, com o time fazendo certo.”

Para bater metas é preciso um bom time, então o líder deve focar bastante do seu tempo no desenvolvimento
de sua equipe. Já para o time fazer certo, é preciso promover uma cultura de excelência, em que todos
queiram, sempre, fazer o melhor do mundo, e sejam recompensados por isso.
Conhecimento técnico é essencial, e deve ser mantido nos padrões mundiais de excelência se a empresa
quiser se manter competitiva hoje em dia.
Para alcançar esse padrão, Falconi aconselha a trazer os melhores técnicos possíveis como consultores, para
trabalharem em conjunto com os empregados da empresa na solução de seus problemas, e assim
compartilharem seu conhecimento.
Há outro conhecimento essencial para as empresas: o conhecimento do método, que nada mais é do que “a
sequência de ações necessárias para alcançar o resultado desejado”.
Como gerenciar é buscar resultados, toda gestão tem que ter um método
Mas qual a sua empresa deve usar? O método cartesiano de Descartes proposto por volta de 1600, que, de
acordo com Vicente Falconi, consiste simplesmente em buscar entender a realidade, através de informações e
fatos.
Tomar decisões com base na análise e síntese de informações é tomar decisões inteligentes. Nesse sentido,
todos os funcionários da empresa devem trabalhar seguindo esse método. Alguns mais, outros menos, de
acordo com o cargo, mas o método deve ser aplicado por todos.
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Método e sistema de gestão

“Todos os que desejam realmente melhorar a sua empresa devem estar cheios de problemas”

Pode parecer contraditória essa frase do autor, mas a ideia por trás é simples: “problema é um resultado
indesejável”, portanto, se você não tem problemas na empresa, tem todos os resultados que espera ter, e
não vai fazer nada para melhorá-los!
Portanto, como gerente, você tem o papel de:

1. Garantir a consistência dos processos da sua área;


2. Elencar, priorizar e resolver os problemas de sua esfera de responsabilidade.

Fácil falar né, mas como fazer essas duas coisas?


Através de um método gerencial. E aqui você não vai precisar quebrar a cabeça para escolher um método,
porque, de acordo com Falconi, ele é único.
Cada consultor que você encontrar vai dar um denominação bonita para ele, mas na prática ele pode ser
entendido como método PDCA:

• Plan (planejar);
• Do (fazer);
• Check (checar);
• Analyse (analisar).

Não vamos aprofundar sobre ele aqui, afinal, é um método simples de entender mas complexo de aplicar.
Anote e estude sobre ele, pois é a alma do sucesso das empresas.
Já falamos do método, agora vamos entrar em outro conceito fundamental: o de sistema.

“Sistema é um conjunto de fatores interligados com funções específicas.”

Fatores interligados, lembre-se disso. O que é uma empresa se não um conjunto de fatores interligados, em
busca de entregar resultado? Essas interligações são internas — entre as áreas da empresa —, e externas —
seus stakeholders.
Nesse ponto é que muitas empresas falham, das maiores às menores. Se a empresa é um sistema,
necessariamente os resultados de cada área devem dialogar entre si, levando ao resultado geral da empresa.
Como mensurar se os resultados de cada área estão impactando no resultado geral do sistema? Através do
sistema de gestão.
Quanto antes você começar a desenvolver um sistema de gestão, melhor. Foi exatamente isso que as
indústrias automobilísticas japonesas fizeram, e alcançaram um desempenho excepcional.
Essa jornada de desenvolvimento do sistema de gestão leva anos, e não adianta querer “cortar caminho”: as
pessoas levam tempo para aprender. Um passo de cada vez, empresas que tentaram aplicar sistemas de
gestão acima de suas capacidades gerenciais falharam miseravelmente.

Como melhorar o desempenho de uma organização?

No livro “O Verdadeiro Poder”, Vicente Falconi observa que, para melhorar o desempenho de uma
organização, é preciso focar nos seus maiores problemas dentro de três horizontes:

1. Estratégico, ligado à organização como um todo;


2. Tático, ligado aos seus processos;
3. Operacional, ligado às suas operações.

A definição desses problemas — aqui entendidos como as metas da empresa — é um grande desafio, mas é
o que direciona os esforços da empresa na direção certa.
Uma dica de Falconi é que muitas empresas erram definindo seus problemas como a “falta” de algo, como
por exemplo, “a falta de capacidade produtiva”. Nesse caso, o melhor seria definir como “a incapacidade de
atendimento da demanda”, pois permitiria uma análise muito mais ampla do problema.

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Todo problema deve ser estratégico, ou seja, relacionado à sobrevivência da empresa no longo prazo, de
acordo com suas diretrizes. Assim se evita que alguns gestores definam metas relacionadas somente às suas
áreas, que não geram resultado para empresa.

“Metas existem para estreitar a distâ entre o real e o ideal.” Katsuya Hosotani.

Certo, mas como estabelecer metas?


Há algumas práticas gerenciais que facilitam o estabelecimento de metas:
Determinação das lacunas da empresa, ou seja, a diferença entre o valor atual de um indicador e seu valor
ideal.
Priorização dos problemas. Os problemas a serem priorizados são quase sempre os financeiros, e quando
não o forem, serão aqueles prioritários para a empresa. Para Amazon, por exemplo, um problema prioritário
é o de fazer entregas rápidas.

O método gerencial

Análise de sistemas (ou análise de empresas)

“O objetivo da análise e síntese é reduzir as incertezas na tomada de decisão.”

É fato que hoje em dia há muitos dados e informações disponíveis. As empresas que conseguem se utilizar
disso para analisar, ou seja, conhecer a verdade dos fatos, tomam as melhores decisões e se mantêm no
mercado.
Mas afinal, como fazer essa tão falada análise?
Uma das formas é através de representações simplificadas da realidade, conhecidas como modelos.
Da mesma forma que modelamos fenômenos da natureza para entendê-los, devemos modelar os sistemas
empresariais também, para conseguir solucionar seus problemas.
Todo modelo deve ter seu “alvo” definido, ou melhor, o sistema que será modelado. Tal alvo deve ser amplo,
no início, e convergir e à medida que se conhece o sistema. Bons modelos são aqueles que só de olhar já
entendemos.
Uma vez modelado o sistema e definidas as metas, podemos partir para a fase de Planejamento (planos de
ação) para bater essas metas.
Planejamento é basicamente avaliar que modificações podem ser feitas em um sistema modelado para que
seus resultados sejam melhorados.
DICA: modelos são criados para entender situações complexas — muito comuns em empresas —, e assim
resolver problemas. Mas se para determinado problema a sua empresa já entende a situação, sem um
modelo, ótimo!

Como conduzir a análise?

Normalmente achamos que temos que ter uma resposta na ponta da língua para solucionar qualquer tipo
de problema levantado. Calma, não é bem assim. Há problemas que precisam ser analisados antes.
Em seu livro “O Verdadeiro Poder”, o autor aponta alguns métodos para conduzir essa análise, seguindo três
etapas que vão da alta gerência ao chão de fábrica:

1. Análise Funcional: analisa as funções do sistema onde se encontra o problema;


2. Análise do Problema: quebra um problema grande da fase anterior em outros menores, permitindo
estratificá-los para cada nível da organização, e priorizá-los;
3. Análise de Processo: busca efetivamente resolver cada problema menor, desdobrado pela fase anterior,
através de procedimentos técnicos.

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Conforme se ganha experiência em análise, mais rápida e eficazmente se solucionam os problemas da
empresa, através de recursos, modelos e estatística. A Toyota é o maior exemplo disso, levando em média
15 dias dias para solucionar seus problemas.
Isso não foi de graça, eles possuem um exército de analistas com Ph.D. em estatística, e uma base de dados
históricos completa e estruturada para analisar qualquer problema. Falconi deixa claro aos gerentes e
diretores: “sigam o exemplo da Toyota”.

Como conduzir as melhorias na organização?

Mudamos para melhor através de metas, métodos, e um bom Gerenciamento da Rotina. As metas nos
direcionam para onde mudar, o método orienta como mudar, e o Gerenciamento da Rotina garante uma
operação estável, homogênea e padronizada.
Um meio eficaz de mudar é adotar o que Falconi chama Melhores Práticas: consiste basicamente em replicar
boas práticas da organização, ou de fora dela, em outros departamentos.
Parece bastante simples, não? Mas lembre-se, para copiar também é preciso competência.
Para as mudanças de fato ocorrerem, é preciso finalmente a execução das ações, que será garantida através
do “Check” do PDCA, ou melhor, da checagem e cobrança da execução dos Planos de Ação por parte dos
responsáveis.

Como operar com resultados estáveis?

Os gerentes acabam se preocupando demais com entregar resultado e se esquecem da rotina, mas o autor
deixa claro que sem uma operação estável não há resultados de excelência.
Funciona como os nossos hábitos, de pouco em pouco, todo dia, vamos muito mais longe do que com
grandes esforços aleatórios e momentâneos, não é mesmo?
Portanto, lembre-se: um bom líder não é aquele que resolve a maior quantidade de problemas, mas aquele
que garante que seus liderados operem de forma estável, evitando os problemas.
Por fim, para finalizar esse resumo, como líder lembre-se sempre de cultivar o conhecimento, pois de acordo
com Falconi é a coisa mais importante para qualquer organização. Para isso, é preciso que você:

1. Proponha metas que desafiem os colaboradores a buscar novos conhecimentos;


2. Altere seus cargos de acordo com suas habilidades, para que desenvolvam novas competências.

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O que outros autores dizem a respeito?
No livro “O Gestor Eficaz”, Peter Drucker, autor que inspirou o gerenciamento das organizações modernas,
alerta para o fato de que alguns executivos acabam mergulhando demais nos dados gerados pela própria
organização, sem se atentarem para o fato de que ela é um sistema interligado com outros sistemas.

Já em “Paixão por vencer”, Jack Welch aponta a franqueza como o maior segredo do sucesso de um
negócio, já que ela enriquece as discussões, aumenta a velocidade na tomada de decisões e reduz custos.
Basicamente, ela permite tratar os fatos como eles são, como em um processo de análise proposto por
Falconi.

Por fim, Pedro Mandelli em “Muito Além da Hierarquia” explica como conduzir a autogestão, tornando-se
um Gestor Além da Hierarquia (GAH). Esses gestores formam pessoas para empresa, e não para sua área,
definem metas claras e disponibilizam para equipe todo o seu conhecimento, para que se tornem
autogeridas.

Certo, mas como aplicar isso na minha vida?


O livro traz tantos aprendizados que não seria possível trazer todos nessa lista, mas seguem os mais
importantes:

• Adquira conhecimento através da análise e síntese de informações;


• Reprojete constantemente os três níveis do sistema empresarial: organização, processos e operações, de
acordo com o conhecimento adquirido;
• Utilize modelos como forma de fazer as análises;
• Pratique uma boa comunicação, pois ela é essencial para transmitir conhecimento;
• Replique boas práticas de uma área da organização para toda empresa, é a forma mais prática de
disseminar conhecimento.

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