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Missa Solene em Portugues Op 25 - 1965 Por Guilher
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All content following this page was uploaded by José Reinaldo Felipe Martins Filho on 01 September 2020.
estava certo, de fato não o era. Pelo menos não aquele Schubert sobre o
qual estávamos falando. Passados, contudo, alguns dias, recebi
pessoalmente a pessoa da ligação. Portava consigo um pequeno
conjunto de partituras, oferecendo-o como um presente para a nossa
equipe. O amarelado do papel apontava para o passado. Era coisa antiga,
dessas que não se vê todo dia. Material de quando ele, o gentil senhor,
havia sido seminarista franciscano em período de estudos no Rio Grande
do Sul. Embora o curto tempo de seminário, seu apreço pela música
permanecera, passando por diferentes fases desde o primeiro contato
com aquelas partituras até a ocasião de doá-las. Ao passar os olhos
sobre o material, logo reconheci o motivo da pergunta do outro dia.
Junto ao título da pequena coletânea, inseria-se, reluzente, a assinatura
do compositor: Mons. G. Schubert. Tomado de curiosidade, mal pude
esperar que o visitante se fosse para, enfim, me dedicar ao intrigante
material. Estaríamos, acaso, diante de uma antiga cópia do grande
Schubert? A resposta negativa viria na primeira busca pela internet. Ao
menos em partes, dada a coincidência de várias informações entre o
autor dos manuscritos e o renomado compositor europeu: ambos eram
músicos, ambos eram austríacos, ambos eram da família Schubert.
O Schubert em questão tratava-se do Monsenhor Wilhelm
Schubert. Quando em terras tupiniquins, seu primeiro nome logo seria
substituído por uma versão mais abrasileirada: Guilherme. Eis, portanto,
o autor da pequena Missa solene, como ele próprio preferiu nomear. O G
era de Guilherme, e o Schubert, mais brasileiro que austríaco. Nascido
em Viena, em 8 de abril de 1913, Guilherme Schubert iniciou seus
estudos de Filosofia, Teologia, Música e História da Arte nas
Universidades de Viena e Stralzburg. Transferiu-se em seguida para
Roma, onde doutorou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade
Gregoriana. Lá conheceria o padre brasileiro Oscar de Oliveira, futuro
Arcebispo de Mariana, a partir do qual estabeleceria seus primeiros
contatos com o Brasil, aonde chegaria definitivamente em 1939, com 26
música em perspectiva v.9 n.2, dezembro 2016 p. 57-77 59
________________________________________________________________________________
[...] Art. 4º: os que faltarem para irem exercer sua profissão fora
dela (a Capela) serão suspensos por um mês; e na reincidência
ficará sem efeito seu contrato;
[...] tanta boa vontade de colaborar não pôde ser repelida. Por outro
lado, tinha de ser cumprida a lei. A solução foi distinguir entre
liturgias oficiais e particulares, usando nas primeiras só vozes
masculinas (pois vozes infantis só havia no coral do Cônego
Alpheu), tanto em originais como em arranjos; e permitindo corais
de vozes femininas em cerimônias não oficiais em colégios e
conventos femininos. H. Oswald, Fr. Braga, Barrozo Netto e Villa-
Lobos, como Fr. Pedro, Fr. Basílio, Pe. Lehmann, F. Franceschini e
outros escreveram para estas situações (SCHUBERT, 1980, p. 26).
desta Missa solene para três vozes, parece ter privilegiado a segunda
opção.
[...]
Palavras Finais
Referências