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Exame - Resumos
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● da teoria utilizada;
É devido a esta relativização, por assim dizer, do método científico que, atualmente a ciência é
cada vez mais posta em questão.
Se na ciência clássica a natureza era concebida como um autómato, uma máquina, explicada
por leis matemáticas, da qual se julgava o observador ausente (ou seja, não interferia no que
observava), hoje em dia ela situa também o Homem, e o protagonista da observação na
realidade que estuda e pretende explicar.
De certa forma, podemos considerar que a ciência se humanizou e se fragmentaram as formas
de conhecimento científico porque a realidade não é completamente apreendida de um só
modo e a partir de uma só perspetiva.
A verdade, mesmo no domínio da ciência, pode ser considerado algo relativo, que depende de
condições mais vastas do que a metodologia utilizada pelo cientista.
«O conhecimento científico, tal como a linguagem, é intrinsecamente propriedade de um
grupo ou não é nada. Para o compreendermos teríamos de reconhecer as características
particulares do grupo que a criou e utiliza» – Thomas Khun
Progresso cientifico segundo Khun:
O que é a Ciência?
fenómenos reais;
pela experimentação;
● Geral: utiliza factos para testar teorias e utiliza teorias gerais para fazer previsões
Nenhuma ciência se constitui como ciência sem ter um objeto de estudo, podemos dizer que
cada ciência produz o seu próprio objeto científico.
A base de construção do objeto científico ou objeto de estudo é semelhante aquela que se
encontra subjacente ao reconhecimento e utilização dos objetos com que diariamente
lidamos. Todos os dias lidamos com objetos diversos que somos capazes de reconhecer e de
identificar, na medida em que sobre eles possuímos já imagens construídas. Estas imagens são
o nosso código de leitura da realidade que nos rodeia, são aquilo que atribui significado ao que
nos rodeia.
A ciência é precisamente uma outra forma de ler a realidade. A leitura científica da realidade
pressupõe uma rutura com aquilo que é evidente, ou seja, a ciência utiliza um novo código de
leitura da realidade, código esse que varia de acordo com a sua abordagem da própria
realidade. A leitura que a Economia faz de certos fenómenos não é a mesma que a Sociologia.
O objeto científico é assim construído em função da natureza dos problemas que cada ciência
se propões estudar.
Podem-se distinguir:
● Objeto Real – aquele que de facto existe e de que raramente possuímos total
consciência
● Objeto Apreendido – aquele que é percecionado pelos nossos sentidos, sob a forma de
semelhantes
● Definir com precisão os conceitos com que trabalhamos: o que significam os conceitos
trabalhamos: de que fatores vamos fazer depender a nossa análise? Como vamos
perguntar o que queremos saber e precisamos de saber aos inquiridos?
semelhantes
A regra metodológica que Durkheim propôs «explicar o social pelo social» ainda se
constitui hoje como uma das regras-chave para superar os obstáculos do senso-comum,
sobretudo se for entendida como a afirmação de que não existem elementos metassociais
que possam dar cientificamente conta dos fenómenos sociais.
Existem três níveis a que podem ser colocados obstáculos ao conhecimento científico-
social:
comum
doutrinárias precisas
consolidadas.
Três questões que são determinantes ao nível do senso-comum e que como tal, constituem
obstáculos importantes para a formação de conhecimento no âmbito das ciências sociais:
● As relações entre natureza e cultura – ou naturalismo
● Que a razão de ser dos factos sociais deve ser procurada (e explicada) em (e por)
● Que não existe nenhuma ordem superior, metassocial, que permita dar conta, do
afirmação de que estes são sempre explicáveis através de sistemas lógicos de relações
entre aquelas propriedades.
Através desta regra, põe-se frequentemente em causa alguns dos mais enraizados
preconceitos e algumas características das ideologias mais correntes, decorrentes do
naturalismo, individualismo e etnocentrismo.
do conhecimento científico;
● é possível pô-los à prova pela análise científica e, assim, exercer sobre eles, uma
condicionam.
A rutura com o senso-comum não constitui um trabalho realizado e em absoluto nas fases
iniciais de qualquer investigação científica, nem uma terminológica. Representa ainda um
processo contínuo e sempre inacabado.
explicá-lo;
Isto significa que é a própria atitude científica e a sua capacidade problematizadora que se
constituem como instrumentos fundamentais de rutura com o senso comum e as ideologias.
● a relacionação dos factos - os factos sociais só podem ser explicados por sistemas de
Os contributos mais relevantes para a formação de uma noção de sociedade e para a sua
análise partiram de autores como:
Em termos de método, poderemos dizer que as ciências sociais nasceram sob a égide
metodológica das ciências naturais e exatas. Este modelo de racionalidade científica parecia, à
luz da história da ciência, ser o único capaz de dar origem ao conhecimento científico. É um
modelo racional, que se baseava na tentativa de estabelecer generalizações e leis, sustentadas
nas sequências e regularidades manifestadas pelos fenómenos observados e submetidos a
experiências.
Foi essencialmente através das questões que a Sociologia colocou às disciplinas anteriores a si
própria, como por exemplo, à Filosofia, que se forjou e consolidou o padrão típico da análise e
investigação científico-social.
Em meados do século XIX, mais precisamente em 1839, Auguste Comte escreveu e publicou a
obra intitulada Cours de Philosophie Positive, em que aplicava justamente o método positivista
ao estudo dos fenómenos sociais. Auguste Comte é também considerado o pai da Sociologia
ou como o próprio dizia de uma espécie de física social.
Nos finais do século XIX, em 1895, Émile Durkheim escreve as Regras do Método Sociológico.
Nesta obra referia a necessidade de analisar os factos sociais como coisas, reforçando o
princípio de exterioridade e constrangimento dos factos sociais relativamente ao indivíduo.
Nesta obra foram lançadas as primeiras regras metodológicas da sociologia, como o princípio
já nosso conhecido – explicar o social pelo social.
No início do século XX, Max Weber alarga a perspetiva sociológica à análise da interação social
e do sentido da ação social, refletindo sobre essa perspetiva tendo em consideração também a
economia e a história. Max Weber propunha igualmente um método de análise do social, mais
compreensivo, contrariando e abandonando a perspetiva positivista na análise dos fenómenos
sociais.
2.1. A Unidade do social – o conceito de Fenómeno social total proposto por Marcel Mauss
São fenómenos que, seja na sua estrutura própria, seja nas suas relações e determinações,
possuem implicações simultaneamente em vários níveis da realidade social e em diferentes
dimensões dessa mesma realidade. São, portanto, suscetíveis de interessar a várias – senão
mesmo a todas – as ciências sociais.
Teorias são sistemas de conceitos e relações entre conceitos que, por se referenciarem mais
ou menos diretamente aos objetos e processos reais, podem ser designados como
substantivos. Em sentido lato, a expressão Teoria designa toda a matriz de conhecimentos que
são produzidos e validados e a que se pode recorrer no âmbito de uma dada disciplina
científica (por exemplo, a teoria económica, a teoria sociológica, etc.). Em sentido mais
restrita, a expressão Teoria remete-nos para subconjuntos de conhecimentos que são
produzidos no âmbito de uma disciplina científica (por exemplo, a teoria dos preços, na
Economia ou a teoria da mobilidade social, na Sociologia).
O formato que cada uma destas Técnicas assume em cada investigação científica está
extremamente dependente das hipóteses colocadas e dos conceitos que as integram.Estes
conceitos desdobram-se em variáveis e em indicadores. Quando, como acontece na maior
parte das investigações científicas, é necessário proceder ao teste empírico (i.e. ao confronto
com a realidade, à recolha da informação, para o teste das hipóteses) há necessidade de
construir indicadores (ou índices). Estes são igualmente conceitos, mas possuem menor
complexidade e menor abstração e por isso mesmo mostram-se mais capazes de abordar
operacionalmente a complexidade e a diversidade do fenómeno em análise.
Hipóteses
Conceitos - São noções formais e lógicas acerca dos fenómenos que se analisam. Os conceitos
são os ‘tijolos’ das teorias. Aquilo em que elas assentam e que, ao mesmo tempo, permite
construí-las e consolidá-las.
Indicadores - são noções utilizadas para designar e distinguir diferenças dentro das variáveis.
Podemos também designá-los como valores que uma dada variável assume.
● Conceitos Independentes – são aqueles que explicam (ou se pensa à partida que
exemplo, a variável sexo que só pode assumir como valores ou indicadores masculino
ou feminino.
● Variáveis Contínuas - variáveis que podem assumir não, dois, nem três, nem quatro,
mas sim uma infinidade de valores. Pode ser o caso da variável idade ou da variável
profissão
assumem mais de dois valores mas sempre um número finito e não muito elevado.
Escala Nominal (para variáveis de tipo qualitativo): variáveis que se limitam a estabelecer uma
categorização de um dado objeto sem que se pretenda efetuar operações aritméticas sobre os
valores atribuídos aos indicadores que essa variável pode assumir. Nestas variáveis os números
atribuídos aos valores que assumem constituem meros sucedâneos das designações verbais
desses valores. Estas variáveis situam-se, pois, ao nível mais elementar da medida – são
variáveis de nível elementar ou cuja medida é a escala nominal. As propriedades formais da
escala nominal são, assim, a simetria e a transitividade.
Escala Ordinal (para variáveis de
tipo qualitativo): No nível de medida anterior – a escala nominal – cumpria-se já a exigência
básica de qualquer procedimento de classificação: a construção de categorias/indicadores
exaustivos e mutuamente exclusivos. Na escala ordinal mantém-se essa característica,
acrescida de uma outra – a de ordenação. Neste caso, os números não têm de ser apenas
diferentes, para nos permitir distinguir os valores assumidos pela variável, eles têm de ser
também maiores ou menores, consoante a posição relativa que ocupam. As propriedades
formais da escala ordinal são a transitividade e a anti-simetria.
Escala de Intervalo e Escala de Proporções (para variáveis de tipo quantitativo): Uma escala de
intervalo implica, para além da ordenação dos valores assumidos por uma dada variável,
informação acerca da grandeza das diferenças entre esses valores, o que envolve o
estabelecimento de uma unidade de medida relativamente à qual se exprimem e comparam
aquelas diferenças. Raciocinando na perspetiva de um conjunto numérico é possível dizer que
a diferença entre 2 e 1 é igual à diferença entre 3 e 2 e por conseguinte comparável à
diferença entre 3 e 1. Nesta escala (de intervalo) o ponto zero é convencional e arbitrário. A
escala de proporções distingue-se da anterior porque exige a existência de um zero absoluto.
● decorre dos fatores relacionados com os aspetos sobre os quais as ciências sociais se
mesmos;
Técnicas de Amostragem
Na maior parte das investigações nem sempre é possível inquirir ou observar toda a população
que seria interessante para o nosso estudo, por razões várias, desde a escassez de recursos
humanos e financeiros até à escassez de tempo. Por estas razões se recorre, com frequência, a
amostras retiradas da população global que nos interessa observar.
● amostragem probabilística ou aleatória - garante que cada um dos elementos tem uma
● amostragem não probabilística - não se garante que todos os elementos de uma dada
As amostras construídas a partir das técnicas de amostragem do primeiro tipo são as únicas
que garantem a representatividade estatística da população, implicando que exista um
conhecimento prévio da população a inquirir em termos das características que se considerem
relevantes para a investigação.
Amostra Simples ou Elementar: neste caso, a seleção dos indivíduos componentes da amostra
realiza-se através de uma e só uma operação. Pressupõe-se que a população-alvo seja
homogénea relativamente às características que interessam à investigação.
Há duas formas de construir uma amostra simples ou elementar:
1. tiragem à sorte: por exemplo, quando todos os elementos da população estão identificados
por um número. Representando cada um deles num papel que se pode introduzir num saco ou
recorrendo a uma tabela de números aleatórios, é possível selecionar aleatoriamente o
conjunto de elementos constitutivos da amostra
2. tiragem sistemática: se os elementos se encontrarem classificados segundo uma ordem,
indiferente quanto Às características pertinentes para a observação, pode proceder-se de um
modo mais simples: tirar por exemplo da lista todos os elementos que tenham um dado
número (todos os com o nº 2 ou 3 ou 1, por exemplo).
Amostra Estratificada: Envolve em geral mais do que uma operação. No caso da nossa
população-alvo ser muito pouco homogénea, deve proceder-se a uma decomposição prévia da
mesma em estratos homogéneos (a obtenção destes estratos pode ser baseada num único
critério, por exemplo a idade dos indivíduos ou numa combinação de 2 ou mais critérios). A
amostra total será constituída pelo conjunto das subamostras relativas a cada um dos estratos
construídos e obtidas através do método aplicável para as amostras simples (as anteriormente
descritas). Importa observar que no caso de os estratos terem uma dimensão suficiente, as
dimensões da amostra em cada estrato poderão ser idênticas. Contudo, é sempre preferível
fazer depender a dimensão da amostra do grau de homogeneidade do estrato, i.e., quanto
menor este for, mais ampla deverá ser a amostra para que se possa compensar a dispersão e a
heterogeneidade.
Amostra por cachos: as amostras por cachos não são constituídas, como as anteriores, por
unidades individuais, mas sim por conjuntos (cachos), sendo que cada um dos indivíduos que
integram cada cacho ou conjunto serão incluídos na amostra. A seleção faz-se relativamente
aos conjuntos (por exemplo, quarteirões de uma cidade, bairros, ruas, sectores de uma
empresa, famílias, etc.) e não ao nível dos indivíduos. Para esta amostra, quando estão
envolvidos conjuntos territoriais é frequente utilizarem-se cartas ou fotografias aéreas, sobre
as quais se delimitam os cachos.
Amostra com vários graus: como a própria designação indica, utilizam-se sucessivamente
vários procedimentos da amostragem probabilística.
Amostra Acidental: Apenas são considerados na amostra casos acidentalmente surgidos.
(Frequente nas sondagens de rua. Pouco utilizada nas ciências sociais)
Amostra intencional: o pressuposto básico de uma amostra intencional é o de que com uma
boa intuição e uma estratégia adequada será possível selecionar os elementos que devem ser
incluídos na amostra. As amostras intencionais têm sido utilizadas por exemplo, para tentar
prever resultados eleitorais. As sondagens eleitorais são realizadas com frequência através da
seleção em cada distrito do país de um certo número de concelhos que, em eleições
anteriores, se tenham aproximado muito dos resultados globais do distrito. Nesses concelhos
inquirem-se os eleitores para conhecer as respetivas intenções de voto e espera-se que os
concelhos ainda sejam típicos em ralação aos respetivos distritos, o que nem sempre se
verifica. Trata-se de uma técnica pouco utilizada nas ciências sociais.
Amostra por quotas: através da utilização desta técnica de construção de amostras, procura-se
atingir objetivos idênticos aos da amostragem probabilística, ou seja, construir uma amostra
que seja um modelo reduzido e fiel da população-alvo da investigação. O ponto de partida
para a construção da amostra por quotas é, no entanto, oposto ao da amostragem
probabilística: em vez de se tomar como base o conjunto de indivíduos que constituem a nossa
população-alvo, começa-se por estabelecer um inventário das proporções estatísticas
correspondentes à combinação dos vários critérios a ser utilizados (por exemplo, sexo, idade,
profissão, etc.). Para que na amostra sejam salvaguardadas as proporções reais de ocorrência
daqueles critérios na população-alvo, estabelecesse para cada inquiridor/observador, um
quota indicando relativamente a cada critério o número de indivíduos a inquirir/observar.
Sendo assim, a amostra final deverá apresentar uma estrutura muito semelhante à da
população-alvo.
Amostra bola de neve: Trata-se de uma técnica de construção de amostras pouco utilizada.
Consiste em partir de um número restrito de pessoas que possuem as características que
interessam à investigação e ir acrescentando outras, por indicação das precedentes, até ao
número final pretendido.
Problemas da Amostragem:
estar ausente da sua casa por várias razões. Se o inquiridor passar à pessoa seguinte,
com base no argumento de que aquela pessoa foi escolhida à sorte, então no final é
muito provável que tenhamos uma amostra constituída por pessoas que saem pouco
de casa. É igualmente provável que essas pessoas possuam características muito
diferentes daquelas que saem mais de casa e, consequentemente, teremos uma
amostra enviesada. Para evitar estes enviesamentos, os inquiridores poderão tomar
certas precauções: evitar fazer os inquéritos/recolher os dados nos meses tradicionais
de férias; distribuir o trabalho de aplicação das técnicas de recolha de informação por
vários períodos do dia/noite e ao fim-de-semana; tentar realizar um primeiro contacto
(por telefone ou pessoalmente) com as pessoas a inquirir.
Outra situação que podemos encontrar quando nos baseamos numa listagem para a
construção da amostra, é o facto daquela poder não se encontrar atualizada.
● As recusas - Segundo Ghiglione e Matalon (1992) há tipos de recusa que são mais
No caso das amostras por quotas, os riscos de enviesamento são maiores e mais importantes
do que nos casos anteriores, desde logo porque são menos visíveis e mais difíceis de controlar,
sobretudo porque o inquiridor não dispõe de uma listagem de pessoas e das suas
características. Isto significa que não se poderá substituir facilmente uma pessoa que esteja
ausente ou se recuse a responder por outra pessoa com características semelhantes. A juntar a
estes enviesamentos, temos que ter em conta outros, mais específicos da amostra por quotas:
os que decorrem do modo como o inquiridor seleciona as pessoas que vai abordar; os que
decorrem do risco do inquiridor só selecionar pessoas conhecidas ou aquelas que lhe pareçam
mais amigáveis. Tanto no primeiro caso, como no segundo, estes riscos podem ser
minimizados se se forneceram ao inquiridor instruções rigorosas quanto às pessoas que devem
ser inquiridas.
Dimensão da Amostra
Só é possível calcular a dimensão da amostra no caso das amostras probabilísticas ou
aleatórias. No caso das amostras não probabilísticas, aceita-se como razoável que a amostra
seja de 10% a 20% da população total, devendo as características da população-alvo estarem
representadas, na mesma proporção, na amostra.
Quanto à dimensão da amostra para o caso das amostras probabilísticas ou aleatórias,
podemos começar por dizer que:
● como, na maioria dos casos, não é possível inquirir toda a população-alvo, temos de
ter em conta que existe sempre uma margem de erro e que o nosso grau de confiança
nunca será igual a 100%. Habitualmente aceita-se como margem de erro satisfatória os
0,05, o que significa que o grau de confiança aceitável será de 95%.
Questões fechadas são aquelas em que os inquiridos devem cingir a sua resposta às
alternativas propostas pelos investigadores no IQ e, deste modo, condicionam mais as
respostas dos entrevistados e perdemos alguma riqueza do discurso dos mesmos. Esta é aliás a
grande desvantagem destas questões. Por outro lado, este tipo de questões facilitam
enormemente a anotação no ato de inquirição e facilitam o posterior tratamento dos dados
recolhidos, uma vez que proporcionam uma maior comparabilidade dos dados, porque as
categorias de resposta são comuns para todos os indivíduos inquiridos.
Questões abertas são aquelas em que o inquirido pode responder em total liberdade. Não lhe
são fornecidas a priori alternativas de resposta. Este tipo de questão apresenta mais
desvantagens que o anterior, no que se refere ao tratamento das respostas e às possibilidades
de comparação. Tem como vantagem principal o facto de o discurso do inquirido não estar
condicionado.
Temos ainda um tipo de questões que podemos designar como semi-abertas ou semi-
fechadas. Estas questões são aquelas em que o inquirido escolhe uma das categorias de
resposta propostas pelo investigador, mas tem de completar a resposta com o seu próprio
discurso.
Temos ainda de ter em conta num IQ as questões de escolha múltipla, i.e., aquelas em que o
inquirido pode escolher mais do que uma das opções de resposta apresentadas. Estas
questões são sempre de tipo fechado e podem ser simples ou de hierarquização.
Ghiglione e Matalon, (1990) apontam pelo menos 5 razões para a participação das pessoas:
● interesse científico;
● dar uma imagem favorável de si próprio para obter a aprovação do inquiridor ou para
inquiridos utilizam as suas respostas como meio de resolver uma determinada situação
(tentando, por exemplo, enegrecê-la), com esperança de que as autoridades tomem as
medidas que pretende
Clínica:
● Envolve entrevistas repetidas aos mesmos indivíduos, em que lhes é deixada uma
● Têm uma utilização restrita nas ciências sociais e humanas, à exceção das duas
disciplinas mencionadas.
Em Profundidade:
assunto.
● São entrevistas que possuem, na maior parte dos casos, um guião prévio composto
● É um tipo de entrevista muito utilizado pelas ciências sociais, sobretudo nas chamadas
● Este tipo de entrevista também pode ser designado como semi-dirigido ou semi-
estruturado.
Centrada:
mais válido, i.e., este é o tipo de entrevista que melhor permite testar as hipóteses de
trabalho.