Economics">
Otimização de Betões Com Agregados Reciclados - CORRIGIDO
Otimização de Betões Com Agregados Reciclados - CORRIGIDO
Otimização de Betões Com Agregados Reciclados - CORRIGIDO
reciclados
Aproveitamento de resíduos de pedreiras de mármore
Engenharia Civil
v
Para a minha família
ii
Otimização de betões com agregados
reciclados
iii
iv
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Bettencourt Ribeiro, do LNEC, por ter aceitado ser meu orientador,
por todo o acompanhamento prestado, pelas suas críticas e sugestões, e
ainda, pelo rigor científico que incutiu no trabalho.
Ao Sr. Luis Paixão, técnico do laboratório central da IBERA, pela sua incansável
ajuda na execução de todos os ensaios e disponibilidade de tempo pessoal.
v
Otimização de betões com agregados reciclados
RESUMO
Estima-se que 80 a 90% do total de rocha extraída pela indústria extrativa da
Zona dos Mármores (Alentejo) seja desperdiçada e acumulada nas inúmeras
escombreiras da região.
vi
Optimization of concrete with recycled aggregates
ABSTRACT
It is estimated that 80 to 90% of the total rock extracted by the marble
industry in Alentejo is been accumulate and lost in the countless heaps of the
region.
In this work, it will be made a study with de objective of recycle that residue
as raw material in the concrete production.
vii
ÍNDICE GERAL
1. Introdução .................................................................................................................1
1.1. Enquadramento geral ......................................................................................1
1.2. Objetivo ...............................................................................................................3
1.3. Estrutura da Dissertação ...................................................................................4
2. Otimização de betões com agregados reciclados ............................................5
2.1. Propriedades ......................................................................................................6
2.1.1. Agregados reciclados .....................................................................6
2.1.2. Resistência à compressão ..............................................................7
2.1.3. Retração ............................................................................................9
2.1.4. Trabalhabilidade ..............................................................................9
2.1.5. Absorção de água.........................................................................10
2.1.6. Resistência à tração por compressão diametral ......................12
2.1.7. Módulo de elasticidade ................................................................13
2.1.8. Resistência ao desgaste ................................................................14
2.1.9. Teor de ar.........................................................................................14
2.1.10. Exsudação .....................................................................................16
2.2. Fabrico e transporte ........................................................................................18
3. Materiais utilizados ..................................................................................................18
3.1. Agregados ........................................................................................................18
3.1.1. Massa volúmica e absorção de água ........................................19
3.1.2. Resistência mecânica ...................................................................20
3.1.3. Forma das partículas ......................................................................20
3.1.4. Determinações necessárias para o cálculo da composição .21
3.1.5. Granulometria .................................................................................21
3.2. Cimento.............................................................................................................22
3.2.1. Caraterísticas químicas e mineralógicas ....................................22
3.2.2. Caraterísticas físicas do cimento .................................................23
3.3. Cinzas Volantes ................................................................................................23
3.4. Pó de mármore ................................................................................................24
3.5. Adjuvantes ........................................................................................................26
3.6. Água ..................................................................................................................27
4. Fase Experimental ...................................................................................................28
4.1. Recolha e preparação de constituintes ......................................................28
4.2. Requisitos da composição .............................................................................28
4.3. Produção dos betões......................................................................................30
5. Ensaios ......................................................................................................................35
5.1. Equivalente de areia .......................................................................................35
5.2. Betão estado fresco ........................................................................................35
5.3. Betão estado endurecido ..............................................................................36
6. Resultados obtidos ..................................................................................................37
6.1. Equivalente de areia .......................................................................................37
viii
6.2. Betão fresco .....................................................................................................38
6.2.1. Ensaio de abaixamento ................................................................38
6.2.2. Ensaio de teor de ar .......................................................................45
6.2.3. Exsudação .......................................................................................46
6.3. Betão endurecido ...........................................................................................48
7. Análise de resultados..............................................................................................49
7.1. Caraterísticas do betão no estado fresco ...................................................49
7.2. Caraterísticas do betão no estado endurecido .........................................56
7.3. Custo das composições .................................................................................63
8. Conclusões...............................................................................................................65
8.1. Considerações finais .......................................................................................65
8.2. Conclusões gerais ............................................................................................66
9. Bibliografia ...............................................................................................................68
10. Normas e especificações ......................................................................................73
11. Anexo A ....................................................................................................................74
12. Anexo B.....................................................................................................................80
13. Anexo C ....................................................................................................................88
14. Anexo D ....................................................................................................................92
15. Anexo E ...................................................................................................................101
16. Anexo F ...................................................................................................................103
17. Anexo G .................................................................................................................123
18. Anexo H ..................................................................................................................167
ix
ÍNDICE DE FIGURAS
1. Escombreira ...............................................................................................................2
2. Assentamento Plástico ...........................................................................................17
3. Brita ...........................................................................................................................21
4. Pó de Pedra .............................................................................................................25
5. Misturadora ..............................................................................................................30
6. Equivalente de Areia ..............................................................................................35
7. Teor de Finos – Ensaio Equivalente de Areia .......................................................38
8. Abaixamento inicial do betão de referência ....................................................40
9. Abaixamento inicial para betão com incorporação de 25 % de Pó de
Pedra ........................................................................................................................41
10. Abaixamento inicial para betão com incorporação de 50 % de Pó de
Pedra ........................................................................................................................42
11. Abaixamento inicial para betão com incorporação de 75 % de Pó de
Pedra ........................................................................................................................43
12. Abaixamento inicial para betão com incorporação de 100 % de Pó de
Pedra ........................................................................................................................44
13. Ensaio de teor de ar ...............................................................................................46
14. Preparação de provetes para medição da exsudação .................................47
15. Medição do abaixamento para betões com adjuvantes Mapei ..................50
16. Medição do abaixamento para betões com adjuvantes Sika .......................52
17. Medição do abaixamento para betões com adjuvantes Basf ......................53
18. Medição do abaixamento para betões com adjuvantes Chryso..................54
19. Resistência à compressão em função da relação A/L para betões com
agregados naturais ................................................................................................57
20. Resistência à compressão em função da relação A/L para betões com
incorporação de 25% de pó de pedra ...............................................................57
21. Resistência à compressão em função da relação A/L para betões com
incorporação de 50% de pó de pedra ...............................................................58
22. Resistência à compressão em função da relação A/L para betões com
incorporação de 75% de pó de pedra ...............................................................58
23. Resistência à compressão em função da relação A/L para betões com
incorporação de 100% de pó de pedra .............................................................59
24. Curva de crescimento para betões com agregados naturais .......................60
25. Curva de crescimento para betões com incorporação de 25% de pó de
pedra ........................................................................................................................60
26. Curva de crescimento para betões com incorporação de 50% de pó de
pedra ........................................................................................................................61
27. Resistência à compressão em função da relação A/L para betões com
incorporação de 75% de pó de pedra ...............................................................61
x
28. Resistência à compressão em função da relação A/L para betões com
incorporação de 100% de pó de pedra .............................................................62
29. Comparativo de custos de composições...........................................................64
xi
ÍNDICES DE TABELAS
xii
28. Resultados do ensaio de compressão para o betão com 25% de pó de
pedra ........................................................................................................................48
29. Resultados do ensaio de compressão para o betão com 50% de pó de
pedra ........................................................................................................................48
30. Resultados do ensaio de compressão para o betão com incorporação de
75% de pó de pedra ..............................................................................................49
31. Resultados do ensaio de compressão para o betão com incorporação de
100% de pó de pedra ............................................................................................49
32. Relação A/L para adjuvantes MP ........................................................................50
33. Relação A/L para adjuvantes SK..........................................................................52
34. Relação A/L para adjuvantes BF..........................................................................53
35. Relação A/L para adjuvantes CY ........................................................................55
36. Relações médias das tensões entre idades .......................................................62
37. Custo unitário dos constituintes do betão ..........................................................63
xiii
ABREVIATURAS
EN – Norma Europeia
PP – Pó de Pedra
SP(s) - Superplastificante(s)
xiv
1. INTRODUÇÃO
1.1ENQUADRAMENTO GERAL
1
Este enorme desperdício, que ronda 80 a 90% do total da rocha extraída,
deve-se à conjugação de fatores de vária ordem, entre os quais predominam
o elevado grau de fracturação da jazida, que impede a produção de blocos
com dimensão comercial mínima e aspetos de ordem estética (presença de
manchas, fios, etc.), que desvalorizam a pedra, ao ponto de a tornar
inadequada para uso como rocha ornamental [3].
2
1.2 OBJECTIVO
No que diz respeito ao ligante foi utilizado um cimento CEM II/A-L 42,5R
proveniente da fábrica CIMPOR – Alhandra, e cinzas volantes, provenientes
da central termoelétrica da EDP em Sines.
3
Será finalmente avaliado o custo de cada composição, uma vez é um
dos fatores que poderá influenciar a utilização de betões com estas
características.
4
2. OTIMIZAÇÃO DE BETÕES COM AGREGADOS
RECICLADOS
A utilização de pó de pedra, doravante denominado PP, pode ser uma boa
alternativa para a areia natural. A utilização deste tipo de agregado tem
potencial para trazer benefícios em termos técnicos, económicos e de meio
ambiente. No entanto, e para a otimização da sua utilização, é necessário um
apertado e rigoroso controlo da produção do betão.
5
primeira. Com estes ensaios pretende-se testar o comportamento do betão
com diferentes dosagens de PP e com recurso a diferentes SPs.
2.1 PROPRIEDADES
6
mármore denominada BENCAPOR, empresa do grupo CIMPOR. Foi utilizado o
PP produzido pela última em substituição da areia grossa natural (apenas
utilizada na composição de referência), bem como areia fina, de origem
siliciosa. No que diz respeito aos adjuvantes, foram utilizados plastificantes
utilizados no fabrico do betão fluido, bem como superplastificantes. A água
utilizada é proveniente da rede pública.
7
Analisados betões fabricados com diversas misturas variando o teor de pó
de pedra. As percentagens de substituição da areia natural pelo PP foram de
25%, 50%, 75% e 100%. O cimento utilizado foi do tipo CP II F 32. Os autores
concluíram que a substituição da areia pelo PP não comprometeu os níveis de
resistência mecânica do betão nem a sua trabalhabilidade [10].
8
2.1.3 RETRAÇÃO
2.1.4 TRABALHABILIDADE
9
A trabalhabilidade dos betões é fortemente afectada pela natureza e
dosagem dos adjuvantes adoptados na sua produção. Uma inadequada
aplicação de SPs em betões pode resultar em valores de abaixamento não
admissíveis, segregação de agregados, ou mesmo exsudação[13].
10
características mecânicas e de durabilidade do betão endurecido. A
porosidade dos agregados está diretamente associada à sua absorção de
água [8].
11
2.1.6 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL
12
2.1.7 MÓDULO DE ELASTICIDADE
13
melhor desempenho dos betões com AFRs, enquanto que a maior porosidade
aliada à dimensão dos agregados grossos reciclados são apontadas como
principais fatores redutores do módulo de elasticidade [20].
2.1.9 TEOR DE AR
14
incorporado possuem dimensões entre 100µm e 1mm de diâmetro, enquanto
os vazios de ar aprisionado são maiores, ficando entre 1mm e 10 mm. Estes
últimos, que na maioria das vezes são causados por deficiência nas dosagens
e escolha dos materiais, são nefastos à qualidade final do betão, podendo
comprometer as propriedades mecânicas de resistência à compressão e
módulo de elasticidade. Outro aspecto negativo em relação à presença de
vazios de ar aprisionado no betão é a aparência final, com a formação de
macro-bolhas superficiais [22].
15
2.1.10 EXSUDAÇÃO
•Excesso de adjuvante;
16
Um dos efeitos da exsudação é o assentamento plástico na superfície do
betão, como observado na Figura 9.
Para reduzir a exsudação podem ser tomadas várias medidas tais como:
•Usar estabilizadores;
•Utilizar fibras;
De notar que se o volume de água perdido por evaporação for maior que
o volume de água que exsudou, podem surgir fissuras de pequena
profundidade. Elas costumam ser contínuas e paralelas, separadas entre si de
30 centímetros a 1 metro, ou ainda sem orientação, com carácter aleatório,
podendo ser eliminadas da superfície se estivermos antes do início de presa do
cimento, com a nova vibração do betão (com o betão no estado fresco).
17
2.2 FABRICO E TRANSPORTE
3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 AGREGADOS
18
possível o que, em geral, conduz a um volume de 70 a 80% do volume total do
betão.
19
Os valores inscritos na tabela 1 foram obtidos através do método do cesto
de rede metálica, picnómetro e pelos fornecedores de agregados.
20
3.1.4 DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO
3.1.5 GRANULOMETRIA
Figura 3 – Brita 1 e 2
21
3.2 CIMENTO
22
3.2.2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO CIMENTO
Massa volúmica
23
As cinzas volantes podem ser usadas no betão como substituto parcial do
cimento e como correção da granulometria do inerte fino ou nas duas
funções em simultâneo. Regra geral, a primeira aplicação é a mais
interessante, por permitir economia de cimento. Podem diminuir também a
exsudação, facilitar a bombagem, retardar o início de presa e, ao contrário do
que acontece com as outras pozolanas, faz aumentar a trabalhabilidade.
3.4 PÓ DE MÁRMORE
24
Um facto limitador ao emprego disseminado do PP pode ser sua
quantidade de finos, o que justifica seu uso ainda reduzido. Historicamente, a
areia de rocha, era um material pouco desejável devido à sua elevada
aspereza e pela ocorrência de silte e argila. Esta presença prejudica a
aderência entre o agregado e a pasta de cimento, elevando a necessidade
de água de trabalhabilidade dos betões e o atrito interno das partículas
sólidas da mistura. Como consequência, os autores salientam que ocorre um
elevado consumo de cimento nos betões, para se atingir um mesmo nível de
resistência à compressão, quando se utiliza o tipo de agregado em questão
em substituição à natural. Os mesmos autores chamam a atenção pelo facto
de o betão resultante poder ser um material de custo mais elevado e mais
áspero, mais difícil de ser trabalhado na obra ou ao ser bombeado, o que
pode ser combatido com o uso de aditivos plastificantes [16].
Figura 4 – Pó de Pedra
25
3.5 ADJUVANTES
26
Um adjuvante, que se adiciona ao betão em quantidades inferiores a 5% da
massa do cimento, possui, simultaneamente, várias propriedades. Por exemplo,
certos plastificantes redutores da água de amassadura podem ser também
retardadores da presa; como permitem diminuir a dosagem de água,
aumentam a tensão de rotura, diminuem a permeabilidade e diminuem a
fluência. Um agente introdutor de ar, aumenta a resistência à ação alternada
da congelação e descongelação, pela formação de bolhas de ar, tem por
efeito secundário aumentar a trabalhabilidade do betão antes da presa e
diminuir a sua capilaridade.
3.6 ÁGUA
27
4. FASE EXPERIMENTAL
28
Resumidamente, os 5 grupos de betão referidos são:
B1 – Utilização de adjuvantes GR
B2 – Utilização de adjuvantes MP;
B3 – Utilização de adjuvantes SK;
B4 – Utilização de adjuvantes BF;
B5 – Utilização de adjuvantes CY.
29
e a segregação dos agregados quando o betão passa através de
aberturas estreitas ou nos intervalos entre a armadura.
30
A entrada dos constituintes processou-se com a seguinte ordem:
Designação GR MP SK BF CY
Agregado Natural BR1 BR2 BR3 BR4 BR5
25% Pó Pedra B1, 25 B2, 25 B3, 25 B4, 25 B5, 25
50% Pó Pedra B1, 50 B2, 50 B3, 50 B4, 50 B5, 50
75% Pó Pedra B1, 75 B2, 75 B3, 75 B4, 75 B5, 75
100% Pó de Pedra B1, 100 B2, 100 B3, 100 B4, 100 B5, 100
Designação kg/m3
Cimento 323
Cinzas Volantes 57
31
As quantidades dos adjuvantes utilizados estão inscritas na tabela 4.
32
As quantidades de incorporação de água e relação água/ligante para a
amassadura de referência estão inscritas na tabela 6 (Kg/m3)
B2 180 0,57
B3 174 0,55
B4 180 0,57
B5 180 0,57
B2 154 0,49
B3 145 0,46
B4 159 0,50
B5 160 0,51
33
As quantidades de incorporação de água e relação água/ligante para
uma percentagem de 75% de PP estão inscritas na tabela 9 (Kg/m3)
B2 167 0,53
B3 157 0,50
B4 170 0,54
B5 181 0,58
B2 218 0,69
B3 153 0,48
B4 217 0,69
B5 193 0,61
34
5. ENSAIOS
35
realizado nos locais de aplicação do betão sem recurso a equipamentos de
laboratório complexos.
36
Os ensaios à compressão foram efectuadas na Prensa, Tridente, Modelo
SCP 3000 e com o número de série SCP 0209, figura 4 e o certificado de
calibração encontra-se no anexo H. Foram executados ensaios à compressão
às 1, 3, 7 e 28 dias, na quantidade de 2, 1, 2 e 2 provetes respetivamente.
6. RESULTADOS OBTIDOS
37
Figura 7 – Teor de finos no ensaio equivalente de areia
Designação BR 1 BR 2 BR 3 BR 4 BR 5
Abaixamento 0 min (mm) ---- 210 210 205 210
Abaixamento 45 min (mm) ---- 190 140 190 190
Abaixamento 90 min (mm) ---- 140 40 130 110
38
Tabela 13 – Resultados dos ensaios de abaixamento do betão com incorporação
de 25% PP.
Designação B1, 100 B2, 100 B3, 100 B4, 100 B5, 100
Abaixamento 0 min (mm) ---- 220 205 215 220
Abaixamento 45 min (mm) ---- 150 0 205 170
Abaixamento 90 min (mm) ---- 70 0 50 80
39
BR2 BR3
BR4 BR5
40
0 min Frente espalhamento
B1, 25 ---- ----
B2, 25
B3, 25
B4, 25
B5, 25
41
0 min Frente espalhamento
B1, 50
B2, 50
B3, 50
B4, 50
B5, 50
42
0 min Frente espalhamento
B1, 75 ----- ---------
B2, 75
B3, 75
B4, 75
B5, 75
43
0 min Frente espalhamento
B1, 100 -------- ---------
B2, 100
B3, 100
B4, 100
B5, 100
44
6.2.2 – ENSAIO DE TEOR DE AR
Designação B1, 100 BR2, 100 BR3, 100 BR4, 100 BR5, 100
Teor de ar % ------- 2,5 2,5 1,8 3,4
45
Figura 16 – Ensaio do teor de ar
6.2.3 – EXSUDAÇÃO
Tabela 23 – Resultados dos ensaios de exsudação para a composição com 25% PP.
46
Tabela 24 – Resultados dos ensaios de exsudação para a composição com 50% PP.
Tabela 25 – Resultados dos ensaios de exsudação para a composição com 75% PP.
Tabela 26 – Resultados dos ensaios de exsudação para a composição com 100% PP.
Ensaio B1, 100 B2, 100 B3, 100 B4, 100 B5, 100
Massa de água da amostra (g) ------- 737 516 732 651
1 hora (g) - média ------- 0,60 0,40 1,40 0,7
As/Aa (%) ------- 0,08 0,08 0.19 0.11
3 horas (g) - média ------- 0,40 0,20 0,00 0,00
As/Aa (%) ------- 0.05 0,04 0,00 0,00
47
6.3 BETÃO ENDURECIDO
Tabela 28 – Resultados dos ensaios à compressão para o betão com 25% PP (MPa)
Tabela 29 – Resultados dos ensaios à compressão para o betão com 50% PP (MPa).
48
Tabela 30 – Resultados dos ensaios à compressão para o betão com 75% PP (MPa)
Tabela 31 – Resultados dos ensaios à compressão para o betão com 100% PP.
Ensaios B1, 100 B2, 100 B3, 100 B4, 100 B5, 100
1 dia ------- 33,8 35,7 22,1 31,1
3 dias ------- 34,0 36,7 31,6 30,5
7 dias ------- 37,0 41,9 35,5 37,5
7.ANÁLISE DE RESULTADOS
De seguida, é apresentada a análise dos resultados das determinações que
melhor caracterizam as propriedades definidoras dos betões produzidos e
ensaiados no estado fresco e endurecido. Serão analisadas as seguintes
propriedades: capacidade de preencher e de fluir, resistência à segregação e
exsudação, teor de ar e resistência mecânica.
49
B2, 100
B2,75
Abaixamento 90 min
B2, 50
Abaixamento 45 min
B2, 25 Abaixamento 0 min
BR2
50
durabilidade do betão é influenciada por esta relação (menor porosidade e
maiores resistências à compressão), sendo que a mistura em causa apresenta
o menor valor. Verificou-se que a mistura com 100% de pó de pedra,
necessitou de maior volume de água para atingir a trabalhabilidade inicial
pretendida.
51
B3, 100
B3,75
Abaixamento 90 min
B3, 50
Abaixamento 45 min
BR3
É sabido que o uso de SPs com alto poder redutor de água dificulta a
execução do ensaio de abaixamento, uma vez que para a mesma
quantidade de água, permite a passagem de um betão com um
abaixamento do cone de Abrams de, por exemplo, 0 a 2 cm para um
abaixamento de 20 cm, transformando um betão seco e muito plástico num
betão fluido e trabalhável. O SP SK produziu alguns ensaios inválidos,
essencialmente para tempo de aplicação iguais ou superiores a 45 minutos.
52
taxa de 16,4% em relação à mistura com agregados naturais. É esta mistura, e
para este tipo de SP, que apresenta a melhor trabalhabilidade ao longo dos 90
minutos, superando a mistura de referência. Apresenta também as melhores
características de durabilidade, uma vez estas que são influenciadas por esta
relação. Ainda, a incorporação de 100% de PP, obteve uma das mais baixas
relações A/L, no entanto, não satisfaz as condições necessárias devido à difícil
utilização e conjugação do SP/PP e que pode influenciar os resultados obtidos.
B4, 100
B4,75
Abaixamento 90 min
B4, 50
Abaixamento 45 min
BR4
Neste caso, e com este tipo de adjuvante (BF), os melhores resultados foram
obtidos para a incorporação de 100% de PP (maior manutenção de
trabalhabilidade até 45 minutos e menor relação A/L). No entanto esta
situação implica uma elevada dependência das caraterísticas e qualidades
53
do PP, onde qualquer variação do produto poderá influenciar o
comportamento do betão. Também se pode verificar que é necessário uma
maior quantidade de água e consequente relação A/L, para se obterem estas
trabalhabilidades. Para aplicação ao fim de 90 minutos, obtém-se melhores
resultados para a incorporação de 25% do agregado reciclado.
B5, 100
B5,75
Abaixamento 90 min
B5, 50
Abaixamento 45 min
Abaixamento 0 min
B5, 25
BR5
54
Tabela 35 – Relação A/L para adjuvantes CY
Após análise dos gráficos e tabelas com relação A/l é possível concluir que
a utilização de misturas com 50% de PP será a melhor opção, essencialmente
com a utilização de adjuvantes CY e BF. Tal conclusão é retirada para tempos
de transporte médios de 45 minutos, o mais usual no mercado de produção e
fornecimento de betão pronto.
55
7.2 CARACTERÍSTICAS DO BETÃO NO ESTADO ENDURECIDO
Da análise das seguintes figuras (figuras 21 a 25) verifica-se que existe uma
tendência para que as resistências sigam a lei geral, aos 7 e 28 dias de idade,
ou seja, que a resistência é função da razão água/ligante. No entanto, como
se estão a analisar diversos tipos de adjuvantes, e tendo em consideração que
em certos casos a variação da razão água/ligante é pequena, existem
algumas situações em que para maior água/ligante obtém-se maior
resistência, mas trata-se de casos pontuais não significativos.
56
60,0
50,0
40,0
M 28 Dias
p 30,0
7 Dias
a
20,0 3 Dias
1 Dias
10,0
0,0
BR2 BR5 BR3 BR4
Betões
60,0
50,0
40,0
M 28 Dias
p 30,0
7 Dias
a
20,0 3 Dias
1 Dias
10,0
0,0
B3,25 B4,25 B2,25 B5,25
Betões
57
70
60
50
M 40 28 Dias
p
7 dias
a 30
3 dias
20
1 dia
10
0
B3,50 B2,50 B1,50 B4,50 B5,50
Betões
60
50
40
M 1 Dia
p 30
28 Dias
a
20 7 dias
3 Dias
10
0
B3,75 B2,75 B4,75 B5,75
Betões
58
50,0
45,0
40,0
35,0
M 30,0 28 Dias
p 25,0
7 Dias
a 20,0
3 Dias
15,0
10,0 1 Dia
5,0
0,0
B3,100 B5,100 B4,100 B2,100
Betões
59
Em relação à curva de crescimento e relação de tensões entre idades,
apresenta-se abaixo o comportamento dos betões com as diferentes
incorporações de agregados reciclados.
60
50
40
M SIKA
p 30
MAPEI
a
20 BASF
CHRYSO
10
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade, Dias
60
50
40
M SIKA
p 30
MAPEI
a
20 BASF
CHRYSO
10
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade, Dias
60
70
60
50
SIKA
M 40
p MAPEI
a 30 GRACE
20 BASF
10 CHRYSO
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade, Dias
60
50
40
M SIKA
p 30
MAPEI
a
20 BASF
CHRYSO
10
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade, Dias
61
50
45
40
35
M 30 SIKA
p 25
MAPEI
a 20
BASF
15
10 CHRYSO
5
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade, Dias
62
A taxa de crescimento dos 3 para os 28 dias é semelhante para os 4 tipos
de incorporações. Verifica-se igualmente que à medida que aumenta o teor
de PP, a diferenças entre tensões aos 7 e 28 dias têm tendência a diminuir.
63
Custo (€/m3)
56,00
55,50
55,00
54,50
54,00
53,50
€ 53,00
52,50
52,00 Custo (€/m3)
51,50
51,00
50,50
50,00
B1, 100
B2, 100
B3, 100
B4, 100
BR1
BR2
BR3
BR4
BR5
B5. 100
B1, 25
B2, 25
B3, 25
B4, 25
B5, 25
B1, 50
B2, 50
B3, 50
B4, 50
B5, 50
B1, 75
B2, 75
B3, 75
B4, 75
B5, 75
Figura 29 – Comparativo de custos de composições
64
8. CONCLUSÕES
65
8.2 CONCLUSÕES GERAIS
A revisão bibliográfica do estado da arte disponível revelou que, apesar de
existir um conceito geral da qualidade de agregados finos reciclados, a
informação e investigação conhecidas são relativamente reduzidas, em
particular em relação ao uso de SPs em betões com agregados reciclados.
Com o intuito de contribuir para o aumento do conhecimento e de verificar
algumas observações não consensuais, desenvolveu-se esta investigação.
66
O betão com incorporação de agregados finos reciclados apresentou um
desempenho geral superior betão convencional, tal pode ser derivado dos
agregados naturais utilizados e disponíveis não serem da melhor qualidade. No
entanto e através da utilização de SPs de terceira geração, o betão em
estudo revelou ser mais robusto, destacando-se a nível da resistência à
compressão, trabalhabilidade e preço, características usualmente mais
penalizantes nos betões com este tipo de incorporações.
67
BIBLIOGRAFIA
Referências Bibliográficas:
[4] - KATZ, A.; BAUM, H. (2006) - Effect of High Levels of Fines Content on
Concrete Properties. ACI Materials Journal 103.6: 474-482.
68
[10] – MENOSSI, R. T. (2004) – Utilização do pó de pedra basáltica em
substituição da areia natural do concreto. Dissertação em Engenharia Civil.
Faculdade de Engenharia da Ilha Solteira. Universidade Estadual Paulista. P. 97.
Ilha Solteira.
[14] - POON, C. S.; SHUI, Z. H.; LAM, L.; FOK, H.; KOU, S. C. (2004) - Influence of
moisture states of natural and recycled aggregates on the slump and
compressive strength of concrete. Cement and Concrete Research, vol. 34, n.º
1, pp. 31-36.
69
[18] - NEVILLE, A. M. (1981) - Properties of concrete. Pitman Internacional Text,
Londres, Reino Unido.
[23] - PETRUCCI, E.G.R (1995) - Concreto de cimento Portland. 13ª. ed. São
Paulo, Brasil.
70
Bibliografia auxiliar:
A.A. V.V. (2002)- Strength and durability of concrete with crushed sand. 27th
Conference on OUR WORLD IN CONCRETE & STRUCTURES: 29 - 30 August 2002,
Singapore.
71
Materials and Technologies for Sustainable Construction - CIB World Building
Congress, Symposium A., vol. 1, Gävle, Suécia, 1998;
72
Normas e especificações:
73
ANEXO A
74
75
76
77
78
79
ANEXO B
80
81
82
83
84
85
86
87
ANEXO C
ESTATÍSTICO
88
89
90
91
ANEXO D
92
93
94
95
96
97
98
99
100
ANEXO E
101
102
ANEXO F
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
ANEXO G
AMASSADURAS LABORATORIAIS
123
QUADRO GERAL DE COMPOSIÇÕES
Britas (Kg/m3)
Areia
Areia Grossa Pó de Pedra Cimento Cinza PLASTIFICANTE SUPERPLASTIFICANTE Água
COMPOSIÇÃO Fina A/L
(Kg/m3) (Kg/m3) (kg/m3) (Kg/m3) (Kg/m3) (Kg/m3) (Kg/m3)
(Kg/m3) Brita 2 Brita 1
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
ANEXO H
167
168
169
170
171