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CAMPUS ITABERABA
Fonte: https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/construcao-do-
territorio.html
O território brasileiro, sua vasta dimensão e suas riquezas minerais são sempre tratados como
sinais da potencialidade da riqueza nacional, ainda em grande parte inexplorada. Esta
conformação territorial que hoje conhecemos foi uma lenta, longa e difícil construção, tecida
durante cinco séculos de história.
Entenda a importância dos temas abaixo para a constituição do território brasileiro:
Tratado de Tordesilhas
Capitanias hereditárias
União Ibérica
Descoberta do ouro
Território legalizado: os tratados
Novos tempos na construção da territorialidade
Extensão territorial atual
Tratado de Tordesilhas
O Tratado de Tordesilhas definiu as áreas de domínio do mundo extra-europeu. Demarcando
os dois hemisférios, de polo a polo, deu a Portugal o direito de posse sobre a faixa de terra
onde se encontrava o Brasil: ficou Portugal com as terras localizadas a leste da linha de 370
léguas traçadas a partir de Açores e Cabo Verde, e a Espanha com as terras que ficassem do
lado ocidental desta linha.
O direito de posse de Portugal sobre a faixa de terra onde se encontrava o Brasil foi produto
de crescentes rivalidades entre Portugal e Espanha pelas terras do Novo Mundo, durante a
segunda metade do século XV.
A proximidade das datas do Tratado de Tordesilhas (1494) e do "descobrimento" (1500) faz
supor que Portugal já sabia da existência das terras brasílicas antes mesmo da expedição
cabralina.
União Ibérica
A União Ibérica, que se extendeu de 1580 a 1640, cumpriu um importante papel na construção
do território brasileiro: o de diluir as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Tordesilhas.
Expandiu os limites territoriais tanto ao norte, com a conquista efetiva do Maranhão, quanto
ao sul, alargando a fronteira na região platina.
Data também deste período o início da expansão territorial para o interior. Em 1580, foram
organizadas as primeiras expedições dos bandeirantes em São Paulo. Essa frente de expansão
territorial para os "sertões" - palavra então usada para se aludir ao interior - prolongou-se por
todo o período da dominação espanhola.
Data de 1585 a primeira grande bandeira para captura e escravização de índios no sertão dos
Carijós, luta que levaria à ocupação gradativa do interior do Brasil e ao alargamento da faixa
litorânea ocupada pelos portugueses no início do século XVI. São também deste período, entre
outras:
a conquista da Paraíba, em 1584
as guerras travadas contra os índios no norte da Bahia, atual Sergipe, em 1589
a bandeira a Goiás, em 1592
as primeiras incursões dos bandeirantes paulistas à região de Minas Gerais, em 1596
a bandeira apresadora de índios na região do baixo Paraná, em 1604
Descoberta do ouro
A descoberta do ouro, no final do século XVII, nas regiões das Minas Gerais foi importante para
a expansão territorial e para uma nova organização administrativa da colônia.
A necessidade crescente de abastecimento na região das Minas, provocada pelo afluxo de
população em busca de riquezas, contribuiu para a expansão do Brasil em direção ao Rio
Grande, fomentando a criação de gado e rebanhos de todo tipo.
Em 1693, no tempo em que se descobriu ouro nas regiões das minas, foram criadas as
capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas. Entretanto, com o massacre dos paulistas em
1709 no conflito que ficou conhecido como "guerra dos emboabas" (confronto entre
bandeirantes paulistas e forasteiros que procuravam ouro e pedras preciosas), teve início uma
intervenção mais efetiva da Coroa na região de Minas Gerais: Minas foi separada da capitania
do Rio de Janeiro, tendo sido criada a capitania de São Paulo, em substituição à de São Vicente
- adquirida em 1710 pela Coroa. Além dela, outras foram compradas, como as de Pernambuco
(1716) e Espírito Santo (1718), dando nova feição à administração portuguesa na colônia, mais
presente e interiorizada.