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Serpentes AB 122023
Serpentes AB 122023
Serpentes AB 122023
IMPORTANTE ...................................................................................................................................... 2
Introdução .............................................................................................................................................. 3
Origem e Evolução ................................................................................................................................. 3
Biologia ................................................................................................................................................. 5
Criação de serpentes em cativeiro .......................................................................................................... 11
Legislação ............................................................................................................................................ 12
Manejo ................................................................................................................................................ 13
Alimentação ......................................................................................................................................... 13
Temperatura ......................................................................................................................................... 16
Umidade .............................................................................................................................................. 17
Troca de pele ........................................................................................................................................ 17
Iluminação ........................................................................................................................................... 18
Recintos ............................................................................................................................................... 19
Dimensões do recinto ............................................................................................................................ 19
Ventilação do recinto ............................................................................................................................ 20
Material de confecção dos recintos......................................................................................................... 20
Substratos, abrigos e ornamentos ........................................................................................................... 20
Higienização do recinto ......................................................................................................................... 21
Cuidados veterinários ............................................................................................................................ 21
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Manual de Orientações Básicas para Criação
Este manual tem como objetivo passar as orientações básicas sobre manejo e manutenção
de jiboias e Pítons, que serão criadas como pet. Outras dúvidas que não sejam respondidas neste
texto podem ser esclarecidas pelos contatos abaixo:
• Aline Rufino / Camila Aniceto (31) 99174-3007 (Tim)
• vendas@jiboiasbrasil.com.br
IMPORTANTE
É CONSIDERADO CRIME AMBIENTAL:
ADQUIRIDOS EM CRIATÓRIOS;
• Maus tratos.
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Introdução
Por outro lado, na cultura oriental a realidade é bastante diferente. Na cultura chinesa, por
exemplo, o dragão é tido como um símbolo de sabedoria, e a serpente, como emissária de
prosperidade e guardiã das riquezas. No oriente também surgiram os primeiros herpetocultores da
história, os encantadores de serpentes, alguns sacerdotes e também alguns curandeiros que
mantinham estes répteis para fins cerimoniais ou “farmacêuticos”.
No Brasil, apesar de muito recente, o mercado herpetocultor vem seguindo esta tendência
e cresce muito rapidamente. Os répteis, porém, exigem cuidados bastante distintos daqueles
exigidos pelos animais domésticos e por isto é fundamental conhecermos a biologia de cada
espécie.
Origem e Evolução
Estima-se, por meio de registros fosseis muito antigos, que a origem dos répteis tenha se
dado na época compreendida entre os períodos do Carbonífero e Perniano da Era Paleozoica, de
300 a 250 milhões de anos atrás. Eles em muito ainda se assemelhavam aos anfíbios daquele
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período, que os precederam. Porém, algumas características deste novo grupo que surgia
favoreciam a ocupação do ambiente terrestre permitindo que estes dominassem a terra na Era
Mesozoica, a chamada “Era dos Répteis”.
De uma forma geral, algumas das características que os tornavam mais competitivos
frente aos seus antecessores e que são ainda observadas nas espécies de hoje:
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Biologia
Para facilitar o entendimento apresentamos abaixo tabelas com o resumo dos principais dados
biológicos de cada tipo de jiboia e píton que criamos. Informações mais detalhadas estão disponíveis
no site.
Hábito: semi-arborícola
Hábito: semi-arborícola
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Jiboia do Cerrado - Bca (Boa constrictor amarali)
Hábito: semi-arborícola
Hábito: semi-arborícola
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Jiboia arco-íris do Norte (Epicrates cenchria maurus)
Hábito: semi-arborícola
Hábito: semi-arborícola
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Jiboia arco-íris da Mata Atlântica (Epicrates cenchria hygrophilus)
Hábito: semi-arborícola
Hábito: semi-arborícola
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Jiboia arco-íris do Cerrado (Epicrates cenchria crassus)
Hábito: semi-arborícola
Hábito: semi-arborícola
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Píton-bola (Python regius)
Peso: de 1,5 a 2 kg
Hábito: semi-arborícola
Peso: em média 7 kg
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Criação de serpentes em cativeiro
Para destacar alguns pontos importantes sobre as serpentes como animais de estimação,
apresentamos abaixo algumas perguntas e respostas:
Até o momento não existem relatos de pessoas que contraíram parasitas de répteis, mas
de toda forma, oferecer um alimento de qualidade e manter o controle de saúde com o seu
veterinário, eliminam qualquer possibilidade de risco. Entre todos os animais mantidos hoje em
dia como pets, os répteis são sem dúvida os mais seguros quando o assunto é zoonose.
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✓ Em caso de mordidas?
As mordidas acontecem, em sua grande maioria, por erro de manejo. O maior estímulo
para estes animais é o olfato e, durante a alimentação, as serpentes ficam extremamente atentas.
No intuito de se alimentarem, podem dar bote ao mínimo movimento. Podemos afirmar que a
imensa maioria das mordidas acontece durante a alimentação, portanto essa atividade requer mais
atenção. Os dentes das serpentes são bem superficiais e tendem a se quebrar com certa facilidade,
nas serpentes em questão, os mesmos são pequenos e maciços, sem nenhum canal ou sulco com
função de conduzir peçonha.
Em caso de mordidas, alguns dentes do animal podem se partir, o que não traz maiores
problemas tanto para o animal quanto para a pessoa mordida. Nesse caso, devemos proceder como
se fosse uma farpa de madeira ou algo do gênero: apenas removê-la (com o auxílio de uma pinça,
quando necessário). O local da mordida deve ser bem higienizado e em caso de dúvidas um médico
deverá ser consultado.
Legislação
Existem diversas leis e normativas que abordam a questão da criação e manejo da fauna
silvestre. Quem possui uma serpente ou outro animal silvestre oriundo de criadouro legalizado,
deve estar atento à necessidade de sempre levar junto do animal, quando for transportá-lo, a nota
fiscal de compra e certificado de origem emitido pelo SISFAUNA, para animais adquiridos após
2015.
Para transportes interestaduais, é necessário de uma Autorização de Transporte, que
passou a ser exigida em maio de 2018 com a publicação da Portaria Nº 1.249/2018. A mesma
poderá ser emitida pelo IBAMA ou órgão de Meio Ambiente do seu estado.
Caso o comprador queira repassar o animal para outra pessoa, este deve realizar a
transferência conforme o modelo disposto no Anexo II da portaria IBAMA nº 117/98. O texto
completo dessa norma e demais relativas ao assunto, podem ser acessados no site:
https://www.jiboiasbrasil.com.br/loja/content/7-legislacao.
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Manejo
Alimentação
Os animais só são enviados após sua plena adaptação e a garantia de uma boa alimentação.
Em média, enviamos as Jiboias com idade mínima de dois meses e as Jiboias Arco-íris com idade
mínima de quatro meses. Esse período é o mínimo para garantir que o animal esteja microchipado,
bem adaptado e se alimentando bem. Todos os animais disponibilizados já são acostumados a
comer presas abatidas e sugerimos que assim seja mantido para uma maior segurança da serpente.
Todos os animais enviados possuem no mínimo 60 dias sem nenhuma intercorrência alimentar.
Não enviamos nenhum animal que esteja apresentando problemas na alimentação como recusas
ou vômitos.
Diferente dos animais de criação para fins reprodutivos, os animais pet gastam pouca
energia e, devido a isso, tendem a ficar obesos se alimentados em demasia. Animais com sobrepeso
podem ter funções comprometidas dos rins, fígado e até coração, podendo, inclusive, ocasionar o
óbito.
O mais seguro para uma boa alimentação é ter como referência o peso do seu animal,
assim fica fácil estabelecer um padrão para toda a vida. Como exemplo, um animal adulto e magro
deve ser alimentado com base no seu peso e não no seu tamanho. Ele até poderia digerir uma presa
grande, mas não é o recomendado.
Existem balanças com preços muito acessíveis hoje em dia, e a sua utilização é uma
ferramenta imprescindível para maior segurança da alimentação do seu animal.
Para animais adultos, sugerimos que a alimentação varie entre 8 a 12% do peso da
serpente com intervalo de 15 a 50 dias entre as alimentações. O intervalo dependerá de análises
individuais, sendo recomendada a orientação de um veterinário especializado.
Para filhotes e jovens, sugerimos que a alimentação varie entre 10 a 20% do peso da
serpente com intervalo de 7 a 15 dias entre as alimentações, seguindo as quantidades descritas
abaixo para cada espécie.
Píton-bola adultas podem ter frequência de alimentação aumentada, desde que orientado
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por Médico Veterinário especializado. O intervalo também dependerá de análises individuais.
Para Píton de Macklot, sugerimos que a alimentação varie entre 15 a 20% do peso da
serpente para alimentações semanais e 12 a 15% para alimentações com intervalos inferiores a 7
dias. Animais adultos podem ter alimentação reduzida, desde que orientado por Médico
Veterinário especializado.
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Jiboia arco-íris da Amazônia Epicrates cenchria cenchria 7 a 15 dias 15 a 20%
Observações:
1.1. Recomenda-se não oferecer alimento enquanto o animal estiver em troca de pele;
1.2. Após a alimentação, ficar no mínimo 5 dias sem manusear;
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1.3. No caso de oferecer roedores que estavam congelados, certificar- se de que já
estejam completamente descongelados;
1.4. Todas as recomendações sobre alimentação são correspondentes as médias feitas
com os animais do criatório, sendo, portanto, o resultado individual de nosso manejo.
1.5. Durante períodos mais frios do ano, a frequência e porcentagem da alimentação
devem ser reduzidas;
1.6. A porcentagem de alimento ingerida cai, na medida em que o animal atinge
maturidade. Essa redução pode ser feita de forma gradativa, para que não impacte na rotina do
animal.
Temperatura
Todo equipamento de aquecimento deve ser controlado por um termostato, para maior
segurança do animal e tranquilidade do proprietário. O termômetro deve ser utilizado para aferir e
possibilitar melhor controle das temperaturas mínimas e máximas do terrário.
Umidade
A umidade pode ser controlada com a proporção de lâmina d’água que você deixa no
recinto, por exemplo em períodos mais secos você pode aumentar a quantidade de vasilhas e água
e depois reduzir em períodos de chuvas. Sé possível ofertar para o seu Pet uma vasilha que ele
consiga submergir. O tipo de substrato também influencia muito na umidade ambiente.
A água dos vasilhames deve ser trocada, no mínimo, 2x por semana. Quando adequações
precisarem ser realizadas para aumentar a umidade, podemos verificar se o tamanho do vasilhame
está adequado; avaliar se o substrato escolhido é o ideal; reduzir a ventilação e se a redução for
necessária, faremos exatamente o oposto, verificando se a ventilação não está em demasia e se o
vasilhame e substrato estão adequados.
Troca de pele
Os répteis possuem o corpo revestido por uma camada de queratina, o que possibilitou que
esses animais habitassem quase todos os ambientes do globo. Essa camada impermeabiliza o corpo
do animal, deixando-a mais resistente à perda de água. A troca de pele ou ecdise, como é chamada, é
um grande indicativo de saúde do animal. Nas serpentes, deve acontecer de forma integral, sem sair
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em pedaços. A muda em pedaços pode indicar problemas no recinto, ectoparasitos, desidratação ou
manejo inadequado durante este período.
Iluminação
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Recintos
O espaço escolhido para alocar nossas serpentes é denominado de recinto / terrário. Tais
ambientes merecem consideração especial, pois devem fornecer aos seus habitantes, condições
necessárias para a manutenção da qualidade de vida.
Os recintos podem ser classificados como recintos internos, que são os mantidos dentro de
casa, como caixas organizadoras e terrários, e em recintos externos, que são os viveiros instalados ao
ar livre. As orientações aqui repassadas podem ser aplicadas para os recintos externos, mas
trataremos, especificamente, sobre os internos, já que essa é a escolha da maioria de nossos clientes,
e é o que recomendamos pela maior facilidade e praticidade no controle dos parâmetros. Recintos
externos devem ser evitados em regiões onde o inverno chega a temperaturas inferiores a 15ºC.
Dimensões do recinto
Apresentamos abaixo uma tabela com medidas mínimas sugeridas para comprimento e
largura. A altura vai depender da disponibilidade de espaço, mas recomendamos que seja de no
mínimo 30cm.
Jiboias (Boa sp.)
Até 500g 500g – 1,5kg 1,5 a 3kg 3,0 a 5,0kg 5,0 acima
70x40 100x60 120x60 150 x 60 200 x 60
Para esta espécie recomenda-se altura mínima de 50 cm devido ao comportamento arborícola.
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Ventilação do recinto
A ventilação do recinto deve ser controlada a fim de se proporcionar uma boa circulação de
ar pelo ambiente, porém precisamos ter cuidados com o excesso de ventilação, buscando evitar a
perda de calor, a desidratação e o desconforto dos animais.
Os respiradores devem ser instalados, preferencialmente, na parte superior do recinto, caso
isso não seja possível, colocá-los nas partes mais altas das laterais.
O material para confecção da ventilação deve ser rígido, para que não possa servir como um
local de fuga para o animal, e não deve ser abrasivo, para evitar escoriações.
O tipo de substrato escolhido para a forração do recinto deve sempre respeitar a biologia do
animal. Por exemplo, se o animal vive em ambientes úmidos, o substrato escolhido deve poder reter
umidade, e se a espécie escolhida habitar ambientes mais secos, o substrato não deve reter umidade.
Exemplo 01: Jiboias Arco Íris da Amazônia habitam florestas úmidas, sendo assim, as
melhores opções de substrato são aquelas que mantém a umidade, como os derivados de coco e terra
vegetal.
Exemplo 02: Jiboias Arco Íris da Caatinga habitam áreas mais secas, sendo assim, as
melhores opções de substrato são aquelas que não retém umidade, como Aspen, maravalha peneirada
e Lignocel.
Não podemos nos esquecer de providenciar um local para que o animal consiga se abrigar.
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Como abrigo podemos utilizar qualquer estrutura que o animal possa se esconder completamente,
desde que seja estável o suficiente para não desabar. Como exemplo, podemos citar os vasos plásticos,
vasos de cerâmica, tocas de argila, tocas específicas para répteis, canos de PVC, tubos de papelão e
etc.Devemos ter cuidado especial ao escolhermos os ornamentos que serão utilizados no recinto,
buscando realizar uma ornamentação a prova de quedas e acidentes. Galhos verdes ou materiais
orgânicos que liberem resinas devem ser evitados. Caso a escolha seja por plantas vivas, devemos
selecioná-las atentando-nos à sua resistência e adaptação a ambientes fechados e com luminosidade
reduzida.
Higienização do recinto
A higienização do recinto deve ser feita sempre que houver urina, fezes ou fungos no recinto.
Para remoção da sujeira podemos utilizar água, detergente (sem perfume) e bucha, e para a
desinfecção podem ser usados desinfetantes desde que sejam produtos classificados como seguros
para o animal e diluídos na proporção indicada pelo fabricante. Álcool também pode ser utilizado,
mas o retorno do animal para o recinto só deve ser feito após a evaporação completa do produto. Caso
haja dúvidas, a médica veterinária deverá ser consultada.
O vasilhame de água pode ser limpo semanalmente, com água e detergente (sem perfume),
mas fique atento no enxague no intuito de remover todo detergente utilizado.
Cuidados veterinários
Para avaliação da saúde e manejo do seu animal, consultas preventivas anuais são
indicadas. Caso o proprietário observe qualquer alteração comportamental no animal, o médico
veterinário deverá ser consultado imediatamente.
A Jiboias Brasil e Animais Brasil fizeram oferecem em parceria com algumas clínicas
veterinárias, uma primeira consulta de orientação, que pode ser realizada em até 15 dias após o
recebimento do seu animal, mediante agendamento prévio. Você receberá junto com a documentação
do seu animal um voucher da consulta com os veterinários da sua região. A lista com todos estes
contatos está disponível em nosso site. É importante destacar que não temos nenhum vínculo com
estes, a divulgação é com o intuito de apenas facilitar o acesso a profissionais habilitados e dar mais
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celeridade em um possível atendimento. Não nos responsabilizamos pelos serviços prestados.
Vale ressaltar que, animais criados em boas condições, raramente irão apresentar problemas,
sendo assim, trabalhar com a prevenção é o melhor caminho.
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