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Artigo Psicologia Do Esporte

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ISSN: 2594-5343

Volume 4, Número 3, p. 1-16


Adoecimento psíquico em atletas de alto rendimento: a importância da Psicologia do Esporte
Julho/Setembro, 2020
DOI: 10.37444/issn-2594-5343.v4i3.297

ADOECIMENTO PSÍQUICO EM ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO: A


IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA DO ESPORTE

Psychic disease in high performance athletes: the importance of sport psychology

Luane de Jesus Frades -UNIFIMES/Brasil


Evandro Salvador Alves Oliveira -UNIFIMES/Brasil
Bruno Manchini Varoli - Universidade de Londrina/Brasil
Cíntia de Moraes Cabreira Carneiro – UNIFIMES/Brasil

RESUMO: O psicólogo do esporte auxilia indivíduos na preparação psicológica antes e


após as competições, e a atuação do mesmo acontece visando a busca de bem-estar físico
e psicológico dos atletas. Nesse sentido, o tema abordado neste artigo discute a
importância do psicólogo no universo esportivo, no sentido de destacar a atuação deste
profissional na vida de atletas de alto rendimento. O objetivo principal é discutir a
importância da atuação do psicólogo do esporte no trabalho com atletas de alto
rendimento. Trata-se de uma investigação inspirada na abordagem qualitativa, construída
a partir de uma revisão bibliográfica e sistemática, que contou com a análise e a
interpretação de dados científicos produzidos nos últimos anos por teóricos que discutem
a temática aqui anunciada. Como conclusões, destaca-se que o psicólogo do esporte, cada
vez mais, conquista espaço no ambiente esportivo por realizar importantes intervenções
que auxiliam atletas e equipes de competições a compreenderem os entraves e, sobretudo,
criar saídas e alternativas que transformam positivamente as dificuldades do cotidiano.
Além disso, esse profissional pode previnir doenças psíquicas, pois ele atua de maneira a
intervir no trabalho que envolve necessidades de resultados que, por vezes, ocorre sob
pressão sofrida por atletas, o que pode levar ao adoecimento psíquico de tais sujeitos.

Palavras-chave: Adoecimento psíquico. Psicologia do esporte. Intervenção psicológica.

ABSTRACT: The sports psychologist assists individuals in psychological preparation


before and after competitions, and the performance of the same happens aiming at the
search for physical and psychological well-being of athletes. In this sense, the theme
addressed in this article discusses the importance of the psychologist in the sports
universe, in order to highlight the performance of this professional in the lives of high-
performance athletes. The main objective is to discuss certain potentialities arising from
sport psychology that permeate the context of athletes. It is a research inspired by the
qualitative approach, built from a bibliographic and systematic review, which relied on
the analysis and interpretation of scientific data produced in recent years by theorists who
discuss the theme announced here. As conclusions, it is highlighted that the sport
psychologist, increasingly, gains space in the sports environment by performing
important interventions that help athletes and competition teams to understand the
obstacles and, above all, create solutions and alternatives that positively transform the
difficulties of the sport. daily. In addition, this professional can prevent psychic diseases,
as he acts in a way to intervene in work that involves results needs that sometimes occur
under pressure suffered by athletes, which can lead to the psychic illness of such subjects.

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Educação, Psicologia e Interfaces, Volume 4, Número 3, p. 1-16, Julho/Setembro, 2020.
ISSN: 2594-5343. DOI: 10.37444/issn-2594-5343.v4i3.297
Luane Luane de Jesus Frades, Evandro Salvador Alves Oliveira, Bruno Manchini Varoli &
Cíntia de Moraes Cabreira Carneiro

Keywords: Psychic illness. Sport psychology. Psychological intervention.

1. INTRODUÇÃO

A Psicologia do esporte é a ciência do treinamento esportivo que tem


proporcionado importantes contribuições para a otimização da performance de atletas
e equipes. Existem vários fatores que influenciam os significativos resultados que
acontecem no mundo esportivo. Dentre esses fatores o trabalho psicológico com os
atletas é um ponto a ser considerado e melhor investigado.
Na pretensão de explorar as potencialidades que esse tipo de trabalho
possibilita, procuramos abordar algumas questões, por exemplo: como atletas de
competição lidam com a questão psicológica, principalmente em relação a competições
muito importantes? Partimos do pressuposto de que há cobranças elevadas por
resultados, o que interfere em outros pontos, como fatores emocionais, dentre outros
aspectos que são exigidos, proporcionando o aparecimento de adoecimento psíquico.
Embasamo-nos em autores que se dedicam a estudar o objeto aqui trabalhado,
ou seja, a atuação do psicólogo do esporte no esporte de alto rendimento, dentre eles,
destacamos: Galatti (2010), Weinberg e Gould (2017), Pesca e Cruz (2011), Casal
(2007), entre outros.
Neste artigo procuramos discutir questões sobre atletas de alto rendimento e a
Psicologia do esporte, e também apresentar discussões baseadas em situações
vivenciadas durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíadas de 2016, grandes
eventos esportivos realizados no Brasil (duas odisséias) nesta década, que trazem como
pano de fundo o relato de atletas que sofreram com adoecimento psíquico.
Entendemos que o profissional da Psicologia esportiva necessita amparar
psicologicamente os atletas e por isso acreditamos o quanto é necessário atentar-se a
este enfoque. Isto deve ser considerado quanto as orientações sobre alimentação
balanceada, programada por nutricionistas, por exemplo, entre outras questões. Nesse
aspecto, corpo e mente são dimensões distintas e indissociáveis importantes. Cuidar do
corpo significa também percebê-lo como um todo unificado, do qual fazem parte
emoções e estruturas mentais – e por esta razão nos preocupamos também com esta
dimensão.

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Vale ressaltar um ponto importante nesta introdução, pois o que determina a


vitória ou a derrota de um atleta profissional não é apenas suas habilidades técnicas. O
aspecto psicológico é uma questão fundamental no meio esportivo, para atingir o seu
êxito profissional, embora nem todo atleta realmente dê tanta relevância para isso. Por
esta razão começaremos a abordar algumas discussões que dizem respeito ao esporte
de alto rendimento.
Sendo assim, o objetivo nuclear deste artigo foi construído com o seguinte
intuito: discutir a importância da atuação do psicólogo do esporte no trabalho com
atletas de alto rendimento. Vale lembrar que toda investigação científica nasce de
algum tipo de problema (pergunta) e, a partir dele, surgem alguns objetivos e caminhos
metodológicos a serem percorridos. Desse modo, julgamos pertinente destacar que o
nosso problema é saber: em que aspecto o profissional da psicologia do esporte é capaz
de intervir consideravelmente nos resultados de atletas esportivos?
Dessa maneira, a partir das ambições acima (objetivo e problema), destacamos
que o trabalho em questão expressa relevância social e científica pelo fato de
possibilitar a construção de algumas compreensões sobre a interação que ocorre entre
mente e corpo, que, em nossa perspectiva, são indissociáveis para a vida do ser humano.

2. MATERIAL E MÉTODO

Este trabalho foi construído tendo em vista os pressupostos da abordagem


qualitativa, com vistas a elaboração de uma revisão bibliográfica e sistemática.
Alicerçamos nesse tipo de abordagem em razão de nos interessarmos pela essência e
aspectos que a perspectiva qualitativa permitem analisar. Ou seja, as compreensões e
reflexões que os estudos dos autores aqui mencionados apresentam. Tais compreensões
colaboram para as análises e discussões que aqui são delineadas.
As produções científicas selecionadas para compor a análise dos dados
obedecem o recorte temporal dos últimos 20 anos, isto é, de 1999 a 2019. Referem-se
a textos bibliográficos publicados nos formatos de artigo científico, livros e
dissertações de mestrado. As palavras-chave utilizadas para as buscas foram as
seguintes: psicologia do esporte; esporte de alto rendimento e psicologia do esporte; e
atuação do psicológo do esporte em equipes de competição.
Os critérios de inclusão foram: produções publicadas nos últimos 20 anos; que

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apresentassem em seus títulos, ou resumos, as palavras-chave. E os critérios de exclusão


foram os seguintes: pesquisas quantitativas; textos publicados fora do recorte temporal
selecionado.
Os trabalhos selecionados para a análise permitiram construir as subseções a
seguir, que foram organizadas objetivando discutir, respectivamente, o esporte de alto
rendimento, o panorama geral sobre a psicologia do esporte no Brasil, o esporte como
fenômeno social, a influência da mídia na cultura do esporte brasileiro, bem como o
adoecimento psíquico e, por fim, as contribuições do psicólogo no âmbito esportivo.

3. ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO E PSICOLOGIA: ALGUMAS


PECULIARIDADES

O esporte de alto rendimento ou de alta performance é aquele cuja finalidade é


de se preparar fisicamente e psicológicamente para determinada modalidade esportiva.
Seja qual for essa atividade esportiva pretendida, os desafios e dificuldades a serem
trilhadas serão bastante similares. Podemos dizer então que o atleta de alto rendimento
é aquele que tem o esporte como profissão igual a qualquer outra profissão, com os
mesmos benefícios, como carteira assinada, férias, 13º salário etc.
Diferentemente do atleta de alto rendimento, o atleta que apenas pratica esporte,
mas não tem o mesmo como profissão, não deixa de ser um atleta. Existem hoje escolas
que preparam atletas para que alcancem o máximo desempenho, deste modo, os centros
de alto rendimento desportivo procuram potenciar as diferentes capacidades dos
desportistas. Isto implica o desenvolvimento de certas rotinas de treino para aperfeiçoar
a condição atlética, a técnica, etc.
Sendo assim, em breves palavras os termos "Alto e Baixo Rendimento" tratam-
se de competitividade de um atleta e não esportes em particular. Um exemplo de um
atleta de baixo rendimento seria alguém que pratica o esporte por lazer ou bem estar
físico, sem se preocupar com o seu resultado no término da prova. Alto rendimento
seria um atleta olímpico que vive de treinos diários e obrigações para se classificar bem
em competições.
Na área do Crossfit percebemos que existem muitos atletas profissionais que se
tornaram competidores de alto rendimento. Esse esporte se trata de um método de

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condicionamento físico e metabólico exigente que se tornou cada vez mais popular por
ser um tipo de atividade física também um esporte competitivo. O objetivo final do
Crossfit é maximizar e sustentar a produção de energia a cada treino (Smith et al, 2013).
É possível observar que atletas e praticantes da metodologia Crossfit não fazem
ou não tem nenhum contato com um especialista da área da psicologia. Por esta razão
são afetados em diversos aspectos, por exemplo: derrotas, vitórias, cobranças e até
mesmo o pré e pós lesão. Muitos praticantes ou atletas são negligentes por não darem
atenção a treinos preventivos às lesões como, mobilidade, fortalecimento e
alongamentos, e quando ocorrem as lesões por estarem despreparados
psicologicamente, acabam escondendo microlesões que podem se tornar uma lesão
mais grave.
Observamos que isso acontece devido ao emocional do atleta. Geralmente ele
pensa em ter que parar o treino por um período, o que contribuirá para a perda de
resultados frente a outros atletas. Já em lesões graves e ou cirúrgicas observamos que
muitos param de treinar, pois além de ficar muito tempo parado em tratamento tendem
a voltar sem o mesmo condicionamento de antes. Isso proporciona uma sensação de
que os atletas de Crossfit nunca mais voltaria ao seu nível normal ou até melhor, sendo
que a ansiedade, a vaidade e a depressão não são trabalhadas corretamente por um
profissional adequado.

3.1 Um panorama geral sobre a psicologia do esporte no Brasil

Existe no Brasil aqueles que acreditam que a psicologia do esporte é uma área
nova do conhecimento. Talvez, o que seja novo é a atenção da própria psicologia e de
outras áreas de estudo para com a psicologia do esporte. Poucos acervos são
encontrados na literatura brasileira quando se trata de investigar as faces do esporte,
salientando a importância de grandes reflexões e argumentações sobre esse episódio
(GALATTI, 2010).
Weinberg e Gould (2017, p. 4) explicam a psicologia do esporte e do exercício
como “um estudo científico de pessoas e seus comportamentos em atividades
esportivas e atividades físicas”. Trazendo uma visão um pouco mais ampla do conceito
de psicologia do esporte e do exercício, descrevem Pesca e Cruz (2011, p.11) “a

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psicologia do esporte é o estudo científico das pessoas e seus comportamentos no


contexto esportivo e de exercício, bem como as aplicações práticas derivadas dos
conhecimentos gerados por esses estudos”.
Com base nesses pensamentos, podemos compreender que a psicologia do
esporte possui um campo de intervenção e não apenas o conceito como uma ciência
aplicada, o que amplia a nossa capacidade de atingir a compreensão acerca dos
processos psicológicos utilizados nesse contexto. Para entendermos acerca do tema
abordado dessa pesquisa, é necessário que se compreenda alguns fatos históricos sobre
a psicologia do esporte, onde tudo se iniciou até os dias de hoje.
Considerado o que diz o pai da psicologia do esporte, Coleman Griffith, norte-
americano que dedicou uma parte considerável de sua profissão à psicologia do esporte,
por ter criado o primeiro laboratório de pesquisa, vemos que o mesmo ajudou a iniciar
umas das primeiras escolas de técnicos nos Estados Unidos. Além disso, escreveu
alguns livros e realizou uma série de estudos dentro da psicologia do esporte.
No Brasil, a psicologia do esporte ganhou forças com o trabalho e estudos
desenvolvidos pelo experiente Psicólogo João Carvalhaes, que atuou em clubes como
São Paulo Futebol Clube e na seleção brasileira de futebol em 1958. Foi convocado
pela comissão técnica na disputa da copa do mundo nessa mesma época e conquistou
o primeiro título mundial do País (RUBIO, 2000). Depois desse episódio, muitas outras
coisas aconteceram para que a psicologia do esporte fosse estruturada e conquistasse
seu espaço na história e na área de atuação.
A expansão da psicologia do esporte no Brasil como desenvolvimento
emergente não tem correlação positiva com o desenvolvimento da psicologia como
ciência e profissão. Talvez uma razão para o subdesenvolvimento possa ser buscada
não apenas na psicologia do esporte, mas também na incerteza dos recursos disponíveis
para o esporte. Por exemplo, não os psicólogos que praticam esportes, mas os
verdadeiros psicólogos do esporte com treinamento geral e específico (CASAL, 2007).
A escassez de estudos e prática da Psicologia do esporte afeta, de maneira significativa,
o rendimento e desenvolvimento dos atletas. E isso dificulta o alcance de metas e
desempenho adequado para conquistas grandiosas.
A psicologia do esporte, em vista disso, tem desbravado seu campo
recentemente, principalmente no Brasil. E os anos 1990 foram o marco da introdução

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do esporte como fenômeno social no país.

3.2 O esporte como um fenômeno social: um breve panorama sobre as


possibilidades e desafios na atuação profissional

A psicologia, acompanhando o desenvolvimento da humanidade, tem


promovido constantes revisões em suas teorias e amplia suas práticas, tentando
encontrar respostas aos desafios que surgem com o progresso da sociedade. Assim, à
medida que traz novas perspectivas de vida, também traz novos problemas a serem
enfrentados pela ciência.
Pela constituição Federal, o esporte é um direito garantido a todos os brasileiros.
Porém, a realidade o traz como uma ferramenta eletizada. Cada vez mais, Ong’s tem
procurado realizar um trabalho através do esporte, e este, visto de uma maneira sócio-
política, pode ser um instrumento de interpretação da realidade. Por muito tempo a
psicologia foi considerada altamente elitista e um serviço que poucos tinham acesso,
mas com a popularização das faculdades do curso no país, e vários profissionais se
formando, houve uma pequena massificação do serviço, o que fez com que outras
classes sociais fossem atingidas e o lado social da população fosse observado.
Segundo Rúbio (2000), o esporte é hoje considerado um dos principais
fenômenos sociais da era moderna. O esporte é uma forma elementar de socialização,
até uma variante profissional. Forme a imaginação social. É identificado por elementos
como força, passagem de fronteira, vitória e supremacia como autovalores que refletem
o atual modelo social.
A partir deste aspecto, surge no pensamento popular que qualquer um pode
alcançar o sucesso, desde que se esforce, que todos tem chances iguais. O esporte cresce
porque é poupado de pobreza e marginalidade e é uma excelente maneira de divulgar
projetos sociais que envolvem mídias sociais. A realidade não se mostra dessa forma.
No esporte existem diversas classes sociais, assim como diversas deficiências.
Assim como o Brasil tenta se situar como uma nação que procura romper as
desigualdades sociais, o esporte, como reflexo, percorre o mesmo caminho, pois, ao ser
um grande fenômeno de massas, passou a ter como prioridade a rentabilidade e
mercantilização.

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3.3 Influências da mídia na cultura do esporte brasileiro: elucidações

A veiculação de informações propagadas pela mídia podem interferir na vida


do atleta, de maneira a agravar significativamente o seu estado mental, transformando-
o em refém da própria imagem. Por esta razão procuramos, também, trazer esse tema
para discussão neste trabalho. A mídia exerce uma expressiva influência sobre esse
aspecto e na maioria das vezes transmite algo sobre a identidade de atletas como
aspecto que o remete a uma figura mítica, um herói - e na maioria das vezes os
personagens principais desse espetáculo visam, principalmente, a obtenção das grandes
audiências e lucro.
Conforme argumenta Rúbio (2001, p. 3), "o espetáculo do esporte moderno e a
superestimação dos resultados alcaçados do atleta sugerem uma relação entre o
protagonista do evento esportivo e a figura espetacular do herói". Nesse sentido,
entendemos o esporte como um fenômeno moderno que traz consigo os valores
arraigados ao capitalismo que tornam o atleta como uma fonte de renda.
Por outro lado, entendemos que a audiência alcançada e os futuros lucros que a
mesma pode proporcionar, segundo Nasário (2009, p.70), não se dá unicamente por
meio da exibição em si e sim, por todo um aparato criado em torno da transmissão.
Quando abordamos assuntos sobre esporte, e isso principalmente no Brasil,
automaticamente o futebol vem em primeiro pensamento. Podemos falar que hoje é
considerado uma das maiores paixões da cultura brasileira e um dos que mais
movimentam dinheiro e grandes investimentos na indústria do esporte.
Sob outro olhar, Giglio e Rubio (2013) exibem que esse aspecto também
prejudica o futebolista profissional, de modo que as promessas do jovem brasileiro
mudam para matérias-primas em que suas atitudes dentro e fora de campo podem ser
afetadas, porque são consideradas bens, frequentemente objeto de conflito, julgamento
e perda da liberdade de expressão.
O modo como os jogadores se comportam no sistema de futebol e revelam suas
idéias, bem como o apoio da mídia, será crucial para manter-se em evidência. Segundo
Giglio e Rubio (2013), a estrutura do futebol brasileiro e do futebol mundial é projetada
em ordens hierárquicas e respeitosamente, sem questionar a maneira pela qual o

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processo de organização do esporte ocorre, a mídia geralmente influência nas


informações precisas sobre os estágios que cada jogador realiza.
O reconhecimento no futebol se da de forma rápida, e Cillo (2002) ressalta que
isso pode ser um pouco negativo, porque muitos desses jovens ficam encantados com
a nova realidade que é diferente. Confiam em pessoas que os darão as costas ao declínio
profissional no futuro e, portanto, são vulneráveis às barreiras que a vida e o esporte
lhes trazem. Mas, assim como a mídia pode ser um ferramenta propulsora no
reconhecimento, e até mesmo a fama desses atletas, ela pode ser prejudicial à saúde
psíquica desses – ponto de discussão da próxima seção do artigo.

3.4 Adoecimento psíquico: análise de atletas que lidaram com a depressão

Quando se pensa em adoecimento psicológico sofrido por atletas, a psicologia


do esporte não pode deixar de considerar o avanço e espetacularização do esporte,
em todo o contexto sociocultural contemporâneo. Por conta da inserção tecnológica
tanto nos ambientes de iniciação esportiva e nos treinamentos quanto nas competições,
o que se tem é um demonstrativo da importância do esporte naquilo que mais
vulnerável temos hoje: o sistema financeiro (MACHADO, 2014). Praticar esporte,
implica em falar em dinheiro; por consequência, a lesão é uma perda de dinheiro ou
uma porção deste paralisada aguardando a recuperação.
A depressão no esporte advém de vários fatores que levam esses atletas ao
adoecimento. As causas mais comuns da depressão nos atletas são: personalidade do
atleta, ansiedade, baixa auto-estima, fracasso, lesão física, mudanças de
comportamento, auto-cobrança, problemas afetivos, perda de prestígio ou da posição
de titular, baixo rendimento, dentre outras causas.
Ao ver um atleta em um pódio, podemos pensar que "a vida dele é perfeita".
Mas, na realidade não é bem assim. Dentro do esporte podemos destacar também
alguns nomes de grande importância para o atletismo no Brasil e no mundo, pessoas
que sofreram com esse adoecimento. Em entrevista publicada na Uol, alguns atletas
relataram suas experiências e como lidaram com a depressão. Abaixo citamos alguns
exemplos:
Anthony Ervin, nadador americano que aos 35 anos, mostrou que era possível

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dar a volta por cima. Em Sydney, em 2000, com apenas 19 anos, Ervin fez seu nome
depois de ganhar ouro aos 50 m prata aos 4x100 m. No entanto, aos 22 anos, ele decidiu
largar tudo devido à depressão: bebia muito e usava drogas, incluindo cocaína. Ele
também tentou cometer suicídio com tranquilizantes.
Diego Hypólito, ginasta que inspirou os brasileiros quando finalmente ganhou
uma medalha olímpica nas Olimpíadas do Rio em 2016, depois de uma queda nas
Olimpíadas de Pequim em 2008 e em Londres em 2012. Ele perdeu 10 kg e foi
hospitalizado.
Allison Schmitt, atleta de natação conquistou cinco pódios em Londres, e logo
após começou a sentir os primeiros sintomas da depressão, não falava com ninguém
sobre o que estava sentindo e com isso sua situação foi só agravando no decorrer do
tempo: ansiedade, pânico e exaustão foram alguns dos sintomas sentidos. Somente
quando Schmitt procurou ajuda psicológica, conseguiu falar abertamente sobre a
experiência que teve com a depressão e a saúde mental de atletas. Recebeu apoio da
família, treinador e amigos - inclusive o multicampeão Michael Phelps.
Michael Phelps foi o grande medalhista da história dos Jogos Olímpicos.
Também teve que superar uma profunda depressão para terminar sua carreira em
grande estilo. Em 2014, o nadador americano chegou ao fundo do poço quando se
tornou viciado em pôquer, bebidas e drogas.
Rafaela Silva foi vítima de muitas críticas nas Olimpíadas de 2012 . Mais do
que a tristeza pelo favoritismo ter virado uma eliminação nas oitavas de final, a judoca
sofreu críticas fortes e até racistas. Rafaela começou um tratamento com a psicóloga
Nell Salgado. Foi com o auxílio da terapeuta que a judoca conseguiu recuperar o foco
e voltar a treinar.

3.5 Contribuições do psicólogo no âmbito esportivo

Pensando acerca das contribuições desse profissional no âmbito da prática, o


primeiro passo a ser realizado é de forma dinâmica, avaliando as necessidades de cada
atleta, para que se tenha o desempenho pleno da modalidade. Assim, indagamos: Quem
é esse atleta? Como se insere nesse ambiente? Como ele atua? Temos que entender a
demanda, mas não esquecendo que existe um ser humano por detrás de cada atleta.

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Nessa perspectiva, o psicólogo do esporte atua de maneira a identificar nos


atletas a personalidade em primeira instância como fator de alteração dentro do
ambiente esportivo. Para uma melhor comprensão acerca das respostas dos atletas em
diferentes ocasiões no esporte, é necessário que se estabeleça condutas adequadas a
cada indivíduo e treinos de habilidades psicológicas para melhorar o rendimento
atlético.
Essa questão apresentada é um fator de muita influência, como por exemplo, a
escolha de um capitão de um time, para que essa escolha seja realizada um quesito a
ser avaliado, e também se realmente esse atleta tem perfil de um líder, se sabe lidar bem
com as pessoas, se sabe conversar com as pessoas, dentre outras características.
Segundo Weinberg e Gould (2017, p. 25) “personalidade é a soma das características
que tornam uma pessoa única.
A motivação é outro fator de muita relevância no desempenho desse atleta. Para
Weinberg e Gould (2017, p. 48) “motivação é a direção e a intensidade do esforço”. A
direção do esforço diz respeito ao fato do atleta buscar, aproximar-se ou ser atraído por
certas situações ou não. Já a intensidade do esforço diz respeito a outro ponto. Ou seja,
quanto uma pessoa se empenha em determinada situação. Podemos dizer, em breves
palavras, que motivação é o que motiva a ação desse atleta. Como já citado, Weinberg
e Gould (2017, p. 49) esclarecem que “a melhor maneira de entender motivação é
considerar tanto a pessoa quanto a situação e o modo como ambas interagem”.
A partir de tal citação, entendemos que os fatores pessoais, como a
personalidade, interesses, necessidades em interação com os fatores situacionais, como
por exemplo, estilo do líder-tecnico e histórico da própria equipe, se faz necessário para
melhor entender sobre a motivação.
Além desses aspectos aqui apresentados, reconhecimos que existem atletas que
gostam de atuar sob pressão, isso se torna um ambiente motivador, para outros lidar
com a pressão pode lhe causar uma grande ansiedade acarretando prejuizos no
desempenho desse atleta. Após identificar esses aspectos, se inicia a preparação desses
atletas, como o treinamento de habilidaades psicológicas. Quantas vezes já não vimos
atletas atribuirem o fracasso do seu desempenho a questoes como falta de concentração
ou tensão sob pressao?
O conceito diante do treinamento de habilidades psicológicas que Weinberg e

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Gould (2017, p. 231) refere-se “à prática sistemática e consistente de habilidades


mentais ou psicológicas com o objetivo de melhorar o desempenho, aumentar o prazer
ou alcançar maior satisfação na atividade esportiva e física. As questões psicológicas
são os principais responsáveis pelas oscilações no desempenho cotidiano e muitos
atletas negligenciam esse aspectos, talvez pela falta de conhecimento, ou por equívocos
em relação a habilidades psicologicas ou até mesmo pela falta de tempo de se fazer
esses treinamentos. O motivo pelo qual isso ocorre é incerto, mas é uma ferramenta que
se for utilizada de forma adequada, pode trazer grandes benefícios no desempenho de
atletas.
Outra forma de treinamento e de grande importância a ser utilizada por
psicólogos é a regulação da ativação, onde o primeiro passo nesse processo é aprender
a identificar ou a ter consciência dos estados de ansiedade e de ativação como por
exemplo lidar com as pressões nas competições. Nesse contexto, Weinberg e Gould
(2017) explicam que, para isso, os atletas podem ser instruídos a rememorar seus
melhores e piores desempenhos e recordar o que sentiram nessas ocasiões. Assim, o
atleta poderá encontrar-se num estado que o desanimará completamente ou que o
ativará em excesso, sendo essas duas condições prejudiciais à sua atuação (BECKER
JUNIOR; SAMULKI, 2002).
A mentalizaçao é outra forma de treinamento segundo Weinberg e Gould (2017
p. 274), pois para eles o processo consiste em recuperar da memória fragmentos de
informações armazenados de experiências passadas e molda-los em imagens
significativas.
Autoconfiança é outro fator que pode ser trabalhado. É uma crença de que você
pode realizar com sucesso um comportamento desejado (WEINBERG e GOULD,
2017). Você pode esperar que suas expectativas sejam configuradas automaticamente
o pensamento subjetivo de uma pessoa sobre a execução de tarefas de maneira geral ou
específica. Quando a autoconfiança é produzida em um nível ideal para um atleta, ela
auxilia de maneira positiva no seu desempenho. (MACHADO, 2006).
A concentração também deve ser trabalhada. Nesse viés, Weinberg e Gould
(2017) definem a concentração como “a capacidade de manter o foco em sinais
ambientais relevantes. Quando o ambiente muda depressa, o foco de atenção também
deve mudar rapidamente”. Diante disso é a manutenção do foco de atenção também faz

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Adoecimento psíquico em atletas de alto rendimento: a importância da Psicologia do Esporte

parte da concentração, os atletas devem se concentrar apenas em fatos relevantes do


ambiente esportivo eliminando qualquer distração que possa surgir.
Tendo em vista esses aspectos a serem trabalhados por profissionais da
psicologia do esporte aqui apresentados, esse profissional é sem duvidas um agente
primordial na qualidade e desempenho desses atletas. Um profissional inserido nesse
ambiente atua não só de forma a trabalhar o adoecimento dessses atletas, como também
na prevençao desse adoecer. Auxilia não só na superação de limites como na própria
busca da identidade desse atleta.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo principal deste trabalho foi discutir a importância da atuação do


psicólogo do esporte no trabalho com atletas de alto rendimento. A partir da discussão e
análise que aqui elaboramos, tentamos responde-lo por meio das análises que seguem.
Podemos observar, por um lado, que embora a psicologia do esporte seja considerada
uma área nova do conhecimento, tendo em vista que já vem sendo estudada há muitos
anos, nos deparamos com a escassez desses profissionais nos possíveis campos de
atuação. Esse ponto, de certa maneira, dificulta o avanço das discussões nesse campo e o
reconhecimento dessa área enquanto profissão. Por outro lado, esse fato pode tornar, na
maioria das vezes, a inserção destes profissionais um pouco mais duvidosa e com pouca
credibilidade nesta área do esporte.
Desse modo, entendemos que o profissional nesse âmbito esportivo ainda
perpassa por grandes desafios, no sentido de se ter uma grande demanda e pouco espaço
para explorar e colocar em prática seus conhecimentos. Tendo em vista essa nova área
que envolve a psicologia do esporte, em ascensão, podemos refletir sobre possíveis
aspectos que ainda estão por vir.
Considerando a possibilidade de intervenção do psicólogo do esporte no campo
esportivo, indagamos: por que ainda é tão dificil a inserção desse profissional nessa área?
O que podemos fazer para mudar essa realidade? Prováveis respostas para essas perguntas
estão relacionadas, por exemplo, com a própria valorização desse profissional, bem como
com a falta de investimentos na área das pesquisas sobre o assunto.

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Luane Luane de Jesus Frades, Evandro Salvador Alves Oliveira, Bruno Manchini Varoli &
Cíntia de Moraes Cabreira Carneiro

Portanto, reconhecemos que a atuação dos psicólogos é de extrema importância,


uma vez que o rendimento esportivo também está relacionado ao trabalho voltado à
questão psíquica dos atletas. Precisamos olhar esses atletas com um olhar mais humano e
não apenas como um produto de obtenção de lucros e grandes investimentos. Estudos
futuros poderão aprofundar em investigações que exploram questões metodológicas que
envolvem o trabalho do psicólogo do esporte, uma vez que nas buscas realizadas para os
selecionar as referências bibliográficas deste artigo, constatamos uma carência de
discussões nessa área.

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Credenciais da/os autora/es


FRADES, Luane de Jesus. UNIFIMES, Centro Universitário de Mineiros. E-mail:
luane.frades@gmail.com

OLIVEIRA, Evandro Salvador Alves. Doutor em Estudos da Criança pela Universidade


do Minho (2020) - Portugal - linha de pesquisa: Educação Física e Saúde Infantil. Doutor
em Educação pela Universidade de Uberaba (2019), Professor no Centro Universitário de
Mineiros. E-mail: evandro@unifimes.edu.br

VAROLI, Bruno Manchini. Universidade de Londrina/Brasil. E-mail:


bmvaroli@gmail.com

CARNEIRO, Cíntia de Moraes Cabreira. UNIFIMES, Centro Universitário de Mineiros.


E-mail: cintia.carneiro@unifimes.edu.br

Endereço para correspondência: Luane de Jesus Frades. Rua 22 esq. c/ Av. 21 - St.
Aeroporto, Mineiros - GO, 75833-130. E-mail: luane.frades@gmail.com

Como citar este artigo (Formato ABNT): FRADES, Luane Luane de Jesus, et al.
Adoecimento psíquico em atletas de alto rendimento: a importância da Psicologia do
Esporte. Educação, Psicologia e Interfaces, v. 4, n. 4, p. 1-16, 2020.

Recebido: 07/05/2020.
Aceito: 20/06/2020.

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