Artigo O Dia - Abril 14
Artigo O Dia - Abril 14
Artigo O Dia - Abril 14
Queremos mais saúde e educação! Esse parece ser o lema da sociedade brasileira.
Talvez seja a frase mais pronunciada nas discussões políticas informais, em rodas de amigos e
familiares. Sempre presente nas manifestações populares, ainda que não diretamente
motivadas pelos problemas das áreas. Toma fôlego em 2014, ano da Copa no Brasil (‘esse
gasto monumental deveria ir para a saúde e educação’, verbera) e ano eleitoral. Andam
sempre acompanhadas, como se formassem uma única palavra: ‘Saúdeducação’.
Desconheço qualquer campanha eleitoral que ignore as áreas. Rendem voto. Sim, e
depois? Estamos em ano de eleição para cargos do executivo nacional e federal. Muitos dos
atuais chefes do executivo concorrerão à reeleição, outros tentarão emplacar seus sucessores.
Para ajudar na decisão individual do voto do eleitor, tão atento às áreas, o legado prévio entra
como componentes da sua análise estratégica. O que os candidatos fizeram ou ajudaram a
fazer nesses campos?
Claro que o gasto por si só não diz nada sobre a sensação de melhoria da população,
mas imagino ser um indicador importante. Um investimento relevante, somado a uma gestão
competente, são caminhos para resultados satisfatórios. O contrário não é verdadeiro. Em
nada adianta contar com profissionais competentes e qualificados se a verba para as ações
necessárias são escassas.
(...)
Não há quem discorde desse ponto de vista. Se observarmos o balanço anual dos
estados brasileiros, disponibilizados pelo Tesouro Nacional, desde o início da
redemocratização, percebemos o aumento no gasto nessas duas áreas, em todos os estados
da federação. Contudo, tal aumento não acompanha o crescimento da sua receita total.